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AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

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Academic year: 2022

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Relatório

Agrupamento de Escolas André Soares

B RAGA

A VALIAÇÃO E XTERNA DAS E SCOLAS

18 a 20 fevereiro

2013

Área Territorial de Inspeção

do Norte

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1 I NTRODUÇÃO

pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a avaliação externa. Neste âmbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliação dos jardins de infância e das escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de avaliação em junho de 2011.

A então Inspeção-Geral da Educação foi incumbida de dar continuidade ao programa de avaliação externa das escolas, na sequência da proposta de modelo para um novo ciclo de avaliação externa, apresentada pelo Grupo de Trabalho março). Assim, apoiando-se no modelo construído e na experimentação realizada em doze escolas e agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver esta atividade consignada como sua competência

no

janeiro.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escolas André Soares – Braga, realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efetuada entre 18 e 20 de fevereiro de 2013. As conclusões decorrem da análise dos documentos fundamentais do Agrupamento, em especial da sua autoavaliação, dos indicadores de sucesso académico dos alunos, das respostas aos questionários de satisfação da comunidade e da realização de entrevistas.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente e consolide a autoavaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento, constituindo este documento um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e áreas de melhoria, este relatório oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de ação para a melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa de avaliação externa visitou a escola-

sede do Agrupamento, a Escola Básica do Carandá, a Escola Básica com Educação Pré-Escolar de S.

Lázaro e os Centros Escolares de Ponte Pedrinha e do Fujacal.

A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilização do Agrupamento, bem como a colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO

Níveis de classificação dos três domínios EXCELENTE A ação da escola tem produzido um impacto consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em campos relevantes.

MUITO BOM – A ação da escola tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes.

BOM – A ação da escola tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais eficazes.

SUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco

consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola.

INSUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto muito aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.

O relatório do Agrupamento apresentado no âmbito da

Avaliação Externa das Escolas 2012-2013 está disponível na

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2 C ARACTERIZAÇÃO DO A GRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas André Soares, situado na cidade de Braga, atualmente integra cinco estabelecimentos de educação e ensino: a Escola Básica do Carandá, a Escola Básica com Educação Pré-Escolar de S. Lázaro, o Centro Escolar de Ponte Pedrinha, o Centro Escolar do Fujacal e a Escola Básica André Soares (escola-sede). A escola-sede está a sofrer profundas obras de requalificação e as atividades escolares estão a ser desenvolvidas, provisoriamente, em «contentores» específicos.

No presente ano letivo, a população escolar é de 2005 crianças e alunos, encontrando-se distribuída por 66 grupos/turmas: 221 na educação pré-escolar (10 grupos), 795 no 1.º ciclo (35 turmas), 397 no 2.º ciclo (17 turmas), 576 no 3.º ciclo (25 turmas, inclui uma turma de percurso curricular alternativo) e 16 no curso de educação formação, tipo 2, de Apoio à Família e à Comunidade (uma turma). Do total de alunos, 93% têm naturalidade portuguesa e 78,3% não usufruem de auxílios económicos no âmbito da ação social escolar. Têm computador em casa, ligado à Internet, 67% dos alunos.

A Escola Básica André Soares é associada do Estabelecimento Prisional de Braga. Neste âmbito, promove um curso de educação e formação de adultos (EFA) B1, com 12 formando, um EFA B3, com 12 formandos, e cinco unidades de formação de curta duração, com um total de 152 formandos.

A análise das habilitações literárias dos pais e encarregados de educação dos alunos revela que 19% têm formação superior e 40% formação secundária ou superior (conhecem-se as habilitações de 84% dos pais). No que respeita às profissões dos pais e encarregados de educação, 25% são de nível de técnico superior ou intermédio (conhecem-se as profissões de 64,6% dos pais).

A equipa docente é constituída por 170 elementos, dos quais 95% são do quadro. O pessoal não docente é constituído por 60 trabalhadores, dos quais, 50 são assistentes operacionais, nove são assistentes técnicos e um é técnico superior (psicóloga), tendo a maioria contrato em funções públicas por tempo indeterminado.

Em 2010-2011, ano para o qual há referentes nacionais calculados, verifica-se que os valores da média do número de anos da habilitação das mães e dos pais, o número médio de alunos por turma dos 4.º, 6.º e 9.º anos, a percentagem de alunos sem auxílios económico no âmbito da ação social escolar dos mesmos anos de escolaridades e a percentagem de docentes do quadro situam-se acima da mediana registada nas escolas do mesmo grupo de referência. A percentagem de raparigas é inferior à mediana, nos 4.º, 6.º e 9.º anos, enquanto a idade média dos alunos é inferior à mediana nos 6.º e 9.º anos e em linha com este referente no 4.º ano.

Quando comparada com outras escolas/agrupamentos de contexto análogo, o Agrupamento, embora não seja dos mais favorecidos, apresenta, mesmo assim, algumas variáveis de contexto favoráveis.

3- A VALIAÇÃO POR DOMÍNIO

Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa e tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realizada, a equipa de avaliação formula as seguintes apreciações:

3.1 – R

ESULTADOS

RESULTADOS ACADÉMICOS

Na educação pré-escolar, as educadoras partilham regularmente, com os pais e encarregados de educação, a informação relativa ao progresso das aprendizagens das crianças.

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Em 2010-2011, tendo em conta os resultados das escolas/agrupamentos que têm valores análogos nas variáveis de contexto, verifica-se que as taxas de conclusão dos 4.º e 9.º anos estão acima dos valores esperados, enquanto a do 6.º ano está em linha com esse valor. A análise dos resultados da avaliação externa mostra que, nas provas de aferição dos 4.º e 6.º anos, as percentagens de classificações positivas a língua portuguesa e a matemática estão acima dos valores esperados. Na prova final de língua portuguesa do 9.º ano, a percentagem de classificações positivas está abaixo do valor esperado e acima desse valor na prova final de matemática. Ainda, no 9.º ano, a média das classificações das provas finais está acima do valor esperado em matemática e em linha com esse valor em língua portuguesa.

A comparação dos resultados internos e externos dos alunos com os das escolas/agrupamentos do mesmo grupo de referência revela que todos os indicadores se situam acima dos valores medianos, com exceção da taxa de conclusão do 6.º ano que está em linha com o valor mediano.

Neste sentido, embora o Agrupamento não seja dos mais favorecidos em termos das suas características de contexto, decorrente da comparação, quer com escolas/agrupamentos do mesmo grupo de referência e com valores análogos nas variáveis de contexto, quer com as escolas/agrupamentos integrados no grupo de referência, conclui-se que, globalmente, os resultados se situam acima dos valores esperados.

A análise comparativa dos resultados dos alunos no último triénio, tendo como referência a avaliação externa realizada em maio de 2008, revela consistência nas taxas de transição/conclusão dos alunos nos três ciclos do ensino básico e nas provas de aferição do 6.º ano, provas finais do 9.º ano e provas de aferição de língua portuguesa do 4.º ano. Contudo, em matemática, os resultados positivos nas provas de aferição do 4.º ano, no último triénio, não só decresceram, como globalmente são inferiores aos observados na avaliação externa de 2008. Por sua vez, a taxa de abandono e desistência escolares, no último triénio, foi nula.

Os órgãos de direção, administração e gestão, bem como as estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica, refletem sobre os resultados internos e externos dos alunos. Este procedimento tem permitido identificar alguns fatores explicativos do sucesso e insucesso e sustentar o desenvolvimento de estratégias de consolidação e superação. Os projetos métodos de estudo e o programa de desenvolvimento das aptidões para a aprendizagem escolar emergem como estratégias para melhorar o desempenho dos alunos, nomeadamente o insucesso observado no último triénio em matemática no 4.º ano. Não obstante o sucesso escolar já alcançado, há espaço para melhorar a qualidade e quantidade dos índices do sucesso escolar.

RESULTADOS SOCIAIS

A educação para a cidadania e para os valores da tolerância, da inclusão, da solidariedade e do respeito mútuo constitui um trabalho regular no contexto das atividades letivas e de complemento curricular, merecendo especial destaque a área curricular de oferta complementar nos 5.º, 6.º 7.º, 8.º e 9.º anos, + cidade, + cidadão, + saúde, + ambiente e + futuro, respetivamente.

Observa-se uma forte adesão dos alunos ao trabalho de voluntariado, o qual é desenvolvido na unidade de apoio especializado para a educação de alunos com multideficiência e surdocegueira congénita, na Cruz Vermelha Portuguesa e em instituições particulares de solidariedade social. Também se realizam diversas iniciativas e peditórios, para auxiliar as famílias dos alunos mais carenciados.

Os alunos têm oportunidade de manifestar os seus interesses e opiniões junto dos docentes, dos diretores de turma e da direção, existindo práticas da sua auscultação. Existem também iniciativas da responsabilidade dos alunos. Tendo como referência a avaliação externa efetuada em 2008, observa-se uma consolidação quanto ao envolvimento, corresponsabilização e auscultação dos alunos na vida escolar.

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No último triénio, a aplicação de medidas disciplinares sancionatórias foram residuais. Os alunos mostram conhecer as regras de conduta e de funcionamento escolar. O bom clima inter-relacional existente decorre duma atitude cívica interiorizada por parte dos alunos e repercute-se no ambiente educativo de civilidade existente. A promoção de múltiplos projetos ambientais e ligados à saúde e às artes, a realização de torneios desportivos e os múltiplos programas culturais são iniciativas que, entre outras, consolidam e reforçam a aprendizagem das competências sociais. No âmbito da prevenção da indisciplina, é ainda de referir o projeto anti-bullying-crescer-prevenir-agir e o trabalho desenvolvido pelo gabinete de informação e apoio ao aluno.

O Agrupamento tem conhecimento do percurso escolar dos alunos em níveis sequenciais e, atualmente, encontra-se em desenvolvimento uma iniciativa que visa aprofundar o percurso dos alunos após a conclusão do 9.º ano. Este projeto é desenvolvido pela direção em colaboração com a psicóloga e utiliza para recolha de informação um questionário online.

RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE

A comunidade educativa está muito satisfeita com o funcionamento do Agrupamento e com o serviço educativo que presta às populações e com a abertura ao exterior. Valoriza, também, a liderança da diretora, a cooperação com entidades locais e o relacionamento com as distintas associações de pais/encarregados de educação. Nas respostas aos questionários de satisfação, os três itens que um ou mais grupos de respondentes revelam um nível de satisfação mais elevado são a disponibilidade da direção, a abertura do Agrupamento ao exterior e disponibilidade de atendimento por parte dos diretores de turma. Os itens que merecem um menor grau de concordância são a qualidade das instalações, os espaços de desporto e recreio e o conforto das salas de aulas.

O Agrupamento valoriza os sucessos dos alunos nos domínios dos resultados académicos e das competências sociais, de que são evidência os prémios instituídos no âmbito do quadro de valor e excelência. A adesão a diversos concursos externos e a diversidade de concursos promovidos internamente constituem outras formas de valorizar e estimular o sucesso educativo dos alunos. De realçar ainda, como forma de fomentar as aprendizagens, as frequentes exposições realizadas e a divulgação dos trabalhos dos discentes, nomeadamente na página web do Agrupamento, na revista escolar Renascer, na biblioteca da escola-sede e em instituições locais.

O Agrupamento envolve-se em diversas iniciativas locais, sendo a sua ação reconhecida como uma mais-valia na formação integral das crianças e dos alunos, bem como no domínio da inclusão.

Relativamente à última avaliação externa, verifica-se que consolidou a sua imagem no exterior, sendo reconhecido pelos encarregados de educação, representantes das instituições locais e representantes das autarquias locais como uma referência no meio envolvente e como um parceiro ativo.

Em conclusão, a ação do Agrupamento tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de MUITO BOM no domínio Resultados.

3.2 – P

RESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO

A articulação curricular vertical e horizontal expressa no projeto educativo é reconhecida pela comunidade educativa como uma prática importante para a melhoria da qualidade do ensino e para o trabalho cooperativo entre os docentes. Constitui, também, um dos processos de melhoria que o

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Agrupamento assumiu depois de refletir sobre o relatório da avaliação externa de 2008, que a apontava como ponto fraco. Na educação pré-escolar e no 1.º ciclo, a sequencialidade educativa encontra-se plenamente assumida. Têm vindo a ser implementadas várias iniciativas promotoras de articulação curricular e de sequencialidade entre os 2.º e 3.º ciclos e os técnicos das atividades de enriquecimento curricular do 1.º ciclo. De salientar as reuniões entre os docentes que lecionam o 4.º ano e os conselhos de turma do 5.º ano, as normas de atuação comuns no que respeita a critérios de avaliação, as estratégias pedagógicas para superação das dificuldades de aprendizagem dos alunos e o critério de continuidade dos diretores de turma e das equipas pedagógicas que contribuem para reforçar a articulação. A importância destas práticas é unanimemente partilhada como fundamental para a imagem do Agrupamento. Reconhece-se também a existência de um clima marcado pelo profissionalismo, pelo empenho, pela colaboração e entreajuda entre professores/educadores.

Os pais e encarregados de educação e alunos conhecem bem os critérios de avaliação. Observa-se uma coerência forte entre o ensino e a avaliação que só é possível pela calibragem e aferição de instrumentos de avaliação, pela adoção de procedimentos diversificados de registo que operacionalizam a prática avaliativa reguladora e pela articulação entre a avaliação diagnóstica, formativa e sumativa.

O plano anual de atividades é um dispositivo importante para a concretização da articulação curricular, como, por exemplo, através de projetos que envolvem todas as crianças/alunos. Pode-se salientar no plano nacional de leitura: Ler + para vencer; vem ouvir um conto; PRESS - palestras; PES – hábitos saudáveis; PASSE – violência no namoro; Semana da Ciência; Semana dos afetos; Uma escola, várias línguas.

PRÁTICAS DE ENSINO

As práticas de ensino desenvolvidas pelos docentes que integram as várias estruturas do Agrupamento estão adequadas às capacidades e aos ritmos de aprendizagem dos alunos.

Os alunos com necessidades educativas especiais de caráter permanente são apoiados, ainda que os recursos especializados sejam limitados para o número das crianças/alunos que necessitam de respostas educativas no âmbito da educação especial. Esta limitação não tem, no entanto, posto em causa a qualidade do apoio prestado. O apoio é desenvolvido com a integração dos alunos em sala de aula e realizado numa estreita articulação com os docentes titulares de grupo/turma e docentes das diferentes disciplinas. No Agrupamento funciona uma unidade de apoio especializado para a educação de alunos com multideficiência e surdocegueira congénita com nove crianças. Estas crianças usufruem de diversas terapias e de muitos voluntários (alunos do Agrupamento) que prestam apoio nesta unidade. Existe um trabalho articulado de sensibilização e de partilha desenvolvido pelos docentes da educação especial, a psicóloga, a comissão de proteção de crianças e jovens e os enfermeiros da unidade de saúde.

São ainda oferecidas diferentes modalidades de apoio aos alunos com dificuldades de aprendizagem, que passam por a diversificação das metodologias e estratégias em sala de aula, os apoios educativos individualizados ou em grupo, as assessorias, as tutorias entre pares e com professores tutores, o reforço em matemática e em português. Foi criado também o gabinete de informação e apoio ao aluno. Apesar do sucesso escolar já alcançado, o desempenho dos alunos requer que se reforcem e consolidem as práticas organizacionais e pedagógicas, em ordem à melhoria da quantidade e qualidade dos índices do sucesso escolar.

O Agrupamento participa em projetos nacionais e projetos propostos pela Câmara Municipal de Braga e pelas juntas de freguesia de Maximinos e S. Lázaro. Tem também projetos próprios e com impacto na comunidade – o sabão da avó – com o aproveitamento e reciclagem de óleo doméstico para a feitura do sabão e reciclagem de papel para a feitura das embalagens. De salientar um projeto inovador: o programa de desenvolvimento das aptidões para a aprendizagem, em desenvolvimento desde o ano letivo de 2011-2012, que visa não só diagnosticar precocemente um conjunto de aptidões básicas,

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necessárias à aprendizagem, nomeadamente compreensão verbal, aptidão numérica e aptidão percetiva- visual, como também melhorar essas aptidões.

O recurso a quadros interativos e à Internet (e-mail institucional, blogues, centro de recursos interativos, disponibilização de recursos materiais interativos à comunidade, etc.), desde a educação pré-escolar, permite aos docentes criar novas metodologias de trabalho, ao mesmo tempo que estimula os alunos para pesquisas autónomas e para trabalho de grupo. Ainda no domínio da utilização sistemática das tecnologias de informação e comunicação no processo ensino/aprendizagem, é de destacar o projeto Rumo às Competências do Séc. XXI, desenvolvido em parceria com a Universidade do Minho.

No 1.º ciclo, as atividades de enriquecimento curricular são oferecidas aos 1.º e 2.º anos na forma de expressão dramática e aos 3.º e 4.º anos como expressão musical. Nos 2.º e 3.º ciclos, para além do ensino articulado da música, existe a oficina de Artes e o clube de Artes e ideias/Cerâmica que depois se refletem em várias atividades desenvolvidas com a comunidade educativa, como por exemplo no festival do teatro escolar. No estabelecimento prisional de Braga, com quem o Agrupamento tem um protocolo, são desenvolvidas curtas formações que passam também por oficinas de dança, pintura, escultura e cerâmica e multimédia. De realçar ainda os diversos projetos e iniciativas desenvolvidos pelo departamento de expressões, em colaboração com instituições locais. A dimensão artística é uma área muito valorizada, contribuindo para a formação integral dos alunos, e emerge claramente como um ponto forte.

Não se encontra formal e intencionalmente instituída uma prática de acompanhamento e de supervisão do trabalho dos docentes em sala de aula. Nas reuniões das estruturas de orientação educativa e supervisão pedagógica, os educadores/professores partilham dúvidas, materiais e experiências, constroem grelhas de avaliação, elaboram relatórios, assumindo uma supervisão coletiva, facilitada pelo clima de proximidade e de abertura entre as coordenações e os restantes profissionais.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS

Os docentes diversificam as formas de avaliação das aprendizagens mediante a utilização da avaliação diagnóstica, que é comum a todas as turmas de um mesmo ano de escolaridade, da avaliação formativa e da avaliação sumativa. É ao nível dos testes sumativos que os docentes estabelecem uma cooperação efetiva, através de realização de testes conjuntos em cada período e na utilização dos testes intermédios como teste normal de progressão dos alunos. Cooperam, de igual modo, na elaboração conjunta de testes e na utilização de grelhas de correção.

A monitorização interna de desenvolvimento do currículo é implementada mediante a discussão e análise dos resultados académicos, pelos departamentos, diretores de turma e respetivos conselhos e também pelos titulares de turma. Os mecanismos de monitorização dos apoios educativos não têm uma abordagem abrangente, o que condiciona a avaliação, com rigor, da eficácia das medidas implementadas.

Têm sido desenvolvidas soluções para os alunos em risco de abandono escolar, através da criação dos cursos de educação e formação numa estreita articulação com a psicóloga, docentes e parceiros locais, nomeadamente as associações de pais, as juntas de freguesia, a Cruz Vermelha Portuguesa e a unidade de saúde local.

Em conclusão, a ação do Agrupamento tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes, o que justifica a atribuição da classificação de MUITO BOM no domínio Prestação do Serviço Educativo.

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3.3 – L

IDERANÇA E GESTÃO LIDERANÇA

O projeto educativo explicita os princípios orientadores e os valores pelos quais se orienta a ação educativa do Agrupamento. Este documento também diagnostica problemáticas e explicita fatores da sua análise, define objetivos e anuncia ações de melhoria, embora não estabeleça os respetivos indicadores de desempenho, o que condiciona a sua monitorização e avaliação.

A direção valoriza as lideranças intermédias, responsabiliza-as pelas respetivas áreas de coordenação e ação e faz incidir a análise interna do desempenho organizacional no funcionamento das estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica, a começar pelos departamentos curriculares, com vista à melhoria da prestação do serviço educativo.

A abertura do Agrupamento ao exterior reflete-se em protocolos e parcerias com instituições sociais, culturais, económicas, educativas e outros agentes da comunidade local, para o desenvolvimento de projetos e atividades diversificados, que se afiguram pertinentes, com impacto na melhoria do serviço educativo. A sua inserção na comunidade é evidenciada pela disponibilização recíproca de recursos e espaços para iniciativas dos estabelecimentos e da comunidade.

A direção promove a participação dos atores escolares, com eles partilha competências e responsabilidades, valoriza os seus contributos, faz uma adequada gestão de conflitos e potencia um ambiente de trabalho agradável.

O Agrupamento, apostando no envolvimento e interação das famílias, incluiu no plano de melhoria diversas ações com o objetivo de favorecer a participação da comunidade educativa na conceção, planeamento e desenvolvimento das atividades escolares. Regista-se a colaboração das associações de pais com a direção na organização eficaz da componente de apoio à família nos estabelecimentos do primeiro ciclo e no apoio e acompanhamento dos alunos nas atividades de exterior.

GESTÃO

A direção mostra boa capacidade de organização, desenvolve uma gestão de proximidade com o pessoal docente e não docente, suscita a confiança das pessoas, é aberta a sugestões, deslocando-se frequentemente aos diferentes estabelecimentos que integram o Agrupamento. O conhecimento das competências pessoais e profissionais do pessoal docente e não docente permite afetar recursos tendo em conta a formação e a adequação do perfil técnico e humano, o que favorece uma gestão eficaz dos recursos e proporciona um bom ambiente de trabalho.

A direção rentabiliza ainda recursos humanos disponíveis e suas aptidões, mobilizando-os para o desenvolvimento de ações de formação de pessoal docente e não docente, algumas das quais com formadores do próprio Agrupamento, com vista a responder às necessidades identificadas. O plano de formação é concretizado em articulação com diversas entidades formadoras, nomeadamente o centro de formação de associação de escolas e instituições de ensino superior, e com organismos locais. Assim, observa-se consolidação do ponto forte formação interna proporcionada pelo Agrupamento indicado no relatório da anterior avaliação externa.

É assegurada a monitorização e a avaliação do trabalho docente principalmente em sede de departamento curricular, sobretudo através do planeamento das atividades, da análise dos resultados académicos dos alunos e da operacionalização dos apoios educativos, da verificação do cumprimento dos conteúdos programáticos e da instituição de mecanismos de trabalho colaborativo, sobretudo informal, entre o coordenador e os docentes, bem como aquando do levantamento de necessidades coletivas de formação.

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No projeto curricular do Agrupamento são explicitados os critérios de constituição de turmas, de elaboração de horários e de distribuição de serviço aplicados no Agrupamento com vista a melhorar o serviço educativo. As três bibliotecas escolares, que integram a rede concelhia não só promovem diversos projetos com impacto nas aprendizagens e nos resultados escolares, como também são utilizadas como recurso para as aprendizagens das crianças e dos alunos.

Para aumentar a eficácia da circulação da informação, quer interna, quer com o exterior, desenvolveram- se canais diversificados de comunicação, nomeadamente através da transmissão direta nas reuniões dos órgãos de direção, administração e gestão e das estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica, a utilização de placards, a página web, a plataforma e-learning, o email institucional, sendo objetivo da direção aperfeiçoar o sistema de comunicação e acesso à informação institucional.

AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA

O Agrupamento teve em conta o teor do relatório da avaliação externa realizada em maio de 2008 e criou uma equipa de cinco professores e um Grupo de Focagem, composto por representantes dos professores, dos assistentes operacionais e técnicos, dos alunos e dos pais, dispondo ainda de apoio de consultoria externa, com vista à formação e validação da aplicação dos instrumentos de recolha de dados.

A equipa desenvolveu um dispositivo de autoavaliação com vista ao estudo dos processos de liderança no âmbito da coordenação do departamento curricular, estabelecendo critérios, indicadores de análise e pistas a investigar. O estudo incidiu na análise de conteúdo das atas e dos relatórios de coordenação dos diversos departamentos e na inquirição por questionário aos docentes e por entrevista semiestruturada aos coordenadores de departamento e recorreu à análise estatística para o tratamento dos dados do questionário aos docentes e a análise de conteúdo dos documentos produzidos e das entrevistas. O Grupo de Focagem identificou pontos fortes e pontos fracos no que respeita à coordenação de departamento e sugeriu diversas ações de reforço ou de melhoria a ponderar pelo conselho pedagógico com vista à construção e implementação de um plano de ação.

A autoavaliação do Agrupamento inclui ainda a recolha, sistematização e tratamento estatístico dos resultados dos alunos que são disponibilizados às estruturas pedagógicas intermédias para análise.

Já na reformulação do projeto educativo do Agrupamento, foram criadas dimensões e subdimensões de estruturação da sua avaliação (nomeadamente no que respeita à sua avaliação global, à avaliação dos objetivos e das medidas de ação estabelecidas neste documento estruturante e nos ganhos da sua implementação no Agrupamento) e foram elencados aspetos a melhorar no que concerne aos resultados escolares, ao desenvolvimento curricular, à organização e gestão escolar e à orientação estratégica.

Neste sentido, foi superado, em parte, o ponto fraco referido na anterior avaliação externa: a inexistência, ainda, de um processo explícito e sistemático de autoavaliação. Contudo, a opção por ações e estratégias de melhoria carece da explicitação de indicadores que balizem o seu acompanhamento e monitorização.

Em conclusão: a ação do Agrupamento tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes, o que justifica a atribuição da classificação de MUITO BOM no domínio Liderança e Gestão.

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4 P ONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA

A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho do Agrupamento:

O desenvolvimento de iniciativas de combate e prevenção da indisciplina com reflexos no bom ambiente educativo.

O reconhecimento, por parte da comunidade educativa, do contributo do Agrupamento para o desenvolvimento da comunidade local.

As práticas diferenciadas e eficazes de apoio aos alunos, promotoras da inclusão social e com impacto positivo nos resultados escolares.

A valorização da dimensão artística, visando o desenvolvimento do gosto pela aprendizagem e a formação integral dos alunos.

A gestão de proximidade da direção, que suscita confiança e potencia um clima favorável ao trabalho e à aprendizagem.

A diversidade e pertinência dos projetos desenvolvidos em parceria com as instituições locais, com impacto na melhoria do serviço educativo.

A equipa de avaliação entende que as áreas onde o Agrupamento deve incidir prioritariamente os seus esforços para a melhoria são as seguintes:

A consolidação das práticas organizacionais e pedagógicas, em ordem à melhoria da quantidade e qualidade dos índices do sucesso escolar.

O acompanhamento e a supervisão da prática letiva, em contexto de sala de aula, como dispositivo de promoção do desenvolvimento profissional dos docentes.

O aprofundamento do processo de autoavaliação quanto ao estabelecimento de indicadores de desempenho e acompanhamento e monitorização das ações de melhoria.

A Equipa de Avaliação Externa:

Augusto Patrício Lima Rocha, Joaquim Machado e Maria José Rangel

Concordo. À consideração do Senhor Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, para homologação.

A Subinspetora-Geral da Educação e Ciência

ass) Maria Leonor Duarte 17-07-2013

Homologo.

O Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar

ass) João Casanova de Almeida 26-07-2013

Referências

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