Instituto de Físia
Perturbações de Sistemas Gravitaionais: a Métria de
Vaidya, Mini Buraos Negros e Gravastares
Ceilia Bertoni Martha Hadler Chirenti
Orientador: Prof. Dr. ElioAbdalla
Tese de doutorado apresentada no Instituto
deFísiaparaaobtençãodotítulodeDoutor
emCiênias.
Comissão Examinadora:
Prof. Dr. Elio Abdalla (IFUSP)
Prof. Dr. Luís RaulWeberAbramo (IFUSP)
Prof. Dr. Reuven Opher (IAG/USP)
Prof. Dr. George E. Avraam Matsas (IFT)
Prof. Dr. Carlos Alexandre Wuenshe de Souza (INPE)
São Paulo
Em primeiro lugar, gostaria de agradeer ao meu orientador, Prof. Dr. Elio Abdalla,
pela sua atenção, ajuda e orientação durante os anos do doutorado, e também desde a
iniiaçãoientía. Foium prazer euma honratrabalhar aoseu lado. Agradeçotambém
ao Prof. Dr. Alberto Saa, da Uniamp, uja ajuda em todas as etapas do trabalho se
mostrousempre providenial.
Agradeço aoProf. Dr. LuianoRezzolla, om quem trabalheina Alemanhadurante três
meses, pelafrutíferaolaboração,eaogrupode RelatividadeNumériadoInstitutoMax
Plank de Potsdam,pela hospitalidadee amizade.
Agradeço à FAPESP pelo apoio naneiro durante todo o doutorado, e ao Serviço
Ale-mão deInterâmbioAadêmio(DAAD) eà SoiedadeMax Plankpeloapoionaneiro
durante a minhaestadia naAlemanha.
Agradeço à Amélia, à Simone e à Bethe, sem as quais o Departamento de Físia
Mate-mátia não poderia existirtal omo oonheemos.
Agradeço aos olegas do grupo, Alan Maiel, Alan Pavan, Alexander, Carlos Eduardo,
Carlos Molina, Flávio, Jeferson, Karluio, Rodrigo, Roman e Sandro, pela ompanhia e
amizade,além das onstantes disussões sobre físiae outrosassuntos.
Mereem um agradeimento espeial os que foram, e são, meus ompanheiros de sala.
Agradeço à Bertha, agora no Chile, e à Mihele, agora na Alemanha, pela ompanhia
femininanasala341dodepartamento. AgradeçoespeialmenteaoamigoDavi, porestar
sempre presente e pronto a me ajudar quando preisei. Agradeço também ao Brenno,
novointegrantedo grupo, amigo novo, pelaompanhia.
Agradeço à amiga e professora Gladys Chalom do IME, pela amizade e onselhos desde
Agradeço aos amigos Bel, Adriana e Laerte, uma físia e dois astrnomos, pela amizade
duradoura.
Agradeço aos meus amigos Ader, Camila, Carla, Filipe, Maros, Mogar e Oliver, que
aompanharam de longeos meus estudos de Físia,e tiveram paiênia para esperar até
agora. Todos zeram a minhavida muito mais felize me ajudaram sempre quepossível.
Agradeço aoRubens, pelo amor,amizade epaiênia durantetodos os anos.
Agradeço aos meus pais, que semprerespeitaram as minhase deisões eme apoiaram,e
me proporionaram a liberdade para seguir a arreira que esolhi. Agradeço pelo amor
e arinho, sempre. Agradeço à minha família e em partiular à minha avó Sirley, que
sempreteve amais altaopiniãoa meurespeito, justiadaounão. Finalmente, agradeço
in memoriam ao meu av Geraldo, engenheiro, que om erteza estaria orgulhoso se
has to wander through all the outer worlds to reah the innermost shrine at the end.
RESUMO vii
ABSTRACT ix
1 Introdução: Perturbações em Relatividade Geral 1
2 Modos Quasi-Normais da Métria de Vaidya 5
2.1 A métriade Vaidya emoordenadas de one de luz . . . 5
2.2 Soluções das equações de ampo . . . 11
2.3 Perturbaçõese MQN's damétriade Vaidya . . . 16
3 Caraterização de Mini Buraos Negros através de seus Modos
Quasi-Normais 27
3.1 Miniburaos negrosem aeleradoresde partíulas . . . 27
3.2 Modelo utilizado . . . 31
4.1 Gravastar (GravitationalVauumCondensate Star) . . . 41
4.2 Vínulosnos parâmetros domodelo original . . . 43
4.3 Omodelo alternativoom pressões anistrópias . . . 46
4.4 Equações de Perturbação eResultados Numérios . . . 53
5 Conlusão 61
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 63
APÊNDICE A 67
APÊNDICE B 69
APÊNDICE C 71
APÊNDICE D 73
2.1 Exemplos de urvas
r(u
=
const, v)
obtidasom a eq. (2.39),omM
= 1
.. 122.2 Comportamento das urvas
r(u
=
const, v)
obtidas om aeq. (2.39) parar(u, v
0
) =
−
u/2
→
2M
. . . 132.3 Curvas de
r
et
onstante. . . 142.4 Curvas de
u
onstante ediagramaonforme. . . 152.5 Diagrama da grade utilizada para a integração numéria da equação de
perturbação damétria de Vaidya. . . 18
2.6 Perturbaçãoeletromagnétiaom
ℓ
= 2
paraumburaonegrode Shwarzs-hilde amétria de Vaidya om afunção de massa hiperbólia. . . 192.7 Perturbação esalarom
ℓ
= 2
para um buraonegrode Shwarzshilde a métriade Vaidya om massa linear resentee deresente. . . 202.8 Perturbaçãoeletromagnétiaom
ℓ
= 2
paraumburaonegrode Shwarzs-hilde amétria de Vaidya om massa linearresente e deresente. . . . 202.9 A parte real (
ω
R
) da freqüênia de perturbações esalares omℓ
= 2
em função dev
para funções de massa linear ehiperbólia deresentes. . . 222.11 Evoluçãode
ω
R
paraperturbaçõesesalares omℓ
= 2
ediferentes funções de massa hiperbólias,em omparaçãoom uma função de massa linear. . 242.12 Evolução de
ω
R
para perturbações esalares, om diferentes valores deℓ
para diferentes funçõesde massa linares. . . 253.1 Freqüênias instantâneas dos MQN's para mini buraos negros em
pro-esso de evaporação (
ℓ
= 2
). . . 353.2 Freqüênias instantâneas dos MQN's para mini buraos negros em
pro-esso de evaporação (
ℓ
= 3
). . . 363.3 Osespetros de potênias
|
Ψ(f)
|
e|
Ψ(f)
˜
|
. . . 383.4 Soluçãográa para afreqüênia de máximode
|
Ψ(f
)
|
. . . 394.1 Limite para a ompaidade
µ
do gravastar em função da espessuraδ
c
da asa de matéria . . . 464.2 Exemplo típio das funções
ρ(r)
,p
r
(r)
ep
t
(r)
paraM
= 1
,r
1
= 1.8
er
2
= 2.2
. . . 504.3 Comportamento de
(1
−
2m/r)
paraM
= 1
e diferentes valores der
1
er
2
= 2.2
. . . 514.4 Variação de
(1
−
2m/r)
min
omδ
, paraM
= 1
e diferentes valores der
2
. . 514.5 Limitenaompaidade
µ
dogravastarom aespessuraδ
daasa, ompa-rando os resultados apresentados na gura 4.1 om os resultados obtidospara omodelo om pressõesanisotrópias, naurvasuperior. . . 52
4.6 Diagramada grade de integração numériautilizadapara o gravastar . . . 55
4.8 Potenial
V
(r)
(ℓ
= 2
) para gravastares om a mesma espessuraδ
e om-paidadeµ
resente. . . 564.9 Evolução das perturbaçõesaxiaisom
n
= 0
,1
e2
paraum gravastaromM
= 1
,r
1
= 1.85
er
2
= 2.2
. . . 584.10 Comportamento das freqüênias quasi-normais do gravastar em função de
4.1 Alguns valores típios obtidos para as freqüênias quasi-normais do modo
Estudos de perturbações em sistemas gravitaionais no âmbito da Relatividade Geral
vêm sofrendo grandes desenvolvimentos nos últimos anos, espeialmente emfae da
evo-lução dos modernos detetores de ondas gravitaionais. Abordamos neste trabalho as
perturbações de diferentes enários. Prinipiamos om a métria de Vaidya, utilizada
para desrever espaços-tempos esferiamentesimétriose dependentes do tempo. Nossas
simulaçõesmostraram queas freqüênias dos modos quasi-normais (MQN's) apresentam
um novo efeito inerial para variações rápidas da função de massa, retornando depois
aoomportamentoadiabátio. Emseguida, apresentamos um modelo para aevaporação
de mini buraos negros por radiação de Hawking inspiradono enário de riação destes
objetos emaeleradores de partíulas,previsto pelas novasteoriasom dimensõesextras.
Nosso modelo, baseado na métriade Vaidya
n
-dimensional,tornou possível aanálise de MQN'sresultandonapossibilidadede seobterosparâmetrosrelevantes doburaonegro,omoasuamassainiialeonúmerodedimensõesextras,apartirdemedições
experimen-tais. Finalmente, realizamos um estudo sobre uma nova solução denominada gravastar,
proposta omoum modelo alternativo para oestágio nalde estrelasom grandemassa.
Obtivemoslimitespara osparâmetrosdasoluçãoeveriamos asuaestabilidadefrentea
perturbaçõesaxiais,onluindopositivamentearespeito dapossibilidadede sedistinguir
Perturbative studiesof gravitationalsystems inGeneralRelativityhavegonethrough big
developmentsinthelastyears,espeiallyduetotheevolutionofthemoderngravitational
wave detetors. We onsider in this work dierent perturbations in dierent senarios.
Firstlyweonsider theVaidyametri,mainlyusedtodesribetime-dependentspherially
symmetri spaetimes. Our simulations show that the frequenies of the quasinormal
modes(QNM's) presentanewinertialeet forrapidly varyingmassfuntions,returning
afterwards to the adiabati behavior. Next we present a model for evaporating mini
blak holes in partile aelerators, in the ontext of the new gravity models with extra
dimensions. With our model, based on the
n
-dimensional Vaidya metri, we are able to perform a QNM analysis whih results in the possibility of obtainingthe parameters ofthe blak hole, suh as its initial mass and the number of extra dimensions, from the
experimentalmeasurements. Finally,wepresenta studyof anew solution,the gravastar,
proposed as an alternative model for the end state of massive stars. We obtain bounds
fortheparametersof thesolutionandverifyitsstabilityagainstaxialperturbations. Our
results indiate that the gravastar's QNM spetrum an indeed be used to distinguish a
Introdução: Perturbações em
Relatividade Geral
O estudo de perturbações emrelatividade geral tem se mostrado um ampo de pesquisa
muito ativo,desde otrabalhopioneirode Reggee Wheelerde 1957 [1℄. A análiseda
evo-lução de pequenas perturbações em um ampo gravitaional de fundo onheido fornee
informações sobre a estabilidade das soluções das equações de Einstein, e nos permite
obter um onheimentomais aprofundado aera danatureza das equaçõesde ampo da
gravitação. A estabilidade das soluções é uma de suas araterístias mais importantes.
Soluçõesinstáveisdevemdeairrapidamenteemumobjetoestável,queémaisfailmente
detetáveldevido ao seu tempode vidamaior.
Além disso, a propagação de pequenas perturbações pode ser usada para desrever
si-nais de ondas gravitaionais geradosporfontes astrofísias distantes, quando detetados
na Terra. A deteção de ondas gravitaionais, apesar de ser um projeto extremamente
desaador e experimentalmente omplexo, se torna aos pouos mais viável, om a nova
geração de projetos: detetores de massas ressonantes, interfermetros laser, ou ainda
om odetetor LISA, que onsistiráde um onjunto de três satélitesemórbita daTerra.
Adiuldade dedeteção reside,entre outrosfatores, narazãosinal/ruídoextremamente
baixaesperada.
Umdossuessos dateoriadeperturbaçãoapliadaàRelatividadeGeralfoiobtero
espe-trode freqüêniasdos modosquasi-normais de buraosnegros. Umburaonegro espalha
ondas gravitaionaisinidentes omo emum problema de espalhamentode ondasplanas
por uma barreira de potenial na Meânia Quântia. Mas, na Relatividade Geral, as
ons-dependemdas ondiçõesiniiaisdaperturbação. Portanto,asondasespalhadasarregam
informaçõessobre o burao negro, omo se fossem as suas impressões digitais ou o seu
som araterístio.
Este fatogerouumaexpetativadeque,aoseatingiremasondiçõesténias neessárias
para adeteção das ondas gravitaionais,teríamosuma nova janelaobservaional para o
universo. Informações sobre objetos astrofísios, que de outra maneira seriam invisíveis
paranós,poderiamserobtidasprourando-sepelassuasassinaturasnossinaisdetetados.
Desta forma poderíamos obter informações sobre buraos negros e estrelas ompatas, e
talvez até sobre outros tipos de objetos astrofísios ainda desonheidos. Detetores de
ondas gravitaionais seriam utilizados para se obter informações sobre o osmos, omo
as informações obtidas em raios X, miroondas ou no espetro vísivel pelos modernos
telesópios e satélitesde pesquisa.
Paree, porém, um pouo otimista demais pensar que sinais reais poderiam reetir os
resultados obtidosporuma investigação teóriaextremamenteidealizada, omoa análise
doespalhamentode ondas gravitaionaispela barreirade potenialde um buraonegro.
Estima-se que as maiores fontes astrofísias de emissão de ondas gravitaionais sejam
eventos atalísmiosextremamente violentos,tais omoa explosão de super novas,ou a
olisão de buraos negros.
A fonte mais promissora para deteção e estudo de ondas gravitaionais é o sistema
binário ompato espiralando nas últimas fases de sua vida. Este é um sistema binário
formadoporduasestrelasdenêutronsoudoisburaosnegros(ouumdeada),espiralando
para um entro omum, altura em que nalmente oalesem violentamente. Tal é o
destino, por exemplo, do famoso sistema de Hulse-Taylor, o Pulsar PSR 1913+16 [2℄,
daquiaerade240milhõesdeanos,oudeumsistemabináriodeburaosnegrosmassivos
noentro de uma galáxia.
Simulações numérias reentes (ver [3℄ e referênias) realizadas no regime não linear,
envolvendo aintegração numériadas equaçõesde Einsteinom ondiçõesiniiaisdadas,
obtiveramalgunsresultadosparaasondasgravitaionaisemitidasemproessosdestetipo.
Veriou-sequeosinal emitidoéomposto detrês fasesdistintas: movimentoemespiral,
fusão e ringdown ou deaimento. Como resultado, foi veriado que o deaimento das
ondas em modos quasi-normais é reuperado no último estágio da evolução das ondas
gravitaionais! Pelovisto, não era otimista demais pensar que aanálise de modos
quasi-normaispoderia ser efetivamenteútilpara a análise de sinais reais.
Cada vez mais tem sido observado que os métodos perturbativos fazem previsões que
dos perturbativos ompatíveis om os resultados obtidospor simulações numérias mais
omplexasnão linearesaté mesmo paraproblemas envolvendo olisõesde buraosnegros
[4℄, situaçãoque ertamente, àprimeiravista,não deveria ser bemresolvidapor ténias
destinadas a tratar de pequenas perturbações. Se a olisão de buraos negros for
estu-dada de maneiraque noinstanteiniial os dois buraos negros estejam obertos por um
horizonte omum, o problema pode ser visto omo a perturbação de um únio burao
negro. Além disso, om o passar do tempo os métodos perturbativos têm se tornado
ada vez mais úteis, e têm sido ada vez mais utilizados, mesmo om o amadureimento
dos métodos não lineares [3℄, que, por sua vez, envolvemténias de programação muito
mais avançadas, além de exigiremum maior poder omputaional. Finalmente, métodos
perturbativos baseados em tratamentos invariantes de gauge das perturbações estão na
basede grandepartedostrabalhos realizadosemrelatividadenumériaommétodosnão
lineares.
NotratamentoperturbativodaevoluçãodepequenasperturbaçõesemRelatividadeGeral,
temos duas abordagens distintas. Umaonsiste emsomar uma pequena perturbação aos
oeientes damétria,oquelevaaperturbaçõesgravitaionaisaxiaisepolares,desritas
noasodeumburaonegrodeShwarzshildpelasequaçõesdeRegge-Wheeler[1℄eZerilli
[5℄. Estas são as perturbações que podem ser identiadas om as ondas gravitaionais
emitidasporalgumproesso físioreal. Outraabordagemdiferenteonsisteemanalisara
propagaçãode um ampode teste noespaço-tempodesritopelamétria,semonsiderar
a reação do ampo sobre a métria (análise linear). Costumeiramente este método é
apliadopara amposesalares e eletromagnétios,podendoporémser apliadotambém
para ampos de spin semi-inteiro, ou mais elevado. Isto orresponde à situação físia
de espalhamento de partíulas pela barreira de potenial do burao negro ou qualquer
outroobjetoonsiderado. Emambososasos,para oburaonegrode Shwarzshild, por
exemplo, aperturbação segue uma equação de onda que pode ser esrita omo
∂
2
ψ
ℓm
∂r
∗
2
−
∂
2
ψ
ℓm
∂t
2
+
V
ℓ
(r)ψ
ℓm
= 0
,
(1.1)onde
r
∗
é a oordenada tartaruga dada por
r
∗
=
r
+ 2M
ln(r/2M
−
1)
, e o potenialV
ℓ
(r)
é uma função der
eM
que ontém toda a físia do problema. Para perturbaçõesgravitaionaisaxiais,porexemplo,
V
ℓ
(r) =
1
−
2M
r
ℓ(ℓ
+ 1)
r
2
+
2σM
r
3
,
(1.2)é o potenial efetivo, ou potenial de Regge-Wheeler, formado por uma barreira de
po-tenial om um pio loalizado próximo de
r
= 3M
. A forma(1.2) se mantém mesmo se onsideramosamposde teste esalares oueletromagnétiosomo perturbações. Oparâ-metro
σ
é igual a 1 para perturbaçõesesalares, 0 para perturbações eletromagnétias e -3 para perturbações gravitaionais, podendo ser expresso omoσ
= 1
−
s
2
sabe atualmentesobre buraos negrosem nosso universo. As soluções dessa equação são
esritas geralmentenaforma[6℄
Ψ(r, t, θ, φ) =
X
ℓ,m
ψ
ℓm
(r, t)
r
Y
ℓm
(θ, φ)
,
(1.3)om
ψ(r, t) =
e
i
(
ω
R
+
iω
I
)
t
→
e
−
ω
I
t
sin(ω
R
t
+
δ)
.
(1.4)A estabilidade do burao negro é dada pelo sinal da exponenial naeq. (1.4). O burao
negro é onsiderado estável quando a perturbação deai exponenialmente, e instável
quando aperturbação reseexponenialmente.
Pode-seargumentarqueseriaextremamentedifíilmedirexperimentalmenteaspartíulas
espalhadas por um burao negro real, o que é verdade para buraos negros astrofísios,
porém não é assim tão erto para miniburaos negros que podem ser formados em
ae-leradores de partíulas[7℄. Apesar disso, aanálisede perturbaçõesesalares e
eletromag-nétias servemuitobemomo uma análisepreliminaremais simples daestabilidade das
soluçõesdas equações de Einstein. Alémdisso, já foi mostrado que para valores grandes
de
ℓ
, os valores das freqüênias dos modos quasi-normais para todos os tipos de pertur-bações, esalares, eletromagnétias ou gravitaionais, tornam-se iguais, dando mais umajustiativa para o estudo da evolução de ampos de teste em sistemas gravitaionais.
Podemos ver da eq. (1.2) que para
ℓ
grande o termo proporional aℓ
do potenial do-mina sobre o segundo termo, de modo que o potenial torna-se igual para as diferentesperturbações.
O estudo de perturbações em buraos negros de Shwarzshild já foi em grande parte
exauridonopassado,esuasaraterístiassãohojebemonheidas. Atualmente,odesao
seenontranoestudodeperturbaçõesemnovassoluções,motivadaspordesenvolvimentos
da teoria e novos modelos fenomenológios, ou ainda em antigas soluções onheidas já
há bastante tempo, mas que onseguiram até hoje frustrar os estudos perturbativospor
diuldades ténias. Faz parte do segundo aso a métria de Vaidya, dependente do
tempo, da qual nos oupamos no apítulo 2 deste trabalho. Do primeiro aso fazem
parte os estudos de mini buraos negros e gravastares, desenvolvidos nos apítulos 3 e
4. Veremos a seguir neste trabalhoomo osmétodos perturbativos podem ser utilizados
para estudar estes problemas, omo os resultados novos obtidos se relaionam om os
resultados já onheidos,e quaisas novasontribuiçõesquesurgem parao entendimento
Modos Quasi-Normais da Métria de
Vaidya
Neste apítulo apresentamos os resultados obtidos para os modos quasi-normais da
mé-tria de Vaidya. Nas seções 2.1 e 2.2 apresentamos um tratamento desta métria em
oordenadas de one de luz
(u, v)
, mais adequadas à análise perturbativa realizada na seção 2.3. Osresultados obtidosna seção 2.3para os modos quasi-normais (MQN's) sãoomparadosomosresultadosde [8℄,enovosefeitossão identiados[9℄, devidoàmelhor
preisãodos resultados nosistema de oordenadas de one de luzutilizado.
2.1 A métria de Vaidya em oordenadas de one de
luz
Em um trabalho de 1951, P. C. Vaidya apresentou pela primeira vez uma métria para
desrever oespaço-tempoexterior a uma estrela esferiamentesimétria, onsiderando o
uxo de radiaçãoemitido pelaestrela [10℄. Neste aso, a massa daestrela não é
onside-rada onstante, omo no aso de Shwarzshild, ea métrianão deve ser estátia. Como
ponto de partida foi tomada aseguinte desrição do problema: uma massa esféria
radi-antedeveestarprovavelmenteenvolvidaporumenvelopenitoenãoestátiode radiação
om simetria radial. Tudo deve estar envolvido por um ampo gravitaional radial que
se torna ada vez mais frao om a distâniaaté o orpo entral, até o espaço se tornar
de ampo são obtidas om a suposição de que uma estrela de massa
M
eraior
0
omeça aemitirradiaçãoemum tempot
0
. À medidaqueaestrelaontinuaaemitir,aespessura da zona de radiação aumenta e a sua superfíie exterior emum instante posteriort
=
t
1
está emr
=
r
1
. Parar
0
≤
r
≤
r
1
et
0
≤
t
≤
t
1
,seja o elementode linha daformads
2
=
−
e
ν
dt
2
+
e
λ
dr
2
+
r
2
dΩ
2
,
(2.1)onde
λ
eν
são funções der
et
. Para que a energia total seja onservada, o elemento de linha obtido ao se resolver as equações de ampo para (2.6) e (2.1) deve se reduzir àformaestátia
ds
2
=
−
1
−
2M
r
dt
2
+
1
−
2M
r
−
1
dr
2
+
r
2
dΩ
2
,
(2.2)para
r
=
r
0
,t
=
t
0
e parar
≥
r
1
emt
=
t
1
.Otensor de energia-momentodoampoeletromagnétio é dadopor
T
µν
=
F
µ
α
F
να
−
1
4
g
µν
F
αβ
F
αβ
.
(2.3)Para um uxo isotrópiode radiação, aexpressão(2.3) pode ser esrita omootensor de
energia-momentode um uidoperfeito,
T
µν
= (ρ
+
p)U
µ
U
ν
+
pg
µν
,
(2.4)onde
U
µ
é aquadriveloidadedo uido,e
p
=
ρ/3
. Emnosso aso, porém, onsideramos um uxo de radição direionado, e não isotrópio: em ada ponto da região do espaçoonsiderada, um observador vê um uxo de energiaemapenas uma direção.
Utilizamosoordenadasnaturaisnopontodeinteresse, epodemostomarasomponentes
do tensor de energia-momento em termos das intensidades dos ampos elétrio e
mag-nétio
E
eH
. Considerando, sem perda de generalidade, que os eixos do nosso sistema natural de oordenadas estejam orientados de tal maneira que o uxo de radiação noponto de interesse esteja na direção
x
e que a radiação esteja polarizada om o vetor ampo elétrio paralelo à direçãoy
, as omponentes não-nulas deT
µν
(no sistema de
oordenadas naturais) são
T
11
=
T
44
=
T
14
=
1
2
(E
2
y
+
H
z
2
) =
ρ .
(2.5)Emum sistemade oordenadas arbitrário,
T
µν
será dado por
onde
v
µ
é um vetor nulo eradial,
v
µ
v
µ
= 0
⇒ −
e
λ
(v
1
)
2
+
e
ν
(v
4
)
2
= 0
,
v
2
=
v
3
= 0
.
(2.7)Com a expressão usual para as omponentes de
T
µν
em termos deg
µν
e suas derivadas, dada pelas equações de Einstein,R
µν
−
1
2
g
µν
R
= 8πT
µν
,
(2.8)e asequações (2.6)e (2.7), temos astrês equações de ampo:
T
1
4
e
(
ν
−
λ
)
/
2
−
T
4
4
= 0
→
e
−
λ
λ
′
r
−
1
r
2
+
1
r
2
+
˙
λ
r
e
−
(
λ
+
ν
)
/
2
= 0
,
(2.9)T
1
1
+
T
4
4
= 0
→
e
−
λ
λ
′
−
ν
′
r
−
2
r
2
+
2
r
2
= 0
,
(2.10)T
2
2
= 0
→ −
e
−
λ
ν
′′
2
+
ν
′
2
4
−
λ
′
ν
′
4
+
ν
′
−
λ
′
2r
+
e
−
ν
λ
¨
2
+
˙
λ
2
4
−
˙
λ
ν
˙
4
!
= 0
.
(2.11)Tomando
e
−
λ
= 1
−
2m
r
,
m
=
m(r, t)
,
(2.12)naequação de ampo (2.9),obtemos
e
ν/
2
=
−
m
˙
m
′
1
−
2m
r
−
1
/
2
.
(2.13)Substituindo
λ
eν
das equações(2.12 e (2.13))na equação de ampo(2.10), temos˙
m
′
˙
m
−
m
′′
m
′
1
−
2m
r
=
2m
r
2
.
(2.14)Integrando aeq. aima emrelação a
r
,obtemosm
′
1
−
2m
r
=
f
(m)
,
omdf
dm
=
˙
m
′
˙
m
1
−
2m
r
−
2m
′
r
.
(2.15)A métriaassim obtida é dada por
ds
2
=
−
m
˙
2
f
2
1
−
2m
r
dt
2
+
1
−
2m
r
−
1
dr
2
+
r
2
dΩ
2
,
(2.16)m
′
1
−
2m
r
A eq.(2.17) é a equação diferenial a ser resolvida para
m
, dada uma funçãof
(m)
arbi-trária. A ontinuidade damétria nafronteirar
=
R(t)
(obviamente,R(t
1
) =
r
1
) édada porm
=
M ,
(2.18)˙
m
=
−
f
(M
)
.
(2.19)Podemosnotaraindaque,aoimporaontinuidadedamétriaem
r
=
R
,garantimos que emr
=
r
0
,t
=
t
0
o elemento de linha é novamente igual a(2.2).Em 1953 a métria de Vaidya foi reapresentada em oordenadas radiativas [11℄, fazendo
uso de uma mudançade oordenadas dada impliitamentepor [12℄
(r, θ, φ, t)
−→
(r, θ, φ, ω)
,
(2.20)dt
=
dω
−
c
1
−
2m
r
−
1
dr ,
(2.21)onde supusemos
m
=
m(ω)
. Em oordenadas radiativas a métria pode ser reesrita de maneiramais simples omods
2
=
−
1
−
2m
r
dω
2
+ 2cdωdr
+
r
2
dΩ
2
.
(2.22)Para
c
= 1
, temos um uxo de radiação para dentro da estrela, em(ω)
é uma função de massa monótona resente do tempo avançadoω
dado pordω
=
dt
+
dr
∗
, om
dr
∗
=
(1
−
2m/r)
−
1
dr
. Parac
=
−
1
,temos um uxo de radiaçãoparafora daestrela,em(ω)
éuma função monótona deresente do tempo retardado
ω
dado pordω
=
dt
−
dr
∗
. Esta
é aformamais onheida egeralmenteutilizada damétriade Vaidya.
Neste trabalho vamos onsiderar a métria em oordenadas de one de luz, mais
ade-quadas para problemas de evoluçãotemporal, omo a análise de MQN's. No entanto, as
diuldadesdeseobteroordenadasdeonede luzparaespaços-temposnãoestaionários
são bemonheidas. Sabe-sequeoproblema deseobteroordenadas de onede luzpara
a métria de Vaidya, onsiderando uma função de massa genéria, não é solúvel para a
maioria dos asos [13℄. Nós seguimos aqui a abordagemsemi-analítiaproposta em[14℄,
baseada noestudorealizadoem[13℄. Consideramosasequaçõesde Einsteinom simetria
esferiamente simétria ab initio em oordenadas de one de luz
(u, θ, φ, v)
. O elemento de linha esferiamente simétrionessas oordenadas éds
2
=
−
2f(u, v)du dv
+
r
2
(u, v)dΩ
2
,
(2.23)onde
f
(u, v
)
er(u, v)
são funções suaves e não nulas. O tensor de energia-momento de um uxo unidireionalde radiação não polarizadaé dado porT
µν
=
1
onde
k
µ
é um vetor radial do tipo nulo (k
µ
k
µ
= 0
e
k
2
=
k
3
= 0
). Considerando, sem perda de generalidade, o aso em que o uxo de radiação se dá na direção dev
, temosk
µ
= (0,
0,
0,
1)
. As equações de ampo, dadas pelas equações de Einstein (2.8), om amétria(2.23) eotensor de energia-momento(2.24),se reduzem aoseguinte onjunto de
equações:
f(u, v
) = 2B
(v
)
∂r(u, v)
∂u
,
(2.25)∂r(u, v
)
∂v
=
−
B
(v
)
1
−
2m(v)
r(u, v)
,
(2.26)h(u, v) =
−
4
B(v)m
′
(v)
r
2
(u, v)
,
(2.27)onde
B(v)
em(v)
são funções arbitrárias, obedeendo à ondição de energia fraa, isto é, para todovetor tipo tempoX
µ
(X
µ
X
µ
<
0)
, a densidade de matéria observada pelos observadoresujalinha demundo étangenteaX
µ
deveser sempremaiorouigualazero:
ρ
=
T
µν
X
µ
X
ν
≥
0
.
(2.28)Para otensor de energia-momento(2.24), essa ondição fornee
ρ
=
T
µν
X
µ
X
ν
=
T
vv
(X
v
)
2
≥
0
⇒
T
vv
≥
0,
(2.29)ouseja,
B(v)m
′
≤
0
.
(2.30)A soluçãodosistema(2.25)-(2.27) orrespondeà métriade Vaidya,omo pode ser visto
de (2.23) e (2.24), que estabeleem que a métria é esferiamente simétria e possui um
uxo radial de radiação, respetivamente.
Vamosmostraragoraqueamassadeumadistribuiçãoesferiamentesimétriade matéria
pode ser desrita por
m
=
1
2
r
3
R
23
23
,
(2.31)seguindoaargumentaçãoexposta em[15℄. Sejaumespaço-tempoesferiamentesimétrio
arbitrário, om a métriadada por
dS
2
=
e
2
γ
(dx
4
)
2
−
c
−
2
[e
2
α
(dx
1
)
2
+
r
2
dΩ
2
]
,
(2.32)onde
γ
,α
er
são funções dex
1
e
x
4
e o entro de simetria é denido por
x
1
= 0
, de
modo que
r(0, x
4
) = 0
. Além disso, supõe-se que
r(x
1
, x
4
)
>
0
para todo
x
1
6
= 0
, que
e
2
γ
>
0
e
e
2
α
>
0
para todo
x
1
e
x
4
A omponente
R
3
232
do tensor de Riemannpara esta métria pode ser failmente alu-lada,R
3
232
= 1 +
e
−
2
γ
c
−
2
r
,
2
4
−
e
−
2
α
r
2
,
1
.
(2.33)Esta omponente dotensor de Riemanné interessante porenvolver apenas primeiras
de-rivadas eporser invariantepor transformaçõesdaforma
x
¯
1
= ¯
x
1
(x
1
, x
4
)
,
x
¯
4
= ¯
x
4
(x
1
, x
4
)
.
Examinando a eq. (2.33), veriamos que, se
r
for usado omo uma oordenada, et
for usado omo uma oordenada ortogonal onjugada ar
, ou seja,dr/dt
= 0
, então neste sistema de oordenadas a métriaassume aformadS
2
=
e
2
ψ
dt
2
−
1
c
2
dr
2
1
−
R
3
232
+
r
2
dΩ
2
.
(2.34)A oordenada
r
possuiaráterespaialparaR
3
232
<
1
,mas possui arátertemporalparaR
3
232
>
1
. Logo, neste sistema de oordenadas,e
2
α
pode divergir. Se estas oordenadas
foremutilizadasemuma regiãovaziade umespaço-tempoesferiamentesimétrio,temos
os resultados damétriade Shwarzshild
dS
2
= (1
−
2M/r)dt
2
−
1
c
2
dr
2
1
−
2M/r
+
r
2
dΩ
2
,
(2.35)e
M
é uma onstante. Se onsiderarmos a seguir uma distribuição esféria arbitrária de matéria envolvida pelo espaço vazio, a fronteira da matéria será uma superfíie dedesontinuidade. Deaordoom[16,17℄,amétriadeveser ontínuasobreumasuperfíie
de desontinuidade. Comparandoentão (2.34) e(2.35) temos
(R
3
232
)
f
= 2M/r
f
,
(2.36)onde o índie
f
india o valor na fronteira. Este resultado sugere que uma funçãom(x
1
, x
4
)
pode ser denida por
m
=
1
2
rR
3
232
=
1
2
r
3
R
23
23
.
(2.37)Em [15℄ são apresentados mais argumentos, que não reproduziremos aqui, para mostrar
que esta identiaçãoérazoável.
Utilizandoagora adenição de massa(2.37) para amétriade Vaidyaemoordenadas
de onedeluz,podemosveriarqueafunção
m(v)
quesurgedaintegraçãodas equações de ampo,nas equações (2.26) e(2.27), é efetivamentea massa dasolução.Para
m
′
(v)
6
= 0
, a esolha2B(v) =
−
m
′
|
m
′
|
,
(2.38)uxo radial é dirigido para o interior do burao negro se
m
′
(v)
>
0
, e é dirigido para oexterior se
m
′
(v)
<
0
. Podemos notar que, para que a ondição de energia (2.29) sejasatisfeita,afunção
m(v)
deveser monótona,impliandoqueouxoradialdeveterapenas umadireção,paratodov
. Nãoépossível,portanto,terfunçõesdemassam(v)
osilantes.2.2 Soluções das equações de ampo
Ométodosemi-analítiopropostoem[14℄onsisteemonstruirnumeriamenteasfunções
f
(u, v
)
,r(u, v)
eh(u, v)
a partir das eqs. (2.25)-(2.27). A eq. (2.26) ao longo deu
onstante é uma equação diferenial ordinária de primeira ordem em
v
. Pode-se obterr(u, v)
em qualquer ponto resolvendo o problema de valor iniial emv
, onheendo-ser(u, v
0
)
.Vamos exempliar emdetalhe este método para a métria de Shwarzshild, que admite
soluçãoanalítia. Podemosesolher
m(v)
,B
(v)
er(u, v
0
)
nas eqs. (2.25)-(2.27)de modo aobter diferentes soluções. Param(v) =
M
,B(v) =
−
1/2
er(u, v
0
) =
−
u/2
, temosuma parametrização da métria de Shwarzshild, e a eq. (2.26) pode ser resolvidaanalitia-mente,
r
+ 2M
ln(r
−
2M
) =
1
2
(v
−
v
0
)
−
1
2
u
+ 2M
ln
−
u
2
−
2M
.
(2.39)Com uma outra esolha de parâmetros, obtemos a solução de Shwarzshild em termos
das oordenadas de Kruskal-Szekeres [13℄. A solução
r(u
k
, v
k
)
(o índiek
india aqui as oordenadas de Kruskal-Szekeres) édada porr
+ 2M
ln(r
−
2M
) = 2M
ln
v
k
v
k0
+ 2M
ln
u
k
u
k0
.
(2.40)Comparando as duas soluções (2.39) e (2.40), é possível enontrar uma transformação
entre os dois sistemas de oordenadas:
v
k
v
k
0
=
e
v
−
v
0
4
M
,
(2.41)
u
k
u
k0
=
e
−
u
−
u
0
4
M
u
+ 4M
u
0
+ 4M
,
(2.42)de modoque,a partir dadenição de tempo para asoordenadas de Kruskal,
t
= 2M
ln
v
k
u
k
,
(2.43)é possível obter
t
−
t
0
=
v
−
v
0
2
+
u
−
u
0
2
−
2M
ln
u
+ 4M
u
0
+ 4M
de maneira que, se
r
=
R
F
(xo), entãot
=
v
+
onst . Esse resultado mostra que, efetivamente,v
pode seronsideradoomootempoprópriodeum observadoremrepouso noinnito, oque não aontee omv
k
.Nas guras 2.1-2.3 temos alguns exemplos do omportamento de
r(u, v)
et(u, v)
om a parametrização (2.39). Na g. 2.1 temos alguns exemplos de urvasr(u
=
const, v)
. As urvas om valor iniialr(u, v
0
)
<
2M
aem na singularidader
= 0
, enquanto as urvas om valor iniialr(u, v
0
)
>
2M
esapam para o innito. Na g. 2.2 temos em detalhe oomportamentodestas urvas quando a ondição iniialr(u, v
0
) =
−
u/2
tende a2M
. Asurvasseaproximamder
= 2M
(tantosuperiorquantoinferiormente)durante mais tempo quanto mais próxima a ondição iniial estiver der
= 2M
, antes de aírem na singularidade ou esaparem. Na g. 2.3 temos um mapeamento das linhas der
et
onstantes no planou
×
v
.0
1
2
3
4
5
0
1
2
3
4
5
r
v
r = 2M
Figura2.1: Exemplosde urvas
r(u
=
const, v)
obtidasom a eq. (2.39), omM
= 1
.Vamos nos basear nestes resultados para esolher a parametrização que será utilizada
para os asos de interesse, om
m
′
6
= 0
. Param
′
>
0
, por exemplo, tomamosB
=
−
1/2
e
r(u, v
0
) =
−
u/2
. Esta esolha garante que a ondição de energia fraa (2.29) seja satisfeita.As urvas
r(u
=
onst, v)
obtidas pela integração da eq. (2.26) são geodésias nulas do espaço-tempo. A urvar
= 2m(v)
é ohorizonteaparentedoburaonegro,denido omo a fronteira entre a região na qual raios de luz se afastam da singularidade (r
′
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
0
2
4
6
8
10
12
14
r
v
Figura 2.2: Comportamento das urvas
r(u
=
const, v)
obtidas om a eq. (2.39) parar(u, v
0
) =
−
u/2
→
2M
.a região na qual raios de luz se aproximam da singularidade (
r
′
<
0
). O horizonte deeventos é denido omo a fronteira entre as geodésias que esapam e as que aem na
singularidade[18, 19℄. Osdois horizontes podem ser vistosna gura2.4.
Com o método utilizado, o horizonte de eventos pode ser enontrado apenas
numeria-mente, por inspeção, variando-se os valores da ondição iniial
r(u, v
0
) =
−
u/2
. Uma vez enontrada,dentrodapreisãonumériadisponível,aondiçãoiniialr(¯
u, v
0
)
talque a geodésia gerada seja a primeira a esapar da singularidade, denimos o horizonte deeventos omo
r
HE
=
r(¯
u, v)
,e uma massa assintótia dadaporm
ass
(¯
u) =
r(¯
u, v
0
)
2
,
(2.45)que será utilizada na seção 2.3, no tratamento numério de perturbações na métria de
Vaidya.
Consideramosaqui afunção de massa suave
m(v) =
m
1
+
m
2
−
m
1
2
[1 + tanh
κ(v
−
v
1
)]
,
(2.46)-6
-5.5
-5
-4.5
-4
0
1
2
3
4
5
6
u
v
Figura 2.3: Curvas de
r
onstante (linhas heias) et
onstante (linhas pontilhadas). O raio aumenta om|
u
|
ev
resentes e o tempo aumenta om|
u
|
ev
deresentes. Parar
→
2M
et
→ ∞
,asurvastendemassintotiamenteàretau
=
−
4M
, queoinideomm(v) =
m
1
v < v
1
,
m
1
(1 +
λcv)
v
1
< v < v
2
,
m
2
=
m
1
(1 +
λcv
1
)
v > v
2
.
(2.47)
Na g. 2.4 temosaestrutura ausal orrespondenteà funçãode massahiperbólia(2.46)
obtida através do método semi-analítio. Para
κ
positivo em
2
> m
1
temos um burao negro om massa iniialm
1
reebendo um uxo radial de radiação e aumentando sua massa ontinuamenteaté atingirm
2
.r
H
v
+
I
u
−
I
r = 2m(v)
r´<0
r´>0
r(v)
v
r=0
v=constant
Figura 2.4: Curvas de
u
onstante para a solução da eq. (2.26) om a função de massa (2.46), omm
2
> m
1
eκ >
0
. Todas as soluções na região abaixo da linhar
= 2m(v
)
(horizonte aparente) possuemr
′
<
0
. Toda solução que penetrar nesta região atingiráa singularidade
r
= 0
em um tempo nito. Soluções onnadas à regiãor
′
>
0
sempreesaparão da singularidade e atingirão
I
+
. Neste aso existe um horizonte de eventos
(linha pontilhadano diagramaonforme apresentado) próximo àsolução
r
H
(v)
.Devemos notar que omodelolinear, para o qual é possível obter expliitamente uma
o-ordenada tartaruga generalizada,diilmentepoderiaorresponder a umasituação físia
realista. Afunçãodemassa(2.47)édelasse
C
0
,impliandoaexistêniade asas
inni-tesimaisde distribuiçãode matériaem
v
=
v
1
ev
=
v
2
,ondeotensordeenergia-momento é desontínuo,T
vv
=
0
v < v
1
,
m
1
λ
4
πr
2
v
1
< v < v
2
,
0
v > v
2
.
(2.48)
2.3 Perturbações e MQN's da métria de Vaidya
As equações para perturbações esalares e eletromagnétias podem ser esritas omo [6,
20, 21, 22℄(ver demonstração nos ApêndiesA e B)
∂
2
ψ
∂u∂v
+
V
(u, v
)f
(u, v)ψ
= 0
,
(2.49)onde o potenial
V
(u, v)
édado porV
(u, v) =
ℓ(ℓ
+ 1)
2r
2
(u, v)
+
σ
m(v)
r
3
(u, v)
,
(2.50)onde
σ
= 1
eσ
= 0
orrespondem, respetivamente, ao potenial para perturbações esalares eeletromagnétias(σ
= 1
−
s
2
,onde
s
éospindaperturbação). Para umadada função de massam(v)
,é neessário primeiroobter as funçõesf
(u, v)
er(u, v)
através do método semi-analítio de [14℄, para então resolver a equação (2.49) om o algoritmo deintegração araterístia de segunda ordemproposto em[23℄.
As ondições iniiais do problema são espeiadas nas duas superfíies nulas
u
=
u
0
ev
=
v
0
omoψ(u
=
u
0
, v) = exp
−
(v
−
v
c
)
2
2σ
2
,
(2.51)ψ(u, v
=
v
0
) = 0
.
(2.52)A eq.(2.49) éintegradanumeriamente om adisretização
Ψ(N
) = Ψ(W
) + Ψ(E)
−
Ψ(S)
−
∆u∆vV
(X)
Ψ(W
) + Ψ(E)
2
+
O(∆
4
)
,
(2.53)
ondeusamosasseguintes deniçõesparaospontos
X
,N
,S
,E
eW
:X
= (u
+ ∆u/2, v
+
∆v/2)
,N
= (u
+ ∆u, v
+ ∆v)
,W
= (u
+ ∆u, v)
,E
= (u, v
+ ∆v)
eS
= (u, v)
. Nagura 2.5 temos uma representação da grade de integração utilizada. Devemos notar
que uma mudança de oordenadas se faz neessária para a integração numéria, para
limitarmos de maneira eiente a região de integração à região externa ao horizonte de
eventos(dependentedotempo)doburaonegro. Paratanto,denimosumanovavariável
U
U
2
≡
u
2
−
2m
ass
ln
−
u
2
−
2m
ass
érealizadanagrade
U
×
v
. Comoresultado,avariávelU
dagradepodeassumirvaloresde+
∞
a−∞
,semqueohorizontede eventosdoburaonegrosejaultrapassado. Emoutraspalavras,restringimosonossoespaçodeintegraçãopara
r(u, v)
estritamentemaiordoquer
HE
=
r(¯
u, v)
, ouseja,u <
u
¯
=
−
4m
ass
). Durante a integração numéria, utilizamosumalgoritmobaseado no métodode Newton para se obter raízes de funções para inverter a
eq. (2.54)eobter
u(U
)
emadapontodagradeU
×
v
. Este artifíioé similaràdenição da oordenada tartarugar∗
normalmente utilizada no tratamento de perturbações na métria de Shwarzshild. A formade (2.54) é inspirada pelo desenvolvimento analítiodopotenial
V
(u, v)
para perturbações esalares namétria de Shwarzshildno sistema de oordenadas2.39, noqualamudançade oordenadas(2.54)éneessária paraseobtera equaçãode perturbação orrespondente à eq. (2.49) nas oordenadas usuais.
Após a integração da eq. (2.49) ser ompletada, extraímos os valores
ψ(U
max
, v)
. ParaU
max
suientementegrande,temos umaboaaproximação parao amponohorizontedeeventos. Nagura2.6temosumexemplotípiodosresultadosobtidosparaumafunçãode
massahiperbóliaemomparaçãoom oaso de umburaonegro de Shwarzshild. Nas
guras2.7e2.8temos maisalguns exemplostípios,omparandoa métriade
Shwarzs-hild om resultados obtidos para funções de massa lineares. Resultados similares são
obtidos se extrairmos os dados em outros valores de
U
. Todas as análises apresentadas aquiorrespondemadadosextraídosnohorizonteU
max
,apenasporumaquestãode on-veniênianuméria. Como osMQN's orrespondemaos auto-estadosde uma equação deShrödingerefetiva[6℄, osauto-valoresomplexosassoiadospodemser lidosemqualquer
ponto, uma vez que oregime assintótio seja obtido.
As guras 2.9 e 2.10 apresentam as partes real
ω
R
e imagináriaω
I
das perturbações em funçãodev
. Estesresultados orrespondemafunçõesde massaderesentes eresentes, respetivamente, e são típiospara todos os valores deℓ
, todos ostipos de perturbaçãoe diferentes ondiçõesiniiais. Os valores daparteimagináriasão obtidostipiamenteomuma preisão menor, apesar de exibirem o mesmo tipo de omportamento, o que pode
ser visto nas irregularidades de
ω
I
apresentadas na gura (2.10). Nas guras 2.11 e 2.12 temos mais alguns exemplos típios obtidos, para diferentes funções de massa e valoresde
ℓ
.Esta menor preisão não é resultado de erros numérios no proedimento de integração.
De fato, asdiferenças entre asfreqüênias obtidas om passos de integração
∆u
= ∆v
=
0.2,
0.1
e0.5
são menores do que o tamanho dos pontosutilizados nas guras 2.9e 2.10.Areditamos que as irregularidade em
ω
I
se devem ao modo omo as freqüênias são obtidas,fazendo-seumajustedemínimosquadradosloalmente,emintervalosompouosv
U
U
max
N
W
E
S
X
Figura 2.5: Diagrama da grade utilizada para a integração numériada eq. (2.49) . Os
pontospretosindiamospontosondeovalordoampoéonheido,apartirdasondições
iniiais (2.51) e (2.52). Os pontos vermelhos indiam os pontos onde o ampo deve ser
Figura2.6: Valoresdaperturbaçãoeletromagnétia
ψ(u
max
, v)
omℓ
= 2
paraum burao negro de Shwarzshild om massam
= 0.5
e para a métriade Vaidya om a função de massa hiperbólia (2.46), ondev
1
= 75
,κ
= 0.08
,m
1
= 0.5
,em
2
= 0.65
(Hyperboli 3). Pode-se ver laramente, no aso dependente dotempo, a desaeleração da freqüênia de1e-10
1e-09
1e-08
1e-07
1e-06
1e-05
1e-04
0.001
0.01
40
45
50
55
60
65
70
75
80
|
ψ
(u,v)|
v
m = 0.5 + 0.001v
m = 0.5
m = 0.5 - 0.001v
Figura 2.7: Perturbação esalar om
ℓ
= 2
para um burao negro de Shwarzshild e a métriade Vaidyaom massa linear resente ederesente.1e-08
1e-07
1e-06
1e-05
1e-04
0.001
0.01
0.1
1
10
20
30
40
50
60
70
|
ψ
(u,v)|
v
m = 0.5 + 0.001v
m = 0.5
m = 0.5 - 0.001v
valor instantâneo. Por isso, esolhemos tomar o menor número possível de ilos para o
ajuste, apesar de issoausar irregularidadesem
ω
I
.Analisemos mais detalhadamente, por exemplo, o aso de
m(v)
deresente (gura 2.9). Para osasosomvariaçãoaentuada(Linear2eHyperboli2),pode-severlaramenteoefeitoinerial em
ω
R
próximo dev
= 75
. A funçãoω
R
(v)
não seomporta omom
−
1
(v)
,omo seria de seesperar para um regime estaionário adiabátio, omorealmenteoorre
para o aso Hyperboli 1. Após a fase de resimento aelerado,
ω
R
se omporta omo setivesse umainériaintrínsea, atingindoum valormáximo queémaiordo queω
R
(
∞
)
, impliando emum relaxamento orrespondente àregião omω
′
R
(v)
<
0
parav >
75
.Analisandoaindaagura2.9, pode-senotar tambémque,parao asoom variação
aen-tuada,não épossíveldetetardiferenças entre osasos om funçãode massasuavee tipo
C
0
. No entanto, vemos queoaso linearomvariaçãomaislenta(Linear1)exibealguns
efeitos ineriaispróximosa
v
=
v
2
. Emtodas asoutrasregiõesasfreqüênias seguemum omportamentoproporionalam
−
1
(v
)
. Não foramdetetadas diferenças apreiáveisen-tre ostransientes dasperturbaçõesesalares eeletromagnétias. Comojáfoi menionado
anteriormenteeste omportamentoinerialtransientenãopdeser detetadopelaanálise
de MQN's realizadaem oordenadas radiativasapresentada em[8℄. Conlusões análogas
se apliamtambémaos asos om massa resente (gura 2.10).
A partir de nossas simulaçõesnumérias podemosinferir qual a situaçãoorrespondente
ao apareimento do omportamento inerial não estaionário dos MQN's. O desvio do
regimeestaionárioémedidopelasegunda derivada dafunçãodemassa,
m
′′
(v)
,quemedea veloidade om a qual a massa varia. Heuristiamente, podemos esperar o
aparei-mentodoomportamentonãoestaionárioquando
|
1/m
′′
|
(que possuiamesmadimensãoque o tempo no sistema de unidades geométrias utilizado) for menor do que um erto
tempo araterístiode relaxamento dosistema, impedindoque o sistema relaxe e entre
emum regimeadiabátio. Existem dois tempos araterístiosassoiados omos MQN's
de buraos negros: o período de osilação
2π/ω
R
e o tempo de deaimento|
1/ω
I
|
. O apareimento doomportamentoinerialestá assoiadoao tempo de deaimento.Veri-amos desvios apreiáveisdo regimeestaionário sempreque
m
′′
(v)
for damesma ordem(ou maior) doque
|
ω
I
|
, omo mostraremosa seguirPodemosalular,porexemplo,arazão
|
m
′′
max
/ω
I
final
|
paraosdadosHyperboli4dagura 2.10 (orrespondentes ao omportamento inerial apresentado na gura 2.10). Para afunção de massa(2.46), temos
m
′′
tanh
κ(v
−
v
1
) =
1
√
3
,
(2.56)
de modoque
m
′′
(v
)
max
=
2
3
√
3
(m
2
−
m
1
)κ
2
.
(2.57)
Para osparâmetrosde Hyperboli4,
v
1
= 75
eκ
= 0.8
,eω
final
I
≈ −
0.145
(lido dográo), temos|
m
′′
max
/ω
I
final
| ≈
25%
. ParaosdadosHyperboli3dagura2.10(orrespondentes aoomportamentoestaionário apresentado nagura), temos
v
1
= 75
eκ
= 0.08
, portanto a razãoserá 100 vezes menor.Estimar a magnitude do omportamento inerial a partir de nossas simulações sem um
modelo analítio aproximado paree ser bem mais difíil. Mais uma vez de maneira
heurístia, podemosesperar que amagnitude doefeitoseja proporionala
|
m
′′
|
τ
, ondeτ
é ointervalode tempo durante oqual|
m
′′
|
&
|
ω
I
|
.Figura 2.9: A parte real (
ω
R
) da freqüênia de perturbações esalares omℓ
= 2
em função dev
para funçõesde massalinear ehiperbóliaderesentes. Para todos osasos,m
1
= 0.5
em
2
= 0.35
. Linear 1:v
1
= 60
,v
2
= 90
. Linear 2:v
1
= 74.5
,v
2
= 75.5
.Hyperboli 1:
v
1
= 75
,κ
= 0.08
. Hyperboli2:v
1
= 75
,κ
= 0.8
.Todas as situações onsideradas aqui envolvem funções de massa orrespondentes a um
Figura 2.10: As partes real (
ω
R
) e imaginária(ω
I
) da freqüênia para perturbações ele-tromagnétias omℓ
= 2
em função dev
para funções de massa linear e hiperbólia resentes. Para todos os asos,m
1
= 0.5
em
2
= 0.65
. Linear 3:v
1
= 60
,v
2
= 90
. Linear 4:v
1
= 74.5
,v
2
= 75.5
. Hyperboli 3:v
1
= 75
,κ
= 0.08
. Hyperboli 4:v
1
= 75
,0.95
1
1.05
1.1
1.15
1.2
1.25
1.3
1.35
1.4
30
40
50
60
70
80
90
100
ω
R
v
Linear
κ
= 0.04
κ
= 0.08
κ
= 0.12
Figura 2.11: Evolução de
ω
R
para perturbações esalares omℓ
= 2
e diferentes funções de massa hiperbólias, emomparação om uma função de massa linear.nos garantequeoespaço-tempopossui aestruturaausal de umburaonegro usualpara
v
→ ±∞
e, onseqüentemente, que os MQN's podem ser denidos da maneira usual eas freqüênias orrespondentes podem ser apropriadamente omparadas. Em todos os
asos onsiderados, os transientes iniiais se dissipam e
ω(v)
passa a ser proporional am
−
1
(v)
bastante rapidamente, onrmando a solidez da análise numéria de MQN's. Aintegração emoordenadas nulas semostroumuito mais eientedoque aintegração em
oordenadas radiativas [8℄, permitindo-nos atingir a preisão neessária para veriar o
omportamentonão estaionário om reursos omputaionais bastante modestos.
Umaextensãointeressantedestetrabalhoseria aanálisedosMQN'srapidamente
amorte-idos (
n >
0
). Para estesmodossuperioresarazão|
ω
I
/ω
R
|
ésempre maiordoquepara o MQNfundamentalomn
= 0
onsideradoaqui,inluindo,paran
suientementegrande, asos em que|
ω
I
/ω
R
|
>
1
. Portanto, seria interessante veriar seo omportamentonão estaionário poderia ser atenuado de alguma maneira paran >
0
. A análise numéria apresentada aqui não pode ser estendida diretamente para o ason >
0
, uma vez que não é possível identiarestas freqüêniasom preisãosuiente. Areditamos que esteresultado poderia ser obtido, emprinípio, através dométodoWKB, que já foi utilizado
om suesso para a obtenção dos modos superiores de perturbações do burao negro de
0.4
0.6
0.8
1
1.2
1.4
1.6
1.8
2
30
40
50
60
70
80
90
100
ω
R
v
m(v) = 0.5 + 0.001v
L = 1
L = 2
L = 3
L = 4
L = 5
2.5
2
1.5
1
0.5
30
40
50
60
70
80
ω
R
v
m(v) = 0.5 - 0.001v
L = 1
L = 2
L = 3
L = 4
L = 5
ilmentemantenhamasimetriaesféria intataduranteosestágiosintermediários,nossos
resultados podem ser utilizados omo uma primeira aproximação para o espalhamento
de ampos fraos por estas fontes. É fato bem onheido que, após as fases transientes,
o sistema deve se aomodar em uma onguração esferiamente simétria estaionária.
Entretanto, não devemos esqueer que o omportamento inerial não estaionário das
freqüênias dos MQN's devesurgir sempre que
|
m
′′
|
&
|
ω
I
|
. Isto torna aanálise desitua-ções om variaçõesrápidasuma tarefa deliada.
A evaporação por radiação de Hawking [25℄ poderia ser onsiderada omo um proesso
físio real onde a massa do burao negroderese e a simetriaesféria émantida. Nosso
métodopode ser apliadoa esse aso (ver apítulo3).
Finalmente,notamosqueasosilaçõesamorteidasorrespondemauma fase
intermediá-riadoespalhamentode ondas porburaos negrosassintotiamenteplanos. A últimafase
orrespondeaumdeaimentoquesegueumaleidepotênia. Nosproblemasonsiderados
aqui,odeaimentoemleide potêniaaparee tipiamenteparavaloresgrandesde
v
,nos quais os MQN's já atingiram a fase estaionária, sem vestígios dos transientes: a massadoburaonegroatingiuoseuvalornalonstanteeoomportamentodosMQN'sémais
uma vez estaionário, ou seja, tudo se passa omo se tivéssemos um burao negro de
Shwarzshild. Nãodetetamos,neste aso, qualquerinuênia dadependênia temporal
dopotenialnafasenaldedeaimentoemleidepotênia. Este resultadoéonseqüênia