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ANAIS AVALIAÇÃO DO MERCADO DE BIODIESEL NA REGIÃO CENTRO OESTE DO BRASIL SEGUNDO PRINCÍPIOS DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES

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AVALIAÇÃO DO MERCADO DE BIODIESEL NA REGIÃO CENTRO OESTE DO BRASIL SEGUNDO PRINCÍPIOS DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES

LUCAS CAMILO SILVA ( camiloqi@gmail.com , lucascamiloqi@hotmail.com )

PUC GOIÁS - PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

CLARIMAR J. COELHO ( clarimarc@gmail.com , clarimar@pucgoias.edu.br )

PUC GOIÁS - PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

ANDREIA CRISTHIANE NARDI ( andreiacnardi@gmail.com )

PUC GOIÁS - PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

Resumo: A Teoria das Restrições (TOC) é uma metodologia proposta no início dos anos 80

que visa a otimização de processos produtivos. Este trabalho tem por objetivo estudar o mercado produtor de biodiesel na região centro oeste do país utilizando ferramentas de avaliação da TOC com intuito de encontrar o agente restritivo e propor alternativas para aumento na produção de biodiesel nacional. Através deste foi possível determinar que o aumento na capacidade produtiva desta região é limitada pela baixa demanda nacional de biodiesel, sendo que este aumento de demanda depende diretamente de investimento público e alteração na legislação vigente.

Palavras-chave: Biodiesel, Teoria das Restrições, mercado, restrição, aumento de produção, legislação.

1 Introdução

Este trabalho tem como objetivo aplicar o processo de raciocínio da teoria das restrições na avaliação da cadeia produtiva de biodiesel no ano de 2015, com foco na capacidade da região Centro Oeste. Pretende-se demonstrar o potencial do estado de Goiás para a produção das principais matérias-primas para extração de biodiesel, como a soja, algodão e gordura animal. Apresenta-se a capacidade instalada das usinas e a demanda do mercado para o combustível a partir dos leilões públicos da. A análise emprega a teoria das restrições (Theory of Constraints, TOC) com o objetivo de evidenciar os limites da cadeia produtiva, bem como sugerir ações para a potencialização produtiva de biocombustível no estado de Goiás (GOLDRATT 1992).

A produção de biodiesel possui suma importância para a redução na emissão de poluentes para atmosfera, bem como para diminuir a dependência do Brasil em relação a combustíveis fósseis de outros países (MATTEI, 2012). Conhecer o mercado regional através de utilização de sistemas de produção investigativos padronizados, como por exemplo a TOC (GOLMOHAMMADI 2015), faz com que sejam evidenciadas as limitações da cadeia produtiva e possam ser consideradas alternativas para aumento da capacidade produtiva de biodiesel na região centro oeste.

Em 2005, o Governo buscando incentivar a produção de biodiesel autorizou a criação de leilões públicos pela ANP estabelecendo as diretrizes de venda e produção regulamentadas pela Resolução da ANP nº 3. Esta estabelece as quantidades máximas de combustível a serem

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adquiridas e os preços de referência. O controle da comercialização nacional de biodiesel bimestral dá-se através de leilões públicos, onde considera-se uma projeção de demanda de diesel no mercado e a lei 11.097/05 que dispõe sobre a diluição obrigatória vigente de biodiesel no diesel comercializado no Brasil. Sendo assim a demanda de biodiesel no mercado nacional é controlada diretamente pelo governo federal por meio da ANP (Dos Santos et al 2009).

BOUDEAUX-REGO 2013 relaciona a variação da concentração de biodiesel no diesel nacional com a viabilidade de utilização de biodiesel em relação à importação de biodiesel onde este conclui que há um impacto negativo para a economia nacional ao aumentar-se as importações de diesel em detrimento do aumento na concentração de biodiesel. RODRIGUEZ 2010 faz avaliação através de software de simulação de processos industriais sobre a viabilidade energética para produção de biodiesel, onde chegou-se a conclusão de que este é um combustível economicamente viável e assim competitivo ao diesel, portanto investimentos no aumento da capacidade produtiva fazem-se satisfatórios não apenas pelo aspecto ambiental mas também econômico ao país.

A produção de biodiesel está ligada à sazonalidade de suas matérias-primas, bem como a capacidade de produção e escoamento destas sendo assim estrategicamente importante a utilização de várias oleaginosas como matérias-primas (Dos Santos et al 2009). Sendo assim, faz-se fundamental avaliação de disponibilidade de matéria-prima para produção de biodiesel. SANTOS 2008 avaliou a aplicabilidade da TOC para avaliação do mercado nacional de produção de biodiesel dando ênfase à disponibilidade de oleaginosas como matéria prima para o processo produtivo e conclui que esta é uma ferramenta viável a este tipo de estudo, bem como de que a demanda nacional naquele momento era o agente limitante para o aumento da capacidade produtiva de biodiesel.

Considerando o carácter investigativo da TOC, este trabalho busca utilizar tais conceitos para estudo do mercado de biodiesel no estado de Goiás, servindo como ferramenta de identificação dos agentes de restrição da cadeia produtiva, considerando as três principais matérias-primas utilizadas, a capacidade produtiva das usinas instaladas no estado e ainda a demanda regulamentada pelos leilões da ANP. Optou-se pela restrição na avaliação das três principais matérias-primas visto a diversidade, sazonalidade e regionalidade das demais oleaginosas utilizadas para produção de biodiesel. Este trabalho diferencia-se por considerar fatores de mercado e não apenas fatores técnicos sobre definição das ações a serem abordadas quando na identificação dos agentes limitantes desta cadeia produtiva. Abordamos ainda fatores comparativos entre as demais regiões produtoras nacionais para evidenciar a importância de região centro oeste para a consolidação do biodiesel no mercado nacional.

O artigo está organizado em cinco seções. A Seção 2 caracteriza o problema e os dados usados na análise. A seção 3 compreende e apresenta uma avaliação de mercado sobre as principais matérias-primas para produção de biodiesel. A seção 4 explana sobre TOC, considerando suas peculiaridades e aplicações.

2 Referencial teórico 2.1 Biodiesel

A alta viscosidade dos óleos vegetais compromete a eficiência da pulverização do produto na câmara de combustão, consequentemente gerando acúmulos de resíduos, baixo rendimento e ainda obstruções nos sistemas de injeção dos automóveis. Algumas técnicas

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para diminuição desta viscosidade podem ser enumeradas: a transesterificação em meio básico, a pirólise, a diluição no óleo diesel convencional, e a microemulsão. Destes destaca-se a reação de transesterificação em meio básico a qual gera a formação de alquilmonoésteres, ou seja, o biodiesel propriamente dito (Knothe 2006).

Autores geralmente buscam relacionar a concentração de óleo em oleaginosas, produtividade por área e até mesmo fatores sociais como argumento para viabilização econômica de determinada matéria-prima (KHALIL 2006). A indústria de extração de óleo de soja e óleo de algodão no Brasil já possui uma consolidada tecnologia visto os primeiros processos industriais deste ramo datarem de meados de 1901, ou seja, mais de um século de desenvolvimento tecnológico (Embrapa 2008). Esta avaliação mais ampla e ainda o fato de a grande disponibilidade de gordura animal oriunda da indústria pecuária na região centro-oeste, podem esclarecer melhor o motivo de estas serem as principais matérias-primas utilizadas para produção de biodiesel.

2.2 Teoria das Restrições

A Teoria das Restrições ou TOC (Theory of Constraints) surgiu na década de 80, para ampliar o pensamento utilizado no desenvolvimento do software Optimized Production Tchnology (OPT), desenvolvido pelo físico israelense Elyahu M. Goldratt e permite que os recursos produtivos cujas capacidades representam uma restrição ao sistema sejam identificados e explorados de tal forma que a empresa consiga melhorar seus resultados, diminuindo custos de investimento, reduzindo prazos de entrega e aumentando suas vendas, gerando conseqüentemente um ganho financeiro para empresa.

Segundo Cox e Spencer (2002), a Teoria das Restrições pode ser entendida a partir dos seus seguintes componentes:

a) Uma abordagem Logística e de Operações, que envolve os seguintes métodos: i) Os cinco passos envolvendo o foco na melhoria dos processos; ii) O processo de programação da produção envolvendo o gerenciamento via a lógica TPC (Tambor, Pulmão e Corda) e o gerenciamento dos pulmões no sistema produtivo; iii) A análise dos sistemas produtivos adotando a classificação V-A-T.

b) A proposição de um Sistema de Indicadores de Desempenho, que passa pela: i) Definição dos Ganhos, Inventários e Despesas Operacionais da Empresa; ii) Definição do mix de produtos que deverá ser produzido visando maximizar os resultados; iii) A lógica dos Ganhos por dia e dos Inventários por dia.

c) E por fim, a TOC pode ser entendida como um Processo de Pensamento visando à solução de problemas, que envolve as seguintes técnicas: i) Os diagramas de efeito-causa-efeito, que são: a Árvoreda Realidade Atual, Árvore da Realidade Futura, Árvore dos Pré-Requisitos e Árvore de Transição; ii) O método da Evaporação das Nuvens.

Nesse sentido, este estudo se dá pela lógica que envolve o processo de análise e praticidade de operacionalização. Como princípio lógico Corbett Neto (1997, p.39) enfatiza que “a Teoria das Restrições é baseada no princípio de que existe uma causa comum para muitos efeitos, de que os fenômenos vistos são consequências de causas mais profundas, encara qualquer empresa como um sistema, isto é, um conjunto de elementos entre os quais há alguma relação de interdependência. Cada elemento depende de esforços conjuntos de todos os seus elementos”. Uma particularidade peculiar da TOC está em reconhecer e gerenciar a restrição do sistema, possibilitando assim o início da aplicação dessa ferramenta estratégica,

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sendo que restrição pode ser definida como qualquer coisa que impeça uma organização de alcançar a sua meta (GOLDRATT e COX, 1993). Segundo Guerreiro (1996, p.14) “na Teoria das Restrições a palavra chave passa a ser “restrição”, definida como qualquer coisa que limite o alcance do objetivo da empresa. As restrições podem ser físicas, como capacidade de determinadas máquinas e ou setores, pessoal insuficiente, pessoal não capacitado, ausência de pedidos de clientes, não disponibilidade de matéria-prima de fornecedores, dificuldade de logística, etc. ou restrições não físicas ou políticas que são as normas, procedimentos e práticas adoradas pela organização”.

O modelo proposto nessa pesquisa possui pressupostos considerados no desenvolvimento do método os quais devem ser avaliados na sua aplicação empírica. Em primeiro lugar, o modelo considera que a restrição do mercado de biodiesel na região Centro-Oeste do Brasil é interna a capacidade produtiva, podendo ser um recurso físico, equipamento, linha de produção, célula, etc. Outro pressuposto do modelo é que a variedade de produtos fabricados em qualquer recurso do sistema não impacta nos resultados apresentados. Ou seja, o método será aplicado em ambientes de manufatura de alto ou baixo nível de customização dos produtos fabricados.

2.3 Definições sobre demanda de mercado de biodiesel. Leilões da ANP

A maneira escolhida pelo país para a comercialização do biodiesel foi a realização de leilões de menor preço, conduzidos pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os produtores de biodiesel autorizados por esta Agência. Estudos recentes acerca do mercado nacional de biodiesel não têm abordado, de maneira específica, os leilões realizados pela ANP, tornando os resultados desses leilões uma base de dados ainda pouco explorada. Isso se explica não somente pelo caráter incipiente desse mercado, que ainda está em desenvolvimento no âmbito nacional, como também pela ausência de dados para se realizar pesquisas mais robustas, tais como informações necessárias para se discutir os preços de reservas desses leilões.

A ANP faz um dimensionamento de qual será o volume de biodiesel necessário para que seja cumprida a exigência legal que determina a adição de, pelo menos, 7% de biodiesel ao óleo diesel comum durante o período de vigência do leilão – segundo sua formatação atual os volumes procuram adquirir o volume necessário para atender a demanda de dois meses, 80% desse volume será comercializado em um primeiro leilão, aberto apenas para empresas que detenham o Selo Combustível Social – concedido a produtores que adquirem sua matéria-prima de agricultores familiares. Os 20% restantes serão leiloados em pregão aberto a qualquer produtor autorizado. Os leilões de biodiesel acontecem na modalidade de leilão inverso, ou seja, ganha quem oferecer por menos. Contudo todos eles partem de um mesmo preço máximo de referência definido com antecedência pela ANP.

Durante a primeira rodada de negociações, cada usina faz ofertas por três lotes de biodiesel que, juntos, podem somar até 80% de seu volume total autorizado – todas as ofertas são anônimas. Serão considerados aprovados para a segunda rodados os lotes de menor valor até o limite de 30% acima do volume alvo definido pela ANP (por exemplo, se o volume alvo for de 100 m3, passam para a segunda etapa lotes somando até 130 m3). As aprovadas para a segunda rodada têm a chance de fazer lances mais competitivos por seus lotes classificados na primeira rodada. Serão arrematados os lotes de menor valor até o limite do volume alvo, com o fim dessa rodada ficam definidos os vencedores do leilão.

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3 Metodologia de pesquisa

A pesquisa é de carácter exploratório e qualitativo. Esta foi realizada analisando os dados das Usinas de Biodiesel do Centro Oeste com base nos boletins emitidos pela ANP dos meses de janeiro à dezembro do ano de 2015. Relacionou-se ainda as demandas mensais consideradas pela obrigatoriedade de adição de biodiesel ao diesel esperado para o consumo, bem como a produção efetiva do mesmo período.

4 - Apresentação e Discussão de Resultados

4.1 Avaliação da demanda, capacidade produtiva instalada e autorizada com a produção de biodiesel

Foram coletados dados referentes à produção, capacidade instalada e demanda de biodiesel em cada região produtora do Brasil. A tabela 2 relaciona os dados referentes à região Centro-Oeste, considerando dados mensais ao longo do ano de 2015.

MÊS Capacidade Autorizada (m³)

Produção Mensal de Biodiesel (m³) Demanda B100 (m³) Janeiro 281528 133930 42019 Fevereiro 281528 135589 39675 Março 281528 127970 47150 Abril 261938 134209 41422 Maio 261938 147754 39387 Junho 261038 146220 44734 Julho 261.038 160.947 48.502 Agosto 247.238 160.360 46.397 Setembro 247.238 139.203 44.736 Outubro 247.238 156.734 47.394 Novembro 247.238 142.128 39.596 Dezembro 243.638 141.720 36.990 Total anual 3123126 1726764 518002

Tabela 1: Apresentação dos dados referentes à capacidade autorizada das usinas (m³), produção mensal (m³) e a demanda (m³) da região centro-oeste. Fonte dados: Adaptado Embrapa 2016 e Conab 2016.

Considerando as diferentes estratégias de mercado das usinas, possíveis penalizações como perda do selo social, crise financeira e ainda oscilações no consumo de diesel nacional, podemos observar ao longo do ano uma gradual redução na quantidade produtiva autorizada pela ANP na região centro oeste, sendo esta redução de 281528m³ em Janeiro para 243638m³ em Dezembro.

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Para melhor compreensão, faz-se então necessária avaliação mensal de toda cadeia produtiva, afim de entender e considerar as alterações ao longo do ano. O gráfico 1 relaciona comparativamente a capacidade autorizada, produção e demanda da região centro-oeste.

Gráfico 1: Comparação entre capacidade autorizada, demanda e produção mensal de biodiesel na região centro-oeste ao longo do ano de 2015. Fonte dados: Adaptado Embrapa 2016 e Conab 2016.

Como pode ser observado no gráfico 1, as usinas na região centro-oeste estão operando bem abaixo de suas capacidades autorizadas, embora ainda acima da demanda regional. Outro ponto a ser considerado é que ao longo do segundo semestre de 2015, a capacidade autorizada de produção reduziu cerca de 8,34%, enquanto que a produção

acumulada neste período aumento em 9,13%, ou seja, as usinas passaram a utilizar uma maior parcela de suas capacidades instaladas para compensação da redução de produção/capacidade de suas concorrentes. Observa se que durante o primeiro semestre, houve uma utilização de apenas 50,67% das capacidades produtivas, enquanto que no segundo semestre esta taxa de utilização subiu para 60,33%. Mesmo apresentando um crescente aumento na utilização das capacidades produtivas no segundo semestre, observa-se que as usinas da região centro-oeste possuem ainda uma grande margem de produção para que passem a operar com suas

capacidades instaladas totais. Sendo assim, pode-se concluir que há capacidade produtiva excedente em relação a demanda de produção.

Comparando-se a relação produção X demanda, a região centro-oeste apresentou produção de biodiesel 233,35% maior em relação à demanda regional, enquanto que todas demais regiões juntas atingiram apenas 61,43% desta relação. Os gráficos 2 e 3 apresentam uma relação entre produção e demanda mensal de biodiesel na região centro-oeste e demais regiões juntas respectivamente.

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 m ³ Título do Eixo

Título do Gráfico

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Gráfico 2: Comparação entre demanda por biodiesel da região centro-oeste com a produção efetiva nesta região ao longo do ano de 2015. Fonte dados: Adaptado Embrapa 2016 e Conab 2016.

Gráfico 3: Relação entre demanda, produção e capacidade instalada nas usinas de todo Brasil, com exceção da região centro-oeste, ao longo do ano de 2015. Fonte dados: Adaptado Embrapa 2016 e Conab 2016. 0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000 160000 180000 m ³ Meses do ano

Demanda B100 (m³) Produção Mensal de Biodiesel (m³)

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000 400000

Título do Gráfico

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Considerando o exposto acima, as usinas instaladas na região Centro-Oeste possuem capacidade instalada para atendimento à demanda regional e ainda para auxiliar no

atendimento à demanda nacional. Sendo assim, por qual motivo operar abaixo das

capacidades instaladas uma vez que a relação custo equipamento/produção e demais índices industriais poderiam ser mais satisfatórios? Para melhor debatermos sobre este ponto, precisamos avaliar também a disponibilidade de matéria-prima nesta região, uma vez que de pouco vale ter uma unidade fabril instalada, mas não possuir matéria-prima disponível.

4.2 Avaliação da disponibilidade de matéria-prima para produção de biodiesel

Na tabela 3 estão dispostas as principais matérias-primas utilizadas para produção de biodiesel, bem como o percentual que cada uma representa para produção regional e nacional.

Matéria-prima centro-oeste (%) Matéria-prima Brasil (%)

Soja Gordura bovina Algodão Soja Gordura bovina Algodão

87,08 11,11 0,68 74,72 23,03 0,63 85,85 11,31 1,85 75,57 20,39 2,19 89,01 9,12 0,86 74,49 21,49 1,64 90,53 7,06 0,6 77,58 18,01 0,78 91,23 7,53 0,84 80,79 15,82 0,59 89,61 9,27 0,15 82,43 16,01 0,16 90,02 8,39 0,69 83,16 13,38 1,31 88,2 10,12 0,86 77,61 18,43 2,35 82,64 12,26 4,05 72,2 22,04 3,88 78,66 15,39 4,71 69,96 23,32 3,44 83,3 13,16 2,19 68,97 24,7 4,15 91,79 5,3 2,89 91,47 5,58 2,88 Média anual 87,33 10,00 1,70 77,41 18,52 2,00

Tabela 3: Percentual de utilização das matérias-primas mais utilizadas para produção de biodiesel na região do centro-oeste ao longo do ano de 2015. Fonte dados: Adaptado Embrapa 2016 e Conab 2016.

Observa-se que a principal matéria-prima utilizada para produção de biodiesel, tanto em âmbito regional quanto nacional é a soja, seguido da gordura bovina e o óleo de algodão. Não foram apresentadas as demais matérias-primas visto estas apresentarem pouca representatividade no mercado.

Segundo a Embrapa 2015, a grande utilização de óleo de soja como matéria-prima dá-se por uma série de fatores que, ao longo de todo século 20, levaram a um rápido desenvolvimento tecnológico para plantio, extração e disposição deste tipo de cultura. A figura 1 apresenta o crescimento no cultivo de soja no Brasil ao longo do século 20. Dentre alguns fatores que levaram ao desenvolvimento deste grão no Brasil, podemos destacar:

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• Semelhança do ecossistema do sul do Brasil com aquele predominante no sul dos EUA, favorecendo o êxito na transferência e adoção de variedades e outras tecnologias de produção;

• Incentivos fiscais disponibilizados aos produtores de trigo nos anos 50, 60 e 70 beneficiaram igualmente a cultura da soja, que utiliza, no verão, a mesma área, mão de obra e maquinaria do trigo cultivado no inverno;

• Mercado internacional em alta, principalmente em meados dos anos 70, em resposta à frustração da safra de grãos na Rússia e China, assim como da pesca da anchova no Peru, cuja farinha era amplamente utilizada como componente proteico na fabricação de rações para animais, para o que os fabricantes do produto passaram a utilizar-se do farelo de soja;

• Substituição das gorduras animais (banha e manteiga) por óleos vegetais, mais saudáveis ao consumo humano;

• Estabelecimento de um importante parque industrial de processamento de soja, de máquinas e de insumos agrícolas, em contrapartida aos incentivos fiscais do governo, disponibilizados tanto para o incremento da produção, quanto para o estabelecimento de agroindústrias;

• Facilidades de mecanização total da cultura;

• Surgimento de um sistema cooperativista dinâmico e eficiente, que apoiou fortemente a produção, a industrialização e a comercialização das safras;

Figura 1: Desenvolvimento no cultivo de soja no Brasil ao longo do século 20.

Para uma avaliação da totalidade disponível de matéria-prima para produção de biodiesel, avaliaremos duas oleaginosas de destaque no mercado deste biocombustível: a soja e o algodão (semente). Para efeito de cálculo, considerou-se o total produzido destas e o percentual de óleo no grão, sendo a totalidade de óleo disponível a fração deste no grão

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cultivado. A trabela 4 apresenta os resultados obtidos desta avaliação, indicando o total de óleo que seria disponibilizado em situação hipotética onde a totalidade da produção fosse destinada à produção de biodiesel.

Matéria-prima Teor de óleo no grão (%)

Total produzido (toneladas)

Óleo disponível para extração (toneladas) N ac io n al Algodão 31,50% 2348600 739809 Soja 21,00% 97228000 20417880 C en tr o -o es te Algodão 31,50% 1547600 487494 Soja 21,00% 43968600 9233406

Tabela 4: Previsão da disponibilidade de óleo para produção de biodiesel a partir de duas principais oleaginosas utilizadas como matérias-primas para produção de biodiesel. Avaliação considerando âmbito nacional e região centro-oeste. Fonte dados: Adaptado Embrapa 2016 e Conab 2016.

Pode-se observar que, considerando a totalidade de óleo possível a ser extraído apenas destas duas oleaginosas produzidas na região centro-oeste na safra 2014/2015, 16,87% da colheita já seria suficiente para atendimento da demanda nacional de biodiesel acumulada durante 2015 que foi de 4001032 m³. Considerando-se a safra nacional, seria necessária disponibilização de apenas 3,29% das safras de algodão e soja para atendimento de toda produção nacional. Deve-se ainda ressaltar que não foi exposto aqui a quantidade disponível de gordura bovina para biodiesel visto a falta de registros confiáveis sobre o total de cabeças de gado abatidas na região centro-oeste e em todo território nacional.

4.3 - Aplicação da Teoria das Restrições – TOC

Para iniciar esse estudo de aplicação da TOC faz-se necessário demonstrar o fluxo do Processo da Cadeia de Biodiesel, para uma melhor visualização e entendimento:

Matéria-prima Usina Transportadora Distribuidora

Petrobrás Distribuidora

Transportadora Posto de

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Figura 2: Fluxograma funcional do processo produtivo de biodiesel.

A matéria-prima é encaminhada à Usina para que passe pelo processamento/transformação da mesma em óleo biodiesel e seus derivados, após é feita a retirada programada do biodiesel nas usinas pela transportadora que transporta até a distribuidora e a mesma passa para a Petrobrás afim de ser feita a diluição do biodiesel no diesel, depois a distribuidora recebe o combustível já pronto para que a transportadora possa levar aos postos de combustíveis para consumo dos clientes.

Corbett (1997) ensina que a TOC, como processo de melhoria contínua, é composta por cinco etapas: identificação das restrições do sistema; decisão sobre como explorar as restrições do sistema; subordinar tudo o mais à decisão anterior; elevar as restrições do sistema; e, se em um passo anterior uma restrição for quebrada, voltar à primeira etapa, evitando que a inércia cause uma restrição.

Segundo Corbett (2005, p. 34) a TOC encara as organizações como um sistema, isto é, um conjunto de elementos que possuem alguma relação de interdependência, voltados para uma finalidade. Cada elemento depende um do outro e o desempenho global do sistema depende dos esforços conjuntos de todos os elementos. Já uma restrição do sistema é qualquer coisa que o impeça de alcançar seu objetivo (Noreen; Smith; Mackey, 1996).

Existem dois tipos de restrições: a física, relacionada com recursos humanos e materiais (pessoas, materiais e máquinas); e aquela formada por normas, procedimentos e práticas cotidianas, denominada restrição não física ou política. Para as restrições não físicas, é mais adequado fazer uso do PR (Processo de Raciocínio) da TOC conforme a Figura 2.

Figura 3- tipos de restrições. Fonte: adaptada de Rhul (1996).

Segundo Noreen et all. (1996: p.49), “embora o Processo de Raciocínio possa ser usado para resolver as restrições físicas e devidas a políticas, ele é especialmente valioso quando trata das últimas”.

O Processo de Raciocínio tem como base as ferramentas de análise lógica que capacitam o diagnóstico de problemas, a formulação de soluções e a preparação de planos de ação. Deste modo o Processo de Raciocínio busca responder a três questões básicas inerentes a qualquer tipo de organização : O que mudar?, Para o que mudar? e Como causar a mudança?.

Para colaborar na resposta destas três perguntas Goldratt (1995) desenvolveu um conjunto de 5 ferramentas, baseadas no raciocínio lógico, que são: Árvore da Realidade Atual (ARA), Diagrama de Dispersão de Nuvem (DDN), Árvore da Realidade Futura (ARF), Árvore de Pré-Requisitos (APR) e Árvore de Transição (AT).

Restrições

Recursos

Mercado; Pessoas; Materiais

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O quadro 1 apresenta as cinco ferramentas do Processo de Raciocínio utilizadas para responder a cada uma das três perguntas.

Questão Central Ferramenta

O quê mudar ? Árvore da Realidade Atual (ARA)

Para o quê mudar ?

Diagrama de Dispersão das Nuvens (DDN) Árvore da Realidade Futura (ARF) Como provocar a mudança ?

Árvore dos Pré-Requisitos (APR) Árvore de Transição (AT)

Quadro 1 – Cinco ferramentas do processo de pensamento - Adaptado de (COX &

SPENCER, 2002)

4.1.1 - A Árvore de Realidade Atual (ARA)

O processo de construção da ARA se inicia com a identificação dos chamados EIS (Efeitos Indesejáveis), presentes na estrutura do sistema ou decorrentes de sua atuação, e o estabelecimento de uma relação de causa e efeito com a utilização da expressão “se, então”. Para isso, é necessário que haja a participação de pessoas que conheçam o sistema objeto do estudo. Ao ser validada a ARA, o problema-raiz será desvendado, possibilitando a concentração de esforços no mesmo, para saber o que mudar.

Nesse sentido foram diagnosticados os efeitos indesejáveis do processo de Biodiesel no Centro Oeste para iniciar a construção da ARA, conforme os dados obtidos nas análises anteriores desse estudo, obtendo a tabela abaixo:

Tabela 1 - Resultado da classificação dos efeitos indesejáveis identificados inicialmente Prioridade EI Efeitos Indesejáveis

1 09 Demanda restrita pelos leilões da ANP

2 12 Falta de apoio à agricultura familiar para produção de matérias-primas para biodiesel

3 13 Improdutividade de biodiesel

4 03 Indisponibilidade de matéria prima

5 04 Má qualidade de matéria prima

6 10 Indisponibilidade de biodiesel

7 02 Capacidade autorizada irreal

8 11 Falta de espaço para armazenagem de biodiesel

8 05 Falta de espaço para armazenagem de matéria prima sazonal 10 07 Falha na programação na cadência de retirada de biodiesel da usina

11 06 Quebra de equipamento industrial

12 01 Perda do selo social

13 08 Perda de autorização para produção

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Após a identificação dos principais EIS, foi construída a ARA. Em primeira análise, identificou-se como problema-raiz “Demanda restrita pelos leilões da ANP”.

A seguir, é demonstrada a leitura da ARA:

a) se há falta de apoio à agricultura familiar para produção de matérias primas para biodiesel (EI 12), então ocorre a perda do selo social (EI 01), a perda autorização da produção (EI 08), levando a improdutividade industrial (EI 13);

b) se há capacidade autorizada irreal (EI 02), então ocorre a perda do selo social, a perda autorização da produção (EI 08), levando a improdutividade industrial (EI 13);

c) se há demanda restrita pela ANP (EI 09), então faltará espaço de armazenagem para o biodiesel (EI 11) o que levará a improdutividade industrial (EI 13);

d) se há falta de espaço para armazenagem da matéria-prima (EI 05), então ocorrerá a indisponibilidade de matéria-prima (EI 03), e consequentemente a indisponibilidade de biodiesel (EI 10);

e) se há má qualidade de prima (EI 04), então ocorrerá a indisponibilidade de matéria-prima (EI 03), e consequentemente a indisponibilidade de biodiesel (EI 10); e

f) se houver a quebra de equipamento industrial (EI 06), então há falha na programação na cadência de retirada de biodiesel da usina (EI 07), e consequentemente a indisponibilidade de biodiesel (EI 10), ou falta de espaço para armazenagem do biodiesel (EI 10), o que levará a improdutividade industrial (EI 13).

4.1.2 - Diagrama de Dispersão de Nuvem (DDN)

O diagrama de dispersão de nuvem (DDN) é uma ferramenta utilizada pra responder a pergunta “Para o que mudar?”. “Trata-se de um diagrama usado para identificar o conflito principal que está acarretando a política restritiva na organização. Constituída de um objetivo (oposto do problema-raiz), necessidades (condições essenciais para a obtenção do objetivo) pré-requisitos (condições que definem as necessidades do conflito).” (Cogan, 2007, p. 291). Segundo Dettmer (1997), o DDN procura: confirmar que o conflito existe realmente; identificar o conflito que perpetua um problema maior; resolver o conflito; criar soluções em que ambos os lados ganhem; explicar em profundidade porque um problema existe; e identificar todos os pressupostos/paradigmas que têm conexão com problemas e conflitos. Como se observa na Figura 4, a meta principal é atingir o objetivo A, mas para isso, é necessário atender aos requisitos B e C. Para cumprir o requisito B, é necessário o pré-requisito D; e para cumprir o pré-requisito C, é necessário o pré- -pré-requisito não D. Neste ponto, aparece o conflito, pois o pré-requisito não D é o oposto do pré-requisito D e, portanto, impossível de cumprir os dois simultaneamente.

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Leitura do DDN:

• A→B: para que aumente o fluxo da cadeia produtiva de biodiesel é necessário fazer um Plano de Ações com prazo determinado para solução das impossibilidades e aumento da produção.

• B→D: para que seja feito um Plano de Ações com prazo determinado para solução das impossibilidades e aumento da produção é necessário verificar o que esta impossibilitando o aumento da demanda de biodiesel pela ANP.

• A→C: para que aumente o fluxo da cadeia produtiva de biodiesel é necessário planejar a solução e aumentar a produção.

• C→não D: Para que se possa planejar a solução e aumentar a produção de biodiesel é necessário verificar junto às usinas e produtores o que esta impossibilitando o aumento da demanda de biodiesel.

• D→não D: verificar o que está impossibilitando o aumento da demanda de biodiesel pela ANP é necessário verificar junto às usinas e produtores o que está impossibilitando o aumento da demanda de biodiesel.

Pressuposto: existe um conflito, pois não é possível fazer D e não D simultaneamente. Não é possível atender as necessidades concomitantemente.

Injeção: associar abordagem global e específica em relação ao aumento da produção. 4.1.3 - Árvore da Realidade Futura (ARF)

A ARF é uma ferramenta que apresenta os resultados da implementação de soluções (injeções) para o problema identificado, os quais transformarão os eis em EDS. Portanto, a ARF nasce da injeção que quebra o conflito na DDN. Ao final será possível responder à segunda questão da TOC: Para o que mudar?

O Quadro 02 apresenta os EIS e seus respectivos EDS: Aumentar o fluxo

Fazer plano de ação para as soluções

propostas

Verificar o que está impossibilitando o aumento da demanda.

Planejar a solução Verificar junto às usinas o que está impossibilitando o aumento da produção. Associar abordagem global em relação ao aumento de produção. Objeto A Requisito B Pré-requisito D Pré-requisito não D Requisito C Conflito

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Efeitos Indesejáveis (EI) Efeitos Desejáveis (ED)

10 - Indisponibilidade de biodiesel 1 - Disponibilidade de biodiesel

03 - Indisponibilidade de matéria-prima 2 - Disponibilidade de matéria-prima

08 - Perda de autorização para produção 3 - Auditoria constante pela ANP e informações reais pelas usinas

13 - Improdutividade de biodiesel 4 - Aumento da demanda pela ANP

01 - Perda do selo social 5 - Informação da capacidade real para produção pelas usinas

06 - Quebra de equipamento industrial 6 - Manutenção preventiva com utilização da ferramenta TQM

12 - Falta de apoio à agricultura familiar para produção de matérias-primas para biodiesel

7 - Política interna de apoio a agricultura familiar para o biodiesel

02 - Capacidade autorizada irreal 8 - Transparência perante a ANP

07 - Falha na programação na cadência de retirada de biodiesel da usina

9 - Cumprimento fiel ao cronograma de retiradas

11 - Falta de espaço para armazenagem de biodiesel 10 - Disponibilidade estrutural

09 - Demanda restrita pelos leilões da ANP 11 - Política governamental para aumento da demanda

04 - Má qualidade de matéria prima 12 - Rigoroso controle de qualidade

05 - Falta de espaço para armazenagem de matéria prima sazonal

13 - Disponibilidade estrutural e cumprimento de cronograma de retiradas

Quadro 2 - efeitos indesejáveis x efeitos desejáveis. Fonte: elaborado pelos autores. No processo de construção da ARF percebeu-se que somente a injeção “associar a abordagem global e específica em relação ao aumento da produção” é insuficiente para transformar todos os efeitos indesejáveis em efeitos desejáveis. Portanto, são necessárias mais quatro injeções que são: fazer um Plano de Ações com prazo determinado para solução das impossibilidades e aumento da produção, verificar o que está impossibilitando o aumento da demanda de biodiesel pela ANP, planejar a solução e aumentar a produção de biodiesel e verificar junto às usinas e produtores o que está impossibilitando o aumento da demanda de biodiesel. A Figura 7 apresenta a ARF construída com base nas quatro injeções.

Conclusões

Considerando a cadeia produtiva de biodiesel subdivida em três grandes centros (disponibilidade de matéria-prima, demanda regional e capacidade instalada), foi identificado que, atualmente, na região centro-oeste, o principal limitante para aumento na produção de biodiesel em 2015 foi a falta de demanda do mercado. Considerando este ponto, há possibilidade de um aumento na dosagem de biodiesel no diesel nacional, pelo menos na região centro-oeste, embora para tal concretização, é necessário interesse político para aprovação de leis de incentivo à produção bem como para aumento na taxa de diluição do biodiesel no diesel comercializado nacionalmente.

(16)

Foi possível observar também uma grande variedade de elementos de convicção que pudessem demonstrar que as ferramentas PR da TOC podem sem utilizadas como instrumento para tomada de decisão em um sistema atípico, como a cadeia produtiva do Biodiesel.

Importante também ressaltar que fatores ainda como preços das respectivas matérias-primas, cadeia de transportes do biodiesel da usina até o consumidor final, bem como o desenvolvimento tecnológico nacional influenciam consideravelmente na capacidade produtiva de uma região. Considerando estes fatores há ainda mais a ser explorado sobre este assunto em pesquisas posteriores.

Referências Bibliográficas

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Referências

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