30 ANOS
DO CENTRO DE INFORMAÇÃO DO MEDICAMENTO
DA ORDEM DOS FARMACÊUTICOS
Uma actividade com 50 anos
Centros de Informação de Medicamentos
Resposta à necessidade de rápido acesso a informação independente
1962. Criação do primeiro centro de informação de medicamentos.
(Parker. AJHP 1965;22:42-7)
1966. Farmacêutico como especialista em informação. (Francke. AJHP. 1966; 23: 49)
Rápida difusão da actividade
EUA (60s) - Canada /Europa (70s).
1977. 74 centros nos EUA. (Rosenberg. AJHP 1977;34:1201-07)
1978. Informação útil, aplicada ao doente e com impacto positivo.
(Cardoni. AJHP 1978;) 5:1233-7)
Anos 80s. Tecnologias facilitam rapidez de resposta. Pico nº de centros.
(Calder. AJHP 1981;38:663; Leach. Br Med J 1978;1(6115):766-8; Ascione. Principles of drug information, 1994)
Centros
deInformação
deMedicamentos
Resolvem questões relacionadas com medicamentos, proporcionando
informação baseada em dados científicos de qualidade.
Capacidade de resposta e eficiência, garantindo informação objectiva,
completa, relevante, independente e atempada.
Objectivo. Contribuir a uma correcta selecção e uso de medicamentos.
Necessária competência que permita avaliar criticamente, integrar e
comunicar a informação de maneira eficaz.
Além da resposta às solicitações de informação, proporcionam
informação activa após análise das necessidades dos utilizadores.
Portugal
Anos 70
Secção de informação. Hospital de Sta. Maria
Início dos
anos 80
Hospital Civis de Lisboa
Hospital Militar Principal
Ordem dos Farmacêuticos (CIM)
Associação Nacional das Farmácias (CEDIME)
1984
. Primeiro centro numa organização profissional em Portugal.
Meios bibliográficos, equipamento e bases de dados próprias.
Objectivo. Colocar à disposição dos farmacêuticos informação
independente e de qualidade para facilitar a intervenção profissional.
CIM. Áreas de Actuação
Resposta a consultas > 41800
Reflectem a aceitação do serviço e a necessidade de informação
23,46% 20,18% 11,29% 11,07% 8,77% 6,69% 3,95% 3,07% 2,85% 2,08% 0,77% 0,33% 0,22% 5,26% 0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00%
DISTRIBUIÇÃO POR ÁREA DE CONSULTA - 2013
Vários
Nomenclatura Toxicologia
Mecanismo, dados farmacocinéticos Legislação
Estabilidade, incompatibilidades e administração Identificação de medicamentos, composição, similares Formulação magistral, tecnologia farmacêutica
Disponibilidade (med. autorizados, lançados, retirados, apresentação, comparticipação)
Bibliografia
Efeitos secundários, interacções, contra-indicações Uso terapêutico, posologia, eficácia comparativa Medicamentos estrangeiros (informação e similares) Informação geral: monografia, bibliografia
0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Farmacêuticos Oficina Farmacêuticos Hospital Farmacêuticos Indústria Farmacêuticos ARS Outros Farmacêuticos Alunos Não Farmacêuticos
PRINCIPAIS CONSULTANTES
Mais de 4500 consultantes efectuaram ao menos 1 consulta; mais de 2500 > 1 consulta; 600 >10 e 65 > 50 cada um.
Boletim do CIM Ficha Técnica Leituras do CIM
Artigos, newsletters sobre temas de actualidade, livro Informação sobre Medicamentos
Informação activa
Actividades educativas
Produção de trabalhos científicos
Visitas de estudo de alunos/
colaboração com instituições de ensino;
Formação em informação de medicamentos:
35 curtos estágios /2 seminários;
Apoio e orientação na pesquisa e selecção bibliográfica;
Apoio à formação continuada. Divulgação dos recursos
bibliográficos e aconselhamento sobre fontes.
Outros projectos e actividades
Fichas informativas sobre medicamentos;
Sessões de actualização;
Apoio a farmacêuticos em comissões ou grupos de trabalho;
Colaboração em: Sistema de Farmacovigilância, Protocolo
Diabetes, CAD, elaboração de Boas Praticas…;
Cooperação com centro hospitalar em processo de certificação;
Serviços internos. Opiniões técnicas, documentação,
colaboração projectos OF;
Elaboração de conteúdos para a população: folheto, jornal,
colaboração OF no portal SAPO Saúde.
A informação ao longo do tempo
Informação mais acessível e fácil de manejar
Cuidados farmacêuticos
Medicina baseada na evidência
Estudos de utilização de medicamentos
Novas áreas
Generalização do uso da informática
PubMed (1997)
Europa
1992. Estudo com 88 centros; rede organizada só no Reino Unido
(Taggiasco. Ann Pharmacoter 1992,26: 422-28)
1998. 84 centros; principalmente em hospitais e com farmacêuticos
(Müllerová. Pharm World Sci. 1998; 20(3):131-5)
Estados Unidos
1995. ↓ nº CIM hospitalares / ↑ % de respostas requerendo integração de dados, conhecimentos e experiencia.
2000. ↓ nº de centros, nº farmacêuticos na área e nº de consultas.
↑ actividade docente, complexidade das questões e tempo necessário.
(Rosemberg. AJHP. 1995;52:991-6; Rosemberg AJHP 2004;61:2033-42; Rosemberg AJHP 2005;62:1348.; Rosemberg 2009; 66:1718-22.)
Evolução no CIM
0 500 1000 1500 2000 2500 ANOSNÚMERO DE CONSULTAS 1985 - 2013
0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00% 120,00% 1990 1991 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Até 1 h Mais de 1h
TEMPO DE ELABORAÇÃO DA RESPOSTA 1991 - 2013
Tempo para comunicação da resposta ≈ 70% das respostas em 24h
0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00% 120,00% 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Telefone Pessoal Carta Fax CE CE + Outros Carta+Outra Forma
0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 1993 2003 2013
Telefone Carta Pessoal Fax Correio Electrónico
FORMA DE COMUNICAÇÃO DA RESPOSTA
0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 20 11 20 12 20 13
ENVIO DE DOCUMENTAÇÃO
0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% 1993 2003 2013 Sim Não6-7
documentos de apoio por consulta. 2013Evolução no CIM
Actualmente…
Necessária consulta de um amplo numero de fontes e de mais
tempo para síntese dos dados e elaboração da resposta.
Futuro dos centros de informação
Justificação da sua existência e qualidade.
Impacto positivo no cuidado do doente e satisfação com os serviços. Escassa quantificação do impacto económico.
(Cardoni. AJHP 1978;35:1233; Bond. Pharmacotherapy 1999;19:555-64; Najabat. Pharm World Sci 1999;21 suppl:178; Bertsche. Pharm World Sci 2007;29:167-72)
Ao longo do tempo foram surgindo alterações Terapêutica complexa População idosa
Novos modelos de prática Mais alternativas terapêuticas Medicina personalizada
Utentes mais informados
Maior disponibilidade de literatura
Desenvolvimento das tecnologias da informação
Evolução dos centros.
Áreas que se podem tornar importantes:
a) Respostas às necessidades reais de informação;
b) Reorientação da actividade;
c) Reforço do papel formativo;
d) Informação a doentes e cidadãos;
e) Estrutura nacional.
a) Resposta às necessidades reais de informação
Os profissionais precisam de avaliar e interpretar a literatura
.
Farmacêuticos – Maior papel no aconselhamento, prestação de cuidados e
informação ao doente, na avaliação de medicamentos, no desenvolvimento de normas ou na farmacovigilância.
Integram as equipas de saúde e têm de proporcionar informação.
Acesso à informação não é simples – Na prática, é difícil encontrar a informação
necessária. Requer disponibilidade de recursos, tempo e competências. Em ocasiões, a informação não é de qualidade ou pode ser contraditória.
Dificuldades na avaliação da literatura pelos clínicos
Potenciar a informação activa ao encontro das necessidades reais. Proporcionar informação rápida, processada a partir da ampla disponível.
Lisboa• 04 Dez 2014• Aurora Simón
b). Reorientação da actividade
Tendência para questões mais complexas e serviços de consultadoria:
precisam capacidade para avaliar e manejar informação de forma eficiente. Justificação do uso de um fármaco em determinada situação ou selecção.
É essencial um uso correcto dos medicamentos.
Novas evidências de efectividade, alterações na segurança ou nos custos podem alterar o que era considerada uma adequada prescrição.
Exige maior especialização dos centros.
Da função básica de proporcionar informação a um maior
papel na selecção e gestão da informação.
c)
Reforço do papel educativo.
Especial foco no ensino, apoio naorientação a alunos acerca da boa gestão da informação.
d)
Informação a doentes e cidadãos.
Procuram informação de formaactiva. Facilitar este objectivo com literatura apropriada, proporcionando informação sobre riscos e benefícios da terapêutica.
e) A tecnologia contribui para uma maior comunicação entre profissionais.
Estabelecimento de
estrutura nacional
(rede) que proporcionasse: visão global, coordenação de actividades, ajuda na manutenção da qualidade e melhor utilização de meios. Manuais para formação de especialistas, normas de boa prática ou normas éticas comuns.O futuro poderá estar relacionado com a capacidade de gestão da grande oferta de informação existente e com a função docente
Internet / Web 2.0
Internet
Alterou a forma de acesso à informação.
Pode ser aproveitada para proporcionar e difundir informação.
CIM podem servir de guias, facilitando acesso a informação de qualidade.
Web 2.0
Blogs, redes sociais (facebook, twitter), alojamento de vídeos, agregadores de notícias, escritórios virtuais (netvibes), partilha de apresentações (slideshare), grupos
Utilizadores participam e
contribuem para os conteúdos.
Facilitam colaboração com outros
profissionais.
Aumentam visibilidade externa.
Podem ser ferramentas úteis para os CIM. (Juarez. Farm Hosp. 2011; 35:315.e1-5)
Ainda pouca difusão entre farmacêuticos.
Novidades e projectos
Desenvolvimento da secção do CIM no portal da OF.
Informação activa mais directa e imediata.
A partir de agora….
e-Publicações, novas publicações originais, complementarão as
inseridas na ROF de forma habitual.
Novidades em Terapêutica:
Notícias, ou alertas sobre temas de interesse relacionados com os
medicamentos – Actualidade.
Resumos de artigos, ou documentos recentemente publicados, com
utilidade para a intervenção farmacêutica – Artigos.
Para concluir….
Mudanças na prática, necessidades e forma de veicular a informação.
Continuam a ser necessários sistemas de informação independente.
CIM/OF: Serviços diversificados, intervenção mais ampla,
aspectos relacionados com a pratica farmacêutica.
“What´s past is prologue”´. (A tempestade. Shakespeare)