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ATAS DO 111 simp6sio SUL-BRASILEIRO DE GEOLOGIA, Curitiba, v. 1 : \ \

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ATAS DO 111 sIMP6SIO SUL-BRASILEIRO DE GEOLOGIA, Curitiba, 1987. v. 1 : 167-182

\ \

O DOMO DE SANTANA (RS): DOMO GN.AISSICO MANTEADO

OU FIGURA DE INTERFER£NCIA TIPO DOMO E BACIA?

. ''''' R6mulo Machado -- Inst. Geociencias, USP

''\ Antonio Romalino Santos Fragoso Cesar :- lnst Geoci6ncias, USP Ubiratan Ferruccio Faccini-- Depth. Geologia, UNISINOS

' Trabalho financiado pda FAPESP

ABSTRACT

At Santana da Boa Vista region (in the Western Zone of the Dom Feli-ciano Belt .in IU.o Grande do Sul State) occurs a doinic structure (Santa-na I)ome) with four units related to the Brasillano Cycle : (1) the older basement gneisses (Encantadas Gneisses) , (2) po].ydeformed metamorphic SB

pt'acrustals (Porongos Supracrustals) , (3) pre-tectonic granitoids (Sant.g

na da Boa Vista }®lonitic Granitoids) and (4) a molassic cover (Marina and Guaritas Formations of the Camaqua Group) . In this region f.our brd-siliano deformations phases are recognised, being the earlier three graf tically homoaxial trending NNE-SSW to NE-SW and the later one orthogonal. The oldest units (1, 2 and 3) were folded by al the phases and the youn-gest only by the later ones . Meanwhile the Encantadas Gneisses, of Eaf ly Proterozoic age, was affected by at least a pre-blasi.nano defoe'nation

These folding phases can be divided in early (DI and D2) and later (D3 and D4)

.

The earlier folds, close to isoclinal, evolve to a syn:F2 nappe, with NW vergence (towards Rio de La Pl-ata Crayon) . The laterf)Ids

(D3 and D4) vary from open to close and superpositlon D4xD3.. generating

a irdOHe and bali.n" interference pattern, as exempli-fled by the Santana

Dorm and the Rinc3o dos Mouras Bass-n (filled by the molassic Guaritas Formation) , situated between the fi.rst one and .the Capan6 Antiform.

phase

iNrnoDUQXO

Uma das feigoes fi.siogr5fica! de major destaqueno Escudo do Rio Grande do Su[ ocorre em sua porgao centra]. e compreende uma serrania de

direQio NE-SW denominada de Serra das Encantadas! esculpzda em.rochas mg

tam6}ficas e sedimentares da Zona Ocidental do Cinturao Dom Feliciano Na reglao de Santana da Boa Vista, ao longo da porgao central testa sel ra, ocorre bma estrutura d8mica com eixo major de diregao tamb6m NE-SW e extensio superior a 50km (Fig. 1) .Nos trabalhos mats anti.gos.e?ta estru-tura tem side classificada como anticlinal (e.g. ,"Grande Anticlingl de

::lill1lil

il:llill::llill::l:11:1:illiilli

l:ll;11il:ili:lli::il

(2)

(lost & Bitencourt, 1980; Jose, 1981) . No presence trabalho,atrav6s de

vfrias geQoes geo16gicas transversals ao eixo major dente dona (uma deg tas segoes esb esquematlcamente representada na Fig. 2) , revisando sua estrati.graff.a e feiQoes estruturais, chegou-se a resultados distintos

daquele.s descritos.na bibliografia e.constantes nos mapasr tanto no coB teQdo ].i:t:o9stratlgrafico quanto na an31i.se estrutural. No tocante a este ultimo t6picor go qual aqua seri dado 6nfase, constatou-se que a estru-turagao darn.ca 6 resultado da superposiQao de duds Eases tardias de do-bramentos (F3 e F4) r.com eixos transversais e superfilcies axiais ending

das, geraldo um padrao de interfer6ncia typo "dodo e bacia" (Typo I,RaD

a =\r l I \] F\ /\

CONTE }nO GEOL6GI CO RE G10NAL

A regiao estudada situa-se na porgao sul-riograndense do Cinturio

Dom Feliciano, uma faixa orog6nica do Proteroz6ico Superior/Eo-Paleoz6i co insta[ada ao tango da gorda sudeste do Criton do Rio de La P].ata, no

extreme ineridional do Escudo Atlantico, aflorando no sul do Brasil (RS

e SC) e Uruguay. (Fragoso Cesar, 1980) . Devido a cobertura gondwanica da Bahia do Parang e dos dep6sitos cenoz6icos da margem do Atlantico, este faixa exp6e'se em dais segmentos, um principal, na porQao oriental do Rio Grande (io Sul e Uruguay, e outdo menorr no sudeste de Santa

Cata-lina

A organizagao i.nterna delta f aixa m6vel 6 marcada pda ocorr6ncia de Eras zones tectonoestrati.graficas de diregao van.ivel de NNE-SSW no Uruguay a ENE-WSW em Santa Catalina, limitadas por zonal de cisalhamen to regionals : (i) Zona Ocidental, que cont6m a area do presente gstudo;

(ii) Zona Central, formada por complexos granit61des diversos (pr6-,s!n-e p6s-tectE)ni.cos) com restos de embasamento e de supracrustai.s metamol

ficas .recentemente deflnida coho um bat61ito compostor multi"intruslvo

e polifasico (B.at61ito Pelotas; Fragoso Cesar gE al, 1986) , e (iii).

Zo-n.a Oriental, aflorando apenas no sudeste Uruguaio, mostrando villas

sl.ui.laridades e algumas disting6es com a Zona Oci.dental (vi-de neste siB

pollo Machado & Fragoso Cesar, 1987 e Fragoso Cesar et gl, 1987)

A Zona Ocidental, em parte equi.valente ao Sistema de Dobramentos

Tijucas de Hasul g£: 41 (1975) , corresponde a uma faixa com cerca de 1.200km de extensio e largura sempre inferior a 100km. em parte

encober-ta por dep8si.tos f aneroz6icos e com suas extremidades setentrional e mg

ridional mergulhando, respectivamente, sob as aguas do At18nti.co e do Rio de La Plata. Em suas Eras areas de exposlgao (SC, RS e Uruguay) a

mesma sucessio estratlgrafica se repete : (i) gnaisses pr6'blasilianos, (ii) supracl'ustais metam6rficas brasilianas, (iii) cobertura moldssica e (iv) i.ntrus6es graniticas dlversas. No entanto, apesar da.grande simi laridade li.tol6gica, estratigr;mica, estrutural e.geocrono16gica deltas unidades nas regimes conslderadas, .subs denominag6es formats sao distiB tas em fungao di locallzagao geografica (Quadra I)

Quadro 1 : CorrelaQoes geo16gicas na Zona Ocidental do Cinturao Dom rg

luciano Localizagao Geograflca

Cobertura Molissica

SC RS

Grupo ltajai Grupo Camaqua

Uruguay

Formagdo Bar

riga Negra Supracrustais metam6rficas Supracrustais Supracrustais

Brusque Porongos

q I B '\ v'a r-l-l vc+"nl c

Lavalleja Gnaisses Pre-Brasilianos Gnat.uses

ltapema

Gnaisses

Encantadas

"Gnat.sees do embasamento"

No Rio Grande do Sul, a16m das unidades acima cicadas/ a Zona Ocide2 tal compreende diversos grad.t6ides, tats como os Granit6ides

Milonlti-cos de Santana da Boa Vista, aqua definidos, e outros ga rego-ao

(3)

do Sul (Suite Granitica Encruzilhada do Sul, Suite Granitica Campinas,

Sienito Piquiri, etc.) . Nests 61tima regiao, estles granit6ides asso-ciam-se a exposlQ6es de ortognaisses e paragnaisses de alto grau meta: m6rfico (Frantz et al, 1984) , cujo significado estratigraflco nao esb

a i.nda resolvido, 6mbt5ra hajam sugest6es de que os paragnaisses represeB

tem fades de alto grad das Su11)racrustais Porongos (Tessari & Picada,

19 66)

UNIDADES LITOESTRATIGRAFICAS NA PECiAO .DO [nMO DE SANTANA

A lltoestrati.graff.a da reglao deste demo compreende quatro unidades, temporalmente assam dispostas : (i) Gnaisses Encantadas, (ii) Supracrug.

tats Porongos, (i.i.I) Granit6ides Miloniticos de Santana da Boa Vista e (lv) Grupo Camaqua (Figs. I e 2) r elam de trechos com..cobeftura f anero-z6ica. Entre as 'coberturas f aneroz6icas destaca-se a "seqt]6ncia Canelel.

ras", de Idade mesoz6ica, formada por "red beds" fliivio-lacustles,intel calagoes vulcinlcas e intrusivas.alcalznas, coma e.xposta no Grfben do

Mourao (Tessari& cicada, 1966; dost, 1981)

Gnaisses Encantadas

Este unidade 6 composed por gnaisses bandados, para ' e ortometam6r-flcos complexamente polideformados r c.oostituj.ndo diversas e sempl'e.pequg

nas ocorr8ncias ao lingo dos nQcleos de dobras recumbentes das Supra-crustais Porongos. Inicialmente definlda coma Formagao Encantadas. e in-terpretada homo embasamento da f aixa de dobrainentos (Tessari& .Picad+,

1966; Ribeiro et al, 1966) r foi posterionniente redefinida como Gnaisses

:lll1llli:l!!:l;illlilllllgiilll;Ilife:lillll

lll:lill$1ill11:1:

ma isocr8nico Rb/Sr de refer6ncia aponta yma Idade de 2164 = 91-!Ma, com

Ro = 0,7029, que permite situar gila geragao no Ciclo Transamazoni-co.

!'

Supracrustai.s Porohgos

Porongos para designs-la.

(4)

Eiribora ai.nda n3o tenha fido estudada do porto de vista geocrono16-gi.co com profundidade em fungal dos typos ].ito16gicos disponiveis,dados Rb/Sz ' prelliM.Dares nas metavulc8nicas destas supracrustais sugerem

ida-de na base do Proteroz6ico Superior (Sollani Jr. , 1986) Granlt6i.des Milonitlcos de Santana da Boa Vista

Na regi5o do Demo de Santana fol reconhecido que anB)las areas mapea

das como meta-arc6seos do "Grupo Cerro dos Madelras" (Sub-Unldade da "Suite }&3tam6rfica Porongos"r de dost, 1981) e coho Gnaisses Encantadas

pelo citado autos, corresponded, em realidade, a uma nova unldade ainda

n5o descrita : os Granit6ides Miloniti.cos de Santana da Boa Vista, bem

exposed na cidade hom6nlma e em virios trechos da estrutura d6iM.ca, sen do identi.cicada em sodas as seg6es geo16gicas reallzadas.

Coho exposto na segal da Fi.g. 2, estes granit6ides ocorrem coma

fo-Ihas ("sheets) de espessura varlivel de m6tri.ca a quilom6trica Intrusi-vas nas Supracrustais Porongos e nos Gnat.sses Encantadas. Variam de grq nitos a granodioritos, r6seos a acinzeni:ados, alasquiticos a biotiticos A texture miloniti.ca 6 marcante, e peso grau de recristalizagao varian

de protomiloni.tos a blastomilonitos (nigglns, 1971) , tendo fido gerada pdas f ases precoces da deformagao brasiliana na reglao, o que os carat

terizam coho granit6ides pr6-tectt)nicos .

No memento estes granit6ides est5o sendo estudados do panto de vis-ta petro16gi.co, geoquimico e geocrono16gico. Quanto a.este iiltimo t6p;} co, um afloramento delta unidade no Arrow.o Olaria, pr6xlmo a Santana da

Boa Vista, fido coho dos Gnaisses Encantadas, teve quatro amostras (ESJ 117 B e 117 C, LK 289 - CI e C2) tratadas por Sollani. Jr. (1986) , que

plotadas em diagrama isoci?C)nico Rb/Sr mostram boa distribuigao e Idade

de 805,4 1 55,3'Ma e Ro = 0,70831 t 0,.0a35, caracterizando a i:dade do

magmati.smo pr6'tect6nico na regiao do Dome de Santana.

Grupo Camaqua

Este cobertura molfssica ("S6rie de Camaquan"} Carvalho, 1932) 6 rg presentada na regiio pdas Formag6es Maric5 e Guaritas (sensu . Fragoso

Cesar et al, 1985) , com a primeira ocorrendo como "lascas tect6nlcas"de

diregaa'NE:SW i.mbri.cadas nas Supracrustais Porongos (Figs. I e 2) e a iegunda ocupando a Bacia (Gr3ben) do Camaqua e a "bacia estrutural" aig-posta entre o Demo de Santana e a Antiforme .Capan6 (Sub-bad.a Rincao

dos Mourns) , como rego.strado na Fig. 1

A Formagao Mari.c3 (Vendiano/Eo-Cambriano) 6 caracterizada nesta lo-calidade pelts deus Membros Vargas (cunha ruditica) e Manguei.rao (turbo datos e inunditos) , constituindo leques costeiros e mari.nhos em estrut.g ra lipo ''debris apron" (Palm eE. 31, 1986-) . Etta unidade mostra-se dived samente deformada da base para o topol variando de cobras apertadas,por

vezes recuntbentes, nas secQ6es mai.s anti.gas, at6 abertas no topol sendo

os pacotes distintamente deformados separados por di.scord8ncias intra-formaci.onair (Fragoso Cesar SiE .g.}, 1985)

A Pormag5o Guaritas (Canbriano) , que mant6m contatos desde fortemeB

te discordantes (e.g., Rincfo dos Mourns) at6 gradaciona4s (e.g. Serra

dos Pereiras e da Boa Vi.sta) com a unidade anterior, esb representada na regiio pele Membro Guarda Velhar formado por ruditos e arc6seos. co2 glomeraticos de leques aluviais e planicxes aluviais do Lipo .entrelaga-da ("braided alluvial plain") , estruturado em blocos basculados e co-bras amplas e suaves (Fragoso Cesar et al, 1985; Lavina S.E

.el,

1985)

DEFORMAQ6ES SUPERPOSTAS BRASILIANAS

Os datos estruturals levantados ao bongo de vfri.os perfis geo16gi-co-estruturais na regiao de Santana da Boa Vista demostram a existencia de quatro Eases de dobramentos superpostos! sendo as dual mats precoces (1l e F2) re].acionadas ao desenvolvimento da xistosidade de transport '

(5)

es-tudadar e.as mats tgrdias (F2 e F4) responsfveis por redobrainentos des

ta fo].iagao e geragao de outras. As estruturas geradas pdas ties prl:

mei.ras faces(F1-3) possugm orientagao entre NNE-SSW e NE-SI'i,enquanto as

da quarta Ease (F4) disp6em'se de norma ortogonal,.segundo a ' di.regal

NW-SE, resultando com a f ase anterior (F3) em padrao de Interfetgncia

Lipo "demo e bacla" (lipo I de Ramsay, 1967) . A geometria destas f aces

sao aqua discutidas com base nos deus elementos estruturals - planares

e ].ineares - collgldos em campo e lanQados em diagramas de.projegao es-tereografi.ca (cede de Schism.dt-Lambert; projegao do 'heidi.sf6rio ' '

infe-rior) , segui.ndo-se o procedimento usual empregado na anilise geon6trica

de estruturas.

O exame da Flg. 2 mostra as estruturas macrosc6picas de F2 e F3 de-senhadas de acordo com a esca]a da segao, sa].ientando-se na porgio no-roeste testa o Dodo de Santana (D4 x D3) formado belo redobramento de uma estrutura antic].Ind sinf6rrM.ca D2r recumbente e com verg6ncia para NW. Para a porQao sudeste da figure observa-se a continuidade das do-bras D2 e D3r por6m com i.nterrupg6esfreqUentes i.nduzidas por falhas in-versas, aqua relacionadas a tercei.ra face (F3) . Ease etta q\b afeta as mol-assad da Formagao Mari.ci, situadas imediatamente a noroeste da Serra da Boa Vi.sta, por6m em condiQ6es mats rasas do que as deformag6es equl-valentes encontradas nos metamorfi.tos da reglio.

Nos Gnaisses Encantadas, representados no setter 2 da Fig. 2 pr6ximo ao acesso de Santana da Boa Vista, aflorante no Paso do Valero, na es-trada que Ilya a cltada cidade fs Minas do Camaqua, e em villas outras localidades da area estudada, sio reconheci.das tr6s da Eases bz'asilia-nas (Fig. 9b, c e d) a16m de fuses mai.s antigas (e.g. Fi.g. 9a). Estes gnaisses de ac.aldo com nossas observag6es, ocorrem como "].ascap"(napped

de embasamento) no nQcleo das '.dobras D2, e n5o coho infraestrutura gl31s

sica de um "dona gnaissico manteado", coho postulado por Jest e Biter: court(1980) e dost (1981)

Faces de [)obramientos Precoces

Relacionam-se isduas primed.ras Eases de dobramentos, as .quaid foram acompanhadas REID metamorfisnn principal da rego.ao - caracterlzado como

do Lipo Barrowiano por dost, 1982 -, geragao de estruturas do Lipo ''fold naples'' (gQngy McClay, 1981) , cavalgaientos e desenvolvimento de

uma foliaQao de transposigaorque nos granit6ides Milonitlcos de Santana

da Boa Vista manifesta-se coho fo].iaQao milonitica.

Primeira Ease - FI

As dobras delta ftse sho registradas apenas localmente, em pequenas

estruturas de escala centim6trica a m6trlca, sendo materializadas por dobras isocli.nils com spices espessados/ Intrafoliaisr acompanhadas

pe--[o desenvo[vimento de uma xistosidade de f].uxo em posigao p]ano-axia],a qual pasha a uma foliagio milonitica nas rochas.granite.cas da regiio(sg

bores I e 2 da Fig. 2) . O estilo deltas cobras 6 semelhante aos das D2f

e na aus8ncia de superposigao entre das em afloramentos Lorna-se

mui-tas vezes dlfici.I sua identificagao segura. Todavia, algumas di.ferengas observadas modem ser ilteis fiesta separagao, tats coho : espessamento de

charneira mats acentuado, arco externo mats .fechado do que o internor verg6ncia em gerd oposta a das dobras D2 e desenvolvimento de dobras g

penas na esQala mesosc6pica.

A Fig. 3b mostra a geometric de uma destas cobras em projegao este-reografica. Neste estereograma, que corresponde ao setter 3b da Fig. 2,

os palos da superficie dobrada distribuem-se ao longs de um circulo mi-ximo, definirldo dobranento. ci].{ndrico. A16m disco, o p61o do plano a-xial meal.do desta debra si.tua-se na porgao mediana.da gui.rjandarindlca2 do se tratax ' de uma cobra isocli.nal reciinbente! A di-sp6sigao.dos Palos

3i5

i: : :

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1111:llilllllllll:li)g11::::2:

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i:

3i.::.:s;l;

tina Ease'(F4) , a qual disp6e-s;e ortogonalmente

P

(6)

Existe excel.este correlagio entre os eixos geom8trlcos medido

construid6 testa f ase, com este &ltimo indicando valor de caimento

2 2 no z ' arlo S 46W .

e de

!egunda Fang . 112

Este face, orientada e.ntre NE-SW a NNE-SSW, caracteriza-se por co-bras de petri:s em gerd cerrados a isoclinais, anis6pacasp a charneiras espessadas e flancos adelgagados, com arco externo mats fechado do que

o interns, situando-se entre as dobras da clause lc a e de Ramasay(1967)

Os diaglamas da Fig. 3a, b e d, correspondences, respectivamente,aos se

bores 3b, 3a e 5c da Flg. 2, ilustram a geoimtria das cobras testa base. mostrando uma,boa disposigao dos palos da superficie dobrada ao .,bongo

de.circulos maxi.Dos , definindo dobramentos ci.lindri.cospara as mesmas

A16m di.sso, os p61os de deus pianos axiais medidos chem ao longo do pla

no de simetria AC das dobras. ' ' '

Nestas flguras os elxos B2 meds.dos apresentam uma boa correlagao a)m

os B2 constluldos, estes Qltirms indicando valores de caimento geraimente moderados para o quadrante SW, em diferentes setores do perfli. com as seguintes ati.tubes : S88W/32 (Fig. 3a) , S32W/28 (Fig. 3b) e S50W/44(Flg.

d

Uma importante lineagao de estiramento mineral L2, desenvolvida nes

ta Ease! nostra excelente coxrelagao geom6trica entre seu miximo de con centragao (Fi.g.

8)

e os eixos B2, medidos e construidos, representados nas Figs. 3b e 3c. Esta corresp6ndancia geom6trica indict que por

oca-slao da geragao das dobras D2 houve coincid6ncia entre o eixo B

geon6-tri.co e o eixo X de deformagao

A principal estrutura regional relacionada a etta Ease, reconheci.da

em toda area estudada, revere-se a uma grande "fold nappe" com

verg6n-cla em sentido ao antepais crat6ni:co, a NW,representada ao longs da F'i.g

2 ': que aqua.. denominamos de "Nappe da Serra das Encantadas" . Etta .nap-3nvo].ve as Supracrustais Porongos, suas intrusoes graniticas pr6-tec t6nicas(GMSBV) e, no seu niicleo "lascas"dos Gnaisses Encantadas("napped

(ioembasamento."). O "front" delta "nappe" I possivelmente, esb encoberta

pdas molasses da Bacia do Camaqua.

Fuses de Dobramentos Tardlos

Correspondem is: dual Q].tomas bases de dobramentos que afetam a folia-gao principal de transposlgao (S2) f sends caracterizadas pelo desenvolvf

menlo de estruturas NE-SW na teiceira f ase (F3) e NW-SE na quarta (F4)

As dobras D3 apresentam-se com uma clivagem de crenulagao bem march

da nos niveis meta-peliticos, e por uma clivagem de fratura, muitas ve-zes disposta em leque, nos niveis quartziticos, calc;reosr meta-vulcanf cos e nos granit6ides pr6-tect8ni.cos (GMSBV) . Falhas inversas, de diES gao tantb6m NE-SWr cujos blocks rebalxados situam-se sistematicamente .do lado NW, indicando o sentido de verg6ncial acompanham a geragao de

do-bras D3 durante F3

As dobras e falhas inversas da face F3 tamb6m afetam as molassas

precoces do Grupo Camaqua (Formagao Maria) r coho exemplificado pda [asca teat:)n]ca" delta wH.(]a(#3 imbricada durante F3 nas Supracrustais

Porongos (seton 4 da Fig. 2)

As dobras D4 superpoem'se Bs da Ease anterior de forma ortogonallrg

sultando, em difereites escalas (meso e macro) , o padrio de

interfer6n-cla do ti.po - I de Ramsay (1967) . Tats estruturas exercem importante pg

pel na configuragao paleogeografica da molassa tardia do Grupo Cgmaqua !

(Formagao Guaritas) r bem como a sua evolugao acompanho! a depose. ta unldade, encontrando-se impressa na megma (Fragoso Cesar SE al

ao des

, 1985T Te rcelra Faso..:..113

A tercezra Ease gerou dobras (D3) em diferentes escalas, desde cm

(7)

a-parecem no perfil (Fig. 2) . Apresentam-se com perfis entre fechados e

abertos, raramente cerrados, com o arco externo de curvature pr6xima do arco inferno, resultando freqUentemente cobras das subclasses lb e lc (b Ramsay (1967) . As superficies axiais destasdobras oriental-se em porno da diregao NE-SW, com mergulhos sub-verticals ou fortermnte empinados ;

os eixos possuem caimento entre fraco moderado, f azendo-se nos rumos NE

os estereogramas da Fig. 3 (a,brc e d) mostram os palos da superfi ' cie dobrada das dobras mesosc6plcas ao lingo dos setores 1, 2 e 5c,e ao longs de Lode perfil (Fig. 3c) . Os diagramas. das Figs. 3a e 3b definem dobramento. c8nico, enquanto os da Figs 3c e 3d dellneiam dobramento

ci-lindrico. Todavlar o mesmo diagrams da Fig. 3c, o qual represents um

diagrama de isofreqt[ancia de Lada extensio do perfi]., exi.be forte

ten-d8ncia de uma superficle c6ni.ca.

A tend8ncia e o comportamento c8nico ilustrado nestas figures, pars. ce ser decorrente-mats da superposigao das Dobras D4/ com o modelo em domes e macias, do que um controle exerci'do pelasestruturas anteriores,

pols estes mostram-se cilindricas e as superficies de retomada das D3

aproximavam-se da horizontal, baja visio os valores de cai.mento de seug

eixos de balxos a moderados.

Os p61os das superficies S3r representadas no diagrams da Fig.6,mog.

tram orientaQao gerd proxima .de NE-SW, com mergulhos entre sub-vertf

cai.s a forte para os quadrantes SE.e NW, cuba disposigao replete o

com-portamento em leque delta superficie com as dobras D3.. A correlagao geg

mgtrica Jesse diagrama com os diagramas das cobras D3r dlscutidas acj.ma,

confirms o comportamento em posiQao piano axia]. dessas superfici.es.

sw e

Quarts Face - F4 .

AS aooras fiesta Ease, na escala de afl-oramento, sfo comuns com

di.-mensoes declm6tri.cas a m6tricas,sends caracterizadas por cobras de

pee-ls suaves e abertos, is6pacasr qom desenvolvimento local de uma super ' fide-S4 em posiQao plano ' axial que pode evoluir para alta. clivagem de

fratura ' A Fig. 6 ilustra o comportamento deltas superficies ao lingo

do perfi].. Mostram-se com orientaQao em porno.da diregao NW-SEr com mef aulhos sub-verticals, guardando relag6es geom6tricas com a gui-rlanda lue deli.ne o plano de simetrla AC das dobras D4 ilustrado na Fig.5.Aqua

co para as doll'as mesosc6picas relacionadas a este Easel bem como most

tra que os angulos a e 13 satisfazem plenamente. as .relag3es .angulares df finidas por Ramsay (1967) r para o modelo de i.nterfer6ncia do ti.po I (vl. de Fig. 5) , coma destacado na 5.rea de estudos Belo.Demo de Santana (Elg.

i)

,

anteriormente i.nterpretado como um"demo gnaissico manteado"por dost

& Bitencou;t"'7i;80) e reiicionaao 3s f uses deformaci.onai-s Ereloces. .da

regiio. Outros posszvels domos da Zona Oci.dental do Cinturao Dom Feli-ciano, embora carentes de .estudos neste sentido, podem ester represents

os pelasAntiformes Capan6 e Serra dos Pedlosasr sempre separadas por baclas onde depositor da Formagao Gualitasr em menor ou mai.or graur es' tio expostos (vide Fig. 1)

Estruturas Lineages

Os datos de estruturas linearesr incluindo eixos de dobras e

linea-dr6es de interfer8ncia do Lipo 3, observados na rego-ao.

;iT:l;;:

:;il:gil

?i

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13

::;.;:

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(8)

h

menlo duplo dos eixos B3e das llneag3es de estirainnnto L2 (Figs. 6 e 7), para NE e SWr 8 compalz'Vel com a deformagao das mesmas em Lorna de um

ii;:';ii

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j

.ii;i: .:::i:'i!::.:.:i:i'iig=::

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mesma causa.

EstasllneaSoes de estiramento mineral L2p que como regra sao atri-buidas a diregao de transporte tect6nico (x) , no presence casa. .devem

ter outta origem, pols sua dlreQ5o (NE-SW) I concordante com os eixos B2r

6 transversal'ao sentido de transporte da Nappe Serra das Encantadas,cg

ja geoinetria das cobras D2 indica verg8ncla para NW. Si.tuagao slim.lar g

corte na,extensio da Zona'Ocidental para o Uruguair como observado e a=

nalisado pelts autores na Nape?e Minas (Machado & Fragoso Cesar,.1987) . !

assam coho em outras f aixas m6vels do mundi, onde explicag6es alternate.

vas tem si.do utilizadas (e.g., Ridley, 1986)

CONSIDERAQOES FINALS

Na regiao de Santana da Boa Vista ocorrem quatro f aces blasi.lianas de deformaQao (Fig. 4) , alan de provaveis faces mats antlgas, pr6'blasi lianas, reconheci.das nos Gnaisses Encantadas no Paso do Valero (Fi.g. 9a) e em outras localidades. Coma mostrado nesta figurar uma dobrar que j afeta um bandamento gnaislico, graficada coma D?r .foi anali.sada geo metricarnente apontando diregao axial NW-SEr .o que reforga a asserts.!'a de Tessari. & Picada (1966) e Ribeiro fE.al (1966) quando a orientagao estrutural testes gnaisses e sua discord;ncaa com as Supracrustai.s

Po-rongos

As f aces brasllianas (Fl-4) r bem marcadas nas Supracrustais Poron-gos e intrusivas graniticaspre'tecte)nlcas (GMSBV) forman dots grupos de

cobras, precoces (Dl-2) e tardias (03-4) . Das estruturas precocesr, uma

grande "fold nappe" envolvendo as 9upracrustais Porongos e granlt6ides nasoci.adds, e contendo lascas tect8nicas de gnaisses mats deformados no

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dem a figuras de interfer6ncla deste typo.

ofertadas polo CNPq aos autores.

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(11)

NAPA DE LOGALIZAGAO 7 N +,-sd'+s' +v+ '+ s'Zo. ;-.mK'£''( s3"'ts' 0 8 16 Km ESGALA 53o00t [::] cou:RTURA PAPKnoz6icA

GRANIT&DES E GNAISSES DIVERSOS romAcAo GUARITAS

FORHACAO MARINA

/

'Grantt&des HllonitlcoB do Santana da Boa Vista

HETAMORFITOS INaFEREIHUDOS

6naisus Enlcatvtadn

Flg. 1 : hlapa qeo16qlw slinpHlcado do owo & SaMena e erredetu (modillee& de Jod e Bite noun

1.980). 1: Dana de Sntatai 11: Anita'me capand; 111= AntlM'ne Sure dn h&oen. SBV. Sontag da BoaVl+ A- A '- See3o qool6glee da Flg. 2

(12)
(13)

D2 -e. e 0

b

20 Fein 29 polos

o polos da sup. dobrada A polos do PA a- elbe

P

medlda

3-

pixo

e

construfdo D2 A P C 33 polos 23 polos

Flg. 3- dobrame ocllll leomdobre nt-xUese. de I (e) 4 2 (e.bed) fuses.

e) mHecokin. do selor U: b) «teteule6reo do sde. 3e: e) grealtddes mtbnitleos do seton it d)fllltn grerltesos do setter 5e.

(14)

' q 3

'' :'''. ,

e 34 polos 27 pops i+2 pol08 38PoloS 1.4 2,8 SC 8,4 12,6 %

Flg. 4fa.b.e Bd)- drebromede cinieefe e b) e cithdrieete e d) om zebras tardia8 da 5o fosei t a e d) granieid+8 miler ticB8i b)fitit08 UFtCi+iC08i bl grn)it6ides milonit ie08 e suH'ecru8tei8 Pa'ongoK . pol08 de sup.dobr8de I po)08 do PA.lll 2- eix08l3 condruidos e- Biro(3medido

(15)

Setter 2 No pertfl 36 polos S3' x 31 polos S4 Fi0. &Dispod$io das sup+nicies

no pertil Fi0. 5-Dobramenb citing'ico d+ dobras

F4 x E3tpadrao de interferincia om

demos e macias.).

'+ +

No p+rril No perfil 38 L2

Fio. 7- DiM'ibui$ao des ejxos do l1.3e e 4g

fasee. oo lingo do p+rfil.

rie. 8-Comportemento da 1.211in+o€io de estiramento) ao tonga do perfil

(16)

+

.8

t

29 polos 22 polos

Fein do nip. debrado a polos do PA

e- elmo e -nedldo

&- BIRO Q -eeostrufdo

P

P

38 polos 20 pol08

Flg. 9 (e.b.eed)- Dobramento ctlfndrteo ( ? . 2ae 3e fans - a.bee) e iniee ( 'Pfe8e-d)

nas Gnelssos Eneanledn do embasanuto - Passe do Velcro.

Referências

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