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MOSAICO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA REGIÃO DA UHE TUCURUÍ IMPLEMENTAÇÃO DE UM MODELO DE GESTÃO AMBIENTAL PARA O RESERVATÓRIO

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COMITÊ BRASILEIRO DE BARRAGENS

XXVIISEMINÁRIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS

BELÉM –PA,03 A 07 DE JUNHO DE 2007 T99–A16

MOSAICO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA REGIÃO DA UHE TUCURUÍ – IMPLEMENTAÇÃO DE UM MODELO DE GESTÃO AMBIENTAL PARA O

RESERVATÓRIO

Valéria F. SARACURA Analista Ambiental – Eletronorte

Rubens GHILARDI Jr. Analista Ambiental - Eletronorte

Márcio Oliveira SILVA Analista Ambiental - Eletronorte

RESUMO

Este trabalho tem o objetivo de descrever as atividades de implantação do Mosaico de Unidades de Conservação do Lago de Tucuruí, em função da aplicação dos recursos da compensação ambiental. O Mosaico é formado por três Unidades de Conservação, sendo duas Reservas de Desenvolvimento Sustentável – RDS que somam mais de 65.000 ha e uma Área de Proteção Ambiental – APA com mais de 560.0000 ha. Esta área abrange todo o reservatório da UHE Tucuruí, possuindo duas zonas de preservação de vida silvestre, denominadas Áreas de Soltura 3 e 4, localizadas na margem esquerda e direita, respectivamente.

ABSTRACT

This article describes the application of environmental funds to a mosaic of Protected Areas created by the governor of the state of Pará in the region of the Tucuruí Hydropower reservoir, funded by the environmental compensation fund. This mosaic is formed by three connected protected areas intended to manage natural resources in a sustainable way: the Sustainable Development Reserve Pucuruí-Ararão, the Sustainable Development Reserve Alcobaça and the Environmental Protection Area do Lago de Tucuruí, covering about 560,000 hectares. These areas comprise the whole of Tucuruí reservoir. Also, two restricted protection zones were created on the left and right banks of the reservoir, denominated Area de Soltura 3 and Area de Soltura 4, respectively.

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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa apresentar os resultados preliminares da implantação do Mosaico de Unidades de Conservação do Lago de Tucuruí, cujos objetivos de criação é disciplinar e regularizar o uso e a ocupação do solo, mediante ações de desenvolvimento sustentável e a conservação dos recursos naturais.

1.1 HISTÓRICO DE CRIAÇÃO DO MOSAICO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DO LAGO DE

TUCURUÍ

A partir de 1993, por iniciativa de movimentos sociais locais e organizações civis, contando com o apoio do recém criado Centro Nacional de Desenvolvimento Sustentado das Populações Tradicionais – CNPT/IBAMA e da Eletronorte, foram iniciados estudos com o objetivo de criar uma Reserva Extrativista - RESEX na região das ilhas do reservatório de Tucuruí.

Três principais documentos foram elaborados naquela ocasião: o Laudo Biológico, o Levantamento Sócio-Econômico e o Levantamento Fundiário [1]. Os resultados destes levantamentos foram submetidos à análise do CNPT/IBAMA o qual recomendou sustar a criação da Reserva, por entender que a população extrativista existente na região não seria representativa.

Posteriormente, os representantes dos moradores locais, com base em estudos antropológicos mais atualizados reivindicaram ao Ministério do Meio Ambiente - MMA a reconsideração ao parecer anterior do CNPT e a complementação dos levantamentos e estudos necessários a criação de unidades de conservação de uso sustentável. Estes trabalhos foram efetuados por meio de Convênio entre o MMA e o Conselho Nacional dos Seringueiros - CNS, com a coordenação técnica do Instituto Sociedade, População e Natureza – ISPN [2]. Os resultados desse trabalho, indicando a criação de uma Reserva Extrativista em todo o lago de Tucuruí, foi submetido a discussão em um fórum de entidades locais, que decidiram pela complementação e discussão mais ampla da proposta. Desta forma, foi envolvida no processo a Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente/SECTAM. Esta, com o apoio do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil - PPG-7 e, acompanhamento do Ministério do Meio Ambiente, sugeriu a busca de alternativas com vistas a ordenar a ocupação das ilhas e a utilização dos recursos naturais do reservatório de Tucuruí e seu entorno.

Assim, além dos levantamentos e cadastros realizados, vários eventos, reuniões e oficinas de trabalho foram promovidos pelos órgãos ambientais federal e estadual com o objetivo de esclarecer quais as categorias de Unidades de Conservação seriam mais adequadas para as condições existentes na área de influência da UHE Tucuruí.

Estes eventos contaram com a participação de representantes dos poderes públicos locais, como prefeituras e câmaras municipais (sete ao todo), representantes da Eletronorte, empresários, colônia de pescadores, sindicatos de trabalhadores rurais, associações de moradores, organizações não-governamentais, entre outras.

Em 1999, a Secretaria de Coordenação da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente e o Conselho Nacional dos Seringueiros realizaram uma reunião, com a participação

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das principais lideranças locais, quando foi assinado um acordo para a formação de uma comissão paritária (oficializada pela Portaria do Ministério do Meio Ambiente nº 349, de 24 de setembro de 1999). Esta comissão teve a missão de selecionar áreas e ilhas formadas pelo enchimento do reservatório de Tucuruí de modo a propor um Macrozoneamento indicativo, definindo os perímetros das Unidades de Conservação e os seus respectivos disciplinamentos. Isto resultou numa proposta de criação do Mosaico de Unidades de Conservação do Lago de Tucuruí, inicialmente composto por uma Área de Proteção Ambiental – APA, duas Reservas de Desenvolvimento Sustentável – RDS e duas Unidades de Conservação de Proteção Integral, inseridas no polígono da APA.

Desta forma, em 08 de abril de 2002, mediante a Lei nº 6.451, o governo do estado do Pará criou o Mosaico de Unidades de Conservação do Lago de Tucuruí, composto pela APA do Lago de Tucuruí e por duas Reservas de Desenvolvimento Sustentável – RDS Alcobaça e Pucuruí-Ararão. Ainda, de acordo com o Art. 12 dessa Lei, as mesmas disporão de Plano de Manejo de Uso Múltiplo, o qual deverá ser aprovado pelo Conselho Gestor das respectivas Unidades de Conservação (Figura 1).

Após discussões com base em outros estudos que avaliaram a proposta de criação de Unidades de Conservação de Proteção Integral na região [3 e 4], decidiu-se pela criação de duas Zonas de Preservação de Vida Silvestre - ZPVS, conforme a Portaria da SECTAM nº 7/04. Estas áreas foram áreas de soltura de animais resgatados durante o enchimento do reservatório, sendo protegidas, desde então, pela Eletronorte.

Fonte: www.eln.gov.br

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1.2 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO EM RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS E O SUPORTE LEGAL

As Unidades de Conservação são espaços territoriais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção [5].

Ainda segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC, Mosaicos de Unidades de Conservação são formados por várias áreas protegidas, próximas e de categorias de manejo distintas, devendo ser geridos por um conselho gestor [6]. O Mosaico de UC de Tucuruí é formado por unidades de conservação de uso sustentável que, mesmo permitindo a presença de populações tradicionais em seus limites, todas e quaisquer atividades a serem conduzidas deverão priorizar a conservação da natureza e sua biodiversidade. Todas as áreas protegidas que compõem o Mosaico de Unidades de Conservação do Lago de Tucuruí, compartilham legalmente os seguintes objetivos principais de criação: 1. a promoção da melhoria da qualidade de vida da população local; 2. a realização de estudos técnico-científicos para a conservação dos recursos naturais; 3. o desenvolvimento de projetos de uso sustentável dos recursos naturais; 4. a proteção e restauração da diversidade biológica; 5. a recuperação de áreas alteradas e; 6. o disciplinamento do processo de ocupação da área.

As Áreas de Proteção Ambiental são Unidades de Conservação de Uso Sustentável, normalmente compostas por terras de domínio público e privado. Geralmente apresentam áreas extensas, com um certo grau de ocupação humana, devendo ser dotadas de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas. Têm ainda como objetivos básicos, a proteção da diversidade biológica, o disciplinamento do processo de ocupação e a sustentabilidade do uso dos recursos naturais [5]. A APA do Lago de Tucuruí, que corresponde a uma área de 568.667 ha, abrange terras de sete municípios a montante do reservatório, a saber: Tucuruí, Novo Repartimento, Itupiranga, Breu Branco, Jacundá, Nova Ipixuna e Goianésia do Pará.

No planejamento prévio da criação da APA foi identificada a necessidade de tratar de forma diferenciada de duas áreas, Pucuruí-Ararão e Alcobaça, criando assim duas RDS como forma de regulamentação mais restritiva e condizente com o objetivo desta categoria de manejo, utilizando-se do aparato legal de criação de unidades de conservação para alcançar o direcionamento adequado do uso e ocupação da área do reservatório.

As Reservas de Desenvolvimento Sustentável são áreas naturais que abrigam populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais, desempenhando um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica [5]. Diferente da APA, seu território deve, preferencialmente, ser de terras públicas.

As Reservas de Desenvolvimento Sustentável Alcobaça e Pucuruí-Ararão são compostas apenas por ilhas situadas na margem esquerda do reservatório de

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Tucuruí. Juntas perfazem mais de 65.000 hectares compostos de ilhas e parte do reservatório. Estima-se que vivam em cada uma destas áreas protegidas entre 400 e 600 famílias de pescadores.

As atividades a serem desenvolvidas nas RDS deverão obedecer as seguintes condições: 1) a visitação pública é permitida, desde que seja compatível com interesses locais; 2) a pesquisa científica voltada à conservação da natureza e para melhorar a relação das populações residentes com o meio, é permitida, desde que seja autorizada pelo órgão responsável pela administração da Unidade; 3) o equilíbrio dinâmico entre o tamanho da população e a conservação deverá ser considerado; 4) exploração de componentes dos ecossistemas naturais em regime de manejo sustentável e a substituição da cobertura vegetal por espécies cultiváveis, desde que sujeitas ao zoneamento, às limitações legais e ao Plano de Manejo da área.

Além da APA e das RDS foram criadas duas Zonas de Preservação de Vida Silvestres, Áreas de Soltura 3 e 4, atendendo os dispositivos da Resolução CONAMA nº 10 de 14/12/88 [7], que preconiza a elaboração de um zoneamento ecológico-econômico para APA, sendo que todas deverão contar com zonas de vida silvestre, nas quais será proibido ou regulado o uso dos sistemas naturais. Segundo o art. 3º dessa Resolução, se houver área decretada como outra unidade de conservação, ou outras em situações especiais de proteção, as mesmas serão consideradas como zonas de usos especiais. A existência de zonas de Uso Agropecuário em APA também está prevista nesta Resolução, chamando a atenção para a necessidade de proibir ou regular usos do solo capazes de causar degradação ao meio ambiente. Não sendo admitido portanto, a utilização de agrotóxicos e outros biocidas que ofereçam riscos sérios na sua utilização, inclusive no que se refere ao seu poder residual.

O estabelecimento de controles e restrições com o objetivo de conservar os atributos naturais, disciplinar o uso e ocupação do solo e a utilização dos recursos naturais, baseia-se na aplicação dos dispositivos das Leis Federais nº 6.902/81 [8], nº 6.938/81 [9] e nº 4.771/65 [10], como também na Resolução CONAMA 302/2002 [11], especialmente aplicada para as condições peculiares da região de Tucuruí.

Devido à necessidade de regulamentar o artigo 2º da Lei nº 4.771/65, foi publicada a Resolução CONAMA nº 302/02 versando sobre as áreas de preservação permanente no entorno de reservatórios artificiais. Esta resolução estabelece em seu artigo 4º que o empreendedor deverá no âmbito do procedimento de licenciamento ambiental, elaborar o plano ambiental de conservação e uso do entorno de reservatório artificial, em conformidade com o termo de referência expedido pelo órgão ambiental competente.

No âmbito do licenciamento da UHE Tucuruí, o Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial previsto na Resolução 302/02 deverá ser substituído pelo Plano de Manejo do Mosaico de Unidades de Conservação do Lago de Tucuruí, uma vez que este abrange todo o entorno do mesmo e tem objetivos comuns com o previsto na resolução.

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2. PROCEDIMENTOS ADOTADOS

Com a determinação do órgão responsável pelo licenciamento da UHE Tucuruí que parte dos recursos da compensação ambiental (na ordem de R$ 9 milhões) fossem utilizados na implantação do Mosaico de Unidades de Conservação do Lago de Tucuruí, foram buscados meios administrativos, jurídicos e técnicos para atender tal exigência.

Em 2004 foi elaborado e assinado um Termo de Compromisso entre a Eletronorte e a SECTAM, identificando as ações prioritárias previstas na Lei nº 9.985/00 e no Decreto nº 4.340/02, para a implantação do Mosaico a serem custeadas com os recursos da compensação ambiental. Neste instrumento constam as seguintes ações prioritárias:

- elaboração dos Planos de Manejo para a APA e as RDS; - levantamento fundiário das RDS;

- regularização da situação dos ocupantes das RDS, que deverá basear-se nos resultados do levantamento fundiário, nas determinações da SECTAM e nas deliberações dos Conselhos Gestores das Unidades;

- delimitação e sinalização dos limites das Unidades e suas Zonas de Manejo; - apoio à capacitação dos Conselhos de Gestão;

- construção das sedes dos Conselhos das RDS, conforme determinação dos próprios conselhos;

- instalação da sede administrativa e gerencial do Mosaico na Vila de Tucuruí; - dotação de equipe mínima para gerenciamento do Mosaico;

- dotação de infra-estrutura física e logística para as Unidades, conforme determinado pelo Plano de Manejo;

- condução de atividades de educação ambiental, proteção, divulgação e desenvolvimento sócio ambiental nas Unidades e outras ações de manejo, conforme especificadas nos Planos de Manejo.

Uma vez que o Mosaico das unidades está inserido em um reservatório artificial para geração de energia elétrica, a legislação e as normas afetas ao manejo e operação do reservatório devem ser consideradas nas premissas do planejamento, no zoneamento e nos programas de manejo. Além disso, o Mosaico está sob a jurisprudência da SECTAM e todas as atividades para sua implementação deverão estar em consonância com a Política Ambiental do estado do Pará [12]

Considerando que ainda não há uma regulamentação para o sistema estadual de unidades de conservação do Pará, os critérios e conceitos assumidos no planejamento e manejo das áreas protegidas que compõem o Mosaico do Lago de Tucuruí, deverão seguir o SNUC. Desta forma, serão destacados em seguida alguns pontos do artigo 15, da Lei nº 9.985 (de 18/07/2000).

Tanto a APA quanto as Reservas de Desenvolvimento Sustentável tem conselhos gestores que foram instituídos e empossados em 2004. Todas as atividades inerentes a aplicação dos recursos previstos pela legislação, formas de condução das atividades e priorização das ações de manejo devem ser avaliadas e autorizadas pelos conselhos [13]. O Conselho da Área de Proteção do Lago de Tucuruí é formado por 22 (vinte e dois) membros representantes das instituições do poder público e das comunidades locais, com representação paritária entre o poder público e a sociedade

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civil organizada. Assim, este conselho é formado por um representante de cada uma das seguintes instituições: SECTAM, Secretaria de Agricultura - SAGRI, Ministério do Meio Ambiente, da Eletronorte, Prefeituras de Tucuruí, de Novo Repartimento, de Jacundá, de Goianésia do Pará, de Breu Branco, de Itupiranga, de Nova Ipixuna; bem como representantes da RDS Alcobaça, RDS Pucuruí-Ararão, Federação Estadual dos Trabalhadores da Agricultura – FETAGRI, Federação Estadual dos Pescadores – FEPA, Federação da Agricultura no Estado do Pará – FEAPA, além de três representantes dos Extrativistas e das Colônias de Pescadores.

Já os conselhos das RDS são formados por 8 (oito) membros cada, sendo que o Conselho Deliberativo da RDS Pucuruí-Ararão é formado por um membro da SECTAM, das Prefeituras de Tucuruí e Novo Repartimento, da Eletronorte, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais – STR de Novo Repartimento, da Colônia de Pescadores de Novo Repartimento e dois Moradores.

O Conselho da RDS Alcobaça é formado pela SECTAM, pelas Prefeituras de Tucuruí e Novo Repartimento, pela Eletronorte, pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais – STR de Tucuruí, pela Colônia de Pescadores de Tucuruí e por dois Moradores.

O mandato de Conselheiro é considerado uma atividade de interesse público e não remunerada, com vigência de dois anos, renovável por igual período. Os três conselhos de Tucuruí são presididos pela SECTAM, cujas normas internas de organização e funcionamento deverão constar no Regimento Interno a ser elaborado pelos conselheiros e aprovado em assembléia geral.

Compete ainda aos conselheiros:

- acompanhar a elaboração, implementação e revisão dos Planos de Manejo das Unidades de Conservação, garantindo o seu caráter participativo;

- buscar a integração das Unidades com demais áreas e espaços protegidos do entorno;

- esforçar-se para compatibilizar os interesses dos diversos segmentos sociais relacionados com o Mosaico;

- avaliar o orçamento de cada unidade e o relatório anual elaborado pelo órgão executor em relação aos objetivos de conservação da área protegida;

- acompanhar a gestão dos recursos financeiros do Mosaico;

- manifestar-se sobre atividades potencialmente causadora de impactos ambientais locais;

- propor diretrizes e ações para compatibilizar, integrar e otimizar a relação com a população do interior das Unidades.

A gestão do Mosaico deverá ser de forma integrada e participativa, considerando-se os seus distintos objetivos de conservação, de forma a compatibilizar a presença da biodiversidade, a valorização da sociodiversidade e o desenvolvimento sustentável no contexto regional (Lei do SNUC nº 9985/00).

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 MPLANTAÇÃO DO MOSAICO

Para viabilizar as ações de gerenciamento, planejamento e manejo das áreas protegidas, a partir da formalização do termo de compromisso, reuniões com os membros dos conselhos foram realizadas com o objetivo de esclarecer quais as etapas para aplicação dos recursos da compensação ambiental. Após consultas ao aporte legal disponível e normas internas da Eletronorte e SECTAM, a necessidade de formalizar uma parceria com uma terceira instituição se tornou evidente, cujo objetivo principal é permitir a condução de ações de manejo para implantação do Mosaico.

A gestão compartilhada de uma Unidade de Conservação, ou neste caso do Mosaico, com uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP ou uma Organização Não Governamental – ONG, é prevista na Lei nº 9.985/00 e deverá ser regulada por termo de parceira firmado com o órgão executor, nos termos da Lei nº 9.790 (23/03/1999) [14]. No entanto, aquelas que tiverem representação no Conselho de Unidade de Conservação não poderão se candidatar a tal gestão.

Existem algumas iniciativas de parceria entre as instituições estaduais que gerenciam áreas protegidas e OSCIP. Segundo informações obtidas junto aos técnicos do IBAMA e Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SEMARH do estado da Bahia, documentos como termos de parceria ou convênios foram firmados para o desenvolvimento de atividades conjuntas e, conseqüentemente, repasse de recursos financeiros em Áreas de Proteção Ambiental (informações pessoais).

A implantação do Mosaico envolve o desenvolvimento de ações de manejo em diversos contextos com graus distintos de complexidade. Devido a peculiaridade local e à complexidade de manejo, bem como às limitações institucionais da Eletronorte, a SECTAM sugeriu a formalização de parceria com uma terceira instituição. Assim, o Núcleo de Ação para o Desenvolvimento Sustentável – POEMA, que conta com vasta experiência em desenvolvimento sustentável regional no estado do Pará e atua em conjunto com a UFPA, foi apontado pela SECTAM para ser parceira na implementação do Mosaico de Tucuruí.

Em março de 2006 foi formalizado um convênio tripartite entre Eletronorte, SECTAM e POEMA para aplicação dos recursos da compensação ambiental e implantação do Mosaico de UC de Tucuruí.

Cabe ao POEMA realizar administrativamente as ações que fazem parte do compromisso entre a Eletronorte e a SECTAM, podendo auxiliar efetivamente no manejo das áreas protegidas da região.

A SECTAM deverá coordenar, orientar e conduzir as atividades de manejo e administração do Mosaico. Assim, tanto a Eletronorte, quanto a SECTAM deverão garantir que aspectos administrativos e técnicos adequados na condução do planejamento, manejo e manutenção das áreas protegidas sejam atendidos, conforme estabelecido pelas normas e legislação ambiental pertinentes.

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Entre as atividades estruturantes e estratégicas para viabilizar a implantação do Mosaico estão a dotação de pessoal qualificado e de infra-estrutura básica. Desta forma, considera-se a instalação do escritório da SECTAM em Tucuruí que ocorreu em junho de 2005, como primeira atividade estruturante; onde o gerenciamento das atividades de implantação do Mosaico está sendo realizado. Este escritório conta atualmente com oito colaboradores contratados e constitui a primeira representação da SECTAM fora da cidade de Belém.

3.2 ELABORAÇÃO DOS PLANOS DE MANEJO

Outro desafio e prioridade é a consolidação dos Planos de Manejo da APA e das RDS. Os procedimentos para planejamento e gestão da APA de Tucuruí deverão englobar as técnicas de planejamento biorregional, pois a APA abrange uma área extensa, contém áreas núcleos de proteção integral (ZPVS), necessita de um ordenamento territorial e de realização de atividades de desenvolvimento sustentável, através de processos sociais consensados [15]

O planejamento da APA, mais especificamente, deverá envolver uma seqüência de atividades a serem desenvolvidas de forma participativa, contando com o efetivo acompanhamento do conselho gestor, que deverá ser capacitado para isto. Atualmente, reuniões junto aos conselheiros da APA de Tucuruí e das RDS têm apontado problemas e necessidades mais urgentes que deverão ser contempladas no planejamento. Para orientar a elaboração dos Planos de Manejo, foram estabelecidas as seguintes etapas de planejamento: a sistematização do conhecimento existente sobre a APA e RDS, definição de áreas estratégicas e homogêneas no território, estabelecimento de programas de ação e orientação para implementar do sistema de gestão.

A condução do planejamento participativo poderá dar maior garantia na concretização dos objetivos de criação das Unidades de Conservação. Assim, em todas as etapas de planejamento conduzidas até o momento os conselheiros estão participando e auxiliando na definição das prioridades e das estratégias para aumentar a permeabilidade do Plano de Gestão [15]

3.2.1 Sistematização do Conhecimento

Para sistematização do conhecimento, inicialmente está sendo montada uma base cartográfica contemplando o polígono da APA, com as Reservas e as Zonas de Preservação de Vida Silvestres, devidamente circunscritas. A partir desta base, serão desenvolvidos mapas dos seguintes temas: geologia, solos, vegetação e uso e ocupação do solo, bem como os dados socioeconômicos, incluindo mapas geo-políticos da região em questão.

Além disso, está em processo de elaboração um diagnóstico sócio ambiental da região de Tucuruí, com o objetivo de agrupar as principais informações sobre as características da região que poderão auxiliar ou orientar as ações de manejo do Mosaico. Este diagnóstico está em construção utilizando-se de informações secundárias que já se encontram disponíveis, sendo organizadas e estruturadas em ações de manejo.

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Desta forma, além de abordar a caracterização dos componentes abióticos (clima, recursos hídricos, geologia, geomorfologia e solo), dos componentes bióticos (flora e fauna), o diagnóstico deverá abordar temas socioeconômicos. Em função da intensa atividade antrópica da região de influência da UHE Tucuruí, estão sendo levantados os seguintes tópicos: dinâmica de uso e ocupação do solo, atividades econômicas e modificadoras do meio ambiente, a situação fundiária das RDS e das Zonas de Preservação de Vida Permanente, bem como as características da população local. O quadro sócio ambiental a ser obtido deverá refletir melhor a realidade local e a percepção dos diferentes agentes sociais locais, estabelecendo ainda compromissos futuros na implantação do Mosaico.

3.2.2 Definição de Áreas Estratégicas e Homogêneas no Território

O zoneamento ambiental é o instrumento que estabelecerá a organização territorial das ações de manejo tanto da APA quanto das RDS. No âmbito do zoneamento, normas e restrições de uso serão elaboradas em conformidade com as necessidades de proteção, recuperação e desenvolvimento ambiental; estabelecendo áreas com graus diferenciados de ocupação. Tem como pressuposto um cenário de desenvolvimento futuro, formulado a partir das peculidaridade ambientais da região, em sua interação com processos sociais, culturais, econômicos e políticos, vigentes ou prognosticados na área do Mosaico.

Conforme a Resolução CONAMA nº 10/88 são previstas as seguintes zonas para APA: Zona de Preservação de Vida Silvestre, Zona de Conservação de Vida Silvestre, Zona de Uso Agropecuário, Zona de Uso Sustentável, Zona de Usos Especiais e Zona de Recuperação. As nomenclaturas das zonas apresentadas na legislação orientam a gradação de uso. Por exemplo, a Zona de Preservação implica no entendimento jurídico de que esta zona deve receber o mesmo tratamento administrativo de controle que uma área de preservação permanente, conforme prevista na Lei nº 4.771, at. 2º [10]. A adoção da categoria Zona de Conservação tem o sentido de estabelecer políticas de uso sustentável dos recursos ambientais, adotando-se para tanto, níveis de controle que envolve o manejo dos recursos naturais. Em geral programas de recuperação e controle dos recursos naturais são privilegiados nestas zonas.

Na APA do Lago de Tucuruí, duas Zonas de Preservação de Vida Silvestres já foram reconhecidas pela Portaria 07/04 (emitida pela SECTAM), situadas na margem esquerda; ZPVS Área de Soltura 3 e, na margem direita, denominada ZPVS Área de Soltura 4. O tratamento que está sendo dado para esta zona é o preconizado pela Lei nº 4.771/65, mantendo o caráter de áreas de preservação permanente. Assim, quaisquer atividades de uso direto dos recursos naturais são coibidas por duas equipes permanentes de vigilância e proteção das áreas. Neste sentido, dentro da proposta de planejamento biorregional, as ZPVS são consideradas zonas núcleo, funcionando como ‘vertedouros de biodiversidade’.

Não necessariamente todas as zonas acima citadas deverão ser contempladas no zoneamento da APA e RDSs e se durante o planejamento for diagnosticada a necessidade de inclusão de outras zonas de manejo, a equipe de planejamento poderá incluí-las no zoneamento, prevendo sua caracterização e conceituação.

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3.2.3 Estabelecimento dos Programas de Ação

Os programas de ação são organizados em atividades agrupadas conforme a linha e estratégia de ações estabelecidas durante a consolidação do Plano de Manejo. A sua formulação, considerará os espaços institucionais, os mecanismos e os instrumentos legais já existentes no território da APA do Lago de Tucuruí, como por exemplo, os planos diretores dos sete municípios que compõem a APA e que estão em fase final de elaboração.

Os programas de ação dos Planos de Manejo serão constituídos, em princípio, dos seguintes temas: proteção ambiental, manejo e desenvolvimento sustentável, desenvolvimento e fortalecimento social, conhecimento e capacitação, administração e gestão. Estes programas deverão subsidiar e orientar a implantação do sistema de gestão do Mosaico.

3.3 IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO

Historicamente as comunidades das Reservas de Desenvolvimento Sustentável apresentam um grau de organização maior que outras comunidades da APA do Lago de Tucuruí, e tiveram uma participação mais efetiva no processo de criação do Mosaico. Em função disso, a SECTAM, coordenadora do Mosaico, solicitou que os trabalhos de manejo e sustentabilidade, em parceria com as comunidades, sejam desenvolvidos num primeiro momento nas RDS Alcobaça e Pucuruí-Ararão [16].

Uma das principais reivindicações no processo de criação do Mosaico foi o reconhecimento das posses dos moradores das ilhas, além do ordenamento e controle da pesca e a paralisação dos desmatamentos da região [2].

As RDS devem ser de domínio público, sendo que as áreas particulares inseridas em seus limites deverão ser, quando necessário, desapropriadas, de acordo com o que dispõe a Lei nº 9.985/00. Com o objetivo de obter uma orientação e priorização das ações de regularização fundiária das Reservas de Desenvolvimento Sustentável procurou-se o CNPT/IBAMA para conhecer as experiências desta instituição em atividades de regularização fundiária conduzidas nas Reservas Extrativistas. A demarcação e a sinalização das Reservas foram estabelecidas como prioridade, seguida de um levantamento detalhado da situação fundiária das RDS. Desta forma, como as RDS Alcobaça e Pucuruí-Ararão são constituídas por ilhas e não possui áreas de terra firme, foi realizada a sinalização dos limites das Reservas utilizando-se de placas indicativas instaladas nas ilhas próximas aos limites e de bóias fixadas em poitas.

Também está sendo realizado o levantamento da situação fundiária das terras inseridas nos polígonos das RDS, pois apenas de posse do mapa fundiário, que deverá apresentar a condição de domínio das glebas e ilhas do reservatório, poderão ser firmados com as associações das Reservas, acordos e contratos de concessão de uso.

O uso das áreas ocupadas pelas populações tradicionais é regulado de acordo com o disposto no art. 23 da Lei nº 9.985/00, que diz o seguinte: ‘a posse e o uso das áreas ocupadas pelas populações tradicionais nas Reservas Extrativistas e Reservas de

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Desenvolvimento Sustentável serão regulados por contrato, conforme se dispuser no regulamento desta Lei’.

Paralelamente às atividades para regularizar a situação fundiária das Reservas, com o objetivo de iniciar as atividades sustentáveis junto à população habitante das ilhas, foi realizado pelo POEMA um diagnóstico rápido participativo em junho de 2006. Em várias oficinas que contou com a participação de 338 famílias das duas Reservas. Na oportunidade foram estabelecidas metas para apoiar a implantação de projetos pilotos familiares que visam a produção de galinha caipira, mel e produtos agro-florestais. Todas as famílias estão sendo assistidas tecnicamente e receberam os insumos para iniciar as atividades de produção por eles escolhidas.

Com o objetivo de divulgar as atividades que estão sendo realizadas para a implantação do Mosaico está em produção um Boletim Informativo, com periodicidade bimensal, distribuição gratuita e tiragem de 3000 exemplares. Este Boletim é disponibilizado nas comunidades, instituições governamentais e não governamentais da região de influencia da UHE Tucuruí e tem grande inserção local. Neste contexto o Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial, exigido pela Resolução CONAMA n.º 302/02, será atendido em seus objetivos pelo Plano de Manejo da APA do Lago de Tucuruí, cujo grau de abrangência, organização e ordenamento das atividades na área do entorno do reservatório da UHE Tucuruí é muito maior. Além disso, Unidades de Conservação criadas por força de Lei, apresentam no âmbito do instrumento de criação, seus objetivos e as principais indicativas de manejo.

4. CONCLUSÃO

Os instrumentos normativos legais que determinam a conservação dos recursos naturais em áreas de reservatórios devem ser considerados e adequados à realidade regional e a outros instrumentos legais que visam o ordenamento territorial. No caso das Áreas de Preservação Permanente (APP) e do Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatórios Artificiais, exigência da resolução CONAMA 302/2002, ainda existe muitas indefinições quanto a forma para sua efetiva implementação.

A formação do reservatório da UHE Tucuruí - associado a outros projetos de desenvolvimento regional, como os assentamentos rurais, a construção de estradas (Transamazônica e PA-150) e implantação de cidades e vilas - trouxe um acelerado e descontrolado processo de ocupação humana.

Em Tucuruí, os conflitos gerados pelas ocupações irregulares e o uso descontrolado dos recursos naturais provocaram uma reação pró-ativa dos movimentos sociais locais, visando o ordenamento do uso dos solos e a conservação da natureza. Associaram-se a este processo as organizações públicas responsáveis pela gestão ambiental no âmbito federal e estadual, as representações públicas locais e a empresa responsável pela Usina. Após longo período de negociação e articulação, as quais incluíram levantamentos e estudos técnicos e uma série de discussões participativas, foi criado um Mosaico de Unidades de Conservação de uso

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sustentável, que engloba todo o reservatório, suas ilhas e seu entorno, abrangendo áreas de sete municípios paraenses.

Com a implementação do Mosaico de Unidades de Conservação do Lago de Tucuruí, utilizando-se dos recursos financeiros oriundos da compensação ambiental pela construção da segunda etapa da Usina, pretende-se alcançar objetivos comuns de manejo das UC e do Plano Ambiental do entorno, atendendo a legislação específica. Algumas peculiaridades fundamentais para sua efetivação devem ser destacadas: garantia de recursos financeiros, mecanismos específicos de implementação estabelecidos, complementação e reforço da legislação, bem, como a existência de procedimentos técnicos efetivos.

Assim, a experiência relatada neste trabalho, demonstrando a construção paulatina do processo de consolidação do Mosaico de UC, poderá ser utilizada como referência tanto para a implementação de outras unidades de conservação de uso sustentável afetadas por empreendimentos hidrelétricos, quanto para a efetivação de mecanismos de gestão ambiental previstos na legislação brasileira.

5. PALAVRAS-CHAVE

Gestão de Reservatórios, Unidades de Conservação, Região Amazônica, Reservas de Desenvolvimento Sustentável, Compensação Ambiental.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] SECTAM – Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente - Governo do Estado do Pará (2000) “Macrozoneamento da Área de Influência, a montante, do Lago – Reservatório da Usina Hidrelétrica de Tucuruí”, Belém, PA, 40 p;

[2] ISPN – Instituto Sociedade, População e Natureza (1997) – “Levantamento Sócio-econômico no Lago da Usina Hidrelétrica (UHE) de Tucuruí”, Relatório Final, Brasília, DF, 32 p;

[3] ELETRONORTE – Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (2000) – “Proposta de Aplicação dos Recursos da Compensação Ambiental na região de influência da UHE Tucuruí”, 244 p;

[4] ELETRONORTE – Centrais Elétricas do Norte do Brasil S. A. (2003) – “Parque Estadual do Rio Pacajá. Levantamento Fundiário. Relatório Final”, 201 p;

[5] Lei nº 9.985 de 18 de julho de 2000, que “Regulamenta o art. 225, § 1º, incisos I, II, III e IV da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências”;

[6] Decreto nº 4.340 de 22 de agosto de 2002, que “Regulamenta artigos da Lei n° 9.985 de 18 de julho de 2000, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC e dá outras providências”;

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[7] Resolução CONAMA nº 10, de 14 de setembro de 1988, que “Orienta sobre o zoneamento de Áreas de Proteção Ambiental e dá outras providências”;

[8] Lei nº 6.902, de 27 de abril de 1981, que “Conceitua as Estações Ecológicas e suas aplicações”;

[9] Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que “Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências”;

[10] Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, que “Institui o novo código florestal”; [11] Resolução CONAMA nº 302, de 20 de março de 2002, que “Dispõe sobre os

parâmetros, definições e limites de áreas de preservação permanente de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno”;

[12] SECTAM/PGAI (2000) – “Guia Ambiental do Estado do Pará. O que você precisa saber sobre Gestão Ambiental”, 34 p;

[13] TEIXEIRA, K. A.; PACHECO, M. A. & DUTRA, R. M. A. (2004) – “Criação do Conselho Consultivo da Área de Proteção Ambiental – APA João Leite/GO”, Anais do IV Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, Volume I, Trabalhos Técnicos, Curitiba, PR, p 21 - 29;

[14] Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999, que “Dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, institui e disciplina o Termo de Parceria, e dá outras providências”;

[15] IBAMA. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, (2001) “Roteiro Metodológico para Gestão de Área de Proteção Ambiental – APA”, Brasília – DF, 239 p;

[16] Côrte, D. A. de A. (1997) – “Planejamento e Gestão de APAs – enfoque institucional”. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Brasília - DF.

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