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Universidade

Estadual de Londrina

BETHÂNIA TAMARA COELHO

IMPACTO AGUDO DE UMA SESSÃO DE HIDROGINÁSTICA

SOBRE A RESPOSTA DA PRESSÃO ARTERIAL EM

GESTANTES NORMOTENSAS

LONDRINA 2008

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BETHÂNIA TAMARA COELHO

IMPACTO AGUDO DE UMA SESSÃO DE HIDROGINÁSTICA

SOBRE A RESPOSTA DA PRESSÃO ARTERIAL EM

GESTANTES NORMOTENSAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Educação

Física e Esporte da Universidade Estadual

de Londrina, como requisito parcial para conclusão.

Orientador: Prof. Marcos Doederlein Polito

LONDRINA 2008

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BETHÂNIA TAMARA COELHO

IMPACTO AGUDO DE UMA SESSÃO DE HIDROGINÁSTICA

SOBRE A RESPOSTA DA PRESSÃO ARTERIAL EM

GESTANTES NORMOTENSAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial para conclusão.

COMISSÃO EXAMINADORA

____________________________________

Prof. Orientador Marcos Doederlein Polito Universidade Estadual de Londrina

____________________________________

Prof. Marcelo Romanzini Universidade Estadual de Londrina

____________________________________

Prof. Jairo Augusto Berti Universidade Estadual de Londrina

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu orientador o Professor Dr. Marcos Polito não só pela orientação deste trabalho mas também por sua compreesão em alguns momentos, sua dedicação e por compartilhar seus conhecimentos comigo.

Aos colegas de sala pelo constante apoio e quatros anos de amizade.

Aos professores do curso de Graduação em Educação Física Bacharelado, da Universidade Estadual de Londrina, por contribuírem com a minha formação profissional e intelectual, direcionarem meu caminho, estarem sempre presentes e participativos no decorrer do curso.

Aos participantes deste estudo pela concessão das informações, pelo tempo e empenho dispendido.

Aos amigos e familiares pela força e compreensão.

E a todas as pessoas que com boa intenção contribuiram para a realização e finalização deste trabalho.

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COELHO, Bethânia Tamara. IMPACTO AGUDO DE UMA SESSÃO DE

HIDROGINÁSTICA SOBRE A RESPOSTA DA PRESSÃO ARTERIAL EM GESTANTES NORMOTENSAS. 2008. 20 folhas.Trabalho de Conclusão de Curso

(Graduação em Educação Física Bacharelado) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2008.

RESUMO

Objetivo: Verificar o comportamento da pressão arterial em gestantes normotensas

após uma sessão de hidroginástica. Metodologia: Oito mulheres grávidas com período gestacional entre 21-36 semanas, com experiência prévia de no mínimo um mês em sessões de hidroginástica, normotensas, foram divididas em dois grupos aleatoriamente: grupo controle (GC) e grupo experimental (GE). A coleta de dados foi realizada em dois dias, para cada sujeito. Em um dia a amostra serviu como controle, enquanto no outro dia fazia parte do grupo experimental. O registro da pressão arterial (PA) foi realizado através do método auscultatório em aparelho com relógio aneróide. No GC o repouso foi aferido num período de 20 minutos em ciclos de 10 minutos, a gestante permaneceu em repouso por mais 35 minutos, em seguida a PA foi novamente aferida sendo registrados os momentos referentes ao 30°, 45° e 60° minuto após o período de 35 minutos de repouso. No GE o repouso foi aferido 20 minutos antes do exercício em ciclos de 10 minutos, posteriormente a grávida realizou uma sessão de hidroginástica de 35 minutos com intensidade leve a moderada, não ultrapassando 140 bpm, após a intervenção do exercício a PA foi aferida estando a gestante sentada, fora da água e em repouso, sendo registrados os momentos correspondentes ao 30°, 45° e 60° minuto após o exercício.

Resultados: A análise dos dados identificou diferença significativa (p<0,05), do

momento 45° minutos e momento 60° minutos após o exercício em relação à medida do repouso e a medida de 30 minutos pós-exercício no grupo experimental e diferença significativa (p<0,05) em relação à mesma medida do grupo controle.

Conclusão: Na população investigada ocorreu hipotensão pós-exercício a partir de

45 minutos de repouso, no grupo experimental, sendo que os valores de pressão arterial em todos os momentos do grupo controle permaneceram constantes, o que pode evidenciar um possível benefício deste tipo de atividade se praticada de forma sistematizada durante a gravidez, para a prevenção de distúrbios hipertensivos e possivelmente auxiliando na redução dos níveis pressóricos em gestantes que apresentem quadro clínico positivo para hipertensão gestacional. Contudo são necessários mais estudos que abordem a resposta da pressão arterial pós-exercício físico, em gestantes normotensas e hipertensas.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 07 2 MÉTODOS...09 3 RESULTADOS...10 4 DISCUSSÃO...13 5 CONCLUSÃO...17 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...18 7 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA...20

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IMPACTO AGUDO DE UMA SESSÃO DE HIDROGINÁSTICA SOBRE A RESPOSTA DA PRESSÃO ARTERIAL EM GESTANTES NORMOTENSAS.

1 INTRODUÇÃO

O evento gestacional é acompanhado de inúmeras alterações na mulher, dentre elas alterações na estrutura, postura, função endócrina e

cardiovascular, e no metabolismo (1) . As alterações na pressão arterial, como

hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia / eclâmpsia se constituem como as principais causas de mortalidade e morbidade perinatal, bem como partos

prematuros e hipoxia fetal (2). A morbimortalidade ocorre em torno de 12% a 22%

das gestações, sendo responsável por 35% de mortes maternas no Brasil (3) .

Em gestantes normotensas, verifica-se um comportamento de diminuição da pressão arterial (PA) até aproximadamente a 20° semana, seguido de um aumento gradual até o dia do parto nos níveis pressóricos próximos ao início da

gravidez (4) . É muito importante diferenciar a hipertensão arterial materna que

antecede a gravidez, daquela cujo fator principal é a própria condição gestacional. A primeira é a doença fisiopatológica, e a segunda é resultado de uma má adaptação

do organismo materno à condição gestacional (5) .

Em relação ao comportamento da freqüência cardíaca de repouso da gestante, percebe-se um aumento abrupto no primeiro trimestre de gestação e

um aumento gradual nas semanas seguintes até o parto ( 4) .

A atividade cardiovascular durante a gestação se eleva comparada ao período não gestacional. Todavia, a prática regular de exercícios físicos parece reduzir esse estresse cardiovascular, pois, reflete especialmente, freqüências cardíacas mais baixas, maior volume sangüíneo em circulação, maior capacidade de

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8

oxigenação, menor pressão arterial e redução do risco de diabetes gestacional, e hipertensão gestacional (6) .

Nas décadas passadas, o exercício físico era desaconselhado para gestantes, principalmente nos estágios finais da gestação. Algumas mulheres eram aconselhadas a interromperem até seus trabalhos ocupacionais nos estágios finais da gestação, pois acreditava-se que estes estímulos auxiliariam no parto prematuro

por meio da estimulação da atividade uterina (7) . No entanto, a partir da década de

90, o American College of Obstetricians and Gynecologists (8) , reconheceu que a

prática da atividade física regular no período gestacional poderia ser realizada desde que a gestante não apresentasse nenhum quadro clínico que a impossibilitasse, sendo recomendados exercícios de intensidade leve a moderada.

Todavia, são escassos os estudos envolvendo gestação e exercício físico. O que se tem claro na literatura é que exercícios extenuantes podem aumentar o risco de abortos espontâneos, partos prematuros, bem como interferir de maneira negativa no desenvolvimento e crescimento fetal, interferindo no ganho de

peso gestacional (9) . Dados da literatura recomendam as atividades em meio líquido

como sendo as mais adequadas para esta população, pois são prazerosas e

relaxantes, além de possuírem baixo impacto articular (10) , menor peso hidrostático,

aumento do retorno venoso devido a pressão hidrostática e comportamento da freqüência cardíaca e pressão arterial mais baixos (11) .

O exercício físico realizado em meio aquático, parece estar associado a diversos benefícios para as gestantes. O conhecimento aprofundado sobre este tema é importante no sentido de auxiliar a prescrição e identificar os ajustes cardiovasculares após o esforço. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar os valores da pressão arterial sistólica, diastólica e média de gestantes, após a

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realização de uma sessão de hidroginástica.

2 MÉTODOS

A amostra foi composta por oito gestantes voluntárias, foram selecionadas de acordo com a disponiblidade para participação no estudo, e critérios adotados.

Possuíam período gestacional entre 21-36 semanas, e eram participantes de um programa específico de hidroginástica. Foram adotados como critério de inclusão: idade gestacional superior a 21 semanas (definida pela data da última menstruação e pelos exames ultra-sonográficos), realizar acompanhamento pré-natal, experiência prévia na prática da atividade de no mínimo um mês. Critérios de exclusão: problemas físicos, uso de medicação que afetasse os valores de pressão arterial, pré-hipertensas ou hipertensas e IMC inadequado para o período gestacional de acordo com os valores classificados pela tabela especícifica para

gestantes (12) . Todas as gestantes voluntárias assinaram um termo de

consentimento livre e esclarecido para a realização do experimento.

A coleta de dados foi realizada em dois dias, de forma aleatória, para cada sujeito. Em um dia a amostra serviu como controle, enquanto o outro dia ocorreu a intervenção do exercício físico. Para o exercício, foi utilizada uma piscina

coberta com profundidade de 1,40 metros aquecida a 28-30oC. No dia controle as

gestantes permaneceram em repouso, sentadas por 20 minutos, sendo durante este repouso o registro da pressão arterial (PA) foi aferido em ciclos de 10 minutos, em seguida elas permaneceram em repouso por mais 35 minutos, após 30, 45 e 60 minutos deste período a (PA) foi novamente aferida. No início do procedimento

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10

experimental, foi realizado o registro da (PA) durante um repouso de 20 minutos, estando a gestante sentada, em ciclos de 10 minutos, ou seja, duas aferições neste repouso inicial. Em seguida, foi realizada uma sessão de hidroginástica de 35 minutos, composta por exercícios de intensidade leve a moderada segundo a escala

de Borg (13) não ultrapassando a freqüência cardíaca (FC) de 140 batimentos por

minuto (bpm) . Em seguida a pressão arterial foi mensurada, estando a gestante senta e fora da água, sendo registrados os momentos referentes ao 30°, 45° e 60° minuto, após a realização do exercício.

Para os registros da PA, um único e experiente avaliador utilizou o método auscultatório em aparelho com relógio aneróide (Tycos), estando o mesmo

calibrado, seguindo as recomendações da Sociedade Brasileira de Cardiologia (14) .

Para a análise dos dados coletados, foi utilizada a estatística ANOVA para medidas repetidas para cada variável (PAS, PAD e PAM) seguida do teste post-hoc de Tukey. O índice de significância adotado foi de 5 %. Todos os testes estatísticos foram realizados no programa Statistica 5.5 (Statsoft, EUA).

3 RESULTADOS

No grupo experimental, foi observada diferença significativa (p<0,05) nas medidas de 45 min e 60 min em relação às medidas de 30 min e de repouso, para PAS, PAD e PAM. Os valores nas medidas de 45 min e 60 min do grupo experimental também se mostraram significativamente diferentes em relação ao grupo controle (Tabela 1).

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Tabela 1. Valores das variáveis PAS, PAD e PAM em todos os momentos de medida

Repouso 30 min 45 min 60 min

PAS (mmHg) Experimental 100±5,5 103±4,5 95±7,6*† 92±6,7*† Controle 104±6,5 104±6,6 105±6,0 105±5,1 PAD (mmHg) Experimental 64±5,5 65±3,8 60±2,6*† 57±3,0*† Controle 65±3,4 66±3,3 66±2,9 66±2,6 PAM (mmHg) Experimental 76±3,9 77,3±2,8 71,7±3,1*† 68,6±2,2*† Controle 77,9±2,6 78,3±2,6 79,0±2,4 78,9±2,1

* diferença significativa em relação ao repouso e à medida de 30 min (p<0,05); † diferença significativa em relação à mesma medida do grupo controle (p<0,05)

Os gráficos (1), (2) e (3) demosntram a comparação entre os valores de pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica e pressão arterial média entre o grupo controle e o grupo experimental, nos diferntes momentos. Pode-se perceber nos 3 gráficos a queda da pressão arterial no grupo experimental e o comportamento constante da pressão arterial no grupo controle.

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Pressão Arterial Pós-Exercício

90 92 94 96 98 100 102 104 106 0 15 30 45 60 75 Tempo (min) PAS (m m H g) Experimental Controle

Gráfico 1. Valores da (PAS), pós-exercício nos diferentes momentos, comparação entre os grupos.

Pressão Arterial Pós-Exercício

56 58 60 62 64 66 68 0 15 30 45 60 75 Tempo (min) PAD (m m H g) Experimental Controle

Gráfico 2. Valores da (PAD), pós-exercício nos diferentes momentos, comparação entre os grupos.

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13

Pressão Arterial Pós-Exercício

68 70 72 74 76 78 80 0 20 40 60 80 Tempo (min) PAM (m m H g) Experimental Controle

Gráfico 3. Valores da (PAM), pós-exercício nos diferentes momentos, comparação entre os grupos.

4 DISCUSSÃO

Durante a gravidez, ocorrem modificações no sistema cardiovascular materno, sendo que o aumento da volemia determina o aumento do débito cardíaco

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conseqüentemente aumentando a pressão arterial. Entretanto, este fato não ocorre devido à diminuição acentuada da resistência vascular periférica, que é decorrente de alterações bioquímicas nos vasos maternos induzidas pelo sistema das prostaglandinas (16) .

Muitos estudos são encontrados na literatura investigando o comportamento da pressão arterial ao longo da gestação e suas implicações. O interesse por este assunto é bastante antigo sendo que a primeira publicação foi de

Hare e Karn (16) , que estudaram a pressão arterial, o pulso e a resposta ao exercício.

Os resultados demonstraram que ao longo da gestação a pressão arterial sistólica (PAS) era mais baixa quando comparada aos valores de mulheres não grávidas, e em relação a pressão arterial diastólica (PAD) o estudo não encontrou diferenças

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14

significativas. Estes dados e outros subsequentes com os mesmos resultados, provavelmente explicam os valores em repouso encontrados em nossa amostra, 100 ±5,5 mmHg para ( PAS) e 64±5,5 mmHg para (PAD) no grupo experimental, e 104±6,5 mmHg (PAS) e 65±3,4 mmHg (PAD), no grupo controle.

O papel do treinamento físico em gestantes ainda é pouco conhecido, devido aos escassos estudos e referências disponíveis. O que se evidência na literatura é a preocupação em conhecer os valores e mecanismos da pressão arterial durante a gestação, sobretudo porque a hipertensão gestacional é uma das maiores causas de mortalidade materno-fetal, sendo responsável por 35%

das mortes de gestantes brasileiras (17) . Entretanto pouco se têm investigado até os

dias atuais sobre o exercício físico e as respostas da pressão arterial evolvendo hipotensão pós-exercício, principalmente respostas agudas. Um estudo realizado por

Finkestein (18) verificou o comportamento da freqüência cardíaca e pressão arterial

ao longo da gestação, com treinamento em meio líquido, em amostra composta por sete gestantes, com idade entre 26 e 34 anos, que iniciaram o programa de treinamento entre a 11° e 13° semana gestacional e continuaram até a 38° semana, concluiu–se que gestantes submetidas a aulas de hidroginástica apresentaram comportamento constante de FC e de PA ao longo dos três trimestres gestacionais, inclusive no pós-exercício, o que evidenciou um provável efeito crônico do treinamento no meio líquido para esta população. Porém o efeito agudo do exercício em meio líquido não foi investigado, dificultando comparações com nosso estudo.

Hartmann et al.(19) compararam as respostas de PA em gestantes

em repouso e durante exercício na água e na terra e verificaram que a imersão não afetou significativamente a pressão arterial na água durante o repouso e o exercício. Porém, tanto a PAS quanto a PAD baixaram mais significativamente no

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pós-15

exercício da água do que da terra.O que vai de encontro com nosso estudo, evidenciando a hipotensão pós-exercício em gestantes, submetidas a exercício em meio líquido. Provavelmente este resultado pode ser explicado por que se estima que durante a imersão ocorra aumento do volume sangüíneo na região central de aproximadamente 700 mL, a ação da pressão hidrostática e da termodinâmica são as prováveis responsáveis por essa redistribuição sangüínea, resultando no

aumento do retorno venoso e do volume sangüíneo central ( 20) .

A Hipotensão pós-exercício de uma maneira geral é caracterizada como valores de pressão arterial, mais baixos ou próximos ao repouso, após uma sessão de treinamento físico, verifica-se este comportamento tanto em exercícios aeróbicos quanto anaeróbicos, ocorre em geral em todas as populações, e em todas as idades, a magnitude e duração desta hipotensão dependerá do tipo de exercício, duração, intensidade e dos valores pressóricos anteriores ao exercício, sendo que em pessoas portadoras de hipertensão arterial a magnitude e duração é evidentemente maior, sugerindo melhores contribuições do exercício físico nesta população (21) .

Os mecanismos responsáveis por este fenômeno ainda são controversos na literatura sendo que o débito cardíaco e a resistência vascular periférica podem ser os principais agentes responsáveis pela hipotensão pós-exercício porém não são os únicos, sendo que em indivíduos idosos, o mecanismo mais evidente parece estar relacionando com o débito cardíaco,uma vez que a resistência vascular periférica nestes indivíduos não se modificava ,de acordo com o

estudo realizado por Brandão et al.(22) além disso, esses autores observaram que a

diminuição no débito cardíaco foi provocada pela redução no volume sistólico em função de um menor enchimento ventricular esquerdo.

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Em contrapartida, um estudo realizado por Rueckert et al (23)

verificou que valores pós-exercício menores que os valores iniciais ao exercício, em adultos jovens, estaria relacionado a diminuição da resistência vascular periférica , após 50 minutos do término do exercício, os autores observaram diminuição no débito cardíaco. A hipótese para a ocorrência deste fenômeno (HPE) na população que investigamos também é de que a diminuição da resistência vascular periférica tenha sido o fator preponderante inicialmente, associado a diminuição do débito cardíaco posteriormente, sendo que as diferenças estatísticas ocorreram próximas ao valor do estudo comentado acima, 45 minutos após a realização. Entretanto, não podemos descartar a possibilidade de que fatores neuro-humorais e endoteliais possam estar também envolvidos nas alterações pressóricas observadas em nosso experimento, após uma única sessão de exercício físico dinâmico.

Um estudo realizado por Finkelstein (11) demonstrou que a

diminuição da PA durante imersão em repouso, em gestantes, pode ser explicada pelo aumento do tônus vagal, e pela ação da pressão hidrostática que age no edema de mulheres grávidas. O redirecionamento sanguíneo produz grande diurese através da estimulação dos receptores que conduz a ajustes reflexos hormonais e neurais e provocam diurese e natriurese. Esse sinal é imediato aos receptores e conduz, conseqüentemente, a uma queda na pressão sanguínea sistólica e diastólica. Sendo importante informar que este mecanismo citado acima, refere-se ao repouso imerso. Não foi investigado neste experimento os valores pressóricos em exercício ou após, dificultando nossa base de dados, sendo que nosso grupo controle não foi submetido a nenhum tipo de imersão, nem estática nem dinâmica.

Apesar da dificuldade em encontrar na literatura dados concisos, sobre a resposta aguda do exercício físico realizado com gestantes em meio líquido,

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nosso resultados não demonstraram discrepâncias, corroborando com alguns achados na literatura. Sugerimos novas ingestigações envolvendo o comportamento agudo da pressão arterial após a realização de treinamento em meio líquido em gestantes normotensas com um numero maior de sujeitos, sedo que uma das limitações do nosso estudo foi um (N) amostral pequeno, além do tempo de permanência dos sujeitos em repouso pós-exercício superior a 60 minutos para verificação do comportamento da pressão arterial, que também foi uma limitação do nosso estudo. Sugerimos ainda futuras investigações com este mesmo tema porém envolvendo gestantes portadoras de hipertensão gestacional.

5 CONCLUSÃO

Nosso estudo concluiu que, mulheres com período gestacional superior a 21 semanas com experiência prévia em meio líquido um mês, normotensas, submetidas a uma única sessão de hidroginástica com intensidade leve a moderada, apresentaram hipotensão pós-exercício a partir de 45 minutos de repouso, se estendendo até 60 minutos. Sendo que sem a intervenção do exercício físico os valores de pressão arterial permaneceram constantes.

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