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LUCAS VALINI DE OLIVEIRA EFICÁCIA DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DA PUBALGIA TRAUMATICA EM ATLETAS DE FUTEBOL: REVISÃO LITERARIA. Campo Grande MS 2020

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Campo Grande – MS 2020

LUCAS VALINI DE OLIVEIRA

EFICÁCIA DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DA

PUBALGIA TRAUMATICA EM ATLETAS DE FUTEBOL:

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LUCAS VALINI DE OLIVEIRA

EFICÁCIA DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DA

PUBALGIA TRAUMATICA EM ATLETAS DE FUTEBOL:

REVISÃO LITERARIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNIDERP, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Fisioterapia.

Campo Grande – MS 2020

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LUCAS VALINI DE OLIVEIRA

EFICÁCIA DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DA

PUBALGIA TRAUMATICA EM ATLETAS DE FUTEBOL:

REVISÃO LITERARIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNIDERP, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Fisioterapia.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

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Dedico este trabalho, em primeiro lugar, а Deus, porque Ele foi quem me deu força е

coragem durante toda esta longa

caminhada.

E a todos os professores, que foram

essenciais em minha trajetória e

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AGRADECIMENTOS

A elaboração deste trabalho não teria sido possível sem a colaboração, estímulo e empenho de diversas pessoas.

Primeiramente agradeço a Deus que permitiu que este momento fosse vivido por mim, que por muitas vezes me deu estímulo e força, esteve do meu lado em todos os momentos, mantendo-me firme na direção do meu sonho, e a todos que contribuíram para a realização deste trabalho.

Quero expressar toda a minha gratidão e apreço a todos aqueles que contribuíram para que esta tarefa se tornasse uma realidade.

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OLIVEIRA, Lucas Valini de. Eficácia da Fisioterapia no Tratamento da Pubalgia

traumática em Atletas de Futebol: Revisão Literária. 2020. 22 páginas. Trabalho

de Conclusão de Curso (Fisioterapia.) – UNIDERP, Campo grande, 03 de dezembro de 2020.

RESUMO

Tendo em vista que a pubalgia é caracterizada por um processo inflamatório não infeccioso da sínfise púbica, é causada por desequilíbrios musculares envolvendo músculos abdominais e adutores de quadril. Apresenta grande incidência entre atletas, 2% a 25% de todos os atendimentos em esportivas, sendo um problema grave, devido ao afastamento da prática esportiva por período prolongado para o tratamento fisioterápico da lesão que pode durar aproximadamente de 3 a 9 meses. Devido ao aumento do número de casos, é possível encontrar na literatura diversas propostas de intervenções não cirúrgicas para a pubalgia. O principal sintoma é a dor localizada em sínfise púbica, inserção abdominal inferior e na origem do tendão dos adutores, podendo irradiar para o ventre muscular dos músculos abdominais, adutores, períneo, região inguinal e escrotal, sendo agravada por movimentos pélvicos, deambulação, alongamento ou fortalecimento dos músculos abdominais e adutores ou atividades que aumentem a pressão. Objetivo deste trabalho é verificar, por meio de uma revisão narrativa da literatura. A intervenção apontada na literatura varia de períodos de repouso a intervenções cirúrgicas, porém, o tratamento fisioterapêutico é o mais comum, as técnicas fisioterápicas a serem utilizadas no tratamento da pubalgia no esporte e identificar o nível de evidência de sua eficácia.

Palavras-chaves: Pubalgia. Tratamento. Fisioterapia. Traumático. Atletas de

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OLIVEIRA, Lucas Valini de. Efficacy of Physiotherapy in the Treatment of

Traumatic Pubalgia in Soccer Athletes: Literary Review. 2020. 22 páginas.

Trabalho de Conclusão de Curso (Fisioterapia.) – UNIDERP, Campo grande, 03 de dezembro de 2020.

ABSTRACT

Bearing in mind that pubalgia is characterized by a non-infectious inflammatory process of the pubic symphysis, it is caused by muscle imbalances involving abdominal muscles and hip adductors. It has a high incidence among athletes, 2% to 25% of all consultations in sports, being a serious problem, due to the withdrawal from sports for a prolonged period for the physiotherapy treatment of the injury that can last approximately 3 to 9 months. Due to the increase in the number of cases, it is possible to find in the literature several proposals for non-surgical interventions for pubalgia. The main symptom is pain located in the pubic symphysis, lower abdominal insertion and at the origin of the adductor tendon, which may radiate to the muscular belly of the abdominal, adductor, perineum, inguinal and scrotal muscles, being aggravated by pelvic movements, ambulation, stretching or strengthening abdominal muscles and adductors or activities that increase pressure. The objective of this work is to verify, through a narrative review of the literature. The intervention indicated in the literature varies from rest periods to surgical interventions, however, physiotherapeutic treatment is the most common, the physiotherapy techniques to be used in the treatment of pubalgia in sports and to identify the level of evidence of its effectiveness

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 09 2 CINTURA PÉLVICA ... 11 3 ANATOMIA DA CINTURA PÉLVICA... 13 4 PUBALGIA TRAUMATICA EM ATLETAS DE FUTBOL E EFICÁcIA DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO ... 18 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 21 REFERÊNCIAS ... 22

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1 INTRODUÇÃO

A pubalgia é um processo inflamatório da sínfise púbica que compromete a musculatura abdominal e estruturas do quadril causada por atividades repetitivas. A grande intensidade de treinos e jogos torna a pubalgia traumática uma das mais recorrentes patologias nos jogadores de futebol que possuem treinos intensos e com curto tempo de repouso causando na estrutura pélvica micro traumas decorrentes da força de cisalhamento dos músculos.

A pesquisa se justifica pela importância de descrever a importância da fisioterapia no tratamento da pubalgia traumática em atletas de futebol. Com a necessidade de retorna rápido as atividades esportivas e a diminuição do quadro álgico a fisioterapia é o tratamento conservador mais indicado uma vez que os métodos e técnicas utilizados vem mostrando resultados positivos

A pesquisa presente pretende responder, mais claramente possível, a questão seguinte do problema. A dor localizada na região do abdômen, virilha e face interna das coxas são uma das principais características já que as atividades esportivas de aceleração e desaceleração as quais são submetidos nos treinos contribuem para o avanço da patologia, provocando um afastamento de suas atividades. Quais os benefícios da fisioterapia no tratamento da pubalgia traumática em atletas de futebol?

O objetivo geral do trabalho foi apresentar uma breve revisão da fisiopatologia e os objetivos específicos foram mostrar a anatômica da estrutura pélvica e descrever como a fisioterapia atua no tratamento da pubalgia traumática em jogadores de futebol utilizando suas técnicas e métodos disponíveis para o tratamento.

O método aplicado será uma revisão literária onde serão utilizados artigos de pesquisas já existentes na área medica disponíveis na internet e livros.

O tipo de pesquisa realizado neste trabalho foi uma Revisão de Literatura, no qual foi realizada consulta a livros, dissertações e em artigos científicos selecionados através de busca nos seguinte base de dados (livros, sites de banco de dados, etc.). O período dos artigos pesquisados foram os trabalhos publicados nos últimos “ 15 anos As palavras-chave utilizadas na busca foram” pubalgia; Fisioterapia e atletas de futebol”.

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O estudo constituiu-se em uma metodologia bibliográfica para identificar aspectos gerais do tema abordado e para possibilitar o enriquecimento na construção de novos conhecimentos acadêmicos na área. Através de uma revisão de literatura, a pesquisa está pautada com base documental em artigos sólidos publicados.

Como forma critérios de exclusão: outros formatos de publicações monografias, teses, editoriais e artigos que comprometem a metodologia do trabalho.

O material coletado das fontes utilizadas foi examinado no intuito de aprofundar no conhecimento e levantando argumentos de diversos autores que relatam sobre o assunto.

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2 CINTURA PÉLVICA

Caracterizada por ser uma articulação triaxial a cintura pélvica é responsável pela sustentação de peso e união entre tronco e membros inferiores o que a torna uma articulação muito estável e com pouca amplitude de movimento. Juntamente com o tronco ela auxilia na proteção das vísceras, mantem o centro gravitacional e equilíbrio do corpo além de contribuir para marcha, todo movimento realizado começa e termina dentro do centro articular (IDE, 2002).

Composta pelos ossos sacro, ílio, ísquio a articulação sacro-ilíaca articula-se posteriormente com os ossos do quadril e anteriormente com a sínfise púbica que por sua vez se articula com as cristas e sulcos ósseas. Por se tratar de uma articulação sinovial revestida por uma camada de cartilagem hialina esta membrana reveste as partes que não se articulam, diferentemente da maioria das articulações diartrodiais esta não possui movimentos involuntários (MARQUES, 2007).

A estrutura ainda é composta por ligamentos e músculos sendo os principais ligamento anterior formado por fascículos fibrosos sua espessura grossa o torna muito resistente. O ligamento posterior também pode ser chamado de disco interbubiano o mesmo possui duas porções chamadas cartilaginosa mais dura e resistente e a porção fibrocartilaginosa porção mais fragmentada com cavidades irregulares. O ligamento superior possui coloração amarela e também composto por fibras horizontais (BIENFAIT, 2000).

Os músculos flexores do quadril sendo os mais importantes retos abdominal, psoas, ilíaco, sartório, reto femoral juntamente com adutor curto, longo, e pectíneo localizados na parte anterior da coxa. Os extensores situados anterior a coxa são glúteo máximo, médios fibras posteriores, glúteo mínimo, cabeça longa do bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso. músculos adutores magno, adutor longo, curto e grácil formam os adutores de quadril. Por último temos os abdutores composto pelos músculos glúteo médio, mínimo e fibras superiores do glúteo máximo (BUSQUET, 1985).

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2.1. PUBALGIA

A pubalgia é um dos acometimentos mais comum das lesões no esporte resultado dos exercícios repetitivos durante as atividades físicas. A patologia trata-se de uma agressão na sínfise púbica que provoca microtraumas ocasionados pela força de cisalhamento provocados por exercícios intensos associadas a queda sobre os pés, ocasionando o encurtamento dos músculos adutores da coxa como adutor longo, curto, magno e pectíneo assim como estiramento da musculatura do abdômen (IDE, 2002)

A deambulação e movimentos como chute contribuem para uma piora do quadro álgico uma vez que nestes movimentos o atleta necessita estar em apoio unipodal, realizando mudanças bruscas de movimentos ligados a aceleração e desaceleração, desta maneira a pubalgia e responsável por cerca de 25% das lesões no esporte sendo 5% no futebol (KISNER,1998).

Para um tratamento eficaz uma boa avaliação é primordial uma vez que um diagnóstico precoce ajudara a trazer o atleta de volta as suas atividades. Durante a avaliação a palpação da musculatura seguida de testes específicos para o quadril como teste de grava e mobilizações passivas e ativas auxilia o terapeuta a fechar o diagnóstico e iniciar o melhor tratamento (BIENFAIT, 2000).

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3 ANATOMIA DA CINTURA PÉLVICA

A Cintura Pélvica é freqüentemente comparada com o ombro, já que é uma articulação triaxial, capaz de funcionar nos 3 planos. Em contraste com ombro, a cintura pélvica é uma articulação muito estável, feita para sustentação de peso e, conseqüentemente, sacrifica um pouco a amplitude do movimento. Ao contrario, o ombro permite uma grande amplitude de movimento, mas não é tão estável. A pelve é, a porção do esqueleto que une o tronco às extremidades inferiores, um anel ósseo formado pelo sacro e cóccix, posteriormente, e pelos dois ossos formados pela fusão do: Ílio (situado posteriormente e lateralmente); Ísquio (porção postero-inferior); Púbis (porção antero-inferior) (MIRANDA, 2000).

Para Filho (2007) a pelve é de suma importância para: - Proteção das vísceras; - Estabilizaçáo do tronco; - A pelve com os membros inferiores ajuda na marcha; - A pelve e o tronco mantém o centro de gravidade que é o centro de equilíbrio de todas às forças; - Qualquer movimento feito com a pelve o que se movimenta primeiro é a sacro ilíaca (L5, S1) o movimento vai sempre iniciar e terminar no centro articular;

Participa do movimento de enrolamento e endireitamento, juntamente com o tronco e a cabeça, com isso essas elipse é de grande importância para a formação do sistema reto. A sínfise púbica é definida como uma articulação tipo anfiartrose, isto é, uma juntura cartilaginosa, não sinovial e com pouco movimento, quase nula, formada pela união fibrocartilaginosa dos dois ossos púbicos. Compreende superfícies articulares púbicas, unidas por ligamentos interósseo e quatro ligamentos periarticulares. É importante referir que seu ligamento anterior é reforçado pelos tendões de músculos que ai se insere (FRANCISCO; PÁSCOA, 1993).

A articulação Sacroilíaca, comumente chamada articulação SI, é uma articulação sinovial anaxial, entre o Sacro e o Ilíaco. É descrita como uma articulação plana; contudo suas faces articulares são muitos irregulares. È esta irregularidade que ajuda a manter estas duas articulações juntas, a função da articulação sacroiliaca é transmitir peso da parte superior do corpo, através da coluna vertebral, para os ossos do quadril. É projetada para grande estabilidade e possuiu muito pouca mobilidade. Como outras articulações sinoviais, sua face

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articular está revestida com cartilagem hialina. A membrana sinovial reveste as partes não articulares da articulação, possui uma cápsula fibrosa reforçada por ligamentos. Está articulação difere das outras articulações diartrodiais porque não tem movimento voluntário (LIPPERT, 2003).

É uma articulação perfeitamente encaixada, as superfícies articulares da cabeça do fêmur e o acetábulo correspondem melhor uma a outra. Além disso, trata-se de uma articulação de apoio (BIENFAIT, 2000).

O ligamento interósseo, também chamado de disco interpubiano, é uma fibrocartilagem que tem a forma de cunha, constituindo-se de duas porções: uma periférica, dura, densa e muito resistente (porção cartilaginosa) e uma central, mais friável e que apresenta uma cavidade irregular de paredes aderidas (porção fibrocartilaginosa), de maior diâmetro nas mulheres (KAPANDJI, 2000).

O quadril tem um grupo de músculos uniarticulares que fornecem a maior parte do controle e um grupo de músculos biarticulares mais compridos, que proporcionam amplitude de movimento. Estes músculos também podem ser agrupados de acordo com sua localização e um pouco por sua função (LIPPERT, 2003).

Os músculos flexores do quadril são os músculos situados na parte anterior da coxa. Os músculos flexores são numerosos; os mais importantes são: reto abdominal; psoas; ilíaco; sartório; reto femoral. Certos músculos mediais também auxiliam na flexão do quadril, são eles: pectíneo; adutor curto e longo; e as fibras anteriores dos glúteos mínimo e médio. Os músculos extensores do quadril são os músculos da região glútea e posteriores da coxa: glúteo máximo; fibras posteriores de glúteo médio; fibras posteriores de glúteo mínimo; porção longa do bíceps femoral; semitendinoso; semimembranoso; porção extensora do adutor magno (BIENFAIT, 2000).

Os músculos abdutores são: fibras superiores e laterais de glúteo máximo; glúteo médio; glúteo mínimo; tensor da fáscia lata; pirifórme; sartório; obturador interno e externo (auxiliam). Os músculos adutores são: adutor magno; adutor longo e curto; grácil; pectíneo; psoas ilíaco; fibras inferiores e mediais do glúteo máximo; semitendinoso e semimembranoso auxiliam. Os músculos rotadores externos são: piriforme; obturador externo e interno; gêmeo superior e inferior; quadrado femoral;

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fibras posteriores do glúteo médio; sartório; porção longa de bíceps femoral; pectíneo; grácil; adutores longo, curto e magno. Os músculos rotadores internos são: glúteo mínimo; tensor da fáscia lata; fibras ant anteriores de glúteo médio; semitendinoso e semimembranoso auxiliam (GARDNER et al. 1988).

Os movimentos da articulação do quadril são a flexão, extensão, adução, abdução, rotação interna, rotação externa e circundação (FILHO, 2007). Em primeiro lugar, tais movimentos serão observados supondo-se o ilíaco fixo e que é o fêmur que se desloca em relação a ele (IBidem). - Flexão: é o movimento que aproxima as faces anteriores da coxa do tronco. A amplitude da flexão é variável de acordo com vários fatores. A flexão ativa do quadril é menos ampla que a flexão passiva (HAMILL, KNUTZEN, 1999)

Extensão: A extensão leva o membro inferior para trás do plano frontal. O músculo extensor do quadril estão situados atrás do plano frontal que passa pelo centro da articulação, os extensores do quadril tem a função de estabilizar a pelve no sentido ântero-posterior. Na marcha normal à extensão do quadril é realizada pelos ísquios-tibiais, na corrida ou caminhada em terreno aclive o glúteo maior é indispensável. Quando há o tensionamento do ligamento ílio-femoral. A extensão ativa é menos ampla que a passiva, quando o joelho está estendido à extensão é 20 graus mais ampla do que quando esta fletido. Isso se deve ao fato do músculo ísquios-tibiais perderem a sua eficiência enquanto realizam a extensão do quadril, pois eles utilizam grande parte de seu percurso para flexão do joelho (FILHO, 2007).

Adução: A adução leva o membro inferior para dentro e o aproxima do plano de simetria do corpo. A adução do quadril é realizada por movimentos combinados como; adução e 4 extensão do quadril, adução e flexão do quadril, adução com flexão e rotação externa, sendo esta a posição mais instável, e adução de um quadril e abdução do outro (FILHO, 2007).

- Abdução: A abdução leva o membro inferior diretamente para fora e o afasta do plano de simetria do corpo. Os músculos abdutores do quadril estão situados por fora do plano sagital que passa pelo centro da articulação e cujo trajeto passa por fora e acima do eixo anteroposterior de adução e abdução contido neste plano.

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- Rotação: Os movimentos de rotação longitudinal do quadril efetuam-se em torno do eixo mecânico do membro inferior. A rotação externa é o movimento que leva a ponta do pé para fora, enquanto que a rotação interna leva a ponta do pé para dentro. Estando o joelho completamente estendido, não existe a seu nível nenhum movimento de rotação, e somente o quadril é responsável por esse movimento (HAMILL, KNUTZEN, 1999).

- Circundação: Como para todas as articulações de três graus de liberdade, o movimento de circundução do quadril define-se como sendo a combinação dos movimentos elementares simultaneamente em torno dos três eixos (FILHO, 2007). Em segundo lugar, tais movimentos serão observados se o fêmur for o ponto fixo e o ilíaco se deslocar sobre ele, pode-se descrever os movimentos do ilíaco: anteversão, retroversão, inclinação lateral externa, inclinação lateral interna. Para isso, observam-se os deslocamentos da espinha ilíaca ântero-superior:

- Anteversão são movimentos que se prolonga na coluna lombar por uma tendência à lordose, ou seja, o osso ilíaco movimenta-se para cima e para frente (HAMILL, KNUTZEN, 1999).

- Retroversão são movimentos que se prolonga na região lombar por uma tendência ao endireitamento da lordose, ou seja, o osso ilíaco movimenta-se para baixo e para trás. - Inclinação Lateral Direita e Inclinação Lateral Esquerda: são movimentos que acontecem quando o fêmur no qual a pelve esta inclinada e fixo como quando se fica de pé sobre uma perna só e a outra perna está livre para se movimentar, a pelve está inclinada lateralmente para trazer o centro de gravidade sobre a base e assim manter o equilíbrio pela abdução ou adução na articulação do quadril da perna que está fixa. Uma inclinação avançada da pelve a partir do ponto de sustentação é produzida e mantida pela contração dos abdutores do quadril do pé sustentador. Ambos os movimentos tendem a levar a região lombar a uma inclinação lateral (FILHO, 2007).

Os movimentos do sacro em relação ao ilíaco são totalmente diferentes. A força é descendente e o sacro é tributário da coluna lombar, a qual é ligado. É um segmento da coluna, cujas leis submetem-se, e aqui devemos considerar os dois ilíacos como segmento fixo. São movimentos sacro ilíacos, a nível da articulação L5 e S1 as curvas invertem-se. O sacro então levado em um movimento de báscula

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antero-posterior em torno de um eixo transversal. O centro de flutuação do sacro entre os ilíacos estando ao nível do corpo da segunda sacra, todos os eixos do movimento passa por esse ponto (BIENFAIT, 2000).

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4 PUBALGIA TRAUMATICA EM ATLETAS DE FUTBOL E EFICÁcIA DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO

A pubalgia dentro do futebol te m-se caracterizado como um problema grave e crescente, preocupando atletas, treinadores, médicos e fisioterapeutas. O aumento de sua incidência é inegável, sendo justificado por algumas hipóteses: aumento da magnitude e dos valores a serem atingidos pelos atletas, o aumento da carga e do volume de treinamento, inovações no treinamento da técnica e tática, baixa preparação técnica dos treinadores (LASMAR, 2002).

A Pubalgia traumática trata-se de uma lesão que aparece pela agressão da sínfise pubiana, o traumatismo direto felizmente é muito raro. A pubalgia traumática caracteriza-se por uma seqüência de quedas sobre os pés, as forças de recepção no solo podem ser desiguais, um ramo pubiano pode elevar-se mais do que o outro, levando a um cisalhamento do púbis com estiramento dos ligamentos pubianos associados, ou não, a um bloqueio do ramo pubiano em superioridade. A algia pode ser referida na virilha, na face interna das coxas ou no abdômen e eventualmente um aumento da dor pode dificultar o caminhar (CANAVAN, 2001).

A fisioterapia é extremamente útil e efetiva em muitos atletas porque ajuda a resolver os desequilíbrios musculares do quadril e dos estabilizadores da pelve através da terapia manual, com o fortalecimento muscular e alongamentos adequados seguidos de exercícios aeróbico (CIPRIANO, 1999).

Seu tratamento demanda tempo prolongado de três a nove meses, no qual a interrupção da prática esportiva é essencial. No caso do futebol, a ausência do jogador por tempo tão prolongado pode determinar sua desvalorização dentro da equipe. O atleta vê-se então obrigado a escolher entre duas opções: iniciar o tratamento e correr o risco de perder sua posição na equipe ou ignorar seu problema, continuando a atividade esportiva sob efeito de dor ou medicamentos, e só iniciando o tratamento em uma fase crônica e de difícil evolução (HAMILL, 1999).

Essa situação aumenta ainda mais a necessidade do conhecimento dos mecanismos relacionados ao desenvolvimento da pubalgia, possibilitando a utilização de medidas preventivas (LASMAR, 2002).

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4.1 O TRATAMENTO E FISIOTERAPIA

O tratamento da pubalgia caracteriza-se por tempo prolongado de três a nove meses, sendo o repouso de fundamental importância. Obviamente, quanto mais cedo for iniciado o tratamento, menor o tempo e melhor seu resultado o (STARKEY, 2001).

O tratamento conservador baseia-se no repouso, aplicações locais de gelo e ultra-som, uso de antiinflamatórios não esteróides e infiltrações de corticóides perilocais em alguns casos. Caso se diagnostique um ilíaco bloqueado, o restabelecimento de sua mobilidade pode ser feito através de técnicas de manipulação ou técnicas de mobilização (BUSQUET, 1985).

A melhora da flexibilidade de todos os músculos envolvidos direta ou indiretamente com o púbis, ou seja: isquiotibiais, retofemoral, iliopsoas, adutores, rotadores externos de quadril, quadrado lombar, é de essencial importância para o sucesso do tratamento Assim como a correção de possíveis desbalanceamentos de forças criados pelo futebol como na relação entre abdutores do quadril x adutores e rotadores internos de quadril (COHEN; ABDALLA, 2003).

De acordo com as referências bibliográficas a pubalgia é uma lesão muito complexa, com muita dificuldade de diagnóstica-lá precocemente, sendo assim, acontece uma demora do tratamento, atingindo uma grande quantidade de atletas de futebol, limitando-os na prática esportiva. Grados (2007), acrescenta: diagnosticar a causa da dor na virilha pode ser difícil, porque neste ponto pode haver mais do que um fator contribuindo

Durey (1993) e Grados (2007), afirmam que ficou comprovado que fatores pré disponentes, como hiperlordose lombar, dismetrias dos membros, pés cavos levam a pubalgia, sendo assim o tratamento preventivo tem como objetivo de diminuir a hiperlordose lombar, o uso de palmilhas para que haja uma simetria dos membros, calçados adequados, gramados em boas condições, tipos de treinamentos e a preparação física do atleta.

Busquet (1985) e Castropil (2007) afirmam, que o aparecimento da dor na região do baixo abdômem, e a solicitação excessiva da musculatura abdominal é necessária para estabilizar o tronco na hora do chute. Este fato acontece, associado

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às retrações e os desequilíbrios musculares, desencadeando a lesão, auxiliando no surgimento de outras lesões como tendinites, estiramentos, distensões e contraturas musculares ocasionando deteriorização ósteotendíneas. Neste caso deve-se intervir cirurgicamente.

A fisioterapia entraria com um programa de reequilíbrio muscular e diminuição das retrações, estiramentos e distensões, através de várias técnicas como Osteopatia, RPG, entre outras técnicas manuais. Com isso, podemos verificar, que a opinião dos autores são necessárias, para o aprimoramento das técnicas e tratamento, objetivando um alongamento e um fortalecimento adequado onde ocorra o reequilíbrio muscular necessário para o tratamento da pubalgia (CANAVAN, 2001). O tratamento adequado é multidisciplinar, onde o médico diagnostica e prescreve os medicamentos; o fisioterapeuta elabora um programa adequado de reabilitação e o preparador físico atua na perpetuação dos resultados obtidos, sendo que o tratamento preventivo é a melhor opção, daí a importância de um programa adequado de exercícios de alongamentos antes e depois dos jogos ou treinos (STARKEY, 2001).

A fase de reabilitação pode ser dividida em aguda; fase de reabilitação, onde inicia-se o treinamento aeróbio, fortalecimento dos grupos musculares e os alongamentos; e por último, a fase de retorno ao esporte, onde se trabalha a propriocepção específica, e dependendo da evolução, o retorno total ao esporte. O tratamento clínico inicialmente está baseado no repouso e nas medidas para a redução do quadro álgico, sendo que às vezes, diminuindo a quantidade de treinamentos, os sintomas já aliviam. Além da eletrotermofototerapia e hidroterapia, o tratamento vai de encontro à reeducação do equilíbrio proprioceptivo muscular através de métodos como Terapia manual, Cinesioterapia, Isostreching de Busquet, e outros (LASMAR; LASMAR; CAMANHO, 2002).

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Constata-se que a atuação da fisioterapia desportiva através de programas preventivos é a melhor estratégia para a realização de uma boa temporada do atleta profissional, uma vez que disfunções como a pubalgia podem ocasionar afastamento do atleta de sua função.

As evidências que o exercício, do fortalecimento da musculatura do quadril e abdominal, pode ser uma intervenção eficaz para o tratamento. Os estudos sugerem que uma duração de intervenção seja entre 5 e 17 semanas podem ser necessária para que a intervenção no exercício seja eficaz. As evidências sugerem, portanto, que os exercícios são fundamentais para a regressão da dor e retorno ao esporte para atletas com diagnóstico de pubalgia. Os estudos sugerem que os exercícios de fortalecimento deverão progredir para contrações isométricas e excêntricas.

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REFERÊNCIA

BIENFAIT, Marcel. As bases da Fisiologia da Terapia Manual. Ed. revista e atualizada, São Paulo: Summus editorial, 2000.

BUSQUET, Leopoldo. A Pubalgia: Medicina Osteopática e na Medicina Despotiva. Vol. 03, Lisboa: Europress, 1993.

DUREY, Alain; BOIDA, André. Medicina do Futebol. 2ª ed. São Paulo: Manole, 1993. FILHO, Blair José Rosa. Cintura Pélvica.

FILHO, Blair José Rosa. Anatomia, Estudo Regional do Corpo Humano. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, Cintura Pélvica, de 2007.

FRANCISCO, LEMOS E PÁSCOA. A Pubalgia em Jogadores de Futebol Profissional: uma proposta de tratamento. Revista Brasileira de Ortopedia. 1993; 20(40).

GARDNER E., et al: Anatomia, Estudo Regional do Corpo Humano. Rio de Janeiro,

Guanabara Koogan, 291, 1988.

HAMILL.Joseph, KNUTZEN. M. Katheen. Bases Biomecânicas do Movimento Humano. São Paulo: Manole, 1999.

IDE, Maiza Ritomy; CAROMANO, Fátima Aparecida. Pubalgia: causas e possibilidades terapêutica. Revista Fisioterapia Brasil, Atlântica, v. 3, n. 6, p. 403-414, nov./dez. 2002.

KISNER, Carolyn. Exercícios Terapêuticos. 3ª ed. São Paulo: Manole,1998.

LASMAR, Neylor P.; LASMAR, Rodrigo C. P.; CAMANHO, Gilberto L. Medicina do Esporte. Rio de Janeiro: Revinter, 2002..

LASMAR, Neylor P.; LASMAR, Rodrigo C. P.; CAMANHO, Gilberto L. Medicina do Esporte. Rio de Janeiro: Revinter, 2002.

LIPPERT, Lynn. Cinesiologia Clínica para Fisioterapeutas. 3ª ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2003.

MARQUES, Izidro. Curso Terapia Manual e Postural: Púbis. Fortaleza: Unimarques, 2007.

STARKEY, Chad. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia. 2ª ed. São Paulo:

Referências

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