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Avaliação de Bicho Mineiro

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Academic year: 2022

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AVALIAÇÃO DOS INSETICIDAS DURIVO E VOLIAM TARGO NO CONTROLE DE BICHO MINEIRO DO CAFEEIRO E SUAS IMPLICAÇÕES NA PRODUTIVIDADE

F.R.P. BORGES*; L.H.M. FERNANDES; W. CINTRA*; M. PARENTI*.*Engenheiro Agrônomo, Syngenta Proteção de Cultivos LTDA O bicho mineiro (Leucopteracoffeella) é uma das principais pragas que atacam a cultura do café. A mariposa faz a ovoposicação preferencialmente nas folhas novas do cafeeiro e após a eclosão do ovo, a larva alimenta-se do parênquima foliar, formando lesões que, posteriormente, induz a queda da folha. Seu ataque está fortemente ligado às condições ambientais, sendo favorecido por clima mais seco e quente. Uma intensa infestação da praga tem como consequência desfolha severa, levando a perdas significativas na produção.

O produtor tem a sua disposição uma grande variedade de inseticidas, que podem ser aplicados via solo ou via folha, sendo que a época de aplicação tem um efeito muito importante no controle da praga e também podem influenciar diretamente na produtividade.

O presente trabalho teve o objetivo de avaliar a eficiência dos novos inseticidas VoliamTargo (clorantraniliprole + abamectina) e Durivo (tiametoxam + clorantraniliprole) no controle do bicho mineiro de acordo com a épocas diferentes de aplicação e mensurar os ganhos em produtividade.

O trabalho foi conduzido na Fazenda Santa Lúcia, município de São Pedro da União, sendo a variedade Catucaí 2SL com espaçamento de 3,6 x 0,7 m. As parcelas foram distribuídas em faixas de 3 linhas de café cada, totalizando 6 tratamentos (Tabela 1).Os inseticidas Durivo e Actara foram aplicados via solo (costal adaptada – drenching 50 mL/planta) enquanto o inseticida VoliamTargo foi aplicado via atomizador costal motorizado com vazão de 400 L/ha. Todos tratamentos, com exceção à testemunha, receberam a aplicação de Verdadero (1 Kg/ha), aplicado via solo em Outubro. As aplicações iniciaram-se na safra de 2015/2016 e continuaram na safra seguinte. A colheita do ensaio aconteceu em Julho de 2017, na qual foram colhidas 50 plantas de cada tratamento e medido o volume de cada um. Para conversão do volume em litros para sacos de café beneficiado de 60 kg, foi considerado o rendimento de 500 litros/saco.

Foram coletadas 100 folhas/tratamento do terço médio/superior, do 3º ou 4º par, para avaliar a porcentagem de infestação de bicho mineiro.

Tabela 1 – Relação dos tratamentos avaliados

Produto Doses Mês de Aplicação

Tratamento 1 Testemunha - -

Tratamento 2 Actara 1 Kg/ha Fevereiro

Tratamento 3 Durivo 0,75 L/ha Fevereiro

Tratamento 4 Durivo 1 L/ha Fevereiro

Tratamento 5 Durivo 0,75 L/ha Fevereiro

VoliamTargo 0,4 L/ha Maio

Tratamento 6

Durivo 0,75 L/ha Fevereiro

VoliamTargo 0,4 L/ha Fevereiro

VoliamTargo 0,4 L/ha Maio

Resultados e conclusões

No ano de 2016 foram realizadas duas avaliações para bicho mineiro (Figura 1). A primeira, em 29/07/16, havia baixa infestação da praga, tendo incidência apenas no Tratamento 1 e 2. Entretanto houve uma evolução muito rápida no mês de Outubro de 2016, na qual a Testemunha apresentou índices de 70% de minas com larvas vivas, seguida por 59%, 48% e 46% nos Tratamentos 2, 3 e 4, respectivamente. Esses receberam apenas aplicações de inseticidas de solo em Fevereiro, ou seja, já não havia mais o residual dos produtos durantes essas avaliações. No entanto, os Tratamentos 5 e 6, que receberam aplicação com VoliamTargo no mês de Maio, não apresentaram ataque da praga. A alta infestação de bicho mineiro no ensaio influenciou diretamente na produtividade (Tabela 2). Quando se compara os tratamentos com Durivo sem aplicação de VoliamTargo (T3 e T4) com o tratamento com Actara (T2), constata-se que houve uma evolução considerável na produtividade, tanto pelo melhor controle, quanto pelo maior vigor. Essa evolução é ainda maior quando se analisa os tratamentos que receberam aplicação de VoliamTargo em Maio (T5 e T6), o que garantiuo controle eficiente do bicho mineiro, reduziu a desfolha e consequentemente aumentou a produtividade. Tais resultados mostram que a aplicação de VoliamTargo previamente a colheita, complementa o residual de controle do bicho mineiro dado pelos tratamentos de solo, principalmente em situações de alta pressão de ataque, resultando em maior segurança no controle dessa importante praga gerando maior produtividade.

Figura 1 – Resultado da avaliação de Bicho Mineiro

Tabela 2 – Relação do resultado de produtividade (sacas/ha) dos tratamentos.

5% 2% 0% 0% 0% 0%

70% 59%

48% 46%

0% 0%

0%

20%

40%

60%

80%

Tratamento 1 Tratamento 2 Tratamento 3 Tratamento 4 Tratamento 5 Tratamento 6 Avaliação de Bicho Mineiro

(porcentagem de minas vivas)

29/07/16 27/09/16

(2)

Litros/planta Litros/ha Produtividade (sc/ha)

Tratamento 1 5,58 22142,9 44,29

Tratamento 2 5,98 23730,2 47,46

Tratamento 3 6,9 27730,2 54,76

Tratamento 4 7,48 29682,5 59,37

Tratamento 5 8,4 33333,3 66,67

Tratamento 6 8,98 35634,9 71,27

Conclui-se então que - o inseticida Durivo, aplicado via solo, tanto na dose de 0,75 ou 1,0 L/ha promoveram maior controle do bicho mineiro em comparação ao Actara na dose de 1,0 kg/ha. O inseticida foliar VoliamTargo aplicado na dose de 400 ml/ha em Maio associado a aplicação de solo feita com Verdadero (outubto, 1,0 kg/ha) e Durivo (fevereiro, 0,75 L/ha) promoveu controle eficiente do bicho mineiro, evitando qualquer tipo de ataque da praga.

Todos os tratamentos promoveram incremento na produtividade do cafeeiro em comparação a Testemunha, com maior destaque aos tratamentos que receberam aplicação via solo do inseticida Durivo.

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