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Academic year: 2021

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Mariane Machado Alves Ribeiro

Motivação Extrínseca: Um estudo de caso na Licenciatura em

Letras – Português – Inglês

UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA – UVA RIO DE JANEIRO - 2010

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Mariane Machado Alves Ribeiro

Motivação Extrínseca: Um estudo de caso na Licenciatura em

Letras – Português - Inglês

Monografia apresentada, como pré-requisito de conclusão do curso de Letras, com habilitação em Português/ Inglês, da Universidade Veiga de Almeida, orientada pelo Profª. Flávia Maria F. B. da Cunha.

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA – UVA RIO DE JANEIRO – 2010

Mariane Machado Alves Ribeiro

Motivação Extrínseca: Um estudo de caso na Licenciatura em

Letras – Português - Inglês

UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA – UVA

Curso de Letras,

Data de aprovação: _10_ de _dezembro_ de 2008__

Prof. Flávia Maria F.B. da Cunha

______________________________________ Mestre em Linguística Aplicada à Tradução

Prof. Rozanne Raulino Ribeiro

______________________________________ Professora Especialista

Prof. Sabine Mendes

______________________________________ Mestre em Linguística

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À Deus pela sua presença constante em minha vida;

Aos meus amados pais pela força, atenção e compreensão durante minha mudança;

Aos novos amigos pela boa vontade em me ajudar na pesquisa de campo;

A minha orientadora Flávia, a professora que melhor me acolheu quando cheguei à universidade;

Ao meu querido irmão por existir quando eu precisava desabafar;

Às minhas eternas amigas por me fazerem rir quando estava tensa;

Enfim, a todos que fizeram parte, direta e indiretamente, deste processo final na minha graduação, o meu muito obrigada!

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Resumo

Este trabalho pretende analisar a questão da motivação e do interesse do aluno no que diz respeito à aprendizagem de uma língua estrangeira. Inicialmente estuda características e a importância do ensino da língua estrangeira (inglês). Apresenta fatores que influenciam a aprendizagem com a motivação e a inteligência. Mostra também o perfil do aluno de Letras e a motivação para aprender a língua inglesa e por fim, descreve a pesquisa de campo realizada e seus resultados. As pesquisas elaboradas relacionam-se às preocupações atuais e aos fatores internos e externos neste campo da educação universitária, mas precisamente no que diz respeito ao curso superior de Letras – Português/Inglês.

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ABSTRACT

This study aims to examine the question of motivation and students interest with regard to learning a foreign language. Initially studies the characteristics and the importance of teaching foreign language (English). Presents factors that influence learning with motivation and intelligence. It also shows the student1s profile of Arts and motivation to learn English and finally, describes the field research and its results. The results compiled relate to the concerns and the current internal and external factors in the field of university education, but specifically with regard to the course of Arts – Portuguese – English

Key-words: Motivation – Learning - English

SUMÁRIO

Introdução ... 8

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2. Fatores Internos e Externos no aprendizado de línguas...13

3. Coleta de dados e desenvolvimento da pesquisa...15

3.1. Questões das pesquisas...15

4. Análise da Pesquisa...17

5.Conclusão...23

Anexos...24

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INTRODUÇÃO

Os primeiros contatos com a aprendizagem de Língua Estrangeira (doravante LE), em especial o Inglês, de forma sistematizada, vêm ocorrendo de modo cada vez mais precoce tanto em escolas particulares como em escolas públicas e nos cursos de idiomas. Sem dúvida, as características do mundo moderno têm implicações importantes neste processo, visto que para ser um indivíduo atuante na sociedade é preciso ser capaz de se comunicar na língua materna além de uma ou mais línguas estrangeiras.

Para cada novo conhecimento que um indivíduo pretende adquirir, fatores pessoais ou referentes ao campo da aprendizagem exercem influência sobre sua motivação, fazendo com que seja bem sucedido ou não em seu objetivo. Há circunstâncias em que criamos certas expectativas precedentes ao ato de aprendizagem, que oscilam entre más e boas. A partir do momento em que estabelecemos contato com o conhecimento que nos está sendo transmitido, tais expectativas podem ser confirmadas ou reprovadas, e a grande influenciadora dessa confirmação ou reprovação é a já mencionada motivação.

Baseado nesse fato, o presente trabalho analisa a relação entre as expectativas que precedem o aprendizado e a resposta a tais expectativas, gerada a partir do momento em que se começa a aprender ou não, de acordo com fatores que influenciam a motivação. Para que isso, foram feitas entrevistas, através de questionários, com estudantes do curso superior de Letras – Português/Inglês de uma universidade, que mostram sua visão atual sobre as expectativas que possuem em relação ao aprendizado de língua inglesa e sobre sua motivação atual em relação ao mesmo. É importante observar que foram entrevistados alunos do 1º ao 6º ano, para que assim, através da observação de diferentes estágios de desenvolvimento, melhor estabelecer como se deu a evolução de suas expectativas.

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1- Motivação e sua importância no processo de ensino-aprendizagem

Antes de definirmos Motivação e a importância que ela tem no nosso cotidiano, é fundamental citarmos alguns pensamentos de estudiosos dessa questão. Entretanto, antes de nos ater a essa questão, é importante a reflexão da influência que a Motivação exerce na nossa vida e o que nos faz sentir motivados a realizar alguma ação todos os dias.

Os motivos das pessoas variam de cultura para cultura, de pessoa para pessoa, e até num mesmo indivíduo em diferentes situações de sua vida.

A Motivação é o resultado dos estímulos que impulsionam os indivíduos, levando-os a agir com algum propósito. Sempre se faz necessário que algum estímulo seja implantado para haver uma ação, podendo ser decorrente de estímulos internos ou externos

Um dos problemas mais complicados do ensino da Língua tem sido definir e aplicar a construção da Motivação na sala de aula. Essa complexidade se deve ao fato de que o entendimento da Motivação requer uma compreensão do indivíduo como ser humano inserido num contexto social no qual interage modificando-o e sendo modificado. A interação com o meio afeta seu sistema de crenças e valores, tornando-os mutáveis, ou seja, não se pode estabelecer uma única definição, pois cada manifestação de motivação se aplica ao contexto em que está inserido, sendo que o indivíduo influenciará o meio e este influenciará sua motivação.

Uma das grandes virtudes da Motivação é melhorar a atenção e a concentração, nessa perspectiva pode-se dizer que a Motivação é a força que move o sujeito a realizar atividades. Ao sentir-se motivado, o indivíduo tem vontade de fazer alguma coisa e se torna capaz de manter o esforço durante o tempo necessário para atingir o objetivo proposto. Diante desse contexto torna-se tarefa primordial que a Motivação seja considerada pelo professor de uma forma mais cuidadosa, procurando criar estratégias para que o aluno queira aprender, fornecendo estímulos para que o mesmo se sinta motivado a aprender. Ao estimular o aluno, o educador desafia-o sempre, para ele, aprendizagem é também motivação, onde os motivos provocam o interesse para aquilo que vai ser aprendido.

Vale ressaltar que nem todas as necessidades do indivíduo serão satisfeitas, gerando o que chamamos de frustração e às vezes os culpados disso tudo somos nós educadores que não sabemos na maioria das vezes suprir as necessidades de nossos alunos.

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seres humanos, e por isso se tornou um tema muito estudado na psicologia.

Dentre eles podemos citar a teoria do condicionamento (SKINNER,2000).Segundo essa teoria, a aprendizagem se dá a partir de um reforço positivo (prêmio) em oposição ao negativo (castigo), e o prêmio seria a fonte de motivação (teoria do M&M,s), onde o aluno de condicionaria a estudar com o propósito de ganhar o prêmio e não com o intuito de adquirir novos conhecimentos. Nessa teoria não há nenhum tipo de fascínio, pois a forma de aprendizagem que o aluno recebe não permanece, pois ele só estuda com o intuito de tirar boas notas na prova e não porque ele gosta da matéria.

Já a teoria cognitivista, cujo maior representante é Jerome Bruner (1974), afirma que o que leva a pessoa a aprender são os fatores internos, racionais como objetivos, intenções, expectativas e planos. Para os estudiosos cognitivistas, os alunos têm um desejo intrínseco para aprender, ou seja, o aluno só se sente motivado por aquilo que realmente o interessa, vendo na aprendizagem a vontade de se adquirir aquele conhecimento.

Já a teoria humanista, cujo grande expoente é Maslow (1964), afirma que o homem tem várias necessidades a serem satisfeitas, porém há uma certa hierarquia na satisfação dessas necessidades como mostra o gráfico abaixo.

gráfico 1– Pirâmide de Maslow sobre a hierarquia das necessidades humanas.

Como vimos, são muitas as necessidades do ser humano e estas se manifestam alternadas ou simultaneamente, de forma que algumas vezes estaremos satisfazendo umas em detrimento das outras, estando assim sempre insatisfeitos ou frustrados em algumas delas. Novamente torna-se fundamental que o professor tenha um relacionamento aberto, franco, amigo e

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dinâmico com seus alunos, além de muita sensibilidade para perceber qual é a necessidade pertinente ao grupo (porém sem desconsiderar o indivíduo), no momento das aulas, a fim de tentar atender ou satisfazer o maior número de necessidades possíveis. É importante ressaltar que a escola não será capaz de suprir as necessidades de seus alunos em sua totalidade. Entretanto ela poderá sim, contribuir para a realização de boa parte delas. Isso se houver comprometimento, envolvimento e dedicação por parte do profissional que estiver atuando junto a esses alunos.

Outro fator importante em relação à motivação diz respeito à natureza da fonte que gera a necessidade, que pode estar dentro ou fora do sujeito. As necessidades fisiológicas, como a fome, por exemplo, estão dentro da pessoa, mas a vontade de se estudar línguas estrangeiras é de natureza social, extrínseca à pessoa.

Sob esse ponto de vista, a motivação também pode ser intrínseca e extrínseca. A motivação intrínseca é a tendência natural de procurar e vencer desafios à medida que perseguimos interesses pessoais e exercemos aptidões, sendo que não são necessárias recompensas para prosseguirmos a atividade, já que esta é recompensadora por si mesma.

Motivação extrínseca será a motivação baseada numa recompensa, ou numa tentativa de evitar um castigo, ou seja, quando exercemos uma determinada atividade devido a uma razão que pouco tem a ver com a dita.

Levando essas idéias para o lado da educação, mais precisamente para o aprendizado de línguas, é importante ressaltar a importância do professor em saber explorar os aspectos positivos dos alunos no que diz respeito ao aprendizado de uma língua estrangeira, aproveitando alguns interesses já existentes relacionado a alguma necessidade dos alunos e usá-los como ponto de partida para levá-los a se interessarem pelo assunto, no caso, a língua estrangeira.

Há professores que, talvez pelo excesso de trabalho ou pela ausência de conhecimento de outros aspectos que permeiam o trabalho pedagógico, deixam de explorar a força motivacional de seus alunos para a execução das atividades diárias. Tais professores vêem a motivação como um fator psicológico intrínseco e estável, apenas, e deixam de dar importantes contribuições para que o processo de aprendizagem se realize efetivamente. Para concluir, faz-se necessário ressaltar que é tarefa do professor contribuir para o sucesso da aprendizagem. Na verdade não apenas a parte que nos cabe, mas aquela em que precisamos fazer, e que, em cada momento de nossa tarefa de educadores, se dará de forma diferente, pois o processo ensino-aprendizagem é dinâmico, constante e ininterrupto

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2. Fatores Internos e Externos no aprendizado de Línguas

A motivação pode ser ativada tanto por fatores internos como externos. A origem da motivação é sempre o desejo de se satisfazer necessidades. O ser humano é um animal social por natureza e, como tal, tem uma necessidade absoluta de se relacionar com os outros de seu ambiente. Essa tendência integrativa da pessoa é o principal fator interno ativador da motivação para muitos de seus atos. Por exemplo, se estivermos em um ambiente caracterizado pela presença de uma língua estrangeira, naturalmente teremos uma forte e imediata motivação para assimilarmos essa ferramenta que nos permite interagir no ambiente, dele participar e nele atuar.

As características dos ambientes que freqüentamos representam fatores externos. Por exemplo, se o ambiente em que o aprendizado da língua deve ocorrer por autêntico e proporcionar atividades voltadas aos interesses do aprendiz, o grau da motivação será alto. Entretanto, se o ambiente carecer de autenticidade, de elementos da cultura estrangeira, como por exemplo, uma sala de aula com um número excessivo de alunos, e um professor de proficiência limitada, onde a L2 dificilmente se impõe a L1, e se as atividades nesse ambiente forem ditadas por um plano didático predeterminado em vez de centradas na pessoa e nos interesses do aprendiz, o grau de motivação será baixo.

Por outro lado, se a motivação se origina no desejo de se satisfazer uma necessidade, não haverá motivação. Pelo contrário, a reação normal da pessoa, quando compelida a uma atividade não resultante de um desejo de satisfazer, é a desmotivação.

Um ambiente de sala de aula voltada ao ensino formal de uma língua estrangeira, sem a presença de um professor qualificado dessa língua e de sua cultura, é um exemplo de ambiente que não evidencia necessidade, não produz motivação e não estimula o aprendizado. Muitos estudiosos do assunto destacam com relação á motivação é que se trata de um constructo complexo, que envolve muitas variáveis. Daí a importância para os professores de acompanhar os trabalhos que têm sido desenvolvidos e que destacam o aspecto motivacional como um dos fatores determinantes da aprendizagem. o aluno pouco motivado ou desmotivado não empenhará seus esforços na execução das atividades que lhe forem propostas.

Para Schutz (2003, n.p) o que se encontra atualmente no ensino de inglês são inúmeros fatores desmotivadores: sala de aula com muitos alunos, professores com proficiência limitada, cobrança através de exames de avaliação com questões truculentas que nada

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avaliam, repetição oral mecânica, etc.

Tapia e Fita (2006) ainda ressaltam que os alunos não estão motivados ou desmotivados abstratamente. A motivação surge ou não em função do significado do trabalho que se tem de realizar e cabe ao professor criar contextos significativos que afetem a motivação e a aprendizagem.

Esses fatores desmotivadores podem ser observados tanto na rede de escolas de ensino médio, onde o ensino de inglês ficou encalhado no método de tradução e gramática do início do século, como nos cursos particulares de línguas, que ficaram encalhados no método audiolinguístico dos anos 60. Nem um nem outro mostra resultados imediatos motivadores nem permite que o aluno alcance a proficiência desejada, gerando inevitavelmente uma certa frustração que, em maior ou menor grau, destrói a motivação.

Também tem aquele aprendiz que não se identifica com a cultura estrangeira, ou que às vezes até despreza, normalmente por falta de maior informação a respeito da mesma ou por informações estereotipadas que o professor não soube corrigir, estará desmotivado a aprender sua língua.

Gardner (2001) focaliza a motivação como o elemento central para determinar o sucesso da aprendizagem em LE, pois estratégias de aprendizagem não serão utilizadas se o aluno não estiver motivado para aprender outra língua. O autor ainda propõe que a aprendizagem de LE difere das de outras disciplinas por envolver, por vezes, conflitos pessoais.

Ao estudar uma LE, o aluno precisa incorporar sons, estruturas gramaticais e modelos comportamentais característicos de outra cultura, de uma comunidade que não é a sua. É necessária uma identificação do aluno com o grupo que utiliza a língua a ser aprendida. Tais aspectos da aprendizagem tornam a motivação um fator ainda mais complexo, mas cujo conhecimento pode alterar, de forma positiva, a orientação motivacional dos alunos e, consequentemente, promover um maior envolvimento com as atividades propostas.

O problema da desmotivação é observado em salas de aula que enfatizam language learning¹ Por outro lado, em programas que enfatizam language acquisition², observa-se facilmente a ocorrência natural de motivação para o aprendizado de línguas, independente da idade. a pessoa que tiver oportunidade de ter contato com a língua estrangeira em situações reais de comunicação, em ambientes autênticos dessa língua e de sua cultura, onde a língua está presente como meio de interação e não ausente, ministrada em doses pequenas e amargas pela repetição mecânica descontextualizada, ou pela dissecação gramatical, vai certamente alcançar fluência.

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3 – Coleta de Dados e Desenvolvimento da pesquisa

A proposta dessa pesquisa de campo surge a partir da curiosidade de compreender quais os fatores (internos ou externos) influenciam os alunos a estudarem Letras – Português/Inglês. Para tal, foi selecionada uma faculdade específica que contribuísse com os objetivos propostos nessa pesquisa.

Para a realização dessa pesquisa foi estruturado um questionário com questões abertas e de múltipla escolha, conforme o anexo 1. A pesquisa foi realizada com 73 alunos, estudantes do curso superior de Letras de uma Universidade particular do Rio de Janeiro. A aplicação se deu coletivamente em sala de aula.

As perguntas do questionário foram elaboradas conforme o objetivo a ser alcançado, ou seja, descobrir o perfil do aluno do curso de Letras e os fatores (internos ou externos) que influenciaram na escolha do curso.

Entre os dias 26 e 29 de outubro de 2010, ao final das aulas, foi informado o objetivo do questionário e perguntado se algum aluno fazia alguma objeção em respondê-lo. Foi distribuído o questionário para que os alunos pudessem lê-lo e para que sanassem eventuais dúvidas. Os alunos levaram aproximadamente 5 minutos para respondê-lo.

3.1. Questões da pesquisa

Antes de iniciar a elaboração das questões da pesquisa, foi preciso uma reflexão acerca de todo o conteúdo do trabalho, para assim, não cometer equívocos relacionados às perguntas feitas no questionário.

Foram selecionadas seis questões, sendo que quatro são compostas por questões abertas, ou seja, o aluno está livre para responder o que quiser e as duas restantes por questões de múltipla escolha, porém o aluno podia optar por mais de uma questão.

A questão número um questiona a decisão do aluno na escolha do Curso de Letras da Universidade referida e a questão número dois complementa a questão um quando é perguntado para o aluno os fatores (internos ou externos) que o influenciaram na escolha do mesmo.

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A questão três refere-se no que diz respeito à compreensão ou entendimento que os alunos têm acerca da Motivação, podendo assim, evidenciar os fatores intrínsecos e extrínsecos tradicionalmente considerados na pesquisa sobre Motivação em L2. Já a questão quatro,o objetivo ao formular essa questão foi para saber o perfil do aluno de Letras, se a universidade está recrutando alunos com aptidões intelectuais.

As questões cinco e seis são de múltipla escolha, porém induzidas pelo professor, onde o aluno pode escolher mais de uma opção, referindo-se a idéias para tornar a aula mais motivadora. Dentre as opções encontram-se: mudar o modo dos professores darem aula, acabar com o sistema de avaliação de provas e testes, optar por atividades lúdicas dentre outras.

A questão seis é composta de mais três sub-questões, e trata-se dos fatores (intrínsecos ou extrínsecos) que levam os alunos a participarem das aulas de inglês. Dessa vez, os alunos ao lerem a questão, terão que indicar os fatores que os levam a participar das aulas, fatores que os levam a gostar das aulas e por último os fatores que os levam a não freqüentarem as aulas.

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4 – Análise da Pesquisa

Diversos são os motivos apontados pelos alunos que levariam a escolher a Licenciatura em Língua Inglesa. A maior parte dos alunos afirma tê-la escolhido simplesmente por gostarem da língua e de quererem estudá-la. Para um terço dos alunos, o fato de a língua inglesa ser uma língua “mundial” e oferecer melhores oportunidades de trabalho é o que os motiva a estudá-la. Dos 73 alunos entrevistados, 26 declararam terem optado pelo curso para se tornarem professores de língua inglesa. Percebe-se, portanto, que os alunos ingressantes no curso ainda não se vêem como futuros professores. Como argumento por Silva (2003), isto ocorre porque as crenças dos alunos refletem o seu atual papel de aprendizes de Língua Inglesa I (primeiro estágio da língua na faculdade) e a falta de um estudo das questões específicas de ensino-aprendizagem de LE os mantêm ainda distante de uma consciência do seu papel de professor em formação.

A principal expectativa dos alunos é conseguir “falar fluentemente” ou se “comunicar” na língua. Nesse ponto, é interessante verificar como sua cultura de aprender, descrita anteriormente pode influenciar decisivamente em seus objetivos.

É importante ressaltar que o fato dos alunos terem tido contato com a língua inglesa no ensino fundamental e médio, onde o insumo lingüístico é marcado, na sua maioria, por uma abordagem estruturalista (Consolo, 1992), cujo foco é o desenvolvimento da competência gramatical e não da competência comunicativa dos alunos, faz com que muitos não consigam responder quais aspectos de trabalho realizado nas salas de aulas na faculdade poderão contribuir para o desenvolvimento de sua competência oral.

Quadro 1:

1. Por que você escolheu esse curso? Respostas mais frequentes a essa pergunta: Porque gosto da língua inglesa e de sua cultura Porque o meu sonho é ser professora

Porque preciso aprimorar a língua inglesa, já

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Quadro 2:

2. Quais foram os fatores que influenciaram na escolha do curso? Respostas mais frequentes a essa pergunta:

Fascínio pela língua inglesa Vontade de ser professora

Facilidade para entrar no mercado de trabalho Fluência na língua inglesa

Observando o quadro abaixo, é possível perceber que as idéias e percepções dos alunos são praticamente os mesmos, ou seja, a compreensão do que se é motivação é sustentada pelos alunos de modo correto e conciso, de acordo com a definição que cada aluno construiu do termo motivação. Foi possível evidenciar os fatores intrínsecos e extrínsecos, tradicionalmente considerados na pesquisa sobre motivação em L2 são relevantes para os alunos.

Quadro 3:

3. Escreva o que você entende por motivação

Grupo Total

motivar, incentivar, ajudar alguém 73 19

disposição, força de vontade 73 18

Motivo, sentido, prazer, inspiração para agir 73 36

Como cada aluno podia dar mais de uma resposta à pergunta, o valor apresentado na tabela abaixo significa apenas quantas vezes cada uma das repostas apareceu com relação ao número máximo correspondente à unanimidade.

Uma análise qualitativa do quadro de respostas, ainda que superficial, indica fortemente que, executando-se o interesse pelas atividades intelectuais, os seis grupos são bastante equivalentes no tocante aos interesses e motivações gerais. Este fato sugere que os alunos do curso superior de Letras da Universidade recruta estudantes com grande aptidão intelectual.

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Quadro 4:

4. O que você mais gosta de fazer no seu tempo livre? Atividades Frequência Intelectual Ler 41 Estudar 25 Escrever 13 Ir à faculdade 3 Lazer/ Sair, estar ou entretenimento Conversar com amigos 20

Ouvir música 19 Esportes e jogos 3 Comer 3 Ver TV 14 Namorar 5 Viajar ou passear 15 Ir ao cinema 6 Ir a praia 7 Dançar 3 Dormir 9

Como podemos verificar no gráfico abaixo, no total de 73 alunos, 36 optariam por atividades lúdicas e 38 organizariam mais atividades fora da faculdade.

Com esse resultado é possível observar que os alunos sentem falta de atividades que estimulem o seu aprendizado, tornando assim, suas aulas mais motivadoras.

A ludicidade deve ser usada como um recurso pedagógico, pois o lúdico apresenta dois elementos que o caracterizam: o prazer e o esforço espontâneo. Ele integra as várias dimensões da personalidade: afetiva, motora e cognitiva.

Não basta que os alunos em sala de aula só recebam, informações e façam alguns exercícios escritos sobre o conteúdo para aprender. Eles devem ter um papel mais ativo em sala de aula, passando a serem o centro do processo ensino-aprendizagem (Moser, 2004). Eles devem ter a oportunidade de internalizar as informações dadas de maneira que seja significativa, por isso a importância de atividades que os oportunizem a assimilação do conteúdo dado.

O desenvolvimento do aspecto lúdico além de facilitar a aprendizagem, contribui para o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para

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um estado interior fértil, facilitam os processos de socialização, comunicação, expressão e consequentemente a curiosidade e a construção do conhecimento.

Curiosidade que segundo Freire (1997) é natural e cabe ao professor torná-la epistemológica. Desta forma o professor estará proporcionando ao aluno momentos apara desenvolver suas próprias estratégias de aprendizagem. Pois através da ludicidade o aluno forma conceitos, estabelece relações sociais com o grupo ao qual está inserido, estimula seu raciocínio no desenvolvimento que exigem reflexão, vai se socializando, se sente mais a vontade, mais motivado, aprende e consequentemente melhora seu desempenho. Mas vale salientar que tais atividades só terão o seu devido valor, se o professor estiver preparado para realizá-las e tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos das mesmas.

Quadro 5:

Em relação à observação dos fatores que motivam à participação dos alunos nas aulas de inglês é possível evidenciar o envolvimento nas aulas e o gosto pela língua e cultura da língua inglesa. 31 28 19 36 38 73 73 73 73 73 mudaria o modo dos professores darem aula diminuiria a quantidade de alunos por sala

acabaria com o sistema de avaliação de provas e testes optaria por atividades lúdicas organizaria mais atividades fora da faculdade 0 20 40 60 80 100 120

O que você faria para tornar a sua aula mais

motivadora?

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Quadro 6:

Com a obtenção desses dados, pode-se afirmar que os alunos da graduação estão mais motivados por fatores externos, caracterizando a Motivação Extrínseca do que por fatores internos, caracterizando a Motivação Intrínseca. Verificou-se, também, que os fatores externos possuem maior relevância para o aprendizado da língua inglesa no contexto desta pesquisa.

Os alunos quando motivados de forma intrínseca empenham-se e esforçam-se gradativamente mais e isto faz com que eles absorvam o conteúdo mais profundamente. Quando estes mesmos alunos se deparam com uma atividade complexa e desafiadora, empregam um raciocínio lógico apoiando-se em estratégias para concluir este desafio, ao passo que, os alunos extrinsicamente motivados tendem a não usar estes mecanismos e empregam um esforço mínimo para conseguir a premiação (Brown, 2000).

71 37 56 33 10 31 73 73 73 73 73 73

Gosto da língua As aulas me dão prazer Gosto de aprender novas culturas vai me ajudar a entrar no mercado de trabalho

Estou com os meus amigos Preciso da língua para o trabalho ou para fazer um intercâbio 0 20 40 60 80 100 120 140 160

Fatores que levam os alunos a participarem das aulas de

Inglês

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Quadro 7:

O quadro abaixo mostra os fatores que levam os alunos a não gostarem das aulas de inglês. Podemos observar que dentre os 73 alunos entrevistados, 42 não conseguem realizar bem as propostas em sala de aula e 46 não se sentem suficientemente motivados. Esse quadro mostra as dificuldades existentes no ensino de língua inglesa, porém a falta de motivação tem sido destaque na maioria das vezes.

Para tal, cabe ao professor buscar atividades que possam envolver o aluno, dando oportunidade de internalizar as informações dadas de maneira que sejam significativas para ele e proporcionem assimilação do conteúdo estudado. Desta forma, o professor estará proporcionando ao aluno momentos para desenvolver as suas próprias estratégias de aprendizagem, pois no processo de ensino-aprendizagem, os alunos não aprendem da mesma maneira e no mesmo momento. Eles possuem diferentes maneiras de aprendizado, fazem conexões entre conceitos já conhecidos, inferem novos saberes. Portanto as aulas não devem ser lineares, enfadonhas e apenas reprodução de conhecimento. Devemos proporcionar aos alunos o desenvolvimento de várias estratégias de aprendizagem em sala de aula. Para que realmente a assimilação dos conteúdos aconteça, os alunos devem sentir-se motivados, com objetivos em estudar uma língua estrangeira e ultrapassar obstáculos que possam surgir na sua aprendizagem. 42 30 51 44 61 3 30 73 73 73 73 73 73 73 Aprendo uma nova palavra Dedico-me ao máximo às aulas Compreendo os benefícios das atividades propostas em sala de aula As atividades me dão prazer O que eu aprendo me faz querer praticar mais Esqueço das outras aulas O professor reconhece o meu esforço 0 20 40 60 80 100 120 140 160

Fatores que levam os alunos a gostarem das aulas de

Inglês

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29 Quadro 8: 42 17 36 35 35 12 24 46 73 73 73 73 73 73 73 73 Não consigo realizar bem as atividades propostas em sala de aula Não consigo pronunciar as palavras corretamente Não sinto prazer nas aulas Não tenho a oportunidade de praticar tudo o que eu aprendi Não há tempo de praticar tudo o que eu gostaria Não me sinto integrado ao grupo Não simpatizo com o professor O professor não me motiva 0 20 40 60 80 100 120 140

Fatores que levam os alunos a não gostarem das aulas de

Inglês

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5- Conclusão

Pode-se concluir, no contexto dessa pesquisa que os alunos do curso de Letras – Português – Inglês estão motivados extrinsicamente, ou seja, o aluno exerce uma determinada atividade devido a uma razão que pouco tem a ver com a dita, que no caso dessa pesquisa, foi possível evidenciar que os alunos ingressantes no devido curso não possuem o propósito de serem docentes, mas sim utilizar o diploma para outros fins.

Percebe-se que a Motivação dos alunos está relacionada também com a prática docente dos professores da disciplina quando os mesmos relatam estarem desmotivados devido à postura do professor em sala de aula, mas ao mesmo tempo quando o mesmo os motiva, fazendo com que os alunos adquirem novos conhecimentos sobre a Língua, a cultura ou quando propõe atividades que envolvam os alunos.

Para os alunos, a Motivação para se matricular no Curso de Letras, está ligado à fatores externos, quando observados nos quadros 6,7 e 8, quando os alunos afirmam estar realizando o curso por motivos pessoais ou pela oportunidade que o mercado de trabalho pode garantir, já que nos dias de hoje o Inglês é considerada uma língua mundialmente falada e de grande relevância para de adquirir um bom emprego.

O aluno, em parceria com o professor, deve ter seu espaço para usar aquilo que está sendo ensinado e entre erros e acertos, experimentar para aprender. O aluno deve ter uma postura ativa em sala de aula, sendo sujeitos da sua aprendizagem, e que espontaneidade e a criatividade podem ser constantemente estimuladas e quem sabe, assim, os alunos podem motivar-se intrinsicamente.

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Anexo

Questionário

1. Por quê você escolheu esse curso?

____________________________________________________________________________ __________________________________________________________________

2. Quais foram os fatores que influenciaram na escolha do mesmo?

____________________________________________________________________________ __________________________________________________________________

3. Escreva o que você entende por Motivação.

____________________________________________________________________________ __________________________________________________________________

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32 ____________________________________________________________________________ __________________________________________________________________

5. Marque o que você faria para tornar a sua aula mais motivadora (Pode indicar mais de uma opção).

( )Mudaria o modo dos professores darem aula. ( )Diminuiria a quantidade de alunos por sala.

( )Acabaria com o sistema de avaliação de provas e testes. ( )optaria por atividades lúdicas.

( )organizaria mais atividades fora da faculdade. ( )Outros. ________________________

6. Marque os fatores que o levam a participar das aulas de Línguas (pode indicar mais de uma opção).

Participo das aulas Gosto da língua. ( ) de línguas por que: As aulas me dão prazer. ( )

Gosto de aprender novas culturas. ( )

Vai me ajudar a entrar mais rápido no mercado de trabalho. ( )

Estou com os meus amigos. ( )

Preciso da língua para o trabalho, para fazer um intercãmbio e etc. ( )

Eu gosto das aulas

de língua quando: Aprendo uma nova palavra. ( ) Dedico-me ao máximo às aulas. ( ) Compreendo os benefícios das atividades propostas em sala de aula. ( )

As atividades me dão prazer. ( )

O que eu aprendo me faz querer praticar mais.( ) Esqueço das outras aulas. ( )

O professor reconhece o meu esforço.( ) Não gosto das aulas

de língua quando: Não consigo realizar bem as atividades propostas.( ) Não consigo pronunciar as palavras corretamente. ( ) Não sinto prazer nas aulas. ( )

Não tenho a oportunidade de praticar tudo o que eu aprendi. ( )

Não há tempo de praticar tudo o que eu gostaria. ( ) Não me sinto integrado ao grupo. ( )

Não simpatizo com o professor. ( ) o professor não me motiva. ( )

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Bibliografia

Bruner, Jerome. O Processo da Educação: Ed. Nacional, São Paulo, 1972

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