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A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO EM PACIENTE COM ANOREXIA E BULIMIA NERVOSAS

Aline Lira Passos Barbosa1 Hávylla Samara Miranda De Lima2 Núbia Gonçalves da Paixão Eneterio 3 Resumo:

Este artigo tem como objetivo verificar a influência que os estudos sobre os transtornos alimentares anorexia e bulimia nervosas tem dentro da psicologia. Pois assim, identificar a influência dos estudos sobre os transtornos alimentares anorexia e bulimia nervosas e então realizar o levantamento do número de pesquisas na qual é abordado o tema de 2014 a 2018. O método para uma pesquisa de natureza qualitativa e descritiva, usando-se como procedimentos técnicos, para o levantamento bibliográfico. Os resultados aponta que o papel da psicologia tem que entender o contexto familiar que os pacientes de anorexia e bulimia nervosa estão inseridos e que tenha um resultado relevante no tratamento. Concluindo assim que há uma escassez de pesquisas recentes sobre o assunto, e que as pesquisas existentes têm como foco a dinâmica familiar dos pacientes.

Palavras- Chave: anorexia e bulimia. dinâmica familiar. transtornos alimentares.

THE PSYCHOLOGIST'S PERFORMANCE IN PATIENTS WITH ANOREXIA AND BULIMIA

Abstract

This article aims checking the influence that studies on eating disorders anorexia and bulimia nervosa has within psychology. Thus, to identify the influence of studies on eating disorders anorexia and bulimia nervosas and then carry out the survey of the number of researches in which the theme of 2014 to 2018 is approached. The method for a research of a qualitative and descriptive nature, using as technical procedures, for the bibliographic survey. The results point out that the role of psychology has to understand the family context that patients of anorexia and bulimia nervosa are inserted and that has a relevant result in the treatment. Concluding therefore that there is a dearth of recent research on the subject, and that existing research focuses on the family dynamics of patients.

Keywords: anorexia and bulimia. family dynamics. eating disorders.

1. Introdução

O ser humano é constituído pelos aspectos: biológico, psicológico, social e espiritual, entretanto devem-se levar em consideração todos esses componentes para entender os pacientes que apresentam os transtornos alimentares. Como descrito por

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1Acadêmica do Curso de Psicologia da UniEvangélica. E-mail: aline_lir4@homail.com

2Acadêmica do Curso de Psicologia da UniEvangélica. E-mail: havysmiranda@gmail.com

3Mestre em Tecnologias Ambientais. Docente no curso de Psicologia da UniEvangélica. E-mail: nubiapsiambiental@gmail.com

Appolinário e Claudino (2000), os primeiros sintomas dos transtornos alimentares se apresentam na infância e na adolescência. Os primeiros sintomas na infância são identificados como a dificuldade de se alimentar e a perda de peso ou ganho inapropriado, com inicio antes dos seis anos de idade. A Revista Sociedade Portuguesa de Psicanálise – SPP apresenta o entendimento de que a imagem corporal e a alimentação vêm sendo desenvolvida desde o nascimento, pois o individuo é a complexidade da sua relação com o próprio corpo, através do cuidado, e as sensações corporais praticadas pela mãe, vão assim formando a identificação do bebe com seu corpo e sua identidade. (FERNANDES, 2006).

Segundo Giordani (2006, p. 81) “A anorexia é um transtorno no comportamento alimentar com a distorção na autoimagem corporal, sendo sua principal característica o medo mórbido de engordar e uma forma preventiva de realizar a restrição alimentar."

Também se tem relatos de crises em períodos de grande ansiedade e/ou stress e quadros que tem duração ininterrupta. Segundo o sistema classificatório da última edição do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-V), tem-se descritos dois tipos de apresentação para anorexia: o primeiro, os pacientes têm apenas comportamentos restritivos associados à dieta (tipo restritivo); no outro grupo (tipo purgativo), no qual ocorrem episódios de compulsão alimentar e/ou comportamentos mais perigosos, como os vômitos auto induzidos, o abuso de laxativos e de diuréticos. A classificação dos transtornos mentais internacional de doenças, 10ª Edição (CID-10) já não distingue tipos de anorexia e, portanto, pacientes anoréticas que apresentam episódios bulímicos podem receber os dois diagnósticos: anorexia e bulimia nervosas. (APA, 2013; APPOLINÁRIO e CLAUDINO, 2000; OMS, 1997).

A bulimia nervosa (BN) tem como característica principal o aspecto comportamental, que tem como início uma compulsão alimentar e é visto como um componente subjetivo que é a sensação, por parte do indivíduo, de total falta de controle sobre o seu próprio comportamento. E, por sentir uma intensa vergonha, culpa e desejos de autopunição, pode ocorrer o vômito auto induzido (APPOLINÁRIO e CLAUDINO, 2000).

Releva-se a participação profissional nesse contexto. Leonidas e Santos (2015) propõe que os profissionais que estão no tratamento dos pacientes reforcem a tão

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necessário é a assistência da rede de apoio, quando ela evidencie o potencial e a melhora dos padrões de relacionamento dos pacientes.

Bechara e Kohatsu (2014) ainda inferem que existe uma ligação entre o modo da dinâmica da família e o aparecimento do transtorno. Essa dinâmica familiar disfuncional acarreta nos pacientes pensamentos e crenças de insatisfação sobre a aparência. Atitudes corporais incluem não apenas esses pensamentos e crenças disfuncionais, como também a avaliação e experiências emocionais negativas com o corpo (SOUZA et al., 2014).

Conforme apresentado no DSM-V e CID-10, a anorexia e bulimia nervosas são representadas separadamente, apesar de serem transtornos com psicopatologia parecidas. Em estudos acerca do assunto são citados que, de 1 a 2% da população do mundo sofre de bulimia nervosa e, com o aparecimento das primeiras sintomatologias, depois dos 12 anos de idade, o transtorno é característico das mulheres, com prevalência de 1,1% a 4,2% nas mesmas (PAPALIA, OLDS e FELDMAN, 2016).

Com a percepção de uma escassez de pesquisas e dados sobre tais transtornos, dentro da perspectiva da Psicologia, mostram-se necessárias pesquisas para entender como o tratamento pode ser realizado e qual a influência dos estudos já existentes desses transtornos pode ter dentro da Psicologia.

Isto posto, esse trabalho considera o pressuposto de que na Psicologia há uma carência de dados de pesquisa e estudos sobre os transtornos alimentares em áreas específicas. A insuficiência desse material de pesquisa pode ocasionar um afastamento do tema gerando assim uma dificuldade de se tratar o mesmo. As diversas abordagens da disciplina fornecem inúmeras perspectivas sobre os indivíduos que convivem com esses transtornos.

O intuito dessa pesquisa é realizar um levantamento bibliográfico sobre a atuação do psicólogo com pacientes que apresentam sintomas dos distúrbios alimentares anorexia e bulimias nervosas. Assim sendo, o objetivo desta pesquisa é realizar uma análise crítica a respeito do conhecimento científico produzido pelos profissionais da área de Psicologia, com a finalidade de apresentar estudos produzidos a respeito dos tratamentos da anorexia e bulimia nervosas.

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A partir do levantamento de dados sobre o tema descrito, os profissionais das áreas da saúde e Psicologia poderão desenvolver o tema e gerar assim uma melhor qualidade de vida para a população que apresentam esses transtornos.

A pesquisa é um levantamento bibliográfico com a intenção de estimar as pesquisas. A fim de se obter os resultados, a expressão de busca utilizada foi transtornos alimentares. Com efeito, realizaram-se buscas sistemáticas sobre a atuação do psicólogo com pacientes que apresentam sintomas dos distúrbios alimentares elencados (anorexia e bulimia nervosas), enfatizando o disposto no objetivo geral e considerando os dados bibliográficos dos Periódicos Eletrônicos de Psicologia (PePSIC) e Scientific Electronic Library Online (Scielo).

Assim sendo, todos os artigos entre 2014 a 2018, que incluíam essa expressão no titulo, foram identificados e contabilizados. Apenas os artigos que foram examinados na íntegra e se encaixaram nos quesitos básicos da pesquisa foram discutidos.

Identificou-se que há uma escassez de artigos referente ao tema durante o período definido para a busca. Dentro dos artigos encontrado sobre o tema, sendo seis na plataforma do PePSIC e dez na do Scielo, apenas 31,25% se encontra dentro dos anos determinado para a pesquisa. A Tabela 1 demonstra detalhadamente quantos artigos foram produzidos por ano de publicação.

Tabela 1- Artigos produzidos entre 2014 e 2018.

Ano de publicação Scielo Pepsic Total

2014 1 2 3

2015 1 1 2

2016 0 0 0

2017 0 0 0

2018 0 0 0

Total 2 3 5

Fonte: As autoras.

2. Conclusão:

Tendo em vista a temática proposta acerca dos artigos sobre anorexia e bulimia nervosa, pode-se afirmar que vem sendo estudada fundamentalmente a rede familiar que envolve o paciente, o que é corroborado por Bechara e Kohatsu (2014). A inserção desse

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paciente como membro desses relacionamentos funcionais, possibilita em resultado a melhora na qualidade de vida desse paciente.

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Ao ser atingido o objetivo deste trabalho de realizar uma análise crítica a respeito do conhecimento científico produzido pelos profissionais da área de Psicologia, com a finalidade de apresentar estudos produzidos a respeito dos tratamentos da anorexia e bulimia nervosas, verificou-se quão alarmante baixa é a quantidade de pesquisas, nos últimos anos, sobre a temática, considerando que o número de pessoas que apresentam a sintomatologia é significativo na sociedade, conforme citado no desenvolvimento deste trabalho.

Portanto, mostram-se necessários estudos aprofundados na área para que seja produzido conhecimento, cada vez maior, sobre o transtorno. Assim a Psicologia estará, cada vez mais, presente em tratamento a pacientes que apresentam qualquer tipo de transtorno de imagem corporal.

Referências

American Psychiatric Association. (APA). Diagnostic and Statistical Manual of Mental disorders - DSM-5. 5th.ed. Washington: 2013. DSM-IV-TRTM - Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais.

APPOLINÁRIO, J. C.; CLAUDINO, A. M. Transtornos alimentares. Rev. Brasileira de Psiquiatria, 22 (Supl. 2), 28-31. 2000.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. OMS. CID-10. Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 10a rev, vol.2 São Paulo:

Universidade de São Paulo; 1997.

FERNANDES, H. M. Transtornos Alimentares: Anorexia e Bulimia. São Paulo: Casa do Psicólogo. 2006.

GIORDANI, R. C. F. Uma autoimagem corporal na anorexia nervosa: uma abordagem sociológica. Psicologia & Sociedade, 18 (2), 81-88. 2006.

LEONIDAS, C.; SANTOS, M. A. Relacionamentos Afetivo-Familiares em Mulheres com Anorexia e Bulimia. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 31 (2), 181-191. 2015

PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano. 8. ed.

Bueno. Porto Alegre, RS: Artmed. 2006.

SOUZA, A. C. et al. Atitudes em relação ao corpo e à alimentação de pacientes com anorexia e bulimia nervosa. Jornal. Bras. Psiquiatr., Rio de Janeiro, v. 63, n. 1, p. 1-7,

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mar. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0047- 20852014000100001&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 27 set. 2018.

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