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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

AUDITORIA INTERNA E OS BENEFÍCIOS PARA A

SAÚDE ORGANIZACIONAL

FLÁVIA MILENA DO NASCIMENTO DOS SANTOS

Orientadora Prof Luciana Madeira

Rio de Janeiro 2014

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

AUDITORIA INTERNA E OS BENEFÍCIOS PARA A

SAÚDE ORGANIZACIONAL

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão e Planejamento Tributário

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AGRADECIMENTOS

....a Deus, minha família e amigos pela força e apoio.

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DEDICATÓRIA

...aos meus pais, Valdelis e Mirian, irmãos Carla, Junior, Priscila e Raquel, ao meu noivo Moises, cunhados e sobrinhos.

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RESUMO

Este trabalho apresenta o resultado de uma pesquisa sobre a importância da auditoria interna para o auxilio da administração no alcance dos seus objetivos através de um melhor controle dos processos internos e gerenciamento dos riscos nas empresas. Comprovando sua importância através de uma descrição detalhada de sua evolução e desenvolvimento, alem de suas principais características e objetivos. A pesquisa bibliográfica permitiu identificar os aspectos que comprovam que a auditoria interna desempenha um papel importante no exame mais profundo e constante dos controles internos de uma organização servindo assim de fonte de informação para a alta gerência das empresas. O estudo permitiu concluir que o papel da auditoria interna no âmbito das organizações não se restringe somente ao papel tradicional, com função de revelar erros, falhas e até fraudes organizacionais, mas sim para propor sugestões e soluções preventivas, antecipando fatos, visando à eficiência e eficácia dos controles internos da organização, além de traçar o novo perfil do auditor interno, mais competente e melhor qualificado.

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METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do trabalho foi utilizado levantamento de dados através de textos teóricos redigidos por especialistas e livros didáticos voltados ao assunto de auditoria. A metodologia utilizada foi a qualitativa, pois descreve qual é a importância da auditoria interna para as organizações.

Foram realizadas leituras de livros, artigos e sites especializados onde busquei encontrar embasamento na opinião dos autores para demonstrar o porquê, o quanto e de que forma a auditoria interna pode ser importante para qualquer organização, independente do seu tamanho ou seguimento.

Os principais livros pesquisados foram: Auditoria: um curso moderno e completo de Marcelo Cavalcanti Almeida e Auditoria interna de William Attie.

Os principais temas pesquisados foram: a auditoria, seu surgimento e evolução e auditoria interna e externa, suas diferenças e importância para as empresas.

O estudo, portanto, foi realizado através das referências teóricas e análise dos textos encontrados sobre o assunto.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 8

CAPÍTULO I A AUDITORIA INTERNA ... 11

1.1 Considerações ... 11

1.2 Procedimentos de Auditoria ... 13

CAPÍTULO 2 A DISTINÇÃO ENTRE AUDITORIA E PERÍCIA CONTÁBIL .... 16

2.1 Importância da Auditoria Contábil ... 21

2.2 Relação do Controle Interno com a Auditoria ... 23

CAPÍTULO 3 A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NA EMPRESA .. 26

CONCLUSÃO ... 31

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INTRODUÇÃO

A Auditoria Interna consiste em um serviço ou departamento interno de uma Organização encarregado de efetuar verificações, e de avaliar os sistemas de produção e procedimentos da Organização, com vistas a diminuir as probabilidades de ocorrências de fraudes, erros ou práticas ineficazes. Desta forma percebe-se a crescente evolução dos processos financeiros e a importância que trazem para as diversas empresas, principalmente para fins de decisões gerenciais. Cada empresa é responsável por seus controles e o papel do auditor verificar normas, efetuar auditoria em diversas áreas das demonstrações contábeis e em áreas operacionais, verificar se há necessidades de criar novas normas, enfim, tem um trabalho minucioso e importante para a empresa.

Pretende-se, nesse trabalho, observar e relatar a importância da auditoria para o sucesso de uma empresa, mostrando o seu papel quanto à apuração de erros e fraudes, para apurar o valor real do patrimônio líquido da empresa, para o cumprimento das obrigações fiscais, para atender as exigências legais e para confirmar com exatidão as demonstrações contábeis, pois o papel do auditor é fundamental para o trabalho da empresa, visto que, deve-se haver um Controle Interno dos seus segmentos de ação contábil.

Analisando-se o Controle Interno procura-se delinear as dificuldades e as contribuições do mesmo no decorrer do trabalho na empresa. Pretende-se, no entanto, dimensionar a função e a importância do controle interno.

Visto que, o risco da ocorrência de um erro, em uma empresa com um bom sistema de controle interno, é muito menor do que em uma empresa com um sistema de controle interno ruim (ALMEIDA, 1996).

Hoje com o mercado cada vez mais acirrado, não perdoando erros e extinguindo organizações falhas, gestores estão olhando com mais atenção para o sistema de controle interno, pois descobriram que ele pode evidenciar erros e/ou irregularidades a tempo que sejam corrigidos e não prejudiquem a organização.

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Além disso, um sistema de controle interno atuante irá munir a gestão com informações preciosas para a tomada de decisão, pois irá mostrar a real situação da organização, tornando assim mais claro o caminho a ser tomado para o alcance dos objetivos.

Aliada a isso a auditoria interna também vem ganhando espaço, trazendo consigo a certeza e a segurança que o sistema de controle interno e suas decisões estão gerando os frutos desejados ou se há a necessidade de uma nova postura.

Diante do continuo aperfeiçoamento no sistema de controle interno, cada vez mais apurado, há a necessidade da auditoria interna também se atualizar e ter cada vez mais controle, sendo que os resultados atingidos tragam à organização um alto nível de informações seguras e de credibilidade.

Assim trabalhando juntos, o sistema de controle interno e a auditoria interna, provem à gestão ferramentas seguras e fidedignas, que irão auxiliá-los no difícil trabalho de tomada de decisão, mas cada vez mais terão a perspectiva de mercado e a real situação da organização, de forma clara e certa ao seu alcance, tornando assim as decisões mais acertadas e que tornarão a organização cada vez mais forte.

A realização do presente trabalho deseja responder qual a ligação existente entre o Controle Interno e a Auditoria, ressaltando sua importância na tomada de decisão empresarial.

Este trabalho teve como base a pesquisa bibliográfica acompanhada de estudos exploratórios, considerando que envolveu dados teóricos e estimativos que foram buscados em livros e estudos realizados por pesquisadores da área e que se relacionam com o tema. Desse modo, foi realizada uma investigação para demonstrar como a importância da auditoria para a empresa e direcionando um enfoque para o controle interno. Pois a auditoria não só é importante, como também contribui para melhor processo decisório.

Segundo Severino (2006, p. 76) o levantamento bibliográfico permite “uma localização e busca metódica dos documentos e referencial teórico que possam interessar ao tema discutido.” Desse modo, com a pesquisa bibliográfica, segundo o autor, define a natureza dos temas estudados dentro

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da área em que o trabalho se situa. Vale ressaltar que a pesquisa bibliográfica complementa e fundamenta a coleta e análise de dados, oferecendo uma visão geral e ao mesmo tempo específica da temática sob investigação.

Associada à pesquisa bibliográfica foi feito um estudo exploratório considerando que, segundo Gil (1999, p. 43): “as pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em vista a formulação de problemas e hipóteses pesquisáveis.” Diante disso, ao utilizar esse tipo de pesquisa, neste estudo foi desenvolvido um tema atual para esclarecer como tem sido o trabalho do auditor interno nas empresas. Para categorizar e analisar os dados colhidos foi utilizado a estudo com base no método dedutivo, evidenciando as hipóteses apresentadas.

O desenvolvimento do trabalho foi descrito em três capítulos. O primeiro direcionou-se um enfoque na auditoria interna, abordando sobre suas principais considerações bem como os procedimentos de auditoria. Ainda, ressaltou-se um breve estudo sobre o conceito de diferentes autores sobre a auditoria interna.

No segundo capítulo o estudo foi sobre a questão da distinção entre a auditoria e a perícia contábil, enfatizando a importância da auditoria contábil, bem como a relação do controle interno com a auditoria.

No terceiro, buscou-se contemplar sobre a importância da auditoria interna nas organizações visando sua competitividade.

Enfim, tem-se a conclusão do trabalho ressaltando de forma simples e clara o contexto estudado, dando ênfase na importância de uma empresa ter formalizada a auditoria interna, principalmente, ao que se refere a melhoria da tomada de decisões.

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CAPÍTULO I A AUDITORIA INTERNA

1.1 Considerações

A auditoria de modo geral realiza exames de documentos, livros e registros. Também é responsável por inspeções e confirmações (internas e externas) ligadas ao controle do patrimônio. Refletindo na mensuração e exatidão dos registros e das demonstrações.

Neste capítulo será abordado um estudo sobre a Auditoria Interna, mostrando esta dentro do cenário empresarial. Esta tem sido para as empresas de suma importância, pois auxilia a administração a evitar possíveis erros, fraudes, desequilíbrios que por sua vez, podem gerar falência, gerando até desemprego.

Neste sentido, cabe:

[...] à auditoria interna, desde este instante, convencer a alta administração e seus executivos de que pode auxiliá-los na melhoria dos seus negócios, identificando áreas problemáticas e sugerindo correção, para obter destes o apoio necessário ao desenvolvimento de prestação de serviço a toda a empresa (ATTIE, 1993, p. 26).

A auditoria interna vem tendo um lugar muito importante no setor empresarial, sua eficiência é de grande valia para a empresa. Através de seus estudos, seus testes que seja de observância, os quais têm a finalidade de determinar certos procedimentos dos controles internos se estão sendo cumpridos adequadamente, ou que seja teste substantivos, que segundo Almeida (1996) tem a finalidade de obter provas suficientes e convincentes sobre as transações, saldo e divulgações nas demonstrações financeiras, bem como por meio de minuciosas pesquisas, ela poderá prever o fracasso, identificar as fraudes, relatando-se as falhas, tendo o objetivo de melhoria na empresa tanto na produtividade quanto na lucratividade.

A evolução da auditoria interna, tanto em função do desenvolvimento das organizações quanto em função dos objetivos cada vez mais amplos que

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lhe tem sido fixados, incentivou também a evolução do seu conceito. Inicialmente a auditoria tinha como foco a descoberta de fraudes e erros, mas sua evolução permitiu que esses objetivos assumissem formas específicas, em que não somente detecta e evidencia erros, mas também desempenha uma função preventiva e orientadora (TEIXEIRA, 2006). Franco e Marra (2001), atribuem como fatores determinantes na evolução da auditoria, as mesmas causas que foram responsáveis pelo seu surgimento.

Pela atual definição do IIA (2014)1, a auditoria interna é uma atividade independente e objetiva, que presta serviços de avaliação e consultoria e tem como objetivo adicionar valor e melhorar as operações de uma organização. A auditoria interna auxilia a organização a alcançar seus objetivos por meio de uma abordagem sistemática e disciplinada para avaliação e melhoria da eficácia dos processos de gestão de riscos, controle e governança corporativa.

Pereira e Nascimento (2005, p. 48) conceituam a auditoria interna como uma especialização voltada para a garantia da qualidade, transparência e segurança dos controles internos implantados com o fim de salvaguardar o patrimônio dos acionistas, cuja estrutura está diretamente ligada ao setor interno na empresa auditada.

As atividades de avaliação de processos e controles respondem por grande parte do tempo de trabalho dos auditores. A verificação de conformidade com normas internas e externas é, há muito tempo, uma das principais funções da auditoria interna. Já as atividades consultivas, embora presentes em muitos trabalhos de auditoria, devido ao bom conhecimento que os auditores internos geralmente possuem dos processos auditados, raramente são formalizadas, sendo um campo de trabalho com grande potencial de expansão, conforme Arena e Azzone (2009). De fato, a simples menção à atividade consultiva da auditoria interna pelo IIA (2014)2 impulsiona

1

THE INSTITUTE OF INTERNAL AUDITORS (EUA). International Professional practices

framework. Disponível em: <http://www.theiia.org/guidance/standards-andguidance/>.

2

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o desenvolvimento dessa função pela auditoria, uma vez que aumenta a área de atuação desse serviço.

1.2 Procedimentos de Auditoria

O campo de atuação da auditoria interna cresceu bastante com o passar do tempo. Atualmente, a atividade de auditoria deve buscar a melhoria dos processos de gestão de riscos, controles internos e governança corporativa. Seu escopo engloba, além das atividades de avaliação, atividades de apoio consultivo formal, ambos com o intuito de melhorar os processos e agregar valor à firma. O IIA (2014) atribui à auditoria interna também a responsabilidade pela avaliação da segurança de informação e dos riscos a ela associados.

Segundo a norma internacional 2320 que integra as Normas Internacionais de Auditoria, “os auditores internos devem basear as conclusões e os resultados da execução dos trabalhos em análises e avaliações apropriadas.” Para isto, as atividades da Auditoria Interna estão estruturadas, conforme Attie (2009), em procedimentos e buscam agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por meio da recomendação de soluções para as não conformidades apontadas nos relatórios. As etapas de uma auditoria interna podem ser agrupadas em três macro etapas: o planejamento, o serviço de campo e o reporte e acompanhamento e constam da Figura. 1.

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FIGURA 1 -Etapas do processo de auditoria Fonte: Elaborado pelo autor

Tais procedimentos não diferem dos utilizados pela auditoria independente. Ao contrário, é com relação aos métodos dos quais lançam mão é que estas duas especialidades se assemelham, conforme afirma Teixeira (2006): Existem semelhanças entre as auditorias, interna e externa, ao utilizarem metodologias e técnicas comuns ou idênticas (...) ambas identificam, analisam e avaliam procedimentos de controle interno, realizam testes, identificam insuficiências, erros e anomalias e avaliam os riscos que lhe estão associados e elaboram relatórios, nos quais fazem as suas apreciações, formulam sugestões e apresentam propostas corretivas a adotar com vista a resolver ou a minimizar as deficiências encontradas.

Segundo o IIA (2014), os objetivos do levantamento preliminar incluem: (i) a familiaridade do auditor com informações importantes do processo auditado, tais como sua estrutura, operações, instalações, sistemas de informação e de gestão de riscos e controles internos;

(ii) o embasamento para a elaboração de um programa de trabalho eficiente, concentrado em matérias de maior importância e com redução do tempo a ser alocado em áreas de baixo risco, e

(iii) o estabelecimento de um tom cooperativo para o trabalho de campo que se iniciará em seguida.

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Os métodos da auditoria interna abrangem os exames, análise, avaliações, classificação e constatações, metodologicamente estruturadas para os sistemas de subsídios, sistemas de controles internos e sistemas de gerenciamento de riscos para que a empresa cumpra seus objetivos. O cumprimento destas atribuições depende, porém de procedimentos específicos, que quando aplicados de maneira sistemática e disciplinada, podem garantir a eficiência no trabalho da auditoria interna (CREPALDI, 2009). No capítulo a seguir iremos abordar sobre a questão da distinção entre auditoria e a perícia contábil, relatando sobre a importância da auditoria contábil e da relação entre o controle interno com a auditoria.

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CAPÍTULO 2 A DISTINÇÃO ENTRE AUDITORIA E PERÍCIA

CONTÁBIL

Desde que o homem começou a pôr em prática sua missão de desbravar fronteiras através da habilidade e criatividade, e que, por consequência disto, revolucionou o mundo dos negócios, transformando ideias em processos, processos em produtos, produtos em marcas, utilizando recursos financeiros de investidores para serem aplicados em empreendimentos.

Percebe-se que, naturalmente, criou-se, assim, a necessidade de avaliação e investigação dos resultados das atividades que envolviam tais recursos aplicados, e esta investigação somente produziria efeitos se fosse efetuada por parte de alguém que tivesse competência, conhecimento e confiabilidade para atestar os resultados.

Segundo pesquisa de Boyton, Johnson e Kell (2002, p. 34):

A auditoria começa em época tão remota quanto a contabilidade. Sempre que o avanço da civilização tinha implicado que a propriedade de um homem fosse confiada, em maior ou menor extensão, e a outra, e a desejabilidade da necessidade de verificação da fidelidade do último, tornou-se clara.

Franco e Marra (2001) atribuem o surgimento da auditoria à necessidade de comprovação dos registros contábeis em virtude do surgimento de grandes empresas distribuídas por diversos locais e pelo desenvolvimento do mercado de capitais, que permitiu ampliar a participação de investidores nessas empresas. Como decorrência da contabilidade, portanto, a auditoria evoluiu, do mesmo modo que a contabilidade, paralelamente ao desenvolvimento econômico.

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É difícil precisar quando começa a história da auditoria, pois toda pessoa que possuía a função de verificar a legitimidade dos fatos econômico-financeiros, prestando contas a um superior, pode ser considerado como auditor. Segundo Sá (2011, p. 13), a Auditoria surgiu na Suméria:

Pois, a escrita contábil já havia conquistado um razoável grau de evolução e o trabalho de registrar já era confiado a ‘profissionais especialistas’. Provas, também, de ‘revisões’ ou ‘conferências’ dos registros para certificar a exatidão foram encontradas. Uma primitiva, mas eficiente ‘auditoria’ já ocorria 2.600 anos a. C., feita por revisores ou ‘inspetores de contas’ na época do Rei Uru-Kagina (tal prova acha-se no museu do centenário, em Bruxelas, na Bélgica e foi estudada pelo emérito historiador da Contabilidade, o Professor Federico Melis, das Universidades de Florença e Pisa).

Para Almeida (2004, p.81) até a Revolução Industrial, no final do século XVIII, a auditoria era utilizada pelos mais ricos que possuíam ativos dispersos e “necessitavam saber se estes eram adequadamente mantidos e utilizados e não negligenciados pelas pessoas a quem eram confiados”. Exercia, portanto, uma função de controle, fruto da separação entre a propriedade e a administração dos recursos, que como visto na sessão anterior, levou à descentralização das decisões.

A palavra auditor vem do latim auditore, que significa aquele que ouve; ouvidor. Distante do seu significado utilizado no Brasil, que é: exame analítico de revisão, que segue o desenvolvimento da execução da política contábil, desde o início até o balanço, abrangendo a segurança dos controles internos das células sociais. A auditoria, no seu sentido lato, constitui um conjunto de procedimentos tecnológicos disponíveis ao lidador, o auditor, que deve fundamentar a emissão de sua opinião subjetiva, via parecer, sobre a conformidade ou não dos controles internos de uma célula social.

Pode-se perceber que a auditoria é uma opinião dita como sendo independente e de juízo de valor, porém, subjugada pelos ditames da política contábil, “prescrição de como deve ser”, não raro uma situação pérfida diante da supremacia universal da ciência contábil.

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Petrenco (2003, p. 28) relata a chegada de contadores portugueses no Brasil por volta do ano de 1549, quando ocorreu a primeira nomeação de contador geral feita por D. João III. Já no ano de 1770, foi expedida Carta de Lei por Dom José, rei de Portugal, para todos os domínios lusitanos, relativa à nomeação de contador geral e guarda-livros, a qual impunha a necessidade de matrícula do profissional na junta do comércio, e a exigência de que tivessem também cursado aulas de comércio. Já Sá (2011, p. 13) indica que:

No tempo do Brasil Colônia, relevante já era a função contábil e das perícias, conforme se encontra claramente evidenciado no relatório de 19 de junho de 1779 do vice-rei Marquês do Lavradio a seu sucessor Luís de Vasconcelos e Souza.

Marion (2012, p. 43) destaca que:

Em 1902, em São Paulo, foi criada a Escola de Comércio Álvaro Penteado, a qual adotou o sistema de contabilidade das escolas europeias, reconhecida pelo Decreto 1.339. Noticia também o curso superior no ano de 1908, salientando que, em 1931, via Decreto n. 20.158, foi criado o curso de Guarda-livros, que, com mais um ano de curso, formava o célebre “perito contador”.

Ornelas (1994, p. 45) enfatiza o surgimento da perícia, no âmbito do Direito Pátrio, de maneira ordenada, a partir do Decreto-lei n. 1.608, de 18 de setembro de 1939 (Código de Processo Civil de 1939). Enfatiza a Exposição de Motivos à Lei, pelo então Ministro da Justiça Francisco Campos, citando: “perito do juízo, o seu dever é o de dizer e de investigar a verdade, sem as restrições que hoje incidem sobre elas”.

A criação do Conselho Federal de Contabilidade, via Decreto-lei n. 9.295/46, imprimiu as primeiras atribuições de cunho legal do contador, ou seja, a parametrização da perícia contábil, conferindo caráter privativo aos contadores diplomados. A auditoria como profissão tem registros do século XIX na Inglaterra, com uma forte influência da revolução industrial e com a expansão de negócios para os Estados Unidos. A primeira legislação sobre registro de CPAs (Certified Public Accountants – Certificado Público de Contabilidade) que são os especialistas em contabilidade, auditoria e tributos nos Estados Unidos, data de 1886 em Nova Iorque, sendo que somente em

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1917 foi instituído o AICPA (American Institute of Accountants – Instituto Americano de Contabilidade).

De acordo com Hoog (2005, p. 48):

Com o crescimento do mercado acionário americano, o balanço e o resultado acabaram por se tornar as principais peças de análise de investimento das empresas, valorizando ainda mais a contabilidade, sendo que, em 1934, a Bolsa de Valores de Nova Iorque passou a exigir que todas as sociedades empresárias obtivessem parecer de auditoria de auditores independentes.

Com o passar do tempo, a auditoria começou a vivenciar um crescimento da aplicação de seus métodos, principalmente a partir da década de 1980, com o surgimento da tecnologia de informação, quando a contabilidade foi uma das áreas mais afetadas e favorecidas, com a rapidez do processamento de dados, fornecendo assim muito mais informações para serem processadas e analisadas.

Do início cronológico da auditoria não se tem registros oficiais, porém existem alguns fatos que merecem ser destacados, conforme pesquisa efetuada por Attie (2011, p. 28):

1314 – Criação do cargo de auditor do Tesouro da Inglaterra; 1559 – Sistematização da auditoria dos pagamentos a servidores pela Rainha Elizabeth I;

Criação da Associação dos Contadores Públicos Certificados na Inglaterra;

Criação da Associação dos Contadores Públicos nos Estados Unidos;

Criação do Instituto Holandês de Contadores Públicos;

Criação do Security and Exchange Commision (SEC), nos Estados Unidos.

No Brasil, os registros oficiais têm por data o ano de 1972, quando o Banco Central do Brasil criou normas oficiais de auditoria para o segmento do mercado financeiro, e a obrigatoriedade da aplicação da auditoria também teve

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início na Bolsa de Valores, através da Lei n. 6.385/76, logo após a regulamentação da Lei das Sociedades Anônimas (Lei n. 6.404/76), contudo, na prática, o que temos observado é que o mercado como um todo adota a auditoria como meio de validação de resultados, comprovando a tendência de que a auditoria não deve ser aplicada apenas por imposição legal, mas sim, por ser uma das ferramentas de gestão de risco dentro das organizações empresariais.

Segundo Hoog (2005, p. 48), legislações que regem a auditoria independente no Brasil:

1976 – CMV (Comissão de Valores Mobiliários) – Lei n. 6.385/76, art. 26, que trata de auditoria das empresas registradas e autorizadas a funcionar na Bolsa de Valores junto à CMV;

2003 – BACEN (Banco Central do Brasil) – Resolução n. 3.081, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a prestação de serviços de auditoria independente para as instituições financeiras; e Circular n. 3.192, de 05 de junho de 2003, que dispõe sobre a prestação de serviços de auditoria independente para as administradoras de consórcio e respectivos grupos;

1997 – CFC (Conselho Federal de Contabilidade) – Resolução n. 821, de 17 de dezembro de 1997, que aprova a NBC P1 – normas profissionais de auditor independente com alterações.

A categoria contábil “auditoria”, por fatores consuetudinários, está diretamente associada à revisão e verificação de atos e fatos registrados nas demonstrações contábeis utilizadas para a prestação de contas dos administradores. A prestação de contas das sociedades anônimas é composta pelo balanço patrimonial, demonstração de resultado do exercício, demonstração de mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos, isto nos termos do art. 176 da Lei n. 6.404/76.

Nas demais sociedades empresárias, a prestação de contas se realiza pelo “trípode contábil” ditado pelo Código Civil pátrio, Lei n. 10.406/02. A categoria contábil contemporânea Trípode Contábil do latim Tripode, compreende os elementos da prestação de contas, conjunto de três relatórios

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apresentados pelo administrador da célula social, para a aprovação de suas contas. São três produtos contábeis fundamentais que registram a posição estática e dinâmica da riqueza, o seu resultado econômico e financeiro de forma contábil e apresentam demonstrativos consagrados pelas teorias das partidas dobradas e do crédito. Este último sintetiza o resumo, no período, das variações dos sistemas: I – de resultado positivo como receitas, ganhos e lucros, e negativas como despesas, perdas, custos e prejuízos; II – do sistema patrimonial, envolvendo origens, aplicações e mutações da riqueza durante um determinado período de tempo, normalmente, um ano. É composto de três elementos mínimos e essenciais à prestação de contas anual, previstos no Código Civil de 2002, arts. 1.020 e 1.065, o trio contábil: Balanço Patrimonial, Balanço de Resultado Econômico e Inventário.

2.1 Importância da Auditoria Contábil

A auditoria contábil é a certificação dos elementos da contabilidade com o exercício da sociedade empresária, garantindo a confiabilidade das informações das peças contábeis e a integridade do patrimônio, tendendo a minimização dos riscos operacionais, fiscais, societários, ambientais, trabalhistas, previdenciários, sistêmicos do mercado e outros, por meio de técnicas peculiares.

Segundo a doutrina de Hoog (2005, p. 45):

Auditoria contábil é o procedimento científico relativo à certificação dos elementos da riqueza aziendal, normalmente contabilizados nas fundações, associações, sociedades empresária e simples. Assegurando a credibilidade das informações das peças contábeis e a integridade do conjunto de bens e obrigações e da situação líquida, visa à minimização ou eliminação dos riscos fiscais, societários, ambientais, trabalhistas, previdenciários, sistêmicos ou não da ambiência.

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A auditoria compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de informações e confirmações, internas e externas, relacionadas com o controle do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros, e das demonstrações contábeis deles decorrentes. Na prática, a auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que têm por objetivo a emissão de opinião através de parecer sobre a sua adequação, servindo os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade.

O objeto da auditoria é a certificação do patrimônio como um todo. Por patrimônio pode-se entender como sendo o conjunto dos bens, direitos, avaliados sob dois aspectos: quantitativo e qualitativo. Compreende-se que o desígnio principal da auditoria é o de adequar credibilidade às informações noticiadas por meio dos balanços e demais peças contábeis pelas sociedades empresárias em geral, fazendo com que os bens, direitos e obrigações estejam comprovados e valorizados dentro das práticas contábeis.

Conforme Attie (1993, p. 32), têm-se:

O objetivo principal do exame normal de auditoria das demonstrações contábeis é expressar uma opinião sobre a propriedade das mesmas, e assegurar que elas representam adequadamente a posição patrimonial e financeira, o resultado de suas operações e as origens e aplicações de recursos correspondentes aos períodos em exame, de acordo com os princípios de contabilidade.

Naturalmente, que distintos outros objetivos que são voltados à gestão e controles das empresas estão inseridos dentro desta definição vasta em torno da auditoria das demonstrações contábeis e que acabam sendo medidos dentro do contexto dos exames da auditoria, sendo a sua função fundamental atender aos interesses dos usuários.

Os programas de auditoria tratam da acepção do escopo de trabalho de auditoria a ser gerido dentro de uma dada área ou processo dos controles internos da sociedade empresária a ser auditada. Os atualizadas programas de auditoria buscam envolver, além dos aspectos contábeis; a extensão e penetração dos exames; e a avaliação dos procedimentos, controles internos e

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efeitos/riscos fiscais, gerenciais e societários.

2.2 Relação do Controle Interno com a Auditoria

Devido ao crescimento do mercado e suas potencialidades procura-se desenvolver um modelo de funcionamento cauteloso da Auditoria Interna. O que é muito importante para a relação econômica e estrutural do sistema que está vinculado às empresas. A auditoria, como todos os sistemas de controle, segue uma linha de trabalho, ou seja, passos a serem seguidos e alinhados em seu desenvolvimento. Sem que seja organizado o material, a forma e como trabalhar, utilizando-se seqüência lógica é o mesmo que começar um trabalho sem saber o que fazer, fazer por rumo, no final disso, o trabalho ficará mal realizado.

Para Pereira (2009, p.1) o controle interno, “tende a favorecer o processo de gestão não apenas quanto à prevenção de fraudes. Para tal, o estudo busca compilar elementos que configurem outros benefícios dos controles internos para a gestão das empresas”. Desta forma, torna-se evidente que em se tratando da auditoria interna em uma empresa, ou seja, necessário para não correr riscos que o auditor interno faça uma linha de trabalho, bem desenvolvida, cujas ações sejam amplamente concluídas através da verificação constante do controle interno.

Em se tratando do controle interno, Franco e Marra (2001) ressaltam que eles são todos os instrumentos de uma empresa utilizados para vigiar, fiscalizar e verificar a administração, prever, observar, dirigir ou governar os acontecimentos que se verificam dentro da empresa e que produzem reflexos em seu patrimônio.

Desta forma, a importância do controle interno fica evidente, a partir do momento em que se torna impossível conceber uma instituição que não disponha de controles que possam garantir a continuidade do fluxo de operações e informação proposto. Diante dessa realidade, Almeida (1996) ressalta ser imprescindível valorizar e direcionar um trabalho eficaz, em relação

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ao controle interno, para que a administração possa ver nele um apoio, principalmente, direcionado a tomada de decisões. Visto que, esta é de suma importância para que a empresa alcance o sucesso esperado.

Em se tratando do trabalho desenvolvido dentro de uma empresa deve-se o auditor interno procurar diariamente, através dos controles internos, organizar, planejar e executar a ação de trabalho. Desta forma, conseguirá sua meta de trabalho, e passo a passo vai desenvolvendo de forma segura que no final só tem que dar certo. Desta forma, tais critérios são fundamentais e positivos.

Dentro do escopo da auditoria, faz parte a indicação de que o exame deve ser realizado de acordo com as normas usuais de auditoria, inclusive quanto às provas nos registros contábeis e aos procedimentos de auditoria julgados nas situações. O auditor deve executar o levantamento do sistema contábil e de controle interno, avaliar o grau de credibilidade e formar a extensão dos procedimentos de auditoria e o período de sua aplicação.

Segundo Attie (1993, p. 67):

Quando o auditor estabelece e define a extensão dos procedimentos de auditoria e o momento de sua aplicação, executa uma série de testes das operações para determinar se existem ou não erros que possam distorcer as demonstrações financeiras. Esses testes não são suficientes para que o auditor possa chegar à conclusão de que as demonstrações financeiras refletem adequadamente os resultados das operações.

Mesmo que o auditor conte, ratifique, examine e verifique 100% dos ativos, nunca poderá ter segurança completa de que as demonstrações financeiras conjecturam todos os ativos que deveriam estar nestas refletidos, a menos que tenha um grau de confiança na operação do sistema de controle interno.

De acordo com Hoog & Petrenco (2003, p. 67):

A existência de um bom sistema de controle interno aumenta a confiança do auditor quanto à exatidão dos registros contábeis e à veracidade de outros documentos e informações internas. Por outro lado, se a avaliação apontar fraquezas no sistema, é preciso intensificar os testes nas áreas onde ocorrem tais

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fraquezas.

A avaliação do sistema de controle interno servirá de alicerce para o auditor definir o grau de confiança que nele possa colocar e, a partir daí, fixar a natureza e extensão dos métodos de auditoria a serem aplicados. Especificamente, a avaliação do controle interno consente uma seleção racional de testes. Se, após a avaliação, se resolver que o sistema existente é bom e que se pode acreditar nos resultados, se tende a restringir a extensão dos testes. Assim no capítulo seguinte será abordado sobre a importância da auditoria interna na empresa bem como suas principais características.

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CAPÍTULO 3 A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NA

EMPRESA

O trabalho da auditoria interna vem sendo de grande importância para as empresas. Certamente, que propor um estudo dessa importância é demonstrar que a tomada de decisões de uma empresa repercute nas suas prioridades, necessidades e em um trabalho bem feito, principalmente, ao que tange a auditoria interna.

Neste sentido, de acordo com Verde e Széliga (1999, p.23) a auditoria interna é um “importante instrumento auxiliar de que dispõe as administrações modernas, na medida em que ajuda as entidades a alcançarem suas metas, proporcionando-lhes informações, análises e recomendações relacionadas com as obrigações e objetivos de sua gestão”.

Ainda, pode-se afirmar que a Auditoria Interna é muito importante para uma instituição, pois

É parte essencial do sistema global de controle interno;

Leva ao conhecimento da auto administração o retrato fiel do desempenho da empresa, seus problemas, pontos críticos e necessidades de providências, sugerindo soluções;

Mostra os desvios organizacionais existentes no processo decisório e no planejamento;

É uma atividade abrangente, cobrindo todas as áreas da empresa;

Apresenta sugestões para a melhoria dos controles implantados ou em estudos de viabilização;

É medida pelos resultados alcançados na assessoria à alta administração e à estrutura organizacional, quanto ao cumprimento das políticas traçadas da Legislação aplicável e dos normativos internos;

Recomenda a redução de custos, eliminação de desperdícios, melhoria da qualidade e aumento da produtividade;

Assegura que os controles e as rotinas estejam sendo corretamente executadas, que os dados contábeis mereçam confiança e reflitam a realidade da organização e que as diretrizes traçadas estão sendo observadas;

Estimular o funcionamento regular do sistema de custos, controle interno e o cumprimento da Legislação;

Coordena o relacionamento com os órgãos de controle governamental;

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Avalia, de forma independente as atividades desenvolvidas pelos diversos órgãos da companhia e por empresas controladas e coligadas;

Ajuda a administração na busca de eficiência e do melhor desempenho das funções operacionais e na gestão dos negócios da companhia (PAULA, 1999, p.40).

Todos esses motivos acima ressaltam a importância da Auditoria interna e reforçam o porquê direcionar uma atenção especial para voltada para o direcionamento de ações da mesma diante do trabalho dentro de uma cooperativa de crédito.

Percebe-se, atualmente, que o mundo a cada dia está se tornando mais competitivo e caminhando para um universo tecnológico cada vez mais amplo. Onde a qualidade, o tempo e as informações são cada vez mais rápidas e precisas.

No campo da Auditoria Interna não é diferente. Devido estas transformações ocorridas em todo o mundo, tem-se evoluído a necessidade de ter no setor empresarial um profissional responsável para apurar as informações necessárias visando um trabalho cauteloso de cada setor dentro de uma empresa, observando e resguardando a empresa de possíveis fraudes ou eventuais irregularidades.

Segundo o Portal da Contabilidade (2009, p.1):

A auditoria interna é de suma importância para as organizações, desempenhando papel de grande relevância, ajudando a eliminar desperdícios, simplificar tarefas, servir de ferramenta de apoio à gestão e transmitir informações aos administradores sobre o desenvolvimento das atividades executadas. Uma empresa que utiliza a ferramenta da auditoria interna é beneficiada na questão de liderança, eficácia na manutenção e criação de controle interno etc, empresa que não disponham de controle administrativo o seu sistema de contabilidade é considerado por muitos sem valor, por não poder depositar sua confiança em suas informações e em seus relatórios.

Pode-se ressaltar, portanto, que o trabalho do auditor tem grande importância para o resultado da auditoria interna. Ele elabora papéis de trabalho, que representam o registro de todas as evidências (por meio da observação, inspeção, indagação, investigação, etc...) obtidas ao longo da execução do serviço da auditoria. Visto que, a auditoria segue normas que por

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sua vez devem ser observadas e cumpridas pelo auditor, pela cooperativa e, também por seus colaboradores.

Diante desta realidade, pode-se considerar que na auditoria interna surgiu, segundo Almeida (1996), uma pessoa se tornou o auxílio direto: o auditor interno. Para o Portal da Contabilidade (2009, p.1) a função do auditor interno dentro da empresa é:

[...] acompanhar diariamente o cumprimento dos procedimentos internos, verificar se esses procedimentos são adequados e se atingem aos objetivos da empresa. Portanto, fica claro que a auditoria interna é uma ferramenta importante como controle administrativo, proporcionando uma auditoria continua e maior segurança ao funcionamento correto das operações.

Pode-se avaliar, no entanto, para que ele possa trabalhar bem e desenvolver suas funções, é necessário que a organização tenha-se definido uma política que vise à constituição de uma área de auditoria como um meio de fornecer aos administradores, em todos os níveis, informações para controlar as operações.

Operações pelas quais os administradores são responsáveis, sem contar que estes necessitam de confiar à auditoria os méritos de uma atuação conjunta e aceitação diante de suas atribuições, dando à auditoria um suporte gerencial considerável.

O Auditor além das normas gerais de ética deve sujeitar-se a normas específicas, próprias de sua profissão e decorrentes da natureza de suas atividades, relacionada com interesses econômicos e financeiros de terceiros.

Desta forma, segundo o Conselho Federal de Contabilidade, Portaria n.º 781, 24 março de 1995: “A Auditoria Interna é de competência exclusiva de contador registrado em Conselho Regional de Contabilidade, denominado de auditor interno”.

Assim sendo, para que o profissional possa exercer suas funções legais é necessário que seja regularmente reconhecido no CFC. Assim seu trabalho será mais seguro, pois caso contrário trará danos ao seu profissionalismo na empresa, e por conseqüência no desenvolvimento da própria empresa. Não há nada melhor que trabalhar dentro da legalidade do sistema.

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Ainda pode-se colocar que a observância da legalidade da Auditoria pode ser considerada como a mais recente finalidade da auditoria, pois ela nasceu no Brasil com o advento da Lei nº. 4.728, de 14/07/65, que instituiu o mercado de capitais e propiciou o surgimento de copiosa legislação, consagrando a auditoria independente. Dentre as muitas leis que compõem essa legislação, destacamos a Lei nº. 6.404/76, das Sociedades por Ações, a qual hoje, foi alterada pela Lei nº. 11.638/07.

Algumas organizações ainda não se preocupam com esta observância do Conselho Federal de Contabilidade, e da Lei nº. 4.728, de 14/07/65. Diversas empresas levam este critério a risca, pois acreditam na importância de profissionais habilitados e bem preparados, principalmente quando se fala do profissional Auditor interno o qual tem um valor muito importante para a instituição.

Deve-se ter consciência que ambos devem caminhar juntos. Estar ciente dessa parceria faz com que o auditor interno tenha sucesso em seu trabalho diário dentro da empresa. Uma instituição quando é auditada possui vantagens, em consideração aos trabalhos de um auditor dentro de suas dependências. Pois a “auditoria interna é uma parte técnica da auditoria” (SÁ, 1978, p.14), por isso deve cumprir seu papel principal que é subsidiar o administrador com dados e informações tecnicamente elaborados, relativos às atividades que careçam de supervisão este não tem condições de realizar e ela faz mediante exame.

Mas como fica o trabalho do Auditor Interno? É importante salientar que atitudes negativas, além de dificultar o trabalho, não auxiliam em nada na projeção de uma imagem de segurança em relação ao seu conhecimento e capacidade para avaliar rotinas, atividades e pessoas.

Pode-se observar segundo Attie (1993, p.75) que cada auditor “representa a imagem do departamento a que está ligado e, dessa forma, a aparência pessoal, os atos e as impressões que possa difundir são fundamentais para o conceito que os demais departamentos da empresa farão a respeito da auditoria”.

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Desta forma, torna-se imprescindível que o auditor tenha um equilíbrio pessoal que deva ser cultivado, melhorado e aprimorado a cada dia mais tornando o seu trabalho saudável e de grande valia, tanto para as entidades auditadas como para o setor financeiro como um todo. Ao correlacionar Auditoria Interna e as empresas, de modo geral, pode-se considerar que há uma necessidade de trabalhar justamente as proporções em que se encontram estas instituições e relacionar suas capacidades de crescimento e os porquês do seu não crescimento.

O profissional auditor interno é responsável pelo planejamento, e sua avaliação pelo de organização e de gerenciamento das atividades. Já que a auditoria avalia com exatidão todos os procedimentos e métodos da instituição.

Com finalidade de atender as normas, os auditores elaboram papéis de trabalhos, que representam o registro de todas as evidências (por meio da observação, inspeção, indagação, investigação, etc...) obtidas ao longo da execução do serviço da auditoria.

Como se sabe a auditoria segue normas que por sua vez devem ser observadas e cumpridas pelo auditor. Uma transação financeira realizada em uma empresa, por exemplo, é avaliada pelo auditor responsável, este faz suas observâncias de acordo com as regras a seguir, estimam-se destaques como soma conferida, cálculos conferidos, documentações, etc. que se codificam na elaboração dos papéis de trabalho. Revisam-se esses papéis e observa-se se todos os programas de auditoria foram completados e assinados.

Para o Portal da Contabilidade (2009, p.1):

[...] sendo a auditoria interna importante como controle administrativo, ela verifica a existência dos controles internos e procura contribuir para o seu aprimoramento. Essa ferramenta tão preciosa, além de verificar se as normas internas estão sendo seguidas, procura avaliar se a necessidade de novas normas internas.

Portanto, essa ferramenta merece um enfoque especial, pois através dela o trabalho da auditoria interna se efetiva e se justapõe. Favorecendo a empresa uma verificação minuciosa, tendo um controle das ações e prioridades internas.

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CONCLUSÃO

Diante deste trabalho pode-se ver a auditoria de forma geral, o trabalho da auditoria interna, o profissional auditor e o controle interno, tudo colocado de forma simples e clara procurando-se delinear o andamento da auditoria em detrimento a sua forma de trabalho e a própria necessidade do auditar.

Hoje o mercado está cada vez mais competitivo e a globalização envolve o processo mercantilista. Há assim uma necessidade de se explorar, ultrapassar fronteiras e fazer valer a sobrevivência do mercado. Neste cenário, a profissão do auditor é um vínculo transformador onde há uma capacidade enorme de cautelosamente zelar pelo bom desempenho de uma empresa, organização ou entidade.

Neste sentido, as administrações vêm percebendo que a Auditoria Interna é um grande instrumento que auxilia a empresa na tomada decisões. Explicitando melhor, essa executa a auditoria contábil e operacional, verifica normas internas, aprimora as mesmas, e verifica a necessidade de criar outras novas, sem contar que avalia cada setor da empresa, o que contribui para a tomada de decisões.

Percebeu-se com este trabalho o valor que a auditoria interna tem para uma empresa, pois ela tem sido forte aliada para o seu desenvolvimento, sem contar que através dela tem-se priorizado uma atenção maior com as fraudes e erros, que têm feito no cenário atual que muitas empresas entrem em falência. Tendo a finalidade de atender as normas, os auditores internos, elaboram papéis de trabalho (registros de todas as evidências) onde abordam o que foi obtido ao longo da execução dos seus serviços de auditoria. Neste sentido, cabe ao auditor agir pautado em princípios éticos, seguir as normas e observar também, se estas estão sendo cumpridas na empresa de modo geral.

O auditor interno, como foi possível, analisar no decorrer do trabalho procurar executar passos que lhe garantam uma avaliação de Controle Interno. Tem-se neste contexto como metas levantar o sistema de controle interno, além de verificar se este tem sido colocado em prática. Almeida (1996)

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compara o controle interno como uma peneira, para detectar erros e irregularidades. Portanto, é de fundamental importância para o trabalho do auditor interno.

De modo geral, pode-se observar que o controle interno representa em uma empresa o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas. Além disso, pode-se ressaltar que ele tem como objetivos proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos negócios financeiros que ocorrem diante dos setores, tanto financeiros, como empresariais. Desta forma, merecem uma atenção especial, por parte da administração. Sem contar que o controle interno é ponto de referência para o trabalho coerente do auditor e para o bom funcionamento da instituição como um todo.

No entanto, pode-se considerar que avaliar não é fácil, exige critérios, esforços e um bom auto-controle. Pode-se afirmar que avaliar o controle interno é como procurar nas entrelinhas as melhores formas de crescimento e de superação das dificuldades enfrentadas e dos riscos que naturalmente surgem.

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REFERÊNCIAS

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VERDE, Alcides Jung Arco (Coord.); SZÉLIGA, Ademir Amaury (Coord.). Manual nacional de auditoria governamental. Curitiba: Instituo Rui Barbosa e Tribunal de Contas do Estado do Paraná, 1999. v.1/3.

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