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ANÁLISE DA SUSCETIBILIDADE AMBIENTAL NO NÚCLEO CURUCUTU DO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO MAR (SP - BRASIL)

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Academic year: 2021

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Silvia Maria BELLATO Iandara Alves MENDES Introdução

As limitações impostas pelo relevo sempre oferecem, em maior ou menor grau, limitações à distribuição dos assentamentos humanos e do uso da terra. Torna-se então fundamental, a realização de análises pautadas na identificação das características do meio físico quando o objetivo é o planejamento ambiental, pois o relevo é considerado o indicador primário da paisagem, refletindo as interações dinâmicas que ocorrem entre o substrato, a tectônica e as variações climáticas.

O modo de apropriação dos recursos naturais em relação às unidades de conservação, tem ocorrido de forma onde os benefícios gerados são revertidos para poucos. Tais fatos demonstram que as políticas ambientais no Brasil têm se revelado pouco eficazes, uma vez que a maior parte das unidades de conservação tem recebido poucos investimentos. As comunidades locais, por sua vez, acabam sendo descartadas nos processos de planejamento das unidades de conservação, agravando os problemas sociais e naturais nestas áreas.

É de grande interesse para as unidades de conservação, a realização de estudos que possam identificar as condições em que a visitação pública deve ocorrer, pois o aumento das atividades turísticas em áreas protegidas tem sido amplamente incentivado pelo governo, sem o necessário respaldo em infra-estrutura e pesquisa, preconizando uma política ostensiva de geração de renda dos parques por meio do turismo.

A Serra do Mar e trechos contíguos do Planalto Paulistano, compartimentos do re-levo que se destacam na paisagem sudeste do Brasil por abrigarem remanescentes da Mata Atlântica, apresentam fatores altamente limitantes para a sua ocupação: tanto fatores físicos como tipos de solos, clima, substrato rochoso e condições topográficas; como restrições jurídicas e fundiárias.

O conhecimento do sistema natural, justificativa maior desta pesquisa, permitiu observar as tendências de degradação, classificando as unidades naturais em função de sua susceptibilidade. Esta é uma operação indispensável sempre que se quer lançar programas de conservação e ordenação do uso da terra, cujos resultados têm grande influência no zoneamento de áreas, sendo excelentes referências para estudos voltados ao planejamento ambiental.

Assim, estudos específicos, buscando considerar o grau de fragilidade dos elementos do meio físico frente aos principais vetores de pressão da sociedade pelo uso dos recursos – como, por exemplo, o turismo -, podem contribuir na indicação das limitações para a ocupação e, sobretudo, na busca de modelos alternativos de desenvolvimento, compatíveis com uma atitude integrativa e equilibrada do homem com o ambiente onde vive, onde ainda

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seja possível aplicá-los.

Nesse sentido, os objetivos do trabalho dizem respeito ao estabelecimento de um diagnóstico físico-ambiental das componentes do meio físico, como subsídio à identificação dos graus de susceptibilidade ambiental do núcleo Curucutu do Parque Estadual da Serra do Mar, que teve como síntese, um Zoneamento Ambiental que classificou as áreas mais e menos aptas ao uso público.

O objetivo geral foi contribuir, por meio deste estudo, para a elaboração de um pla-no de manejo e de uso público para o núcleo Curucutu, a ser desenvolvido pelo Instituto Florestal nos próximos anos.

Caracterização da Área de Estudo

Na década de 1950, o governo do Estado de São Paulo criou reservas estaduais sobre as terras devolutas ao longo da Serra do Mar. Orientado pelo código florestal de 1965, em 1977, uniu estas reservas com a criação do Parque Estadual da Serra do Mar, (Decreto 10.251 de 30/08/1977, instituído com base no artigo 5º do Código Florestal de 15 de setembro de 1965). O núcleo Curucutu, situado no extremo Sul da cidade de São Paulo (figura 1), foi criado pelo Decreto Estadual 36.544 de 04/05/1960, quando foram incorporadas as Reservas Estaduais de Itanhaém (2.227,53 hectares) e de Itariru (4.250,00 hectares), somando 12.360 ha, que correspondem atualmente às terras regularizadas pela Procuradoria Geral do Estado. (SÃO PAULO, 1998). Em 1977, foram adicionados ao núcleo Curucutu 13.049 há de terras ainda desapropriadas e não indenizadas, quando da criação do Parque Estadual da Serra do Mar, resultando em uma área de 25.409 ha.

Quanto à geologia, o núcleo Curucutu está inserido em um rebordo granito-xisto-gnaíssico da Serra do Mar, dissecado em um sistema de blocos e cunhas em degraus, com um sistema de falhamentos antigos reativado no pré-cambriano, e coberturas aluviais e colúvios quaternários. Este arcabouço geológico condiciona a morfologia da região, re-fletindo na existência de um relevo colinoso, com planícies aluviais e terraços estreitos (PELOGGIA, 1998).

O núcleo abrange áreas de dois grandes compartimentos do relevo. No Planalto Atlântico trechos do Planalto Paulistano com altitudes entre 700 e 800 metros e na escarpa da Serra do Mar, - compartimento de maior expressão em área no núcleo Curucutu -, onde as altitudes variam entre 800 e 1000. Um pequeno trecho do núcleo abrange colúvios e terraços flúvio-marinhos no contato da escarpa com a planície litorânea de Praia Grande Iperoíbe, além das planícies fluviais restritas do planalto. (ROSS et. al., 1997). Estes compartimentos estão inseridos no Grupo Açungui, que constitui a mais extensa unidade do Pré-Cambriano paulista. Deste grupo destaca-se no Planalto Paulistano e na parte superior da Serra do Mar, o complexo Embu, composto por migmatitos e gnaisses. IPT (1981).

Na síntese da morfogênese e da cronologia relativa ao relevo paulista, destacam-se a geração de superfícies ou níveis morfológicos diferenciados, decorrentes das atividades

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tectônicas, como a escarpa da Serra do Mar; e decorrentes também de processos erosivos, pondo em ressalto as áreas de rochas intrusivas (granitos/sienitos) e as metamórficas de alta resistência (quartzitos). É comum a presença de morrotes baixos nas porções próximas ao cimo da Serra do Mar, os quais passam gradualmente para morrotes alongados paralelos e a seguir morros paralelos, também dando lugar a uma seqüência de planícies de variadas origens. (ROSS et. al., 1997).

Os principais problemas de caráter geológico-geotécnico na área analisada são os escorregamentos, onde os depósitos coluviais têm forte correlação com deslizamentos e a erosão. A ocorrência desses fenômenos é conseqüência tanto de condicionantes naturais, tais como tipos de rochas, de relevo, presença de descontinuidades; como do uso da terra no entorno do núcleo Curucutu (supressão de vegetação, aterramento das várzeas, modificação do perfil natural da encosta pela execução de corte-aterro lançado, impermeabilização do solo, compactação, etc.).

Os terrenos susceptíveis a movimentos gravitacionais, são terrenos de estabilidade precária, nos quais os movimentos de massa fazem parte da dinâmica natural de evolução do relevo, ocorrendo independentemente da intervenção humana. Esta intervenção, no entanto, tende a torná-los mais freqüentes e a potencializar os seus efeitos. Estes terrenos apresentam evidentes dificuldades para os tipos de uso mais intensivo, inclusive em morros altos do Planalto Atlântico. (NAKAZAWA et al.,1994).

Quanto aos sistemas climáticos, na classificação realizada por Monteiro (1973) para o território paulista, a área compreendida pelo núcleo Curucutu e arredores são sazonalmente controladas pelos sistemas tropicais e polares, configurando-se regionalmente os chamados «climas úmidos da face oriental e subtropical dominados pela massa tropical atlântica». De acordo com o autor, o aumento da pluviosidade não segue a latitude, mas antes, a disposição do relevo e a orientação da costa em relação às correntes da circulação atmosférica regional.

Figura 1 - Localização da área De pesquisa no Estado de São Paulo Unidades de Conservação do Litoral Paulista Núcleo Curucutu

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A maior incidência de umidade e a menor incidência de insolação em alguns setores da área de estudo, induz à consideração de mais um fator de fragilidade ambiental e risco de escorregamentos. Segundo Ayoade (1998), neste sentido, na escarpa da Serra do Mar, a elevação e a orientação exercem controle sobre a distribuição da insolação sobre a mesma, particularmente numa microescala ou numa escala local.

No núcleo Curucutu, no que se refere à estabilidade dos solos, são bastante instáveis todos os compartimentos, sendo grande a complexidade no estabelecimento dos processos morfodinâmicos, prevalecendo a dissecação e os processos erosivos, inclusive no Planalto Paulistano, local onde as trilhas de visitação pública são mais utilizadas.

CPRM/DNPM (1975), divide os solos da região pesquisada em três grupos: solos eluviais, solos sobre aluviões fluviais e solos sobre depósitos marinhos. Os solos eluviais desenvolvem-se sobrem as rochas do complexo cristalino no litoral Sul (planalto), onde se formam solos do tipo Cambissolos (antiga denominação Campos do Jordão) caracterizados como rasos, de acentuada acidez, ocorrendo, sobretudo, nas encostas do planalto e em áreas de altitude superior a 800 metros.

A região é recoberta pela Floresta Ombrófila Densa, genericamente denominada Mata Atlântica, em seus diversos estágios de sucessão florestal, onde se destacam as matas nebulares e a vegetação campestre.

Na parte mais alta da serra, ocorre a formação chamada “alto-montana”, em geral estabelecida sobre solos rasos e/ou orgânicos, em locais sujeitos quase que permanente-mente à condensação das massas de ar úmidas procedentes do mar, formando neblina ou até mesmo chuvas fracas durante a maior parte do tempo. Tal fato motivou diversos autores a designar esta formação com nomes como “mata nebular” ou “mata de neblina”, sendo suas características mais marcantes em relação às demais formações da Floresta Atlântica, a diminuição do porte das plantas arbóreas, uma maior tortuosidade dos troncos e galhos, a microfilia e abundância de epífitos não vasculares, notadamente musgos e epífetas.

As formações denominadas de “submontana” e “montana” desta floresta, ocorrem de forma bastante típica na região baixa e intermediária das encostas das serras costeiras, respectivamente, chegando a altitudes superiores a 1000 metros em algumas regiões.

Acima dos limites de ocorrência da floresta alto-montana ocorrem áreas campestres mais ou menos extensas, recobrindo as montanhas mais altas, denominados por IBGE (1992) de “refúgios ecológicos alto-montanos”, ou mais simplesmente “campos de altitude”. Os elementos dominantes são espécies herbáceas, notadamente das famílias Poaceae, Cype-raceae e AsteCype-raceae, com algumas poucas espécies arbustivas baixas de ocorrência esparsa em meio ao denso tapete graminóide característico da formação.

Estes diversos ambientes da Mata Atlântica, abrigam uma grande diversidade de espécies, ameaçadas pela exploração com usos variando desde a obtenção de lenha, carvão, alimentação e construção, até a retirada para comércio ilegal de espécies e produtos, o que têm levado muitas delas à extinção.

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A coleção cartográfica da pesquisa, foi preparada a partir da elaboração da carta planialtimétrica em escala 1:50.000 (BRASIL, 1984 e IGG, 1972) em meio digital. Dois processos foram aplicados, para a elaboração da coleção cartográfica. As cartas foram ela-boradas ou compiladas, por métodos convencionais e posteriormente convertidas para um formato digital (programas CAD), ou foram diretamente elaboradas em sistemas digitais a partir da base cartográfica topográfica (em um Sistema Geográfico de Informação - SGI).

A partir da carta base, foram elaboradas cinco cartas temáticas: 1. Geologia, confec-cionada principalmente ela análise de IPT (1981) e DNPM/CPRM (1991; 2. Geomorfologia, segundo IPT (1981) e Ross et al. (1997); 3. Clinografia, baseada em De Biase (1992) e San-ches (1995); 4. Clima, com informações de SÃO PAULO (1997); 5. Solos, com informações de BRASIL (1960 e 1991) e Oliveira et al. (1999); 6. Cobertura Vegetal original e Uso da Terra (avaliação das atividades humanas e indicação da sucessão florestal) de acordo com Hueck (1972), IBGE (1991), Velloso et ali (1991), e CONAMA (1994).

Foram realizados trabalhos de campo, para o reconhecimento das características físicas e bióticas levantadas na revisão bibliográfica e na elaboração cartográfica, obser-vando as características da paisagem, formas de relevo, fisionomia das formações vegetais, solos, entre outros.

O ponto de partida para a determinação da suscetibilidade ambiental na área de pesquisa foi a análise da morfodinâmica, de acordo com a proposta de Tricart (1977). A morfodinâmica, a pedogênese e a análise do comportamento hídrico são para o autor, as três componentes fundamentais de análise do meio físico, estabelecendo as relações conceitu-ais e metodológicas entre unidades ecológicas, padrões de relevo e pconceitu-aisagens. Das três, a morfodinâmica foi a análise mais enfatizada nesta pesquisa.

O autor considera, que estudar a organização do espaço, é determinar como uma ação se insere na dinâmica natural, para corrigir certos aspectos desfavoráveis e para facilitar o uso dos recursos ecológicos que o meio oferece, sem agredir demasiadamente a integridade dos ecossistemas, estabelecendo seus limites. A proposta é chegar às categorias de ambien-tes ‘estáveis e instáveis’ e de vulnerabilidade morfodinâmica, especificando a natureza dos processos atuantes.

Assim, a partir das análises geomorfológicas e morfométricas, foram estabelecidas as classes de instabilidade morfodinâmica potencial e, na seqüência, a correlação com análises complementares (clinografia e variáveis do meio físico e biótico), resultaram em uma carta síntese da suscetibilidade ambiental no núcleo Curucutu, denominada de Zoneamento Geo-ambiental (GIOMETTI, 1998), onde os compartimentos do relevo delimitados apresentam as semelhanças entre as características do meio físico, os processos morfodinâmicos e as limitações ambientais.

Na adaptação desta classificação para a pesquisa, os meios instáveis – predominantes na área analisada -, foram desmembrados em três categorias: meios moderados a fortemente instáveis; meios fortemente instáveis; e meios extremamente instáveis. As demais áreas, que deveriam ser classificadas entre meios estáveis e meios intergrades, segundo proposta original de Tricart (1977), foram englobadas em uma única categoria denominada Meios Intergrades com Forte Potencial de Instabilidade. Tal mudança é explicada pela necessidade

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de evitar o uso do conceito de estabilidade em uma área tropical úmida de forte potencial de instabilidade dos processos ambientais envolvidos. Mesmo nas planícies, onde teorica-mente haveria um predomínio dos processos pedogenéticos e à uma situação ambiental de estabilidade, o princípio da estabilidade foi descartado. O próprio Tricart (1977), considera que a situação de estabilidade é muito relativa nas áreas de acumulação.

O aprofundamento da avaliação da morfodinâmica predominante nos compartimen-tos deu-se por meio da elaboração de uma carta geomorfológica de semidetalhe dentro da metodologia de levantamento integrado dos fenômenos e fatos geomorfológicos do relevo (ROSS, 1990, 1992, 1994 e 1997). Tal carta foi obtida fundamentalmente com mensurações, fotointerpretação, correlações com outras cartas temáticas e análises visuais da textura do relevo, considerando cinco etapas de elaboração.

No compartimento da Escarpa da Serra do Mar, a determinação da instabilidade morfodinâmica foi mais objetiva. Nos compartimentos para os quais era complexa a deter-minação das questões inicialmente propostas, principalmente no Planalto Paulistano e nas planícies fluviais mapeadas (as que foram possíveis na escala escolhida 1:50.000), foram estabelecidos os diferentes graus de sensibilidade do quadro ambiental a partir de análises complementares, como as análises morfométricas – clinografia (SANCHES, 1995 e DE BIASI, 1992) e energia do relevo (SPIRIDINOV, 1981 e MENDES, 1993), aprofundando o conhecimento das características do meio físico na determinação do grau de fragilidade ambiental.

A carta de Zoneamento Geoambiental foi a base para a elaboração da síntese final da pesquisa, que é uma proposta de Zoneamento Ambiental com ênfase à capacidade de suporte ao uso da terra para a elaboração de planos de uso público no núcleo Curucutu, além de servir como subsídio à gestão ambiental e como referência para a elaboração de seu respectivo plano de manejo. Ela foi elaborada, objetivando ser uma sugestão preliminar para a normatização do uso do solo, até que seja realizado um zoneamento efetivo pelo Instituto Florestal, órgão que administra a área.

Neste contexto, o Zoneamento Ambiental é uma tentativa de conciliar os usos pro-postos e já implantados no interior e entorno do Núcleo Curucutu com sua potencialidade e com as limitações que suas áreas possuem. As zonas ambientais foram definidas, sendo uma adaptação e uma síntese das principais terminologias utilizadas atualmente no mundo. Resultados Obtidos

Este capítulo apresenta os resultados das correlações dos levantamentos obtidos, apresentados em três etapas: I. Geomorfologia e instabilidade morfodinâmica; II. Zonea-mento Geoambiental e classes de suscetibilidade definidas; III. ZoneaZonea-mento Ambiental como contribuição ao plano de manejo. Correspondem desta forma à uma síntese , indicando os graus de suscetibilidade ambiental para o núcleo Curucutu, assim como suas potencialidades de uso. A tabela 1 indica a instabilidade morfodinâmica obtida para o Núcleo Curucutu:

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Tabela 1 - Instabilidade Morfodinâmica Definida por Compartimento

A análise dos dados obtidos na tabela 01 revela que, devido ao predomínio dos pro-cessos de morfogênese e ao alto potencial erosivo em praticamente todos os compartimentos de relevo, os meios instáveis predominaram na classificação. Assim, os dados morfométricos apresentados indicam que, quanto maior o índice de dissecação do relevo que classifica um compartimento, maior potencial ele tem à instabilidade morfodinâmica.

Concluiu-se, sobretudo, que nas áreas de dissecação com topos angulosos da escarpa, a dissecação do relevo é a mais intensa. No Planalto Paulistano, a abrangência de rochas migmatíticas heterogêneas de estruturas variadas, em relevos bastante variados, de morro-tes, morros altos e médios com moderados a intensos processos de dissecação, média a alta declividade, solos podzólicos, Cambissolos e alguns setores de Latossolos, alta densidade de drenagem, determinaram um conjunto suscetível, de alta fragilidade ambiental.

As planícies fluviais e planícies litorâneas, também possuem riscos moderados e até intensos de degradação (erosão) em algumas circunstâncias específicas. Os solos com predo-mínio da fração areia e horizontes superficiais estreitos, tornam ainda mais preponderantes estes processos. Há também riscos de compactação e erosão induzidos tanto por processos naturais como antrópicos, tanto erosão laminar como solapamentos das margens e terraços. Os meios classificados como Moderadamente a Fortemente Instáveis são compar-timentos com declives que variam de altos a moderados, e de cobertura pedológica onde dominam os Latossolos, dado foi considerado um fator positivo quanto ao risco de erosão, pois quando os declives são mais moderados, a tendência é que exista uma maior estabi-lidade da cobertura pedológica, pela maior coesão das partículas neste tipo de solo (maior porcentagem de argila de baixa atividade, resultando em maior resistência a estes tipos de solos, pela diminuta expansibilidade e contratibilidade). (OLIVEIRA, 1999).

Esta característica foi atribuída ao setor Noroeste e Oeste do núcleo Curucutu, sendo que um aprofundamento destas investigações necessita ser realizado para confirmar ou descartar tais características. Nos demais setores do planalto, dominam os meios Muito Fortemente Instáveis, com ocorrência de Cambissolos, rasos, francamente arenosos em declives em geral acentuados, com exceção da área de entorno da sede, onde os morrestes têm declives menos acentuados, porém, os processos erosivos (laminar e ravinas) são vi-sivelmente intensos.

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Ambiental, e que contribui como subsídio ao plano de manejo do núcleo Curucutu, as zonas definidas destacam as características do núcleo quanto aos fatores limitantes do meio físico e biótico, assim como a potencialidade ambiental para atividades de uso público (educação ambiental e turismo ambiental). A seguir, estão sistematizadas as informações das seis zonas ambientais estabelecidas.

Z1 - Zona de Preservação Permanente. É a mais restritiva e apresenta a

maior extensão em área, tendo como objetivos de gestão a proteção estrita, a preservação, resguardar os processos biológicos ou ecológicos e os recursos genéticos, de acordo com as indicações da legislação existente sobre o tema referente ao zoneamento e manejo de parques estaduais. Seus usos possíveis correspondem aos limites da legislação ambiental (que aplica-se à todas as zo-nas do núcleo), e embora o uso limitado seja permitido aos visitantes para fins educacionais e científicos, nada é permitido que ameace os valores existentes.

ZII - Zona de Uso Público Extensivo. Áreas do planalto paulistano, com

morros altos e médios e predomínio de solos arenosos e suscetíveis á erosão (Cambissolos). Incorpora locais com vegetação em estágio médio e avançado de sucessão florestal, além de áreas com floresta madura, que devem ser utili-zados para práticas de educação ambiental. A visitação a tais locais se dá em função das belezas cênicas, considerando os aspectos geomorfológicos e da qualidade de suas águas cristalinas, com alto potencial ecoturístico, além da facilidade de acesso. Contudo, esse uso recreacional deve ser de baixa inten-sidade, devido à pequena infra-estrutura que pode ser colocada à disposição: trilhas, quiosques e locais para apreciação da paisagem. Esta zona pode ser usada como suporte para a zona anterior (zona de preservação permanente).

ZIII - Zona de Uso Público Intensivo. Localizam-se em áreas do Planalto

Paulistano, cujo processo de dissecação das formas é mais moderado com solos menos susceptíveis á erosão (latossolos vermelho-amarelos), porém dependendo da fração areia/argila em sua composição, da posição ocupada na vertente, e da declividade. Há áreas cujas declividades estão em classes mais baixas. Há possibilidade de poluição dos corpos d’água pela localização das cabeceiras, que se encontram fora dos limites do parque, que atualmente são ocupados por chácaras de lazer e também de moradia, com possível in-tervenção em áreas com florestas remanescentes. As ações para tais áreas são consideradas na zona de amortecimento – ZV (vide). Alguns setores da zona de uso público intensivo apresentam ausência de vegetação arbórea nativa, ocorrendo reflorestamento de Pinus eliotti. É uma área proporcionalmente reduzida em relação às outras zonas. O objetivo é o de facilitar a recreação intensiva e educacional em harmonia com o meio. É aquela em que se con-centram os visitantes nas atividades de lazer e recreação que o parque oferece.

ZIV - Zona De Recuperação Ambiental. Áreas com alterações da topografia,

drenagem e vegetação. São os locais do parque que foram degradados pela introdução de agricultura, corte seletivo ou raso de árvores (principalmente pelos carvoeiros até aproximadamente 1950), mineração, introdução de plantas

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exóticas, queimadas, invasões e construções clandestinas, entre outros. Em alguns casos, deve ser necessária a restauração de algumas formas originais da área e, em outros, o plantio de vegetação nativa em locais com processos de erosão. Objetiva também recuperar a qualidade visual e ambiental das pai-sagens degradadas do núcleo, por meio do incentivo da “recuperação natural”, e interrupção de práticas nocivas. Alguns locais, como áreas plantadas com Pinus eliotti, podem ser conservados em associação à nativa, pois passaram a constituir um interessante exemplar de áreas onde a vegetação exótica e nativa integraram-se. Após a recuperação das áreas alteradas, estas devem ser incorporadas a uma das outras zonas.

ZV - Zona de Amortecimento e Desenvolvimento Sustentável. São as áreas

florestadas ou não fora do limite do parque. Contém, no planalto, a área de expansão urbana, onde ocorre em geral, ausência de tratamento dos esgotos sanitários. Engloba mananciais, sendo uma área suscetível à degradação dos recursos hídricos por poluição ou assoreamento, decorrentes da urbanização e chácaras de final de semana (no planalto) e plantações em larga escala, no-tadamente de bananas, na planície litorânea. Essa zona situa-se bordejando a área do núcleo. Assim, no estabelecimento dessa zona foram identificadas as diversas formas de uso e ocupação do solo, localizada nos limites exteriores à unidade. Os objetivos referem-se à amenizar as pressões antrópicas sobre o núcleo e sobre a zona de preservação permanente e demais zonas, mitigando possíveis atividades nocivas à unidade de conservação; apoiar a melhoria e evolução das técnicas sob domínio da população local do entorno, para amor-tização das atividades incompatíveis com um parque (como a urbanização). Sendo áreas de amortecimento da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e também tombada pelo Condephaat, esta zona deve obedecer também aos princípios destas duas modalidades de proteção, ou seja, os usos, obras e intervenções devem ser regulamentados e aprovados em órgão competente. Estas áreas devem garantir a existência sustentável da comunidade que nelas habita, assim como a integridade da unidade de proteção que elas margeiam. Os usos possíveis referem-se ao apoio pelo parque no desenvolvimento de atividades sustentáveis, que não causem grande impacto na natureza e que visem a exploração dos recursos respeitando os limites de capacidade de su-porte do meio, como o extrativismo florestal, o cultivo de plantas ornamentais e medicinais.

ZVI - Zona de Uso Especial ou Administrativa. Áreas com vegetação

alterada ou em estágio inicial de sucessão florestal que foram escolhidas estrategicamente. São as áreas destinadas aos serviços de manutenção do parque, tais como alojamento e residência de funcionários, administração, estruturas de manutenção e depósitos, instalações de água e eletricidade, en-tre outros. A zona de uso especial administrativa deve ser criada apenas para concentrações de instalações e não para instalações de estruturas isoladas. São quatro as zonas administrativas definidas para o núcleo, localizadas em pontos estratégicos e dando apoio às zonas na qual se inserem. São locais que devem

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ser equipados com a finalidade de garantir o cumprimento dos programas de manejo: proteção, pesquisa e uso público. Serviços de administração do parque, centros de visitantes, laboratórios, centros experimentais, alojamento para pesquisadores, entre outros são os usos possíveis.

Conclusões

Na classificação geral de instabilidade morfodinâmica para o núcleo Curucutu, foi constatado que predomina uma forte instabilidade morfodinâmica em quase todos os com-partimentos, com forte atuação dos processos de dissecação de formas; das médias a altas declividades; solos facilmente sujeitos à erosão.

Tais características foram fundamentais como parâmetros para o estabelecimento das classes de suscetibilidade ambiental, na análise do Zoneamento Geoambiental, que determinou os limites ambientais ao uso da terra. Por fim, as potencialidades de uso da terra foram sintetizadas no estabelecimento de um Zoneamento Ambiental.

Os solos e a declividade, foram os fatores que mais influenciaram na determinação das limitações de uso, tanto para as classes mais restritivas (Cambissolos e altas declivida-des), quanto para as classes de maior potencial de uso (por exemplo os Latossolos no setor Noroeste do Planalto Atlântico em declives moderados).

Foi constatado para o núcleo Curucutu, que o uso indevido de áreas frágeis do ponto de vista ambiental, já é visível em vários setores, levando a situações de degradação am-biental (erosão e assoreamento de rios, compactação de trilhas de visitação, supressão de vegetação, extinção de fauna, entre outros).

Neste sentido, os fatores físicos e naturais foram prioritariamente analisados para o estabelecimento dos limites ambientais, para então serem avaliados os potenciais de uso, ou atividades que possam ser desenvolvidas, sem prejuízo dos processos ecológicos, e respei-tando os limites e a dinâmica natural da área, sob pena de acentuar os processos erosivos.

Procurando não apenas apontar as limitações ambientais ao uso da terra, a pesquisa propôs entre os resultados apresentados, uma análise de síntese, ou seja, o Zoneamento Ambiental. Tal síntese apontou como primordial, o reordenamento do uso e ocupação da terra no núcleo Curucutu, e a distribuição espacial mais equilibrada para as trilhas de vi-sitação pública, criando-se novos núcleos de recepção de visitantes, que ao mesmo tempo redirecionem o fluxo de pessoas e também contribuam para barrar processos de invasão de terras do parque.

Neste contexto, constatou-se que atualmente, um dos maiores problemas do núcleo Curucutu, além dos processos erosivos agravados pelo uso não monitorado, é a sua infra-estrutura precária, com apenas uma sede administrativa em local geomorfologicamente desfavorável, - área altamente suscetível à erosão - , e que funciona também como centro de recepção de visitantes.

Assim, além das necessidades primordiais que quase todas as unidades de conserva-ção brasileiras carecem, como maior eficiência na fiscalizaconserva-ção de crimes ambientais, maior

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número de funcionários, realização e implementação de planos de manejo, entre outras; o núcleo Curucutu encontra-se praticamente abandonado e sofrendo as conseqüências por não ter outros núcleos de recepção de visitantes, visto que há uma grande dificuldade em gerir uma área distribuída em três grandes compartimentos (planalto, escarpa da Serra do Mar e planície litorânea), a partir de uma só sede, situada no Planalto.

A pesquisa enfim constatou, além da forte suscetibilidade ambiental dominante na área analisada, associada a usos indevidos, políticas que não induzem à conservação ambien-tal, pois o Estado, viabiliza de forma muito lenta o cumprimento das leis ambientais – por exemplo, a não execução de planos de manejo.

O Estado, como principal agente da conservação, tem como principal tarefa, multi-plicar esforços para a manutenção da unidade, incluindo ações nas áreas de entorno. Caso não sejam atendidas as necessidades apontadas por esta pesquisa, estarão inviabilizadas as metas de preservação e conservação do patrimônio público ambiental no núcleo Curutucu, agravando-se os processos de degradação ambiental.

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Referências

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