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LIMIAR AERÓBIO E ANAERÓBIO NA CORRIDA AQUÁTICA: COMPARAÇAO COM OS VALORES OBTIDOS NA CORRIDA EM PISTA

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Revista Brasileira de Atividade Fisica e Saude

LIMIAR AEROBIO E ANAEROBIO NA

CORRIDA AQuATlCA:

COMPARAQ.AO COM OS

VALORES OBTIDOS NA CORRIDA EM PISTA

*

BJ1JSUMO

o

objetivo deste estudo foi comparar a frequencia cardfaca (FC)ea percePfao subjetiva de esforro (PSE), correspondente ao limiaraerabio (LAer) e anaerabio (LAn), obtidos no "Deep Water Runnunig" (DWR) e nacorrida realizada empista (C). Foram estudados 12 indivfduos ativos, sendo 8 homens e 4 mulheres, que realizaram 2testes de campo em dias diferentes: I) 3xI200m de corrida comintensidades pragressivas e15min. de intervalo entre cada tira.Ao final de cada tira foi anotada a FC;2)3 series decorrida estacianoria dentra da ogua, com a auxflia de um flutuadar (Aquajagger - Sparts Science Int'/) presa aa tranco, sem tocara pe no chao. Cada serie teve a durarao de5min. e foram realizadas, respectivamente com uma FC de 120, 140 e 160 bpm. Imediatamente antes dofinalde cada serie realizada na teste Ie2faianatada aPSE (Escalade BORG) eapas 1,3e5min. foram coletados 25ml desangue do labulo da orelha, paraa determinarao do lactato sangufneo (YSI2300 STAT).Por interpolarao linear foram calculadas para0DWRea [,aFC e aPSE correspondente a 2 mM (LAer) e 4 mM (LAn) de lactato sangufneo. A FC encontrada naDWR (LAer=137,0 ± 10,5; LAn= 15/,2 ±12,I) foisignificantemente menor, quando comparada com a mesma FC obtida na C(LAer = 159,5±13,6;LAn=185,1±9,4). Naofoi observado correlarao significante entre aFC abtida naDWR e na[, tanto para0LAer(r=0,06) como para0LAn(r=O,/9).APSE nao foi significantemente diferente entre 0DWR(LAer= 11,5±1,8; LAn= 14,0 ±2,6)e C(LAer=11,2± 1,5; LAn= 15,2±2,5). Entretanto nao foi encontrado correlarao significante entre aPSE obtida noDWR e [,correspondente ao LAer(r=O,15) eLAn (r=0,38). Combase nestes dados pode-se concluirque a transferencia devaloresde FC(mesmo com diferenras praporcianais) eda PSEcorrespondentes a determinadas concentraraes de lactato sangufneo, da Cpara0DWR, pode levar a resultados inconsistentes, havendo necessidade de avaliaroes especfficas para0DWR.

Palavras Chaves: "Deep WaterRunning"; Corrida;Lactato; Frequencia cardfaca; Umiar anaerabia.

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TO SERGIO DE

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l

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R

OSAS

1

MARA LU

C

Y DOMPIETRO RUU DENADAI

2

lDepartamento de Educal,;3o Fisica do Instituto de Biociencias da UNESP - CampusdeRioClaro

2Pos-Graduanda do Departamento de Fisiologia e Biofisica doInstituto de Biologia da UNICAMP

AEROBIC AND

ANAERO

B

I

C

THRESHOLD

DURING DEEP

WAT

E

R

RUNNING:

COMPARISON

WITH

THE

DATA

OBTAIN

ED

DURING

TR

A

CK

.RUNNING

ABSTRACT

The purpose of thisstudy was to compare the heart rate(HR) andthe ratingof perceived exertion (RPE)correspanding to the aerabic threshald (AeT) andanaerobicthreshold (AT),duringDeep Water Running (DWR)andrunning track test (R). Twelve well-trainedsubjects (eightmen, fourwomen) performed, ondifferent days, 2fieldtests: I)R.3X1200 mwith progressive intensities, and 15min ofrestbetween bouts; 2)DWR-3series ofstationary running inthe water, withawaistfloatation (Aquajogger -Sports Science Int'/). Each series lasted5min, and were performed respectively at exercise intensities eliciting HR values of 120, 140 and 160 bpm. Following each bout (test Iand 2), blaodsamples (25 m/) from earlobe, were collectedafter I,3and 5 min,in order to measure the blood lactate (YSI2300 STAT).By linear interpolation, were determined, for DWRandR, the HR and RPE corresponding to2mM (AeT)and 4mM (AT)blood lactate concentration. The HRduring DWR(AeT=137,0 ± 10,5;AT=15/,2±12,I) was significantly lower,when compared with thesame HR during R(AeT= 159,5±13,6;AT=185,/

±9,4). Itwas nat observed significant carrelationbetween HRobtained onDWRandR(AeT- r=0,06; AT-r=0,/9). RPEwas not significant difference between DWR(AeT= 11,5±1,8;AT=14,0±2,6)and R(AeT= 1/,2 ±1,5;AT=15,2±2,5). Hawever, therewere no significant correlation between the RPEobtained onDWR andR(AeT -r=0,15;AT- r=0,38). Based on the present results it was concluded that the transference of theHR(not even with relativedifference) andRPEvalues,corresponding todetermined bloodlactate concentrations, from R toDWR,can ta induce to inaccurateresult .

(2)

INTRODUQAo

Dentre asvarias modalidades de exercfcio que podem ser realizadas dentro da agua, a corrida aqu -atica, ou como e mais conhecida, 0 "Deep Water Running" (DWR), tern experimentado urn aumento muito grande de popularidade, principalmente e n-tre corredores, triatletas, saltadores e atletas de es -portes coletivos. Diferentemente do DWR, acor -rida realizada fora da agua (C), pode ser classifi -cada como urn exercicio de alto impacto, determi -nando com muita frequencia em seus praticantes, o aparecimento de les6es por excesso de utiliza -<;ao ("overuse"). Em fun<;ao disso, muitos preparadores fisicos eprofissionais ligados area -bilita<;ao,tern utilizado 0 DWR, naoso na recupe -ra<;ao,mas principalmente como forma de preven

-<;aodas les6es no aparelho musculo-esqueletico. As possiveis diferen<;as que podem existir entre osexercfcios realizados dentro e fora da agua, foram inicialmente investigadas, comparando-se as respostas maximas e submaximas, obtidas du-rante 0 ciclismo realizado com e sem imersao na agua (MORLOCK &DRESSENDORFER, 1974;

DRESSENDORFER et al. 1976). Mais recente -mente, principalmente em fun<;ao da sua grande popularidade, alguns estudos tern utilizado 0 DWR,

para investigar as diferen<;as nas respostas meta

-b6licas e cardiovasculares, que existem entre 0 exercfcio realizado dentro e fora da agua (SVEDENHAG & SEGER, 1992). Estes estudos tem-se preocupado basicamente, em comparar as

respostas maximas obtidas nos dois tipos de corri -da.Com uma consistencia muito grande, estes es -tudos tern demonstrado, que 0 consumo maximo de oxigenio (V02max) e a frequencia cardiac a maxima (FCmax), sao significantemente menores no DWR (75% a 92%), quando comparado com a C. Por outro lado, poucos estudos tern procurado comparar asrespostas submaximas, observadas no DWR eC. Os poucos existentes, utilizaram inten

-sidades deexercicio auto-selecionadas (BISHOP et al. 1989; RICHIE & HOPKINS, 1991), deter-minando com isso, intensidades relativas de esfor-<;0,bem diferentes entre os dois tipos de exercfcio. Em outro estudo, utilizou-se 0 limiar ventilat6rio,

para comparar 0 DWR e a C (FRANGOLIAS et al. 1994),0 que potencialmente pelo menos, pode tambem ter comprometido osresultados, pois alem da regula<;ao da ventila<;ao pulmonar estar sujeita a estimulos extras (pressao hidrostatica), modifi

-cando sua resposta durante 0 exercfcio com imersao na agua (HONG et al. 1969;COAST et al. 1993),

a validade do metodo ventilat6rio em predizer a

resposta do lactato sanguineo durante 0 DWR, ain -da nao foi determina-da. Como a literatura atual,

tern mostrado de modo muito consistente, que a utiliza<;ao de indices submaximos, principalmen -te os obtidos atraves da resposta do lactato sangui -neo, e mais adequado para realizar-se a prescri<;ao e controle dos efeitos do treinamento (WELTMAN,

1995; COYLE, 1995), torna-se importante com -parar as respostas metabolicas e cardiovasculares durante 0 exercicio submaximo no DWR e C. As

-sim, 0 objetivo deste estudo foi comparar a FC e a percep<;aosubjetiva de esfor<;o (PSE), correspon-dente ao limiar aerobio (LAer) eanaerobio (LAn)

obtidos no DWR e C.

Sujeitos

Participaram do estudo 12 individuos (8 ho -mens e 4 mulheres), com idade entre 22 e 35anos. Todos os indivfduos praticavam atividade ffsica regularmente (minimo 3vezes/semana) sendo que 4 deles, participavam de competi<;6es (corrida ou triatlo) em nivel estadual e nacional. A Tabela 1 mostra as caracterfsticas antropometricas dos vo-luntarios.

Determina~ao do L

A

e

r

eL

An

Corrida na pista - Os indi viduos correram 3 x 1200m, respectivamente a 85, 90 e 95% da velocidade media da prova dos3000m (previamen -te de-terminada) com 15 min. de pausa entre os ti-ros. Ao final de cada tentativa foram anotados a FC aPSE. Ap6s 1, 3 e 5 min. do termino de cada tiro, foram coletados do 16bulo da orelha, sem hiperemia, 25ml de sangue para a determina<;ao

(3)

TABELA 1- Caracteristicas antropomtitricas dos sujeitos. (n

=

12). Idade (anos) Peso (Kg) Altura (m) 26,4 3,4 71,3 9,4 175,3 7,4

do lactato sangufneo (YSI 2300 STAT).Para a de-termina<;ao do LAer eLAn, foi considerado ape-nas a mais alta concentra<;ao de lactato entre as tres amostras de cada tiro. Deste modo, pOl' interpola<;ao linear, foram determinados a FC e a

PSE, correspondente a 2mM (LAer) e 4mM (LAn) do lactato sanguineo.

"Deep Water Running" -Os sujeitos rea-lizaram 3 series de corrida estacioTI<iriadentro da agua, com auxflio de urn flutuador (Aquajogger) preso ao tronco, sem tocar 0pe no chao. Cada

se-rie teve a dura<;ao de 5 min., e foram realizadas respecti vamente com uma FC de 120, 140 e 160 bpm. Imediatamente antes do final de cada serie, foram anotadas a FC e PSE, e ap6s 1, 3 e 5 min. foram coletados 25ml de sangue do l6bulo da ore-lha, sem hiperemia, para a determina<;ao do lactato sanguineo (YSI 2300 STAT). Do mesmo modo como realizado para a C, foram determinadas a

FC e PSE correspondente ao LAer eLAn.

Para a C, a temperatura ambiente variou en-tre 20 e 25°C e a umidade relativa do ar enen-tre50 e 65%. No DWR, a temperatura da agua variou en-tre 27 e 29°C.

Os testes de C e DWR foram realizados em dias diferentes, com urn intervalo maximo de 7 dias. A ordem de execu<;ao dos testes foi aleat6ria.

Os individuos que nao possuiam experiencia com 0 DWR, s6 realizaram os testes ap6s pelo

menos 2 sess6es de adapta<;ao, para que realizas-sem a tecnica correta de corrida, e conseguissem controlar a intensidade de esfor<;o, a partir da FC solicitada.

Determina<;aodaFC nos testes do LAer eLAn

A FC foi determinada atraves de urn frequencfmetro (Polar Vantage XL).

Percep~ao Subjetiva de Esfor~o

APSE foi determinada atraves da escala de BORG (1973).

Amilise Estatistica

As compara<;6es entre a FC e aPSE obtidas no DWR e C, foram realizadas atraves do teste t para dados pareados. 0 teste de correlac;ao de Pearson, foi utilizado para determinar-se 0 nivel

de correlac;ao entre as variaveis obtidas no DWR e C.Adotou-se urn nivel de signifid'incia de p<0,05.

A Tabela 2 mostra os valores medios da FC correspondente ao LAer eLAn, obtidos no DWR e C.A FC observada no DWR, foi significativamen-te menor, quando comparada com a FC obtida na C, para as duas intensidades de esfor<;o analisadas (LAer eLAn). Nao foi encontrado correla<;ao significante entre a FC obtida no DWR e na C, tan-to para0LAer (1'=0,06) quanta para LAn (1'=0,19).

TABELA 2-Valores medios dafreqiiencia cardi-aca (bpm) correspondentes ao limiar aer6bio (LAer) e anaer6bio (LAn), obtidas no "Deep Water Running" (DWR) e na Corrida en1pista. (n

=

12).

DWR CORRIDA l'

LAer 137,0 ± 10,5

*

159,5± 13,6 0,06 LAn 151,2 ± 12,1

*

185,1 ±9,4 0,19

*

p < 0,05 em relafiio a mesma Fena corrida

(4)

TABELA 3 - Valores medios da percepftlo

subje-tiva de esforfo correspondentes ao limiar aer6bio

(IAer) eanaer6bio (IAn), obtidas no "Deep Water Running" (DWR) e na Corrida empista. (n

=

12).

11,5±1,8 14,0± 2,6 11,2 ± 1,5 15,2 ± 2,5 0,15 0,38

APSE correspondente ao LAer eLAn nao

foi significantemente diferente entre 0DWR e a

C. Entretanto, nao foi encontrada correla<;ao

significante entre aPSE obtida no DWR e C,

cor-respondentes ao LAer (r=0,15) eLAn (r=0,38), (Tabela 3).

Mesmo durante 0repouso, existe uma serie

de modifica<;6es cardiovasculares, que sao det er-minadas pela imersao na agua. FARHI &

LINNARSSON (1977) verificaram urn aumento

progressivo do debito cardfaco (DC),quando

com-parado com valores obtidos fora da agua (5,1 II

min), durante aimersao ate aaltura do quadril (5,7 IImin), processo xif6ide (7,4 l/min) epesco<;o (8,3

I/min).

°

volume sist6lico (VS) aumentou em

to-dos os estagios da imersao. Por outro lado, a FC diminuiu durante a imersao ate a altura do quadril

eprocesso xif6ide, mas aumentou durante imersao

ate 0pesco<;o. Os autores verificaram que parale

-lamente ao aumento do DC, existiu tambem uma

eleva<;aoda pressao arterial (PA), e propuseram

em fun~ao disso, que durante os dois primeiros

estagios deimersao, os barorreceptores atriais,tern

urn papel determinante na diminui~ao reflexa da

FC. OUO"OSautores tern verificado tambem, urn

aumento doVS durante a imersao na agua (77%),

sugerindo a existencia de uma hipervolemia cen

-tral, econsequentemente urn aumento da

pre-car-gapara 0cora~ao (BEGIN et al. 1976;LIN, 1984).

Durante 0 DWR, 0 DC continua maior em

todas as intensidades de exercfcio (mesmo V02)

quando comparado com a C. Entretanto, as curvas

DC-V02 apresentam a mesma inclina~ao nos dois

tipos de corrida, sugerindo que os aumentos

verifi-cados no DC sao similares, existindo diferen~as

apenas em fun<;aodos valores ja observados duran

-te0repouso. 0 VS tambem e maiOI durante 0DWR

em rela~ao a C, apesar de nao existir urn aumento

significante durante 0exercfcio, em rela~ao aos

va-lores de repouso (CHRISTIE etal. 1990).

Em rela~ao a FC, os estudos realizados no

ciclismo e no DWR, tern verificado que para 0

mesmo V02, a FC s6 e menor dentro da agua, quan

-doaintensidade de exercfcio eacima de 60 - 80%

V02max (CHRISTIE et al. 1990; SVEDENHAG

&SEGER, 1992). Este comportamento sugere de

acordo com os autOIes, que asdiferen~as

existen-tes na FC para os exercfcios realizados dentro e

fora da agua, SaGintensidade-dependente, e pare-cern ser mediadas, pela menor concentra~ao de

noradrenalina plasmatica, que e observada apenas

em intensidades acima de 78 - 82% doV02max.

Em nosso estudo, onde foi utilizada a rela

-<;aoFC-lactato sangufneo para cornparar 0DWR e

a C, verificou-se que para as duas intensidades de

exercfcio analisadas (LAer e LAn), a FC foi

significantemente menor no DWR. Estudos seme

-lhantes nao estao disponfveis na literatura,

exis-tindo apenas 0realizado pOI FRANGOLIAS et al.

(1994), que utilizou 0limiar ventilat6rio, para com

-parar as respostas no DWR eC.Embora 0metoda

do ventilat6rio ainda nao tenha sido validado para predizer aresposta do lactato sangufneo durante 0

DWR, seus resultados

C

FC no DWR) estao de

acordo com 0verificado em nosso estudo.

Com base no estudo citado anteriormente

(FRANGOLIAS et al. 1994), FRANGO LIAS &

RHODES (1996) propuseram que para se obter as

mesmas adapta<;6es rnetab6licas com 0

treinamen-to, realizado na C e no DWR, deve-se utilizar uma

FC alvo no DWR, que seja de 10 a 13 bpm menor

do que a obtida na C. Nossos resultados

concor-dam apenas em parte com a hip6tese apontada an

-teriormente. Realmente, para a prirneira intensi

-dade de esfor<;oanalisada em nosso estudo (LAer),

(5)

FRANGOLIAS et al. (1994), a diferen<;a media encontrada entre 0DWR e a C(14 bpm) esta

den-tro da faixa sugerida por FRANGOLIAS & RHODES (1996) (10 a 13 bpm). Entretanto, para asegunda intensidade (LAn), a diferen<;a media e bem maior (26 bpm), sugerindo, como ja discuti-do anteriormente, que as diferen<;as deFC entre 0

DWR e a C, sejam dependentes da intensidade do exercfcio. Mais importante ainda, e a ausencia de correla<;ao entre a FC, para as duas intensidades analisadas, obtida noDWR eC,ou seja, a simples diminui<;ao de urn determinado numero de batimentos dos valores observados naC, para es-timar aFC alvo para 0DWR, po de levar avalores

quenao SaGadequados, principalmente quando se trabalha com treinamento de alto nivel. Assim, a determina<;ao da FC de treinamento no DWR a partir daresposta dolactato sanguineo, devera sem-pre que possivel, ser realizada diretamente dentro da agua.

Outra variavel que tern sido muito utilizada, para a predi<;ao da resposta do lactato sanguineo, e consequentemente, para prescrever a intensidade de treinamento, e a PSE. Urn grande numero de estudos, realizados bem recentemente, tern suge-rido uma rela<;ao muito forte entre aPSE e a res-posta do lactato sanguineo, mostrando inclusive, que esta rela<;ao nao e influenciada pelo sexo (HASKVITZ etal. 1992;DEMELLO etal. 1987), estado de treinamento (SEIP et al. 1991), tipo de exercfcio (HETZLER et al. 1991) e especificidade de treinamento (BOUTCHER et al. 1989). Estes estudos mostram que para uma concentra<;ao de 2 mM de 1actato sanguineo, aPSE esta entre 13 e 13,5 e para 4 mM, esta entre 16 e 16,5. Os va10res medios encontrados em nosso estudo, SaGlevemen-te inferiores (2 mM =11,5- 12; 4 mM =14,5 - 15) ea princfpio pelo menos, confirmam os dados obti-dos por HETZLER et al.(1991), ja que nao for am encontradas diferen<;as significantes entre 0DWR

e aC, para as duas intensidades de esfor<;o(LAer e LAn), sugerindo que 0 tipo de exercfcio nao influ-encia a rela<;aoentrePSE e 0 lactato sanguineo.Mais uma vez entretanto, nao foram encontradas correla-<;6esentre aPSE obtida no DWR e C, indicando que embora os va10res medios sejam semelhantes,

a rela<;ao PSE e lactato sanguineo, apresenta uma especificidade, que pode dificultar a transferencia de ava1ia<;6esda C para 0DWR.

o

DWR e a C, embora apresentem movi-mentos que SaG semelhantes, possuem respos-tas cardiovasculares e metab6licas diferentes, sendo estas diferen<;as, dependentes da intensi-dade do exercicio. A transferencia dos valores de FC (mesmo com as diminui<;6es proporcio-nais) e da PSE correspondentes a determinadas concentra<;6es de lactato sanguineo, da C para 0 DWR, pode levar a resultados inconsistentes, mostrando a necessidade de realizar-se as avali-a<;6esdiretamente atraves do DWR, para que se obtenha indices de controle da intensidade de treinamento mais precisos.

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