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FATORES ASSOCIADOS AO BRUXISMO EM ESTUDANTES DE ENSINO MÉDIO

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Academic year: 2021

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FATORES ASSOCIADOS AO BRUXISMO EM

ESTUDANTES DE ENSINO MÉDIO

JOÃO PAULO SILVA DE PAIVA

Jessica Caroline Afonso Ferreira, Thiago Cavalcanti Leal, Bruno Padilha Souza Leão Siqueira Campos, Rosana Christine Cavalcanti Ximenes

Associated Factors to Bruxism in High School Students

Resumo

Este estudo teve como objetivo determinar a prevalência do bruxismo em vigília e sua associação com o risco de depressão, ansiedade, estresse e qualidade do sono em estudantes do ensino médio. Foram avaliados 240 adolescentes de 10 a 19 anos, de ambos os sexos, estudantes de escolas estaduais na cidade do Recife, através de questionários autoaplicativos, validados para uso em adolescentes brasileiros (Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, IDATE, PSS-10, CDI e CCEB ​)​. Em seguida, os adolescentes passaram por um exame clínico para avaliar a presença do bruxismo. Foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson ou o teste Exato de Fisher, além do modelo de regressão logística univariada e multivariada. A ocorrência de bruxismo em vigília foi de 37,5%; 18,3% relataram cansaço/dor na face; 21,7%, dor leve e 11,3%, dor moderada e/ou severa à palpação dos músculos temporal e/ou masseter. Houve correlação positiva do bruxismo com as seguintes variáveis: depressão e estresse, sendo 15% com sintomas depressivos de moderado à grave ou grave e 53,6% com estresse severo. O bruxismo em vigília foi associado ao Estresse Moderado e Severo. A depressão e o estresse foram associados ao desfecho, bem como os sintomas de cefaleia temporal e cansaço na face. PALAVRAS-CHAVE: bruxismo, adolescentes, estresse.

Abstract

This study aimed to determine the prevalence of awake bruxism and its association to the risk of

depression, anxiety, stress and sleep quality in high school students. A total of 240 adolescents

aged from 10 to 19, of both sexes, enrolled in public state schools in the city of Recife, were

evaluated using self-administered questionnaires validated for use in Brazilian adolescents

(Pittsburgh Sleep Quality Index, IDATE, PSS-10, CDI and CCEB). The adolescents then

underwent a clinical examination to assess the presence of bruxism. Pearson's Chi-square test

or Fisher's exact test were used, as well as the univariate and multivariate logistic regression

model. The occurrence of awake bruxism was 37.5%; 18.3% reported tiredness/ pain in the

face; 21.7%, mild pain and 11.3%, moderate and/ or severe pain at palpation of temporal and/

or masseter muscles. There was a positive correlation of bruxism with the following variables:

depression and stress, 15% with moderate to severe or severe depressive symptoms and

53.6% with severe stress. Awake bruxism was associated with Moderate and Severe Stress.

Depression and stress were associated with the outcome, as well as the symptoms of temporal

headache and tiredness on the face.

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O bruxismo é caracterizado pela atividade repetitiva dos músculos mastigatórios, com a presença de apertamento ou ranger de dentes e/ou deslize da mandíbula (AASM, 2014). Apresenta duas manifestações circadianas distintas: pode ocorrer durante o sono (bruxismo do sono) ou durante a vigília (bruxismo em vigília) (LOBBEZOO et al., 2013). O bruxismo do sono (BS) é um comportamento mandibular definido como um movimento estereotipado caracterizado pelo ranger e/ou apertar dos dentes. O bruxismo em vigília (BV) é um tipo distinto do BS e é caracterizado principalmente pelo apertamento dos dentes (KATO; DAL-FABBRO; LAVIGNE, 2003).

Uma revisão sistemática de 2013 considerou os relatórios epidemiológicos de bruxismo e relatou uma prevalência de cerca de 22,1% para o BV, 9,7-15,9% para o BS e uma prevalência geral de cerca de 8-31% do bruxismo em geral ​(MANFREDINI et al., 2013)​. ​O BV é considerado uma atividade oral parafuncional, caracterizada principalmente por contrações prolongadas dos músculos mastigatórios. Clinicamente caracteriza-se pelo apertamento dentário, pode ser agravado pela ansiedade e estresse, sendo capaz de desencadear dor na articulação temporomandibular e nos músculos da mastigação (CARRA; BRUNI; HUYNH, 2012)​.

As consequências negativas do bruxismo incluem impactos subjetivos como estresse, ansiedade, cansaço e má qualidade do sono, bem como danos aos dentes, que pode vir a resultar em perda prematura da dentição ​(CARRA; BRUNI; HUYNH, 2012)​. ​As sequelas clínicas do bruxismo descritas em crianças e adolescentes são: fraturas de dentes, aumento da sensibilidade dentária, desgaste dentário, hipermobilidade dental, lesões periodontais, hipercementose, cúspides fraturadas, pulpite, necrose pulpar, recessão gengival e inflamação, a reabsorção óssea alveolar e lesões cervicais não cariosas ( ​LAVIGNE et al., 2001; CAMPARIS; SIQUEIRA, 2006; ​HUYNH; GUILLEMINAULT, 2009; ​CARRA; BRUNI; HUYNH, 2012; DAWSON et al., 2013).

Devido à ampla variedade de sinais e sintomas e a sobreposição com outras condições, o diagnóstico de bruxismo exige um cuidadoso processo de avaliação que incorpora questionários, anamnese e exames ( ​KOYANO et al., 2008; SHETTY et al., 2010; ​LOBBEZOO et al., 2013​).

O bruxismo é um distúrbio parafuncional que pode interferir significativamente na qualidade de vida do indivíduo. Em estudantes, esse fato possui ainda maior relevância, pois, é sabido que a presença de seus sinais e sintomas que levam ao comprometimento de sono pode gerar situações de estresse que aumentem a predisposição à estados depressivos ou de ansiedade. Logo, o bruxismo é uma potencial causa de prejuízos ao processo de aprendizagem dos estudantes. Desse modo, o objetivo deste estudo é investigar a ocorrência do bruxismo em adolescentes escolares e os principais fatores associados.

Referencial Teórico

Os hábitos bucais podem ser divididos em normais e anormais. Os normais servem como estímulo ao crescimento craniofacial, fazendo parte de uma função orofaríngea normal, devendo ser estimulados e preservados, tais como: a amamentação natural, a mastigação, a ação normal dos lábios (DUQUE et al., 2013). Já os hábitos anormais interferem no padrão de crescimento esquelético normal dos maxilares, gerando danos e sobrecarga funcional ao sistema estomatognático, como dores, desconforto, dificuldades na mastigação, perda do controle voluntário dos movimentos mandibulares, deslocamento articular, alterações que são naturais da articulação e restrição dos movimentos.

Estes hábitos parafuncionais, denominados deletérios, envolvem a mastigação sem fins nutritivos, como ranger e apertar dos dentes (bruxismo), onicofagia (roer unhas), sucção digital, lábios, bochechas, objetos (canetas, roupas) e estão fortemente associados a componentes emocionais, normalmente de etiologia multifatorial, devendo ser desestimulados pelo profissional, pois podem causar disfunção têmporo-mandibular (DTM) (THILANDER et al., 2002; SILVA et al., 2005; FERNANDES et al., 2012; DUQUE et al., 2013). Como consequência, o indivíduo pode sentir dor muscular ou cefaleia pela manhã e pode ocorrer um desgaste na incisal e oclusal dos dentes (AASM, 2014).

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A prevalência ocorre em crianças varia de 3,5% a 40,6% e não tem preferência por sexo, diminuindo com a idade ​(MANFREDINI et al., 2013; ​VARALAKSHMI REDDY et al., 2014​)​. Apresenta-se através de manifestações distintas, denominadas de bruxismo do sono (quando ocorre no período noturno) e bruxismo em vigília (que acontece quando a pessoa está acordada) e de forma, muitas vezes, involuntária. Sua etiologia é incerta e de caráter multifatorial, incluindo fatores centrais (patofisiológicos e psicológicos) e periféricos (fatores oclusais) e que se confundem com os próprios sintomas possivelmente envolvidos na disfunção da DTM, sendo de difícil identificação.

Um sinal marcante é a presença de desgastes, que podem localizar-se na face incisal e oclusal dos dentes (CASTELO; BARBOSA; GAVIÃO, 2010; SIMÕES-ZENARI; BITAR, 2010; MIAMOTO et al., 2011; LOBBEZOO et al., 2013). No bruxismo em vigília, alguns fatores podem estar relacionados a esses distúrbios, tais como sucção de dedo, onicofagia, morder objetos, ansiedade, chupar dedo, tomar mamadeira entre outros, podem ser comuns e ocorrer de forma transitória (VIEIRA-ANDRADE et al., 2014). O bruxismo se divide em cêntrico e excêntrico. O bruxismo cêntrico é o apertamento maxilo-mandibular que ocorre inconscientemente, em relação cêntrica ou máxima intercuspidação, sem ocorrer o deslizamento. O bruxismo excêntrico é o ranger, o apertamento e deslizamento dos dentes nas posições de lateralidade protrusiva, onde há desgaste dos elementos dentais que é provocado por essa parafunção. Essa parafunção pode ser leve, moderada ou severa, ocorrendo danos às estruturas do sistema estomatognático.

Uma visão psicológica define esse hábito como sendo nervoso, em resposta a problemas pessoais que não puderam ser resolvidos ou à impossibilidade de exprimir sentimentos de ansiedade, raiva ou agressividade. Existem fases na infância nas quais esses distúrbios podem aumentar sua incidência, devido à intensidade de desenvolvimento motor, às novidades e mudanças, à confusão de realidade e fantasia (CUNHA et al., 2005). Para outros autores, o fator de risco que tem sido mais observado é o emocional, como estresse e ansiedade associados a problemas oclusais. A ocorrência mais comum observada em clínicas pediátricas tem sido a ansiedade, que diferente do adulto, os sintomas estão relacionados com as alterações de acordo com as fases de desenvolvimento da criança e do adolescente e que, muitas vezes, é de difícil interpretação (BOUDEN; HALAYEM; FAKHFAKH, 2002; RIOS et al., 2007). As consequências do bruxismo e os fatores associados a ele, como estresse, depressão, ansiedade e má qualidade do sono, podem comprometer a aprendizagem escolar e as relações interpessoais.

Metodologia

Esse estudo foi desenvolvido na cidade do Recife, capital do estado de Pernambuco. Trata-se de um estudo descritivo e transversal. A população estudada foi de adolescentes, correspondendo à faixa etária de 10 a 19 anos, de acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde, de ambos os sexos, matriculados em escolas públicas estaduais, no biênio 2017/2018. A amostra foi do tipo não-probabilístico intencional, utilizando um total de 240 adolescentes.

A coleta foi realizada nas próprias escolas, em salas reservadas. Os alunos foram selecionados aleatoriamente, por meio de sorteio. Os critérios de inclusão foram: indivíduos que aceitaram participar voluntariamente e com boas condições cognitivas e de saúde geral. Já os critérios de exclusão foram: estudantes que faziam uso de ansiolíticos ou antidepressivos, pois poderiam tornar o diagnóstico duvidoso para o bruxismo e aqueles que apresentassem outros hábitos parafuncionais que pudessem também dificultar o diagnóstico como onicofagia e sucção não nutritiva. Uma pesquisadora treinada e calibrada realizou os exames clínicos (RCCX) e dois avaliadores independentes (JCAF e BPSLSC) fizeram as aplicações de questionários.

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● Avaliação do bruxismo: Foi utilizada uma ficha clínica que consiste de uma adaptação dos critérios adotados por Lavigne ​et al​. (1996); Coelho ​et al​. (2009); Carra; Bruni; Huynh, (2012) e Lobbezoo ​et al​. (2013). O exame clínico constou de uma anamnese detalhada e cuidadosa e exames físicos intra e extra-oral. A anamnese e o exame clínico bucal foram realizados em uma sala com luz natural e artificial, utilizando espátula de madeira para afastamento de tecidos moles, em uma cadeira comum, em ambiente reservado, resguardando a privacidade do aluno. O exame clínico consistiu em inspeção visual de todos os dentes na qual se avaliava a face incisal e oclusal dos dentes quanto ao desgaste. Os alunos foram questionados quanto à queixa de apertar ou ranger os dentes combinada com pelo menos uma das seguintes condições: desgaste dentário anormal, sons associados com bruxismo e desconforto na musculatura mandibular. A dor foi avaliada pela Escala Visual Analógica (EVA), em que o pesquisador questiona o paciente quanto ao seu grau de dor, sendo 0 ausência total de dor e 10 o nível de dor máxima suportada pelo paciente (BOONSTRA et al., 2008); ● Qualidade do sono: Foi utilizado o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh: A

qualidade do sono durante o último mês foi avaliada usando o índice de Pittsburgh. Este índice foi traduzido e validado para o português. Ele consiste de 19 questões agrupadas em sete domínios: qualidade subjetiva do sono; latência do sono; duração do sono; usual eficiência do sono; distúrbios do sono; uso de medicamentos; e disfunção diurna. Outras cinco perguntas são respondidas por cônjuges ou parceiros dos participantes (BUYSSE et al., 1989; BERTOLAZI et al., 2011);

● Ansiedade: Foi avaliada através do Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE). Este questionário foi traduzido e validado para a língua portuguesa. É composto por duas escalas independentes, com 20 perguntas cada, ansiedade medida como um traço (em geral) e como um estado (no momento) (GORENSTEIN; ANDRADE, 1996; SPIELBERGER; GORSUCH; LUSHENE, 2010);

● Estresse: Foi identificado através da Escala de Percepção de Estresse (PSS-10). Ela consiste em 10 perguntas com pontuação variando de 0 a 4. Algumas questões (​LAVIGNE et al., 2001; CAMPARIS; SIQUEIRA, 2006; CARRA; BRUNI; HUYNH, 2012; MANFREDINI et al., 2013) sugerem ausência de estresse e têm um sistema de pontuação invertida. Este questionário também foi traduzido e validado para a língua portuguesa (COHEN; KAMARCK; MERMELSTEIN, 1983; REIS; HINO; ANEZ, 2010); ● Depressão: Foi utilizado o Inventário de Depressão Infantil (Child Depression

Inventory-CDI) para avaliar a depressão em adolescentes. Este inventário, que foi traduzido e validado para o português, é composto por 21 grupos de quatro afirmações, avaliando sintomas depressivos ao longo da última semana, como desesperança, irritabilidade, culpa, sentimentos de punição, bem como sintomas físicos, tais como fadiga, perda de peso, diminuição da libido (GORENSTEIN; ANDRADE, 1996);

● Para avaliação dos dados sociodemográficos foi utilizado um questionário com a finalidade de descrever o perfil da amostra pesquisada. A classificação sociodemográfica é baseada nos critérios de classificação econômica do Brasil (CCEB) (ABEP, 2013).

O programa estatístico utilizado para digitação dos dados e obtenção dos cálculos estatísticos foi o ​Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) na versão 21, tanto para a calibração quanto para a pesquisa. Os dados foram analisados estatisticamente, através de distribuições absolutas e percentuais, com técnicas de estatística descritiva e inferencial. O nível de significância a ser utilizado nos testes estatísticos foi de 5% e o nível de confiança dos intervalos, de 95%.

Resultados

Entre os 240 adolescentes, 138 (57,5%) eram do sexo feminino e 102 (42,5%), do masculino, com idade média de 16,07 (± 0,65) anos. A prevalência do bruxismo em vigília foi de 37,5%. Na Escala Visual Analógica foi possível verificar que a média e mediana foram significativamente

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mais elevadas entre os que tinham bruxismo (média de 3,50 e mediana de 3,00) do que os que não tinham (média de 2,49 e mediana de 2, ​p​<0,01).

Com relação aos sinais e sintomas, 18,3% relataram cansaço/dor na face, 21,7%, dor leve e 11,3%, dor moderada e/ou severa à palpação dos músculos temporal e/ou masseter. A sensibilidade dolorosa à palpação dos músculos relatada nos pacientes bruxistas foi estatisticamente significativa quando comparada aos não bruxistas em relação aos seguintes grupos musculares: temporal médio direito, temporal posterior direito, temporal posterior esquerdo, masseter direito e masseter esquerdo.

A dor muscular localizada nessas regiões específicas pode ocasionar a cefaleia tensional, condição que que causa prejuízo na qualidade de vida do jovem, dificultando sua concentração nas atividades escolares e comprometendo o rendimento escolar.

Segundo a escala CDI, 15% dos jovens apresentaram sintomas depressivos de moderado à grave ou grave. Correlacionando quanto à presença de bruxismo ou não, houve diferença significativa, uma vez que a maioria daqueles que apresentaram sintomas depressivos moderados à grave e dos considerados com sintomas graves, tinham bruxismo (Tabela 1).

Quanto à ansiedade, apesar de 82,1% dos entrevistados terem apresentado pontuações acima de 35 para escala de ansiedade-traço e 92,9% para ansiedade-estado, ambos não apresentaram diferenças significativas na correlação com o bruxismo (Tabela 1).

Na categoria estresse, o percentual do bruxismo aumentou com o grau do estresse, sendo 20,6% entre os classificados com referência, seguido dos classificados com estresse leve (33,3%), moderado (48,3%) e severo (53,6%). Foram encontradas diferenças significativas quando comparado com os adolescentes que não tinham bruxismo (Tabela 1).

A qualidade do sono foi avaliada através do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh. Apesar de 51,3% dos alunos serem classificados com má qualidade do sono e 12,9% com distúrbio do sono, não houve correlação significativa com o bruxismo.

Estados como depressão e estresse podem predispor a condições de maior complexidade, como o risco de suicídio. A avaliação clínica do bruxismo pode ser considerada como simples, desde que o examinador seja treinado e calibrado, e que serve como indicativo de sintomas precoces do adoecimento mental. Dessa forma, existe a possibilidade de agir de forma preventiva nas condutas clínicas e melhorar o prognóstico.

Tabela 1 - Avaliação do bruxismo segundo a ocorrência de depressão, ansiedade, estresse e qualidade do sono.

Bruxismo

Variáveis Grupo total Sim Não Valor de p

n % n %

Grupo total n % 92 38,3 148 61,7

Depressão p(1) ​= 0,025*

Ausência ou sintomas depressivos mínimos 108 45,0 37 34,3 71 65,7 Depressão leve a moderada 96 40,0 33 34,4 63 65,6 Depressão moderada a grave 25 10,4 15 60,0 10 40,0

Depressão grave 11 4,6 7 63,6 4 36,4

Ansiedade traço p(2) ​= 0,189

Ansiedade leve 43 17,9 12 27,9 31 72,1

Ansiedade moderada 161 67,1 63 39,1 98 60,9

Alta ansiedade 35 14,6 16 45,7 19 54,3

Muito alta ansiedade 1 0,4 1 100,0 - -

Ansiedade estado

Ansiedade leve 17 7,1 6 35,3 11 64,7 p(2) ​= 0,447

Ansiedade moderada 157 65,4 57 36,3 100 63,7

Alta ansiedade 65 27,1 28 43,1 37 56,9

Muito alta ansiedade 1 0,4 1 100,0 0 0,0

Estresse pontuação (Positivo e negativo) p​(1) ​= 0,001*

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Referencia (ate P25 = 14) 63 26,3 20,6

Leve (15 a 19 = P50) 63 26,3 21 33,3 42 66,7 Moderada (20 a 24 = P75) 58 24,2 28 48,3 30 51,7

Severa ( ≥ 25 ) 56 23,3 30 53,6 26 46,4

Qualidade do sono p(1) ​= 0,856

Boa qualidade do sono 86 35,8 31 36,0 55 64,0 Ma qualidade do sono 123 51,3 49 39,8 74 60,2 Distúrbio do sono 31 12,9 12 38,7 19 61,3

(*) Diferença significativa ao nível de 5,0% (1) Através do teste Qui-quadrado de Pearson (2) Através do teste Exato de Fisher.

Em relação aos sintomas dor ou cansaço na face, a maior parte dos diagnosticados com bruxismo relataram sintomatologia dolorosa, e uma porcentagem significativa também declarou sentir cefaleia temporal. Ao comparar com os que não tinham bruxismo houve diferença significativa (Tabela 2).

Estes sintomas de dor e cefaleia limitam a qualidade das atividades realizadas pelo jovem, que termina convivendo com a dor, muitas vezes sem buscar tratamento. A adolescência é um período vulnerável aos transtornos osteomusculares por conta da ocorrência de ampla variação no crescimento e desenvolvimento.

Tabela 2 - Avaliação do bruxismo segundo os sintomas dor na face e cefaleia temporal​

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Bruxismo

Variáveis Grupo total Sim Não Valor de p

n % n % Grupo total n % 92 38,3 148 61,7 Cansaço na face p​(1) ​= 0,001* Sim 44 18,3 27 61,4 17 38,6 Não 196 81,7 65 33,2 131 66,8 Cefaléia temporal p​(1) ​= 0,010* Sim 126 52,5 58 46,0 68 54,0 Não 114 47,5 34 29,8 80 70,2

(*) Diferença significativa ao nível de 5,0% (1) Através do teste Qui-quadrado de Pearson (2) Através do teste Exato de Fisher.

A regressão logística para amostras complexas foi realizada para determinar os fatores associados ao bruxismo em vigília nos adolescentes. A análise de regressão logística univariada (incluindo depressão e estresse) mostrou que relato de bruxismo em vigília foi associado apenas ao Estresse Moderado (razão de chances [OR] = 3,59; intervalo de confiança de 95% [IC] = 1,61-7,98) e Estresse Severo (razão de chances [OR] = 4,44; intervalo de confiança de 95% [IC] = 1,98-9,93) (Tabela 3). Dessa forma, estima-se que há maior probabilidade de um pesquisado da população, da qual a amostra foi extraída, ter bruxismo associado a estresse severo ou moderado em relação à categoria de referência.

Tabela 3 - Regressões logísticas univariadas e multivariadas para a proporção com bruxismo

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Variável Análise univariada Análise multivariada OR (IC 95%) Valor p OR (IC 95%) Valor p

Depressão 0,032* 0,255

Ausência ou sintomas depressivos

mínimos 1,00 1,00

Depressão leve a moderada 1,01 (0,56 a 1,79) 0,986 0,66 (0,35 a 1,26)

0,209 Depressão moderada a grave 2,88 (1,18 a 7,03) 0,020* 1,40 (0,50 a

3,93) 0,528 Depressão grave 3,36 (0,92 a 12,21) 0,066 1,70 (0,42 a 6,88) 0,456 Estresse 0,001* 0,017* Referencia (ate 14) 1,00 1,00 Leve (15 a 19) 1,92 (0,86 a 4,29) 0,111 2,01 (0,89 a 4,58) Moderada (20 a 24) 3,59 (1,61 a 7,98) 0,002* 3,60 (1,54 a 8,41) Severa ( ≥ 25 ) 4,44 (1,98 a 9,93) <0,001* 3,61 (1,42 a 9,22) (*) Significante a 5%. Considerações Finais

A prevalência de bruxismo em vigília foi de 38,1% dos adolescentes. Apesar de certa escassez de estudos relacionados ao bruxismo em vigília, a prevalência foi consistente com os resultados de pesquisas anteriores com variação de​19,2% à 37,9% (​VAN SELMS et al., 2013; SERRA-NEGRA et al., 2014; CAVALLO; CARPINELLI; SAVARESE, 2016; EMODI PERLMAN et al., 2016​)​. Podemos atribuir essa amplitude de prevalências às diferentes metodologias empregadas para o diagnóstico do bruxismo, dessa forma, podemos destacar a necessidade de padronização dos critérios para alcançar avanços nas pesquisas.

Estudos indicaram que o aperto e/ou desgaste dos dentes pode desencadear níveis de sensibilização muscular pós-exercício no sistema mastigatório, levando a danos das fibras musculares e tecidos circundantes ​(LAVIGNE et al., 2001; ​CAMPARIS; SIQUEIRA, 2006). Nosso estudo revelou uma diferença estatisticamente significativa quanto à sensibilidade dolorosa, em alguns grupos musculares, nos pacientes diagnosticados com bruxismo, o que revela os danos que podem ser causados no exercício mandibular parafuncional.

Bayar e colaboradores (2012) estudaram o perfil psicopatológico de pacientes bruxistas e não bruxistas, utilizando o SCL-90, um questionário utilizado para rastrear de forma ampla problemas psicológicos​(CAMPARIS; SIQUEIRA, 2006)​. Ao comparar pacientes com bruxismo em vigília, bruxismo do sono e um grupo sem bruxismo identificaram os maiores escores para os pacientes do primeiro grupo, inclusive para depressão. Alguns estudos concluíram a associação de alguns sintomas psicopatológicos com o bruxismo em vigília (MANFREDINI et al., 2005; GUNGORMUS; ERCIYAS, 2009; MANFREDINI; LOBBEZOO, 2009). Nosso estudo também apresentou correlação significativa do bruxismo em vigília com a depressão, fortalecendo duas hipóteses: a depressão pode influenciar em tensão muscular ou o bruxismo como causador de dores musculares pode levar o paciente a sintomas depressivos.

O estresse apresentou correlação com o bruxismo, e uma forte prevalência na amostra coletada. Estudo realizado com crianças utilizando a Escala de Estresse Infantil mostrou que 18,75% apresentaram manifestações físicas e psicológicas significativas de estresse caracterizadas por ranger de dentes e outros sintomas (FERREIRA-BACCI; CARDOSO; DIAZ-SERRANO, 2012). Winocur ​et al​.(2012) realizaram pesquisa com cerca de 400 pessoas, também utilizaram a Escala de Percepção do Estresse (versão com 14 questões) e identificaram correlação significativa para os pacientes que foram diagnosticados com bruxismo acordado quando comparado com os que não tinham bruxismo.

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A qualidade do sono foi avaliada pelo PSQI-BR (versão brasileira do Pittsburgh Sleep Questionnaire Index). Uma pesquisa realizada com 222 estudantes universitários também utilizou o PSQI-BR para avaliar a qualidade do sono e revelou que 60,1% dos alunos apresentaram pontuações maiores que 05 (má qualidade do sono e/ou distúrbio do sono), corroborando com nosso resultado, em que 64,2% dos adolescentes tiveram escores semelhantes (SERRA-NEGRA et al., 2014). Entretanto, esse mesmo estudo encontrou relação estatisticamente significativa quanto aos componentes de qualidade do sono e distúrbio do sono em relação ao bruxismo em vigília, o que não foi observado neste estudo.

A relação do bruxismo, devido à sua ampla variedade de sinais e sintomas, com a qualidade de vida do indivíduo é somada a todo o aspecto que envolve as particularidades da adolescência como um evento particularmente estressante (ZIMMER-GEMBECK; SKINNER, 2008) e amplia a possibilidade de desenvolvimento de estresse e ansiedade nessa população. O aumento da presença desses fatores pode levar à significativas dificuldades de aprendizado, ainda mais se correlacionadas à diminuição da qualidade de sono que acomete os indivíduos com bruxismo.

Esta pesquisa reitera a importância de uma investigação abrangente e precoce sobre uma hipótese de diagnóstico de bruxismo, visto que este pode comprometer não somente a qualidade de vida dessa população, mas também seu aprendizado, pois este apresenta estreita relação com seus níveis de estresse, ansiedade e essencialmente com sua qualidade de sono, que correlaciona-se diretamente com seu rendimento escolar (​SOUZA; TOMAZ, 2018). Dessa forma, esses pacientes necessitam de uma atenção diagnóstica que ultrapasse os limites do desgaste dentário e da dor muscular e abranja todo seu aspecto biopsicossocial para, assim, identificar outros fatores associados e possibilitar a melhora de sua qualidade de vida, bem como do seu aprendizado.

Referências

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