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Relatório de Inteligência Comercial Espanha. - Utensílios Domésticos - PROGRAMA EXPORT PLASTIC

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Academic year: 2021

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Relatório de Inteligência Comercial – Espanha

- Utensílios Domésticos -

PROGRAMA EXPORT PLASTIC

Coordenação: Ricardo Ubiraci Sennes Ricardo Camargo Mendes Iatã Lessa Equipe Técnica: Fernando Ribeiro Ubiratan Sennes Débora Miura Assistência Administrativa: Maria Lúcia Ottati

Maio - 2006

São Paulo

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Índice

RESUMO EXECUTIVO - Utensílios Domésticos 4

1. Introdução 8 2. Aspectos Geográficos 10

2.1. Aspectos gerais 10 2.2. Principais cidades e número de habitantes 12

2.3. Principais portos e aeroportos 12 2.4. Companhias de navegação servindo o país 14

2.5. Companhias aéreas servindo a rota Brasil-Espanha-Brasil 17

3. Aspectos Econômicos 18 3.1. Panorama geral 18

3.2. PIB/GDP 18 3.3. Composição do PIB por setor 19

3.4. Taxa de câmbio e regime cambial 20 3.5. Recursos naturais mais importantes 21 3.6. Indicadores econômicos e sociais 21

3.7. O setor industrial 23 3.8. Comércio exterior anual 24

4. Legislação 27 4.1 Acordos Comerciais 27

4.2. Preferências por acordos e restrições à importação 29

4.3. Regime alfandegário 34 4.4. Impostos Internos 35 4.5. Licenças e/ou depósitos prévios de importação 35

4.6. Importações em zonas livres: portos livres e/ou zonas francas 36 4.7. Normas e Regulamentações sobre: qualidade, certificados sanitários,

embalagem de transporte, segurança e meio ambiente 36

4.8. Disposições sobre marcas e patentes 37 4.9. Regulamentações sobre: etiquetagem, embalagem e marking 37

4.10. Legislação anti-dumping e medidas compensatórias 38 4.11. Disposições para o envio de amostras comerciais originárias do Brasil 39

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5.2. Posição de classificação do produto 41 5.3. Consumo Interno, Produção local e Comércio Exterior 41

5.4. Principais aplicações do produto 46

5.5. Sazonalidade 46 5.6. Análises por linha tarifária 47

6. Mercados Consumidores 76 6.1. Panorama geral 76 6.2. Móveis e decoração 77 6.3. Utensílios 78 6.4. Artigos de papelaria 79 7. Concorrência 80 7.1. Concorrência internacional 80

7.2. Principais concorrentes no mercado doméstico 81 7.3. Aspectos inter-pessoais nas relações comerciais 84

7.4. Entidades e associações 84 8. Aspectos promocionais 94 9. Comercialização 95

9.1. Canais de distribuições utilizados 95

9.2. Modalidade de compra 95 9.3. Condições de pagamento 95 9.4. Prazos de entrega 95 9.5. Programações antecipadas 96 10. Relação de contatos 97 11. Agentes comerciais 109 12. Conclusões e recomendações 110 13. Referências e Links 111 Anexo 113

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RESUMO EXECUTIVO - Utensílios Domésticos Tarifas e normas:

o A política comercial da Espanha é de competência exclusiva da União Européia (não existem acordos bilaterais independentemente).

o A União Européia tem vários acordos de livre comércio, valendo citar os assinados com o Chile (2003), México (2000) e África do Sul (2000). O Mercosul está negociando com a EU tal acordo, ainda sem data prevista para ser concluído.

o Nenhuma linha tarifária aplicável a produtos plásticos transformados excede 8%. Na OMC a tarifa de Utensílios Domésticos é de 6,5%

o O Brasil é beneficiário do sistema geral de preferências europeu (01/01/2006 - 31/12/2008). Todas as linhas tarifárias aplicáveis aos produtos plásticos transformados qualificam nesse regime. Para o Brasil a tarifa para Utensílios Domésticos (NCM 3924.10.00, 3924.90.00, 3926.10.00, 3926.90.90) é de ZERO%.

o Bens importados na Espanha que pagar o Imposto sobre Valor Agregado (VAT), cuja alíquota padrão é de 16%

o A Espanha impõe certificações específicas para alguns produtos, incluindo os transformados plásticos. Programas de certificação e padrões é responsabilidade da Associação Espanhola de Normalização e Certificação (AENOR). E as normas específicas para produtos plásticos são elaboradas no Comitê Técnico de Normalização de Plásticos e Borrachas (CNT 53).

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o É permitida a entrada de amostras comerciais livres de tarifas, desde que elas tenham valor equivalente a € 45. Amostras com valores superiores necessitam de depósito no valor total das tarifas e taxas aplicáveis à mercadoria.

Mercado:

o Consumo aparente mostrou pequeno crescimento de 9,4% passando para 159,9 mil toneladas. A produção doméstica cresceu apenas 6,8%, enquanto as importações cresceram 45,49%, para 210 mil toneladas.

o Para os artigos de escritório e artigos escolares, o consumo aparente cresceu 31%, basicamente suprido pelo crescimento das importações cujo volume cresceu 160%, mas os preços médios caíram 52%; mercado fortemente disputado entre França e China, e demais países europeus;

o O segmento das manufaturas feitas em tiras (correias transportadoras, colchões, bóias, etc.) apresenta crescimento do consumo aparente crescimento de 22%, basicamente explicado pela evolução de 38,24% no volume importado. Queda dos preços médios das importações de 17,68%;

o Para o segmento outros artigos de uso doméstico e de higiene ou tocador de celulose regenerada, o consumo aparente entre 2000 e 2004 cresce 19,04% e a quantidade importada ascende 74,79%, enquanto a produção doméstica 20,6%. Preço médio das importações recua 21,8%;

o No segmento serviços de mesa, utensílios de cozinha e outros artigos de uso doméstico, o consumo aparente apresentou crescimento de 37,10% entre 2000 e 2004 basicamente lastreado na evolução da produção doméstica. As importações cresceram 41,14% em quantidade e 55,92% em valor, derivado da evolução dos preços médios de importação de 10,47%.

o No segmento artigos de uso doméstico e artigos de higiene e tocador, de plástico, o consumo aparente mostrou entre 2000 e 2004 queda de 56,45%,

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seguido por semelhante na produção doméstica. As importações cresceram 58,45% em valor e o preço médio dos produtos importados 16,29%.

o Em termos gerais, o crescimento dos preços dos produtos locais foi de cerca de 12%. Já os preços dos produtos importados decresceram cerca de -16,9%;

o Também em termos gerais o coeficiente penetração das importações desses produtos eleva-se 28% entre 2000 e 2004, em termos de quantidade, mas mostra pequeno recuo em termos de valores, confirmando o deslocamento dos produtos domésticos de menor valor pelos importados, e migração dos nacionais para os segmentos mais caros.

o Parte das importações é utilizada para reexportações.

o Cerca de 70% das importações espanholas do produto são oriundas de países da União Européia, notadamente Alemanha, Itália e França. Apenas 2 dos 5 segmentos indicam diversificação de mercados fornecedores.

o Dos não europeus o destaque é para a China que chega em 2005 como principal exportador em termos de volume para a Espanha (22% do total), mas apenas 13% em termos de valor, indicando que s preço é fator determinante em sua estratégia;

o Os produtos são basicamente importados já acabados por distribuidores locais.

o O principal mercado de consumo de plástico na Espanha é o segmento de embalagens e recipientes (45,2%), em segundo construção (15,1%) e automotivo (10,1%). Porém em taxas de crescimento são esses dois os destaques, crescendo mais de 8% a.a. 2003-2004.

o No segmento móveis e decoração os principais itens são: móveis domésticos, de escritório e de jardim e outros objetos como acolchoados, almofadas, carpetes,

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o No mercado de utensílios o crescimento do consumo foi de 3;9% em 2004, chegando a 64 mil toneladas, ou 1,6% do total produzido na Espanha.

o No segmento de artigos de papelaria (materiais de escritório como as canetas esferográficas, cadernetas, carteiras e materiais de arquivos), o consumou foi de 25 mil toneladas, ou 0,6% do mercado total para plásticos transformados.

o Maio é o mês de pico de importações e agosto o mês de menor demanda.

o Predominam no mercado opções por contratos de “compras contínuas”, sendo que o principal item para decisões são os preços, seguido por qualidade e, em terceiro, disponibilidade.

o Os produtos brasileiros são muito pouco conhecidos pelas empresas espanholas, e os poucos que o conhecem têm boa impressão.

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1. Introdução

Esta pesquisa de inteligência de mercado foi encomendada à Prospectiva Consultoria Brasileira de Assuntos Internacionais pelo Programa Export Plastic Nacional, iniciativa conjunta da APEX (Agência para Promoção da Exportação do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior), da Petrobrás, de Produtores de Resinas Termoplásticas e das Empresas Transformadoras de Plástico.

De acordo com a Carta-Convite nº 001/2006 enviada pelo Instituto Nacional do Plástico no dia 6 de fevereiro de 2006 e com a proposta comercial elaborada pela Prospectiva Consultoria, o objetivo deste estudo é desenvolver um levantamento sistemático e confiável de informações sobre o mercado espanhol de produtos acabados e semi-acabados com base em resinas termoplásticas. Tais informações se referem à identificação de demanda potencial para produtos brasileiros considerando: a) barreiras tarifárias e não tarifárias, regulamentações e normas legais, assim como b) aspectos mercadológicos, preço, logística, distribuição, entre outros.

O escopo do estudo abrange cinco produtos transformados plásticos, tendo como foco todo o território espanhol. A título de organização, para cada um dos cinco produtos foi elaborado um relatório independente, de forma que, além das informações específicas de cada um dos produtos, todos os cinco relatórios contenham informações aplicáveis a todos os produtos (horizontais).

Todas as informações horizontais aparecem na primeira parte dos relatórios e são subdivididas em questões geográficas e econômicas. São também compiladas informações referentes à legislação (aplicável a cada um dos produtos), incluindo as preferências tarifárias, regime alfandegário, restrições a importação, impostos internos, licenças e depósitos prévios de importação, importação em zonas livres, normas e regulamentações (qualidade, certificados sanitários, segurança, meio ambiente, etiquetagem, etc.), disposições sobre marcas e patentes, legislação anti-dumping e preços mínimos, disposições para o envio de amostras comerciais originárias do Brasil,

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As informações específicas por produto também foram levantadas em diversas fontes primárias e secundárias, incluindo bancos de dados estatísticos, estudos e artigos de revistas especializadas, conversas com especialistas do setor na Espanha e entrevistas com empresas interessadas em fazer negócios com fornecedores brasileiros de produtos plásticos transformados.

Além de informações tarifárias, regulatórias e econômicas, incluindo demanda local e dados de comércio internacional, para cada um dos cinco produtos apresentamos listas contendo no mínimo cinqüenta empresas interessadas em obter maiores informações sobre o projeto de exportações brasileiras.

A relação dessas empresas é resultado de um cuidadoso trabalho de levantamento de bancos de dados e de pré-seleção de empresas que possam ter interesse em conhecer os produtos plásticos transformados do Brasil. Para chegarmos à indicação dessas 50 empresas, foram contatadas, em média, 150 empresas de cada segmento na Espanha, as quais foram excluídas da listagem quando não apontavam interesse em desenvolver contato com exportadores brasileiros. Pelo telefone, os consultores da Prospectiva apresentaram o Programa Export Plastic a cada uma dessas empresas. Também pelo telefone foi feito um questionamento sobre o real interesse dessas empresas em fazerem negócios com o Brasil e solicitado que as pessoas encarregadas de compras respondessem um questionário, posteriormente enviado por e-mail.

As respostas obtidas nos questionários e nas conversas telefônicas foram cruzadas com as demais informações obtidas em fontes secundárias e em conversas com especialistas do setor. Com base nessa matriz, foi possível avaliar a existência de oportunidades de exportação para produtos brasileiros.

Em síntese, o presente estudo está estruturado para servir como um guia para as empresas brasileiras transformadoras de produtos plásticos fazerem negócios na Espanha, ao mesmo tempo em que aponta importantes tendências de mercado, diretrizes e oportunidades para associações setoriais e formuladores de políticas tomarem decisões estratégicas.

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2. Aspectos Geográficos 2.1. Aspectos gerais

A Espanha ocupa a maior parte da península Ibérica com um território de 504.782 Km². Limita-se ao norte com o golfo de Biscaia, a nordeste com a França e Andorra, a leste e a sul com o mar Mediterrâneo, a oeste com Portugal e o oceano Atlântico. Mais da metade do país é constituído de

planaltos, chamada Meseta Central, onde está situada Castela e La Mancha - possui altitude média de 600 m, onde se destaca a Cordilheira Central. O clima é continental no interior, mediterrânico na costa leste, sul, ilhas Baleares, Ceuta e Melilla, e oceânico no norte. Os principais rios são: Tejo, Ebro, Douro,

Guadiana, Guadalquivir e Minho. A capital do país é Madrid.

A Espanha possui 44,5 milhões de habitantes (Dados de 2005), um crescimento populacional de 2,1% e uma expectativa média de vida de 78,8 anos. As línguas oficiais são o espanhol, falado por 74% da população, o Catalão (Co-oficial na Catalúnia, Ilhas Baleares e Valencia), utilizado por 17% da população, o Galego falado por 7% da população e co-oficial na Galícia e o Basco, falado por 2% da população e co-oficial no país Basco. A porcentagem da população alfabetizada na Espanha é de 97%.

A Espanha é uma monarquia constitucional hereditária desde 1975 quando o Rei Juan Carlos I assumiu a Chefia do Estado. O poder executivo é assegurado por um conselho de ministros, em que o Presidente do Governo (equivalente a um Primeiro-Ministro) é nomeado pelo monarca, depois de eleito pela Assembléia Nacional, na seqüência de

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membros, eleitos pelo voto popular com mandato de 4 anos e o Senado com 259 membros, dos quais 208 são diretamente eleitos pelo povo e 51 indicados pelos legisladores regionais, com um mandato também de 4 anos.

Desde a Constituição de 1978 a Espanha está dividida em 17 Comunidades autônomas e duas cidades autônomas de Ceuta e Melilla, sendo que estas possuem status intermediário entre o município e a Comunidade. Das 17 comunidades autônomas, 3 delas (Galícia, País Basco e Catalunha) gozam da condição de nacionalidade histórica reconhecida na constituição, referendado por um estatuto de autonomia que lhes concede um maior poder e capacidade de decisão em relação às outras comunidades.

As Comunidades dividem-se ainda em cinqüenta províncias:

Província Capital

Andaluzia Sevilha Aragão Saragoça Principado das Astúrias Oviedo

Ilhas Baleares Palma de Maiorca

País Basco Vitoria

Ilhas Canárias Santa Cruz de Tenerife

Cantábria Santander

Castela-La Mancha Toledo

Castela e Leão Valladolid

Ceuta Ceuta Catalunha Barcelona Extremadura Mérida

Galiza Santiago de Compostela

Comunidade de Madrid Madrid

Melilha Mellila

Região de Múrcia Múrcia

Comunidade Foral de Navarra Pamplona

La Rioja Logronho

Comunidade Valenciana Valencia

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2.2. Principais cidades e número de habitantes Cidade População Madrid 5.843.041 Barcelona 4.686.701 Valencia 1.623.724 Sevilla 1.317.098 Málaga 1.074.074 Bilbao 947.581 Asturias (Gijón-Oviedo) 855.199 Alicante 711.215 Zaragoza 683.763

Las Palmas de Gran Canaria 616.903 Bahía de Cádiz (Cádiz-Jerez de la Frontera) 615.494

Murcia 563.272

Palma de Mallorca 474.035

Granada 472.638

Vigo 423.821

Santa Cruz de Tenerife 420.198

San Sebastián 399.125 La Coruña 396.015 Valladolid 383.894 Tarragona 375.749 Córdoba 321.164 Pamplona 309.631

Fonte: Fonte: Ministerio de las Administraciones Publicas 2.3. Principais portos e aeroportos

A infra-estrutura portuária da Espanha é composta de 44 portos estatais e 204 portos privados que cobrem tanto a costa do Oceano Atlântico quanto a do Mar Mediterrâneo. Destes portos se destacam para o embarque e desembarque de cargas, principalmente os portos: Bahia de Algeciras, Barcelona, Valencia, Las Palmas e Bilbao.

Portos Website A Coruña http://www.puertocoruna.com/ Alicante http://www.puertoalicante.com/ Almería http://www.apalmeriamotril.com/ Avilés http://www.puertoaviles.com/ Balears http://www.portsdebalears.com/

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Castellón http://www.portcastello.com/

Ceuta http://www.puertodeceuta.com/

Ferrol-S.Cibrao http://www.porto-ferrolsanciprian.com/

Gijón http://www.puertogijon.es/

Huelva http://www.puertohuelva.com/

Bahía de Algeciras http://www.apba.es

Bahía de Cadiz http://www.puertocadiz.com/

Las Palmas http://www.palmasport.es/

Málaga http://www.puertomalaga.com/

Marín y ría de Pontevedra http://www.portel.es/ap_puertos/marin/home.html

Melilla http://www.puertomelilla.com/ Motril http://www.apalmeriamotril.com/ Pasajes http://www.puertopasajes.net/ S.C. Tenerife http://www.puertosdetenerife.org/ Santander http://www.puertosantander.es/ Sevilla http://www.apsevilla.com/ Tarragona http://www.porttarragona.es/ Valencia http://www.valenciaport.com/ Vigo http://www.apvigo.com/

Vilagarcía de Arousa http://www.portel.es/arosa/home.html

Fonte: Ministério de Fomento da Espanha

Portos com maior tráfego de mercadorias – Ano: 2004 Portos Unidade (toneladas) Bahia de Algeciras 65,74 milhões

Barcelona 40,20 milhões

Valencia 37,85 milhões

Bilbao 33,34 milhões

Tarragona 29,85 milhões

Total 397,1 milhões

Fonte: Ministério de Fomento da Espanha

Com relação aos aeroportos, a Aena (Aeropuertos Españoles y Navegación Aérea) – uma agência estatal – é o órgão responsável pelo trânsito aéreo e gestão dos aeroportos civis da Espanha. Ela opera a maioria dos aeroportos espanhóis, o que inclui aeroportos públicos, privados e algumas bases aéreas de regime misto com o exército da Espanha. Entre os principais aeroportos geridos pela Aena estão:

Aeroportos

A Coruña Logroño - Agoncillo Albacete – Los Llanos Madrid-Barajas Alicante – El Altet Málaga

Almeria Melilla Astúrias Menorca Badajoz – Talavera la Real Murcia - San Javier

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Bilbao – Sondica Loiu Pamplona

Ceuta Réus El Hierro San Sebastian

Fuerteventura Santander Girona - Costa Brava Santiago de Compostela Gran Canária Sevilla

Granada Tenerife Norte

Ibiza Tenerife Sur

Jerez de la frontera Valencia

La Gomera Valladolid

La Palma Vigo

Lanzarote Vitória

Leon Zaragoza

Fonte: Aena

Tráfego de Mercadorias nos Principais Aeroportos – Ano 2004 Aeroporto Unidade (toneladas) Porcentagem

Madrid-Barajas 337.050 53,5%

Barcelona 81.908 13,0%

Total 629.400 100,0%

Fonte: Aena

2.4. Companhias de navegação servindo o país

As principais companhias de navegação que atuam no país oferecem serviços de transporte marítimo de cargas para a Espanha, com saídas e destinos aos principais portos brasileiros e espanhóis. A freqüência dos navios varia de 1 a 2 semanas, dependendo do porto de saída e destino pretendido. Muitos dos armadores trabalham em regime joint de navios, o que significa o uso do mesmo navio por várias companhias de navegação. Dessa maneira, as datas de saídas dos navios dos portos brasileiros dependendo do armador escolhido podem ser as mesmas já que se tratam dos mesmos navios, variando apenas o serviço e o valor do frete.

Companhia Libra de Navegação e Montemar Website: http://www2.libra.com.br

Freqüência dos navios: semanal

Saídas: Rio Grande, Paranaguá, Santos e Rio de Janeiro Portos de destino: Barcelona e Valência

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Maersk Sealand

Website: http://www.maerskline.com

Freqüência dos navios: semanal

Saídas: Vitória, Rio de Janeiro, Itajaí, Paranaguá, Santos e Pecém Portos de destino: Algeciras, Valência e Vigo

Tempo de trânsito: 7 a 25 dias (dependendo do porto de saída e de destino)

Aliança e Hamburg Süd

Website: http://www.alianca.com.br

Freqüência dos navios: semanal

Saídas: Rio Grande, Paranaguá, Santos e Rio de Janeiro Portos de destino: Las Palmas, Barcelona e Valencia.

Tempo de trânsito: 10 a 21 dias (dependendo do porto de saída e de destino)

CSAV

Website: http://www.csav.cl

Freqüência dos navios: semanal

Saídas: Rio Grande, Paranaguá, Santos, Rio de Janeiro e Salvador Portos de destino: Barcelona, Las Palmas e Valencia

Tempo de trânsito: 6 a 24 dias (dependendo do porto de saída e de destino)

Zim

Website: http://www.zim.co.il

Freqüência dos navios: semanal

Saídas: Rio Grande, Paranaguá, Santos, Rio de Janeiro e Salvador Portos de destino: Las Palmas, Barcelona e Valencia

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CCL

Website: http://www.costacontainer.com

Freqüência dos navios: semanal e quinzenal (dependendo do porto de saída)

Saídas: Rio Grande, Paranaguá, São Francisco do Sul, Santos, Rio de Janeiro, Salvador e Pecém.

Portos de destino: Las Palmas, Valencia e Barcelona.

Tempo de trânsito: 6 a 24 dias (dependendo do porto de saída e de destino)

Maruba

Website: http://www.maruba.com.ar

Freqüência dos navios: quinzenal e semanal (dependendo do porto de saída)

Saídas: Rio Grande, São Francisco do Sul, Paranaguá, Santos, Rio de Janeiro, Salvador e Pecém.

Portos de destino: Las Palmas, Valencia e Barcelona.

Tempo de trânsito: 6 a 20 dias (dependendo do porto de saída e de destino)

Grimaldi

Website: http://www.grimaldi.co.uk

Freqüência dos navios: quinzenal e semanal (dependendo do porto de saída)

Saídas: Rio Grande, São Francisco do Sul, Paranaguá, Santos, Rio de Janeiro, Salvador e Pecém.

Portos de destino: Las Palmas, Valencia e Barcelona.

Tempo de trânsito: 6 a 20 dias (dependendo do porto de saída e de destino)

Niver Lines

Website: http://www.niverlines.com/

Freqüência dos navios: semanal

Saídas: Rio Grande, Paranaguá, Santos, Rio de Janeiro e Salvador Portos de destino: Las Palmas, Barcelona e Valência

Tempo de trânsito: 7 a 23 dias(dependendo do porto de saída e de destino)

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Saídas: Belém e Fortaleza, Rio Grande, Paranaguá, Santos, Rio de Janeiro e Salvador Portos de destino: Algeciras, Barcelona e Valencia

Tempo de trânsito: 7 a 20 (dependendo do porto de saída e de destino)

2.5. Companhias aéreas servindo a rota Brasil-Espanha-Brasil (vôos diretos) Destinos

Saídas Barcelona Madrid-Barajas

São Paulo Iberia Ibéria, Pluna e Varig

Fortaleza Air Madrid Air Madrid

Rio de Janeiro Iberia Ibéria e Pluna

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3. Aspectos Econômicos 3.1. Panorama geral

Atualmente a economia espanhola, assim como a sua população, é a quinta dentro da União Européia. Em termos absolutos a economia espanhola está entre as dez maiores do mundo. Esse crescimento econômico iniciou-se há pelo menos vinte anos, com a entrada da Espanha na Comunidade Econômica Européia em 1986, organização antecessora da União Européia. Ao fazer parte desta organização econômica e sob o governo de Aznar, a Espanha passou a realizar algumas mudanças como abertura econômica, modernização de sua base industrial, melhorias em sua infra-estrutura e reformas na legislação econômica para se adequar aos padrões estipulados pela União Européia e fazer parte do primeiro grupo de países a adotar o euro – moeda européia - em 1º de janeiro de 1999.

O governo de centro-direita de José Maria Aznar Aznar, mesmo depois de atender aos padrões estabelecidos pela União Européia, continuou com o programa liberalizante com privatizações e desregulamentação da economia. Resultados dessas mudanças e reformas nos anos mais recentes foi o crescimento do PIB, redução da dívida pública, taxa de desemprego e inflação. No caso do desemprego, este apesar de ter diminuído continuou alto, atingindo a taxa de 10.1% em 2005. O crescimento do PIB foi satisfatório quando se compara com os demais países europeus, variando entre 2,5% a 3,6% no período de 2003 a 2005. 3.2. PIB/GDP 0 200 400 600 800 1000 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 B il hõe s

Produto interno bruto Unidade: Euros

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De meados da década de 90 até 2004, o produto interno bruto da Espanha aumentou em quase duas vezes, passando de 447,2 bilhões de euros em 1995 para 837,3 bilhões em 2004. Para uma população de 44,5 milhões de habitantes, isso significa uma renda per capita de 20.217 euros ou 25.341 dólares (considerando a taxa de câmbio de 1euro=US$ 1,24 em 2004).

3.3. Composição do PIB por setor

Unidade: Milhões de euros/ Fonte: Instituto Nacional de Estadística

A Espanha concentra a produção de suas atividades no setor de serviços, atingindo o percentual de 60.58% em 2004. Em segundo lugar está o setor industrial com 14.39%. A agricultura e atividades correlatas corresponderam em 2004 a 3,13%. A construção que em geral é contabilizada no setor de serviços tem importância considerável na economia espanhola, correspondendo a cerca de 9.66% do PIB. O PIB industrial em 2004 pode ser desagregado nos seguintes seguimentos:

Setores 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Agricultura 18.568 22.199 23.153 23.910 23.470 24.984 25.405 25.628 25.880 26.217 Energia 16.159 16.593 16.785 15.915 15.304 15.802 16.335 17.219 17.914 18.472 Industria 74.147 78.906 85.532 91.049 96.766 103.415 108.955 112.386 116.527 120.504 Construção 30.874 31.431 32.848 36.139 41.252 47.584 54.901 62.401 70.586 80.870 Serviços 272.600 286.757 303.318 324.729 348.324 378.775 411.995 443.906 473.769 507.250 Total 447.206 473.826 503.875 539.519 579.983 630.263 679.842 729.021 780.550 837.316 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Agricultura 4.15% 4.69% 4.59% 4.43% 4.05% 3.96% 3.74% 3.52% 3.32% 3.13% Energia 3.61% 3.50% 3.33% 2.95% 2.64% 2.51% 2.40% 2.36% 2.30% 2.21% Industria 16.58% 16.65% 16.97% 16.88% 16.68% 16.41% 16.03% 15.42% 14.93% 14.39% Construção 6.90% 6.63% 6.52% 6.70% 7.11% 7.55% 8.08% 8.56% 9.04% 9.66% Serviços 60.96% 60.52% 60.20% 60.19% 60.06% 60.10% 60.60% 60.89% 60.70% 60.58%

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Segmento da indústria PIB 2004 (em milhões de euros) Indústria da alimentação, bebidas e tabaco 16.545

Indústria têxtil e da confecção 5.560 Indústria do couro e do calçado 1.451 Indústria da madeira e cortiças 2.618 Indústria do papel, edição e artes gráficas 11.177

Indústria química 11.881

Indústria da transformação da borracha e

matériais plásticos 5.443

Fabricação de outros produtos minerais não metálicos

9.256 Metalurgia e produtos metálicos 21.273 Maquinaria e equipamento mecânico 8.839 Equipamento elétrico, eletrônico e urético 7.357 Fabricação de material de transporte 13.322 Industrias manufatureiras diversas 5.873

Fonte: Instituto Nacional de Estadística

3.4. Taxa de câmbio e regime cambial

A moeda nacional espanhola, peseta, saiu de circulação em 2002 com a entrada em vigor do euro. Ao lado de outros onze países membros da União Européia (Áustria, Bélgica, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Espanha e Portugal), a Espanha integra a chamada “zona do euro”. Em todos esses países a moeda nacional é o euro. Todos os integrantes da zona do euro adotam uma política monetária comum, com metas de inflação, arrecadação, pagamentos de dividas e taxas de câmbio iguais. O regime cambial na zona do euro é flutuante. Os membros da União Européia que não integram a zona do euro, mas que eventualmente adotarão a moeda comum, adotam um mecanismo de convergência chamado “Exchange Rate Mechanism II”. De acordo com esse mecanismo é estabelecida uma taxa de câmbio fixa de paridade com o euro e a moeda flutua dentro de uma margem de 15% para cima ou para baixo. Sempre que a taxa flutua fora desses limites, há intervenção do banco central para contê-la.

Abaixo são fornecidas as taxas de câmbio média de 2005 e de abril de 2006 do euro frente ao dólar americano, ao real, à libra esterlina e ao franco suíço:

(21)

Taxa de câmbio média em 2005

Estados Unidos Brasil Reino Unido Suíça 1 Euro US$ 1,2441 R$ 3,0395 £ 0,68380 CHF 1,5483

Fonte: Banco Central Europeu

Taxa de câmbio média em abril de 2006

Estados Unidos Brasil Reino Unido Suíça 1 Euro US$ 1,2271 R$ 2,6129 £ 0,69463 CHF 1,5748

Fonte: Banco Central Europeu

3.5. Recursos naturais mais importantes

Os recursos naturais mais importantes para a economia espanhola são: carvão, linhito, minério de ferro, cobre, chumbo, zinco, urânio, tungstênio, mercúrio, piritas, magnesita, fluorspar, gesso, sepiolita, kaolin, potássio, força hidráulica, terras aráveis.

3.6. Indicadores econômicos e sociais

População 2000 2001 2002 2003 2004 2020 População total (000) 40.264 40.721 41.314 42.005 42.692 - Crescimento (%) 0,84 1,14 1,46 1,67 1,64 - Taxa de fertilidade1 1,24 1,26 1,26 1,29 - - % da população com mais de 65 anos 16,84 - - - - 18,56 % de população estrangeira 2,2 2,745 3,1 3,933 - - Imigração bruta (por

1000 habitantes)

8,9 10,1 15,7 14,5 - -

Fonte: OCDE

(22)

Indicadores macroeconômicos

2000 2001 2002 2003 2004 2020 PIB (bilhões de US$) 849,3 907 981,4 1.052,3 1090,8 -

PIB per capita 21.093 22.272 23.755 25.051 25.582 - Taxa de crescimento do PIB (%) 5,042 3,544 2,68 2,998 3,095 - Taxa de investimento bruto (% do PIB) 25,831 25,963 26,201 27,077 27,826 - Taxa de investimento bruto: máquinas e equipamentos (% do PIB) 8,128 7,61 6,999 6,801 6,679 - Taxa de investimento bruto: moradias (% do PIB) 6,118 6,443 6,954 7,722 8,267 - Taxa de inflação 3,43 4,17 4,43 4,04 4,08 - Produção de aço (milhões de tonelada) 14,274 14,873 14,763 14,8 15,9 - Agregação de valor (agricultura, pesca e extração florestal) 4,379 4,114 3,874 3,667 3,472 - Agregação de valor (indústria, incluindo energia) 20,895 20,287 19,592 19,075 18,46 - Agregação de valor (construção) 8,34 8,889 9,433 10,042 10,763 - Agregação de valor (transporte, comércio, hotéis e restaurantes) 26,135 25,945 25,851 25,705 25,945 - Agregação de valor (bancos, seguros, imóveis e outros serviços empresariais) 19,463 20,236 20,765 20,927 20,83 - Agregação de valor (governo, saúde, educação e outros serviços pessoais) 20,789 20,529 20,485 20,584 20,529 - Taxas de juros de longo prazo 5,53 5,12 4,96 4,13 4,1 - Fonte: OCDE

(23)

Energia 2000 2001 2002 2003 2004 2020 Fornecimento de energia primário (milhões de toneladas de petróleo equivalente) 124,67 127,84 131,6 136,1 142,91 - Fornecimento de energia primária (toneladas) per capita

3,123 3,175 3,246 3,335 3,482 - Geração de eletricidade (TWh) 222,2 233,2 241,6 257,9 277,5 - Produção total de energia (milhões de toneladas de petróleo equivalente) 31,7 33,5 31,8 33 33,1 - Produção de petróleo cru (milhões de toneladas) 0,2 0,3 0,3 0,3 0,3 - Fonte: OCDE 3.7. O setor industrial

O setor industrial da Espanha é bastante diversificado. No entanto, 66% da produção industrial é concentrada em cinco regiões: Catalunha (25% do total), Comunidade de Madrid (11,4%), Comunidade Valenciana (10,8%) e País Basco e Andaluzia (9,4% cada). Algumas regiões concentram atividades industriais como é o caso do setor metalúrgico no País Basco e da indústria têxtil na Catalunha.

Em 2005, o setor industrial empregou cerca de 3,3 milhões de pessoas na Espanha, o que representa aproximadamente 17,3% do total dos empregos naquele país. As comunidades com maior proporção de pessoas ocupadas na indústria são: la Rioja (28,2%), Comunidade Foral de Navarra (25,7%), e o País Basco (25,6%).

O setor industrial representa cerca de um terço do setor do PIB serviços. Ainda assim, várias das maiores empresas espanholas, como por exemplo Repsol, Endesa e Ibedrola, concentram suas atividades no setor industrial. Os principais segmentos da indústria na Espanha são: geração de energia, petróleo e químicos, automotivo e processamento de alimentos.

(24)

Setores com maior cifras de negócios – 2004

Milhões de Euros % sobre o total Total Indústria (manufatureira,

extrativista e produção de energia)

495.366 100 Fabricação de veículos motorizados 39.919 8,1

Produção e distribuição de energia elétrica

29.947 6,0 Petróleo, gás natural e combustíveis

nucleares

27.459 5,5

Indústria de carnes 15.972 3,2

Fabricação de produtos químicos

básicos 15.511 3,1

Peças e acessórios não elétricos de veículos motorizados

14.618 3,0 Fabricação de produtos de materiais

plásticos

12.950 2,6 Produtos básicos de ferro, aço e ligas

de ferro

12.019 2,4

Fabricação de móveis 11.318 2,3

Fabricação de produtos farmacêuticos 11.289 2,3

Fonte: Instituto Nacional de Estadística

3.8. Comércio exterior anual (Últimos 5 anos – incluindo saldo da balança comercial, saldo da balança de pagamentos, reserva de divisas, outros)

Balança Comercial da Espanha - 2000-2005

0 50 100 150 200 250 2000 2001 2002 2003 2004 2005 B il hõe s de e u ro s -100 -80 -60 -40 -20 0 B il hõe s de e u ro s

Exportações Importações Saldo Fonte: Aduanas. Elaboração: Prospectiva Consultoria

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Exportações 124,2 129,7 133,2 138,1 146,9 153,5

Importações 169,4 173,2 175,2 185,1 208,4 231,3

Saldo -45,3 -43,4 -42,0 -46,9 -61,4 -77,8

(25)

quanto das exportações espanholas. No caso das exportações, estas passaram de 124 bilhões de euros em 2000 para 153 bilhões em 2005. As importações, no mesmo período, passaram de 169 bilhões de euros para 231 bilhões.

No entanto, o crescimento das importações se torna mais acentuado a partir de 2003, aumentando o déficit de 40 bilhões de euros que até então estava em um patamar estável para atingir a cifra de 77,8 bilhões de dólares em 2005. (citar tabela)

Fluxo de comércio da Espanha

Principais produtos e parceiros para as exportações da Espanha em 2005

Produtos exportados Bilhões de euros Parceiros comerciais Bilhões de euros

Veículos 33.2 França 29.5

Máquinas 12.5 Alemanha 17.5

Equip. elétricos e eletrônicos 10.6 Portugal 14.6

Combustíveis 6.6 Reino Unido 13

Plásticos 5.7 Itália 12.8

Ferro e aço 4.6 Estados Unidos 6.1

Farmacêuticos 4.3 Países Baixos 4.8

Frutas 4.3 Bélgica 4.3

Artigos de ferro e aço 3.5 Turquia 2.7

Produtos hortícolas 3.4 México 2.6

Fonte: Aduanas

Ao ampliar os detalhes dos dados de comércio da Espanha, verifica-se que os parceiros comerciais tanto para as importações quanto para as exportações se encontram em sua maioria na Europa ocidental, com destaque para a Alemanha, França, Itália e Reino Unido. Saindo do eixo regional, destacam-se Turquia e México como destinos das exportações espanholas e China e Japão para importações.

Principais produtos e parceiros das importações espanholas em 2005

Produtos importados Bilhões de euros Parceiros comerciais Bilhões de euros

Veículos 36.4 Alemanha 33.8

Combustíveis 31.9 França 32.7

Máquinas 26.6 Itália 19.8

Equipamentos elétricos e eletrônicos 18.8 Reino Unido 13.2

Ferro e aço 8.4 China 11.6

Plásticos 7.4 Países Baixos 9.4

Farmacêuticos 6.8 Estados Unidos 7.8

Químicos 6.5 Portugal 7.4

Equipamento médico, óptico e

fotográfico 5 Bélgica 7.1

Peixes 4.1 Japão 5.8

(26)

Os principais produtos da pauta exportadora espanhola abrangem principalmente produtos industrializados como veículos, máquinas e equipamentos, farmacêuticos, metais e produtos agrícolas. Estes itens que congregam os 10 principais produtos exportados respondem por cerca de 57% das exportações totais da Espanha. Os produtos plásticos em 2005 apareceram em 5º lugar com cerca de 6 bilhões de euros.

No caso das importações, a pauta é bastante parecida com a de produtos exportados, porém no caso dos produtos plásticos, o valor de itens importados sobrepõe o de itens exportados, atingindo em 2005 7,4 bilhões de euros.

Saldo da balança de pagamentos Unidade: milhões de euros

1999 2000 2001 2002 2003

Conta corrente -13112 -20992 -18346 -16881 -20828

Conta de capital 6552 5181 5566 7741 8762

Conta financeira 11242 21300 20072 14755 17634

1) Um euro é igual a 166,386 pesetas. Fonte: Banco de España. Fonte: Anuario Estadístico de España

(27)

4. Legislação - Utensílios Domésticos 4.1 Acordos Comerciais

União Européia

Desde 1957, a União Européia permite a livre movimentação de bens entre a Espanha e os outros 24 países membros (a adesão da maior parte desses países ao bloco se deu em datas posteriores à sua criação em 1957): Áustria, Bélgica, Chipre, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, Eslováquia, Eslovênia, Suécia e Reino Unido.

A política comercial da Espanha é de competência exclusiva da União Européia, não existindo, portanto, a possibilidade do país estabelecer acordos bilaterais independentemente. Por sua vez, a União Européia integra diversos acordos bilaterais e multilaterais. Todos esses acordos automaticamente se aplicam a todos os países membros do bloco. Não há exceções para o livre comércio de nenhuma linha tarifária de produtos plásticos analisados neste estudo.

Organização Mundial do Comércio (Multilateral)

O principal acordo multilateral de comércio aplicável aos produtos plásticos transformados é membro é o Acordo Geral de Comércio e Tarifas (GATT), do qual a União Européia é membro. O GATT estabelece, entre outros princípios, as tarifas consolidadas pelos países membros, assim como quotas, regras para barreiras não-tarifárias, subsídios e dumping. As tarifas da União Européia consolidadas para bens industriais são relativamente baixa, 3,9%, se comparada à média tarifária de países em desenvolvimento como Índia (34,3%) e Brasil (30,8%). Apesar de alguns produtos industriais serem sobretaxados (picos tarifários), nenhuma linha excede 26%. No caso das linhas tarifárias aplicáveis a produtos plásticos transformados, nenhuma excede 8%. Salvo nos casos em que a União Européia tem acordos bilaterais (ou bi-regionais), os nos casos de países incluídos na lista do Sistema Geral de Preferências (ver abaixo), as tarifas consolidadas na OMC são as mesmas que as aplicadas.

(28)

União Aduaneira (Andorra e Turquia)

Desde 31/12/1990, Andorra faz parte da união aduaneira da União Européia. San Marino faz parte desde 01/12/1992. A Turquia, por sua vez, faz parte da união aduaneira desde 13/02/1996. Isso significa que esses países, além de acessar o mercado constituído pelos 25 países membros da União Européia livres de barreiras comerciais, aplicam a terceiros países a mesma tarifa consolidada pelo bloco europeu.

Acordos de Livre Comércio

A União Européia tem acordos de livre comércio com uma série de países. Salvo algumas exceções, os países integrantes de acordos de livre comércio com a União Européia podem acessar o mercado europeu sem tarifas ou outras barreiras comerciais. Em nenhum caso de exportação de produtos plásticos transformados por países membros desses acordos foi identificada a cobrança de tarifas.

Tabela: Acordos de Livre Comércio da União Européia

País Entrada em vigor

Bulgária 31/12/1993 Romênia 01/05/1993

Ilhas Faroe (Dinamarca) 01/01/1997

Noruega, Islândia e Liechtenstein (EEA) 01/01/1994

Suíça 01/01/1973 Antiga República Iugoslava da Macedônia 01/06/2001

Croácia 01/03/2002 Argélia 01/07/1976 Egito 01/06/2004 Israel 01/06/2000 Jordânia 01/05/2002 Líbano 01/03/2003 Marrocos 01/03/2000 Autoridade Palestina 01/07/1997 Síria 01/07/1977 Tunísia 01/03/1998 Chile 01/02/2003 México 01/07/2000 África do Sul 01/01/2000

(29)

Além desses acordos já em vigor, o órgão executivo da União Européia, Comissão Européia, está negociado acordos de livre comércio com o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e com o Conselho de Cooperação do Golfo (Bahrain, Kuwait, Omã, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos).

Sistema Geral de Preferências

O Sistema Geral de Preferências consiste de uma medida unilateral por parte de alguns países industrializados, pelo qual concedem aos países em desenvolvimento acesso livre de tarifas ou margens de preferência tarifária para as exportações de alguns produtos. Desde 1971, a União Européia garante aos países em desenvolvimento acesso preferencial ao seu mercado. Essa concessão é continuamente revisada, de acordo com o grau de desenvolvimento e as políticas implementadas dos países que recebem esse benefício. A atual regulamentação foi implementada em 01/01/2006 e tem validade até 31/12/2008. O Brasil é beneficiário do sistema geral de preferências europeu e a maior parte das linhas tarifárias aplicáveis aos produtos plásticos transformados aqui analisados qualificam nesse regime. Para algumas linhas tarifárias, no entanto, é concedida apenas uma margem de preferência tarifária e não o acesso a mercados livre de tarifas.

4.2. Preferências por acordos e restrições à importação NCM 3924.10.00 (TARIC 3924.10.00)

Tarifa consolidada na OMC: 6,5%

Preferências Tarifárias (10 principais países exportadores – em euros 2005)

País Acordo Tarifa

China - 6,5%

Itália União Européia 0%

Portugal União Européia 0%

Alemanha União Européia 0%

França União Européia 0%

Estados Unidos - 6,5%

Países Baixos União Européia 0%

Bélgica União Européia 0%

Tailândia SGP 0%

(30)

Tarifa para o Brasil: 0% (SGP)

Não há restrições para exportações brasileiras dessa linha tarifária. Também não há restrições para importações de outros países.

NCM 3924.90.00 (TARIC 3924.90.11) Tarifa consolidada na OMC: 6,5%

Preferências Tarifárias (10 principais países exportadores – em euros 2005)

País Acordo Tarifa

Países Baixos União Européia 0%

China - 6,5%

Grécia União Européia 0%

Itália União Européia 0%

Alemanha União Européia 0%

Estados Unidos - 6,5%

França União Européia 0%

Coréia do Sul - 6,5%

Bélgica União Européia 0%

Israel ALC UE-Israel 0%

Tarifa para o Brasil: 0% (SGP)

Não há restrições para exportações brasileiras dessa linha tarifária. Também não há restrições para importações de outros países.

(31)

NCM 3924.90.00 (TARIC 3924.90.19)

Tarifa consolidada na OMC: 6,5%

Preferências Tarifárias (10 principais países exportadores – em euros 2005)

País Acordo Tarifa

Itália União Européia 0%

Alemanha União Européia 0%

Suíça ALC UE-Suíça 0%

China - 6,5%

Portugal União Européia 0%

Reino Unido União Européia 0%

França União Européia 0%

Bélgica União Européia 0%

Polônia União Européia 0%

Suécia União Européia 0%

Tarifa para o Brasil: 0% (SGP)

Não há restrições para exportações brasileiras dessa linha tarifária. Também não há restrições para importações de outros países.

NCM 3924.90.00 (TARIC 3924.90.90)

Tarifa consolidada na OMC: 6,5%

Preferências Tarifárias (10 principais países exportadores – em euros 2005)

País Acordo Tarifa

Itália União Européia 0%

China - 6,5%

França União Européia 0%

Alemanha União Européia 0%

Estados Unidos - 0%

Portugal União Européia 0%

Taiwan - 6,5%

Tunísia ALC UE-Tunísia 0%

Reino Unido União Européia 0%

Luxemburgo União Européia 0%

Tarifa para o Brasil: 0% (SGP)

Não há restrições para exportações brasileiras dessa linha tarifária. Em 4 de fevereiro de 2006 foi aberto processo de anti-dumping contra exportações da China e da Ucrânia do

(32)

produto classificado sob essa linha tarifária. O prazo máximo para a Comissão Européia decidir se de fato há ou não dumping é de 15 meses.

NCM 3926.10.00 (TARIC 3926.10.00) Tarifa consolidada na OMC: 6,5%

Preferências Tarifárias (10 principais países exportadores – em euros 2005)

País Acordo Tarifa

China - 6,5%

França União Européia 0%

Alemanha União Européia 0%

Itália União Européia 0%

Reino Unido União Européia 0%

Bélgica União Européia 0%

Países Baixos União Européia 0%

Taiwan - 6,5%

Dinamarca União Européia 0%

Portugal União Européia 0%

Tarifa para o Brasil: 0% (SGP)

Não há restrições para exportações brasileiras dessa linha tarifária. Também não há restrições para importações de outros países.

(33)

NCM 3926.90.90 (TARIC 3926.90.98)

Tarifa consolidada na OMC: 6,5%

Preferências Tarifárias (10 principais países exportadores – em euros 2005)

País Acordo Tarifa

Alemanha União Européia 0%

França União Européia 0%

Itália União Européia 0%

China - 6,5%

Reino Unido União Européia 0%

Países Baixos União Européia 0%

Bélgica União Européia 0%

Estados Unidos - 6,5%

República Tcheca União Européia 0%

Portugal União Européia 0%

Tarifa para o Brasil: 0% (SGP)

Não há restrições para exportações brasileiras dessa linha tarifária. Também não há restrições para importações de outros países.

(34)

4.3. Regime alfandegário

O comércio exterior é regido pelo princípio da liberdade comercial e só algumas mercadorias são submetidas a vigilância prévia. Com relação às importações, o regime se estabelece em função dos países e territórios de origem, dando lugar aos seguintes regimes:

• Regime de liberdade comercial absoluta: As mercadorias submetidas a este regime não precisam da tramitação de nenhum documento prévio.

• Regime de vigilância previa. É requerida para a sua importação a apresentação de um documento prévio. Caso a medida de vigilância seja nacional o

documento será a Notificação Prévia de Importação (NOPI); se a medida for comunitária será expedido o Documento de Vigilância Comunitária.

• Regime de Autorização. As importações de mercadorias sujeitas a restrições comunitárias precisam da autorização do documento Licencia de Importación, em quanto que importações submetidas a restrições nacionais poderão requerer a concessão do documento denominado Autorización Administrativa de

Importación.

• Embargos comerciais. Em circunstâncias excepcionais, o regime de

importação frente a um determinado país pode ser objeto de modificações como conseqüência da imposição de embargos comerciais decretados por Organismos internacionais ou por instâncias comunitárias. Nestes casos, o regime comercial se estabelecerá pelas normas específicas que o compõem.

Trâmites aduaneiros

A Espanha, assim como a maior parte dos demais membros da União Européia, utiliza a classificação aduaneira TARIC (Tarifa Integrada da Comunidade Européia), baseada no Sistema Harmonizado. As aduanas espanholas avaliam os carregamentos com base em preços CIF. As tarifas de importação são divididas em duas categorias: (1) nação mais favorecida (NMF) e (2) geral. As tarifas de importação são representadas por um valor

(35)

Os documentos a serem apresentados pelo importador para verificar a origem da mercadoria e determinar a tarifa a ser aplicada na aduana de importação são:

• Certificado de origem: para aqueles países considerados como terceiros pelo Arancel de Aduanas Comunitário (TARIC)

• Certificado Modelo A (formulário A): para os países pertencentes ao Sistema de Preferências Gerais.

• Documento modelo EUR1. Para países com Acordos Preferenciais.

4.4. Impostos Internos

Além das tarifas de importação, os bens importados no território da Espanha, cujo valor excede € 25 têm que pagar o Imposto sobre Valor Agregado (VAT), cuja alíquota padrão é de 16%. A taxa não é cobrada nas Ilhas Canárias, Ceuta e Melilla. Nas Ilhas Canárias uma alíquota de 4,5% é cobrada sobre o valor da maior parte das mercadorias.

4.5. Licenças e/ou depósitos prévios de importação

Vários documentos são exigidos para os carregamentos de mercadorias para a Espanha. Os exportadores são obrigados a apresentar uma fatura comercial, uma bill of lading e três cópias do certificado de origem para todos os carregamentos.

No caso de bens exportados do Brasil sob o Sistema Geral de Preferências, é necessário que seja utilizado o Certificado de Origem Form A. O certificado deve ser preenchido durante a entrada da mercadoria e o importador deve tê-la em mãos no processo de despacho aduaneiro. A origem dos bens deve ser detalhada na fatura comercial.

Como as linhas tarifárias sob as quais o produto está classificado não são sujeitas as cotas de importação, não é necessária a obtenção de licenças prévias de importação. Caso a mercadoria esteja apenas em trânsito pela Espanha e tenha como destino final outro país da União Européia, é necessário obter uma Notificação Prévia de Importação junto ao Registro Geral da Secretaria de Comércio, ou em algum de seus escritórios regionais.

(36)

4.6. Importações em zonas livres: portos livres e/ou zonas francas

Há três tipos de regulamentação de aduanas na Espanha. A aduana comum da União Européia se aplica aos países membros do bloco. As Ilhas Canárias, anteriormente uma zona franca, está passando por um período de transição, com o objetivo de entrar em conformidade com as regulamentações aduaneiras da União Européia. Há uma zona franca nos dois enclaves espanhóis no Norte da África, Ceuta e Melilla. As Ilhas Canárias, Ceuta e Melilla não são consideradas partes da União Européia por adotarem regimes aduaneiros próprios.

Tanto no continente como nas ilhas há várias zonas francas (a maior parte dos aeroportos e portos espanhóis) onde a fabricação, processamento, seleção, embalagem, amostragem e outras operações comerciais podem ser desenvolvidos sem terem que pagar tarifas ou impostos cobrados no território espanhol. As maiores zonas francas estão localizadas em Barcelona, Cadiz e Vigo. Outras variam muito em tamanho, desde meros armazéns a vários quilômetros quadrados. A legislação aduaneira espanhola permite que as empresas tenham suas próprias zonas francas. Tarifas e impostos sobre esses produtos são pagos apenas quando os itens são importados para uso na Espanha.

4.7. Normas e Regulamentações sobre: qualidade, certificados sanitários, embalagem de transporte, segurança e meio ambiente

A Espanha impõe certificações específicas para alguns produtos que não tenham sido certificados por agências de outros países europeus. O órgão responsável pelo desenvolvimento de programas de certificação e padrões na Espanha é a Associação Espanhola de Normalização e Certificação (AENOR). O governo espanhol publica anualmente uma lista com os nomes dos laboratórios aprovados para certificação, nos quais as empresas podem ter seus produtos certificados.

As normas relativas à padronização dos produtos plásticos são elaboradas no Comitê Técnico de Normalização de Plásticos e Borrachas (CNT 53) da AENOR. O comitê tem publicadas centenas de normas que se aplicam aos produtos plásticos, incluindo

(37)

certificado pela AENOR. Diversas empresas estrangeiras que distribuem seus produtos na Espanha são certificadas como “Marca de Qualidade EANOR”.

Todos os objetos plásticos que entram em contato com alimentos são sujeitos a diretrizes específicas da União Européia. Essa legislação entrou em vigor na Espanha em 1994, sendo que em 2003 (Real Decreto 118/2003) foram incorporados elementos específicos para a regulamentação de embalagens plásticas que entram em contato com alimentos. Maiores informações sobre a especificidade dos materiais que podem entrar em contato com alimentos podem ser encontradas diretamente no decreto, no site do Diário Oficial Espanhol: http://www.boe.es/boe/dias/2003/02/11/pdfs/A05310-05343.pdf

4.8. Disposições sobre marcas e patentes

A União Européia proíbe qualquer tipo de operação de comércio exterior, incluindo a importação no território dos países membros e/ou zonas francas, de mercadorias que não cumpram com determinados direitos de propriedade intelectual. Entende-se por mercadorias que não cumprem com direitos de propriedade intelectual aquelas que carregam uma marca diferente da sua própria e que não dispõem de autorização para isso. As cópias produzidas sem o consentimento do titular do direito de propriedade intelectual são consideradas mercadorias piratas.

4.9. Regulamentações sobre: etiquetagem, embalagem e marking

Todos os itens que entram na Espanha precisam estar marcados com o nome do país de origem em qualquer língua oficial da União Européia, mas preferencialmente em espanhol, ao menos que uma exceção para a marcação seja estabelecida por lei. O país de origem é o país de manufatura, produção, ou crescimento do artigo. O requerimento se aplica a cada unidade, ao menos que sejam isentas. A frase “hecho en” é obrigatória apenas nos casos em que o nome de qualquer localização que não seja o país em que o artigo foi fabricado aparece no artigo ou em seu container. O marking das frases “hecho en”, “producto de”, ou outras palavras de significado similar deve aparecer próximo e em tamanho similar as demais letras da outra localização para evitar possíveis confusões. Quando não for possível marcar no objeto (por exemplo quando o produto é

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pequeno demais, ou quando o produto possa ser danificado) a embalagem que chegará ao consumidor final deverá ser marcada.

A obtenção da marca CE (Conformité Européenne) é necessária para cerca de 70% dos produtos vendidos nos mercados da União Européia. A marca indica que o produto está em conformidade com as diretrizes européias relacionadas à saúde, segurança, meio-ambiente e proteção do consumidor. Tendo-se em conta que os padrões exigidos para a obtenção da marca CE é a mesma para todos os países do bloco, os produtos com a marca podem circular livremente em toda a União Européia. O fabricante, ou um representante autorizado é responsável por colocar a marca nos produtos, em conformidade com as diretrizes especificas. Os produtos importados que não estejam marcados podem não ser liberados pela alfândega para consumo, caso sua marcação seja obrigatória.

Desde março de 1992, existe na União Européia um rótulo ecológico conhecido como Eco-label, que identificam produtos fabricados de acordo com padrões ecológicos estabelecidos pela Comissão Européia. O uso do rótulo é facultativo, mas assim como os demais consumidores europeus, os espanhóis estão cada vez optando por consumir produtos que não causam danos ao meio ambiente em seu processo de fabricação.

Para os produtos classificados sob a posição “produtos têxteis”, é exigido que a mercadoria tenha um rótulo espanhol, especificando a nomenclatura padrão de têxteis utilizada na Espanha, assim como os requisitos de conteúdo. Os requisitos relacionados a conteúdos têxteis, rotulagem e embalagem são específicos e extensos. O Decreto Real 928/1987, de 5 de junho de 1987 regula esses requisitos.

4.10. Legislação anti-dumping e medidas compensatórias

A legislação de anti-dumping da Espanha é controlada pela União Européia e está em conformidade com o Artigo VI do GATT (OMC), que reconhece que a exportação de produtos a custos mais baixos que o valor normal do produto cria condições de concorrência desleal, afetando portando os produtores domésticos. Para que as tarifas de

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ƒ O preço de exportação pelo qual o produto é vendido no mercado europeu é menor que o preço pelo qual o produto é vendido no mercado do país em que foi produzido;

ƒ A concorrência deve estar prejudicando uma parte substancial dos fabricantes de produtos iguais ou similares na Europa;

ƒ Os custos para a União Européia de adotar tais medidas não podem ser desproporcionais aos benefícios.

Medidas compensatórias são impostas para contornar os efeitos dos subsídios fornecidos por um governo estrangeiro para mercadorias exportadas para a Espanha que resultem em preços artificialmente baixos e que prejudiquem os fabricantes de produtos similares na Espanha e nos demais países europeus. A duração das medidas compensatórias varia a cada caso e a tarifa imposta varia de 5 a 33%.

4.11. Disposições para o envio de amostras comerciais originárias do Brasil

É permitida a entrada de amostras comerciais livres de tarifas, desde que elas tenham valor equivalente a € 45 ou menos, sejam solicitadas para pedidos de bens do tipo representados pela amostra, não haja mais de uma amostra de cada estilo ou quantidade em cada pacote, os bens sejam fornecidos diretamente do exterior, sejam consumidos ou destruídos durante a demonstração e sejam embalados e marcados de forma que fique evidente o seu uso como amostra. Algumas amostras de valor comercial maiores podem entrar na Espanha desde que seja efetuado um depósito no valor total das tarifas e taxas aplicáveis à mercadoria. Essas amostras devem ser re-exportadas no prazo de um ano para que o depósito seja reembolsado.

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5. Mercado

5.1. Descrição do produto

Pesquisa Industrial de Produtos:

Sector 46 Produtos de Matérias Plásticas.

• Serviços de mesa, utensílios de cozinha e outros artigos de uso doméstico e de tocador.

• Vasilhas e demais artigos para jogos de mesa ou de cozinha (recipientes de conservação de alimentos, demais vasilhas, etc.) (25.24.23.20).

• Outros artigos de uso doméstico e de higiene ou tocador de celulose regenerada (cubos e saboneteiras sem fixação, máquinas de barbear sem folhas, cortinas, etc.) (25.24.23.50).

• Demais, exceto de celulose regenerada (25.24.23.70). • Artigos escolares e de escritório (25.24.27.00).

• Demais manufaturas: Filtros e artigos similares para filtrar água na entrada de caixas d’água (25.24.28.40);

• Outras manufaturas feitas em tiras (correias transportadoras, colchões, bóias, etc.) (25.24.28.50);

• Demais manufaturas: Colchões de água, imitações de peles, fecha bolsos, artigos de calçados em plástico, números, letras, etc. (25.24.28.70)

Base de Dados de Comércio Exterior:

• Vasilhas e demais artigos para jogos de mesa ou de cozinha, de plástico (3924.10.00).

• Artigos de uso doméstico e artigos de higiene ou tocador, de celulose regenerada (ex. vasilhas e demais artigos para jogos de mesa ou de cozinha, assim como esponjas, banheiras, duchas, lavabos, bidês, inodoros e seus assentos e tampas, cisternas e artigos sanitários ou de higiene similares) (3924.90.19).

• Artigos de uso doméstico e artigos de higiene e tocador, de plástico (3924.90.90).

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5.2. Posição de classificação do produto Brasil: NCM: 3924.10.00 NCM: 3924.90.00 NCM: 3924.90.00 NCM: 3926.10.00 NCM: 3926.90.90 Espanha: TARIC: 3924.10.00 TARIC: 3924.90.19 TARIC: 3924.90.90 TARIC: 3926.10.00 TARIC: 3926.90.99

Pesquisa Industrial de Produtos: 25.24.23.20 Pesquisa Industrial de Produtos: 25.24.23.50 Pesquisa Industrial de Produtos: 25.24.23.70 Pesquisa Industrial de Produtos: 25.24.27.00

Pesquisa Industrial de Produtos: 25.24.28.40, 25.24.28.50, 25.24.28.70

Convergência: 25.24.23.20 = 3924.10.00 25.24.23.50 = 3924.90.19 25.24.23.70 = 3924.90.90 25.24.27.00 = 3926.10.00 25.24.28.40, 25.24.28.50, 25.24.28.70 = 3926.90.99

5.3. Consumo Interno, Produção local e Comércio Exterior

O consumo aparente de utensílios domésticos fabricados a partir de matérias plásticas na economia espanhola mostrou, entre 2000 e 2004 (não há dados disponíveis para os fluxos domésticos de produção de 2005), discreto crescimento de 9,4%, passando de 146,2 mil toneladas para 159,9 mil toneladas (Tabela 1). Esse comportamento do

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consumo aparente é explicado, basicamente, pela evolução das importações, uma vez que o crescimento da produção doméstica mostra-se inferior à evolução do consumo aparente e que as exportações mostram taxa de variação discretamente inferior à verificada para os fluxos de importações (todos os fluxos medidos em quantidades) (Tabela 1).

O aumento de 9,4% consumo aparente é explicado, basicamente, pela evolução das importações, crescendo 45%.

Tabela 1 – Produção, exportação, importação e consumo aparente de utensílios domésticos. Volume (t), valor (mil euros) e preços médios (mil Euros/t) 2000-2005.

Período

Consumo Aparente

Volume (t)

Valor

(mil Euros) Volume (t)

Valor (mil Euros) Preço médio Exports (Euros/t) Volume (t) Valor (mil Euros) Preço médio Imports (Euros/t) 2000 114.102 337.317 112.816 477.827 4.235 144.904 649.990 4.486 146.190 2001 108.536 312.411 137.298 514.331 3.746 138.827 597.770 4.306 110.065 2002 114.404 374.675 149.536 511.064 3.418 159.365 611.615 3.838 124.233 2003 113.835 389.072 144.221 528.041 3.661 195.024 710.058 3.641 164.638 2004 121.857 403.438 160.644 560.953 3.492 198.725 751.417 3.781 159.938 2005 n.d. n.d. 159.722 598.374 3.746 210.959 786.297 3.727 n.d. Var. % 2005-2000 6,80 19,60 41,58 25,23 -11,55 45,59 20,97 -16,91 9,40

Produção Exportação Importação

Fonte: Instituto Nacional de Estatísticas (Espanha) e Cámaras (Base de Dados de Comércio Exterior)

Tabela 2 – Coeficiente de penetração das importações, propensão a exportar e termos de troca de utensílios domésticos. Volume e valor (%) e termos de troca

(razão) 2000-2005. Período Coeficiente de penetração das importações (volume - %) Coeficiente de penetração das importações (valor - %) Propensão à exportar (volume - %) Propensão à exportar (valor - %) Termos de troca do produto (preço exports / preço imports) 2000 127,00 192,69 98,87 141,66 0,94 2001 127,91 191,34 126,50 164,63 0,87 2002 139,30 163,24 130,71 136,40 0,89 2003 171,32 182,50 126,69 135,72 1,01 2004 163,08 186,25 131,83 139,04 0,92 2005 n.d. n.d. n.d. n.d. 1,01 Var. % 2005-2000 28,41 -3,34 33,33 -1,84 6,45

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A produção doméstica apresentou, entre 2000 e 2004, crescimento discreto, da ordem de 6,8% passando de 114,1 mil toneladas para 121,9 mil toneladas. Na medida em que o valor bruto da produção mostra evolução de 19,6% entre as pontas do período, saltando de € 337,3 milhões para € 403,4 milhões, pode-se afirmar que os preços médios domésticos de cada tonelada de utensílios domésticos produzidos a partir de matéria plástica elevaram-se entre as pontas do período (Tabela 1).

Em relação aos fluxos de comércio exterior, é possível verificar que os volumes exportados elevaram-se 41,58% entre 2000 e 2005, passando de 112,8 mil toneladas para 159,7 mil toneladas. O valor exportado apresentou crescimento menor, da ordem de 25,23%. Dessa forma, os preços médios das exportações mostraram-se descendentes, ao contrário dos preços domésticos. De fato, se em 2000 o preço médio de cada tonelada exportada de utensílios domésticos era de € 4.235, em 2005 tal valor chegava a € 3.746, reproduzindo uma queda de 11,55% no período (Tabela 1).

Os volumes de importações mostram dinamismo semelhante, passando de 144,9 mil toneladas em 2000 para 210,9 mil toneladas em 2005, com crescimento de 45,49%. O valor importado, da mesma forma que o valor das exportações, cresce a um ritmo menor: 20,97%, subindo de € 650 milhões em 2000 para € 786,3 milhões em 2005.

Assim, os preços médios das importações recuam 16,91% no período, caindo de € 4.486 em 2000 para € 3.727 em 2005 (Tabela 1).

As relações entre os fluxos domésticos de produção e os fluxos de comércio exterior indicam que o grau de penetração das importações, em termos de quantidade, se eleva 28,41% entre 2000 e 2004. Se em 2000, para cada tonelada produzida domesticamente correspondia 1,27 tonelada importada; em 2005 essa proporção eleva-se para 1,63. Em relação ao valor da produção e as despesas de importações tem-se movimento inverso, em função da queda dos preços médios das importações não ter sido acompanhada pela evolução ascendente dos preços médios domésticos. Assim, para cada € 1 produzido domesticamente em 2000, correspondia uma despesa de € 1,93. Em 2005 tal proporção recua para € 1,86 (Tabela 2).

A propensão a exportar, em termos de volume, também mostra elevação entre 2000 e 2004, crescendo 33,33%. Para cada tonelada produzida em 2000 correspondia um fluxo

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de exportações de 0,98 toneladas. Em 2005, os fluxos de exportações superam os fluxos de produção doméstica indicando que parte das importações é reexportada, evento que se articula com o baixo crescimento do consumo aparente. Dessa forma, cada tonelada produzida corresponde a 1,39 toneladas exportadas. Embora a participação das exportações em quantum tenha se levado em relação aos fluxos de produção doméstica, em termos de valor observa-se que, entre 2000 e 2004, a participação das receitas com exportações nas receitas relativas à produção recua discretamente, caindo 1,84% (Tabela 2).

A avaliação dos principais fornecedores de utensílios domésticos para a Espanha indica que, basicamente, os fluxos de importações são oriundos da própria União Européia.

Com a exceção da China, no período 2000 a 2005, todos os cinco principais exportadores são europeus com especial destaque para os fluxos com origem na Itália, Alemanha e França. Reino Unido e Portugal revezam na quinta colocação. De maneira geral, os fluxos oriundos desses cinco maiores exportadores concentram 77,3% das quantidades ao longo do período e 70,5% do valor importado.

Relevante notar que, nos dois últimos anos da série a China aparece como o principal fornecedor de utensílios doméstico concentrando cerca de 22% dos volumes negociados e 12,6% dos valores importados (Tabela 3).

Tabela 3 – Cinco maiores exportadores de utensílios domésticos. Volume (Mil kg) e Valor (Mil Euros) 2000-2005

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PAIS PESO (Kg mil) VALOR (Euros Mil) PESO (% total) VALOR (% total) Itália 31.548 117.834 21,8 18,1 China 23.836 70.223 16,4 10,8 França 23.736 106.352 16,4 16,4 Alemanha 22.107 143.740 15,3 22,1 Reino Unid 4.459 26.252 3,1 4,0 Sub Total 105.686 464.400 72,9 71,4 Outros 39.217 185.591 27,1 28,6 Total 144.904 649.991 100,0 100,0 Itália 34.885 118.780 25,1 19,9 Alemanha 24.600 131.936 17,7 22,1 França 22.435 98.654 16,2 16,5 China 18.790 59.931 13,5 10,0 Reino Unid 4.089 23.372 2,9 3,9 Sub Total 104.799 432.671 75,5 72,4 Outros 34.027 165.098 24,5 27,6 Total 138.825 597.770 100,0 100,0 Itália 35.258 113.469 22,1 18,6 França 33.581 112.962 21,1 18,5 Alemanha 28.882 120.605 18,1 19,7 China 25.372 68.253 15,9 11,2 Reino Unid 4.398 23.648 2,8 3,9 Sub Total 127.492 438.937 80,0 71,8 Outros 31.875 172.679 20,0 28,2 Total 159.366 611.616 100,0 100,0 Alemanha 40.501 164.586 20,8 23,2 Itália 38.223 121.321 19,6 17,1 China 35.655 83.764 18,3 11,8 França 27.592 111.293 14,1 15,7 Portugal 11.025 10.686 5,7 1,5 Sub Total 152.996 491.651 78,4 69,2 Outros 42.028 218.409 21,6 30,8 Total 195.024 710.060 100,0 100,0 China 44.048 92.284 22,2 12,3 Alemanha 41.549 149.822 20,9 19,9 Itália 37.688 132.138 19,0 17,6 França 25.837 127.510 13,0 17,0 Portugal 7.282 15.152 3,7 2,0 Sub Total 156.404 516.906 78,7 68,8 Outros 42.322 234.511 21,3 31,2 Total 198.726 751.417 100,0 100,0 China 46.480 104.440 22,0 13,3 Alemanha 39.753 155.165 18,8 19,7 Itália 39.062 136.401 18,5 17,3 França 34.470 128.118 16,3 16,3 Reino Unid 4.813 22.929 2,3 2,9 Sub Total 164.577 547.053 78,0 69,6 Outros 46.382 239.245 22,0 30,4 Total 210.959 786.298 100,0 100,0 2000 2001 2002 2003 2004 2005

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