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Dissertar. Palavras-chave: Inovação, Organizações, Paraíba.

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Academic year: 2021

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Inovação tecnológica:

um estudo das empresas do estado da Paraíba

Technological innovation:

a study of companies in the state of Paraíba

Inovación tecnológica:

um estudio de las empresas del Estado de Paraíba

The reasons that leads the

com-panies to seek for innovations are many, and in this sens, to identify the motives that drive the organizations to innovate helps to understand the forces that leads to the innovation activities. Thus, this study is justified by the need to know the degree of innovation of organizations and has the general objective to describe the current level of innovation of Para-íba companies and specifically the picture in the regions of the capital, and of Campina Grande and Sousa cities, according to the methodology developed based on the Innovation Radar created by Professor Mohanbir Sawhney. This study adopted a scale to rank the company in a systemic innovative organization, an occa-sional innovative organization or an organization little or nothing innova-tive. The survey data were collected during the year 2014 and the sample was composed with proportionality between large, medium and small companies, the various branches of existing activities in the areas surveyed were also found. The collected data were organized and placed on a table showing the relationship between the aspects evaluated innovation, the score and the classification obtained for the general mean for businesses, and each of the three regions studied. Following the graphics were designed on the radar way for the three regions and the average for the companies. The results obtained from the sample of enterprises in the regions of João Pessoa, Campina Grande and Sousa (Paraíba) showed that companies are not innovative in a systematic way and that some items are occasional. As razões que levam as empresas

a buscarem inovações são muitas e, nesse sentido, identificar os motivos que orientam as organizações a inovarem auxilia a compreender as forças que conduzem as atividades de inovação. Assim, este estudo se justifica pela necessidade de conhecer o grau de inovação das empresas e tem como objetivo geral descrever o nível atual de inovação das empresas paraibanas e de maneira específica o retrato nas regiões da capital, da cidade de Campina Grande e de Sousa, conforme metodologia desenvolvida com base no Radar da Inovação criado pelo professor Mohanbir Sawhney. Neste estudo foi adotada uma escala para classificar as empresa em uma organização inovadora sistêmica, uma orga-nização inovadora ocasional ou uma organização pouco ou nada inovadora. Os dados da pesquisa foram coletados durante o ano de 2014 e a amostra foi composta com proporcionalidade entre empresas de grande, médio e pequeno porte, ainda foram considerados os diversos ramos de atividades existentes nas regiões pesquisadas. Os dados coletados foram organizados e dispostos em uma tabela demonstrando a relação entre os itens de inovação avaliados, a pontuação e a classificação obtida, para a média geral das empresas e em cada uma das três regiões estudadas. Na sequência foram desenhados os gráficos na forma radar para as três regiões e para a média geral das empresas. Os resultados obtidos junto à amostra das empresas das regiões de João Pessoa, Campina Grande e Sousa demonstraram que as empresas paraibanas ainda não são inovadoras de forma sistêmica e que em alguns itens são ocasionais.

Las razones que llevan a las empresas a buscar innovaciones son muchas y, en este sentido, identificar los motivos que orientan a las organizacio-nes a innovar auxilia acomprender las fuerzas que conducen las actividades de innovación. Así, este estudio se justifica por la necesidad de conocer el grado de innovación de las empresas y tiene como objetivo general describir el nivel actual de innovación de las empresas paraibanas y de manera específica el retrato en las regiones de la capital, de la ciudad de Campina Grande y de Sousa, conforme metodología desarrollada con base en el Radar de la Innovación creado por el profesor Mohanbir Sawhney. En este estudio fue adoptada una escala para clasificar las empresas en una organización innovadora sistémica, una organización innovadora ocasional o una organización poco o nada inno-vadora. Los datos de la investigación fueron recolectados durante el año de 2014 y la muestra fue compuesta con proporcionalidad entre empresas de grande, medio y pequeño porte, además fueron considerados los diversos ramos de actividades existentes en las regiones estudiadas. Los datos recolectados fueron organizados y dispuestos en una planilla demostrando la relación entre los ítems de innovación evaluados, la puntuación y la clasificación obtenida, en el promedio general de las empresas y en cada una de las tres regiones estu-diadas. En secuencia se diseñaron los gráficos en forma de radar para las tres regiones y para el promedio general de las empresas. Los resultados obtenidos junto a la muestra de las empresas de las regiones de João Pessoa, Campi-na Grande y Sousa demostraron que las empresas paraibanas aún no son innovadoras de forma sistémica y que en algunos ítems son ocasionales.

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Palavras-chave: Inovação, Organizações, Paraíba. Autores:

Elídio Vanzella

Professor da Estácio de João Pessoa, PB. Doutorando em Modelos de Decisão e Saúde (estatística). Mestre em Modelos de Decisão em Saúde. Especialista em Gestão de Pessoas. Graduado em Administração.

Email: evanzella@yahoo.com.br Introdução

Entre as frases atribuídas a Albert Einstein está a que imaginação é mais importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao passo que a imaginação abrange o mundo inteiro. Então podemos associar a imaginação com o primeiro passo para a inovação tecnológica, que no entendimento de plonski (2005), vem sendo crescentemente invocada como estratégias para redimir empresas, regiões e nações de suas crônicas aflições econômicas e para promover o seu desenvolvimento. Por esse motivo, a implementação de políticas eficazes de es-tímulo à inovação tecnológica tornou-se, a partir dos anos 90, um dos eixos estruturantes da atuação da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico - OCDE, que abrange países comprometidos com a democracia pluralista e a economia de mercado (pLONSKI, 2005).

No Brasil, por meio das leis 10.973, de 02 de dezembro de 2004 que criou medidas de incentivo a inovação e a pesquisa, da lei 11.196, de 21 de novembro de 2005, para desonerar os investimentos realizados em projetos de inovação e do Decreto nº 5.798, de 08 de junho de 2006, que regulamentou os incen-tivos fiscais à inovação, o governo, pelo menos no campo das intensões e por meio de um arcabouço jurídico, reconheceu a inovação tecnológica como um dos fatores para o desenvolvi-mento do país em um contexto econômico globalizado.

As razões que levam as empresas a buscarem inovações são muitas e podem abarcar mercados, aumento da eficiência nos processos, produtos novos ou melhores, capacidade de aprendizado e de aceitação de mudanças e nesse sentido iden-tificar as razões que levam as empresas a inovarem auxilia a compreender as forças que conduzem as atividades de inovação, tais como a competição e as oportunidades em novos mercados. Assim, este estudo se justifica pela necessidade de conhecer o grau de inovação das empresas do Estado da paraíba, cenário da pesquisa, para orientar o planejamento de medidas gover-namentais ou privadas para o incentivo a inovação. por isso, este trabalho tem como objetivo geral descrever o nível atual de inovação das empresas paraibanas e de maneira específica o retrato nas regiões da capital, da cidade de Campina Grande e de Sousa, conforme metodologia desenvolvida com base no Radar da Inovação criado pelo professor Mohanbir Sawhney, diretor do Center for Research in Technology & Innovation,

da Kellogg School of Management, Illinois, EUA.

Referencial Teórico

Ao economista e cientista político Joseph Schumpeter atribui-se a origem do conceito de inovação, pois em seus trabalhos demonstrou que inovar é produzir outras coisas, ou as mesmas coisas de outra maneira, combinar diferentemente materiais e forças, enfim, realizar novas combinações (FUCK; VILHA, 2012). Ao longo de sua produção intelectual, o autor foi progressi-vamente sofisticando sua análise das fontes da inovação e em seu livro Capitalismo, Socialismo e Democracia, propôs o conceito

da destruição criativa afirmando: Incessantemente destruindo a velha, incessantemente criando uma nova (SCHUMpETER, 1984). O autor afirma ainda que o impulso fundamental que inicia e mantém o movimento da máquina capitalista decorre de novos bens de consumo, dos novos métodos de produção ou transporte, dos novos mercados, das novas formas de organização industrial que a empresa capitalista cria. por essa ótica, o desenvolvimento econômico é impulsionado por um conjunto de inovações, visto que é o fato gerador do que ele chama de destruição criativa nos mercados, ao mesmo tempo em que cria, destrói – produzindo uma contínua mutação industrial (FUCK; VILHA, 2012) que incessantemente revoluciona a estrutura econômica a partir de dentro, incessantemente destruindo a velha, incessantemente criando uma nova (SCHUMpETER, 1984). Essa dinâmica promove um permanente estado de inovação, substituição de produtos e criação de novos hábitos de consumo, exaltando as firmas ino-vadoras em um contexto de desequilíbrio e incerteza (FUCK; VILHA, 2012). A inovação tecnológica desencadeia uma série de transformações, difundindo-se em novos processos e produtos, afetando os hábitos e os costumes sociais institucionalizados em toda a sociedade (CONCEIÇÃO, 2000).

É importante ressaltar a diferença entre melhoria e ino-vação, pois conforme assevera Queiroz (2012), erroneamente o mercado entende que uma alteração de um processo interno da organização ou uma modificação de um piso antiderrapante na entrada da fábrica poderiam ser inovações, mas não se ca-racterizam como tal e sim como melhorias. para Fuck e Vilha (2012) três equívocos conceituais frequentes no entendimento da inovação tecnológica merecem tratamento: reducionismo (considerar inovação apenas a de base tecnológica),

encanta-mento (considerar inovação tecnológica apenas a espetacular) e

descaracterização (relaxar o requisito de mudança tecnológica dessa inovação). Assim, inovação é um fenômeno socioeconô-mico, que envolve mudanças e empreendedorismo e não uma ocorrência de caráter predominantemente técnico decorrente de avanços das ciências experimentais.

É necessário compreender por que as empresas precisam buscar a inovação. A principal razão é para melhorar seu de-sempenho em um mercado cada vez mais competitivo, mais eficiência, redução de custos e aumento de produtividade refletem diretamente na rentabilidade da organização. Um novo produto ou processo pode ser uma fonte de vantagem mercadológica para o inovador. No caso de inovações de processo que aumentam a produtividade, a empresa adquire uma vantagem de custo sobre seus competidores permitindo uma margem sobre custos mais elevados para o preço de mercado prevalecente ou, dependendo da elasticidade da demanda, o uso de uma combinação de preço menor e margem sobre custos maior em relação a seus competido-res, para ganhar fatias de mercado e aumentar os lucros (OECD, 2006). No caso da inovação de produto, a empresa pode ganhar uma vantagem competitiva por meio da introdução de um novo produto, o que lhe confere a possibilidade de maior demanda e maiores margem sobre custos (OECD, 2006).

As dimensões da inovação, transcritas abaixo, são resumos do trabalho original de Mohanbir Sawhney sobre a Ambiência inovadora, incorporada à metodologia de medida do Grau de Inovação. Assim, de acordo com Sawhney, Wolcott e Arroniz (2006) temos que a oferta, se refere aos produtos oferecidos pela empresa ao mercado e os clientes são pessoas ou organizações que usam ou consomem produtos para atender a determinadas necessidades. Na sequência, os processos são as configurações das atividades usadas na condução das operações internas à empresa.

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A inovação, nesta dimensão, pressupõe reprojetar seus processos para buscar maior eficiência, maior qualidade ou um tempo de resposta menor. A presença ou praça está relacionada aos canais de distribuição que a empresa utiliza para colocar seus produtos no mercado e também aos locais em que esses itens podem ser adquiridos pelos consumidores. A inovação, aqui, significa a criação de novos pontos, ou a utilização dos já existentes de forma criativa. A próxima dimensão, pessoas ou relacionamento está originalmente denominada de experiência do cliente, leva em conta tudo que o consumidor vê, ouve, sente ou experimenta de algum modo ao interagir com a empresa em todos os momentos. A sexta dimensão é plataforma, trata-se do nome dado a um conjunto de componentes comuns, métodos de montagem ou a tecnologias que são usadas, de forma modular, na construção de um portfólio de produtos. O entendimento é de que a habilidade em usar uma mesma plataforma para oferecer um maior número de produtos reflete uma maior capacidade inovadora. Na sequência temos a marca e esta é entendida como o conjunto de símbolos, palavras ou formatos pelos quais uma empresa transmite sua imagem, ou promessa, aos clientes. para a dimensão organização observa-se que se refere ao modo como a empresa esta estrutura-da, quais as parcerias estabelecidas e o papel e responsabilidade dos colaboradores. A nona dimensão trata da cadeia de

forne-cimento que corresponde à sequência de atividades e de agentes

que movem os produtos, serviços e informações da origem à entrega. Abrange, portanto, os aspectos logísticos do negócio, como transporte, estocagem e entrega. A penúltima dimensão é a ambiência inovadora, sendo a forma de avaliar o ambiente propício à Inovação. É medir a fração da equipe que é composta por profissionais com formação voltada para a pesquisa. Assim, a quantidade de colaboradores com mestrado ou doutorado pode ser um fator relevante. Outro aspecto que caracteriza as organi-zações com disposição para inovar é a existência de mecanismos, como programas de sugestões, que incentivem os colaboradores a apresentar ideias. A última dimensão trato dos resultados, onde uma solução é a combinação customizada e integrada de bens, serviços e informações capazes de solucionar o problema do cliente.

Metodologia

O Radar da Inovação, que considera as dimensões nas quais uma empresa pode inovar; criado pelo professor Mohanbir Sawh-ney foi a metodologia utilizada para medir o Grau de Inovação das empresas do Estado da paraíba. O Radar da Inovação reúne quatro dimensões principais: As ofertas criadas; Os clientes aten-didos; Os processos empregados e Os locais de presença usados. Entre estas, são apontadas mais onze dimensões que devem ser observadas. Complementando a abordagem de Sawhney, foi adicionada uma dimensão denominada Ambiência inovadora, que avalia a existência de um clima organizacional propício à inovação, requisito importante para uma empresa inovadora. A metodologia adotada admite que a inovação não seja um evento ou fato isolado, mas fruto de um processo e o indicador, resul-tante da média dos escores (grau de maturidade) de cada uma das dimensões da inovação, obtido pela pontuação de 42 itens objetivos, resulta em uma métrica útil para mensurar o Grau de Inovação nas micro e pequenas empresas (SEBRAE, 2010).

Neste estudo foi adotada uma escala com três situações e com uma pontuação variando de 1 a 5, onde a empresa que obtém cinco pontos e considerada uma organização inovadora sistêmica (A), com 3,0 até 4,9 pontos uma organização inova-dora ocasional (B) e foi considerada uma organização pouco ou nada inovadora (C) aquela que obteve pontuação 1,0 até 2,9.

Os dados da pesquisa foram coletados, durante o ano de 2014, nas empesas estabelecidas em três regiões do Estado da paraíba. A região litorânea onde está localizada a capital do estado, João pessoa, a região do agreste com destaque para a cidade de Campina Grande e por fim a região do sertão onde está localizada a cidade de Sousa. A amostragem, embora tenha sido realizada por conveniência, procurou respeitar os estratos das empresas de cada região, desta forma a amostra foi composta com proporcionalidade entre empresas de grande, médio e pe-queno porte e também foram considerados os diversos ramos de atividades existentes nas regiões pesquisadas.

A amostra foi composta por um total de 42 empresas, sendo que a região litorânea, que foi denominada João Pessoa, constituiu-se de 23 empresas. para a região do agreste, neste estudo nomeada Campina Grande, foi composta por 12 orga-nizações e por fim a região do sertão, definida como Sousa, foram pesquisadas 7 empresas.

Os dados coletados foram organizados, calculados e dispostos em uma tabela demonstrando a relação entre os itens de inovação avaliados, a pontuação e a classificação obtida, para a média ge-ral das empresas e em cada uma das três regiões estudadas. Na sequência foram desenhados os gráficos na forma radar para as três regiões e para a média geral das empresas.

Análise dos dados

Após a análise dos dados foram registrados, conforme tabela1, importantes achados, pois se destacou o fato que con-siderando a pontuação média das 42 empresas avaliadas não existe nenhum item avaliado com pontuação cinco, valor que confere a empresa, o nível de organização inovadora sistêmica.

Tabela 1

Grau de inovação das empresas das três regiões e geral do Estado da Paraíba, 2014

Em função da importância do tema seria ideal que a média das empresas apresentasse resultados que as caracterizassem como inovadoras sistêmicas ou pelo menos na maioria dos itens

Em relação a: Geral João Pessoa Grande Grande Campina Grande Sousa Pontos Classif. Pontos Classif. Pontos Classif. Pontos Classif.

Oferta 3,9 B 3,9 B 4,0 B 3,7 B Clientes 2,8 C 2,6 C 3,2 B 3,0 B Processos 3,2 B 3,5 B 2,5 C 3,6 B Presença 2,0 C 2,0 C 2,0 C 2,0 C Pessoas 3,2 B 3,2 B 3,0 B 3,3 B Plataforma 2,8 C 2,8 C 2,3 C 3,7 B Marca 2,7 C 2,5 C 2,8 C 3,4 B Organização 3,0 B 3,2 B 3,0 B 2,7 C Cadeia de Fornecimento 2,8 C 2,7 C 2,7 C 3,6 B Ambiente de Inovação 2,0 C 2,2 C 1,6 C 2,1 C Resultados 3,1 B 3,3 B 2,8 C 3,1 B

Escore Classe Situação

= ou > 5 Pontos A Organização inovadora sistêmica 3 a 4,9 Pontos B Organização inovadora ocasional 0 a 2,9 Pontos C Organização muito pouco ou nada inovadora

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assim fossem descritos, mas a realidade que emergiu foi que apenas os itens oferta, processos, pessoas, organização e resul-tados apresentaram classificação B, ou seja, empresa inovadora ocasional. O padrão foi observado também por região, pois as notas médias das empresas analisadas, por item de inovação, foi B em apenas alguns itens, sendo que a região se Sousa apresentou uma proporção maior nesse quesito que as demais regiões.

Observando a tabela 1, constatasse que os itens oferta e pessoas foram os únicos que nas três regiões apresentaram o mesmo indicador, o de organização inovadora ocasional, de-monstrando que mais estudos devem ser realizados para orientar trabalhos visando melhorias nas organizações e a consequente evolução no perfil como empresa inovadora.

A análise dos resultados por meio de gráfico radar trouxe a luz importante constatações.

Gráfico 1 – Situação geral de inovação das empresas do Estado da Paraíba - 2014

FontE: Elaborado pelo autor

O Gráfico 1apresenta a situação geral de todas as empresas pesquisadas e por ele é possível constatar que os itens presença e ambiente de inovação são os que apresentam menor pontuação, ainda que, o item oferta apresenta o valor mais alto e embora os demais valores estejam abaixo do ideal, eles apresentam valores aproximados entre si, o que pode ser um indicador de certo equilíbrio organizacional.

Gráfico 2 – Situação de inovação das empresas da região de João Pessoa - 2014

FontE: elaborado pelo autor

De acordo com o gráfico 2 as empresas da região de João pessoa apresentam em seus resultados valores distribuídos de maneira muito similar a média encontrada no Estado, onde os itens de pior avaliação são ambiente de inovação e presença, os demais itens possuem valores aproximados entre si, mas baixos, o que faz com que na média as empresas da região de João pessoa não sejam consideradas como inovadoras.

Gráfico 3 – Situação de inovação das empresas da região de Campina Grande - 2014

FontE: elaborado pelo autor

As empresas da região de Campina Grande tem sua notas médias descritas no gráfico 3 e por meio dele é possível constatar que apresenta forma mais anômala que os demais e esse fenômeno se deve ao fato que os itens pesquisados não recebem o mesmo tratamento nas organizações e prestigiar determinadas áreas em detrimento de outras pode gerar dese-quilíbrio na empresa, pois a maximização dos resultados de uma organização, todas as áreas devem trabalhar em sintonia e com sua participação de importância.

Gráfico 4 – Situação de inovação das empresas da região de Sousa – 2014

FontE: elaborado pelo autor

A região de Sousa foi descrita no gráfico 4 e nele observa--se que oito dos onze itens avaliados apresentam valor igual ou maior que 3, o que caracteriza a organização como inovadora

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ocasional, sendo este o melhor resultado das três regiões ava-liadas. No entanto os itens presença, ambiente de inovação e organização apresentam resultado muito baixos e isso faz com que o equilíbrio organizacional seja comprometido.

Considerações finais

para as empresas inovação é essencial para melhorar seu desempenho e melhorar a rentabilidade, mas inovação em uma empresa é resultado de uma administração focada no futuro, com visão estratégica e cultura organizacional voltada para aceitar mudanças. Então não basta uma empresa almejar a inovação para se tornar uma organização com inovação sistêmica, é preciso estudo, planejamento, treinamento e uma comunicação eficiente entre todas as áreas.

Os resultados obtidos junto à amostra das empresas das regiões de João Pessoa, Campina Grande e Sousa demonstraram que conforme a média das pontuações obtidas nos itens oferta, clientes, processos, presença, pessoas, plataforma, marca, organização, cadeia de fornecimento, ambiente de inovação e resultados, as empresas paraibanas ainda não são inovadoras de forma sistêmica, em alguns itens são ocasionais.

Este estudo atingiu seu objetivo ao medir, conforme a metodologia proposta, o grau de inovação, em uma amostra, das empresas paraibanas nas três regiões selecionadas, mas é importante salientar que em função da complexidade, varie-dade de ativivarie-dades e da quantivarie-dade de empresas que atuam no estado, o estudo apresenta limitações e neste sentido este trabalho apresenta a proposta para que mais pesquisas sejam feitas e de forma específica, por áreas de atividade, porte das empresas e por regiões específicas, pois somente desta forma será possível uma análise mais detalhada e precisa da situação.

Referências

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BRASIL, Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11196. htm. Acesso em 02 fev. 2015.

BRASIL, Decreto nº 5.798, de 08 de junho de 2006. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/decreto/ d5798.htm. Acesso em 03 fev. 2015.

CONCEIÇÃO, Octavio. A centralidade do conceito de inovação tecnológica no processo de mudança estrutural. Ensaios FEE, porto Alegre, v.21, n.2, p.58-76, 2000.

FUCK , Marcos paulo; VILHA, Ana patrícia Morales . Inovação Tecnológica: da definição à ação. Contemporâneos Revista de Arte e Humanidades. N. 9, abril 2012. Disponível em: http://www.revista-contemporaneos.com.br/n9/dossie/inovacao-tecnologica.pdf. Acesso 01 fev. 2015.

OECD – Organization for Economic Co-operation and Development, Manual de Oslo – Diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação, OECD – tradução FINEp, Brasília, 2006.

pLONSKI, Guilherme Ary. Bases para um movimento pela inova-ção tecnológica no Brasil. Perspec. São Paulo, 2005. Disponível em: www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0102--88392005000100002&lng=en&nrm=iso. Acesso em 01 fev. 2015 QUEIROZ, Inêz pereira de Melo. Gestão da Inovação: A percepção do Desempenho da Implantação do projeto Agentes Locais da Inovação do SEBRAE –PE. Dissertação de mestrado profissional em gestão

empresarial, Faculdade Boa Viagem, Recife, 2012. Disponível em http://favip.edu.br/arquivos/inez_queiroz.pdf. Acesso em 01 fev. 2015 SAWHNEY, Mohanbir. WOLCOTT, Robert C.; ARRONIZ, Inigo. The 12 Different Ways for Companies to Innovate. MIT Sloan Mana-gement Review, 2006.

SCHUMpETER, Joseph. Capitalismo, Socialismo e Democracia. Rio de Janeiro: Zahar Editores S.A., 1984.

SEBRAE. Agentes Locais de Inovação: Uma medida do progresso nas MpEs do paraná. Serviço de Apoio às Micro e pequenas Empresas do paraná – SEBRAE-pR. Curitiba, 2010.

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