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Dimensões da Internacionalização: Uma Revisão

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Dimensões da Internacionalização: Uma Revisão

Raul Carlos de Mello

Faculdade da Cidade de Santa Luzia, Santa Luzia, Brasil raulcmello@gmail.com

Ana Paula Silva

Universidade Lusófona do Porto, Porto, Portugal ana.paula.silva@ulp.pt

Carlos Machado dos Santos

Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal cmsantos@utad.pt

Resumo

A internacionalização vem sendo justificada, definida e mensurada por meio de diversas teorias, hipóteses e modelos, muitos dos quais são divergentes. Assim, qualquer contextualização deve levar em conta as suas dimensões, pois permitem uma possível definição. Percebe-se porém que muitos dos estudos não incluem ou formalizam as dimensões, ou ainda, fazem-no em contexto errôneo. Esta revisão visa uma melhor elucidação a respeito do tema e, assim, contribuir para mitigar divergências nos resultados de futuros trabalhos empíricos.

Palavras chave : Internacionalização, dimensões.

Abstract

The internationalization has been justified, defined and measured through various theories, hypotheses and models, many of which are divergent. Therefore, any concerned review shall take into consideration its dimensions in so far as they allow a possible definition.

Notwithstanding, many of the studies either do not include or formalize the dimensions, or they do so in a misleading context. This review seeks to provide a better understanding of this subject, thereby hopefully contributing to mitigate divergences in the results of future empirical studies.

Keywords: Internationalization, dimensions.

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Introdução

Os fundamentos da internacionalização vêm-se desenvolvendo desde as grandes navegações e com o advento da globalização o interesse vem-se intensificando. Diversos debates e estudos buscam uma melhor contextualização e identificação dos processos envolvidos. Porém, até hoje não existe consenso sobre o tema, e designadamente sobre as características de uma empresa internacionalizada, as quais podem ser sintetizadas como dimensões da internacionalização.

Busca-se pois as ainda inexistentes respostas plausíveis de uma validação comum a todos os trabalhos.

Assim, reconhecendo a existência de vários posicionamentos, esta revisão proporciona uma visão abrangente dos conceitos difundidos sobre a dimensionalidade da internacionalização, partindo de uma contextualização sobre o seu conceito e definição.

Internacionalização

O termo internacionalização, no seu sentido mais amplo, pode ser definido como o ato ou efeito de tornar comum a várias nações (Ferreira, Anjos, & Ferreira, 1999). Contudo, quando enquadrado no meio académico económico administrativo, a complexidade deste termo eleva- se, passando a assumir diversas conotações conceituais (Dörrenbächer, 2000), tais como: a dimensão mais elevada do processo contínuo das empresas (Melin, 1992); os movimentos exógenos nas operações de uma empresa (Andersen, 1993); as questões de configuração e coordenação do desempenho de cada atividade internacional relacionadas com a cadeia de valor (Porter, 1986); o processo em que a empresa amplia o seu envolvimento internacional (Johanson & Vahlne, 1977; Welch & Luostarinen, 1988); as atividades que agregam valor no exterior e que modificam a composição acionária e interferem no gerenciamento das empresas (Dörrenbächer, 2000).

Partindo destas considerações, é possível sintetizar a internacionalização como o envolvimento da empresa em atividades transfronteiriças ao país em que está situada. Este envolvimento pode:

(i) estar relacionado com atividades ligadas ao comércio internacional (importação e/ou exportação), o que segundo Ietto-Gillies (2005) constitui o processo mais simples, antigo e relevante da internacionalização; (ii) estar mais envolvida por meio do Investimento Estrangeiro Direto – IED, ou seja, investimento greenfield

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ou aquisições, o que segundo Dunning (1996) permite a criação ou aquisição de ativos e deste modo torna as empresas mais transnacionais;

(iii) envolver a estrutura de capital (recursos vindos do exterior), o que, segundo Eiteman et al.

(2002), constitui a chave para uma empresa ser competitiva nos mercados globais; ou, ainda, (iv) ter uma base na cultura organizacional, o que segundo Knight, Madsen e Servais (2004), permite uma maior habilidade para perseguir e dominar as oportunidades.

Esta complexa situação, pode ser simplificada ao aplicarem-se as ideias de Aharoni (1971), que considera a existência de três dimensões para a definição de multinacionais: (i) o desempenho, que emprega critérios de vendas, valor dos ativos e número de empregados associados às posições no exterior; (ii) a dimensão estrutural, que leva em consideração o número de países em que a empresa opera, a estrutura organizacional, ou ainda, a nacionalidade dos executivos da

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Investimentos no exterior que se estabelecem por meio de um projeto de implantação, desenvolvidos a

partir do zero.

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alta direção; e por último, (iii) a dimensão comportamental, que tem como base a cultura empresarial em relação à internacionalização.

Observa-se que as dimensões ao agruparem as características da internacionalização, facilitam o seu entendimento e permitem a sua melhor definição. Assim, com base nas ideias de Aharoni (1971), o conceito de internacionalização aplica-se quando uma empresa for caracterizada pelas suas dimensões, ou seja, obtiver agregação de valor econômico, cultural ou relacionar gastos em atividades exteriores ao seu país de origem.

Dimensões da internacionalização

O termo dimensionalidade refere-se a uma classe de atributos específica do construto ou conceito, ou seja, está relacionado com as características de um objeto (Hair, Black, Babin, Anderson, & Tatham, 2007; Rossiter, 2002) e vem sendo empregue em diversos estudos académicos relacionados com a identificação do nível de internacionalização, o que exige definições rigorosas (Cooper & Schindler, 2011).

Verifica-se que a dimensionalidade pode ter uma conotação dualística, ou seja, um construto pode ser definido pela sua dimensão objetiva, mas ser percebido de maneira distinta desta definição pela sua dimensão subjetiva (Hair et al., 2007). Uma empresa pode ser percebida como nacional por não ter nenhuma atividade no exterior (dimensão objetiva estrutural); por seu turno, será percebida como internacionalizada caso tenha executivos vindos do exterior no seu quadro de funcionários, ou empregue normas contabilísticas internacionais não aplicadas no país de origem (dimensão subjetiva comportamental).

Outra questão levantada relaciona-se com o número de itens empregues para mensurar uma determinada dimensão (Cooper & Schindler, 2011). Neste caso, ao tentar-se identificar o nível de internacionalização de empresas exportadoras, uma única variável poderia ser empregue para identificar a dimensão desempenho, tal como o valor das exportações em relação ao valor das receitas totais. Porém, caso a empresa possua filiais no exterior, esta dimensão deverá incluir uma nova variável- vendas por filial em relação às vendas totais no exterior, caso seja aceite em teoria que empresas com filiais são mais internacionalizadas.

Observa-se ainda a necessidade de identificar o número de dimensões que podem representar um construto – unidimensionalidade ou multidimensionalidade, pois a unidimensionalidade leva em consideração um único traço latente e subjacente aos dados, o que caracteriza sua importância e ao mesmo tempo sua condição crítica (Hattie, 1985). Já a multidimensionalidade é identificada na pluralidade de suas características para distinguir um objeto, ou seja, existe mais de um caminho para classificar o objeto (Wright & Budin, 1997). No meio académico empresarial é difícil encontrar construtos unidimensionais. A internacionalização não é exceção, conforme descrevem todas as suas teorias.

Apesar do conceito de dimensionalidade ser extremamente simples, classificar os atributos é um

passo muito complexo, tendo em vista que as dimensões podem variar de acordo com as regras

do construto, ou seja, com a teoria ou modelos em que está inserido (Rossiter, 2002).

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Sintetiza-se, deste modo, a importância da identificação das dimensões de um construto, tendo em vista que as dimensões representam em terminologia matemática, o domínio do construto.

Partindo, assim, para o contexto da internacionalização de empresas, a maioria dos estudos iniciais atribuiu-lhe a unidimensionalidade (Buckley, Dunning, & Pearce, 1978; Collins, 1990;

Horst, 1972; Hughes, Logue, & Sweeney, 1975; Kumar, 1984; Michel & Shaked, 1986;

Rugman, Lecraw, & Booth, 1985; Siddharthan & Lall, 1982; Vernon, 1971) e somente após os estudos de Sullivan (1994, 1996) percebe-se a aceitação da multimensionalidade (Barcellos, Cyrino, Oliveira Junior, & Fleury, 2010; Christophe & Lee, 2005; Contractor, Kundu, & Hsu, 2003; Hassel, Hopner, Kurdelbusch, Rehder, & Zugehor, 2000; Honório, 2009; Ietto-Gillies, 1998, 2005; Kwon & Hu, 1995; Riahi-Belkaoui, 1999, 2002; Sanders & Carpenter, 1998;

Tallman & Li, 1996; Unctad, 1995), o que é totalmente coerente com as diversas teorias da internacionalização.

Entretanto, apesar desta aceitação, percebe-se ainda uma divergência quantitativa, ou seja, quantas dimensões existem? Hassel et al. (2000) afirmam a existência de duas dimensões para a internacionalização: a real e a financeira. Sullivan (1994, 1996) e Dörrenbächer (2000) concordam em três dimensões: a estrutura, o desempenho e a atitude. Kutschker e Baurle (1997) argumentam a existência de quatro dimensões: o número e a distância geográfica cultural, o valor agregado, a integração e o tempo. Welch e Luostarinen (1988) defendem um total de seis dimensões para a internacionalização, sendo elas: os métodos operacionais no exterior, os objetos de vendas, o mercado alvo, a estrutura organizacional, as pessoas, e a dimensão financeira.

Internacionalização em duas dimensões

Os estudos de Hassel et al. (2000; 2003) contextualizam e mostram empiricamente a internacionalização sob a forma de duas dimensões: a produção e a governança corporativa.

Para estes autores, a dimensão real corresponde às atividades no exterior relacionadas com a produção, podendo ser expressa por meio dos percentuais das vendas, dos ativos e do número de empregados com atividades no exterior em relação aos totais da empresa. Por seu turno, a dimensão financeira corresponde às atividades relacionadas com o mercado de capital internacional e, segundo os autores, pode ser expressa por meio do endividamento das subsidiárias, do percentual do capital estrangeiro em relação ao percentual de todo o capital próprio da empresa, e do uso das normas contabilísticas internacionais.

Outro ponto importante a destacar do estudo de Hassel et al. (2000, 2003) é inexistência da covariância entre as dimensões sugeridas. Este condicionante, para os autores, está relacionado com o fator motivacional, ou seja, a internacionalização financeira não segue os mesmos motivos da internacionalização real.

Internacionalização em três dimensões

As três dimensões propostas por Sullivan (1994, 1996) - desempenho, estrutura, e atitudes,

seguem a proposição de Aharoni (1971) e foram contextualizadas em vários estudos sobre a

mensuração da internacionalização.

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Com relação à dimenão desempenho, Sullivan (1994) associa-a a condicionantes de resultados que ocorrem no exterior e utiliza como base as ideias de Vernon (1971). Dörrenbächer (2000) apresenta uma melhor elucidação ao esclarecer que esta dimensão está associada ao sucesso ou fracasso das atividades internacionais de uma empresa para um determinado período de tempo e cita como variáveis mensuráveis o volume de vendas e as receitas operacionais.

A dimensão estrutura relaciona-se com os recursos no exterior (Sullivan, 1994) e tem como ponto de partida as ideias de Stopford e Wells (1972). Esta dimensão está associada à imagem do entrelaçamento internacional em que a empresa está inserida e pode ser mensurada pelo numero de países em que a organização possui atividades e a quantidade ou proporção de ativos no exterior (Dörrenbächer, 2000).

Já a dimensionalidade atitude é associada às orientações estratégicas internacionais dos executivos da alta direção (Sullivan, 1994). Tem como ponto de partida as ideias de Perlmutter (1969) e, segundo Dörrenbächer (2000), esta dimensão está associada à forma como as multinacionais vêm um determinado país e às relações com as suas filiais localizadas nesse país.

O foco incide geralmente no processo gerencial, em como as decisões são tomadas ou como os altos executivos pensam a respeito dos negócios internacionais.

Internacionalização em quatro dimensões

Com uma visão estritamente focada em processos estratégicos, Kutschker e Bäuler (1997), apresentam a internacionalização em quatro dimensões - três estáticas e uma dinâmica, descritas com as seguintes taxionomias: número e distância geográfica cultural, valor agregado, integração e tempo. Para estes autores, apesar das três primeiras dimensões já se encontrarem consolidadas por diversas pesquisas, não representam a integralidade do conceito de internacionalização, exigindo a necessidade de uma quarta dimensão – o tempo.

A dimensão número e distância geográfica cultural pode ser interpretada sob duas perspectivas, uma objetiva e outra subjetiva. A primeira relaciona-se com a quantidade de países em que uma empresa atua e quanto maior este número, maior será o nível de internacionalização da empresa.

A segunda perspectiva relaciona-se com a distância cultural, sendo que as empresas com atuação em países com culturas bem divergentes são consideradas mais internacionalizadas.

A dimensão valor agregado relaciona-se com as atividades internacionais de compras, vendas, pesquisa e desenvolvimento, produção e logística: quanto maior o valor destas variáveis, mais a empresa está internacionalizada. No caso específico das exportações, o custo de transação é computado, criando uma ponderação virtual em relação à venda por meio das subsidiárias e da produção local, as quais não levam em consideração os custos da matéria-prima.

A combinação destas duas primeiras dimensões – número e distância geográfica cultural, e valor

agregado, cria uma matriz que permite retratar a atuação da empresa numa região específica e,

consequentemente, delinear a perceção da internalização.

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A terceira dimensão, ou seja, a integração, envolve quatro premissas: (i) a integração eleva-se com a intensidade do fluxo de recursos; (ii) como efeito da integração, aumenta a participação de pessoas envolvidas; (iii) um conjunto comum de conhecimento pode evoluir para um conjunto de orientações, as quais fomentam uma maior integração; (iv) quanto maior a flexibilidade da infraestrutura maior a integração, já que a padronização dos sistemas gerenciais e da tecnologia de informação, o uso de técnicas e produção paralela no mercado interno e externo criam condicionantes para intercambiar a produção (Kutschker & Bäurle, 1997).

Para Kutschker e Bäurle (1997), os aspetos dinâmicos têm sido negligenciados na literatura sobre internacionalização de empresas e, partindo deste pressuposto, propõem a quarta dimensão da internacionalização – o tempo, que poderá ser mensurado por meio do potencial de internacionalização.

Internacionalização em seis dimensões

Com um foco bem mais abrangente, Welch e Luostarinen (1988), estabelecem seis dimensões para a internacionalização: os métodos operacionais no exterior, os objetos de vendas, o mercado alvo, a estrutura organizacional, as pessoas, e a dimensão financeira.

A dimensão métodos operacionais no exterior caracteriza-se pelos diversos métodos que uma empresa pode empregar para a sua internacionalização: exportação direta, exportação por agentes, exportação por subsidiárias, licenciamento, franquias ou produção no exterior. A intensificação da internacionalização acarreta uma mudança do método empregue, e Welch e Luostarinen (1988) citam os estudos da escola nórdica como suporte para o seguinte padrão típico: nenhuma internacionalização, exportação via agentes, vendas por meio de subsidiárias, e produção pela subsidiária.

Quando uma empresa internacionaliza ou amplia seu envolvimento, segundo Welch e Luostarinen (1988), ela deve dimensionar-se com relação ao que será internacionalizado, ou seja, o produto ou serviço oferecido – objetos de vendas. Segundo estes autores, existe também uma tendência de diversificação com o aprofundamento da internacionalização, que pode ocorrer pela expansão da linha de produtos ou pela agregação de serviços, know how, tecnologias ou uma combinação destas.

Ao optar pela internacionalização uma empresa deve escolher em que mercado irá atuar; deste modo, a dimensão mercado alvo relaciona-se com a distância física, e com questões políticas, culturais e económicas do país de atuação (Welch & Luostarinen, 1988).

A estrutura organizacional é a dimensão relacionada com a necessidade de adaptação da estrutura da empresa, formal e informal, aos novos processos exigidos pela internacionalização.

Constituem exemplos elucidativos a criação do departamento de exportação ou de uma divisão

de internacionalização, ou ainda a adaptação de um determinado setor em consequência de uma

característica própria de um determinado país, tal como o setor contabilístico.

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A dimensão pessoal é caracterizada pela habilidade dos integrantes envolvidos com a internacionalização, relacionando-se assim com o compromisso, a formação e a experiência (Welch & Luostarinen, 1988).

Finalizando, a dimensão financeira tem que ver com os recursos empregues pelas empresas e, segundo os autores, quanto maior a internacionalização maior a necessidade de recursos e do aprimoramento de técnicas para a sua obtenção.

Síntese e considerações finais

A internacionalização afigura-se claramente como um processo multidimensional, sendo que as próprias teorias já a definem em duas macro dimensões: a económica, e a administrativa- comportamental. Contudo, percebe-se a inexistência de um consenso em relação à sua qualificação e quantificação nos diversos estudos empíricos analisados – 44 no total.

Nos trabalhos relacionados com as dimensões descritas, somente a proposição de Sullivan (1994) apresentou repercussão de considerável influência (Tabela 1). Ainda assim, mesmo após a sua publicação, verificou-se, que somente 16,67% dos estudos empíricos analisados empregaram as três dimensões propostas por Aharoni (1971), apesar de 70,83% fazerem a sua citação, o que pode indicar uma falta de consenso em relação a estas dimensionalidades ou falta de acesso aos atributos de mensuração da dimensão.

A Tabela 2 demonstra o predomínio no uso de variáveis relacionadas com as dimensões estrutura (52,63%) e desempenho (40%). As variáveis relacionadas com a dimensão administrativa tiveram uma pífia participação de 7,37%, o que pode caracterizar a afirmação de Hassel et al. (2003) de que nem todas as dimensões da internacionalização podem estar relacionadas na identificação do seu nível. Pode-se ainda argumentar que este desnivelamento caracteriza a internalização de duas dimensões no conceito de internacionalização das empresas – desempenho e estrutura, pois, segundo Cooper e Schindler (2011), um conceito é um conjunto geralmente aceite das dimensões associadas a um objeto e, nos casos mais recentes estudados percebe-se uma vincada tendência para se aceitar as referidas duas dimensões.

Outro fator importante a ser observado relaciona-se com a existência de fatores interdimensionais. Ao analisarem uma das técnicas mais utilizadas na atualidade com relação à identificação dos níveis de internacionalização das empresas - a criação de um índice a partir das várias dimensões - Ramaswamy et al. (1996) descrevem que neste processo existe um efeito implícito de compensação entre as dimensões. Este efeito pode ser observado no trabalho apresentado por Sullivan (1994), onde a internacionalização é conceitualizada na forma matemática, como a soma de todas as suas dimensões, ou seja:

Internacionalização= Dimensão Estrutura+Dimensão Desempenho+Dimensão Atitude (1)

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O uso do processo da soma entre as dimensões conceitualiza a internacionalização como um processo de valores dimensionais intercambiáveis, ou seja, as inter-relações entre as dimensões podem proporcionar resultados incoerentes. No processo proposto por Sullivan (1994), esta característica pode ser percebida em casos específicos, nos quais os resultados podem não representar a relação de dependência de uma dimensão em relação à outra. Considerando o exemplo da Tabela 3, a empresa United Technologies, comparativamente com a empresa Sara Lee, obteve resultado maior na dimensão desempenho e menor na dimensão estrutura. De acordo com a proposição elaborada por Sullivan (1994), os níveis de internacionalização destas duas empresas seriam os mesmos, o que resulta de uma capacidade compensatória entre as dimensões que, neste caso específico, encobre o maior envolvimento estrutural no exterior da empresa Sara Lee.

Um maior volume nas exportações de uma empresa pode compensar um maior investimento direto no exterior de outra empresa? Segundo o modelo de Uppsala (Johanson & Wiedersheim‐

Paul, 1975) ou o modelo da internacionalização com base no ciclo do produto (Vernon, 1966) este condicionante não ocorre, ou seja, as empresas com maior investimento em estrutura no exterior são as mais internacionalizadas. Percebe-se assim que o índice gerado não é coerente com os conceitos, ou melhor, não permite representar o valor real de cada uma das dimensões.

Finalizando, esta revisão visou proporcionar um melhor entendimento das dimensões da internacionalização, pois é notória a inexistência de um consenso em estabelecer quantas e quais as dimensões da internacionalização, o que pode levar a uma distorção do conceito, tendo em vista que as dimensões caracterizam o objeto. Ressalta-se que “para se entender e comunicar informações sobre um objeto e fato, deve haver um senso comum sobre como fazer isso. Os conceitos servem a esses propósitos” (Cooper & Schindler, 2011, p. 57). A falta deste consenso segundo Cooper e Schindler (2011), induz a confusão sobre o significado do conceito e pode destruir o valor do estudo de uma pesquisa sem que o pesquisador perceba, ou ainda, segundo Girardi Junior (2007), pode conduzir à apropriação incontrolada de um construto ou conceito e, deste modo, evitar o avanço de uma pesquisa. Sinaliza-se assim que os estudos sobre a internacionalização podem estar a tomar rumos indesejáveis, por não compreenderem ou por não possuirem a disponibilidade de dados das dimensões relacionadas com as teorias existentes.

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Buckley & P. N. Ghauri (Orgs.), The internationalization of the firm (2

o

ed., p. 83-98).

London: Cengage Learning EMEA.

Wright, S. E., & Budin, G. (1997). Handbook of terminology management. New York: John Benjamins Publishing Company.

Anexo: Tabelas

Tabela 1 - Dimensões analisadas

Estudo Variáveis Empregues

Dimensões de Hassel et

al. (2003)

Dimensões de Sullivan (1994)

Dimensões de Kutschker e Bäuler (1997)

Dimensões de Welch e Luostarinen (1988) Vernon (1971) FSTS Real(1) Desempenho(1) Valor Agregado(1) Financeira(1)

Horts (1972) FSTS Real(1) Desempenho(1) Valor Agregado(1) Financeira(1) Hugles, Logue

e Sweeny (1975)

FSTS Real(1) Desempenho(1) Valor Agregado(1) Financeira(1) Buckley,

Dunning e Pearce (1978)

FSTS Real(1) Desempenho(1) Valor Agregado(1) Financeira(1) Siddharthan e

Lall (1982) FSTS Real(1) Desempenho(1) Valor Agregado(1) Financeira(1) Kumar (1984) FSTS Real(1) Desempenho(1) Valor Agregado(1) Financeira(1)

Errunza e

Senbet (1984) FSTS, OSTS, PDIO, FSA Real(4) Desempenho(2), Estrutura(2),

Valor Agregado(2), Nº e Distância

Geográfica Cultural(2)

Financeira (3), Mercado Alvo(1) Yoshihara

(1984) (1985) FSTS Real(1) Desempenho(1) Valor Agregado(1) Financeira(1) Rugman,

Lecraw e Boot (1985)

FSTS Real(1) Desempenho(1) Valor Agregado(1) Financeira(1) Shaked (1986) FSTS Real(1) Desempenho(1) Valor Agregado(1) Financeira(1)

Michel e

Shaked (1986) FSTS Real(1) Desempenho(1) Valor Agregado(1) Financeira(1) Grant (1987) FSTS Real (1) Desempenho(1) Valor Agregado(1) Financeira(1) Bühner (1987) FSTS Real (1) Desempenho(1) Valor Agregado(1) Financeira(1) Grant, Jammine

e Thomas (1988)

FSTS Real (1) Desempenho(1) Valor Agregado(1) Financeira(1) Daniels e

Bracker (1989) FSTS, FATA Real (2) Desempenho(1),

Estrutura(1) Valor Agregado(2) Financeira(2) Geringer,

Beamish e daCosta (1989)

FSTS Real (1) Desempenho(1) Valor Agregado(1) Financeira(1)

Kim (1989) FETE Real (1) Estrutura(1) Integração(1) Pessoal(1)

Collins (1990) FSTS Real (1) Desempenho(1) Valor Agregado(1) Financeira(1) Ramaswamy

(1993) FATA Real (1) Estrutura(1) Valor Agregado(1) Financeira(1)

Sullivan (1994) FSTS, FATA, OSTS, PDIO,

TMIE Real (5)

Estrutura(3), Desempenho(1),

Atitude(1)

Valor Agregado(2), Tempo(1), Nº

e Distância

Financeira(3), Mercado Alvo(1),

Pessoal(1)

(14)

Estudo Variáveis Empregues

Dimensões de Hassel et

al. (2003)

Dimensões de Sullivan (1994)

Dimensões de Kutschker e Bäuler (1997)

Dimensões de Welch e Luostarinen (1988) Geográfica

Cultural(1) Unctad (1995) FSTS, FATA, FETE Real(3) Desempenho(1),

Estrutura (2)

Valor Agregado(2), Integração(1)

Financeira(2), Pessoal(1) Kwon e Hu

(1995)

Nº de anos de experiência em atividades internacionais, Nº de países em que atua, Nº de produtos com atuação

no mercado mundial

Real(3) Atitude(1), Estrutura(2)

Tempo(1), Nº e Distância

Geográfica Cultural(2)

Pessoal(1), Mercado Alvo(1), Objetos de

Venda(1)

Tallman e Li (1996)

FSTS, Nº de países em que

atua Real(2) Desempenho(1),

Estrutura(1)

Valor Agregado(1), Nº e Distância

Geográfica Cultural(1)

Financeira(1), Mercado Alvo(1)

Dunning (1996) FATA, FETE e percentuais

das despesas em P & D Real(3) Estrutura(3) Valor Agregado(1), Integração(2)

Financeira(1), Pessoal(1), Estrutura

Organizacional(1) Hitt, Hoskisson

e Kim (1997)

Baseado no peso das vendas

externas Real(1) Desempenho(1) Valor Agregado(1) Financeira(1)

Ietto-Gillies (1998)

Divisão do número de países estrangeiros em que a empresa possui filiais pelo número total de países em

que tenham ocorrido atividades de IED, menos um,

FSTS, FATA, FETE

Real(4) Estrutura(3), Desempenho(1)

Nº e Distância Geográfica Cultural(1), Valor

Agregado(2), Integração(1)

Estrutura Organizacional(1),

Financeira(2), Pessoal(1)

Sander e Carpenter

(1998)

FSTS, FATA, OSTS Real(3) Desempenho(1), Estrutura(2)

Desempenho(2), Nº e Distância

Geográfica Cultural(1)

Financeira(2), Mercado Alvo(1) Riahi-Belkaoui

(1999) FATA, FRTR Real(2) Estrutura(1),

Desempenho(1) Valor Agregado(2) Financeira(2) Geringer,

Tallman e Olsen (2000)

FSTS Real(1) Desempenho(1) Valor Agregado(1) Financeira(1)

Hassel et al.

(2000)

Capital estrangeiro como percentual do capital total,

FSE, Tipo de normas contábeis, FSTS, FETE, Três

grupos de dispersão geográfica

Real(3), Financeira(3)

Desempenho(2), Estrutura(2),

Atitude(2)

Valor Agregado(2), Integração(3), Nº e Distância

Geográfica Cultural(1)

Financeira(3), Estrutura Organizacional(1), Pessoal(1), Métodos

Operacionais(1) Kwok e Reeb

(2000) FATA Real(1) Estrutura(1) Valor Agregado(1) Financeira(1)

Chkir e Cosset (2001)

Impostos pagos no exterior em relação aos impostos

totais

ReaL(1) Estrutura(1)

Nº e Distância Geográfica Cultural(1)

Financeiro(1)

Riahi-Belkaoui

(2002) FSTS, FPTP, FATA Real(3) Estrutura(1),

Desempenho(2) Valor Agregado(3)

Estrutura Organizacional(1),

Financeiro(2) Ruigrok e

Wagner (2003) FSTS Real(1) Desempenho(1) Valor Agregado(1) Financeira(1) Contractor,

Kundu e Hsu (2003)

FSTS, FETE, FOTO Real(3) Desempenho(1), Estrutura(2),

Valor Agregado(1), Integração(1), Nº e Distância

Geográfica Cultural(1)

Financeira(1), Pessoal(1), Mercado

Alvo(1)

Lu e Beamich Nº de subsidiárias no exterior, Real(2) Estrutura(2) Nº e Distância Mercado Alvo(2)

(15)

Estudo Variáveis Empregues

Dimensões de Hassel et

al. (2003)

Dimensões de Sullivan (1994)

Dimensões de Kutschker e Bäuler (1997)

Dimensões de Welch e Luostarinen (1988)

(2004) Nº de países com subsidiárias Geográfica

Cultural(2)

Christophe e Lee (2005)

FSTS, FATA, OSTS, PDIO,

TMIE Real(5)

Desempenho(1), Estrutura(3),

Atitude(1)

Valor Agregado(1), Nº e Distância

Geográfica Cultural(2), Tempo(1)

Financeira(2), Mercado Alvo(2),

Pessoal(1)

Li (2005) FSTS Real(1) Desempenho(1) Valor Agregado(1) Financeira(1)

Forte e Sette Junior (2006)

FSTS, FOTO, OSTS, PDIO,

TMIE Real(5)

Desempenho(1), Estrutura(3),

Atitude(1)

Valor Agregado(1), Nº e Distância

Geográfica Cultural(3), Tempo(1)

Financeira(2), Mercado Alvo(2),

Pessoal(1) Pangarkar

(2008)

Dispersão das vendas pelas

regiões geográficas Real(1) Estrutura(1)

Nº e Distância Geográfica Cultural(1)

Mercado Alvo(1)

Honório (2009) FSTS, PDIO Real(2) Estrutura(1), Desempenho(1)

Nº e Distância Geográfica Cultural

(1), Valor Agregado(1)

Mercado Alvo(1), Financeiro (1)

Barcellos, Cyrino, Oliveira Junior e Fleury (2010)

FRTR, FATA, FETE, TMIO, PSWVR, Atividades, PDIO,

Experiência internacional, FSE

Real(7), Financeira(2)

Estrutura(6), Desempenho(1),

Atitude(2)

Nº e Distância Geográfica Cultural(1), Valor

Agregado(2), Intergração(4),

Tempo(2)

Financeira(3), Pessoal(3), Estrutura

Organizacional(1), Mercado Alvo(1),

Métodos Operacionais(1) Lin, Liu e

Cheng (2011)

FSTS, FATA, Nº de países com subsidiárias em relação

ao maior nº de países representados na amostra

Real(1) Estrutura(2), Desempenho(1)

Valor Agregado(2), Nº e Distância

Geográfica Cultural(1)

Financeira(1), Estrutura Organizacional(1),

Mercado Alvo(1) Chiang e Wang

(2011) FSTS, FATA Real(1) Desempenho(1),

Estrutura(1) Valor Agregado(2)

Financeira(1), Estrutura Organizacional(1) Fonte: Próprio autor.

Legenda: FATA: Proporção dos ativos no exterior em relação aos ativos totais; FETE: Proporção do nº de empregados no

exterior em relação ao nº de empregados totais; FOTO: Proporção do nº de escritórios no exterior em relação ao nº de

escritórios totais; FRTR: Proporção das receitas externas em relação às receitas totais; FSTS: Proporção de vendas

externas em relação às vendas totais; FSA: Valor monetário das vendas no exterior; OSTS: Proporção das Subsidiárias no

exterior em relação ao total de subsidiárias; PDIO: Dispersão física das operações internacionais; TMIE: Experiência

internacional dos executivos. FSE: Listagem no mercado de capitais do exterior; PSWVR Percentual de ações com

direito a votos no exterior; FPTP: Proporção dos lucros no exterior em relação aos lucros totais.

(16)

Tabela 2: Utilização dos atributos nas pesquisas analisadas Atributo

Simples

Atributo

Múltiplo Total

Dimensão Estrutura 52,63%

Ativos no exterior 2 12 17

Escritórios no exterior 0 2 2

Empregados no exterior 1 6 7

Subsidiárias no exterior 0 6 6

Dispersão 0 11 11

Listagem no exterior 0 2 2

Produtos no exterior 0 1 1

Capital do exterior 0 2 2

Tipo de atividade no exterior 0 2 2

Dimensão Desempenho 40%

Vendas no exterior 19 15 34

Receitas no exterior 0 2 2

Vendas 0 1 1

Impostos 1 0 1

Dimensão Administrativa 7,37%

Orientação Internacional 0 5 5

Normas contábeis 0 1 1

Pesquisa e desenvolvimento 0 1 1

Fonte: Próprio autor.

Tabela 3: Efeito compensação interdimensionais

Empresa

Dimensões

Internacionalização Estrutura Desempenho Administrativa

United Technologies 0,93 0,33 0,00 1,26

Sara Lee 0,99 0,27 0,00 1,26

Fonte: Ramaswamy et al. (1996, p. 169).

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