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Rev. Assoc. Med. Bras. vol.51 número2

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Academic year: 2018

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Rev Assoc Med Bras 2005; 51(2): 61-74 61

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MÉDICO

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ditorial

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Vivemos a era da informação. Neste sentido, vem se tornando cada vez mais freqüente o papel da mídia na divulgação

de informações científicas. Nas áreas de ciências biológicas e medicina, são publicados anualmente mais de 2 milhões de

artigos científicos. Atrás de informações sobre sua saúde, nossos pacientes consultam o “Dr. Web” e trazem aos médicos

artigos e opiniões sobre suas doenças. Além disso, quando um personagem famoso está doente, existe a pressão da

curiosidade da opinião pública para saber os detalhes sobre o caso.

A participação do paciente e de seus familiares nas decisões clínicas sobre testes diagnósticos e intervenções terapêuticas

é muito importante. Por isso, o conhecimento sobre os benefícios, riscos e alternativas ao tratamento proposto devem ser

sempre esclarecidos pela equipe médica. A busca e a troca de informações adicionais por parte do paciente é parte do padrão

cultural popular e deve ser encarada como um reforço bem-vindo ao invés de um incômodo a ser evitado. Por outro

lado, a formação e o conhecimento são instrumentos importantes para uma avaliação crítica das informações médicas

disponíveis na mídia. Numa era onde a informação é divulgada de forma muito rápida e com baixo custo, especialmente na

internet, podem ser encontradas informações de fontes não confiáveis e, muito pior, repletas de erros e conceitos

inadequados e até perigosos.

As decisões médicas baseiam-se em três pilares: a melhor evidência científica, a experiência clínica e os aspectos éticos.

Todos esses aspectos fazem parte da longa formação cultural do médico. Não é possível imaginar que todo indivíduo seja

capaz de compreender, em um curto espaço de tempo, o conhecimento médico. Por outro lado, não é correto presumir

que este conhecimento seja prerrogativa do médico. A história da divulgação do conhecimento em nossa sociedade revela

esta natureza especulativa e curiosa dos “não especialistas” muito antes dos computadores ou mesmo da moderna medicina.

Mas existem barreiras que são intransponíveis. Os avanços tecnológicos e científicos geralmente têm um grande efeito

sobre a mídia, embora representem, de imediato, um impacto pequeno na evolução clínica dos pacientes. O relacionamento

com a mídia deve ser cuidadoso no sentido de explicar a realidade da informação científica e seu lugar na prática clínica.

Mais delicada e importante, entretanto, é a confidencialidade das informações. O respeito ao sigilo é fundamental. A

preservação de segredos profissionais é um direito do paciente e uma conquista da sociedade contida nos Códigos de Ética

e Penal. Esta relação de confiança se estabelece entre o paciente e seu médico e se estende a todos os demais profissionais

das áreas de saúde e administração que tenham contato direto ou indireto com as informações obtidas. Segundo Francisconi

e Goldim, boa parte do vínculo que se estabelece entre médico e paciente pode ser creditado a esta garantia. A formação

ética do médico é muito importante para que o respeito ao paciente seja mantido.

Finalmente, a importância de hábitos salutares, o valor de um exame de triagem na detecção precoce de uma doença

curável, em especial nas situações em que o caráter preventivo está bem estabelecido, mostra que a mídia pode ser um

grande e poderoso aliado. Ao reconhecer esta parceria, com respeito mútuo, médicos e profissionais de mídia estarão

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