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Variáveis psicossociais e comportamento alimentar em pacientes 1 ano ou mais após a cirurgia bariátrica: comparação de género

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Academic year: 2020

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junho de 2016

Bárbara Vanessa da Silva Ferreira

Variáveis Psicossociais e Comportamento

Alimentar em Pacientes 1 Ano ou Mais Após

a Cirurgia Bariátrica: Comparação de Género

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junho de 2016

Bárbara Vanessa da Silva Ferreira

Variáveis Psicossociais e Comportamento

Alimentar em Pacientes 1 Ano ou Mais Após

a Cirurgia Bariátrica: Comparação de Género

Dissertação de Mestrado

Mestrado Integrado em Psicologia

Trabalho realizado sob a orientação da

Doutora Eva Conceição

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Anexo 3

DECLARAÇÃO

Nome: Bárbara Vanessa da Silva Ferreira Endereço eletrónico: bvsf22@outlook.com Número do Bilhete de Identidade: 14287565

Título Dissertação de Mestrado: Variáveis Psicossociais e Comportamento Alimentar em Pacientes 1 Ano ou Mais Após a Cirurgia Bariátrica: Comparação de Género Orientadora: Doutora Eva Conceição

Ano de conclusão: 2016

Designação do Mestrado: Mestrado Integrado em Psicologia

É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO INTEGRAL DESTA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO APENAS PARA EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE COMPROMETE;

Universidade do Minho, _____/_____/____________

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Índice Agradecimentos ... iii Resumo ...iv Abstract ... v Introdução ... 6 Objetivos ... 10 Metodologia ... 10 Amostra/participantes ... 10 Instrumentos/medidas ... 11 Procedimento ... 11

Estratégias de análise de dados ... 12

Resultados ... 12 Tabela 1 ... 12 Tabela 2 ... 13 Tabela 3. ... 14 Tabela 4. ... 15 Discussão ... 16 Referências ... 21

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Agradecimentos

Em primeiro lugar, um muito obrigado à Doutora Eva Conceição pela

disponibilidade e enorme interesse, pela motivação e compreensão nos momentos mais delicados e complicados e pela aprendizagem e conhecimento que me foi transmitindo ao longo de todo o processo de elaboração deste estudo.

À Dra. Ana Pinto Bastos pelos conhecimentos transmitidos e pela formação que se disponibilizou a realizar.

Um enorme agradecimento aos meus pais e ao meu irmão, por acreditarem em mim e pela atitude otimista que sempre manifestaram. Pelas palavras amigas e

confortantes que me deram muita força para nunca desistir, pois sem eles nada disto seria possível nem faria sentido.

À minha melhor amiga, companheira e irmã de coração, por toda a paciência, ajuda, compreensão, amizade e carinho que demonstrou. Pelas muitas vezes que me tranquilizou, incentivando-me na concretização deste projeto.

Aos meus amigos e colegas por me terem ouvido nas horas felizes e menos felizes e por terem sido sempre um pilar.

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Variáveis psicossociais e comportamento alimentar em pacientes 1 ano ou mais após a cirurgia bariátrica: comparação de género

Resumo

Homens e mulheres podem ter diferentes hábitos alimentares, diferentes ajustamentos sociais e, sobretudo, reações diferentes para a cirurgia bariátrica. Este estudo pretende determinar se estas diferenças de género, nomeadamente padrões alimentares (desajustados) e níveis de ansiedade e depressão, que parecem existir antes da realização da cirurgia, persistem após pelo menos um ano da realização da mesma.

Estudo transversal desenvolvido através de três bases de dados já existentes com os dados já inseridos, que visa a comparação de género ao nível das variáveis

psicossociais e comportamento alimentar após um ano ou mais da cirurgia. A amostra foi recolhida no Hospital São João do Porto e no Hospital Ordem do Carmo, os participantes têm idades compreendidas entre os 21 e os 71 anos, sendo que 38 são do sexo masculino e 294 do sexo feminino, o que dá uma amostra total de 332

participantes. Os instrumentos utilizados foram, uma Entrevista de avaliação pós-cirúrgica, Eating Disorder Examination - Questionnaire (EDE-Q), as 4 subescalas, Outcome Questionnaire (OQ-45.2) e Beck Depression Inventory (BDI).

Não foram encontradas diferenças de género ao nível de variáveis psicossociais e comportamento alimentar desadaptativo, contudo, as mulheres parecem apresentar mais ingestão exagerada objetiva em comparação aos homens, cerca de 10.8 % mulheres e 8% de homens relatam este tipo de comportamento. E os homens

apresentam maior peso no momento da cirurgia, maior peso no momento da avaliação e um peso mais elevado desde a cirurgia.

Este estudo é um contributo para o estudo da comparação de género ao nível dos comportamentos psicossociais adotados após a cirurgia bariátrica.

Palavras-chave: Comparação; género; cirurgia-bariátrica; petisco contínuo;

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Psychosocial variables and eating behavior in patients 1 year or more after bariatric surgery : gender comparison

Abstract

Men and women may have different dietary habits, different social adjustments and different reactions for bariatric surgery. This study aims to determine whether these gender differences, particularly food standards (unadjusted) and levels of anxiety and depression, which seem to exist before the surgery, persist after at least one year of making the same.

Cross-sectional study developed through three databases with existing data already entered, aimed at gender comparison in terms of psychosocial variables and feeding behavior after a year or more surgery. The sample was collected at the Hospital Saint John Port and the Carmelite Order Hospital, participants are aged between 21 and 71 years, and 38 are male and 294 female, giving a total sample of 332 participants. The instruments used were an Interview post-surgical evaluation, Eating Disorder

Examination - Questionnaire (EDE-Q), the 4 subscales Outcome Questionnaire (OQ-45.2) and Beck Depression Inventory (BDI).

Gender differences weren’t found in terms of psychosocial variables and

maladaptive eating behavior, however, women appear to be more objective exaggerated intake than men, about 10.8% women and 8% of men report this behavior. And men have higher weight at surgery, greater weight at the time of evaluation and a higher weight since the surgery.

This study is a contribution to the study of gender comparison to the level of psychosocial behaviors adopted after bariatric surgery

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Introdução

A obesidade pode ser considerada a mais importante desordem nutricional nos países desenvolvidos, tendo em vista o aumento da sua incidência, acredita-se que atinja 10% da população desses países (Dyer, 1994). O aumento da sua incidência está

distribuída em quase todas as raças e sexos, e atinge principalmente a população de 25 a 44 anos (Blumenkrantz, 1997).

A cirurgia bariátrica é atualmente considerada a opção de tratamento mais eficaz e efetiva para a obesidade mórbida, levando a resultados como melhoria na perda de peso relacionada com co morbidades, quando comparada com intervenções não

cirúrgicas, independentemente do tipo de procedimento cirúrgico utilizado (Picot et al., 2009; Colquitt et al., 2014). Aumenta também significativamente o funcionamento psicológico, incluindo a imagem corporal (Teufel et al., 2012; Masheb et al., 2006; & Sarwer et al., 2010), e diminui a sintomatologia depressiva (De Zwaan et al., 2011).

Um estudo revela que as questões de saúde dominam a motivação na procura da cirurgia bariátrica, sendo que o peso não parece ser o fator motivador primário à

realização da mesma, ainda que existam diferenças de género. As mulheres tendem a procurar mais este tipo de cirurgia devido a preocupações relativamente à aparência, enquanto os homens são mais propensos a serem motivados por questões de saúde (Libeton, Dixon, Laurie, & O’Brien, 2004).

A cirurgia bariátrica é um passo importante e é necessário informar os pacientes sobre os riscos e benefícios relativos e, idealmente, selecionar pacientes com uma alta probabilidade de benefício significativo. Uma série de resultados, tais como a perda de peso inadequada, intolerância à cirurgia, ou complicações maiores, podem ser vistos como um fracasso. A resistência à insulina e doenças associadas à resistência à insulina são preditores de resultados negativos, enquanto o consumo de álcool é um preditor positivo da perda de peso (Libeton, Dixon, Laurie, & O’Brien, 2004).

Existe uma grande variabilidade de resultados após este tipo de cirurgia, apesar de haver uma diminuição do peso, algumas pessoas não conseguem perder o peso que desejariam (Magro et al., 2008), sendo que 5 a 39% dos pacientes voltam a reaumentar o peso (Sheppard et al., 2013). Acrescentando o fato do sexo masculino, devido à tendencial em acumular gordura no compartimento abdominal que aumenta a dificuldade técnica do procedimento, ter maior probabilidade de morbidade e

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mortalidade após a cirurgia, quando comparado ao sexo feminino (Tymitz, Kerlakian, Engel, & Bollmer, 2007).

Diversas pesquisas têm mostrado que os comportamentos alimentares podem exercer um impacto significativo nos resultados relacionados com o peso.

Tradicionalmente, as perturbações alimentares e o comportamento alimentar perturbado como a perda de controlo na alimentação (LOC) e ingestão alimentar compulsiva (BED) têm sido o foco da atenção no estudo dos preditores comportamentais do sucesso na perda de peso após a cirurgia bariátrica (White, Kalarchian, Masheb, Marcus, & Grilo, 2010; Wood, & Ogden, 2012; Niego, Kofman, Waiss, & Geliebter, 2007). A

investigação tem relatado uma elevada prevalência de padrões alimentares

desadaptativos tais como a ingestão alimentar compulsiva e o petisco contínuo que têm sido ligados a um aumento de calorias, resultados mais pobres e insucesso do

tratamento (Saunders, Johnson, & Teschener, 1998).

O comportamento de petisco contínuo é um dos problemas alimentares que tem sido associado com a menor perda de peso e, eventualmente, reaumento de peso após a cirurgia bariátrica. Alguns autores consideraram-no um comportamento de alto risco que pode comprometer a manutenção de peso após a cirurgia bariátrica. A ingestão alimentar compulsiva e o petisco contínuo são então exemplos frequentes de comportamentos alimentares desadaptativos, que surgem depois da realização da cirurgia bariátrica e que podem levar ao reaumento de peso (Conceição et al., 2014).

Colles e os seus colaboradores (2008) ofereceram uma definição para petisco

contínuo (grazing), descrevendo o petisco contínuo como “o consumo de pequenas

quantidades de comida, continuadamente, ao longo de um período prolongado de tempo, comendo mais do que os pacientes consideram ser melhor para

eles”(p.615-622). Para a definição de petisco continuo, o critério aprovado mais consistente foi “repetitivo”, seguido de “pequena/moderada quantidade de comida” e “não planeada” (Conceição et al., 2014). Distingue-se ainda dois subtipos de grazing, o compulsivo e o não compulsivo. No grazing compulsivo o sujeito come pequenas quantidades de comida como forma de responder a desejos, ou seja não consegue resistir; enquanto no subtipo não compulsivo, o sujeito come de forma distraída o que está disponível e no “calor do momento” (Conceição et al., 2014).

Dados de estudos também revelam que as medidas comportamentais e os níveis de impulsividade parecem desempenhar um papel no reaumento de peso. Apesar da perda de peso bem-sucedida após este tipo de cirurgia o reaumento foi observado e,

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surpreendentemente, a presença de petisco contínuo estava associada com o aumento de peso. Este reaumento de peso foi associado a aumento de distress psicológico,

alimentação desadaptativa e impulsividade relacionada com foco na tarefa, pensamentos intrusivos (Colles et al., 2008; Kofman, Lent, & Swencionis, 2010). Dada a relação entre a obesidade, a depressão e a redução do funcionamento sexual, é provável que um aumento no peso esteja associado a um maior número de preocupações acerca da imagem corporal e sintomas depressivos, e uma diminuição do desejo e do funcionamento sexual no período pós cirurgia bariátrica (Ramalho et al., 2014).

Relativamente à comparação de género, no que diz respeito aos comportamentos alimentares e variáveis psicossociais de população não cirúrgica, alguns estudos

realizados demonstram que as mulheres relataram, significativamente mais que os homens, que muitas vezes sentem que não podem controlar o que comem nem a quantidade do que comem, porém os homens relatam mais que cometem excessos, quando comparados ao sexo feminino. Embora as diferenças sejam estatisticamente significativas, são fracas (Moore et al., 2009). Cerca de uma em cada cinco mulheres e quase um em cada dez homens reconheceu que verificava o tamanho do corpo "muito frequentemente" durante os últimos 3 meses (Moore et al., 2009).

Alguns autores também afirmaram que a verificação de corpo é culturalmente normativo para as mulheres, mas outros dados mostram que, embora presente entre uma minoria considerável de mulheres, o comportamento não é "estatisticamente normal." Alguns estudos mostram que de fato há diferenças estatisticamente significativas de género no que diz respeito à maioria dos sintomas comportamentais de distúrbios alimentares, no entanto são pequenas. Por exemplo, quase 4% das mulheres relataram vomitar "muitas vezes" durante os últimos três meses, a fim de compensar excessos (Moore et al., 2009). Cada vez mais o vómito tornou-se reconhecido como um

comportamento clinicamente significativa no seu próprio direito, independentemente do facto de ele ocorrer no contexto de “binge eating” (compulsão alimentar) (Austin et al., 2008). Anderson, & Bulik (2004) também verificaram que o uso de comportamentos compensatórios (para emagrecer) estavam presentes em ambos os sexos, no entanto existe maior preocupação com o peso e forma corporal no sexo feminino.

Relativamente à população cirúrgica, estudos revelam que o sexo masculino apresenta um IMC significativamente maior que o sexo feminino, sendo que as mulheres tentam muito mais as dietas e são mais propensas a historial de depressão quando comparadas aos homens. No instrumento BDI-2, que avalia a gravidade da

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depressão, as pontuações das mulheres foram significativamente maiores que a dos homens. Apresentando também o sexo feminino mais tendência para relatar ansiedade (Mahony, 2007).

A literatura indica a presença de sintomas depressivos entre as pessoas com obesidade mórbida em geral, no entanto, segundo um estudo realizado, as mulheres apresentaram diversidade significativamente maior de sintomas. Este dado parece ser muito importante e refletir sobre as razões que levam as mulheres a sentir os sintomas depressivos. O mesmo estudo também mostrou que as mulheres queriam ter um peso significativamente inferior aos dos homens. Tal resultado pode estar relacionado com a exigência de ter um corpo que respeite os padrões de beleza e estética que são

transmitidas pela sociedade (Almeida, Zanatta, & Rezende, 2012).

As mulheres, no geral, apresentam mais insatisfação com o seu corpo, o que provavelmente está associado ao fato da maior parte dos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica serem do sexo feminino, correspondendo a cerca de 80% (dados de 2004) (Almeida, Zanatta, & Rezende, 2012). Aproximadamente 74% dos pacientes que pretendiam realizar a cirurgia bariátrica neste Centro, eram mulheres (Dado obtido na secretaria do Centro da Obesidade Mórbida da PUCRS, que corresponde a todas as cirurgias realizadas até junho de 2003). Contudo, a quantidade de mulheres

consideradas “obesas mórbidas” é somente um pouco superior ao número de homens. Conforme a Organização Mundial da Saúde, as mulheres com obesidade mórbida atingem 7% da população mundial, enquanto os homens atingem 5%. Isto pode sugerir que, apesar da percentagem de obesidade ser semelhante nos homens e mulheres, na população bariátrica observamos maior percentagem de mulheres, devido a uma maior procura por parte das mesmas em relação aos homens.

Livingston e seus colaboradores (2002) evidenciam que muitos homens são aconselhados a perder peso antes da cirurgia de bypass gástrico para minimizar o risco de resultados adversos. Havendo outro estudo que analisou 5.178 operações bariátricas e revelou que os homens eram mais propensos a sofrerem complicações ( Mason, & Renquist, 1992).

Homens e mulheres podem ter diferentes hábitos alimentares, diferentes ajustamentos sociais e, sobretudo, reações diferentes para a cirurgia. Estas diferenças devem ser tidas em conta durante a avaliação psicológica pré cirúrgica, de modo a perceber se estas diferenças persistem após a realização da cirurgia (Mahony, 2007). Pesquisas futuras poderiam ser necessárias para determinar se estas diferenças de

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género, nomeadamente padrões alimentares (desajustados) e níveis de ansiedade e depressão, que existem antes da realização da cirurgia, persistem após a realização da mesma.

Objetivos

Este estudo pretende comparar os resultados obtidos após 1 ano ou mais da realização da cirurgia bariátrica e tentar perceber se há diferenças de género ao nível dos comportamentos alimentares adotados e variáveis psicossociais. Neste estudo procura-se compreender quais os fatores associados à perda e ganho de peso após a cirurgia bariátrica, nomeadamente comportamentos como petisco contínuo, stresse e depressão e comprar possíveis diferenças entre homens e mulheres.

O objetivo específico deste estudo é verificar se há diferenças nos

comportamentos psicossociais e alimentares adotados pelos dois sexos, após pelo menos um ano da realização da cirurgia bariátrica, e diferenças no modo como estes

comportamentos influenciam o peso do sujeito.

Metodologia

Amostra/participantes

Este presente estudo foi desenvolvido através de um outro estudo anterior, trata-se também de um estudo transversal que visa recolher informações de todos os

participantes que realizaram a cirurgia bariátrica há pelo menos um ano. A amostra foi recolhida no Hospital São João do Porto e no Hospital Ordem do Carmo, sendo que os dados dos participantes são 2010, 2011, 2012 e 2013, não tendo sido recolhida a informação de todos os participantes no mesmo ano. Os participantes têm idades compreendidas entre os 21 e os 71 anos, com uma média de 46 anos, sendo que 38 são do sexo masculino e 294 do sexo feminino, o que dá uma amostra total de 332

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Instrumentos/medidas

Entrevista de avaliação pós-cirúrgica, teve o intuito de avaliar variáveis

sociodemográficas (com quem e onde vive, idade, estado civil), tratamentos anteriores e medicação atual, história do peso (peso mais baixo e mais alto desde a cirurgia,

alterações e manutenção de peso), adesão terapêutica (se cumpre ou não o plano da nutricionista), hábitos alimentares (se revela comportamento de petisco, por exemplo) e

atitudes em relação ao peso e alimentação.

Eating Disorder Examination - Questionnaire (EDE-Q). Desenvolvido por Fairburn e Beglin (1994) e adaptado para a população portuguesa por Machado (2007). Composto por 4 subescalas (restrição alimentar, preocupação com peso, preocupação com a forma e preocupação com a comida) e 28 itens, que dizem respeito aos últimos 28 dias. Avalia sintomas de perturbações alimentares e características psicológicas associadas. Para esta investigação foram utilizadas as 4 subescalas.

Outcome Questionnaire (OQ-45.2), de Lambert, Burlingame, Umphress, et al (1996). Composto por 2 subescalas e 45 itens, tem como objetivo avaliar o distress psicológico geral correspondente à última semana, incluindo o dia do preenchimento do questionário.

Beck Depression Inventory (BDI) de Beck, Steer, & Garbin (1988), composto por 21 itens que avaliam a gravidade da depressão.

Procedimento

Foram analisadas as bases de dados que continham as informações dos sujeitos, sendo que uma continha informações de diagnóstico, outra de questionários e outra de dados sociodemográficos. De seguida, foi feita uma seleção e organização dos

participantes, de modo a selecionar apenas os participantes relevantes ao estudo, assim como as variáveis importantes para análise de dados. Foram selecionados os

participantes que tinham realizado a cirurgia bariátrica há pelo menos um ano, sendo este o único critério de inclusão. O único critério de exclusão foi então ter realizado a cirurgia há menos de um ano.

Tendo criada a base de dados com toda a informação pertinente ao estudo, procedeu-se então à análise de dados. Foram recodificadas algumas variáveis, inicialmente intervales, para variáveis dicotómicas (sim ou não, apresenta ou não apresenta), sendo que para as variáveis item diagnóstico ingestão exagerada objetiva, item diagnóstico ingestão exagerada subjetiva, item diagnóstico petisco contínuo e

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presença de perda de controlo, “sim” corresponde a uma vez ou mais por semana e nas variáveis episódios bulímicos subjetivos e episódios bulímicos objetivos, “apresenta” corresponde a duas ou mais vezes no último mês.

Estratégias de análise de dados

O tratamento e análise estatística dos dados foram executados através do programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 20. Foi utilizado o nível de significância de 5% (p=0,05). O IMC foi calculado através da seguinte fórmula: (peso/(altura*altura)). Foram realizadas análises de estatística descritiva, nomeadamente frequências, e análises de estatística inferencial, nomeadamente Teste de Qui-Quadrado, Teste T para amostras independentes e análise de variância (ANOVA) Unifatorial.

Resultados

A tabela 1 demonstra-nos a média de peso dos sujeitos em vários momentos, assim como as diferenças de peso que há nos homens e nas mulheres.

Tabela 1. Diferenças entre género ao nível do peso. Sexo masculino (n = 38) Média (DP) Sexo feminino (n= 293) Média (DP) t (329) Peso no momento da cirurgia Peso mais baixo desde a cirurgia Peso no momento da avaliação Peso mais elevado 137.46 (21.87) 92.54 (17.06) 96.36 (16.69) 114.89 (14.64) 77.59 (13.15) 82.37 (15.19) 302.00(358.29) 8.38* 6.38* 5.28*

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com altura atual 278.76 (317.01) - .38 *p < .05

Dos participantes deste estudo, 88,6 % são do sexo feminino e 11,4 do sexo masculino. Relativamente ao Índice de Massa Corporal (IMC) variou entre 25.31 e 44.73 (M = 35.8).

No momento da avaliação o peso dos participantes variou entre os 52 e os 147 Kg (M = 84Kg).

Foram encontradas diferenças significativas de género, p = .00, tendo o sexo masculino apresentado maior peso no momento da cirurgia; maior peso no momento da avaliação e um peso mais elevado desde a cirurgia, em comparação ao sexo feminino. Contudo, ao nível do peso mais elevado com a altura atual, não foram encontradas diferenças significativas de género, p = .70.

A tabela 2 demonstra-nos a percentagem de homens e mulheres que apresentam alguns comportamentos alimentares desajustados.

Tabela 2. Diferenças de género ao nível do comportamento alimentar (após 1 ano ou mais da cirurgia).

Homens Mulheres

Item diagnóstico ingestão exagerada objetiva

(N = 238)

Item diagnóstico ingestão exagerada subjetiva

(N = 238)

Item diagnóstico petisco contínuo

(N = 266) Sim = 2 (8%) Sim = 7 (29.2 %) Sim = 14 (56 %) Sim = 23 (10.8 %) Sim = 44 (20.6 %) Sim = 132 (54.8 %)

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Presença de perda de controlo

(N = 321)

Episódios bulímicos subjetivos

(N = 332)

Episódios bulímicos objetivos

(N = 327) Sim = 4 (11.1 %) apresenta = 4 (10.5 %) apresenta = 1 (2.6 %) Sim = 30 (10.5 %) apresenta = 30 (10.2 %) apresenta = 5 (1.7 %)

Nota. Sim = uma vez ou mais por semana; Apresenta = duas ou mais vezes no último

mês.

Relativamente aos comportamentos alimentares desadaptativos, não foram encontradas associações significativas entre o sexo e ingestão exagerada subjetiva, qui-quadrado de 5 = 4.98, p = .42; petisco contínuo, qui-qui-quadrado de 5 = 1.58, p = .903; perda de controlo, quadrado de 1 = .01, p = .91; episódios bulímicos subjetivos, qui-quadrado de 12 = 5.20, p = .95 e episódios bulímicos objetivos, qui-qui-quadrado de 8 = 9.70, p = .29. No entanto, há uma associação significativa entre o sexo e o

comportamento alimentar ingestão exagerada objetiva, qui-quadrado de 5 = 11.70, p = .039. Dos 25 homens que responderam, 8 % apresenta ingestão exagerada objetiva e das 213 mulheres que responderam, 10.8 % apresenta, sendo o sexo feminino a revelar mais este tipo de comportamento.

A tabela 3 demonstra-nos a média de homens e mulheres que apresentam restrição alimentar, preocupação com forma, preocupação com o peso e preocupação com a comida.

Tabela 3. Comparação dos resultados das várias subescalas do Eating Disorder Examination – Questionnaire (EDE-Q) ao nível do género.

Sexo feminino (n = 202) Média (DP) Sexo masculino (n = 25) Média (DP) F (1)

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Subescala restrição alimentar Subescala preocupação com a forma Subescala preocupação com a comida Subescala preocupação com o peso 1.35 (1.35) 2.52 (1.66) .73 ( .98) 2.36 (1.66) .98 ( .97) 1.96 (1.31) .36 ( .56) 2.28 (1.25) 1.85 2.65 3.50 .05

Não foram encontradas diferenças significativas em função do género, ao nível da subescala restrição alimentar, p = .18; ao nível da subescala preocupação com a forma, p = .11; ao nível da subescala preocupação com a comida, p = .06 e ao nível da subescala preocupação com o peso, p = .82. Apesar de na subescala preocupação com a comida se verificar uma pequena diferença, tendo o sexo feminino uma pontuação mais elevada que o sexo masculino, ainda que esta diferença não seja estatisticamente

significativa.

Das quatro subescalas, as mulheres revelam mais preocupação com a forma, enquanto os homens reportam mais preocupação com o peso.

Também não foram encontradas diferenças de género estatisticamente

significativas ao nível do score total das quatro subescalas (EDE-Q), t (201) = - 1.34, p = .18. No entanto, o sexo feminino apresenta uma média ligeiramente superior à do sexo masculino, sendo a média das mulheres de 1.71, com um desvio padrão de 1.16 e a média dos homens de 1.39 com um desvio padrão de .82.

A tabela 4 demonstra-nos a média dos resultados pontuados pelo sexo masculino e feminino relativamente a sintomatologia depressiva e stress.

Tabela 4. Diferenças de género ao nível do stress e sintomatologia depressiva (após 1 ano ou mais da cirurgia).

sexo masculino OQ (n = 13) BDI (n = 23) Média (DP) Sexo Feminino OQ (n = 124) BDI (n = 178) Média (DP) t (135) t (199)

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OQ total 40.38 (14.16) Total BDI 5.87 (4.27) 43.7 (22.65) 7.71 (8.33) - .53 - 1.04

Nota. OQ total = total do Outcome Questionnaire (OQ-45.2), para avaliar o stress; Total

BDI = total do Beck Depression Inventory (BDI), para avaliar a depressão.

Não foram encontradas diferenças significativas entre homens e mulheres ao nível do distress psicológico geral, p = .600. Ambos os sexos apresentaram valores de stress idênticos. Também não foram encontradas diferenças de género significativas ao nível de sintomatologia depressiva, p = .300. Homens e mulheres apresentam valores idênticos.

Também não foram encontradas diferenças de género significativa relativamente a ajuda psiquiátrica e/ou psicológica desde a cirurgia, qui-quadrado de 2 = .56, p = .76. Dos 36 homens que responderam, 8 (22.2 %) reportaram a necessidade de uma dessas ajudas e 2 (5.6%) a necessidade das duas (ajuda psicológica e psiquiátrica). Quanto às mulheres, das 280 que responderam, 78 (27.9%) afirmaram já ter necessitado de ajuda psicológica ou psiquiátrica e 13 (4.6%) reportaram ajuda psicológica e psiquiátrica.

Discussão

A literatura tem revelado que podem existir diferenças de género ano nível das reações para a cirurgia e que estas diferenças devem ser tidas em conta durante a avaliação psicológica pré cirúrgica, de modo a perceber se persistem após a realização da cirurgia (Mahony, 2007). De encontro a esta informação, o objetivo deste estudo é determinar se existem diferenças de género ao nível de variáveis psicossociais, como a ansiedade e stress e o comportamento alimentar, após pelo menos um ano da realização da cirurgia bariátrica.

Alguns resultados deste estudo não foram compatíveis com os dados da literatura. Relativamente à população cirúrgica, estudos demonstram que as mulheres são mais propensas a historial de depressão quando comparadas aos homens.

Apresentando também o sexo feminino mais tendência para relatar ansiedade (Mahony, 2007). Contudo, os resultados deste estudo não apoiam esses dados, uma vez que não foram encontradas diferenças de género ao nível da ansiedade nem depressão, homens e mulheres apresentam níveis elevados semelhantes de stress, tendo o sexo masculino

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pontuado uma média de 40.38 e o sexo feminino 43.76. Em relação à sintomatologia depressiva, homens e mulheres revelaram níveis baixos semelhantes de depressão, tendo o sexo feminino pontuado uma média de 7.71 e o sexo masculino 5.87. Ainda que as mulheres tenham apresentado níveis ligeiramente superiores em comparação aos homens, esta diferença não é estatisticamente significativa. O que não vai de encontro ao que alguns estudos referem, pois é provável que um aumento no peso esteja

associado a um maior número de sintomas depressivos, no período pós cirurgia bariátrica (Ramalho et al., 2014) e estes participantes vivenciaram algum aumento de peso e não revelaram sintomas depressivos elevados, ainda que apresentem níveis de stress altos. Esta diferença de resultados pode estar associada ao fato de alguns dos participantes terem realizado a cirurgia há um ano e outros há quatro anos, por exemplo, o que pode fazer com que muitos dos participantes ainda não tenha necessitado de ajuda psicológica e/ou psiquiátrica.

Este estudo também não encontrou diferenças de género ao nível de ajuda psiquiátrica e/ou psicológica. Homens e mulheres não parecem recorrer muito a ajuda psiquiátrica e/ou psicológica, ainda que 27.9% das mulheres tenha necessitado de um destes tipos de ajuda e 4.6 % tenha usufruído dos dois, assim como 22.2% dos homens também procurou um tipo destas ajudas e 5.6 % necessitou das duas. Estes resultados não são compatíveis com a literatura, pois esta indica a presença de sintomas

depressivos entre as pessoas com obesidade mórbida em geral e sugere que as mulheres apresentam diversidade significativamente maior de sintomas (Almeida, Zanatta, & Rezende, 2012).

Ao nível do comportamento alimentar avaliado pelas várias subescalas do EDE, não foram encontradas diferenças de género, tanto o sexo feminino como o sexo

masculino apresentam pouca restrição alimentar, pouca preocupação com a forma, pouca preocupação com a comida e pouca preocupação com o peso. Ainda que se verifique um valor ligeiramente maior nas mulheres nestas quatro subescalas. Estes dados não parecem ser congruentes com alguns estudos, uma vez as mulheres reportariam a necessidade de ter um peso significativamente inferior ao dos homens (Almeida, Zanatta, & Rezende, 2012).

Relativamente aos comportamentos alimentares desadaptativos, também não foram encontradas diferenças de género. Homens e mulheres apresentam níveis

semelhantes de petisco contínuo, sendo que 54.8 % (mais de metade) do sexo feminino revela petisco continuo e 56.0 % (mais de metade) do sexo masculino reporta petisco

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continuo. Ao nível da ingestão exagerada subjetiva, tanto homens como mulheres não apresentam uma percentagem elevada deste tipo de comportamento, 20.6 % das mulheres apresenta ingestão exagerada subjetiva e 29.2 % dos homens também apresenta. Apesar de estudos de comparação de género, no que diz respeito aos comportamentos alimentares e variáveis psicossociais de população não cirúrgica, demonstram que as mulheres relatam, significativamente mais que os homens, que muitas vezes sentem que não podem controlar o que comem nem a quantidade do que comem (Moore et al., 2009), isso não parece acontecer após a cirurgia, visto que ao nível da perda de controlo, não parece existir diferenças de género. Apenas 10.5 % do sexo feminino e 11.1 % do sexo masculino apresenta. Por fim, em relação aos episódios bulímicos subjetivos e objetivos. 10.5 % dos homens afirma ter episódios bulímicos subjetivos e 10.2 % das mulheres também afirmam ter. Ambos os sexos reportam mais episódios bulímicos subjetivos, em comparação aos objetivos, uma vez que apenas 2.6 % dos homens e 1.7 % das mulheres apresentam episódios bulímicos objetivos. Tanto o sexo feminino com o masculino parecem apresentar mais petisco contínuo e ingestão exagerada subjetiva, em comparação aos restantes comportamentos alimentares, o que é congruente com alguns dados da literatura, visto a elevada prevalência de padrões alimentares desadaptativos tais como o petisco contínuo ter sido associada a resultados mais pobres e insucesso do tratamento (Saunders, Johnson, & Teschener, 1998). Mas também é incongruente com outros estudos, uma vez que o comportamento alimentar perturbado como a perda de controlo na alimentação (LOC) e ingestão alimentar compulsiva (BED) têm sido o foco da atenção no estudo dos preditores

comportamentais do sucesso na perda de peso após a cirurgia bariátrica (White, Kalarchian, Masheb, Marcus, & Grilo, 2010; Wood, & Ogden, 2012; Niego, Kofman, Waiss, & Geliebter, 2007), e os resultados deste presente estudo revelarem que ambos os sexos apresentam níveis baixos de perda de controlo, de episódios bulímicos objetivos e subjetivos.

Todos estes resultados apresentados e as diferenças de género estatisticamente significativas não encontradas pode também ser consequência do tamanho

desproporcional da amostra, uma vez que o número de participantes masculinos era bastante inferior ao feminino (38 homens e 294 mulheres). O que é compreensível visto que a imensa maioria de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica são mulheres, correspondendo a cerca de 80% (dados de 2004) (Almeida, Zanatta, & Rezende, 2012). A quantidade de mulheres consideradas “obesas mórbidas” é somente um pouco

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superior ao número de homens. Conforme a Organização Mundial da Saúde, as mulheres com obesidade mórbida atingem 7% da população mundial, enquanto os homens atingem 5%. O que pode transmitir a ideia de que o sexo masculino não procure tanto a cirurgia como o sexo feminino, sendo que o homens procuram mais por questões de saúde (Libeton, Dixon, Laurie, & O’Brien, 2004).

Falando agora dos resultados que evidenciaram diferenças de género

estatisticamente significativas, os homens parecem apresentar maior peso no momento da cirurgia, maior peso no momento da avaliação e um peso mais elevado desde a cirurgia, em comparação ao sexo feminino, o que pode nos remeter para a ideia de que o sexo masculino apresenta um IMC significativamente maior que o sexo feminino

(Mahony, 2007). Relativamente aos comportamentos alimentares, as mulheres

apresentaram mais ingestão exagerada objetiva em comparação aos homens, ainda que ambos os sexos tenham reportado níveis baixos deste tipo de comportamento. 10.8 % das mulheres e 8 % dos homens apresentam ingestão exagerada objetiva.

Conclusão

Este estudo não encontrou diferenças de género ao nível de variáveis

psicossociais e comportamento alimentar desadaptativo, após pelo menos um ano da realização da cirurgia bariátrica. Contudo, as mulheres parecem apresentar mais

ingestão exagerada objetiva em comparação aos homens e estes apresentam maior peso no momento da cirurgia, maior peso no momento da avaliação e um peso mais elevado desde a cirurgia. O que nos leva a crer que o sexo masculino revela níveis de peso mais elevados que o sexo feminino.

Esta investigação apresenta algumas limitações, nomeadamente a discrepância de participantes masculinos e femininos (amostra de 38 homens e 294 mulheres), o que pode também explicar alguns resultados estatisticamente não significativos e

controversos em relação à literatura existente.

Uma vez que muitos homens são aconselhados a perder peso antes da cirurgia de bypass gástrico para minimizar o risco de resultados adversos, Livingston e seus

colaboradores (2002). E uma vez que um outro estudo, que analisou 5.178 operações bariátricas, revelou que os homens eram mais propensos a sofrerem complicações ( Mason, & Renquist, 1992), seria interessante para investigações futuras, estudar se há diferenças de género ao nível dos vários tipos de cirurgia, por exemplo o sexo

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masculino poderia se adaptar melhor e ter melhores resultados com um tipo de cirurgia e o sexo feminino com outro.

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Imagem

Tabela 1. Diferenças entre género ao nível do peso.
Tabela 2. Diferenças de género ao nível do comportamento alimentar (após 1 ano  ou mais da cirurgia)
Tabela 3. Comparação dos resultados das várias subescalas do Eating Disorder  Examination – Questionnaire (EDE-Q) ao nível do género
Tabela 4. Diferenças de género ao nível do stress e sintomatologia depressiva (após  1 ano ou mais da cirurgia)

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