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AFLORAMENTOS CALCÁRIOS E ANTIGAS PEDREIRAS NO ESTUÁRIO DO RIO PARAÍBA DO NORTE PB

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Estudos Geológicos vol. 26(2) www.ufpe.br/estudosgeologicos 46 DO RIO PARAÍBA DO NORTE – PB

Larissa Fernandes de Lavor¹ Magno Erasto de Araújo² DOI: 10.18190/1980-8208/estudosgeologicos.v26n2p46-61

¹Programa de Pós-Graduação em Geografia – PPGG/UFPB, larylavor@hotmail.com ²Departamento de Geociências, UFPB/CCEN, magnoerasto@gmail.com

RESUMO

Este trabalho aborda aspectos relacionados aos afloramentos de calcários e às pedreiras existentes nos arredores do estuário do rio Paraíba do Norte, localizado na porção setentrional da Bacia Sedimentar da Paraíba. O objetivo desta pesquisa é localizar e descrever tais afloramentos e pedreiras existentes ao longo do estuário. A partir de levantamentos cartográficos, interpretação de imagens orbitais, observação e coletas de dados em campo e da integração e interpretação das informações obtidas por meio de pesquisas bibliográficas e documentais, foi possível mapear os afloramentos de calcário da área analisada. Trabalhos anteriores, inclusive documentos históricos relacionados ao processo de uso e ocupação do solo do litoral paraibano, já referenciaram muitos desses afloramentos. Porém, nunca apresentaram suas localizações com precisão, à exceção daquelas localizadas na porção oeste do município de João Pessoa. Dentre os inúmeros afloramentos de rochas calcárias existentes na área de estudo, sete se destacam em termos de relevância histórica e como área ainda ativa de exploração minerária, que são: as pedreiras próximas ao Distrito Mecânico, a pedreira do Roger/Mandacaru, a antiga pedreira que ocupava as áreas por trás do Convento Santo Antônio, a pedreira da ilha do Tiriri, a pedreira da ilha do Marquês, a pedreira da Ribeira e a pedreira do rio Estiva. Palavras chaves: Bacia Paraíba, Estuário do rio Paraíba do Norte, calcários, Pedreiras. ABSTRACT

This paper addresses issues related to outcrops of limestone and existing quarries in the vicinity of the estuary of Paraíba do Norte river, located in the northern portion of the Sedimentary Basin of Paraiba. The objective of this research is to describe and locate such outcrops and quarries existing along the estuary. From cartographic surveys, interpretation of orbital images, observation and data collection in the field and the integration and interpretation of information obtained through bibliographic and documentary researches, it was possible to map the limestone outcrops of the analyzed area. Previous works to this, including historical documents related to the process of use and occupation of Paraiba coast land, already have referred many of these outcrops. But they never presented their locations accurately, except for those located in the western portion of João Pessoa municipality. Among the numerous outcrops of limestone existing in the study area, seven stand out in terms of historical significance and as active mining area. They are: the quarries nearby to Mechanical District, the quarry of Roger/Mandacaru, the old quarry which occupied areas behind the Santo Antônio Convent, the quarry on the island of Tiriri, the quarry on the island of Marquês, the Ribeira quarry and the quarry of the Estiva river.

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Estudos Geológicos vol. 26(2) www.ufpe.br/estudosgeologicos 47 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem o objetivo de descrever e localizar os afloramentos de rochas calcárias e pedreiras existentes ao longo do baixo curso do rio Paraíba do Norte. Mais precisamente, a área de estudo localiza-se em uma poligonal que corresponde a uma área de 457,09 km², ocupando parte dos municípios de João Pessoa, Bayeux, Santa Rita, Lucena e Cabedelo (Fig. 1).

Existem referências na literatura sobre os calcários da Paraíba desde o final do século XVI (Sumário das Armadas, 1983). Essas referências não científicas, apenas de caráter geográfico, foram importantes, entre outros aspectos, para a definição do sítio inicial da cidade de Nossa Senhora das Neves, atual João Pessoa. Em momento posterior, outros informes foram feitos, inclusive, indicando a existência de uma continuidade desse calcário até a cidade de Goiana, no estado de Pernambuco (Jaboatam, 1761).

A quantidade e a qualidade dos calcários existentes nessa região motivaram a instalação da primeira fábrica de cimento Portland da América do Sul, na última década do século XIX. Naquele momento, a calcinaria do calcário era uma atividade lucrativa e o

conhecimento da localização dessas rochas despertou o interesse de Santos (1928) para elaborar um relatório técnico-científico localizando e caracterizando química e petrografica-mente rochas de diversos afloramentos existentes ao longo das áreas de cotas topográficas mais baixas (entre 05 e 10 metros), acompanhado as calhas fluviais dos baixos cursos dos rios Paraíba do Norte, Gramame e Abiaí.

De modo geral, esses calcários ocorrem nas bases das vertentes ou leitos fluviais e apresentam uma diversidade de cores variando do cinza ao amarelo, e aqueles posicionados mais para oeste visualmente aparentam ser ricos em fragmentos quartzosos.

A partir de informações levantadas em campo e de dados existentes em diversos trabalhos foi possível ratificar a ocorrência de afloramentos mapeados no início do século XX, onde funcionaram pedreiras entre as quais algumas se encontram atualmente abandonadas. Como síntese, as informações geológicas de superfície foram integradas em um mapa temático na escala de 1:79.000, no qual obteve-se um cenário da ocorrência de afloramentos de calcário e das demais unidades geológicas existentes na área de estudo.

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Estudos Geológicos vol. 26(2) www.ufpe.br/estudosgeologicos 48 Figura 1 – Localização da área de estudo

GEOLOGIA REGIONAL

O substrato geológico paraibano

é formado por rochas

predominantemente pré-cambrianas, da Província da Borborema, as quais ocupam mais de 80% do seu território. O restante é formado por rochas sedimentares cuja maior deposição ocorreu a partir do Mesozoico, entre o Jurássico e o Cretáceo, formando as Bacias do Rio do Peixe e a Bacia Paraíba (SANTOS et. al, 2002). Dentre essas, destaca-se a Bacia Sedimentar Paraíba, localizada no nordeste oriental do litoral brasileiro, entre a Zona de Cisalhamento de Pernambuco (ZCPE), ao sul, e o Alto Estrutural de Mamanguape, ao norte. Sua origem está relacionada com a abertura do oceano Atlântico. Dados sísmicos de plataforma apontam no sentido de que a mesma se projeta como uma rampa distalmente inclinada em direção ao oceano, com presença de taludes (Barbosa & Lima Filho, 2006; Barbosa, 2004;).

A existência de algumas falhas transversais na Bacia Paraíba resultou

na formação de depocentros, categorizados de sub-bacias: Olinda, Alhandra e Miriri. A Sub-bacia Olinda localiza-se entre a ZCPE, ao sul, e o Alto de Goiana, ao norte; a Sub-bacia Alhandra limita-se com o Alto de Goiana, ao sul, e o Alto de Itabaiana, ao norte; enquanto que a Sub-bacia Miriri estende-se desde o Alto de Itabaiana, ao sul até o Alto de Mamanguape, ao norte (Barbosa, 2004).

A sequência estratigráfica da bacia constitui um ciclo transgressivo-regressivo, de transgressão rápida, seguida de relativa estabilidade, com regressão mais demorada. Durante o Santoniano, ocorreu um levantamento continental composto de rochas cristalinas intemperizadas, resultando em uma aceleração da erosão e transporte em pequenas distâncias. Esse fenômeno deu origem à Formação Beberibe, que se constitui de uma camada predominantemente composta por arenitos calcíferos e calcários com siliciclastos, que repousam discordantemente sobre o embasamento cristalino (Barbosa, 2007; Leal e Sá, 1998; Mabesoone, 1967).

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Estudos Geológicos vol. 26(2) www.ufpe.br/estudosgeologicos 49 Com o aumento da subsidência,

os depósitos da Formação Beberibe foram recobertos por sedimentos transicionais, denominados Formação Itamaracá. Nessa unidade, é possível encontrar carbonato com alto teor de siliciclastos, arenitos calcíferos e marga com siliciclastos. Em seu topo, existe um marco radioativo, correspondente a uma camada de fosfato orgânico produzido pela biota marinha e pela redução da taxa de sedimentação que sinaliza o máximo transgressivo da submersão da bacia ocorrida no Neomaastrichtiano (Barbosa, 2004).

Recobrindo a sequência transicional anterior, ocorre a Formação Gramame. Sua transição desenvolve-se de forma gradativa, indicando movimentos oscilatórios no nível do mar durante sua deposição. Seus sedimentos foram depositados em ambiente de plataforma rasa, de idade Maastrichtiana. É essencialmente constituída por calcários, calcários margosos e margas, com bastante fósseis (Beurlen, 1967). No final do Maastrichiano, iniciou-se o processo de erosão da plataforma carbonática, que foi exposta durante o evento regressivo Paleocênico.

A unidade seguinte, que recobre a Formação Gramame, é a Formação Maria Farinha. Essa formação diferencia-se da Gramame por conteúdos fossilíferos, calcários dolotíticos e margas, de ambiente marinho médio a raso de caráter regressivo do Paleoceno. Sua camada, de base, guarda vestígios do período de recuperação da crise ambiental da passagem Cretáceo-Paleogeno (K-Pg) e, por esta razão, marca a transição da Formação Gramame para a Formação Marinha Farinha (Barbosa, 2004, 2007; Albertão, 1993; Stinnesbeck & Keller, 1996).

Essa unidade ocorre na bacia Olinda e na porção sul da Sub-bacia Alhandra. Ao norte da Sub-Sub-bacia

Olinda, a camada do topo dessa formação encontra-se com estratificações provocadas por ondas de bom tempo, presença de sedimentos terrígenos e bioclastos indicando variações laterais em sua faciologia devido ao avanço do evento regressivo Paleocênico. Estudos sugerem que sua deposição ocorreu em plataforma interna, com forte influência de ambientes estuarinos e, na medida em que a drenagem foi avançando sobre a linha de costa, sedimentos de origem terrígenas foram depositados na camada (Barbosa, 2007).

Na porção sul da Sub-bacia Alhandra, a Formação Maria Farinha aflora como calcários recifais do Eoceno, mais precisamente no litoral sul, no município do Conde, o que confere a essa fração do litoral características morfológicas diferenciadas dos demais trechos litorâneos do estado. Estudos paleontológicos realizados nos calcários do município do Conde apontaram conteúdos característicos da seção tipo da Formação Maria Farinha inferior associados a outras novas espécies que, juntas, permitem classificar a deposição desses carbonatos como aquelas de plataforma rasa e restrita de ambientes recifais e associados. Devido a suas singularidades, atualmente, existe a proposta de formalização de nomenclatura para esses calcários do município do Conde, sendo classificados como Formação Tambaba, deixando de pertencer à Formação Maria Farinha (Correa Filho et al., 2015; Barbosa, 2004, 2007; Almeida, 2000; Mabesoone, 1967).

Sobre a Formação Maria Farinha/Formação Tambaba repousa, de forma discordante, a Formação Barreiras de origem continental. Essa formação consiste na unidade litoestratigráfica mais contínua ao longo do litoral brasileiro, ocorrendo desde o estado do Pará até o Rio de Janeiro. Ela

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Estudos Geológicos vol. 26(2) www.ufpe.br/estudosgeologicos 50 se caracteriza pela presença de fácies de

um sistema fluvial entrelaçado e transicional para leques fluviais, de depósitos granulométricos variados, apresentando cascalhos, areias grossas e finas de coloração amarelada, com intercalações de siltes e argilas. (Alheiros et al., 1988).

Segundo Brito Neves et al. (2009), a Formação Barreiras teria sido depositada apenas nas faixas mais orientais e mais rebaixadas da costa brasileira. Sua idade ainda não é bem definida, porém, por meio de estudos realizados no Pará e no litoral do Ceará e do Rio Grande do Norte, atribuiu-se à Formação Barreiras idade entre Mioceno e Pleistoceno (Arai, 2006; Alheiros et al., 1988; Mabesoone & Castro, 1975).

Sobre a Formação Barreiras, repousam sedimentos recentes do Pleistoceno e Holoceno, que são classificados como depósitos: eluvionares, coluvionares, aluvionares, de mangue, litorâneo praiais e arenitos de praias.

MATERIAIS E MÉTODOS

O desenvolvimento deste trabalho ocorreu de acordo com as seguintes etapas:

a) Revisão

bibliográfica/documental/cartográfica e organização dos dados existentes: Nesta etapa, foram obtidos dados precedentes, como: publicações sobre a geologia e a Bacia Sedimentar Paraíba (sedimentação, tectônica e estrutura); documentos históricos acerca do processo de uso e ocupação do solo da área estudada; mapa geológico do estado da Paraíba, escala 1:500.000 (WANDERLEY et. al 2002), disponível em meio digital pela Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba - AESA; mapa geológico da Folha SB25-Y-A-VII (Cabedelo), escala 1:100.000 (GUIMARÃES et. al, 2010),

disponível no Geobank da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM; mapa do calcário na costa da Parahyba, de autoria de João Domingues dos Santos, disponível no livro de Oliveira & Leonardos (1978); imagens de satélite do Google Earth; e as cartas topográficas da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) de 1972 em escala 1:25.000, folhas: SB.25-Y-A-VI-3-SE (Cabedelo), SB.25-Y-A-VI-3-SO (Rio Soé), SB.25-Y-C-III-1-NE (João Pessoa), SB.25-Y-C-III-1-NO (Mata da Aldeia) e SB.25-Y-C-III-1-SO (Santa Rita) (BRASIL, 1972).

b) Levantamento de dados em campo: Por meio das fontes bibliográficas, foi possível elaborar uma relação de dados a serem investigados no campo. As coletas de dados ocorreram ao longo de idas aos sítios naturais e culturais no intuito de identificar, mediante registros fotográficos, assim como por coordenadas geográficas adquiridas por um Global Positioning System (GPS), o posicionamento dos elementos elencados na relação. Também se realizou a coleta de amostras de rochas calcárias localizadas no município de Santa Rita.

c) Integração dos dados e elaboração dos produtos cartográficos: O mapa geológico foi elaborado seguindo uma escala de 1:79.000 e corresponde a uma adaptação dos mapas geológicos do estado da Paraíba (WANDERLEY et. al, 2002) e da folha de Cabedelo (GUIMARÃES et. al, 2010), Para sua elaboração, foi necessário utilizar as informações coletadas em campo e a base cartográfica das cartas da Sudene (1972), da qual se extraiu curvas de nível, pontos cotados, drenagem, ambiente estuarino, contorno da linha de costa e recifes. De posse desses dados, procedeu-se o recorte da área de estudo no software Qgis 2.10.1 e a

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Estudos Geológicos vol. 26(2) www.ufpe.br/estudosgeologicos 51 elaboração de um modelo hipsométrico,

no qual se atribuiu intervalos aos valores das curvas de nível (isoípsas) entre 0-10, 10-30, 30-50, 50-70, 70-90 e 90-120. O segundo passo foi a geração de uma imagem raster, por meio das isoípsas. A sobreposição das curvas e da imagem raster proporcionou a elaboração do modelo hipsométrico que foi associado aos mapas geológicos preexistentes. Nesta etapa, atribuíram-se cinco classes geológicas: aluviões e sedimentos de praia; sedimentos de mangue; coluviões; Formação

Barreiras; e Formação

Gramame/Itamaracá. Definidas as classes a serem representadas, iniciou-se a vetorização do modelado geológico, para o qual foram atribuídos os valores de 0-10 como aluviões, sedimentos de praias e de mangue (este último foi selecionado a partir das informações do mapa geológico da folha de Cabedelo e da localização do ambiente estuarino retirado das cartas da Sudene); os valores de 10-30 como coluviões; e os valores de 30-50, 50-70, 70-90 e 90-120 como Formação Barreiras. Nesse intervalo dado à Formação Barreiras, estão inseridos os depósitos eluviões localizados nos topos dos Tabuleiros Litorâneos e que, por questões de escalas, não puderam ser mapeados. Vetorizaram-se os afloramentos de calcário, com o auxílio das imagens de satélites disponíveis no programa Qgis 2.10. Nesse sentido, utilizaram-se os pontos de coordenadas obtidos em campo, correspondentes aos afloramentos dos calcários encontrados na área. Adicionaram-se esses pontos à

imagem, podendo, assim, ser visualizados e posteriormente vetorizados, finalizando a confecção do mapeamento.

d) Análise petrográfica: Coletaram-se amostras dos afloramentos de calcário localizados no município de Santa Rita. Dessas amostras, confeccionou-se uma série de lâminas delgadas que posteriormente foram analisadas em um microscópio petrográfico, de luz polarizada, a partir de catodoluminescência.

CONSIDERAÇÕES SOBRE A

GEOLOGIA E A OCORRÊNCIA DE CALCÁRIO NO ESTUÁRIO DO RIO PARAÍBA DO NORTE

A região do baixo curso do rio Paraíba do Norte classifica-se, geologicamente, como um gráben, delimitado por falhas normais de direção W-SW/E-NE, configurando-se em um vale estreito e alongado, resultante do rebaixamento de blocos falhados (Brito Neves et al., 2009).

Em termos de cobertura areal, as litologias predominantes na área são respectivamente representadas pela Formação Barreiras (considera-se aqui toda a superfície eluvionar) que ocupa uma superfície de 165,75 km², o que corresponde a 36,30% do total da área estudada. Considerando-se os sedimentos coluvionares como material decorrente da alteração e transporte dessa mesma unidade litoestratigráfica, a superfície ocupada pela Formação Barreiras corresponde a 41, 4% de toda a área (Fig. 2 e Tabela 1).

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Estudos Geológicos vol. 26(2) www.ufpe.br/estudosgeologicos 52 Figura 2 – Mapa geológico da região do estuário do rio Paraíba do Norte

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Estudos Geológicos vol. 26(2) www.ufpe.br/estudosgeologicos 53 Tabela 1 – Unidades geológicas em km² e % da área de estudo

A segunda unidade de maior representatividade no ambiente estudado refere-se às aluviões e os sedimentos praiais, de idade quaternária, ocupando uma superfície de 21,70%. Em seguida ocorrem, respectivamente, as áreas de mangue, com 13,50%, e as áreas recifais, com 2,40% da área estudada.

As rochas mais antigas aflorantes na região correspondem aos carbonatos de idade cretácica, com superfície de 0,40%. Esses afloramentos ocorrem predominantemente nas bases das vertentes voltadas para oeste do município de João Pessoa, e quando se localizam nas porções mais a leste, no município de Santa Rita, afloram em grandes superfícies em nível de solo, intercalando-se aos sedimentos da planície fluviomarinha. É comum, também, na região de Santa Rita, a ocorrência de afloramentos ao logo das calhas fluviais, nos rios localizados sobre os tabuleiros.

Em função da inexistência de estudos atuais sobre as rochas carbonáticas localizadas no município de Santa Rita, há incertezas se eles correspondem à base da Formação Gramame ou aos calcarenitos pertencentes à Formação Itamaracá. No sentido de corroborar essa premissa, pode-se observar, na Figura 3, um perfil hipotético evidenciando o posicionamento da camada do calcário nas vertentes a oeste do município de João Pessoa com relação àqueles localizados no município de Santa Rita com textura mais arenosa. Jabotam (1761) descreveu observações sobre a natureza de camada mais arenítica na porção inferior das pedreiras da cidade de João Pessoa, quando, em conversa com um mestre em cantaria, este afirmou que o quarto nível da pedreira, o mais profundo, era o que apresentava maior quantidade de areia e que melhor se prestava para a cantaria.

Figura 3– Perfil hipotético evidenciando o posicionamento da camada do calcário nas vertentes a oeste do município de João Pessoa com relação àqueles localizados no município de Santa Rita com textura mais arenosa.

Classes Áreas em km² Áreas em %

Formação Barreiras 165,75 36,30%

Aluviões e sedimentos praiais 99,11 21,70%

Coluviões 23,47 5,10%

Calcário (Formação Gramame e Itamaracá) 2,00 0,40%

Sedimentos de mangue 61,68 13,50%

Recifes de arenitos 11,00 2,40%

Água 94,07 20,60%

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Estudos Geológicos vol. 26(2) www.ufpe.br/estudosgeologicos 54 Na região de João Pessoa, dentre

os inúmeros afloramentos de rocha calcárias existentes, três se destacam em termos de relevância histórica e como área ainda ativa de exploração mineraria, que são: as pedreiras próximas ao Distrito Mecânico, a pedreira do Roger/Mandacaru e a antiga pedreira que ocupava as áreas por trás do Convento Santo Antônio.

As pedreiras próximas ao Distrito Mecânico localizam-se ao sul da área de estudo e, em planta, corresponde a um calcário que aflora acompanhando a base das vertentes do anfiteatro de cabeceira de drenagem do rio do Pacote. A porção do arco mais ao norte desse anfiteatro corresponde possivelmente às antigas pedreiras denominadas por Santos (1928) como a pedreira João Freire, a pedreira Cocotá e a pedreira do Fialho, que tinham como propósito a extração da rocha calcária para a construção civil e fabricação da cal, por meio da calcinaria. As porções central e sul desse anfiteatro correspondem às áreas de exploração da fábrica Cimentos de Portugal (Cimpor),

que explora economicamente o local por meio de duas frentes de lavras: a mina da Graça (Fig. 4) e a mina Sampaio (Fig. 4). A mina da Graça encontra-se atualmente parcialmente inoperante, cedendo lugar à mina do Sampaio, que se localiza no extremo-sul do anfiteatro. No conjunto, elas constituem uma depressão com contorno semicircular, onde a frente de lavra forma uma bancada chegando próximo aos 20 m de espessura. No geral, observa-se o nível da discordância erosiva entre a capa do calcário e a base da Formação Barreiras. Na mina do Sampaio, observou-se que a bancada é constituída por calcário de duas colorações: a superior amarela, com cerca de 2 m de espessura; e a inferior, de coloração cinza, com 3 m. Barbosa (2004), ao descrever uma bancada na Cimpor, caracteriza o afloramento como constituído por calcário mais maciço e intercalados por finas camadas de marga, onde ele afirma ter observado a existência de bioturbação, de carapaças de equinoides e de fragmentos de decápodes.

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Estudos Geológicos vol. 26(2) www.ufpe.br/estudosgeologicos 55 Figura 4 – (a) Bancada da mina da Graça na Cimpor, onde se observa o nível do calcário formando estratificações planas; (b) na bancada da mina Sampaio, é possível observar o nível do calcário intercalado com camadas de margas, formando estratificações planas, e no topo um calcário amarelado, indicando a discordância erosiva relacionada ao período em que a rocha estava exposta, sofrendo ações meteóricas, antes da deposição dos sedimentos da Formação Barreiras, há, aproximadamente, 66 milhões de anos.

Os afloramentos do Roger e Mandacaru situam-se na porção norte do município de João Pessoa, entre as desembocaduras dos rios da Bomba e Mandacaru. Foram nessas localidades onde existiram duas pedreiras citadas por Santos (1928) como João de Brito e Henrique Mool. Na atualidade, a cavidade desenvolvida pelo processo de lavra nesta última pedreira é utilizada como tanque de decantação para os efluentes da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa).

Santos (1928) relatou que, sobre os terrenos desse afloramento, em superfície e em subsuperfície, encontravam-se seixos rolados de

diversos tamanhos e de cores variadas, indicando que, em tempos pretéritos, a ação das águas fora intensa nesse trecho, promovendo a dissecação da vertente ao ponto de expor o calcário. Na descrição efetuada por Santos (1928), relata-se que esse afloramento apresenta um calcário de coloração amarelada, com inclinação para sudeste, constituindo-se em boa matéria prima para a obtenção da cal. Atualmente, essa área é bastante urbanizada, fato que dificulta o processo de lavra, porém ela funciona clandestinamente para obtenção de blocos calcários utilizados nas construções civis (Fig. 5).

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Estudos Geológicos vol. 26(2) www.ufpe.br/estudosgeologicos 56 Figura 5 – Pedreira de calcário clandestina no bairro de Mandacaru, em João Pessoa. Observa-se a banqueta de frente de lavra que está sendo explorada atualmente (seta amarela); a seta vermelha está indicando a zona de transição entre o topo da Formação Gramame e a base da Formação Barreiras (Barbosa, 2015).

Na região baixa, entre a porção oriental do Convento São Francisco e na banda norte do porto do Capim, existem muitos afloramentos de calcário. Nos primeiros tempos da cidade da Parahyba (atual João Pessoa), esses afloramentos foram utilizados para a extração de rocha calcária destinada à construção da cidade. Há referências sobre essa mesma região em Rodríguez (1962), que denomina a área de “região dos tanques”. Esses tanques constituíam-se de cavidades resultantes da lavra do calcário que foram preenchidas por água, formando “piscinas” (Fig. 6). Na segunda metade do século XIX, essas formas degradacionais foram muito utilizadas pela população da capital, como área de lazer.

Segundo Santos (1928), no começo do século XX, essa área ainda era explorada, tanto para a fabricação de cal como para o fornecimento de pedra bruta para a construção civil. O autor ainda destaca que nessa pedreira, denominada de “Albano", encontravam-se veias de pedra de boa qualidade para a arte da cantaria, por meio da esculturação de ombreiras, vergas, soleiras, meios-fios etc. Santos (1928) fez referência, também, à existência de uma gamboa nas proximidades dessa pedreira, que servia como via de acesso para transportar os blocos rochosos para outras áreas mais distantes do litoral. Atualmente, essa área encontra-se totalmente urbanizada, o que inviabilizou a continuidade da atividade minerária.

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Estudos Geológicos vol. 26(2) www.ufpe.br/estudosgeologicos 57 Figura 6 – Localização aproximada da antiga pedreira do Albano (polígono amarelo). (1) afloramentos de calcário; (2) avenida Gouveia Nóbrega, localizada por trás do Convento Santo Antônio; (3) antigas cavidades resultantes da extração do calcário, utilizadas como área de lazer para banhos nos séculos XIX e XX. Atualmente, nesse ponto localiza-se um ferro velho; (4) gamboa; (5) ladeira São Francisco; (6) rio Sanhauá.

Os afloramentos calcários dispostos a oeste da área de estudo localizam-se no município de Santa Rita. Eles ocorrem em cotas baixas ao longo da margem esquerda do rio Paraíba do Norte e nas calhas fluviais de alguns rios e riachos que se desenvolvem sobre o tabuleiro desse mesmo município. Esses afloramentos foram inicialmente descritos por Santos em 1928 e referenciados em um esboço gráfico de autoria de Santos, disponível no livro de Oliveira & Leonardos (1978). Nos tempos atuais, eles estavam praticamente esquecidos pela comunidade científica e foram resgatados por Lavor (2016).

O mais notório desses afloramentos localiza-se na ilha do Tiriri (Fig. 7), localidade onde funcionou a primeira fábrica de cimento

da América do Sul, datada de 1889. Essa fábrica funcionou poucos meses, e as alegações para o seu fechamento são duas: a primeira refere-se a problemas judiciais e políticos que o grupo responsável pelo empreendimento se envolveu após iniciar as atividades; e a segunda refere-se à qualidade do calcário para a fabricação de cimento, assim como o transporte, quando comparada ao calcário existente na fazenda da Graça, atual Cimpor (Gouvês, 2003, 2013; Santos, 1928). Santos (1928) também menciona que os calcários que afloram na ilha do Tiriri ressurgem mais para o sul num afloramento em nível de solo, na ilha do Marquês, porém esse fato não foi confirmado em função das dificuldades de acesso.

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Estudos Geológicos vol. 26(2) www.ufpe.br/estudosgeologicos 58 Figura 7- Afloramento calcário na ilha do Tiriri. Na imagem, é possível obter uma visão superior da pedreira que abastecia com minério a primeira fábrica de cimento da América Latina. Ao redor do afloramento, verifica-se a existência de viveiros de carcinicultura, atividade existente nos dias de hoje na área.

Outro afloramento importante localizado nessa mesma região ocorre na margem do rio Paraíba do Norte, entre os distritos da Ribeira e de Forte Velho. Nesse trecho, o calcário aflora em uma gamboa, em cotas de 5 m, formando um extenso banco rochoso que, no passado, serviu de área de extração de calcário para a fabricação de cal (Fig. 8). Segundo Santos (1928), essa pedreira se chamava Ribeira. Parte desse banco rochoso encontra-se encoberto por água (durante as marés altas), por sedimentos e vegetação.

Mediante observações em campo, verificou-se que todo o afloramento é constituído por um material bastante arenoso, fato que em momento posterior foi confirmado por

meio de lâmina delgada. Conforme se evidenciou na Figura 3, é possível que esse nível de afloramento corresponda a setores da base da Formação Gramame ou porção superior da Formação Itamaracá. Santos (1928), ao descrever esse calcário, caracterizou-o como um material de “natureza granulosa, areento” [rico em areia] que, na linguagem dos fabricantes de cal, é de pouca serventia. Para o autor, o mesmo pode ser dito dos calcários existentes na ilha do Marquês. Em função de os calcários da Ribeira, da ilha do Tiriri e da ilha do Marquês se posicionarem seguindo o mesmo direcionamento estrutural, é possível que eles tenham as mesmas características.

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Estudos Geológicos vol. 26(2) www.ufpe.br/estudosgeologicos 59 Figura 8 – Calcário da Ribeira. (a) aspecto geral do afloramento da pedreira do rio Ribeira; (b) detalhe da superfície do afloramento e coleta de amostras; (c) fotomicrografia de lâmina delgada observada através de um microscópio petrográfico, onde se podem observar cristais de quartzo na matriz carbonática.

Outra área onde se observaram calcários em superfície, no município de Santa Rita, foi nas margens do rio Estiva (Fig. 9). Nesse rio, localizaram-se bancos calcários tanto na sua margem direita como na sua margem esquerda. Visualmente, esses calcários possuem coloração acinzentada e, por meio de

uma amostra coletada em campo, verificou-se que a rocha da margem direita do rio Estiva é constituída de uma massa carbonática, contendo quartzo policristalino, cristais de siliciclasto e calcitas, com ausência de materiais fossilíferos.

Figura 9 – (a) aspecto geral do afloramento na margem esquerda do rio Estiva; (b) detalhe da superfície de afloramento da margem direita do rio Estiva e coleta da amostra; (c) fotomicrografia de lâmina delgada observada através de um microscópio petrográfico, onde se pode observar grão de quartzo na matriz carbonática.

CONCLUSÕES

O conhecimento da existência de tipo de falhas perpassando os limites do estuário do rio Paraíba do Norte explica as singularidades do sítio e responde pela grande quantidade de calcários que aflora nessa região. Esses afloramentos ocorrem nas vertentes dos tabuleiros da Formação Barreiras, em ilhas fluvio marinhas, e nas margens dos afluentes localizados na região estuarina do rio Paraíba do Norte, em resposta ao intenso processo de dissecação e de basculamento que a área sofreu ao longo do tempo.

Observaram-se rochas calcárias de coloração variando do amarelo-claro ao cinza. No município de João Pessoa, os afloramentos apresentaram estratificações planas intercalando camadas de calcários e margas. Essas rochas são referenciadas em trabalhos pretéritos como sendo da Formação Gramame.

Nas imediações do município de Santa Rita, o calcário que aflora na margem direita do rio Paraíba do Norte apresentou composição mais arenosa. Em função das características apresentadas nesse afloramento e da inexistência de dados referentes às rochas carbonáticas localizadas no

a) b) c)

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Estudos Geológicos vol. 26(2) www.ufpe.br/estudosgeologicos 60 município de Santa Rita, não foi

possível identificar a unidade geológica da qual essa rocha pertence, levando-se às incertezas se elas correspondem aos calcários da base da Formação Gramame ou aos calcarenitos pertencentes à Formação Itamaracá

Dentre os inúmeros afloramentos de rocha calcárias existentes na área de estudo, sete se destacam em termos de relevância histórica e como área ainda ativa de exploração mineraria: as pedreiras próximas ao Distrito Mecânico, a pereira do Roger/Mandacaru, a antiga pedreira que ocupava as áreas por trás do Convento Santo Antônio, a pedreira da ilha do Tiriri, a pedreira da ilha do Marquês, a pedreira da Ribeira e a pedreira do rio Estiva.

Agradecimentos

Os autores agradecem a Capes, pela concessão de bolsa e suporte financeiro; ao Programa de Pós-Graduação em Geografia; aos revisores anônimos do texto, pelas sugestões e melhoramento do trabalho; e ao Laboratório de Catodoluminescência do Departamento de Geologia da UFPE. REFERÊNCIAS

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