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ANATOMIA DAS GLÂNDULAS
SUPRARRENAIS
ANATOMIA ENDÓCRINA
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ANATOMIA DAS GLÂNDULAS
SUPRARRENAIS
CONTEÚDO: YASMIN FRAGA DA SILVA ALVES
CURADORIA: MARCO AURÉLIO PASSOS
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SUMÁRIO
SUPRARRENAIS ... 4
MICROANATOMIA ... 5
Córtex ... 5
Correlações clínicas ... 5
Medula ... 6
MACROANATOMIA ... 7
Vascularização ...8
Inervação ... 9
Drenagem linfática ... 9
REFERÊNCIAS ... 11
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SUPRARRENAIS
Imagem 1: Imagem 1 – Localização anatômica das glândulas suprarrenais. Fonte: Anatomia Humana [série Martini]. Martini, F. 6ed, 2009.
As suprarrenais são órgãos endócrinos retroperitoneais que se localizam supe- rior medialmente aos rins.
Elas são também chamadas de glându- las adrenais e produzem o hormônio adrenalina (epinefrina).
Em um corte sagital observamos a pre- sença de duas regiões distintas
compondo a glândula: mais periférico, o córtex e, mais central, a medula.
Imagem 2: Corte sagital da glândula suprarrenal.
Fonte: Anatomia Humana [série Martini]. Martini, F. 6ed, 2009.
5 Além disso, é possível dividir o parên-
quima suprarrenal em 4 zonas.
MICROANATOMIA
Córtex
O córtex é dividido em três zonas:
• Zona glomerulosa
• Zona fasciculada
• Zona reticular
A mais externa dentre elas é a Zona Glo- merulosa, que produz mineralocorticoi- des e tem uma organização com feixes de células em arcos, conferindo a essa camada a aparência glomerular. Os mi- neralocorticoides atuam na regulação do equilíbrio hidroeletrolítico corporal.
Dentre esses hormônios produzidos nessa região a aldosterona é o principal e atua no sistema renina-angiotensina- aldosterona, regulando a pressão arte- rial.
A zona intermediária do córtex é a Zona Fasciculada, que recebe esse nome por sua organização em feixes de células. Ela é responsável pela produção de glico- corticoides, que possuem inúmeras fun- ções dentre elas atuação sobre o meta- bolismo da glicose, agindo na resposta corporal frente ao estresse e na imuno- modulação.
A última zona do córtex é a Zona Reticu- lar e recebe essa denominação pela dis- posição das células em rede. É
responsável pela produção de hormô- nios andrógenos, que estimulam a virili- zação. Ademais, produzem também gli- cocorticoides, em menor quantidade que na zona fasciculada.
Correlações clínicas
A doença de Cushing é resultante do ex- cesso de produção de hormônio adre- nocorticotrópico (ACTH), responsável por estimular as glândulas suprarrenais.
Dentre as principais características clíni- cas da doença podemos destacar a face em lua, obesidade central, des- gaste muscular, pele fina e atrófica (com estrias violáceas), hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, osteopo- rose, cessação do comprimento linear em crianças e, nas mulheres, irregulari- dades menstruais.
Imagem 3: Paciente com Doença de Cushing.
Fonte: Anatomia Humana [série Martini]. Martini, F. 6ed, 2009.
A doença de Addison é uma insuficiên- cia adrenal primária. Ela se caracteriza, principalmente, por sintomas de fra- queza e fadiga, hipotensão ortostática, tontura e síncope, hiperpigmentação, anorexia, náuseas e vômitos, diarreia,
6 diminuição da tolerância ao frio e hipo-
metabolismo.
Medula
A medula corresponde a camada mais interna da glândula suprarrenal e é res- ponsável pela produção de Catecolami- nas cuja ação hormonal envolve a pre- paração do corpo durante as ações do sistema nervoso autônomo simpático.
São eles a epinefrina (adrenalina) e no- repinefrina (noradrenalina, que atuam em situações de estresse, a chamada ação de “luta ou fuga”.
Nessa região todas as células são iner- vadas por neurônios simpáticos pré-
ganglionares. Por isso, essa camada atua como um “grande gânglio simpá- tico”.
Imagem 4: Paciente com Doença de Addison.
Fonte: Anatomia Humana [série Martini]. Martini, F. 6ed, 2009.
Imagem 5: Microanatomia da glândula suprarrenal exibindo as 4 zonas. Fonte: Anatomia e Fisiologia de See- ley. Cinnamon, L. 10ed, 2016.
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MACROANATOMIA
As glândulas suprarrenais têm coloração amarelada e tem formato triangular.
Existem diferenças anatômicas entre as glândulas suprarrenais direita e es- querda, visto a presença e distribuição de estruturas diferentes entre os lados corporais.
Contudo, ambas mantém relação com as partes superiores e mediais dos rins e inferiores do diafragma. Estão situadas, portanto, nas lojas renais e são envoltas pela cápsula adiposa perirrenal. Além disso esse conjunto é fixado ao dia- fragma pela fáscia renal.
A glândula suprarrenal direita é menor e possui formato mais triangular, que se
deve ao contato com a veia cava inferior anterior e medialmente e com o fígado na direção anterior e lateral.
Já a glândula suprarrenal esquerda é maior e tem formato mais alongado e semilunar. Importante lembrar que ela não alcança a aorta abdominal. Ela guarda, portanto, relação de sintopia com o baço, estômago, pâncreas e com o pilar esquerdo do diafragma.
As duas glândulas suprarrenais estão cerca de 4 a 5 cm separadas entre si.
Nesse ponto se localizam as seguintes estruturas, da direita para a esquerda, a veia cava inferior, o pilar direito do dia- fragma, o gânglio celíaco, o tronco celí- aco, a artéria mesentérica superior e o pilar esquerdo do diafragma.
Zonas Localização Hormônios Função hormonal Exemplos
Zona glomeru-
losa Córtex Mineralocorti-
coides
Regulam o equilíbrio hi-
droeletrolítico Aldosterona Zona fascicu-
lada Córtex Glicocorticoi-
des
Regulam o metabolismo da glicose
Cortisol Cortisona Corticosterona Zona reticular Córtex Andrógenos Estimulam a masculiniza-
ção Dehidroepiandros-
terona
Medula Catecolaminas
Estimulam o sistema sim- pático
Adrenalina (Epine- frina) Noradrenalina (Norepinefrina)
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Imagem 6: Relações de sintopia das glândulas suprarrenais. Fonte: Anatomia e Fisiologia de Seeley. Cinna- mon, L. 10ed, 2016.
Vascularização
Essas glândulas possuem um vasto su- primento sanguíneo:
• 6 a 8 artérias suprarrenais superi- ores, ramos da artéria frênica infe- rior;
• Uma ou mais artérias suprarrenais médias, ramos diretos da artéria aorta abdominal ao nível da arté- ria mesentérica superior;
• Pelo menos uma artéria suprarre- nal inferior, ramo da artéria renal.
Imagem 7: Representação da vascularização arte- rial da glândula suprarrenal. Fonte: Anatomia e Fi- siologia de Seeley. Cinnamon, L. 10ed, 2016.
Já a drenagem venosa possui diferenças entre as duas glândulas:
• Veia suprarrenal direita: mais curta e drena para a veia cava in- ferior;
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• Veia suprarrenal esquerda: mais longa, drena para a veia renal es- querda.
Inervação
A inervação dessas glândulas é reali- zada pelo plexo celíaco e pelos nervos esplâncnicos torácicos, formando uma
rede de suprimento nervoso composto por fibras simpáticas pré-ganglionares derivadas do corno lateral da medula espinhal.
Drenagem linfática
A linfa das suprarrenais é drenada pelos linfonodos lombares.
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GLÂNDULAS SUPRARRENAIS
Dividido em duas regiões
Córtex
Zona
glomerulosa Mineralocorticoides Aldosterona Zona
fasciculada Glicocorticoides Cortisol.
cortisona, corticosterona
Zona reticular Andrógenos Dehidroepiand ros-terona
Medula Zona medular Catecolaminas Adrenalina e Noradrenalina Vascularização
arterial
Artérias suprarrenais
superiores
ramos da a.
frênica inferior
Artérias suprarrenais
médias
ramos da a.
mesentérica superior
Artérias suprarrenais
inferiores
ramos da a.renal
Drenagem venosa
Veia suprarrenal
direita
drena para v.
cava inferior
Veia suprarrenal
esquerda drena para v.
renal esquerda
Inervação
plexo celíaco
nervos esplâncnicos
torácicos
Fonte: Anatomia Humana [série Martini]. Martini, F. 6ed, 2009.
Fonte: Anatomia e Fisiologia de Seeley. Cinnamon, L. 10ed, 2016.
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REFERÊNCIAS
Anatomia Endócrina – Órgãos – Anatomia das Glândulas Suprarrenais – Visão geral e microanatomia (Professor Rodrigo Franceschett). Jaleko Acadêmicos. Disponível em: < https://www.jaleko.com.br>.
Anatomia Endócrina – Órgãos – Anatomia das Glândulas Suprarrenais – Anatomia in sito e correlações anatômicas (Professor Rodrigo Fran- ceschett). Jaleko Acadêmicos. Disponível em: <
https://www.jaleko.com.br>.
MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 8ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 1128p.
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 7ed. Rio de Janeiro: Else- vier, 2019. 672p.
DRAKE, Richard L.. Gray’s anatomia clínica para estudantes. 3ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 1192p.
PAULSEN, Friedrich, WASCHKE, Jens. Sobotta: atlas de anatomia hu- mana. 23ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.