REGULAMENTO INSTITUCIONAL DOS NÚCLEOS DE ATENDIMENTO ÀS PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECÍFICAS – NAPNE
Dispõe sobre o Regulamento Institucional dos Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNE)
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º O presente Regulamento dispõe sobre a organização, o funcionamento e as atribuições do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas – NAPNE, integrado ao Núcleo de Inclusão e Diversidade (NID) subordinado à Pró-Reitoria Diretoria de Assuntos Estudantis (DAE), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano - IF Goiano, considerando a Legislação e as Políticas Públicas para a Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva.
CAPÍTULO II
DA NATUREZA E FINALIDADE
Art. 2º O NAPNE é um órgão de assessoramento e encontra-se ligado à Diretoria de Assuntos Estudantis por meio do Núcleo de Inclusão e Diversidade (NID) e em cada
campi diretamente àDiretoria de Ensino. O NAPNE, criado por Portaria em cada
campi, é um setor consultivo, queresponde pelas atividades de Educação Tecnológica e Profissionalização para o público-alvo da Educação Especial e/ou com necessidades educacionais específicas, no âmbito do IF Goiano.
Art. 3º O Núcleo de Inclusão e Diversidade (NID) subordinado à Diretoria de Assuntos Estudantis (ProAE) na Reitoria é um setor propositivo, consultivo e executivo. O NID é um setor de promoção, planejamento e execução de políticas voltadas à comunidade acadêmica, público-alvo da Educação Especial e/ou com necessidades educacionais específicas, no âmbito do IF Goiano.
Art. 4º Ao NAPNE caberá desenvolver ações inclusivas como política e ferramentas de inclusão, conforme as demandas existentes em cada campus e região de abrangência.
Art. 5º O NAPNE responde pelas ações de inclusão relacionadas ao atendimento do estudante, público-alvo da educação especial e/ou com necessidades educacionais específicas no âmbito do IF Goiano.
Parágrafo único. Nos termos deste Regulamento, consideram-se como excluídas e marginalizadas as pessoas em situação de desfavorecimento social devido à etnia, orientação sexual, gênero, credo, condição econômica, necessidades específicas, alunos com altas habilidades, pessoas encarceradas, apenadas e adolescentes em conflito com a lei.
CAPÍTULO III
DA COMPETÊNCIA
Art. 6º O NAPNE terá como competência:
I. participar das tomadas de decisões e operacionalizações de assuntos concernentes à política de inclusão de estudantes do IF Goiano;
II. conscientizar docentes, técnicos administrativos, discentes e comunidade externa quanto à importância de um atendimento diferenciado aos estudantes atendidos pelo NAPNE, visando contribuir para o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes do IF Goiano;
III. acompanhar e planejar os atendimentos dos estudantes, público-alvo da educação especial e/ou com necessidades educacionais específicas, de maneira individualizada, de acordo com o Regulamento de Atendimento Educacional Especializado (AEE), respeitando a diretrizes gerais da educação especial na perspectiva da educação inclusiva;
IV. criar, participar e revisar documentos visando a inserção de questões relativas à inclusão na educação profissional e tecnológica, no âmbito interno e externo do campus;
V. promover eventos que envolvam a sensibilização e formação da comunidade acadêmica para as práticas inclusivas no âmbito institucional;
VI. articular os diversos setores da Instituição nas atividades relativas à inclusão, definindo prioridades, uso e desenvolvimento de tecnologia assistiva, além de material didático- pedagógico a ser utilizado nas práticas educativas;
VII. prestar assessoria à comunidade acadêmica em questões relativas à inclusão do público-alvo da educação especial e/ou com necessidades educacionais específicas;
VIII. contribuir com o processo formativo do estudante para que tenha acesso aos conhecimentos técnicos, científicos e sociais na perspectiva inclusiva, que o levem a atuar na sociedade de forma consciente e comprometida.
IX. apoiar e propor projetos de ensino, pesquisa e extensão em assuntos relacionados à Educação Profissional Tecnológica na perspectiva inclusiva;
X.
auxiliar as Diretorias de Ensino ou equivalentes, bem com as Coordenações de Cursos em relação às adaptações e flexibilizações do currículo, bem como ao registro escolar e acadêmico quanto à certificação e confecção do histórico dos estudantes público-alvo da educação especial e/ou com necessidades educacionais específicas nos campi.
CAPÍTULO IV
DAS CONDIÇÕES BÁSICAS
Art. 7º Em conformidade com a legislação vigente, cada campus deverá promover a implantação, a consolidação e o funcionamento adequado do NAPNE, disponibilizando infraestrutura física necessária ao atendimento, bem como suporte administrativo, financeiro e de pessoal.
Parágrafo único. O local a ser instalado o NAPNE é o espaço institucional de referência no desenvolvimento dos serviços educacionais, com estrutura específica para receber, acolher e garantir a permanência do público-alvo da educação especial e/ou com necessidades educacionais específicas no campus.
CAPÍTULO V
DA COMPOSIÇÃO E DO MANDATO
Art. 8° O NAPNE será composto por, no mínimo, 06 (seis) membros da comunidade acadêmica,
nomeados por Portaria da Direção-Geral, tendo pelo menos a representação de 02 (dois) docentes, 02
(dois) técnico-administrativos da área pedagógica, sendo facultada 01 (uma) representação discente
e 01 (uma) representação dos pais.
§ 2º Sempre que possível, um servidor técnico-administrativo, ficará lotado de maneira exclusiva no NAPNE.
§ 3º Os docentes que compõem o NAPNE, de acordo com o caput, poderão ficar lotados no NAPNE, porém não de forma exclusiva, computando essa atividade conforme o Regulamento de Atividades Docentes (RAD)
Art. 9º O mandato dos membros do NAPNE durará dois anos, havendo possibilidade de recondução.
CAPÍTULO VI
DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Art. 10. O NAPNE terá a seguinte organização administrativa interna:
I - um(a) coordenador(a);
II - um(a) servidor técnico administrativo;
III – equipe multiprofissional: psicólogo, assistente social, psicopedagogo e fonoaudiólogo;
IV- tradutores intérpretes de Línguas Brasileira de Sinais – LIBRAS;
V- um professor de Atendimento Educacional Especializado – AEE;
VI- profissional de apoio;
VII- demais membros.
Parágrafo único. A escolha do coordenador será realizada pela Direção-Geral.
CAPÍTULO VII
DAS TRIBUIÇÕES DOS MEMBROS
Art. 11. São atribuições do(a ) coordenador(a) do Núcleo de Inclusão e Diversidade (NID), na Reitoria:
I - propor, coordenar, manter e subsidiar as ações de projetos, programas e ações institucionais relacionados ao público-alvo da educação especial e/ou com necessidades educacionais específicas nos campi;
II - assessorar o trabalho dos setores de apoio ao público-alvo da educação especial e/ou com necessidades educacionais específicas nos
campi, subsidiando o trabalho institucional para aimplantação e permanência dos setores;
III - propor mecanismos para garantir a efetividade dos programas do NAPNE;
IV- propor eventos e atividades de formação nas áreas relativas ao NAPNE;
V - apresentar ao Diretor de Assuntos Estudantis o relatório anual das atividades desenvolvidas pelos NAPNEs.
VI- convocar e coordenar reuniões periódicas com a equipe dos NAPNEs, a fim de integrar as ações e divulgar as atividades que estão sendo desenvolvidas, além de promover a troca de experiência entre os campi.
Art. 12. São atribuições do(a) coordenador(a) do NAPNE nos campi:
I - promover ações de sensibilização da comunidade acadêmica quanto às ações de inclusão educacional e social articuladas com os diversos setores da Instituição;
II - contribuir para a adequação dos Projetos Político-Pedagógicos, de modo a contemplar a educação inclusiva, oferecendo informações atualizadas à Direção de Ensino, bem como aos demais gestores dos campi;
III - estabelecer contato com instituições ou organizações que atendam os estudantes público-alvo da educação especial e/ou com necessidades educacionais específicas, a fim de desenvolver trabalhos em parceria;
IV - firmar parcerias com órgãos públicos e instituições que desenvolvam atividades de inclusão e de atendimento aos estudantes público-alvo da educação especial e/ou com necessidades educacionais específicas no campus;
V - divulgar as ações do NAPNE para a comunidade em geral;
VI- representar o NAPNE nas ocasiões em que se fizer necessário;
VII - preencher os relatórios anuais referente aos estudantes público-alvo da educação especial e/ou com necessidades educacionais específicas no
campus e encaminhar ao Núcleo de Inclusão eDiversidade (NID);
VIII- informar semestralmente, concluídas as matrículas, a quantidade de estudantes surdos atendidos pelos campi e a quantidade de Intérprete de Libras no âmbito do IF Goiano;
IX- participar das bancas de avaliação dos processos seletivos para ingresso dos estudantes cotistas público-alvo da educação especial e/ou com necessidades educacionais específicas;
Art. 13. São atribuições do(a) servidor(a) técnico(a)- administrativo do NAPNE no campi:
I – colaborar com as atividades inerentes ao NAPNE;