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PROPOSTA DE DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA DO CAMPO EMÍLIO INFANTE DA CÂMARA E ENVOLVENTE

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Fevereiro 2021

PROPOSTA DE DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE

REABILITAÇÃO URBANA

DO CAMPO EMÍLIO INFANTE DA CÂMARA

E ENVOLVENTE

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Município de Santarém - Praça do Município - 2005-245 Santarém – NIPC 505 941 350 DGTP – Divisão de Planeamento e Projectos

Tel.: 243 304 200 - Fax.: 243 304 299 - dpp@cm-santarem.pt - www.cm-santarem.pt/

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO

2. ENQUADRAMENTO JURÍDICO

3. FUNDAMENTAÇÃO DA DELIMITAÇÃO

4. HISTÓRIA DO CAMPO EMÍLIO INFANTE DA CÂMARA 5. PROPOSTA DE DELIMITAÇÃO DA ARU

6. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 7. BENEFÍCIOS FISCAIS

7.1. OUTROS BENEFÍCIOS FISCAIS 8. ATOS SUBSEQUENTES

9. LEGISLAÇÃO EM VIGOR 10. PEÇA DESENHADA – PLANTA

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SIGLAS E ACRÓNIMOS

ARU – Área de Reabilitação Urbana EBF – Estatuto dos Benefícios Fiscais

IHRU – Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana IMI – Imposto Municipal sobre os Imóveis

IMT – Imposto Municipal sobre as Transações de Imóveis INE – Instituto Nacional de Estatística

IRC – Imposto sobre os Rendimentos Coletivos IRS – Imposto sobre os Rendimentos Singulares IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado NRAU – Novo Regime de Arrendamento Urbano ORU – Operação de Reabilitação Urbana

PDM – Plano Diretor Municipal

RCM – Resolução de Conselho de Ministros RJRU – Regime Jurídico da Reabilitação Urbana

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1 | INTRODUÇÃO

O Regime Jurídico de Reabilitação Urbana (RJRU), estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 307/2009, de 23 de outubro, na sua atual redação, estabelece medidas de promoção da reabilitação urbana, a qual se encontra intrinsecamente associada aos critérios de sustentabilidade, como primordial veículo de desenvolvimento económico, social e territorial.

O RJRU, define a programação e execução da reabilitação urbana em torno dos conceitos de “área de reabilitação urbana” e de “operação de reabilitação urbana”, a qual pode ser simples ou sistemática, sendo enquadrada por diferentes instrumentos de programação, respetivamente, por uma estratégia de reabilitação urbana (ERU) ou por um programa estratégico de reabilitação urbana (PERU).

A reabilitação urbana é hoje uma opção indiscutível para reavivar a atividade económico social de uma cidade, tendo em conta o paradigma de desenvolvimento da expansão urbana ocorrido nas últimas três décadas em Portugal, que naturalmente afastou as pessoas dos centros.

A inversão desta tendência é lenta, mas está a ocorrer um pouco por todo o País, como se pode verificar pelo investimento que cidades como Guimarães, Coimbra, Porto e Lisboa estão a fazer em processos de regeneração urbana sustentável, tendo em conta a melhoria do espaço público, da reorganização dos espaços de circulação pedonal vs motor, obras de qualificação dos edifícios para arrendamento ou compra atraindo novos públicos.

O Município de Santarém tem feito um esforço para conseguirmos desencadear todos os mecanismos possíveis para que o nosso concelho se desenvolva e que consiga proceder à sua reabilitação e regeneração urbana, ambiental, proporcionado o desenvolvimento económico e o tecido empresarial do concelho.

Com a definição das prioridades do Programa Portugal 2030, que assentam em 8 eixos, cada um deles com os seus objetivos estratégicos:

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1. inovação e conhecimento - Assegurar as condições de competitividade empresarial e o

desenvolvimento da base científica e tecnológica nacional para uma estratégia sustentada na inovação

2. qualificação Formação e emprego - Assegurar a disponibilidade de recursos humanos com as

qualificações necessárias ao processo de desenvolvimento e transformação económica e social nacional, assegurando a sustentabilidade do emprego

3. Sustente sustentabilidade demográfica - Travar o envelhecimento populacional e assegurar a

sustentabilidade demográfica, assegurando simultaneamente a provisão e bens e serviços adequados a uma população envelhecida

4. energia e Alterações climáticas - Assegurar as condições para a diminuição da dependência

energética e de adaptação dos territórios às alterações climáticas, nomeadamente garantindo a gestão dos riscos associados

5. economia do mar - Reforçar o potencial económico estratégico da Economia do Mar,

assegurando a sustentabilidade ambiental e dos recursos marinhos

6. competitividade e coesão dos territórios do litoral - assegurar a dinâmica económica e a coesão

social e territorial dos sistemas urbanos atlânticos

7. competitividade coesão dos territórios do interior - - Reforçar a competitividade dos territórios

da baixa densidade em torno de cidades médias, potenciando a exploração sustentável dos recursos endógenos e o desenvolvimento rural, diversificando a base económica para promover a sua convergência e garantindo a prestação de serviços públicos

8. agricultura é florestas - Promover um desenvolvimento agrícola competitivo com a valorização

do regadio, a par de uma aposta estratégica reforçada na reforma florestal

O Municipio de Santarém, tudo efetuará para conseguir usufruir o máximo possível desses mecanismos, permitindo programar as necessidades da área de intervenção, tendo por base a estratégia definida.

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2 | ENQUADRAMENTO JURÍDICO

A proposta de delimitação, enquadrada na alteração legislativa que a Lei n.º 32/2012, de 14 de agosto introduz ao Regime Jurídico da Reabilitação Urbana (RJRU) e ao Código Civil, diz respeito à área geográfica que se apresenta neste documento e visa assegurar a implementação da estratégia de requalificação e revitalização apresentada no documento de fundamentação, e as condições de acesso aos benefícios e incentivos, quer por parte dos munícipes, quer por parte do Município, indispensáveis à sua concretização.

Nos termos do artigo 13.° do RJRU, a delimitação das Áreas de Reabilitação Urbana é da competência da Assembleia Municipal, sob proposta da Câmara Municipal, devendo esta conter, obrigatoriamente, o quadro dos benefícios fiscais associados aos impostos municipais sobre o património, designadamente o imposto municipal sobre imoveis (IMI) e o imposto municipal sobre as transmissões onerosas sobre imóveis (IMT), nos termos da legislação aplicável.

Por outro lado, confere aos proprietários e titulares de outros direitos, ónus e encargos sobre os edifícios ou frações nela compreendidos, o direito de acesso aos apoios e incentivos fiscais e financeiros à reabilitação urbana.

Em complemento do referido anteriormente, e nos termos do disposto no artigo 13. ° do RJRU, o ato de aprovação da delimitação da área de reabilitação urbana integra:

• a memória descritiva e justificativa que inclui os critérios subjacentes à delimitação da área abrangida e os objetivos estratégicos a prosseguir;

• a planta de delimitação correspondente;

• o quadro dos benefícios fiscais associados aos impostos municipais sobre o património;

O ato de aprovação é publicado através de aviso na 2.ª série do Diário da República e divulgado na página eletrónica do Município. Simultaneamente, com o envio para publicação do aviso, a Câmara Municipal remete ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, I. P., por meios eletrónicos, o ato de aprovação da delimitação da ARU.

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7/28 Na sequência da aprovação desta ARU, o Município de Santarém dispõe de 3 anos para aprovar a respetiva Operação de Reabilitação Urbana (ORU) relativa à cada ARU delimitada.

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3 | FUNDAMENTAÇÃO DA DELIMITAÇÃO

Destaca-se o percurso que ao longo dos últimos anos, caracterizou a atuação do Municipio de Santarém, tentando sempre que possível promover a melhoria da qualidade dos seus espaços públicos urbanos, através do incentivo a promoção da reabilitação do edificado, bem como através da transformação e da melhoria das condições de acessibilidade e mobilidade urbana.

Tem vindo a ser feito um esforço por parte do Município de Santarém para concentrar esforços na reabilitação e regeneração do seu centro histórico e em algumas das suas áreas envolventes, bem como no promoção e valorização do seu Património.

Com a definição da estratégia consensual e com a necessidade de dar um enquadramento urbano a esta área da cidade de Santarem, torna-se prioritário manter a identidade da cidade, desta área sensível a todos os Scalabitanos, apostando nas valências urbanas distintas, por forma a potencializar assim a sua atratividade e regeneração.

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4 | HISTÓRIA DO CAMPO EMÍLIO INFANTE DA CÂMARA

Texto: Gabinete de Relações Públicas e Comunicação | Município de Santarém

“…Santarém sempre foi terra de romarias. Já em1302, ano da I feira anual de Santarém, a velha Scallabis, vestia galas para acolher os forasteiros que aqui acorriam, no reinado de D. Dinis que tomava sob sua proteção “todos os que a ela concorressem quer para comprar quer para vender”.

Volvidos alguns séculos, “a princesa das nossas vilas” como lhe chamou Garrett, continuou a ser palco de feiras antigas e famosas, como a Feira da Piedade e a Feira do Milagre, a par de Cortejos de Oferendas e da Feira de Gados, que enchiam o então chamado Campo Fora de Vila ou Chão da Feira, hoje conhecido por Campo Sá da Bandeira.

Na cidade de Santarém, realizavam-se duas feiras anuais: a Feira de Nossa Senhora da Piedade, com início no segundo domingo do mês de outubro, e a Feira do Santíssimo Milagre, que começava no segundo domingo do mês de abril. Estas feiras, tinham geralmente a duração de quinze dias, e eram, sobretudo a primeira, das mais importantes do País. Transacionavam gado de toda a espécie, quinquilharias, fatos, fazendas de lã e algodão, móveis, ourivesaria, frutas, bebidas, louças, produtos têxteis regionais, cereais, frutas, e traziam à Cidade um movimento e animação extraordinários, bem como milhares de forasteiros, que queriam assistir às tradicionais corridas de touros que se realizavam por ocasião da Feira da Piedade.

Estes mercados realizavam-se no vasto Campo Sá da Bandeira, até à data em que, o progresso fez com que toda aquela zona fosse urbanizada, cortada por avenidas e ruas, onde nasceu o Palácio da Justiça. O próprio espaço tornou-se pequeno, tendo a Câmara Municipal deliberado que o grande mercado de gados, que inicialmente se realizava por altura da Feira da Piedade, passasse para o novo Campo dos Telhadas, mais conhecido hoje por Campo Infante da Câmara.

Nos segundos e quartos domingos de cada mês, tinham também lugar, os mercados quinzenais, onde se vendiam gado, frutas, quinquilharias, calçado e outros produtos.

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10/28 No domingo de Pascoela tinham início as tradicionais festas do Santíssimo Milagre, promovidas pela respetiva irmandade, que prestavam o culto religioso ao Santíssimo Milagre de Santarém.

O atual Campo Infante da Câmara era há pouco mais de sessenta anos terreiro vazio, zona da Chã das Padeiras porque ficava próximo da Calçada das Padeiras. O espaço, propriedade da família Telhadas, onde praticamente não havia qualquer atividade, era o prolongamento do Campo Fora de Vila, mais conhecido hoje por Campo Sá da Bandeira, e foi cedido para a realização de iniciativas de cariz público, objetivo cumprido com a criação da Feira do Ribatejo.

Naquela época, e exatamente porque ficava fora da zona urbana, foi utilizado para a realização do Mercado de Gado, e por arrastamento, do Mercado Quinzenal que deixou de se realizar na Praça Velha, e, anteriormente, em frente da Igreja do Milagre.

Em 1936 foi realizada a I Exposição/Feira Distrital de Santarém no Campo Fora de Vila, iniciativa do Governador Civil do Distrito e de um conjunto de Homens do Ribatejo, ligados sobretudo à atividade agrícola, com vista à afirmação do potencial económico, social e cultural do distrito de Santarém, para que esta zona do Ribatejo tradicional, pudesse, após a revisão do Código Administrativo, ser considerada Província do Ribatejo, permitindo a emancipação desta área, da antiga província da Estremadura.

Esta Feira foi a prova clara do apogeu e do potencial e riqueza do Ribatejo, do ponto de vista agrícola, comercial e cultural, pela representação de todos os concelhos do distrito de Santarém, a par de uma grande exposição pecuária. A organização decidiu que cada noite da Feira fosse dedicada aos concelhos que faziam parte do Ribatejo cultural, de modo a divulgar os mentefactos e artefactos das suas gentes, expressão dos valores tradicionais do seu povo, com grande destaque para o Campino.

Esporadicamente voltaram a realizar-se feiras idênticas, embora com menor expressão. Após aquele certame, várias instituições foram perdendo o seu fulgor, a atividade cultural foi-se esvanecendo e Santarém viveu momentos de algum marasmo.

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11/28 O Mundo sofreu várias catástrofes e triunfos, que o transformaram e moldaram aos tempos modernos, e Santarém volta a ser marco no que diz respeito a feiras e romarias.

Em 1953, o então vereador da Câmara Municipal de Santarém, Caetano Marques dos Santos, propôs a realização de uma Feira do Ribatejo que fosse um pouco a imagem da feira realizada em 1936 que teve como principal dinamizador e obreiro Celestino Graça, juntamente com Luís Hilário Barreiros Nunes, Presidente da Comissão Organizadora, Grémio da Lavoura de Santarém, entre outros.

A I edição fica para sempre marcada pela inauguração da Feira Nacional da Agricultura e da maior praça de touros do País – a Monumental Celestino Graça.

O empenho da organização foi tal, que conseguiu que toda a pecuária do Ribatejo ali estivesse representada, nomeadamente, através da exposição de várias espécies de gado bovino, equino, lanígero e caprino, das casas agrícolas, para além da exposição de maquinaria e alfaias agrícolas, à qual concorreram quase todas as casas agrícolas da região. A família Infante da Câmara, para além de fazer parte da Comissão Organizadora, teve um papel basilar na participação de outros lavradores e ganadeiros, daí ter-se deliberado passar a chamar à zona do Campo Chã das Padeiras, Campo Infante da Câmara. A partir de então, a Feira do Ribatejo passou a realizar-se todos os anos, ininterruptamente, até aos nossos dias, pelos renovados motivos de interesse que oferece, a par de ser considerada o berço da maior Feira agrícola do País.

A 11ª edição da Feira do Ribatejo, marca o início da Feira Nacional da Agricultura a partir de 1964, ano da sua 1ª edição (com todas as vantagens que daí resultaram), e teve como principal obreiro e dinamizador Celestino Graça, que se impôs pela sua forte personalidade e dedicação à frente dos seus destinos até 1974.

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12/28 A partir de então, e com a demissão da comissão executiva, em consequência das alterações políticas do País, a Câmara Municipal passou a ser responsável pela sua organização até1979 e trienalmente. Posteriormente a organização passou a ser conjunta, contando também com a Confederação dos Agricultores de Portugal – CAP e com o Ministério da Agricultura.

Se nos primeiros anos as infraestruturas da Feira tinham um aspeto um pouco primitivo, Celestino Graça, entidades oficiais e particulares, puseram mãos à obra, dotando a Cidade de ruas mais amplas, miradouros, edificando novos bairros, um novo Liceu, melhorando os espaços comerciais e os hotéis, construindo um jardim em S. Bento, melhorando a rede viária e os transportes, de tal modo que a projetaram além fronteiras, nomeadamente, nos grandes centros turísticos de Espanha, França, Inglaterra e Alemanha, e transformaram a Feira, não apenas numa feira agropecuária, mas também numa feira onde a vertente cultural, em particular, a tradição, está sempre presente, através do fado, do folclore, aqui representado por ranchos, da charneca, do bairro e da lezíria, obra de Celestino Graça, que para além de ser um mestre no campo da agricultura o era também no campo da tradição, nomeadamente, no folclore, organizando festivais de folclore, que davam ainda mais cor e brilho à nossa terra.

Se inicialmente a Feira era chamada Feira de pau caiado, porque as varolas eram pintadas de branco e a Casa do Campino era construída em esteiras, as infraestruturas melhoraram, nomeadamente a Casa do Campino, a construção de alguns pavilhões, a construção do Pavilhão do Artesanato foi outro avanço porque era uma área representativa da cultura tradicional e da economia rural, fator de desenvolvimento do próprio meio. A construção e requalificação de alguns restaurantes, o próprio Ministério da Agricultura criou o seu pavilhão como uma referência da sua intervenção na própria Feira, os próprios países estrangeiros que começaram a marcar presença, como o Brasil, Espanha, Bélgica, Holanda, Alemanha, Estados Unidos da América, também tinham os seus pavilhões, criando em toda aquela área uma zona urbana. À medida que a Feira ia crescendo e ganhando notoriedade, a Comissão Organizadora alugava os terrenos contíguos e o espaço de ocupação da mesma alargava-se.

Como a Feira apenas durava 15 dias, o espaço albergava a Feira de Abril, conhecida também por Feira do Milagre, a Feira da Piedade, feiras que tinham muita tradição e que traziam muita gente à Cidade, o que foi decaindo ano após ano, por razões socioeconómicas, uma vez que, anteriormente, as pessoas vinham às

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13/28 feiras não só pela animação, nomeadamente espetáculos de teatro, entre outros, mas também para se abasteceram de tudo o que necessitavam. Neste espaço tinham também lugar as famosas feiras de gado que, por questões sanitárias, passados alguns anos deixou de se realizar em Santarém, passando mais tarde a realizar-se no CNEMA, o Mercado do Gado.

Hoje, “o Campo Infante da Câmara é por todos lembrado como espaço de memória de um tempo em que Santarém voltou a ter fulgor, voltou a ser falada em todo o País e em todo o Mundo, porque a Feira de Santarém extravasou as fronteiras do País, pela sua internacionalização, não apenas através do folclore, mas através da exposição e da

Imagem 2 – Campo Emílio Infante da Câmara; Fonte: CMS/GRPC técnica”, porque os principais expositores de agricultura e pecuária apresentavam na Feira aspetos e produtos inovadores, dando grande importância ao evento. Organizavam-se palestras e conferências, concursos, a par da afirmação daquele campo do ponto de vista cultural e social, quer através de exposições de arte, espetáculos de folclore quer pelas bandas filarmónicas que chegaram a juntar 700 executantes a tocar o mesmo repertório, manifestações de campinos, como forma de promover uma atividade praticamente desconhecida de grande parte do público, realizavam-se espetáculos de fado e casetas de fado, onde o fado amador era salvaguardado pelos marialvas, não só nos restaurantes como na própria Feira, que contavam também com grandes figuras do panorama nacional.

As próprias Feiras Taurinas iam ao encontro do segmento alvo das próprias feiras e, do ponto de vista tauromáquico, traziam os principais toureiros portugueses e espanhóis.

Ludgero Mendes, homem do folclore português, também ligado à tauromaquia, grande conhecedor e defensor das tradições ribatejanas, lembra aquele “espaço de memória pela Feira, mas também pela própria afirmação cultural visível ao longo de muitas décadas”.

Espelho da riqueza, do trabalho e da arte dos Ribatejanos, sempre representados em todos os sectores, manifestação magnífica de boas vontades conjugadas, esforço prodigioso e, ao mesmo tempo, de rara

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14/28 beleza, que os nossos olhos jamais poderão esquecer, o touro, o cavalo e o campino, principais atores da Festa Brava, aliados à cultura das nossas gentes, fazem a história do Campo Infante da Câmara e afinal, de todos os Scalabitanos.”

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5 | PROPOSTA DE DELIMITAÇÃO DAS ARU’S

A delimitação da Área de Reabilitação Urbana para Campo Emílio Infante da Câmara e envolvente, assenta na reconhecida necessidade de requalificação e de revitalização do tecido urbano, associadas a um programa de investimento público, enquadrado por uma deliberação da Assembleia Municipal de Santarém, tendo por objetivo implementar uma solução integrada, envolvendo e promovendo a participação de todos os interessados.

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16/28 A área do Campo Emílio Infante da Câmara e envolvente localiza-se no planalto da cidade de santarém, integrada na Freguesia da Cidade de Santarém e constitui essencialmente uma “área expetante”, no coração da cidade de Santarém.

A área delimitada abrange cerca de 17,80ha, delimitados pela Avenida Dom Afonso Henriques, pela Rua Eng. António José Sousa Barreiros Mota, pelas traseiras do Campo Chã das Padeiras, pela Rua Pedro Cid e pela Avenida Grupo de Forcados Amadores de Santarém.

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6 | OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O Município de Santarém pretende dar cumprimento ao definido na deliberação da Assembleia Municipal de Santarém (AM) datada de 19 de outubro de 2018, sob o tema “Campo Emílio Infante da Câmara: Decidir o Futuro”, que se anexa.

A aprovação desta proposta de delimitação da Área de Reabilitação Urbana, remete-nos para uma intervenção premente tendo como objetivo, a reabilitação e regeneração daquela área de intervenção, com base nas soluções consensuais e abrangentes que foram definidas, para este grande espaço vital ao desenvolvimento da cidade.

Com esse propósito, e de acordo com as linhas orientadoras, devidamente consolidadas, deverá atender aos seguintes objetivos:

1. Que sejam definidas as principais opções para a ocupação para a ocupação do espaço tendo presente o futuro urbanístico das cidades a médio e longo prazo;

2. Que o estudo prévio a desenvolver complete umas soluções integrada para Avenida D. Afonso Henriques e Campo Emílio Infante da Câmara (CEIC);

3. Que inclua um Fórum Multiusos com lotação de 400/600 lugares, ou, em alternativa, a recuperação e adaptação da Praça Celestino Graça a espaço multiusos; 4. Que seja um parque verde urbano de

utilização multifuncional, arborizado e que contemple espaços de jogo e recreio, privilegiando um uso

Imagem 6 – Campo Emílio Infante da Câmara; Fonte: CMS/GRPC transversal para todos os níveis sociais e etários e que garanta a manutenção das Festas da Cidade e a realização da Feira Quinzenal, esta última somente durante um período transitório até à sua deslocalização para outro local mais adequado;

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18/28 5. Que os revestimentos sejam globalmente permeáveis, que sejam plantadas espécies arbóreas

que facilitem a captura de carbono e criem zonas de ensombramento, e que a escolha das espécies tenha em conta as necessidades de rega, devendo ser equacionada a possibilidade de reutilização das águas residuais da ETAR, após uma com tratamento terciário;

6. Que contemple áreas desportivas de que são exemplos campos de Padel e Ténis ou outros que se venham a demonstrar essenciais para a vivência do espaço, bem como a criação de espaços para a prática de desportos radicais e desporto informal;

7. Que se preveja a qualificação e modernização do Campo Chã das Padeiras; 8. Que a Casa do Campino e a Praça de Touros

sejam consideradas pré-existências a

considerar nos projetos e que, relativamente à Praça de Touros, se dialogue com a Santa Casa da Misericórdia de Santarém com vista à viabilização da requalificação do espaço;

Imagem 7 – Campo Emílio Infante da Câmara; Fonte: CMS/GRPC 9. Que a construção dos edifícios de habitação

seja concluída, a existência de moradores e comerciantes perto do Campo Emílio Infante da Câmara poderá contribuir para o sucesso das demais infraestruturas;

Imagem 8 – Campo Emílio Infante da Câmara; Fonte: CMS/GRPC 10. Que se garanta uma zona de estacionamento, no interior ou no exterior do espaço do Campo

Emílio Infante da Câmara, com capacidade de acesso adequados, devendo o estacionamento no interior do Campo Emílio Infante da Câmara ser periférico ao passo central;

11. Que o Estudo Prévio seja divulgado e apresentado publicamente, de modo a que a solução final reflita os contributos dos munícipes;

12. Que, antes da sua aprovação final pelo executivo municipal, o estudo prévio a desenvolver seja previamente apresentado aos representantes das forças políticas que integram a Assembleia Municipal.

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7 | BENEFÍCIOS FISCAIS

Conforme alínea c) do nº 2 do artigo 13º do Decreto-Lei nº 307/2009, de 23 de outubro alterado pela Lei nº 32/2012, de 14 de agosto a Delimitação de uma Área de Reabilitação Urbana, exige a definição dos benefícios fiscais associados aos impostos municipais sobre o património, designadamente o imposto municipal sobre imóveis (IMI) e o imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis (IMT).

Nos termos estabelecidos no artigo 45º dos Estatutos dos Benefícios Fiscais e sem prejuízo de outros benefícios e incentivos são conferidos aos proprietários e titulares de outros direitos, ónus e encargos sobre os edifícios ou frações compreendidas na Delimitação da Área de Reabilitação Urbana, os seguintes benefícios fiscais:

ÂMBITO FISCAL BENEFÍCIOS

IMI - imposto municipal sobre imóveis

Isenção por um período de três anos a contar do ano, inclusive, da conclusão das obras de reabilitação, podendo ser renovado, a requerimento do proprietário, por mais cinco anos no caso de imóveis afetos a arrendamento para habitação permanente ou a habitação própria e permanente;

IMT - imposto municipal sobre as transmissões

Isenção do imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis nas aquisições de imóveis destinados a intervenções de reabilitação, desde que o adquirente inicie as respetivas obras no prazo máximo de três anos a contar da data de aquisição;

IMT - imposto municipal sobre as transmissões

Isenção do imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis nas aquisições de imóveis destinados a intervenções de reabilitação, desde que o adquirente inicie as respetivas obras no prazo máximo de três anos a contar da data de aquisição;

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Município de Santarém - Praça do Município - 2005-245 Santarém – NIPC 505 941 350 DGTP – Divisão de Planeamento e Projectos

Tel.: 243 304 200 - Fax.: 243 304 299 - dpp@cm-santarem.pt - www.cm-santarem.pt/

20/28 Isenção do imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis na primeira transmissão, subsequente à intervenção de reabilitação, a afetar a arrendamento para habitação permanente ou, quando localizado em área de reabilitação urbana, também a habitação própria e permanente;

Qualquer alteração ao Estatuto dos Benefícios Fiscais relativos à reabilitação urbana implicará automaticamente a alteração dos pressupostos acima referidos, que se regerão pela legislação em vigor.

Extrato da legislação em vigor:

Artigo 45.º

Prédios urbanos objeto de reabilitação

1 - Os prédios urbanos ou frações autónomas concluídas há mais de 30 anos ou localizados em áreas de reabilitação urbana beneficiam dos incentivos previstos no presente artigo, desde que preencham cumulativamente as seguintes condições: (Redação da Lei n.º 114/2017, de 29/12):

a) Sejam objeto de intervenções de reabilitação de edifícios promovidas nos termos do Regime Jurídico da Reabilitação Urbana, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 307/2009, de 23 de outubro, ou do regime excecional do Decreto-Lei n.º 53/2014, de 8 de abril; (Redação da Lei n.º 114/2017, de 29/12)

b) Em consequência da intervenção prevista na alínea anterior, o respetivo estado de conservação esteja dois níveis acima do anteriormente atribuído e tenha, no mínimo, um nível bom nos termos do disposto no Decreto-Lei n.º 266- B/2012, de 31 de dezembro, e sejam cumpridos os requisitos de eficiência energética e de qualidade térmica aplicáveis aos edifícios a que se refere o artigo 30.º do Decreto-Lei n.º 118/2013, de 20 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 194/2015, de 14 de setembro, sem prejuízo do disposto no artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 53/2014, de 8 de abril. (Redação da Lei n.º 114/2017, de 29/12)

2 - Aos imóveis que preencham os requisitos a que se refere o número anterior são aplicáveis os seguintes benefícios fiscais: (Redação da Lei n.º 114/2017, de 29/12)

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Município de Santarém - Praça do Município - 2005-245 Santarém – NIPC 505 941 350 DGTP – Divisão de Planeamento e Projectos

Tel.: 243 304 200 - Fax.: 243 304 299 - dpp@cm-santarem.pt - www.cm-santarem.pt/

21/28 a) Isenção do imposto municipal sobre imóveis por um período de três anos a contar do ano, inclusive, da conclusão das obras de reabilitação, podendo ser renovado, a requerimento do proprietário, por mais cinco anos no caso de imóveis afetos a arrendamento para habitação permanente ou a habitação própria e permanente; (Redação da Lei n.º 114/2017, de 29/12) b) Isenção do imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis nas aquisições de imóveis destinados a intervenções de reabilitação, desde que o adquirente inicie as respetivas obras no prazo máximo de três anos a contar da data de aquisição; (Redação da Lei n.º 114/2017, de 29/12)

c) Isenção do imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis na primeira transmissão, subsequente à intervenção de reabilitação, a afetar a arrendamento para habitação permanente ou, quando localizado em área de reabilitação urbana, também a habitação própria e permanente; (Redação da Lei n.º 114/2017, de 29/12)

d) Redução a metade das taxas devidas pela avaliação do estado de conservação a que se refere a alínea b) do n.º 1. (Redação da Lei n.º 114/2017, de 29/12)

3 - Os benefícios referidos nas alíneas a), b) e c) do número anterior não prejudicam a liquidação e cobrança dos respetivos impostos, nos termos gerais. (Redação da Lei n.º 114/2017, de 29/12)

4 - O reconhecimento da intervenção de reabilitação para efeito de aplicação do disposto no presente artigo deve ser requerido conjuntamente com a comunicação prévia ou com o pedido de licença da operação urbanística, cabendo à câmara municipal competente ou, se for o caso, à entidade gestora da reabilitação urbana comunicar esse reconhecimento ao serviço de finanças da área da situação do edifício ou fração, no prazo máximo de 20 dias a contar da data da determinação do estado de conservação resultante das obras ou da emissão da respetiva certificação energética, se esta for posterior. (Redação da Lei n.º 114/2017, de 29/12)

5 - A anulação das liquidações de imposto municipal sobre imóveis e de imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis e as correspondentes restituições são efetuadas pelo serviço de finanças no prazo máximo de 15 dias a contar da comunicação prevista na parte final do número anterior. (Redação da Lei n.º 114/2017, de 29/12)

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Município de Santarém - Praça do Município - 2005-245 Santarém – NIPC 505 941 350 DGTP – Divisão de Planeamento e Projectos

Tel.: 243 304 200 - Fax.: 243 304 299 - dpp@cm-santarem.pt - www.cm-santarem.pt/

22/28 6 - A prorrogação da isenção prevista na alínea a) do n.º 2 está dependente de deliberação da assembleia municipal, sob proposta da câmara municipal, nos termos do n.º 2 do artigo 16.º do Regime Financeiro das Autarquias Locais e das Entidades Intermunicipais, sendo o respetivo reconhecimento efetuado pela câmara municipal nos termos do n.º 4 do presente artigo. (Redação da Lei n.º 114/2017, de 29/12)

7 - O regime previsto no presente artigo não é cumulativo com outros benefícios fiscais de idêntica natureza, não prejudicando, porém, a opção por outro mais favorável.

Para fins de benefícios fiscais e quando os mesmos forem solicitados por motivos de realização de obras de reabilitação, deverá o interessado fornecer ao Município de Santarém prova de titularidade do imóvel (registo predial e matriz) e limites cadastrais do mesmo. Serão concedidos os benefícios fiscais assumidos à totalidade do prédio, mesmo que a delimitação da ARU só abranja parte deste.

O Município de Santarém fica encarregue do procedimento de vistorias no âmbito da aplicação dos benefícios fiscais com acompanhamento e aprovação final do Município.

DEFINIÇÃO

▪ 'Ações de reabilitação' as intervenções destinadas a conferir adequadas características de desempenho e de segurança funcional, estrutural e construtiva a um ou vários edifícios, ou às construções funcionalmente adjacentes incorporadas no seu logradouro, bem como às suas frações, ou a conceder-lhe novas aptidões funcionais, com vista a permitir novos usos ou o mesmo uso com padrões de desempenho mais elevados, das quais resulte um estado de conservação do imóvel, pelo menos, dois níveis acima do atribuído antes da intervenção; [ponto 22 a), art.º 71 EBF]

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23/28 1º APLICAÇÃO – Avaliação Física

▪ Primeiro, realiza-se uma análise centrada exclusivamente nos paramentos físicos da intervenção, tendo em conta a melhoria em pelo menos 2 níveis acima do atribuído antes da intervenção, conforme o art.º 71 do estatuto dos benefícios fiscais;

▪ Para esta análise será utilizada a ‘Ficha de Avaliação do Nível de Conservação de Edifícios’ do NRAU, publicado pela portaria 1192-B/2006, de 3 de novembro e segue as instruções de aplicação do ‘Método de Avaliação do Estado de Conservação de Imóveis’ (MAEC).

7.1| OUTROS BENEFÍCIOS FISCAIS

Para além dos benefícios fiscais associados aos impostos municipais, descrevem-se incentivos fiscais em sede de Imposto sobre Rendimentos de pessoas Coletivas (IRC), imposto sobre Rendimentos de pessoas Singulares (IRS) e imposto sobre Valor Acrescentado (IVA).

ÂMBITO FISCAL BENEFÍCIOS

IRS - Imposto sobre Rendimentos de pessoas Singulares

Rendimentos prediais auferidos, são tributadas à taxa de 5%, aplicável nas ARU’S com estratégia de reabilitação

Dedução à coleta de 30% dos encargos suportados, até ao limite 500€ Mais-valias à taxa de 5% aquando da venda do prédio reabilitado

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Município de Santarém - Praça do Município - 2005-245 Santarém – NIPC 505 941 350 DGTP – Divisão de Planeamento e Projectos

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24/28 IVA - Imposto sobre Valor

Acrescentado

Taxa de 6% para empreitada de reabilitação urbana (materiais e mão de obra)

Taxa de 6% para empreitadas de beneficiação, remodelação, renovação, restauro, reparação ou conservação de imóveis ou partes autónomas destes afetos à habitação, com exceção dos trabalhos de limpeza, de manutenção dos espaços verdes e das empreitadas sobre bens imóveis que abranjam a totalidade ou uma parte dos elementos constitutivos de piscinas, saunas, campos de ténis, golfe ou minigolfe ou instalações similares.

A taxa reduzida não abrange os materiais incorporados, salvo se o respetivo valor não exceder 20 % do valor global da prestação de serviços.

IRC Imposto sobre rendimentos de pessoas coletivas

Os rendimentos de qualquer natureza obtidos por Fundos de Investimento Imobiliário (FII) que operem de acordo com a legislação nacional, desde que constituídos entre 1 de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de 2013 e pelo menos 75% dos seus ativos sejam bens imóveis sujeitos a ações de reabilitação nas áreas de reabilitação urbana - n.º 1 do artigo 71.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais. (1)

(1) Os incentivos consagrados no artigo 71.º do EBF são aplicáveis aos imóveis, objeto de ações de

reabilitação, realizadas em prédios urbanos localizados em áreas de reabilitação urbanas, iniciadas após 1 de janeiro de 2008 e que se encontrem concluídas até 31 de dezembro de 2020.

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8 | ATOS SUBSEQUENTES

No prazo de três anos deverá a Assembleia Municipal aprovar, sob proposta da Câmara Municipal, os projetos de operações de reabilitação, com o conteúdo previsto no artigo nº 16º do RJUR.

Os projetos das ORU serão remetidos ao IHRU, para parecer não vinculativo e submetido a discussão pública a promover nos termos do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT).

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9 | LEGISLAÇÃO EM VIGOR

Decreto-Lei nº 266-B/2012, de 31 de dezembro - Estabelece o regime de determinação do nível de conservação dos prédios urbanos ou frações autónomas, arrendados ou não, para os efeitos previstos em matéria de arrendamento urbano, de reabilitação urbana e de conservação do edificado, e que revoga os Decretos-Leis nos 156/2006, de 8 de agosto, e 161/2006, de 8 de agosto.

Despacho nº 14574/2012, de 12 de novembro - Cria a Comissão Redatora do projeto de diploma legal que estabelecera as ≪Exigências Técnicas Mínimas para a Reabilitação de Edifícios Antigos≫.

Lei nº 32/2012, de 14 de agosto - Procede a primeira alteração ao Decreto-Lei no 307/2009, de 23 de outubro, que estabelece o regime jurídico da reabilitação urbana, e a 54.a alteração ao Código Civil, aprovando medidas destinadas a agilizar e a dinamizar a reabilitação urbana.

Decreto-Lei nº 115/2011, de 5 de dezembro - Primeira alteração ao Decreto-Lei no 309/2009, de 23 de outubro, que estabelece o procedimento de classificação dos bens imoveis de interesse cultural, bem como o regime das zonas de proteção e do plano de pormenor de salvaguarda.

Decreto-Lei nº 46/2009, de 20 de fevereiro - Republicação do Decreto-Lei no 380/99, de 22 de setembro - Procede a sexta alteração ao Decreto-Lei no 380/99, de 22 de setembro, que estabelece o regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial (RJIGT).

Decreto-Lei nº 307/2009, de 23 de outubro - No uso da autorização concedida pela Lei no 95-A/2009, de 2 de setembro, aprova o regime jurídico da reabilitação urbana (RJRU).

Decreto-Lei nº 309/2009, de 23 de outubro - Estabelece o procedimento de classificação dos bens imoveis de interesse cultural, bem como o regime das zonas de proteção e do plano de pormenor de salvaguarda. Lei nº 67-A/2007, de 31 de dezembro ou do disposto no artigo 71.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais.

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Município de Santarém - Praça do Município - 2005-245 Santarém – NIPC 505 941 350 DGTP – Divisão de Planeamento e Projectos

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8| PEÇA DESENHADA – PLANTA

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Referências

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