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AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ECONÔMICOS DO PAA-LEITE DOS BENEFICIÁRIOS E PRODUTORES NO ESTADO DO CEARÁ EM 2013

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AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ECONÔMICOS DO PAA-LEITE DOS BENEFICIÁRIOS E PRODUTORES NO ESTADO DO CEARÁ EM 2013

Autor(es) Rafaela Carnevale1; Janaina Cabral da Silva2; Jennifer Cicera dos Santos Faustino3; Wallace da silva Almeida4

Filiação 1 Doutoranda em Economia – UFU. Uberlândia/Minas Gerais; 2 Doutoranda em Economia – UFU. Uberlândia/Minas Gerais; 3 . Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA) – Campus do Pici/UFC Fortaleza/Ceará; 4 Doutorando em Economia – UFU. Uberlândia/Minas Gerais

E-mail 1 rafaelacarnevale@hotmail.com; 2 janaina.12@gmail.com; 3 jenniferholy@gmail.com; 4 wallacealmeida88@hotmail.com

Grupo de Pesquisa: SEGURANÇA ALIMENTAR E AGRICULTURA FAMILIAR

Resumo

O Programa de Aquisição de alimentos tem como uma das modalidades o PAA – Leite que tem como meta impulsionar a produção e o consumo do leite, colaborando com a diminuição da fome e da desnutrição das pessoas vulneráveis socialmente por meio da distribuição de leite gratuita. No Ceará, foi implantado em mais de 80 municípios. Com isso, o presente artigo objetiva avaliar os impactos econômicos do PAA-Leite dos beneficiários e produtores no estado do Ceará em 2013. Os dados foram extraídos a partir da Prestação de Contas e Relatório de Desempenho do Fundo Estadual de Combate à Pobreza. Quanto ao percurso metodológico, foi realizado um estudo de caso e a natureza do trabalho é descritiva e explicativa. Constatou-se que o programa tem auxiliado no crescimento do capital social das localidades beneficiadas, contribuindo na resolução dos problemas da cadeia produtiva do leite e favorecendo a população que se encontra em situação de insegurança alimentar e nutricional no estado do Ceará.

Palavras-chave: PAA-Leite; Beneficiário; Produtor; Cadeia Produtiva do Leite. Abstract

The Program Acquisition of food has as one of the ways the PAA - Milk aims to boost production and milk consumption, contributing to the reduction of hunger and malnutrition of vulnerable people socially through the free distribution of milk. In Ceará, was deployed in more than 80 municipalities. Thus, this article aims to assess the economic impacts of the PAA-Milk beneficiaries and producers in the state of Ceará in 2013. Data were extracted from the Accountability and State Fund Performance Report for Combating Poverty.

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Regarding the methodological approach, we conducted a case study and the nature of work is descriptive and explanatory. It was found that the program has helped in the growth of the capital stock of the beneficiary localities, contributing in solving supply chain problems of milk and favoring the population that is in a situation of food and nutrition insecurity in the state of Ceará.

Key words: PAA-Milk; Beneficiary; Producer; Production Chain Milk.

1. Introdução

A pobreza é um dos problemas mais sérios que o Brasil tem enfrentado, sendo a fome uma das suas piores consequências. Para o seu enfrentamento, é necessário que a população tenha acesso a cidadania, principalmente no que diz respeito ao direito de se alimentar dignamente (MALUF, 2006).

Neste contexto, segundo Mattei (2006), em 2002, o combate à fome ganhou uma maior proporção ao ser destacado como prioridade pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva que implementou o Programa Fome Zero (PFZ) e o Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar (MESA). O PFZ propõe avaliar em que medidas os compromissos firmados junto a Cúpula Mundial de Alimentação, para diminuir a fome no país, estão sendo cumpridos e mobilizar a sociedade com o tema (BELIK, DEL GROSSI, 2003).

As ações delineadas pelo programa abordavam dois aspectos: iniciativas emergenciais – que distribuíam cestas básicas, banco de alimento, merenda escolar, etc; e ações de cunho estrutural – fundamentado no crescimento da oferta de alimentos, a melhora da renda das famílias e o barateamento dos produtos. Essas medidas buscam suplantar as ações assistencialistas tradicionais na história brasileira combatendo a fome, incluindo socialmente as famílias e, consequentemente, elevando o desenvolvimento local (MATTEI, 2007).

Essa mudança conjuntural começou a se tornar perceptível nas zonas rurais a partir do crescimento do credito rural Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), a criação do Seguro Agrícola para os agricultores familiares e com a criação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Sendo este último, um grande apoiador da comercialização dos produtos advindos da agricultura familiar, visando fortalecer a política nacional de combate à fome (MULLER et al., 2007).

O Programa de Aquisição de alimentos tem como uma das modalidades o PAA – Leite. Este, uma vez implantado no Ceará em 2004, atingiu mais de 80 municípios com a finalidade de impulsionar a produção e o consumo do leite, colaborando com a diminuição da

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fome e da desnutrição das pessoas vulneráveis socialmente por meio da distribuição de leite gratuita (CEARÁ, 2010).

Tal programa pretende: a) fortalecer o setor produtivo – bovinocultura e caprinocultura leiteira – através da aquisição de leite com garantia de preço durante todo o ano; b) inserção do pequeno agricultor familiar, produtor de leite, no mercado formal; c) distribuir leite diariamente para crianças de 02 a 07 anos de idade, gestantes, idosos e nutrizes, desde que estejam em estado de insegurança alimentar e nutricional; d) incentivar que a vacinação das crianças fique em dia, o acompanhamento nutricional dos beneficiados, o acompanhamento pré-natal das gestantes e estimular a amamentação; e) contribuir para a diminuição da mortalidade infantil; e f) contribuir para diminuição da desigualdade social (CEARÁ, 2010).

Para que o município possa participar do programa, é necessário que tenha um baixo IDM - Índice de Desenvolvimento Municipal e as pessoas precisam estar em um estado de insegurança alimentar e nutricional, especialmente aquelas de renda per capita na faixa de meio salário mínimo, beneficiando principalmente crianças e mulheres grávidas, e pequenos produtores de leite que se enquadram nos grupos “A”, “A/C”, “B” e agricultores familiares do PRONAF. É necessário que produzam até 150 litros de leite por dia, podendo atingir um teto semestral de quatro mil reais, que tenham vacinado seus rebanhos contra aftosa e brucelose e organizados em cooperativas, associações ou grupos informais (CEARÁ, 2010).

No estado do Ceará, o órgão que controla o programa é a Secretaria do Desenvolvimento Agrário – SDA, que pode constituir uma comissão técnica para acompanhar a execução do programa. Conveniada com o MDS, implementou Centros Comunitários de Produção de Leite (CCPL) e Tanques de Resfriamento de Leite (TRL), que auxiliam na melhoria da qualidade do leite dos produtores. A SDA distribuiu kits de higienização da ordenha, kits de análise de leite e kits de inseminação artificial (CEARÁ, 2010).

Nesta perspectiva, pode-se destacar que o PAA-Leite pode ajudar no crescimento do capital social das localidades onde o programa é implantado, colaborando na resolução dos problemas da cadeia produtiva do leite. Diante disto, o presente estudo tem como objetivo avaliar os impactos econômicos do PAA-Leite dos beneficiários e produtores no estado do Ceará em 2013, analisado a partir de dados extraídos da Prestação de Contas e Relatório de Desempenho do Fundo Estadual de Combate à Pobreza – FECOP.

Logo, para responder a problemática sugerida por este artigo, será realizado um estudo de caso acerca do PAA-Leite e os agentes envolvidos neste projeto no estado do Ceará. O

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estudo de caso pode ser considerado como uma estratégia de pesquisa que observa a investigação de um fenômeno dentro de seu contexto real, principalmente, quando os limites entre o contexto e o fenômeno não são claros (YIN, 2002). Não obstante, este estudo também é uma pesquisa documental, em que se aborda a legislação específica alusiva ao projeto em questão, visto que, para Cellard (2008), o documento escrito constitui, nas ciências sociais, uma fonte de extrema relevância para todo pesquisador.

Pode-se dizer, também, que este trabalho é de natureza descritiva e explicativa quanto aos seus objetivos, uma vez que o PAA-Leite e seus prováveis impactos para os beneficiários e produtores rurais fazem parte dos elementos a ser descrito nesta pesquisa (GIL, 2002). Para tanto, para a análise dos dados, as informações foram retiradas da Prestação de Contas e Relatório de Desempenho do Fundo Estadual de Combate à Pobreza, sendo subsidiados pela Secretaria de Desenvolvimento Agrário - SDA.

Sendo assim, este estudo, além dessa introdução, estrutura-se em mais três seções. Na próxima, será exposto o referencial teórico que dá fundamento a problematização aqui sugerida. A seção três expõe a análise dos resultados obtidos, pela Prestação de Contas e Relatório de Desempenho do Fundo Estadual de Combate à Pobreza, acerca do Projeto de Incentivo à Produção e Consumo do Leite para o ano de 2013. E, por fim, completando a estrutura deste trabalho, a quarta seção, conclui de forma singular a exposição das considerações finais.

2. Referencial Teórico

2.1 Breve histórico acerca do PAA e PAA-Leite

A problemática da pobreza tem sido um dos grandes desafios do Brasil durante toda sua história, sendo em 1937, durante o governo Vargas, que aparecem os primeiros sinais de que o poder público começava a tecer políticas que combatesse à fome. Porém, somente após a ditadura militar, os procedimentos para lidar com essa questão tonaram-se expressivos (VASCONCELOS, 2005).

De acordo com Belik, Silva e Tagaki (2001), os programas que se seguem a partir de 1989 buscavam dissipar um passado de políticas desastrosas no que diz respeito à distribuição de alimentos, uma vez que a maioria desses artifícios do governo serviam principalmente para acalmar a população que exigia melhor qualidade de vida. Essas políticas, também, tentavam minimizar os conflitos e desigualdades sociais resultantes do aumento da exploração do

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trabalho. Estas possuíam cunho progressista, assistencialista, paternalista e clientelista e entre 1975 a 1989 conseguiram diminuir os índices de desnutrição no país.

A partir de 1985, várias políticas públicas foram criadas para combater a fome. A primeira foi o Plano Subsídios para Ação Imediata contra a Fome e o Desemprego e em 1987- 1989 foram instituídas Programa de Abastecimento Popular (PAP) e do Programa Nacional do Leite para Crianças Carentes (PNLCC), com o intuito de beneficiar famílias com rendas inferiores a dois salários e crianças de até sete anos de idade (BELIK, SILVA e TAGAKI, 2001).

A década de 1990, durante o governo Collor, destaca-se pela redução dos gastos com a agricultura e com os programas de alimentação, acabando com o Programa de Distribuição Emergencial de Alimentos (PRODEA). Durante o governo Itamar, em 1993, foi criado o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (CONSEA) devido às manifestações lideradas por Herbert de Souza (Betinho) (BELIK, SILVA e TAGAKI, 2001).

O CONSEA foi substituído pelo Conselho Comunidade Solidária e criado o Programa Comunidade Solidária, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (FHC). Em seu segundo mandato, FHC aprovou a Política Nacional de Alimentação e Nutrição e o Programa Nacional de Renda Mínima, criando também o Bolsa-Alimentação e o Bolsa-Escola (VASCONCELOS, 2005).

Com a entrada de Luís Inácio Lula da Silva no Governo Federal, foi implantado o Programa Fome Zero (PFZ), que tinha como pressuposto a responsabilidade do Estado garantir a alimentação da população. Esta política pública tinha como objetivos avaliar a situação dos programas de combate à fome no Brasil, diante dos compromissos firmados pelo país na Cúpula Mundial de Alimentação de 1996, e retomar a mobilização da sociedade em torno do tema da segurança alimentar (BELIK, DEL GROSSI, 2003; YASBEK, 2004).

Para atingir esses objetivos, o PFZ necessitava que várias ações integradas fossem operacionalizadas, tendo em vista a geração de emprego e renda, previdência social, incentivo à agricultura familiar, ampliação da reforma agrária, bolsa-escola, segurança e qualidade dos alimentos (VASCONCELOS, 2005).

No que se refere às políticas de incentivo à agricultura familiar e também de combate à fome, destaca-se o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, que foi criado pela Lei Nº 10.696, de 02 de julho de 2002, com a finalidade de incentivar a agricultura familiar, a partir de ações que permitissem a distribuição de alimentos produzidos pelos agricultores familiares para pessoas que se apresentem em situação de insegurança alimentar e para formação de

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estoques regulatórios. Em 2011, o PAA foi incorporado ao Programa Brasil sem Miséria (HOLANDA, 2012).

De acordo com Oliveira (2011), a aquisição dos produtos pelo Estado podem vir dos agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais e os preços dos produtos levam em conta as diferenças regionais. A operacionalização do programa é determinada pelos gestores, tendo em vista a doação às instituições, como restaurantes populares, escolas e creches (HOLANDA, 2012).

O PAA possui seis modalidades, atuando com: (1) Compra Direta da Agricultura Familiar (CDAF); (2) Compra Antecipada Especial da Agricultura Familiar (CAEAF); (3) Compra Direta Local da Agricultura Familiar (CDLAF); (4) Incentivo à Produção e ao Consumo do Leite (IPCL); (5) Contrato de Garantia de Compra (CGAF) e; (6) Compra Antecipada da Agricultura Familiar (CAAF). No Estado do Ceará, as modalidades são realizadas pela CONAB, por meio do Decreto Nº 6.447 de 07 de maio de 2008 (OLIVEIRA, 2011).

Em 2004, no estado do Ceará, foi implantado o PAA-Leite que é uma das vertentes do Programa de Aquisição de Alimentos, cuja finalidade é incentivar a produção e o consumo de leite nos estados, combatendo a fome e a desnutrição da população que tenha renda per capita de meio salário mínimo e esteja em estado de insegurança alimentar e nutricional. O programa visa à distribuição gratuita do leite e o fortalecimento da cadeia produtiva do leite (CEARÁ, 2010).

O projeto Incentivo à Produção e ao Consumo de Leite é ancorado na política Nacional de apoio à Agricultura Familiar (PNAF) e na Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN), decorrente de suas duas vertentes de atuação: aquisição de leite produzido por agricultores familiares, garantindo preço justo e escoamento da produção e distribuição do leite adquirido, contribuindo para a melhoria das condições nutricionais de seus beneficiários. Executado também com recursos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o projeto alinha-se no nível federal ao Programa Aquisição de Alimento (PAA), criado em 2003, no âmbito do Programa Fome Zero (CEARÁ, 2013).

A produção tem crescido devido à criação de Centros Comunitários de Produção de Leite (CCPL) e Tanques de Resfriamento de Leite (TRL), que favorecem os agricultores familiares. Para participarem do programa, os produtores de leite precisam estar cadastrados no PRONAF, ser quilombola ou indígena, estar inserido no CCPL e TRL do Ceará e seguir os critérios cadastrais e fiscais (CEARÁ, 2010).

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A Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) executa o programa no Ceará unida à Secretaria de Saúde, Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, Associação de Prefeituras do Estado do Ceará (APRECE), CONSEA, Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMARTECE), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do estado do Ceará (FETRAECE), prefeituras municipais e suas secretarias, sindicatos e associações comunitárias (CEARÁ, 2010).

Com foco na Gestão por Resultados e na busca de alcançar o resultado estratégico setorial Agricultura Familiar Fortalecida e Sustentável, a SDA inscreveu e obteve recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza – FECOP para execução de onze projetos: (1) Incentivo à Produção e ao Consumo de Leite, (2) Quintais Produtivos, (3) Construção de Cisternas de Enxurrada e Barragens Subterrâneas para Quintais Produtivos, (4) Garantia Safra, (5) Práticas Agrícolas Conservacionistas de Convivência com o Semiárido Cearense, (6) Fortalecimento das ações de ATER nos territórios rurais do Estado do Ceará, (7) Assistência Técnica e Extensão Rural aos Agricultores Familiares (Agente Rural), (8) Ampliação dos Serviços de ATER nos Territórios de Cidadania, (9) Implantação de Casas Digitais do Campo,(10) Habitação Rural nos Assentamentos do Programa Nacional de Crédito Fundiário e (11) Biodiesel (CEARÁ, 2011).

O FECOP atua como um instrumento complementar às políticas públicas estatais, apoiando os projetos assistenciais e projetos estruturantes. Estes projetos, devem ser planejados e executados na perspectiva da intersetorialidade e transversalidade, com o objetivo de garantir ações integradas que potencializem os recursos disponíveis. Os projetos assistenciais priorizarão ações direcionadas aos pobres crônicos ou grupos mais vulneráveis com baixa potencialidade de migrar da condição de pobre para não pobre. Os projetos estruturantes se destinam à população em situação de pobreza, visando proporcionar condições que possibilitem a migração da condição de pobre para não pobre (CEARÁ, 2014).

Isto posto, sendo o PAA-Leite um dos projetos financiados com recursos do FECOP, as próximas seções terão por base a Prestação de Contas e Relatório de Desempenho do Fundo Estadual de Combate à Pobreza para sintetizar e analisar, de forma objetiva, os resultados obtidos nas avaliações realizadas pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará – IPECE, vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão – SEPLAG, instituição responsável pela gestão do FECOP, por demanda da Gerência Executiva do Fundo – GEF.

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2.2 FUNDO ESTADUAL DE COMBATE À POBREZA – FECOP

Consolidando a implementação de uma política de combate sistemático a pobreza, o Fundo Estadual de Combate à Pobreza – FECOP foi instituído por meio da Lei Complementar Nº 37, de 26 de novembro de 2003 e regulamentado pelo Decreto Nº 27.379 de 1º de março de 2004.

De acordo com a Prestação de Contas e Relatório de Desempenho do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (2014), os recursos do FECOP advém de parcela do produto da arrecadação que corresponde ao adicional de dois pontos percentuais na alíquota do Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transportes Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações ICMS, ou do imposto que vier substituí-lo, incidente sobre os produtos e serviços especificados como: bebidas alcoólicas, armas e munições, embarcações esportivas, fumo, cigarros, energia elétrica, gasolina, serviços de comunicação e de outras receitas que vierem a ser destinadas ao Fundo.

Ainda em consonância com o relatório supracitado, o mesmo dispõe-se a acatar os princípios constitucionais que conduzem o funcionamento da administração pública quanto à publicidade e transparência dos atos públicos e ao Decreto nº. 29.910 de 29 de setembro de 2009, cujo inciso VII do art. 13 determina que o Conselho Consultivo de Políticas e Inclusão Social (CCPIS) deverá dar publicidade aos critérios de alocação e uso dos recursos do FECOP, encaminhando, semestralmente, à Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, à Controladoria Geral do Estado (CGE) e ao Tribunal de Contas (TCE), relatório de desempenho físico-financeiro, no prazo de 60 (sessenta) dias após o encerramento do semestre.

Assim, de acordo com o decreto acima mencionado, as Secretarias de Estado prestam contas à Gerência Executiva do FECOP (GEF). Estes, são realizados por meio de ofício assinado pelo seu titular, informando, detalhadamente, a aplicação dos recursos segundo o projeto aprovado e declarando expressamente que a documentação comprobatória das despesas está à disposição dos órgãos fiscalizadores da Administração Pública e da Gerência Executiva do FECOP (GEF), quando assim exigido.

Ainda em conformidade com a Prestação de Contas e Relatório de Desempenho do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (2014), destaca-se que pelo Decreto nº 31.262, de 31 de julho de 2013, que alterou a estrutura organizacional da SEPLAG, a Gerência Executiva do FECOP, que antes estava vinculada à Coordenadoria de Planejamento, Orçamento e Gestão –

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CPLOG, constitui-se hoje na Coordenadoria de Promoção de Políticas de Combate à Pobreza e Inclusão Social – CCOPI.

O FECOP tem como orientação principal o combate à pobreza a partir da criação de meios para o fortalecimento do patrimônio individual e social das áreas pobres. Desta forma, sua maior pretensão é promover transformações estruturantes de combate à pobreza de forma eficaz, sendo suas ações são segmentadas em duas vertentes: (1) assistir aos pobres dando um mínimo de condições de sobrevivência no curto prazo e aos grupos vulneráveis quando estes se encontrarem em situações adversas e; (2) priorizar as ações que venham a criar condições para uma efetiva migração da condição de pobre para não pobre a médio e longo prazo (CEARÁ, 2014).

Com isso, o objetivo superior do FECOP é promover mudanças estruturais que permitam as famílias que estão abaixo da linha de pobreza o ingresso no mercado de trabalho e acesso a renda, bens e serviços essenciais por meio da ampliação de investimentos em capital social, físico-financeiro e humano. Para tanto, financia projetos de transferência de renda e ativos e projetos estruturantes nas áreas que apresentam graves indicadores sociais, assim como junto a famílias em condições de vulnerabilidade. Sua instância máxima de decisão é o Conselho Consultivo de Políticas de Inclusão Social formado por representantes do Governo e da Sociedade Civil e para sua implementação, foi constituído uma Gerência Executiva responsável pela supervisão dos projetos financiados pelo FECOP (CEARÁ, 2014). Logo, a avaliação dos resultados e impactos dos projetos financiados pelo FECOP é de extrema relevância para que o Governo do Estado do Ceará e a sociedade cearense possam averiguar, de forma clara e direta, se as ações destes projetos exercem impactos efetivos sobre indivíduos, famílias e/ou instituições, e em que medida estes impactos podem ser diretamente atribuídos a intervenção destes projetos (CEARÁ, 2014).

Assim, com a realização das avaliações, é possível dimensionar os impactos das intervenções dos projetos do FECOP para a redução da pobreza no Estado do Ceará, observando se, de fato, os projetos atingiram seus objetivos, além de propiciar subsídios para uma melhor alocação dos recursos públicos destinados ao combate à pobreza.

3. Resultados e Discussão

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Tendo em vista o projeto de Incentivo à Produção e ao Consumo de Leite, esta seção tem por finalidade sintetizar os resultados obtidos para o ano de 2013. Para tal, utiliza-se dos dados da Prestação de Contas e Relatório de Desempenho do Fundo Estadual de Combate à Pobreza – FECOP.

Atinente ao projeto supracitado, que tem por âncora a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN) e a Política Nacional de Apoio à Agricultura Familiar (PNAF), este decorre das suas duas vertentes de atuação: aquisição de leite produzido por agricultores familiares, garantindo preço justo e escoamento da produção e distribuição do leite adquirido, contribuindo para a melhoria das condições nutricionais de seus beneficiários.

O projeto de Incentivo à Produção e ao Consumo de Leite também é executado com recursos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Não obstante, este alinha-se no nível federal ao Programa Aquisição de Alimento, desenvolvido em 2003, na esfera do Programa Fome Zero (CEARÁ, 2013).

Conforme descrito em Ceará (2013), a finalidade central do programa é apoiar o desenvolvimento das ações de continuidade do projeto de Incentivo à Produção e ao Consumo de Leite, visando o fortalecimento da cadeia produtiva, por meio da geração de renda e da garantia de preço do produto, diminuindo a vulnerabilidade social com o combate à fome e à desnutrição. Ademais, como objetivos específicos tem-se:

 Fortalecer o setor produtivo, bovinocultura e caprinocultura leiteira, por meio da aquisição de leite com garantia de preço equilibrado durante todo o ano;

 Inserir o pequeno agricultor familiar pronafiano, produtor de leite, no mercado formal;

 Garantir a compra do produto durante todo ano;

 Distribuir leite diariamente para crianças de 02 anos a 07 anos de idade, gestantes, idosos acima de 60 anos, nutrizes e outros, desde que estejam em estado de insegurança alimentar e nutricional;

 Incentivar para o cumprimento pontual do calendário de vacinação das crianças, o acompanhamento nutricional dos beneficiários, o acompanhamento pré-natal das gestantes e estimular a amamentação;

 Contribuir para a diminuição da desigualdade social;

 Garantir o direito humano a alimentação adequada, conforme os conceitos de Segurança

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E, como metas físicas estabelecidas pelo projeto de Incentivo à Produção e ao Consumo de Leite para o ano de 2013, o Quadro 01 ordena as metas previstas e executadas para o projeto em questão. Do previsto para aquisição e distribuição de litros de leite bovino por dia, cerca de 53% foi executado e para o leite de caprino, apenas 28%. De um total de 180 municípios previsto para beneficiamento, 177 foram atendidos, ou seja, o corresponde a 98%.

Quadro 01– Metas Físicas do projeto de Incentivo à Produção e ao Consumo de Leite (2013)

PREVISTA EXECUTADA

Adquirir e distribuir 95.000 litros de leite bovino por dia

Adquiridos e distribuídos 50.070 litros de leite bovino por dia

Adquirir e distribuir 5.000 litros de leite caprino por dia

Adquiridos e distribuídos 1.394 litros de leite caprino por dia

Beneficiar 180 municípios com a distribuição de leite gratuita

Beneficiados 177 municípios com a distribuição de leite gratuita

Beneficiar 100.000 pessoas com a distribuição diária de 1 litro de leite para cada

Beneficiadas 51.464 pessoas com a distribuição diária de 1 litro de leite para cada

Beneficiar aproximadamente 2.500 produtores de leite da agricultura familiar

Beneficiados aproximadamente 2.000 produtores de leite da agricultura familiar

Fonte: Ceará (2013) - Prestação de Contas e Relatório de Desempenho do Fundo Estadual de Combate à Pobreza – FECOP

Ainda em consonância com o Quadro 01, a previsão era de beneficiar 100.000 pessoas com a distribuição diária de 1 litro de leite, porém, apenas um pouco mais da metade foram beneficiadas, 51.464. Já os produtores de leite da agricultura familiar atingiram um percentual de 80%.

Realizando uma análise qualitativa dos resultados, a Prestação de Contas e Relatório de Desempenho do Fundo Estadual de Combate à Pobreza para o ano de 2013, destaca que os efeitos alcançados pelo projeto de Incentivo à Produção e ao Consumo de Leite no ano de 2013, são acatados como positivos por considerar as dificuldades e adversidades enfrentadas diante da seca que permeia o solo cearense.

Entretanto, mesmo sofrendo um desabastecimento de leite – acarretado pela estiagem e pelo baixo preço do litro de leite praticado pelo projeto – quando comparado com o praticado pelas queijeiras e pelo mercado na atual conjuntura (situação emergencial), foram adquiridos e distribuídos 12.791.934 litros de leite, bovino e caprino (CEARÁ, 2013).

Com isso, 51.464 pessoas foram beneficiadas com a distribuição gratuita de 1 litro de leite por dia e 2.000 produtores, aproximadamente, da agricultura familiar foram beneficiados com a garantia de compra de toda a sua produção por um preço estável. Além disso, os produtores receberem assistência técnica e cursos de capacitações em inseminação artificial,

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bem como auferiram, gratuitamente, kits de inseminação, kits de ordenha, kits de análise de leite, tanques de resfriamento, botijões de sêmen, dentre outros serviços (CEARÁ, 2013).

Ainda em consonância com a Prestação de Contas e Relatório de Desempenho do Fundo Estadual de Combate à Pobreza – FECOP (2013), este ressalta que além da estiagem e suas consequências deixadas, o projeto enfrentou outras dificuldades ao passar por vários processos de reestruturação, a saber:

 Realização de Termo Aditivo de Prazo ao Convênio nº 005/2009, firmado entre a Secretaria do Desenvolvimento Agrário e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS, tendo em vista que sua vigência se encerrava em 28 de fevereiro de 2013;

 Realização de Processos de Credenciamento para renovação dos contratos firmados com as empresas laticinistas, prestadoras de serviços ao Programa Leite Fome Zero, que assim como o convênio, os mesmos também se encerraram no final de fevereiro de 2013. No que se refere as contratações dessas empresas, o programa passou por sérios problemas, tendo em vista que das 14 participantes no início do ano, apenas 9 renovaram seus contratos ao alegarem que, o preço repassado para o beneficiamento do leite (captação, pasteurização, transporte e entrega), hoje praticado pelo programa é muito baixo e desatualizado, haja vista que o mesmo não muda desde o início do programa, há quase 10 anos. Esse problema afetou diretamente na queda do número de municípios atendidos.

Porém, diante do exposto e, considerando que compete ao Estado à preservação do bem estar da população, bem como a implementação de atividades socioeconômicas nas regiões atingidas por eventos adversos causadores de desastres, a SDA em regime de cooperação com o Governo Federal, EMATERCE, Instituto Agropolos do Ceará, entre outros parceiros, vem desenvolvendo algumas estratégias para minimizar os efeitos da atual situação de emergência e dá continuidade aos trabalhos de Incentivo à Produção e ao Consumo de Leite (CEARÁ, 2013).

Com efeito, são adotadas as seguintes medidas: credenciamentos e contratações das empresas laticinistas; aumento do preço do litro de leite tanto para o valor pago ao produtor, como para o laticínio, o qual passou de R$ 0,95 para R$ 1,05 para o produtor de leite bovino, R$ 1,29 para o produtor de leite caprino e de R$ 0,53 para R$ 0,70 para o laticínio; realização de 05 fóruns do Programa Leite Fome Zero para os novos gestores municipais, em que foram capacitados 354 membros de 177 municípios; capacitação e acompanhamento dos produtores de leite atendidos com tanques de resfriamento de leite implantados pela SDA; entrega de kit´s de Inseminação Artificial e capacitação do uso do mesmo (CEARÁ, 2013).

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De acordo com o art. 25 do Decreto Nº 29.910, de 29 de setembro de 2009, que regulamenta a Lei Complementar Estadual Nº 37, de 26 de Novembro de 2003, os projetos financiados pelo FECOP incluem-se em duas categorias: projetos assistenciais e projetos estruturantes (CEARÁ, 2013).

Os projetos assistenciais são aqueles que priorizam ações direcionadas aos pobres crônicos ou grupos mais vulneráveis, com baixa potencialidade de migrar da condição de pobre para não pobre (Proteção Social Básica, Proteção Social Especial e Segurança Alimentar e Nutricional). Desta forma, foi aprovado pelo FECOP, em 2013, um total de 22 projetos desta categoria no valor de R$ 55.367.274,31 (CEARÁ, 2013).

Já os projetos estruturantes têm por finalidade proporcionar condições de ampliar o capital físico, humano e social, sendo suas ações voltadas para as áreas de educação, ocupação e renda, infraestrutura, participação social esporte e cultura. Em 2013, foi aprovado pelo FECOP um total de 130 projetos desta categoria no valor de R$ 447.578.290,51 (CEARÁ, 2013).

Assim, mediante o acima referido, os projetos assistenciais representam 14,47% do total de projetos financiados pelo FECOP e englobam 11,01% dos recursos liberados em 2013. São todos eles projetos de continuidade sob responsabilidade da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, exceto o projeto de Incentivo à Produção e ao Consumo de Leite e Programa de Aquisição de Alimentos, inclusos na subcategoria Segurança Alimentar e Nutricional, que são executados pela Secretaria do Desenvolvimento Agrário – SDA (CEARÁ, 2013).

Neste grupo de projetos assistenciais, incluem-se os projetos Incentivo à Produção e ao Consumo de Leite e Programa de Aquisição de Alimentos. Ambos têm dupla funcionalidade, pois atuam tanto no apoio aos produtores de base familiar – por meio de ações de incentivo à produção e garantia de venda do produto a preços justos – quanto contribuem para a segurança alimentar e nutricional da população beneficiada gratuitamente com os produtos adquiridos. (CEARÁ, 2013).

Os projetos da subcategoria Segurança Alimentar Nutricional atendem a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN). Esta, por sua vez, define a Segurança Alimentar e Nutricional como a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que

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respeitem a diversidade cultural e que seja ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis (CEARÁ, 2013).

A Tabela 01, expõe os recursos financeiros liberados por projetos assistenciais no ano de 2013. Sendo liberado um limite anual de R$ 10.222.897,00 para os quatro projetos da subcategoria Segurança Alimentar e Nutricional, 137% é destinado ao projeto Incentivo à Produção e ao Consumo do Leite que visa fortalecer a cadeia da pecuária leiteira do estado do Ceará mediante ações de apoio aos produtores familiares de leite bovino e caprino e beneficia crianças, gestantes, nutrizes e idosos com um litro de leite por dia (CEARÁ, 2013). Observa-se, ainda, que desse total, foram pagos 89,45%.

Tabela 01– Recursos Liberados por Projetos Assistenciais (2013)

Segurança Alimentar e Nutricional

ÓRGÃO PROJETOS LIMITE

ANUAL

VALOR

EMPENHADO %

VALOR

PAGO %

STDS Restaurante Popular “Mesa do Povo” 1.770.000,00 1.769.898,85 99,99 1.768.023,26 99,99

STDS

Capacitação Integrada com Segurança Alimentar e Nutricional

40.497,00 40.496,95 100 40.496,95 100

SDA Incentivo à Produção e

ao Consumo de Leite 7.462.400,00 7.247.784,06 97,12 6.385.636,78 85,57 SDA Programa de Aquisição

de Alimentos 950.000,00 950.000,00 100 950.000,00 100 TOTAL 10.222.897,00 10.008.179,86 97,90 9.144.156,99 89,45 Fonte: elaborado pelos autores

Isto posto, pode-se dizer que dos aportes liberados para a Secretaria de Desenvolvimento Agrário – SDA, quanto ao projeto de Incentivo à Produção e ao Consumo do Leite, 85,57% foi pago. Vale ressaltar que, embora tenha sido um bom percentual executado e mesmo sendo o projeto que angariou maior financiamento, seu percentual está abaixo dos demais projetos assistencialistas dentro da subcategoria Segurança Alimentar e Nutricional.

4 Considerações Finais

O presente artigo teve como finalidade avaliar os impactos econômicos do PAA-Leite dos beneficiários e produtores no estado do Ceará em 2013, analisando-os a partir de dados

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extraídos da Prestação de Contas e Relatório de Desempenho do Fundo Estadual de Combate à Pobreza – FECOP.

Seu principal objetivo é apoiar o desenvolvimento das ações de continuidade do projeto de Incentivo à Produção e ao Consumo de Leite, visando o fortalecimento da cadeia produtiva, por meio da geração de renda e da garantia de preço do produto, diminuindo a vulnerabilidade social com o combate à fome e à desnutrição.

Com o projeto de Incentivo à Produção e ao Consumo do Leite foram adquiridos de aproximadamente 2.000 produtores familiares e distribuídos gratuitamente para pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, 50.070 litros de leite bovino e 1.394 litros de leite caprino, beneficiando 51.464 pessoas de 177 municípios cearenses com 1 litro de leite por dia.

Logo, pode-se dizer que tal projeto é um indicativo para auxiliar no crescimento do capital social das localidades onde o projeto é implantado, colaborando na resolução dos problemas da cadeia produtiva do leite e beneficiando a população que encontra-se em situação de insegurança alimentar e nutricional no estado do Ceará.

Referências

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