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Perda carga e reservatorio

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Academic year: 2018

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Texto

(1)

Cálculo de perda de carga e

di e sio a e to do reservatório

Prof. Eduardo Yuji Sakurada

(2)

1

Sumário

1 Introdução ... 2

2 Fator de atrito () ... 3

3 Perda de carga distribuída ... 4

4 Perda de carga localizada ... 4

4.1 Perda de carga nas conexões ... 4

4.2 Perda de carga nas válvulas da linha de pressão ... 6

4.2.1 Válvula direcional ... 6

4.2.2 Válvula redutora de vazão ... 7

4.2.3 Válvula de retenção simples ... 8

4.2.4 Válvula de retenção com desbloqueio hidráulico ... 8

4.2.5 Válvula de sequência ... 9

5 Procedimento organizado ... 9

5.1 Perda de carga por singularidades ... 9

5.2 Perda de carga nas válvulas ... 10

5.3 Perda de carga total ... 10

6 Perda térmica ... 10

7 Exercício exemplo ... 11

8 Dimensionamento do reservatório ... 13

8.1 Superfície de troca térmica ... 13

(3)

2

1

Introdução

O dimensionamento apresentado nesta apostila segue as orientações doàlivroà áuto aç oàHidr ulica à de Arivelto Bustamante Fialho. Este documento apresenta os cálculos de perda de carga que ocorrem na linha de pressão do sistema hidráulico e também aborda o dimensionamento do reservatório em função da capacidade de troca de calor.

No regime laminar, o fluido tem seu perfil de velocidades representado por camadas, que se deslocam uma sobre as outras. As camadas de fluido em contato com a superfície do tubo estão paradas. As camadas seguintes possuem um deslocamento relativo e progressivo. Assim, a camada que está posicionada na linha de centro do tubo, possui a velocidade máxima da seção transversal.

O atrito resultante do deslizamento das camadas, umas sobre as outras, produz a chamada perda de carga. Assim, parte da energia cinética do fluido é dissipada em forma de calor por causa do atrito.

Além do atrito existente entre as camadas de fluido, existem componentes hidráulicos (conexões e válvulas) que dificultam o escoamento do fluido, e consequentemente, geram mais perdas de carga.

Portanto, a perda de carga pode ser de dois tipos:

 Perda de carga distribuída.

 Perda de carga localizada.

A equação ( 1 ) é usada para calcular a perda de carga (distribuída + localizada) na linha de pressão do sistema.

∆ = �. . . �.. ( 1 )

Em que:

-  = Fator de atrito [adimensional].

-  = Massa específica do fluido em [kg/m3] é igual a 881,1 para o óleo SAE-10.

- v = Velocidade de escoamento do fluido recomendado [cm/s] para linha de pressão. - dt = Diâmetro interno do tubo comercial em [cm].

- Lt = L1+L2 = Comprimento total da tubulação [cm]

- L1 = Comprimento da tubulação retilínea [cm]

- L2 = Comprimento equivalente das singularidades [cm]

- P = Perda de carga na tubulação [ bar]

- = Fator de conversão

Ao utilizar a equação ( 1 ) deve-se cuidar com o valor do diâmetro a ser adotado. As tubulações são comercialmente especificadas de acordo com o seu diâmetro externo, no entanto, o valor que deve ser usado na equação se refere ao diâmetro interno.

(4)

3

Tabela 1 – Diâmetro de tubos comerciais (Ermeto)

2

Fator de atrito (

)

O fator de atrito ou coeficiente de resistência de Darcy-Weisbach, é um parâmetro adimensional que é utilizado para calcular a perda de carga em uma tubulação. Seu valor pode variar com a rugosidade relativa da tubulação e o número de Reynolds. Quando o escoamento é laminar, seu valor depende apenas do número de Reynolds.

(5)

4

Tabela 2 - Fator de atrito.

Para tubos rígidos e temperatura constante

Para tubos rígidos e temperatura variável ou para tubos flexíveis e temperatura constante.

9 Para tubos flexíveis e temperatura variável

3

Perda de carga distribuída

A perda de carga distribuída ocorre na tubulação em função do comprimento linear em cm.

4

Perda de carga localizada

A perda de carga localizada pode ocorrer nas conexões (luvas, curvas, registros, reduções etc) e nas válvulas.

4.1

Perda de carga nas conexões

As perdas de carga nas conexões podem ser obtidas das Tabelas 3 e 4, cujos valores são obtidos em comprimento equivalente [L2]. Também pode-se obter os valores com os fabricantes de conexões.

(6)

5

Tabela 4 - Comprimentos equivalentes (perda de carga por singularidade). Continuação...

A Figura 1 apresenta alguns tipos de conexões citados nas Tabela 3 e Tabela 4.

Figura 1 – Ilustração dos tipos de conexões.

(7)

6

4.2

Perda de carga nas válvulas da linha de pressão

Durante a passagem do fluido por meio das válvulas, ocorrem perdas de pressão e estas devem ser contabilizadas no dimensionamento. Os gráficos para obtenção das perdas de carga são obtidos dos catálogos de fabricantes das válvulas.

A seguir, serão apresentados os gráficos das válvulas direcionais, válvulas de sequência, válvula redutora de vazão e válvula de retenção.

4.2.1

Válvula direcional

Inicialmente é preciso verificar a configuração interna da válvula, ou seja, como as vias se comunicam para diferentes posições de operação da válvula. Para cada configuração é associada uma letra do alfabeto. A Figura 2 apresenta um exemplo das configurações.

(8)

7 Após ter a configuração interna da válvula, é necessário verificar a direção do fluxo (P para A, P para B, A para T, B para T). Com isso, descobre-se qual das curvas do gráfico Pressão x Vazão devem ser consultadas. A Figura 3 apresenta o gráfico Pressão x Vazão para diferentes configurações de válvulas direcionais.

Figura 3 - Válvula direcional Rexroth

Por exemplo, para a válvula direcional do tipo E valem as curvas 1 (A->T e B->T) e 3 (P-> A e P->B) da Figura 3.

4.2.2

Válvula redutora de vazão

(9)

8

Figura 4 - Válvula redutora de vazão Rexroth

A medida que o númeroàcorrespo de teà à Posiç oàdoàestra gula e toàe àrotações àau e ta,àparaà uma mesma vazão, ocorre uma queda da perda de carga. Quando a válvula está com grande abertura, o número tende ao 5, e quando está fechada, tende a zero.

4.2.3

Válvula de retenção simples

A Figura 5 apresenta uma válvula de retenção simples e o gráfico de Vazão x Perda de carga. A curva indicada por zero corresponde a uma válvula de retenção sem mola. As curvas indicadas por 1, 2, 3 e 5 correspondem à válvulas cujas pressões de abertura correspondem à 1, 2, 3 e 5 respectivamente.

Figura 5 - Válvula de retenção simples.

4.2.4

Válvula de retenção com desbloqueio hidráulico

(10)

9

Figura 6 - Válvula de retenção com desbloqueio hidráulico.

4.2.5

Válvula de sequência

A Figura 7 apresenta uma válvula de sequência com comando direto. Esta válvula possui um by-pass, o que faz com que quando o óleo vem do ponto B, passa pela retenção e sai em Y, próximo do ponto A. Nesse caso, para medir a perda de carga, deve-se adotar a curva 1 (Sentido B->A).

Para o fluido que faz o caminho de A para B, deve-se utilizar a curva 2 para obter a perda de carga.

Figura 7 - Válvula de sequência.

5

Procedimento organizado

Para obter um memorial de cálculo mais claro, é conveniente organizar os dados em tabelas, como os modelos apresentados a seguir.

5.1

Perda de carga por singularidades

(11)

10

Tabela 5 - Perda de carga por singularidades da linha de pressão

Singularidade Quantidade Comprimento por

unidade (cm)

Comprimento

equivalente total (cm)

Total L2 =

O comprimento total Lt é calculado com o comprimento da tubulação retilínea (L1) e o comprimento

equivalente das singularidades (L2).

� = + ( 2 )

5.2

Perda de carga nas válvulas

A Tabela 6 pode ser utilizada para calcular a perda de carga nas válvulas da linha de pressão. Os valores podem ser obtidos com os fabricantes nos gráficos de Vazão x Perda de carga.

Tabela 6 - Perda de carga nas válvulas da linha de pressão

Válvula Quantidade Perda de carga

por unidade (bar)

Perda de carga total (bar)

Total dP =

5.3

Perda de carga total

A perda de carga total (PT) na linha de pressão será obtida por

 = + ( 3 )

Onde P é obtida com a equação ( 1 ) e dP é proveniente da Tabela 6.

A finalização do cálculo acontece se a seguinte condição for satisfeita:

� > + ∆ ( 4 )

Em que:

 PN = Pressão nominal (pressão disponível – Sistemas de baixa pressão, média pressão etc)

 PTb = Pressão de trabalho

 PT = Perda de carga total

6

Perda térmica

A perda térmica gerada em um sistema hidráulico caracteriza-se pela perda de potência. Ela também pode ser vista em termos de taxa de calor causada pelas perdas de carga.

Se a magnitude dessa taxa de calor atinge valores relativamente grandes e não consegue ser dissipada pela recirculação do óleo pelo tanque, torna-se necessário o uso de um trocador de calor.

(12)

11 Em que:

 PT = Perda de carga total [bar], equação ( 3 )

 QB = Vazão fornecida pela bomba hidráulica [l/min]

 Q = Perda térmica [kcal/h]

 1,434 = Fator de conversão

7

Exercício exemplo

Determinar a perda de carga total (PT) e a perda de carga térmica (Q) para o cilindro do sistema abaixo.

Dados:

(1) Válvula de controle direcional do tipo G (2) Válvula redutora de vazão DRV 8 (posição 5)

PN = 150 bar PTb = 60 bar

L1à=à5à àli earesàco àdi etroàdeà5/8 (parede 0,15cm) L2 = 2 tês de passagem direta, 2 curvas 90 de raio longo, 2 cotovelos 90 de raio médio

Vazão máxima do sistema = 40 l/min

Viscosidade do óleo:  = 0,45 St (ou 0,45 cm²/s )

Tubos rígidos de temperatura variável

Solução

1º Passo

Listar as perdas de carga por singularidades de conexões

Singularidade Quantidade Comprimento por unidade (cm)

Comprimento

equivalente total (cm)

Total L2 =

2º Passo

Listar as perdas de carga por singularidades de válvulas:

Válvula Quantidade Perda de carga

por unidade (bar)

Perda de carga total (bar)

Total dP =

3º Passo

(13)

12 Lt = L1 + L2

Lt = _______________________

4º Passo

Determinar a perda de carga na linha de pressão

∆ = �. . . �..

a) Diâmetro interno da tubulação

Diâmetro externo da tubulação = ___________________

Diâmetro interno (dt) [cm] = ________________

b) Velocidade recomendada para o fluido para 150 bar [cm/s]

v = , . ,

V = ____________________

c) Número de Reynolds

= v. �

Re = _______________________

d) Determinar o fator de atrito ()

 = _______________________

e) Determinar a perda de carga (p) [bar]

p = _______________________

5º Passo

Determinar a perda de carga total do sistema [bar]

 = +

(14)

13 6º Passo

Verificação da condição funcional do sistema

� > +

7º Passo

Cálculo da dissipação térmica (Perda de Potência) [kCal/h]

� = , . Δ .

q = ____________________

8

Dimensionamento do reservatório

As funções do reservatório são basicamente as do armazenamento do fluido e seu resfriamento por condução e convecção. Existem, portanto, dois pontos a serem analisados:

 Qual o volume mínimo necessário de fluido a ser armazenado no reservatório.

 Qual a área mínima de superfície necessária para a troca térmica, que permite que a temperatura do óleo baixe para a sua viscosidade ideal de trabalho.

Como regra prática, costuma-se adotar a seguinte regra prática:

O volu e de fluido a aze ado o ese vató io deve se o suficie te pa a sup i o siste a po u pe íodo de o í i o t ês i utos a tes ue haja o seu eto o, co pleta do o ciclo.

Ou seja,

� ≥ . ( 6 )

Como o volume necessário foi definido (equação ( 6 ) , falta então determinar a área mínima de superfície para a troca térmica.

8.1

Superfície de troca térmica

A troca térmica é proporcional à diferença de temperatura entre o ambiente e o óleo e também com a área. Ela pode ser expressa pela equação ( 7 ).

� = . . − ( 7 )

Em que:

 q =Carga térmica [kCal/h]

 K = Coeficiente de troca térmica entre a instalação e o ambiente.

= ℎ. .℃

 S = Superfície de troca térmica [m2]

(15)

14

8.2

Exemplo

Dimensionar um reservatório para um sistema que opera com uma vazão de bomba QB = 40 l/min e gera uma quantidade de calor q = 3000 kcal/h. A temperatura de operação do sistema hidráulico é de T2 =

40 oC e a temperatura ambiente é aproximadamente T

1 30 oC.

� ≥ .

� ≥ � . => �� � � ≥ ou 0,120 m3

Cálculo da área para a troca térmica

� = . . − = .

= ��ℎ ��

ℎ. .℃ . ℃− ℃

=> S = 23,07 m2

Imaginando um reservatório prismático, cujas relações dimensionais sejam 3L:2L:1L, e desconsiderando a área referente à tampa superior, que não entra em contato com o fluido, e por isso não participa da superfície de troca térmica. Na realidade participa, mas apenas pelo fenômeno da radiação.

S = 2.(3L.L) + 2.(2L.L) + (3L.2L) = 16 L2

S = 23,07 m2 = 16 L2

= √ , => L = 1,2 m

Portanto, o reservatório terá 3,6 m x 2,4 m x 1,2 m que resulta em um volume de aproximadamente 10,4 m3. Ou seja, 86 vezes maior que o mínimo necessário (0,120 m3).

Conclusão: O dimensionamento em função da superfície de troca térmica é impraticável, pois resulta em reservatórios com grandes volumes. Portanto será necessário usar um trocador de calor do tipo óleo-ar ou óleo-água.

As dimensões do reservatório de 0,120 m3 será:

Volume do reservatório = 3L . 2L . 1L = 6L3

= √ , => L = 0,271 m ou 27,1 cm

Imagem

Tabela 3 - Comprimentos equivalentes (perda de carga por singularidade).
Figura 1  –  Ilustração dos tipos de conexões.
Figura 2 - Configurações das válvulas direcionais
Figura 3 - Válvula direcional Rexroth
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Referências

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