• Nenhum resultado encontrado

DISLIPIDEMIA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA REVISÃO DA LITERATURA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "DISLIPIDEMIA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA REVISÃO DA LITERATURA"

Copied!
18
0
0

Texto

(1)

Revista UNIABEU, V.11, Número 27, janeiro-abril de 2018.

DISLIPIDEMIA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA REVISÃO

DA LITERATURA

Patrick Leonardo Nogueira da Silva

1

Letícia Caroline Gomes Martins

2

Gracyele Fabrícia Cangussu Nunes

3

Rafaela Liberali

4

Vanessa Fernandes Coutinho

5

Lucas Mendes Soares

6

Resumo: A dislipidemia corresponde a um distúrbio metabólico, a qual determina o

surgimento de outras doenças crônicas degenerativas de modo a gerar comprometimentos

fisiológicos, principalmente cardiocirculatórios, tornando-se um grave problema de saúde

pública. Este estudo objetivou analisar a dislipidemia em crianças e adolescentes por meio

de uma revisão integrativa da literatura. Trata-se de uma revisão de literatura, de caráter

descritivo e exploratório, realizado nas seguintes bases de dados: PUBMED, SCIELO e

BIREME. Utilizou-se um formulário semiestruturado para a captação dos artigos. Os estudos

analisaram os valores de mais de uma fração dos lipídeos, outros relataram apenas a

presença ou não de dislipidemia, não especificando quais frações dos lipídeos

apresentaram alteração e alguns ainda observaram apenas o valor do colesterol total, não

avaliando suas frações. Grande parte dos estudos analisou também a ocorrência de

sobrepeso e/ou obesidade na população estudada e dos que fizeram essa análise; a maior

parte encontrou associação entre o sobrepeso e a dislipidemia. Portanto, a quantidade de

crianças e adolescentes com dislipidemia encontrada nos estudos de campo foi superior às

médias relatadas de prevalência no Brasil e no mundo.

Palavras-chaves: dislipidemias; transição nutricional; doenças cardiovasculares.

Abstract: Dyslipidemia corresponds to a metabolic disorder in which it determines the

appearance of other chronic degenerative diseases in order to generate physiological, mainly

cardiocirculatory, commitments, becoming a serious public health problem. This study aimed

to analyze dyslipidemia in children and adolescents through an integrative literature review.

This is a review of the literature, of a descriptive and exploratory character, conducted in the

following databases: PUBMED, SCIELO, and BIREME. We used a semi-structured form to

capture the articles. The study analyzed the values of more than a fraction of lipids, others just

reported the presence or absence of dyslipidemia, not specifying which fractions of lipids

showed abnormalities and some even just watched the value of total cholesterol, not

evaluating their fractions. Most studies also looked at the occurrence of overweight and/or

obesity in the population studied and who made this analysis, most find an association

between excess weight and dyslipidemia. Therefore, the number of children and adolescents

with dyslipidemia found in field studies was higher than the reported average prevalence in

Brazil and worldwide.

Keywords: dyslipidemias; nutritional transition; cardiovascular diseases.

1 Enfermeiro. Especialista em Saúde da Família (UNIMONTES), Didática e Metodologia do Ensino Superior (UNIMONTES) e Enfermagem do Trabalho (FG/UNIGRAD). Mestrando em Saúde, Sociedade e Ambiente (PPGSASA) da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Professor da Escola Técnica de Saúde da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES).

2 Nutricionista, Especialista em Nutrição Clínica, Universidade Estácio de Sá/UNESA -RJ. 3 Nutricionista, Especialista em Nutrição Clínica, Universidade Estácio de Sá/UNESA-RJ.

4 Educadora Física, Doutoranda em Ciências Médicas, Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC. 5 Nutricionista, Doutora em Ciências dos Alimentos, Universidade Estácio de Sá/UNESA -RJ. 6 Enfermeiro, Mestre em Nutrição Clínica, Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG - MG.

(2)

Revista UNIABEU, V.11, Número 27, janeiro-abril de 2018.

284

1. INTRODUÇÃO

A dislipidemia é um dos fatores de risco que determina o aparecimento de doenças

crônico-degenerativas, como a aterosclerose, a hipertensão arterial sistêmica (HAS),

o diabetes mellitus (DM), dentre outras (BERTGES et al., 2011; FERNANDES et al.,

2011; CARVALHO et al., 2007). É determinada por fatores genéticos e ambientais

(PEREIRA et al., 2010) e se caracteriza por alterações nas concentrações séricas de

um ou mais lipídeos/lipoproteínas (Triglicérides - TG, Colesterol Total - CT,

High-density lipoprotein

– HDL-c, Low-density lipoprotein – LDL-c) (FARHI et al., 2008;

FERNANDES et al., 2011; BONFIM et al., 2012).

É isoladamente a responsável pelo desenvolvimento de 56% das doenças cardíacas

e 18% dos casos de infarto agudo do miocárdio (IAM), sendo ainda associada a um

terço dos casos de mortalidade a nível mundial (BONFIM et al., 2012). Sua

prevalência em crianças no mundo estima-se ser de 38,5% (ARAKI et al., 2013). No

Brasil, esses valores variam entre 28 e 40% das crianças e adolescentes, tendo

como referência valores séricos de CT superiores à 170mg/dl (GIULIANO;

CARAMELLI, 2008), e representa um grave problema de saúde pública (RIBAS;

SILVA, 2008).

A dislipidemia em crianças e adolescentes pode ocasionar o surgimento precoce de

doenças crônicas, tais como a hipercolesterolemia e a obesidade infanto-juvenil,

proporcionando o acometimento do sistema cardiocirculatório e gerando impacto na

saúde pública. Sendo assim, é importante entendê-las a fim de que se possa atuar

nas intervenções de modo a estipular um plano de cuidados para este distúrbio

metabólico que ocasione mudanças no estilo de vida e hábitos alimentares da

criança e do adolescente precocemente.

O tratamento das dislipidemias consiste na mudança dos hábitos de vida, adotando

uma dieta mais saudável e aderindo à prática de atividade física regularmente

(KRAUSE et al., 2008), e no uso de drogas hipolipemiantes (GIULIANO;

CARAMELLI, 2008). Dentre estes, a adoção de uma dieta mais saudável é

reconhecida como a intervenção mais relevante na prevenção e tratamento

(SCHWERTZ et al., 2012).

(3)

Revista UNIABEU, V.11, Número 27, janeiro-abril de 2018.

O tratamento das dislipidemias visa principalmente reduzir os níveis séricos de

colesterol e/ou de triglicerídeos por meio de fármacos que afetam o metabolismo das

lipoproteínas que contêm a apolipoproteína B, tais como a Very low density

lipoprotein (VLDL) e a LDL.

As características peculiares de crianças e adolescentes podem ser exploradas de

forma positiva pelas ações de controle da dislipidemia. Informações, como hábitos

alimentares, histórico familiar ou aptidão para atividades físicas de lazer, devem ser

expostos durante boa parte da consulta médica. O aconselhamento constante é

importante, pois, embora as crianças e adolescentes se motivem mais a deixar o

sedentarismo que os adultos, as recaídas também são frequentes (SOCIEDADE

BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA [SBC], 2005).

Uma dieta rica em gorduras e açúcares, e pobre em nutrientes e fibras, favorece o

desenvolvimento da obesidade e dos distúrbios lipídicos. A obesidade está

intimamente ligada à etiologia da dislipidemia, pois possuem os mesmos fatores de

risco (RIBAS; SILVA, 2008; STADLER et al., 2011). O sedentarismo também

constitui um fator de risco para o desenvolvimento do quadro clínico da dislipidemia

(FERNANDES et al., 2011).

Os hábitos de vida modernos têm sido favoráveis ao

aumento da incidência de dislipidemia, pois se caracterizam pelo elevado consumo

de alimentos industrializados (por vezes mais ricos em gorduras e pobres

nutricionalmente) e o estímulo ao sedentarismo (devido às facilidades, como o uso

de elevadores, escadas rolantes, automóveis, computadores etc.) (BARBOSA et al.,

2012).

Os hábitos de vida compreendem também o perfil alimentar e nutricional da criança

e do adolescente, bem como a predisposição na realização de atividades físicas. A

dislipidemia neste público-alvo jovem repercutirá na aquisição precoce de doenças

crônicas, tal como hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes melittus tipo 2

(DM2), doença renal crônica (DRC), doença aterosclerótica, dentre outras

(BARBOSA et al., 2012).

Apesar de o consumo de alimentos com elevado teor de gordura predispor a

elevadas taxas sanguíneas de colesterol e suas frações (SCHWERTZ et al., 2012;

SALES et al., 2005), o efeito destas gorduras é diferenciado de acordo com sua

(4)

Revista UNIABEU, V.11, Número 27, janeiro-abril de 2018.

286

composição. O aumento do colesterol está relacionado ao consumo dos ácidos

graxos saturados (AGS), já os ácidos graxos poli-insaturados (AGPI) e

monoinsaturados (AGMI) têm ação contrária, ajudando a melhorar o perfil lipídico

(SALES et al., 2005; NOZAKI et al., 2012).

Portanto, este estudo objetivou analisar o impacto da dislipidemia em crianças e

adolescentes na saúde pública por meio de uma revisão da literatura científica.

2. MÉTODO

Trata-se de uma revisão de literatura, de natureza descritiva e caráter exploratório,

realizado nas seguintes bases de dados científicas: U. S. National Library of

Medicine (PUBMED), Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Biblioteca

Regional de Medicina (BIREME).

Utilizou-se como descritores:

“Dislipidemias”, “Transição nutricional”, “Doenças

cardiovasculares” e “Obesidade”. Foi utilizado o seguinte operador booleano para a

captação dos artigos: “AND”.

A busca compreendeu 177 estudos científicos, dentre estes se encontram artigos,

livros, resumos de congresso, teses e dissertações. Após a aplicação dos critérios

de inclusão e exclusão, foram filtrados apenas 14 artigos (n=14) na qual

compuseram a amostra deste estudo (Tabela 1). A coleta de dados foi realizada no

1º semestre de 2015, durante os meses de fevereiro a maio.

Tabela 1

– Seleção e captação parcial dos artigos conforme bases de dados virtuais.

2014.

Descritores PUBMED SCIELO BIREME

AS AE AU AS AE AU AS AE AU

“Dislipidemias” AND “Transição

nutricional” 00 00 00 00 00 00 00 00 00

“Dislipidemias” AND “Doenças

cardiovasculares” 02 01 01 22 06 16 2590 2449 141 “Transição nutricional” AND

“Doenças cardiovasculares” 00 00 00 00 00 00 30 12 18 “Dislipidemias” AND “Transição

nutricional” AND “Doenças

cardiovasculares” 00 00 00 00 00 00 01 00 01

Total 02 01 01 22 06 16 2621 2461 160

Pré-seleção dos AU 01 16 160

Total geral dos AU 177

Fonte: Biblioteca Virtual da Saúde (BVS). Legenda: AS = Artigos Selecionados, AE = Artigos

(5)

Revista UNIABEU, V.11, Número 27, janeiro-abril de 2018.

Foram adotados os seguintes critérios de inclusão para a captação e seleção da

amostra: produções científicas, nacionais ou internacionais, disponíveis online e

publicadas durante o período de 2000-2014, com seu resumo disponível online na

íntegra na língua portuguesa.

Utilizou-se um formulário como instrumento de coleta de dados. Selecionaram-se

trabalhos pelo título, resumo e sua pertinência ao objetivo da pesquisa, sem

restrição ao tipo de estudo, forma de apresentação e idioma.

3. RESULTADOS

Os resultados dos estudos que investigaram a dislipidemia em crianças e

adolescentes estão descritos conforme a Tabela 2.

(6)

288

Tabela 2 – Caracterização das publicações quanto ao título, autor, ano, objetivo, método, resultado e conclusão.

Título Autor Ano Objetivo Método Resultado Conclusão Formato

1 Prevalência de dislipidemia em população infantil com cardiopatia congênita FUENMAYOR et al. 2013 Avaliar o perfil lipídico de crianças portadoras de cardiopatia congênita seguidas em um centro de referência. Estudo transversal realizado com 52 crianças e adolescentes com idade média de 10,4± 2,8 anos.

Com média de idade de 10,4 ± 2,8 anos e predominância do sexo masculino (1,38:1), nossa população apresentou

53,8% de pacientes com aumento no CT e 13,4% (IC95% de 6,6-25,2%) de

crianças que também apresentavam LDL-c > 130mg/dL, caracterizando dislipidemia. Dos pacientes

com dislipidemia, só dois foram classificados como

obesos. A presença de cardiopatia congênita não confere risco aumentado associado à presença de dislipidemia, devendo o rastreamento nessa população seguir as mesmas diretrizes da população pediátrica normal, as quais também independem do estado nutricional da criança. Artigo 2 Sociodemographic, anthropometric and dietary determinants of dyslipidemia in preschoolers NOBRE et al. 2013 Investigar os determinantes de dislipidemia em pré-escolares.

Estudo com desenho transversal, abordagem

quantitativa. Apresenta uma amostra de 227 pré-escolares com cinco

anos de idade.

A prevalência de dislipidemia foi de 65,19%. Os

pré-escolares com menor consumo de dieta mista tiveram um risco maior de concentrações mais altas de

LDL-c. Os pré-escolares de mães com escolaridade mais baixa tiveram menor risco de concentrações mais altas de LDL-c, e os pré-escolares

com sobrepeso/obesos apresentaram maior risco de concentrações mais altas de

LDL-c. Apesar da baixa idade do grupo em estudo, já estão apresentando alta prevalência de dislipidemia, que é um fator de risco importante para doença cardiovascular (DCV). Artigo 3 Fatores associados à ALCÂNTARA NETO et al. 2012 Abordar os fatores associados à Estudo transversal, com abordagem A prevalência de dislipidemia foi de 25,5%. Observou-se O sobrepeso,

(7)

Revista UNIABEU, V.11, Número 27, janeiro-abril de 2018.

Título Autor Ano Objetivo Método Resultado Conclusão Formato

dislipidemia em crianças e adolescentes de escolas públicas de Salvador, Bahia dislipidemia em crianças e adolescentes matriculados na rede pública de ensino da cidade de Salvador, BA. quantitativa. Regressão logística multivariada

foi utilizada para as avaliações de interesse. Apresenta uma amostra de 937 crianças e adolescentes de 7 a 14 anos. associação positiva e estatisticamente significante entre dislipidemia e sobrepeso moderado e alto

consumo de alimentos de risco, baixo e moderado

consumo de alimentos protetores e menor nível de

escolaridade materna. inadequado e baixa escolaridade materna constituem fatores associados à dislipidemia. 4 Parâmetros antropométricos e de composição corporal na predição do percentual de gordura e perfil lipídico em escolares. BARBOSA et al. 2012 Avaliar a eficácia de indicadores antropométricos e da composição corporal na predição do percentual de gordura e perfil lipídico em escolares. Estudo transversal envolvendo 209 escolares entre sete e

nove anos.

O percentual de gordura corporal foi a variável que apresentou maior número de

correlações, correlacionando-se fortemente com peso, IMC e

circunferência do braço em ambos os gêneros, além de apresentar fortes correlações

com a circunferência da cintura e a razão cintura/estatura nos meninos. O IMC, as circunferências do braço e da cintura em ambos os gêneros e a RCQ para o sexo masculino apresentaram poder discriminatório satisfatório para predição do percentual de gordura corporal elevado.

Os parâmetros antropométricos e de composição corporal não foram capazes de predizer alterações no perfil lipídico, com exceção do percentual

de gordura corporal, da

A dislipidemia não pode ser predita

por medidas antropométricas e de composição corporal na faixa etária pediátrica, especialmente no gênero feminino, sugerindo a necessidade da investigação do perfil lipídico por meio de exames laboratoriais.

(8)

Revista UNIABEU, V.11, Número 27, janeiro-abril de 2018.

290

Título Autor Ano Objetivo Método Resultado Conclusão Formato

circunferência do braço e cintura e da RCQ, que se mostraram bons preditores

de alterações de triglicerídeos no gênero masculino. 5 Colesterol total e fatores associados: estudo de base escolar no sul do Brasil BERGMANN et al. 2011 Estimar a prevalência de hipercolesterolemia e fatores associados em escolares de 7 a 12 anos de idade. Estudo transversal, com abordagem quantitativa. Apresenta uma amostra aleatória composta por 1.294 escolares de 7 a 12 anos. A análise multivariada identificou que indivíduos com o nível socioeconômico alto, do sexo feminino, e com

sobrepeso apresentam chances aumentadas de terem CT aumentado (>3º tercil). Elevados níveis de CT em escolares de 7-12 anos estão associados ao nível socioeconômico alto, ao sexo feminino e ao sobrepeso. O incentivo a um estilo de vida ativo

e a hábitos alimentares adequados pode auxiliar no controle dos níveis de CT e diminuir os fatores de risco. Artigo 6 Associação entre dislipidemia e excesso de peso de crianças e adolescentes atendidos em uma unidade de saúde. BEZERRA et al. 2011 Avaliar a associação entre dislipidemia e grau de sobrepeso em crianças e adolescentes. Estudo transversal, com abordagem quantitativa. Apresenta uma amostra de 62 crianças e adolescentes de 7 a 19 anos. A distribuição do grupo quanto ao grau de sobrepeso

foi similar, havendo mais crianças obesas do que adolescentes. A prevalência

de dislipidemia foi alta (66,1%), sendo detectados,

em todas as frações lipídicas, menores percentuais de obesos com valores desejáveis, embora com significância estatística

apenas para TG. Houve associação entre a trigliceridemia e grau de sobrepeso, evidenciando que, na faixa etária pesquisada, o sobrepeso já acarreta um perfil lipídico de risco. Artigo 7 Factores de risco

cardiovascular e MONIZ et al. 2011

Revisar a literatura sobre a etiologia da

Revisão da literatura na qual se utilizaram os

Os fatores comportamentais e ambientais foram citados

A obesidade infantil

(9)

Revista UNIABEU, V.11, Número 27, janeiro-abril de 2018.

Título Autor Ano Objetivo Método Resultado Conclusão Formato

obesidade infantil obesidade infantil e identificar os principais fatores de risco cardiovasculares associados à obesidade. sites científicos Medline, Scielo e Pubmed para consultar

as palavras-chave: obesidade, crianças e

doenças cardiovasculares.

como principais causas da epidemia de obesidade. Os

principais fatores de risco cardiovasculares estão associados à hipertensão e disfunção autonômica. com a prevalência aumentada de doenças metabólicas e cardiovasculares em idade precoce. 8 Análise do perfil lipídico de crianças e adolescentes do estado de Sergipe ARAKI et al. 2010 Avaliar a frequência de dislipidemias em crianças e adolescentes para se conhecer melhor a realidade local desse problema. Estudo transversal, retrospectivo, descritivo, com abordagem quantitativa. Apresenta uma amostra de 297 crianças de 6 a 10 anos e adolescentes de 10 a 20 anos. Foram avaliados 297 indivíduos. A frequência de níveis alterados de TG foi de

16,9%. Ao avaliar o CT, observa-se um alto índice de resultados alterados (30,7%),

sendo, significativamente, mais evidente no sexo feminino. A análise por sexo mostrou valores médios mais

elevados no sexo feminino para CT e HDL-c.

Para que haja um menor risco de ocorrência de doenças ateroscleróticas, é necessário que os níveis de HDL-c atinjam níveis desejáveis devendo-se identificar e tratar na própria infância. Artigo 9 Colesterolemia, trigliceridemia e excesso de peso em escolares de Santa Maria, RS, Brasil LUNARDI et al. 2010 Estimar a prevalência de hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia e sobrepeso em estudantes do município de Santa Maria - RS. Estudo transversal, com abordagem quantitativa. Apresenta uma amostra de 374 crianças de 10 a 12 anos de idade, de escolas das redes públicas e privadas. As prevalências de hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia e sobrepeso encontradas foram de 4,7%, 8,9% e 20,7%, respectivamente.

Não houve diferença significativa entre sexo e rede pública e privada. As

crianças com sobrepeso apresentaram maior prevalência de alterações lipídicas. A prevalência de alterações lipídicas pode ser considerada baixa, mas a prevalência de sobrepeso dos estudantes de Santa Maria mostrou-se relativamente alta. Artigo 10 Perfil lipídico em escolares de Recife – PE PEREIRA et al. 2010 Avaliar a magnitude das dislipidemias e investigar a relação do perfil lipídico com o sobrepeso e a obesidade Estudo observacional, transversal, com abordagem quantitativa. Apresenta uma amostra de 470

A maior parte da população era dislipidêmica (63,8%),

sendo a hipo-α-lipoproteinemia a dislipidemia mais prevalente

(56%). Adolescentes com Ficou demonstrada a elevada ocorrência do perfil lipídico desfavorável, o que

faz alertar para a

(10)

Revista UNIABEU, V.11, Número 27, janeiro-abril de 2018.

292

Título Autor Ano Objetivo Método Resultado Conclusão Formato

abdominal em adolescentes escolares da cidade do Recife - PE. adolescentes de 10 a 14 anos, de ambos os sexos, da rede pública de ensino de Recife -

PE.

sobrepeso ou com obesidade abdominal apresentaram valores mais

elevados de TG e mais baixos de HDL-c. As concentrações do CT e frações não diferiram em

relação ao sexo. necessidade da dosagem do perfil lipídico já nessa faixa etária. Medidas de estilo de vida saudável devem ser incentivadas nessa população. 11

Perfil lipídico e sua relação com fatores de risco para a aterosclerose em crianças e adolescentes ROVER et al. 2010 Avaliar o perfil lipídico de crianças e adolescentes entre 2 e 19 anos e verificar sua relação

com fatores de risco para a aterosclerose. Estudo descritivo, exploratório, ecológico, com abordagem quantitativa. Apresenta uma amostra de 1011 crianças e adolescentes de 2 a 19 anos, de ambos os sexos.

As médias obtidas foram 164, 100, 48, 82 e 116, respectivamente, para CT, LDL-c, HDL-c, TG e fração não-HDL-c em mg/dl; e 3,5 e 2,2, respectivamente, para CT/HDL-c e LDL-c/HDL-c.

Nos participantes com histórico familiar de DAC prematura, observaram-se

valores significativamente menores de HDL-c; nos obesos, valores maiores de TG e das relações CT/HDL-c

e LDL-c/HDL-c e entre os participantes com glicemia de jejum acima de 100mg/dl, valores significativamente maiores de CT. A alta prevalência de fatores de risco para a aterosclerose na população de crianças e adolescentes estudada justifica ações de Saúde Pública para controlar os fatores de risco e assim diminuir a incidência da aterosclerose. Artigo 12 Dislipidemia em escolares na rede privada de Belém RIBAS; SILVA. 2008 Investigar a prevalência de dislipidemia em crianças e adolescentes da rede particular de ensino na cidade de Belém. Estudo transversal e prospectivo, no qual foram avaliados 437 escolares pareados por

sexo. A faixa etária foi delimitada entre 6 a 19 anos. Do total de escolares analisados, 126 (28,8%) apresentaram sobrepeso e 158 (36,2%) índice de adiposidade elevado. As crianças (33,6%) apresentaram maior prevalência de obesidade quando comparadas com os

adolescentes (10,1%) Esses achados demonstram a importância de se diagnosticar precocemente o possível perfil lipídico, principalmente se este já apresentar associação com Artigo

(11)

Revista UNIABEU, V.11, Número 27, janeiro-abril de 2018.

Título Autor Ano Objetivo Método Resultado Conclusão Formato

(p<0,001). Quanto ao perfil bioquímico, constatou-se que

214 (49%) apresentaram alguma alteração no perfil lipídico e que as crianças e os adolescentes da faixa de

10 a 15 anos foram os grupos etários que apresentaram maiores taxas

de dislipidemia (34,6 e 25,5%), respectivamente.

outro fator de risco como a obesidade 13 Perfil lipídico e estado nutricional de adolescentes CARVALHO et al. 2007 Avaliar a associação entre obesidade e dislipidemias em adolescentes do ensino público e privado de Campina Grande-PB, Brasil.

Estudo transversal com 180 adolescentes de 14 a 17 anos matriculados no ensino público e privado de Campina Grande-PB. A prevalência de sobrepeso foi de 14,4% enquanto que 83,9% dos estudantes eram

eutróficos e 1,7% apresentavam baixo peso.

Não foram encontradas diferenças estatisticamente

significantes para o estado nutricional quando estratificado por sexo e tipo

de escola. Todas as taxas bioquímicas investigadas mostraram algum nível de

alteração. Chamou à atenção a prevalência de dislipidemia, observada em 66,7% dos estudantes, e a alteração do HDL-c, verificada em 56,7% destes. Registrou-se associação estatisticamente significante (p<0,05) do IMC, categorizado em tercis, com o colesterol total e sua fração

LDL-c, inclusive quando estratificados por sexo e tipo

de escola. Considerando-se a faixa etária estudada, foram elevados os achados de sobrepeso e dislipidemia. Recomenda-se a adição de medidas preventivas, a fim de evitar que cada vez mais crianças e

adolescentes venham a se tornar adultos portadores de obesidades e outras doenças crônicas. Artigo

(12)

Revista UNIABEU, V.11, Número 27, janeiro-abril de 2018.

294

Título Autor Ano Objetivo Método Resultado Conclusão Formato

14 Estudo do perfil lipídico em crianças e jovens do ambulatório pediátrico do Hospital Universitário Antônio Pedro, associado ao risco de dislipidemias SILVA et al. 2007 Avaliar os perfis lipídicos de crianças e jovens de ambos os sexos, de 2 até 19 anos de idade, da população atendida no Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP) e correlacionar os valores séricos das

lipoproteínas com os fatores de risco para dislipidemias e com as doenças de base apresentadas. Estudo descritivo, exploratório, ecológico, com abordagem quantitativa. Apresenta uma amostra de 787 crianças e adolescentes de 2 a 19 anos, de ambos os sexos. Os níveis plasmáticos do CT, LDL-c, TG e HDL-c foram maiores no sexo feminino do que no masculino e este fato converge com a literatura. A média dos valores de TG,

CT, LDL-c e HDL-c observada na população

estudada mostrou-se elevada para esses parâmetros, principalmente

em pacientes que apresentam doenças, como

síndrome nefrótica, lúpus eritematoso sistêmico (LES)

e diabetes mellitus (DM). Este trabalho reforça a tese da necessidade de utilização, no Brasil, de estudos sobre os intervalos de valores de referência do perfil lipídico nesta faixa etária e também sobre o perfil dos

níveis desses lipídios na população considerada sadia. Artigo Fonte: BVS.

(13)

4. DISCUSSÃO

O Brasil passou por uma grande mudança no seu perfil epidemiológico, onde se

observa uma diminuição das doenças infectocontagiosas e aumento das DDC

(MACHADO et al., 2005),

que tem se instalado cada vez mais cedo no individuo,

surgindo então a necessidade de intervenção em idades mais jovens, a fim de se

prevenir futuros agravos a saúde, dentre eles os agravos cardiovasculares

(GIULIANO; CARAMELLI, 2008; MACHADO et al., 2005).

A transição alimentar/nutricional tem fundamental importância nessa mudança do

perfil epidemiológico (BATISTA FILHO; BATISTA, 2010), essa transição se

caracteriza especialmente pelo consumo de alimentos mais calóricos e diminuição

da atividade física, as crianças têm aderido cada vez mais ao uso do computador e

televisão como formas de lazer, simultaneamente vem crescendo o consumo de

refeições ricas em gorduras, açúcares, alimentos refinados, com baixa quantidade

de fibras e carboidratos complexos, exemplo disso são as refeições rápidas e fora

de casa, com refrigerantes, salgadinhos, sanduíches e biscoitos, cada vez mais

comuns (TARDIDO; FALCÃO, 2006).

Observa-se, na Tabela 1, que

todas as pesquisas foram feitas com indivíduos de

ambos os sexos. Os estudos englobaram crianças e adolescentes, no entanto

alguns só envolveram crianças.

A dislipidemia em crianças pode ter origem na gestação, sendo que a hiperlipidemia

em gestantes pode determinar a formação de estrias gordurosas vasculares no feto

(ROMALDINI et al., 2004). Essas alterações no perfil lipídico das crianças e

adolescentes se relacionam com a influência genética e variação biológica, podendo

também estar relacionado com fatores ambientais, como hábitos alimentares da

família e condições socioeconômicas (GIULIANO; CARAMELLI, 2008; FRANCA;

ALVES, 2006).

Os estudos analisaram os valores de mais de uma fração dos lipídeos [04(40%)]

(PEREIRA et al., 2010; LUNARDI et al., 2010; ROVER et al., 2010; SILVA et al.,

2007), outros relataram apenas a presença ou não de dislipidemia, não

(14)

Revista UNIABEU, V.11, Número 27, janeiro-abril de 2018.

296

especificando quais frações dos lipídeos apresentaram alteração [04(40%)] (RIBAS;

SILVA, 2008; NOBRE et al., 2013; ALCÂNTARA NETO et al., 2012; ARAKI et al.,

2010) e alguns ainda observaram apenas o valor do CT, não avaliando suas frações

[02(40%)] (BERGMANN et al., 2011; BEZERRA et al., 2011).

Grande parte dos

estudos analisaram também a ocorrência de sobrepeso e/ou obesidade na

população estudada [09(90%)] e, dos que fizeram essa analise, a maior parte

encontrou associação entre o sobrepeso e a dislipidemia [05(55,55%)] (PEREIRA et

al., 2010; NOBRE et al., 2013; BERGMANN et al., 2011; BEZERRA et al., 2011;

SILVA et al., 2007) e os demais encontraram crianças e adolescentes com

sobrepeso e/ou obesidade, mas não concluíram nenhuma relação direta

[04(44,44%)] (RIBAS; SILVA, 2008; ALCÂNTARA NETO et al., 2012; BEZERRA et

al., 2011; LUNARDI et al., 2010).

Considerando a dislipidemia como uma alteração nas concentrações séricas de um

ou mais lipídeos/lipoproteínas (TG, CT, HDL-c e LDL-c) (FERNANDES et al., 2011;

BONFIM et al., 2012; FARHI et al., 2008), a menor incidência de dislipidemia

encontrada nesta revisão foi nos estudos de Lunard et al. (2010) (8,9%) e a maior foi

relatada por Bezerra et al. (2011) (66,1%), valor próximo ao encontrado nos estudos

de Carvalho et al. (2007)

(66,7%) e Barbosa et al. (2012)

(60,6%), ressaltando que a

maioria dos estudos [07(70%)] (PEREIRA et al., 2010; RIBAS; SILVA, 2008; NOBRE

et al., 2013; BEZERRA et al., 2011; ROVER et al., 2010; ARAKI et al., 2010; SILVA

et al., 2007) apresentaram um percentual de dislipidemia superior a 40% nas

crianças e adolescentes, valor maior que as estimativas de dislipidemia em crianças

e adolescentes no mundo, citadas por Araki et al. (2010)

e

Giuliano e Caramelli

(2008), 38,5% e entre 2,9 e 33%, respectivamente.

Na maioria dos estudos, pode-se verificar associação entre a dislipidemia e a

obesidade (PEREIRA et al., 2010; NOBRE et al., 2013; BERGMANN et al., 2011;

BEZERRA et al., 2011, SILVA et al., 2007), essa associação já havia sido relatada

em vários estudos anteriores, sendo a obesidade um fator de risco para a

dislipidemia (CARVALHO et al., 2007; RIBAS; SILVA, 2008; STADLER et al., 2011;

SOUZA et al., 2003),

embora Moniz et al. (2011) e Fuenmayor et al. (2013) em seus

estudos, não tenham encontrado relação da dislipidemia com a obesidade. É

importante ressaltar, no entanto, que tanto a obesidade, quanto a dislipidemia, estão

(15)

Revista UNIABEU, V.11, Número 27, janeiro-abril de 2018.

entre os fatores de risco para as doenças cardiovasculares (DCV) (CARVALHO et

al., 2007; MONIZ et al., 2011; SOUZA et al., 2003; ROMALDINI et al., 2004;

FUENMAYOR et al., 2013), que por sua vez tem se apresentado uma das principais

causas de mortalidade no mundo (SOUZA et al., 2003; LESSA et al, 2004; ISHITANI

et al., 2006; BEZERRA et al., 2012; BONFIM et al., 2012; FUENMAYOR et al.,

2013). Estes mesmos estudos também associam a dislipidemia com outras doenças

crônicas, tais como o DM2, a doença hepática (esteatose hepática) e a DRC.

As DCV são doenças inflamatórias crônicas, que se iniciam normalmente na

primeira década de vida, com lesões endoteliais em artérias de médio e grande

calibre, formadas por estrias gordurosas que se desenvolvem posteriormente em

placas fibrosas com formação de trombos ou diminuição do fluxo sanguíneo por

aumento destas placas, dando origem, assim, as DCV (COSTA et al., 2012). A

velocidade da evolução dessas placas depende, entre outros fatores, da presença

de alterações do perfil lipídico (COSTA et al., 2012).

A obesidade apresenta

importante fator de risco para a dislipidemia, e tanto os valores elevados do Índice

de Massa Corporal (IMC), quanto à deposição de gordura na região abdominal,

aumentam o risco para o surgimento das doenças ateroscleróticas (LIMA et al.,

2012).

As alterações do perfil lipídico que se iniciam na infância de forma silenciosa,

geralmente só são identificadas na idade adulta, já como lesão aterosclerótica

(GAMA et al., 2007). Neste contexto, as ações preventivas e de controle na

população pediátrica, se fazem importantes, uma vez que as DCV apresentam

evolução lenta e subclínica (FUENMAYOR et al., 2013). Portanto, se faz necessário

a manutenção do peso saudável na infância, visto que o sobrepeso infantil pode

persistir na vida adulta, acompanhado de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e

diabetes mellitus (DM), que também representam importantes fatores de risco para

DCV.

5. CONCLUSÃO

Conclui-se que há alta prevalência de dislipidemia nas crianças e adolescentes. Isso

pode ser atribuído à transição alimentar/nutricional, que se dá pelo estilo de vida

mais sedentário, marcada pelo uso de videogames, televisão, computadores, tablets

(16)

Revista UNIABEU, V.11, Número 27, janeiro-abril de 2018.

298

e outros aparelhos, que não exigem esforço físico, como forma de lazer, e ao

consumo cada vez maior de fast foods, salgadinhos, refrigerantes, comidas

congeladas e alimentos industrializados ricos em gorduras, açúcares e carboidratos

simples. Outro fator a que se pode atribuir o elevado percentual de dislipidemia é a

obesidade infantil, que já se tornou um grande problema de saúde pública, e

também é uma das consequências dessa transição nutricional.

Sugere-se

que sejam realizados mais estudos sobre o estilo de vida na infância e

adolescência e como isso pode refletir na saúde do indivíduo ao longo da vida, com

o intuito de prevenir uma possível epidemia de doenças crônicas não transmissíveis

(DCNT) que já vem gerando um grande gasto à saúde pública com tratamentos,

bem como medicamentos, exames, acompanhamento médico (consultas), dentre

outros.

REFERÊNCIAS

ALCÂNTARA NETO, O. D. et al. Fatores associados à dislipidemia em crianças e

adolescentes de escolas públicas de Salvador, Bahia. Revista Brasileira de Epidemiologia.

São Paulo, v. 15, n. 2, pp. 335-345, 2012.

ARAKI, M. V. R. et al. Não-HDL colesterol em escolares e adolescentes. Scientia Plena.

Aracaju, v. 9, n. 2, pp. 1-8, 2013.

ARAKI, M. V. R. et al. Análise do perfil lipídico de crianças e adolescentes do estado de

Sergipe. Scientia Plena. Aracajú, v. 6, n. 12, pp. 1-6, 2010.

BARBOSA, L. et al. Parâmetros antropométricos e de composição corporal na predição do

percentual de gordura e perfil lipídico em escolares. Revista Paulista de pediatria. São

Paulo, v. 30, n. 4, pp. 520-528, 2012.

BATISTA FILHO, M.; BATISTA, L. V. Transição alimentar/nutricional ou mutação

antropológica? Ciência e Cultura. São Paulo, v. 62, n. 4, pp. 26-30, 2010.

BERGMANN, M. L. A. et al. Colesterol total e fatores associados: estudo de base escolar no

sul do Brasil. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. São Paulo, v. 97, n. 1, 2011.

BERTGES, L. C. et al. Hiperlipidemia induzida por Triton WR-1339 (Tyloxapol) em Ratos

Wistar. Revista Brasileira de Ciências Médicas e da Saúde. Juiz de Fora, v. 1, n. 1, pp.

29-31, 2011.

BEZERRA, A. C. et al. Associação entre dislipidemia e excesso de peso de crianças e

adolescentes atendidos em uma unidade de saúde. Revista Baiana de Saúde Pública.

Salvador, v. 35, n. 2, pp. 348-362, 2011.

BONFIM, M. R. et al. Caracterização do tratamento medicamentoso com estatinas em

unidade básica de saúde. Medicina (Ribeirão Preto). Ribeirão Preto, v. 46, n. 1, pp. 47-55,

2012.

(17)

Revista UNIABEU, V.11, Número 27, janeiro-abril de 2018.

CARVALHO, D. F. et al. Perfil lipídico e estado nutricional de adolescentes. Revista

Brasileira de Epidemiologia. São Paulo, v. 10, n. 4, pp. 491-498, 2007.

COSTA, J. F. et al. Avaliação do risco cardiovascular em idosos residentes em asilos da

Grande Curitiba – PR. Cadernos da Escola de Saúde. Curitiba, v. 2, n. 8, pp. 44-60, 2012.

FARHI, L. et al. Dislipidemia em pacientes HIV/AIDS em uso de antirretrovirais num hospital

universitário, Rio de Janeiro, Brasil. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial.

Rio de Janeiro, v. 44, n. 3, pp. 175-184, 2008.

FERNANDES, R. A. et al. Prevalência de dislipidemia em indivíduos fisicamente ativos

durante a infância, adolescência e idade adulta. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. São

Paulo, v. 97, n. 4, pp. 317-323, 2011.

FRANCA, E.; ALVES, J. G. B. Dislipidemia entre Crianças e Adolescentes de Pernambuco.

Arquivos Brasileiros de Cardiologia. São Paulo, v. 87, n. 6, pp. 722-727, 2006.

FUENMAYOR, G. et al. Prevalência de dislipidemia em população infantil com cardiopatia

congênita. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. São Paulo, v. 101, n. 3, pp. 273-276, 2013.

GAMA, S. R. et al. Prevalência em crianças de fatores de risco para as doenças

cardiovasculares. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro, v. 23, n. 9, pp. 2239-2245,

2007.

GIULIANO, I. C. B.; CARAMELLI, B. Dislipidemias na infância e na adolescência. Pediatria

(São Paulo). São Paulo, v. 29, n. 4, pp. 275-285, 2008.

ISHITANI, L. H. et al. Desigualdade social e mortalidade precoce por doenças

cardiovasculares no Brasil. Revista de Saúde Pública. São Paulo, v. 40, n. 4, pp. 684-691,

2006.

KRAUSE, M. P. et al. Análise do perfil lipídico de mulheres idosas em Curitiba - Paraná.

Arquivos Brasileiros de Cardiologia. São Paulo, v. 90, n. 5, pp. 327-332, 2008.

LESSA, I. et al. Simultaneidade de fatores de risco cardiovascular modificáveis na

população adulta de Salvador (BA), Brasil. Revista Panamericana de Salud Pública.

Washington, v. 16, n. 2, pp. 131-137, 2004.

LIMA, N. A. et al. Perfil da prática de exercícios físicos e fatores de risco cardiovascular em

servidores de um restaurante universitário. Cadernos de Cultura e Ciência. Crato, v. 11, n. 1,

pp. 59-69, 2012.

LUNARDI, C. A. et al. Colesterolemia, Trigliceridemia e Excesso de Peso em Escolares de

Santa Maria, RS, Brasil. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Niterói, v. 16, n. 4, pp.

250-253, 2010.

MACHADO, R. L. et al. Obesidade infantil e prevenção de cardiopatia isquêmica:

contribuições da intervenção psicológica em um ambulatório de referência no sul do Brasil.

Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar. Rio de Janeiro, v. 8, n. 2, pp.

25-49, 2005.

MONIZ, M. et al. Factores de risco cardiovascular e obesidade infantil. Acta Médica

(18)

Revista UNIABEU, V.11, Número 27, janeiro-abril de 2018.

300

NOBRE, L. N. et al. Sociodemographic, anthropometric and dietary determinants of

dyslipidemia in preschoolers. Jornal de Pediatria. Rio de Janeiro, v. 89, n. 5, pp. 462-469,

2013.

NOZAKI, V. T. et al. Perfil lipídico da polpa e amêndoa da guarirova. Ciência Rural. Santa

Maria, v. 42, n. 8, pp. 1518-1523, 2012.

PEREIRA, P. B. et al. Perfil lipídico em escolares de Recife

– PE. Arquivos Brasileiros de

Cardiologia. São Paulo, v. 95, n. 5, pp. 606-613, 2010.

RIBAS, S. A.; SILVA, L. C. S. Dislipidemia em escolares na rede privada de Belém. Arquivos

Brasileiros de Cardiologia. São Paulo, v. 92, n. 6, pp. 446-451, 2008.

ROMALDINI, C. C. et al. Fatores de risco para aterosclerose em crianças e adolescentes

com história familiar de doença arterial coronariana prematura. Jornal de Pediatria. Rio de

Janeiro, v. 80, n. 2, pp. 135-140, 2004.

ROVER, M. R. M. et al. Perfil lipídico e sua relação com fatores de risco para a

aterosclerose em crianças e adolescentes. Revista Brasileira de Análises Clínicas. Rio de

Janeiro, v. 42, n. 3, pp. 191-195, 2010.

SALES, R. L. et al. Efeitos dos óleos de amendoim, açafrão e oliva na composição corporal,

metabolismo energético, perfil lipídico e ingestão alimentar de indivíduos eutróficos

normolipidêmicos. Revista de Nutrição. Campinas, v. 18, n. 4, pp. 499-511, 2005.

SCHWERTZ, M. C. et al. Efeito hipolipidêmico do suco de camu-camu em ratos. Revista de

Nutrição. Campinas, v. 25, n. 1, pp. 35-44, 2012.

SILVA, R. A. et al. Estudo do perfil lipídico em crianças e jovens do ambulatório pediátrico

do Hospital Universitário Antônio Pedro associado ao risco de dislipidemias. Jornal Brasileiro

de Patologia e Medicina Laboratorial. Rio de Janeiro, v. 43, n. 2, pp. 95-101, 2007.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na

Infância e na Adolescência. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. São Paulo, v. 85, supl. 6,

pp. 3-36, 2005.

SOUZA, L. J. et al. Prevalência de obesidade e fatores de risco cardiovascular em Campos,

Rio de Janeiro. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia. Campos, v. 47, n. 6,

pp. 669-676, 2003.

STADLER, T. A. C. et al. Associação dos níveis de dislipidemia entre obesidade tipo I, II e

III. Arquivos Catarinenses de Medicina. Florianópolis, v. 40, n. 3, pp. 21-24, 2011.

TARDIDO, A. P.; FALCÃO, M. C. O impacto da modernização na transição nutricional e

obesidade. Revista Brasileira de Nutrição Clínica. Porto Alegre, v. 21, n. 2, pp. 117-124,

2006.

Submetido: 16 de outubro de 2017

Aceito: 18 de dezembro de 2017

Imagem

Tabela 1 – Seleção e captação parcial dos artigos conforme bases de dados virtuais.
Tabela 2 – Caracterização das publicações quanto ao título, autor, ano, objetivo, método, resultado e conclusão

Referências

Documentos relacionados

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

Nesse contexto, o objetivo desse artigo foi revisar as principais evidências que demonstram a relação entre a dislipidemia, o baixo peso ao nascer e obesidade na infância com

• The definition of the concept of the project’s area of indirect influence should consider the area affected by changes in economic, social and environmental dynamics induced

Nas leituras de falhas efetuadas, foram obtidos códigos de anomalia por meio de dois diferentes protocolos de comunicação: o ISO 14230 KWP (2000) e o ISO 15765-4 CAN. A seguir, no

Este trabalho, seguindo o método Design Science Research, fez uma revisão da literatura, uma análise bibliométrica e o estudo de uma empresa para encontrar os elementos da

São considerados custos e despesas ambientais, o valor dos insumos, mão- de-obra, amortização de equipamentos e instalações necessários ao processo de preservação, proteção

Para que o estudante assuma integralmente a condição de cidadão é preciso dar-lhe voz. Sendo o diálogo, portanto, fundamental para a cidadania, o professor de Ciências deve buscar

O objetivo deste artigo é justamente abordar uma metodologia alternativa para a elaboração de análises contábeis e financeiras, denominada de balanço perguntado e