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Análise da rentabilidade da cultura da macieira em duas cultivares e duas densidades de plantio

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Academic year: 2021

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Análise da rentabilidade da cultura da macieira em duas cultivares e duas densidades de plantio

Carlos Leomar Kreuz CPF 40878996915

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina Epagri – Caixa Postal, 591

89500 000 – Caçador/SC kreuz@epagri.rct-sc.br

Alceu Souza CPF 08251991900

Universidade Católica do Paraná Rua Imaculada Conceição 1155 Sala 217 –

80215 901 – Curitiba PR alceusouza@bsi.net.br

Jose Luiz Petri

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina CEF 06588549920

Epagri – Caixa Postal, 591 89500 000 – Caçador/SC

petri@epagri.rct-sc.br Luiz Carlos de Carvalho Júnior Universidade Federal de Santa Catarina

CPF 41638816972

Campus Universitário – Trindade Caixa Postal, 476

88049 970 – Florianópolis/SC lccj@cse.ufsc.br

Área Temática: Eficiência

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Análise da rentabilidade da cultura da macieira em duas cultivares e duas densidades de plantio

Resumo

Este artigo analisa as expectativas de retorno e de risco associadas ao agronegócio da maçã em duas cultivares (Gala e Fuji) e em duas densidades de plantio (2000 e 3860 plantas/ha) na região de Fraiburgo - SC. Detalham-se os investimentos, os custos de produção, a rentabilidade e os riscos inerentes a esse agronegócio. A metodologia utilizada para a análise de viabilidade consiste na geração de dois conjuntos de indicadores. O primeiro conjunto (Valor Presente Líquido, Valor Presente Líquido Anualizado, Índice Benefício/Custo e Retorno Adicional do Investimento) objetiva melhorar a percepção do retorno, enquanto o segundo conjunto (Índice TMA/TIR, Índice Pay-back/N, Risco de Gestão e Risco do Negócio) objetiva melhorar a percepção do risco. Os resultados sinalizam para rentabilidade alta e risco baixo para as duas cultivares em ambas as densidades. O melhor desempenho ficou por conta da cultivar Fuji com alta densidade de plantio que apresentou rentabilidade de 9,10% ao ano além daquela que seria obtida com a aplicação do capital de investimento a 12% ao ano. Concluí-se também que o retorno é mais sensível a densidade de plantio (2000 ou 3860 plantas/ha) do que a variedade (Fuji ou Gala).

PALAVRAS-CHAVE: Indicadores de viabilidade em agronegócios; Rentabilidade do agronegócio da maça; Decisões de investimentos em agronegócios.

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Análise da rentabilidade da cultura da macieira em duas cultivares e duas densidades de plantio

1. INTRODUÇÃO

O agronegócio da maçã localiza-se nas regiões mais frias do Sul do Brasil, destacando-se a região de Vacaria, no Rio Grande do Sul, as regiões de São Joaquim e Fraiburgo, em Santa Catarina e a região de Palmas, no Paraná. A Figura 1, a seguir, apresenta as regiões produtoras de maçã no Sul Brasil. São elas, em um sentido norte-sul: Campos de Palmas, Fraiburgo, São Joaquim e Vacaria.

Figura 1 - Regiões Produtoras de Maça no Sul do Brasil

RIO GRANDE DO SUL PARANÁ PARAGUAI

ARGENTINA

URUGUAI

SANTA CATARINA

REGIÕES PRODUTORAS DE MAÇÃS URUGUAI

ARGENTINA PARAGUAI

Em uma área plantada de 33,7 mil ha, a produção brasileira de maçã foi de 1.016 mil toneladas na safra 2003/2004 (ICEPA, 2004). O volume da safra brasileira pode ser considerado expressivo se levarmos em conta que nos anos 70 a produção nacional praticamente inexistia (KREUZ e BERNARDI, 1986). Isto pode ser comprovado, também, pela evolução das exportações brasileiras de maçã, as quais têm crescido anualmente, devendo superar as 152 mil toneladas no ano de 2004 (ABPM, 2004).

No que diz respeito às cultivares mais plantadas, destacam-se a cultivar Gala e a cultivar Fuji. A primeira tem sua colheita nos meses de fevereiro e março. Já a segunda é colhida nos meses março e abril. Além do período de colheita, as duas principais cultivares se diferenciam pelo aspecto da armazenagem, sendo que a Fuji apresenta melhor desempenho quanto a esta variável (KREUZ e ARGENTA, 2003).

1.2. Caracterização do Problema

Dada a existência de três unidades de pesquisa cujo trabalho principal é o desenvolvimento de novas tecnologias para este agronegócio, a evolução que o mesmo tem apresentada pode ser considerada expressiva. O uso da quebra de dormência química (PETRI et alli, 2002), a introdução de materiais vegetativos livres de virose (DRISSEN e SOUZA FILHO, 1986) o uso de porta-enxerto anão (DENARDI, 2002), o uso do sistema de condução líder central (EBERT et alli, 1986), o uso da alta densidade de plantas por unidade de área (PEREIRA e

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PETRI, 2002), a produção integrada de frutas (SANHUEZA et alli, 1998; KREUZ et alli, 2002a) são exemplos de inovações que tem auxiliado o desenvolvimento do agronegócio. Em particular, a questão da viabilidade econômica da ampliação da densidade de plantio não é recente. Estudos conduzidos fora do Brasil (GOEDEGEBURE, 1980; WINTER, 1986) e no Brasil (KREUZ et alli, 1996; KREUZ, 2002) têm comprovado a sua viabilidade.

Em recente estudo sobre a densidade de plantio em macieiras, comprovou-se que, à medida que se intensifica a densidade de plantio, a rentabilidade se mantém relativamente constante. A ampliação da densidade (ou outra tecnologia intensiva em capital) se torna interessante sempre que o capital não for recurso limitante para o produtor (KREUZ, 2002; KREUZ et alli, 2002b). Porém, não há registro de estudos que busquem relacionar a densidade de plantio com a cultivar, bem como estudos que busquem comparar a rentabilidade de pomares em alta densidade (AD), caracterizados por pomares de 2.000 plantas/ha, com os pomares em superalta densidade (SAD), caracterizando-se como pomares de 3.860 plantas/ha.

1.3 Objetivo

O presente estudo tem por objetivo analisar a viabilidade econômica cultura da macieira em duas cultivares (Gala e Fuji) em duas densidades de plantio (2000 e 3860 plantas) por hectare na região de Fraiburgo em Santa Catarina. Os resultados deste estudo podem ser utilizados de duas maneiras distintas: orientar a formação de novos pomares e, principalmente, informar ao empresário do setor sobre a rentabilidade e os riscos associados ao agronegócio da maçã.

2. Fundamentação Teórica

Por ser uma atividade de longo prazo, envolvendo em torno de dezesseis anos desde a decisão do plantio da macieira até a sua erradicação, a avaliação do resultado econômico requer o uso de métodos de análise de investimentos. A metodologia de análise seguirá a proposição de Souza e Clemente (2004). A vantagem dessa abordagem em relação a abordagem clássica (GITMAN, 2004; ROSS et alli, 2004) ou a Teoria das Opções Reais (COPELAND et alli, 2001) consiste em não expressar o risco por meio de um spread sobre a taxa de desconto.

A metodologia de Souza e Clemente (2004), também baseia-se no fluxo de caixa descontado e consiste em gerar dois conjuntos de indicadores. O primeiro conjunto (Valor Presente Líquido, Valor Presente Líquido Anualizado, Índice Benefício/Custo e Retorno Adicional do Investimento) objetiva melhorar a percepção do retorno, enquanto o segundo conjunto (Índice TMA/TIR, Índice Pay-back/N, Risco de Gestão e Risco do Negócio) objetiva melhorar a percepção do risco. O tratamento teórico desses indicadores, bem como as fórmulas de cálculo estão disponíveis em vários textos, como em Souza et alli (2002), Souza e Clemente (2004), e Kreuz et alli (2004) e, por essa razão, não será aqui apresentado.

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Para Souza e Clemente (2004) a remuneração dos títulos de baixo risco (CDB´s RDB´s, fundos mútuos, ...) é utilizada como taxa de desconto (TMA) para o fluxo de caixa projetado. Estes autores propõem que se use como TMA (Taxa de Mínima Atratividade) a melhor taxa, com baixo grau de risco, disponível para aplicação do capital em análise e, essa escolha, deve ser compatível com o perfil do investidor. Dessa forma, a rentabilidade obtida considerará como ganho apenas o excedente sobre aquilo que já se tem, isto é, o que será obtido além da aplicação do capital a TMA (12% ao ano). Esse conceito, desde há muito é defendido pelos economistas e denomina-se custo de oportunidade líquido, isto é, o ganho após expurgado aquilo que já se teria em outra alternativa de investimento concorrente. Assim, a rentabilidade do projeto deve ser confrontada com a percepção do risco obtida por meio de outro conjunto de indicadores.

2.2 Indicadores de viabilidade

Em artigo recente, Mackinsey et alli (2005) reapresentam as deficiências da TIR como medida de rentabilidade. Neste mesmo artigo estes autores advogam o uso da TIRM (TIR modificada) para expressar a rentabilidade do projeto. Souza e Clemente (2004) argumentam que a rentabilidade do projeto é mais bem representada pelo indicador ROIA (Retorno adicional decorrente do Investimento realizado) que tem a vantagem de expurgar o efeito cruzado da TMA. O Indicador ROIA é superior a TIRM porquanto expurga o efeito do spread na taxa de desconto e também o custo de oportunidade, já apresentando o retorno líquido que deve ser confrontado com o risco. Também argumentam que, para fluxos de caixa construídos como o valor médio ou mais provável para os custos e receitas, a avaliação do risco seja analisada após a geração dos indicadores de retorno.

Dado que tanto a TMA, como a TIR dependem de fatores sistêmicos e conjunturais, é plausível que se interpretem as mesmas como variáveis aleatórias. Dessa forma, Souza e Clemente (2004) argumentam que o risco financeiro de um projeto de investimento (probabilidade de se ganhar mais aplicando na TMA do que no projeto de investimento) pode ser medido pela probabilidade da TIR ser menor do que a TMA, quando as distribuições de probabilidade das mesmas forem conhecidas. Contudo, mesmo não se conhecendo as distribuições de probabilidades, pode-se interpretar a proximidade da TIR em relação a TMA como uma medida de risco. Por essa razão a TIR, ao contrário da metodologia tradicional de análise de projetos, neste artigo está classificada como indicador de risco.

Também, na metodologia de Souza e Clemente (2004) o pay-back descontado é interpretado como um indicador de risco. Ao relacionar o pay-back com a vida útil do projeto (N) melhora-se a percepção do risco (escala de 0 a 1) quanto à recuperação do capital investido. Os autores alertam, também, que o pay-back seja interpretado à luz das características do negócio.

Sugere-se, também, que se utilize a opinião de especialistas (Método Delphi) para inferir dois outros tipos de risco: Risco de Gestão e Risco de Negócio. O Risco de Gestão está associado ao grau de sucesso em empreendimentos similares, a competência técnica em produção e comercialização (incluindo-se aí a motivação para a inovação) e a saúde financeira do grupo em análise. O Risco de Negócio está associado a fatores não controláveis que afetam os agronegócios tais como o surgimento de barreiras alfandegárias, aspectos fitossanitários, variações além do limite nas condições climatológicas na época de plantio e de colheita e, principalmente, preços de mercados não competitivos em função de superoferta ou falta de qualidade do produto

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3. Material e método

Trata-se, segundo Silva e Menezes (2001), de uma pesquisa aplicada quanto à natureza do fenômeno (gera conhecimentos para aplicação prática); quantitativa quanto à abordagem metodológica (relações entre produção, custos e receitas são expressas em números para o plantio de um hectare de macieira); descritiva e explicativa quanto aos objetivos (descreve e explica a relação entre as variáveis representativas da produção, custos e receitas) e de levantamento do ponto de vista dos procedimentos técnicos de coleta de dados (foram realizadas entrevistas e pesquisa de campo).

3.1 Metodologia

A metodologia consiste em aplicar os indicadores propostos por Souza e Clemente (2004) para avaliar a exploração hipotética de 1 hectare de cultivo de macieira para cada uma das cultivares (Gala e Fuji) e em duas densidades de plantio (alta densidade com 2000 plantas/ha e superalta densidade com 3860 plantas/ha). As informações necessárias para suportar este estudo foram obtidas de consultas diretas feitas a pesquisadores da área, extensionistas rurais, lideranças do setor e a produtores de maçã instalados no município de Fraiburgo, SC. As variáveis de análise para as diferentes combinações de densidade e de plantio foram: investimentos, custos de produção, escala de produção e preços de mercado.

3.2 Preparação dos dados

Os coeficientes para a implantação de 1 ha de macieira se referem a áreas onde não há necessidade de destoca ou queimada. A Tabela 1, a seguir, apresenta os coeficientes técnicos e os resultados monetários associados à implantação de 1 hectare de macieira, nos dois espaçamentos em estudo. Dado inexistirem diferenças de custo de implantação quando se altera a cultivar, a Tabela 1 destaca, apenas, o comportamento dos custos em função da densidade de plantio.

O pomar em Sistema de Alta Densidade (SAD) tem o seu custo de implantação acrescido por vários itens de custos conforme pode ser verificado na Tabela 1. Contudo, merece destaque o custo das mudas. Dado a necessidade de um volume bem superior de mudas quando se passa do sistema Alta Densidade (AD) para o SAD, o custo das mesmas quase duplica. Outros itens, como a necessidade de uma maior estrutura de tutoramento também ajudam a encarecer o sistema SAD.

A Tabela 2 sumariza os custos existentes nos três primeiros ciclos de existência do pomar. Os custos se mantêm os mesmos à medida que se altera a cultivar. Com o acréscimo na densidade de plantio, altera-se, basicamente, o item serviços, motivado por maiores necessidades de intervenções humanas, particularmente para a atividade de condução das plantas.

Os custos existentes em um pomar adulto estão expressos na Tabela 3. Note-se que os mesmos crescem à medida que se passa da cultivar Gala para a cultivar Fuji. Tal fato se explica pelo ciclo vegetativo da cultivar Fuji ser superior ao da Gala, requerendo maiores interferências fitossanitárias. Os custos também crescem à medida que se passa da AD para a SAD. O acréscimo do custo está associado ao incremento na produtividade, implicando em maiores custos com a colheita.

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Tabela 1 – Coeficientes técnicos e custos, em R$ 1.000, para a implantação de 1 ha de macieira em duas densidades de plantio a preços de agosto de 2004.

Quantidade R$/ha Quantidade R$/ha

Preparo do solo 984 984 Construção estradas h/tr E 85 1 85 1 85 Subsolagem tripla h/tr E 85 6 510 6 510 Limpeza raízes hh 3 45 135 45 135 Limpeza pedras h/tr 26 4 104 4 104 Limpeza pedras hh 3 50 150 50 150 Correção do solo 2.206 2.362 Calcário t 65 20 1.300 20 1.300 Adubo orgânico m3 24 15 360 15 360

Super fosfato triplo kg 0,6 400 240 400 240

Cloreto potássio kg 0,7 150 105 150 105 Bórax kg 0,9 50 45 50 45 Aplic. de fertilizantes h/tr 26 6 156 12 312 Preparo do solo 264 264 Lavração h/tr 26 6 156 6 156 Limpezas hh 3 10 30 10 3 Gradagem h/tr 26 3 78 3 78 Plantio 10.868 17.580 Marcação hh 3 30 90 30 9

Abert. Covas e plantio hh 3 250 750 450 1.350

Abertura covas h/tr 26 12 312 12 312

Mudas (Espaç.4,0x1,25) unid. 2,5 2.000 5.000 3.860 9.650

Mão de obra d/h 3 720 2.160 720 2.160

Tutoramento hh 3 300 900 350 1.050

Espaguete peças 21 8 168 8 168

Palanques peças 6,5 150 975 270 1.755

Arame ovalado m 0,19 2700 513 5500 1.045

Valor da terra R$/ha 7.000 7.000

TOTAL GERAL 21.322 28.190

Alta densidade Su

0

0 per alta densidade

ITEM Unidade R$/unidade

Fonte: Dados primários

Tabela 2 – Custos de manutenção, em R$ 1.000, para o 1º, 2º e 3º ano de 1 ha de macieira em duas densidades de plantio a preços de Agosto de 2004.

R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % Fertilizantes 62,74 1,69 136,62 2,47 1.161,79 14,58 62,74 1,53 136,62 2,26 1.161,79 13,46 Fungicidas 742,3 20,00 1.004,36 18,18 1.328,59 16,67 742,3 18,15 1.004,36 16,60 1.328,59 15,40 Inseticidas 217,75 5,87 306,2 5,54 409,10 5,13 217,75 5,33 306,2 5,06 409,10 4,74 Herbicidas e outros 359 9,67 758 13,72 915,50 11,49 359 8,78 758 12,53 915,50 10,61 Serviços 2.330,00 62,77 3.319,00 60,08 4.155,00 52,13 2.707,00 66,21 3.844,00 63,55 4.815,00 55,79 Total 3.711,79 100,00 5.524,18 100,00 7.969,98 100,00 4.088,79 100,00 6.049,18 100,00 8.629,98 100,00

Super alta densidade (R$ 1.000/ha)

Item 1o ano 2 o ano 3 o ano 3 o ano

Alta densidade (R$ 1.000/ha)

1o ano 2 o ano

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Tabela 3 – Custos, em R$ 1.000, para a manutenção do pomar adulto de 1 ha de macieira para duas cultivares e em duas densidades de plantio a preços de agosto de 2004. R$ % R$ % R$ % R$ % Fertilizantes 542,18 5,92 542,18 5,77 561,86 6,01 561,86 5,87 Fungicidas 1.434,00 15,65 1.434,00 15,27 1.555,20 16,64 1.555,20 16,25 Inseticidas 837,9 9,14 837,9 8,92 1.048,80 11,22 1.048,80 10,96 Herbicidas e outros 595,9 6,50 595,9 6,35 579,4 6,20 579,4 6,05 Serviços 5.753,00 62,79 5.979,00 63,68 5.599,00 59,92 5.825,00 60,87 Total 9.162,98 100,00 9.388,98 100,00 9.344,26 100,00 9.570,26 100,00 Gala Fuji

Alta Super alta Alta Super alta

Item

Fonte: Dados primários

3.2. 1 Considerações sobre a terra

O valor da terra, patrimônio permanente do proprietário rural, não está incluído no fluxo de caixa pelas seguintes razões:

• o valor atribuído a terra não representa efetivamente desembolso;

• mesmo tendo valor de mercado, o proprietário rural não considera a possibilidade de vendê-la;

• a terra, se devidamente manejada, não se deprecia e, se o seu valor fosse considerado como investimento, ao final do projeto a terra estaria disponível e apresentaria valor, na pior das hipóteses, equivalente ao que apresentava no início.

• O custo de oportunidade da terra, representado pelo seu uso alternativo, pode ser interpretado como uma outra opção de investimento que deve ser confrontado com o retorno e o risco de investir na melhor alternativa de cultivo de 1 ha de macieira.

3.3 Preparação do Fluxo de Caixa

As informações contidas nas Tabela 1 a 3 permitiram a construção dos fluxos de caixa (Tabela 4) das 4 opções para a exploração de 1 hectare de maçã. As receitas foram obtidas supondo-se preços de R$ 0,65/kg de maçã cultivar Gala e R$ 0,70 para a maçã cultivar Fuji. As produtividades consideradas supõem um teto de 45t/ha para o caso das cultivares Gala e Fuji cultivadas em AD e 50t/ha para o caso de SAD.

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Tabela 4 – Produtividade, custo e fluxo de caixa para a exploração de 1 ha do agronegócio maçã em duas densidade de plantio e a preços de agosto de 2004.

Alta S. alta Alta S. alta Alta S. alta Alta S. alta Alta S. alta Alta S. alta

0 0 0 0 0 21,32 28,19 21,32 28,19 -21,32 -28,19 -21,32 -28 1 0 5 0 5 3,71 4,09 3,71 4,09 -3,71 -0,84 -3,71 -0 2 5 10 5 10 5,52 6,05 5,52 6,05 -2,27 0,45 -2,02 0,95 3 15 20 15 20 7,97 8,63 7,97 8,63 1,78 4,37 2,53 5,3 4 25 35 25 35 9,16 9,39 9,34 9,57 7,09 13,36 8,16 14, 5 45 50 45 50 9,16 9,39 9,34 9,57 20,09 23,11 22,16 25,43 6 45 50 45 50 9,16 9,39 9,34 9,57 20,09 23,11 22,16 25,43 7 45 50 45 50 9,16 9,39 9,34 9,57 20,09 23,11 22,16 25,43 8 45 50 45 50 9,16 9,39 9,34 9,57 20,09 23,11 22,16 25,43 9 45 50 45 50 9,16 9,39 9,34 9,57 20,09 23,11 22,16 25,43 10 45 50 45 50 9,16 9,39 9,34 9,57 20,09 23,11 22,16 25,43 11 45 50 45 50 9,16 9,39 9,34 9,57 20,09 23,11 22,16 25,43 12 45 50 45 50 9,16 9,39 9,34 9,57 20,09 23,11 22,16 25,43 13 45 50 45 50 9,16 9,39 9,34 9,57 20,09 23,11 22,16 25,43 14 45 50 45 50 9,16 9,39 9,34 9,57 20,09 23,11 22,16 25,43 15 45 50 45 50 9,16 9,39 9,34 9,57 20,09 23,11 22,16 25,43 16 45 50 45 50 9,16 9,39 9,34 9,57 20,09 23,11 22,16 25,43 Ano

Produtividade (t/ha) Custos (R$ 1.000/ha) Fluxo de Caixa (R$ 1.000/ha)

Gala Fuji Gala Fuji Gala Fuji

,19 ,59

7 93

4. Resultados

O Quadro 1, a seguir, apresenta os resultados dos indicadores de retorno (Valor Presente Líquido, Valor Presente Líquido Anualizado, Índice Benefício/Custo e Retorno Adicional do Investimento) e de risco (Relação TMA/TIR, Relação Pay-back/N, Risco de Gestão e Risco do Negócio) para a exploração de 1 ha do agronegócio da maçã para as cultivares Fuji e Gala e para duas densidades (alta densidade com 2000 plantas/ha e superalta densidade com 3860 plantas/ha) de plantio na região de Fraiburgo, no estado de Santa Catarina. Os indicadores apontam para rentabilidade alta e risco baixo para esse agronegócio.

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Quadro 1 – Indicadores de retorno e de risco para 1 ha de pomar de maçã para as cultivares Fuji e Gala em duas densidades de plantio.

Alta Superalta Alta Superalta

Valor Presente (R$ 1.000/ha) 86,59 102,19 96,14 113,65

Valor Presente Líquido (R$ 1.000/ha em 16 anos) 58,40 74,00 67,95 85,46

ValorPresente Líqido Anualizado (R$ 1.000/ha por ano) 8,37 10,61 9,74 12,25

Índice Benefício/Custo (R$/R$ 1/ha em 16 anos) 3,07 3,63 3,41 4,03

Retorno Adicional do Investimento (por ano) 7,27% 8,38% 7,97% 9,10%

Taxa Interna de Retorno (por ano) 30,15% 32,45% 32,36% 34,89%

Índice TMA/TIR ( 0 a 1 ) 0,40 0,37 0,37 0,34 Pay-Back Descontado (em anos) 5,00 5,00 5,00 5,00

Índice Pay-back / N ( 0 a 1 ) 0,31 0,31 0,31 0,31 Risco de Gestão ( 0 a 1 ) 0,20 0,20 0,20 0,20 Risco do Negócio ( 0 a 1 ) 0,35 0,35 0,35 0,35 RIS C O

Indicadores Gala Fuji

RET

ORNO

Fonte: dados da pesquisa

4. 1 Interpretação e análise dos indicadores

Em função de ter apresentado maior rentabilidade, tomar-se-á a cultivar Fuji em Superalta Densidade como base para a interpretação dos indicadores e, mutadis mutandis, essa mesma interpretação será válida para as demais opções de investimentos.

a) Valor Presente Líquido (VPL) - Ao optar pelo investimento no agronegócio da maçã, as expectativas são de que se recupere os investimentos efetuados (R$ 28.190,00); recupere-se também o que teria auferido, se esse capital tivesse sido aplicado no mercado financeiro a 12% ao ano e, ainda lhe sobre, em valores monetários de hoje, a importância de R$ 85.460,00 e mais a disponibilidade da terra para iniciar um outro ciclo de cultivo após 16 anos de imobilização. É importante destacar que esse é o retorno para 1 ha de terra e para um horizonte de 16 anos, isto é, a terra ficará imobilizada por 16 anos, e só depois desse tempo poder-se-á pensar em uso alternativo para a mesma. Neste estágio da análise, pode-se dizer, apenas, que entre realizar o empreendimento de explorar 1 hectare desse agronegócio ou usar esse dinheiro para aplicação no mercado financeiro a 12% ao ano (TMA), a decisão de empreender apresenta ganho maior. A informação do VPL, embora útil, não é suficiente para suportar uma decisão de investimentos por não permitir aquilatar a magnitude do retorno que se está obtendo.

b) Valor Presente Líquido Anualizado (VPLa) - Tem a mesma interpretação do VPL e representa o ganho do agronegócio distribuído em valores equivalentes anuais. O VPLa permite, para efeito de comparação com o mercado, distribuir esse ganho por ano. A vantagem do VPLa em relação ao VPL é que ele permite comparação mesmo para projetos com horizontes de planejamento distintos. Com a informação do VPLa já se pode afirmar que, dependendo dos cenários futuros, o ganho anual equivalente desse agronegócio está estimado em R$ 12.250,00/ha além daquilo que seria auferido pela aplicação desse capital de investimentos a 12% ao ano. A deficiência comum do VPL e do VPLa, para expressar o retorno do investimento, reside no fato de ambos o expressarem em valores monetários absolutos e não em valores relativos, como é usual no mercado.

c) Índice Benefício/Custo (IBC) - O IBC visa, em parte, corrigir a deficiência do VPL e do VPLa que é a de expressarem o retorno em valores absolutos. O IBC é um indicador

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projeto. Para a exploração de 1 hectare de maçã da cultivar Fuji com densidade de 3860 plantas a expectativa é obter R$ 4,03 (após 16 anos e em valores monetários de hoje) para cada R$ 1,00 imobilizado hoje. É importante observar que esse é um retorno além daquele que se teria, se esse R$ 1,00 tivesse sido aplicado à TMA (12% ao ano) por 16 anos. O IBC igual a R$ 4,03 também pode ser interpretado como uma rentabilidade adicional de 303% em 16 anos além daquela que o mercado financeiro pagaria. O IBC, assim como o VPL, não deve ser usado, isoladamente, para aquilatar a magnitude relativa do ganho por estar expresso em um horizonte de tempo não convencional (16 anos). Uma alternativa de usá-lo para análise reside em encontrar o seu equivalente anual (ROIAanual).

d) Retorno adicional decorrente do investimento (ROIAanual) - O ROIAanual, obtido a partir do IBC, representa as expectativas quanto à rentabilidade anual desse agronegócio. É um indicador de mais fácil interpretação porquanto está na mesma unidade de tempo da TMA, isto é, por ano. O ROIA, associado à exploração de 1 ha de maçã da cultivar gala em alta densidade de plantio, está estimado em 9,10% ao ano além do que se teria obtido se o capital tivesse sido aplicado no mercado financeiro a 12% ao ano. Aqui, fica evidente que a rentabilidade desse investimento é expressiva e pode-se pensar-se que esse patamar de rentabilidade funcione como estímulo para a expansão desse agronegócio.

e) Taxa interna de retorno (TIR) - A TIR é a taxa que anula o VPL (e, por conseguinte o VPLa também) de um fluxo de caixa. Embora muitos autores a usem como medida de retorno, na metodologia proposta por Souza e Clemente (2004) ela é usada como medida de risco. Na verdade a TIR define o limite para a variação da TMA. Enquanto a TMA (atualmente estimada em 12% ao ano) permanecer inferior a TIR (34,89% ao ano), as expectativas são de que haja mais ganho em se empreender do que deixar o dinheiro aplicado à TMA (Figura 2). Assim, a proximidade (ou distância) entre a TIR e a TMA pode representar o risco (ou segurança) do projeto. Aqui, o risco está sendo interpretado como a possibilidade de se ganhar mais, deixando o capital aplicado no mercado a 12% ao ano do que investi-lo na exploração de 1 hectare de cultivo de macieira. Esse risco é melhor visualizado pelo Índice TMA/TIR na escala de 0 a 1, na qual 1 representa o risco máximo. O Índice TMA/TIR de 0,34 sinaliza para um risco financeiro muito baixo para esse agronegócio. Considerando apenas este tipo de risco, é visível a segurança da decisão de empreender pois seria necessário que a TMA, atualmente em 12% ao ano, se alterasse para 34,89% ao ano para que o mercado financeiro propiciasse o mesmo retorno do agronegócio da maçã.

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Figura 2 – Relação VPL, TMA e TIR para empreender 1 ha de maçã da cultivar Fuji em superalta densidade de plantio.

(50) 0 50 100 150 200 250 300 350 0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 Taxa (%) VPL

Segurança para empreender

TMA TIR

f) Pay-back descontado - Representa o tempo necessário para a recuperação do investimento. Também pode ser interpretado como uma medida de risco. Quanto maior o período de tempo para recuperar o capital investido, maior o risco do projeto. Para o empreendimento em análise, a expectativa é de recuperação do investimento já no 4° ano. Para utilizar o Pay-back descontado como medida de risco recomenda-se o uso do Índice

Pay-back/N. Esse índice, medido numa escala de 0 a 1, tem a vantagem de permitir

comparabilidade entre projetos distintos. O valor de 0,31 encontrado para o agronegócio da maçã sinaliza para um risco baixo de não recuperação do capital investido. Em síntese, pode-se afirmar que o investimento inicial será recuperado já no 4º ano.

g) Risco de Gestão - O Risco de Gestão está associado às experiências de sucesso e ao conhecimento do processo de produção e de comercialização que o empreendedor tem sobre o assunto. Os produtores de maçã na região dos Fraiburgo em Santa Catarina são experientes com esse tipo de cultura. Alguns produtores já estão há mais de 30 anos desenvolvendo esta atividade. Além disso, eles contam com orientação de técnicos próprios e com o serviço público estadual de pesquisa e assistência ao produtor rural, em especial da EPAGRI de Santa Catarina. Segundo especialistas em fruticultura da EPAGRI, que foram consultados, o risco de má gestão nesse tipo de empreendimento pode ser considerado muito baixo (0,2). A justificativa para esses valores baixos se explica, em parte, pela experiência já acumulada tanto pelo learning by interacting quanto pelo

learning by doing na região com esse agronegócio.

h) Risco do Negócio – O clima é um fator de risco importante na cultura da macieira. A Região de Fraiburgo em Santa Catarina propicia um número mínimo de horas de frio (temperaturas abaixo de 7,2 C) por ano, o que é ideal para a cultura da maçã. O outro fator climatológico importante para a análise de risco é a possibilidade de chuvas de granizo. Historicamente, a Região de Fraiburgo tem enfrentado este problema. Porém o desenvolvimento de modernas técnicas de monitoramento de nuvens através de radar e o conseqüente bombardeio de nuvens problemáticas com agentes químicos tem contribuído para arrefecer este risco. O destino da maçã produzida nessa região é para consumo interno (85 a 90%) e também para exportação (10 a 15%) e os avanços, conseguidos no processo de armazenamento, permitem a sua comercialização em épocas de preços mais apropriados. Em uma primeira análise, preservados os atributos de preço e qualidade, toda

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a produção consegue ser comercializada. Além disto, são pequenas as chances de uma supersafra nacional que pressione os preços significativamente para baixo. Desta forma, o Risco de Negócio também é baixo. Assim, em consenso os técnicos e especialistas da região atribuem um valor de 0,35 para o risco do agronegócio maçã.

4.2. Síntese da análise dos indicadores

Como afirmado anteriormente e comparando-se com os resultados de outros estudos na região (KREUZ et all., 2003; KREUZ, 2003; SOUZA et alli, 2004), a análise dos indicadores de viabilidade do cultivo de 1 hectare de maça da cultivar Fuji em superalta densidade de plantio apresenta rentabilidade expressiva, ou seja, 9,10% ao ano acima dos 12% que seria auferido pela decisão de não empreender. O risco financeiro, isto é, a chance de se ganhar mais dinheiro no mercado financeiro do que na atividade de empreender, fica descartada pela distância entre a TIR e a TMA. O risco de não recuperação do capital investido também fica descartado pelo baixo valor (0,34) do Índice Pay-back/N. Devido às especificidades desse agronegócio, os riscos de gestão e de negócios também são considerados baixos. A Figura 3, a seguir, apresenta a rentabilidade (ROIA anual) para a exploração de 1 hectare d agronegócios da maçã na Região de Fraiburgo.

Figura 3 – ROIAanual do agronegócio da maçã na Região de Fraiburgo - SC

TM A TM A TM A TM A 9, 10% 8, 38% 7, 97% 7, 27% 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% 18% 20% 22% 24%

Fuji S. Alta Gala S. Alta Fuji Alta Gala Alta

Fonte: dados da pesquisa

A Figura, 4, a seguir, apresenta a percepção de risco para a cultivar Fuji com superalta densidade (3860 plantas/ha) de plantio. Todos os indicadores de risco estão apresentados em uma escala de 0 a 1 onde 1 representa o risco máximo.

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Figura 4 – Riscos percebidos para a exploração de 1 ha de maçã da cultivar Fuji em superalta densidade de plantio.

Fonte: Dados da pesquisa

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 Índice TMA/TIR Índice Pay-back / N Risco de Gestão Risco do Negócio 5. Conclusões

O risco financeiro do agronegócio maçã é baixo, isto é, a chance de se ganhar mais dinheiro no mercado financeiro do que na atividade de empreender fica descartada pela distância entre a TIR e a TMA.

O risco de não recuperação do capital investido também é muito baixo dado que o investimento inicial é recuperado já no quarto ano;

A experiência acumulada na região, por meio do learning by interacting e do learning by

doing, diminuem sensivelmente os riscos de gestão e de negócio.

Independente da densidade de plantio escolhida, a cultivar Fuji, mostra-se com rentabilidade levemente superior a da cultivar gala, não obstante possuir custos de produção maiores.

A rentabilidade do agronegócio da maçã é mais sensível a densidade de plantio (2.000 ou 3.860 plantas/ha) do que a variedade plantada (Fuji ou Gala). A intensificação tecnológica (ampliação da densidade) aumenta a rentabilidade do agronegócio, independente da cultivar em análise. Assim, é recomendável o uso de densidades maiores sempre que o capital não vir a ser o fator de produção mais limitante.

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