• Nenhum resultado encontrado

DISOFENOL EM NEMATODEOS GASTRINTESTINAIS E PULMONARES DE BOVINOS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "DISOFENOL EM NEMATODEOS GASTRINTESTINAIS E PULMONARES DE BOVINOS"

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

E PULMONARES DE BOVINOS

IVO BIANCHIN e ALBERTO GOMES 3

RESUMO - O efeito do uso do Disofenol aplicado de dois em dois meses foi estudado em 48 bezerros mestiços (Zebu x Holandês), desmamados, com seis a nove meses de idade, e portadores de infesta-çio natural por nematódeos gastrintestinais e pulmonares. Os animais foram divididos ao acaso, em quatro grupos de doze (A, B, C e D) e mantidos em quatro piquetes de aproximadamente 8.300 m 2. Nos grupos B e D, utilizou-se, como anti-helmíntico, Disofenol na dose de 10 mg/kg de peso vivo e os grupos A e C sem tratamento anti-helmíntico, sendo que nos grupos C e 1) foi introduzido um cavalo em cada grupo para outros estudos. Foram feitos exames coprológicos semanais e duas necropsias men-sais em cada grupo, de maio a outubro de 1977. O delineamento estatístico foi inteiramente casualiza-do. Verificou-se que o Disofenol reduziu significativamente (P CO 305) o número de adultos de Hae-nicndms piacei, &Áophago$tonlum radiatum e Lunostomum pMebotomi4m, atuou regularmente sobre

as larvas de quarto estágio final, e não teve ação sobre as larvas de quarto estágio inicial de H. placei. Não atuou tanto em adultos como em formas imaturas de Trichost.rongylus a,cei, Ostertagia ostertagi,

Osterragia Iyrata, Geit punctata, (boperia pectinata, Strongytoides pepillosus e Dictyocauhss vivig.

Termos para indexação: anti-helmúitico, nematódeos, bovinos, disofenol. DISOPI-(ENOL IN BOVINE GASTROINTESTINAL

AND LUNG NEMATODES

ABSTRACT - The effect of the use of Disophenol appiied every two months was studied in 48 woaned, crossbred (Zebu c Holstein) calves, six to nine-month old, naturally Infested by gastrointesti-nal and lung nematodes. The animais were subdivided at random into four groups of tweive (A, 8, C & O), and were maintained in four paddocks of approximately 8,300 m 2 . Groups B and D were treated with Disophenol at 10 mg/kg. live weight, groups A and C remained untreated, while a horse was added to groups C and O for the purpose of other studies. Weekly fecai examination and two monthiy necropsies were carried out for eacli group between May and October 1977. The statistical desígn utilized was complete randomization. Disophenol significantly reduced (P<0,05) the number of

Haerncndzus placei, &Áopilagostonzsni radiatuni, and lSenostoniutn phlebotomum adults, did not

have a marked effect on fourth final stage Iarvae and had no effect on fourth initial stage larvae of

Hàenionchus placei. It also had no effect on either adults or immature forms of Tridiostrongylus axei, Ostertagia ostertagi, Ostertagia lyrata, Cbopert punctata, aoria pectínata, Strongyioides Jxipillosus

and flctyocardus vMparus.

Index terms: anthelmintic, worms, caule, disophenol.

INTRODUÇÃO

O Disofenol (2,6 - diiodo - 4 nitrofenol) foi, inicialmente, utilizado no combate âs infestações por anciostomídeos em cães (Wood et ai. 1961). Posteriormente, foi também testado e utilizado frente aos nematódeos gastrintestinais de ovinos e bovinos. Rocha et ai. (1965) utilizaram o Diso-fenol em ovinos, por via iubcutnea, na dose de 7,5 mg/kg de peso vivo, e observaram boa eficácia contra Haemonchus contortus (Rudolphi 1803).

Aceito para publicação em 25 de julho de 1979. Trabalho apresentado no XVI Congresso Brasileiro de Medicina e Veterinária, na Bahia (1978).

2

Med. Vet., MSc., Centro Nacional de Pesquisa de Ga-do de Corte (CNPGC) - EMBRAPA, Caixa Postal 154, CEP 79. 100 -Campo Grande, MS.

Med. VeL, CNPGC-EMBRAPA,

Gonçalves & Gutierres (1966) usaram o Disofenol em bovinos por via subcutânea, na dose de 10 mg/kg de peso vivo, e observaram eficácia contra Haemonchus placei (Roberts, Turner & McKeveth, 1954), Bunostornum

phlebotomuin (Railliet 1900) e Oesophagostotnum radiatum (Rudolphi 1803), não apresentando eficiência em infestações por Ostertagia ostertagi (Stiles 1892), Trichostrongylus axei (Cobbold 1879) e Cooperia spp (Ransom 1907).

Rocha et ai. (1967) relataram observações so-bre o poder residual do Disofenol. Afirmaram que mais de 10.000 ovinos e de 500 bovinos de São Paulo, Rio Grande d0 Sul e Paraná, tratados com 7,5 mg/kg e 10 mg/kg de peso vivo, respectivamen-te, permaneceram com contagem de ovos por gra-ma de fezes (OPG) iguais ou próximos de zero, du-

(2)

rante cinco a oito meses. Verificaram, também, que lotes-testemunhas, mantidos nas mesmas con-dições, Mostraram altas contagens de OPG, duran-te o mesmo período, e muitos deles manifestaram sintomas clínicos de helmintose. Necropsias de animais de ambos os grupos revelaram que os tra-tados estavam livres de infestação gastrintestinal por Strongyloidea e Rhabdiasoidea, enquanto os testemunhas apresentavam-se intensamente parasi-tados.

Gonzales & Gonçalves (1973), trabalhando com ovinos, observaram que o Disofenol atuou contra H. contortus, durante um período aproxi-mado de 60 dias, porém, não contra Triclzostron-gylus spp., Strongyloides spp. (Grassi 1879),

Ostertagia spp. e Oesoplzagostomum spp.

Gordon (1973) relata que o Disofenol, em ovi-nos, na dose de 10 mg/kg, preveniu a infecção por H. contortus por um período de J05 a três meses. Em condições laboratoriais, com repetidas inocula-ções com larvas infectantes, a proteção foi ao re-dor de seis meses. Observações preliminares mos-traram que o tratamento com Disofenol permite o desenvolvimento do H. contortus nos animais por seis a dez dias.

Sinclair & Prichard (1975) fizeram uso da pro-priedade do Disofenol de não permitir o desenvol-vimento de populações adultas de H. contortus, para estudar a patogenia das formas hipobióticas deste nematódeo.

Brust et ai. (1976/1977), trabalhando com ovi-nos infectados artificialmente comfl. contortus, ad-ministraram, ap6s certos períodos, Disofenol na dose de 7,5 mg/kg, e concluíram que o anti-bel-míntico reduziu o número dos estágios evolutivos de quarto final (L), quinto inicial (L) e adultos. Kelly et ai. (1977), em uma retrospectiva sobre os anti-helmínticos utilizados em ovinos, relataram que o Disofenol por via subcutânea previne a fase adulta do H. contortus por dois meses, e que per-mite o seu desenvolvimento no hospedeiro em tor-no de oito a dez dias. Acrescentam, ainda, que a ação letal do Disofenol ocorre quando os helmin-tos começam a sugar sangue, e que este anti-bel-míntico não age sobre as formas hipobióticas de H. contortus.

O objetivo deste trabalho é o de fornecer maiores subsídios da ação do Disofenol sobre os Pesq. agropec. liras., Brasilia, 14(3):283-289,jul. 1979.

nematódeos de bovinos criados a campo.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi desenvolvido nas dependências da EMBRAPA.UEPAE/Itaguaí e Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Foram utilizados 48 bezerros machos, mestiços (Zebu x Holandês), procedentes do Estado do Rio de Janeiro, desma-mados, com seis a nove meses de idade, e portado-res de infestação natural por nematódeos gastrin-testinais e pulmonares. Os animais foram divididos ao acaso, em quatro grupos de doze (A, B, C e O), e mantidos em quatro piquetes de, aproximada-mente, 8.300 m 2 . Nos grupos B e O, utilizou-se, como anti-helmíntico, Disofenol, na dose de 10 mglkg de peso vivo, e os grupos A e C sem tra-tamento anti-helniíntico, sendo que nos grupos C e O foi introduzido um cavalo para outros estudos. Foram feitos exames coprológicos semanais, e duas necropsias mensais de cada grupo, no período de maio a outubro de 1977.

Para contagem de OPG, utilizou-se a técnica de Gordon & Whitlock (1939), e para obtenção das larvas infestantes (L 3 ), utilizou-se a técnica de Ro-bens & O'Sullivan (1950). Na identificação das L3 , recorreu-se à chave de Keith (1953).

Foram coletadas amostragens de 10% do con-teúdo do abomaso, do intestino delgado e do intes-tino grosso, que foram fixadas pela técnica de Rei-necke (1968). Ap6s retirado o conteúdo do intesti-no delgado, era feita a raspagem da superfície da mucosa do mesmo, com lâmina de vidro. Em segui-da, misturou-se ao conteúdo do intestino delgado o material obtido pela raspagem. A digestão da mucosa do abomaso foi realizada segundo Herlich (1956).

A determinação das formas imaturas foi basea-da nos trabalhos de Veglia (1915) e Douvres (1957). A identificação dos helmintos adultos foi baseada em vários trabalhos, com exceção do H. placei, que seguiu a identificação feita por Grisi & Pinientel Neto, citado por Pimentel Neto (1976), com material proveniente da mesma região estudada.

O delineamento estatístico foi o inteiramente casualizado, sendo, as diferenças, apontadas pelo teste F.

(3)

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Fig. 1, são apresentadas as médias mensais de OPG de ambos os grupos. Observa-se que, devi-do à grande capacidade de ovopostura das fêmeas de H. placei, o OPG do grupo não medicado com Disofenol foi bem superior ao medicado, que estava livre de infestação por adultos desta espécie.

2500 2000 1500 1000 500 400 300 200 100 M .1 J A $ O meses/ 77

FIG. 1. Média mensal de OPG dos grupos A t C (sem

Disofenol) e B + D (com Disofenol), per(odo

de maio a outubro/1977.

Na Tabela 1, pode-se observar o númerode helmintos por animal necropsiado sem o uso do Disofenol, e, na Tabela 2, os animais medicados com Disofenol, por espécie e estádio evolutivo. Na Tabela 3, são apresentadas as médias dos hel-mimos, de cada grupo, juntamente com a aniise estatística.

Verificou-se que o uso do Disofenol de dois em dois meses (Tabela 3) reduziu significativamente (P C 0,05) a fase de adulto jovem (L 5 ) e de adul-tos (A) de H. placei. Esta observação concorda com os achados de Rocha et ai. (1965), Conzales • Gonçalves (1973), Gordon (1973), Sinclair • Prichard (1975), Brust et aI. (1976177) e Kelly et ai. (1977), que trabalharam com ovinos, e de Gonçalves & Gutierres (1966), com bovinos.

A percentagem total entre L e L de H. placei, no grupo medicado com Disofenol, foi de 80% para L e 20% para L, enquanto no grupo sem medicação foi de 42% para L e 58% para L Pela análise destes dados, verifica-se que o Disofenol atua na fase de L de H. placei, o que foi também verificado por Brust etai. (197611977), que encon-traram percentagem de eficiência em torno de 65%. O número total das formas imaturas nos seus diversos estágios evolutivos de H. placei dos bezer-ros medicados (Tabelas 2 e 3) foi significativamen-te inferior (P CO 305) aos dos não tratados (Tabe-las 1 e 3). Esta redução significativa ocorreu não só como conseqüência da atuação do Disofenol sobre a fase L, senão também pelo uso de Disofenol no início e de dois em dois meses, durante o período experimental nos bezerros deste grupo, eliminando os adultos de H. placei, não havendo, portanto, contaminação da pastagem por este helminto, e, por conseguinte, não houve reinfestação dos ani-mais. Assim sendo, as formas imaturas existentes nos animais, à medida que vão se desenvolvendo, principalmente na fase de L 5, no ato de se alimen-tarem vão sendo mortas pela ação do Disofenol, diminuindo gradativamente a carga de formas ima-turas. Por outro lado, na época em que se desen-volveu o presente trabalho, ocorreu hipobiose de H. placei na região (Pimentel Neto 1976 e Bian-chin 1978), e o Disofenol não atuou sobre estas formas hipobióticas. Estas observações concordam com as de Sindair & Prichard (1975) e Keily et ai. (1977).

O Disofenol reduziu significativamente (P C 0,05) o número de O. radiatum (Tabelas 2 e 3) e B. phlebotomum, embora este último tenha ocorrido em pequena quantidade. Estas observa-ções concordam com as de Gonçalves & Gutierres (1966).

A infestação por D. viviparus ocorreu em ambos os grupos. A maior média observada no Grupo A e C não medicado com Disofenol (Tabela 3) foi conseqüência da alta infestação nos bezerros de n?s 226 e 1.095 (Tabela 1), que se apresentavam em péssimo estado nutricional.

O medicamento não atuou frente a T. axei, O. ostertagi, O. Iyrata, C. punctata, C. pectinata, e S. papiliosus, concordando, basicamente, este resultado, com os de Gonçalves & Gutierres Grupo 4+C

Grupo 8+0

(4)

3 c a 5 o 3a na < E- E

h <

a! + -t ri ao o o e 1'. 1 ,oer.N..rio,nlamri (0000? - o 0 oo 000022 -g0000 000gtJOfJ g geg°

e- WO) COC Øo,0 rir .-mmIomriwW e 8 E O 3 + -J a a ci + e, -J a a e -J 0 + 1 e x e 1- "e -J + -t -J + -j + -j 8 (o te -e -J + e, -J a o a .3 z a a 3 o o 3 e E O 3 -J o o 8 e (à c

1

O a' 8 O. (7 '(o -J o 008 0 88 ° 88 8888800000 me ri sgg8Rsss99r 8888888sas°sg

e-e-riflri?0ti e-r-eIOO,O(Oo,m rir- ri fl - 000,rir.r%0r-cor,nt e00000000000 (O coer-coriri (0(0000(0 e-e-mOe ocoumu,rinocO - 0.c',ri0'toe-O) —M me no e- co ei O r-Ifl moi -O) - no. -

ri ri0ri0nO?8? gR828r8g e o o e 00 eieIOQO)OIOoriO*o ommoitcoe-tge-M - e,,meI000N rim e - 0000r-rionNmm mmrioeo-e--oeo 1 mCiOOCieeWOtONco 000r-cor-oriocir-r-1 sl.-0000riNn-ee O 000eOeOO) 1 o o,orcOcioe ri.- NO(0 tC'irie-

i

(0(0000OrNN OC CCO

dddou,rZrcoee Qorioo)ç)err-ee- nntirimfloriri rio. flfl (N04 -riririt.ri

mm no o o e) ri ec .- -coo 1000100 ar- ri one.-rionorimo ti .-0.-ri-.- riOPflOri

o

(5)

1I

1- E +

p

; + a o o e.. o -J + -J + -J a a + -J o €5 x + -J e.. -J + -t -J + -J + -J 8 €5 1 -J + -e -J ~ -J €5 a c 2o z .8 o a o (ø0)O fleflOOO tOOfl.-00000000 OOOOOOOOOOO OOOOOOcjOOOOO o, •- oÇ20000000000 00000000000 o, 02000O0O00O 00 00Oo0O00 8 8888888 0 88 8p888988888 t NOr-øWO,0fl

NOOe.fl flOOP) ttiIO.Ifl N.100

00tW0)Nfle.flr-0)cO 000wnoN —o,0,coe- .flflfl0.ti00)I0 N fltiOtit

gflO.ecNgOfl fl8 Cine-coei.- l0O.00tiW€ colono NWtiflr..CO n.-nrielnn'ow ti-rir-e- OririO

ri ririri flriOnon-noti.. ine-,one-.-.-oo r-e.-0r-COrio0ti nr.rio,c,co.-cou,rio e- 0Oe.0OCO Ninrit'COri00)t fl0) -tintoti.-- ti ti ri t oe- 0-101•.- 000000000000 000000000000 NCON.1fl0riri0000 0triOON0'0e-0 riC,tifl0 NO Olfl0. O lo t tOCO - Ne-loOtoin e- e, Oh COCO WI00000NPWØ)0)O e' e' ri ti O ti ti ti ti ti ti 0) fl€titie. ti ti 04 ti ti 0) rir- -004- Ooe-000e

etiti0)tiOnOti0 e-.--efl riCNete.

-- ti0ti ti ti ticNe-- ti C4Cti

co ['1

-

(6)

'a

jiH

'o

co 'o N O ei o e)r) ei ei 2 E 2E < aO + a -J

o

± a -J o. o. et .2 -J nos. CONCLUSÕES

S. Pode ser usado para estudos de interações en-tre as espécies de nematódeos gastrintestinais.

cd AGRADECIMENTOS

Aos laboratoristas da UEPAE/Itaguaí e CNPGC- -EMBRAPA, pela ajuda nos trabalhos de laborató- rio.

qcfl Ao Dr. Geraldo Ramos de Figueiredo pela cola-

c

boração na análise estatística. Ao Dr. Hermano 2 José Honório de Meio pelo auxílio na elaboração á deste trabalho. Aos Drs. Michael Robin Honer e Manoel Pimentei Neto, pela orientação e awçílio.

cd REFERÊNCIAS

E o

8

BLANCIIIN, I. Interação entre Haenvnchusplacei, Trichos tr lus oxe4 ()stertagia

M ostcrtagi e atertagia lyrata

o (Tostrongyloidae) em bezerros, no EstaCo do Rio . de Janeiro. Universidade Federal Rural do Rio de Ja- 2 neiro, 1978. 94 p. Tese de Mestrado.

a

. BRUST, M.G. ; Gonçalves, P.C. & GONZALES, J.C. Efeito

E

a

do 2,6, diiodo 4 nitrofenol ecu hemoncose ovina de amman artificialmente infestados. Arq. Fac. Vet. 50 o Univ. Fed. Rio G. Sul, Porto Alegre, 4(5)42-51, 19761

• -e. 1977. .2 < g- + eito -J

o

C + O ei o a -J - o x e,. -i + co co -t CN -J 00 + e, -J C NO N 03 * -1 0 8 co 1 + N N -t N - e' -J

a

O a 00 ++ Cm

(1966) em bovinos e Gonzales & Gonçalves (1973) em ovinos, discordando dos resultados de Rocha et ai. (1967).

O número de T. axei, do grupo tratado, foi sig-nificativamente superior (P C 0,05) ao grupo não tratado; isto ocorreu como resultado do fenômeno da interação entre as espécies de H. placei e T. axei, na qual a eliminação de uma espécie contri-bui para o maior estabelecimento da outra. Esta possibilidade, em nosso país, foi sugerida por Gon-çalves & Gutierres (1966), em ovinos, e verificada por Bianchin (1978), em bovi

Considerando os resultados do presente traba-lho sobre o uso do Disofenol em bovinos na dose de 10 mg/kg de dois em dois meses, pode-se con-cluir que este medicamento:

1. Reduz otimamente a fase de adulto jovem (L 5 ) e adultos de H. placei;

2. Tem ação regular sobre L. final, e não atua em L4 inicial de H.ptacei;

3. Possui boa atuação sobre os adultos de O.

radiatum e B. phlebotomum;

4. Não atua sobre Ostertagia spp., T. axei, Cooperia spp., S. papiliosus e D. viviparus;

(7)

DOUVRES, F.W. ICeys to the identification and differ-entiation of gastrintestinal nematodes of cattle. Ara. I. Vet. Res., 18(16)824, 1957.

GONÇALVES, P.C. & GUTIERRES, V.C. Ensaio de 2,6 - diodo -4 - nitrofenol pua tratamento de nematodiasis de bovinos naturalmente infestados. Ia: CONFERËN-CIA ANUAL DA SOCIEDADE PAULISTA MÉDICO VETERINÁRIO., 21., São Paulo, 1966.

GONZALES, J.C. & GONÇALVES, P.C. Proteção anti--helmíntica do 2,6-diiodo-4 -nitrofenol, na hemoncose ata. Pesq. agropec. bras. Ser. Vet. 8:214, 1973. GORDON, H.M. Epidemiology and control of

gastrintes-tinal nematodeos of ruminants. Adv. Vet. Sci., 17:395--437, 1973.

& WHITLOCIC, H.V. A new technique for counting nematode eggs iii sheep faeces. J. Counc. Sei. Ind. Res.Aust., 12(1)0-2, 1939.

HERLICH, H. A digestion method for post-mortem recov-ery of nematodes from ruminants. Proc. Heim. Soc. Wash., 23:102-3, 1956.

•KEITH, R.K. The differentiation of the injective larvae of some common nematode parasites of cattle. Austral. J. ZooL, 1:223-35, 1953.

KELLY, JD.; GORDON, H.M. & WHITLOCIC, H.V. Anthelmintics for sheep; historical perspectives, classification usage, problem areas and future prospects. N.S. Wales Vet. Proc., 12:18-31, 1977.

PIMENTEL NETO, M. Epizootiologia da haemoncose, em bezerros do gado de leite no Estado do Rio de laneiro.

Pesq. agropec. bras. Sér. Vet., 11(9):10l-14, 1976. REINECKE, R.X. An anthelmintic test for lavai stazes of

sheep nematodes. anderstepoort J. Vet. Res., 35:287- -97, 1968.

ROBERTS, F.H.S. & O'SULLIVAN, P.J. Methods for egg counts and larval cultures for strongyles infecting the gastro-intestinal tract ar caule. Aust. J. Agric. Res., 1(1)99-102, 1950.

ROCHA, V.F.; CAMPOS, M.S.; PRUCULI, 1.0.; SERRA, R.G.; ROCHA, C.A. & FONSECA, N. Disofenol novo anti-helmíntico injetável contra a hernoncose ovina. O Biológico, São Paulo, 31(9):195-7, 1965.

- SERRA, ILG.; CAMPOS, M.S.; PRUCUU, J.O.; ROCHA, C.A; COSTA, J.W. & RIBEIRO, R. O poder residual do 2,6 - dijodo - paranitrofenol; (disojen) no tratamento de nematodiasis de ovinos e bovinos. B. Indúst. afim. São Paulo, 24:105-10,

1967.

SINCLAIR, K.B. & PRICHARD, R.K. The use of diso-phenol la studies of thejathogenicity of the arrested fourth-stage larval of iiietnonchus contostss ia the sheep. Res. Vet. SeL, 19(2)232-4, 1975.

VEGLIA, F. The anatomy and Iife history of the Haennnchus ccmtortus (Rud.) 3rd-4th. Rep. Dir. Vet. Res. Un. S. Afr., 314347-500, 1915.

WOOD, J.B.; PANKAVICH, l.A.; WALLACE, W.S.; THORSON, R.E.; BURICHART, R.L. & WALETZKY, E. Disophenol aia injectable anthelmintic for canine Hookworms. J. Amer. Vet. Med. Ass., 139(10):1101-5, 1961.

Referências

Documentos relacionados

After the eval- uation of the influence of each modification of the surfaces on the internal air temperatures and energy consumption of the compressor a final test was done with

Diet variety seems to decrease with age in childhood; these findings enhance the need of implementing effective strategies to increase the con- sumption of a variety of healthy

MELO NETO e FROES (1999, p.81) transcreveram a opinião de um empresário sobre responsabilidade social: “Há algumas décadas, na Europa, expandiu-se seu uso para fins.. sociais,

Crisóstomo (2001) apresenta elementos que devem ser considerados em relação a esta decisão. Ao adquirir soluções externas, usualmente, a equipe da empresa ainda tem um árduo

Pretendo, a partir de agora, me focar detalhadamente nas Investigações Filosóficas e realizar uma leitura pormenorizada das §§65-88, com o fim de apresentar e

Por outro lado, os dados também apontaram relação entre o fato das professoras A e B acreditarem que seus respectivos alunos não vão terminar bem em produção de textos,

(2008), o cuidado está intimamente ligado ao conforto e este não está apenas ligado ao ambiente externo, mas também ao interior das pessoas envolvidas, seus