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Teorema Central do Limite para o modelo O(N) de Heisenberg hierárquico na criticalidade...

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(1)

Teorema Central do Limite para o Modelo

O(N

)

de Heisenberg Hier´

arquico na Criticalidade e o

Papel do Limite

N

→ ∞

na Dinˆ

amica dos Zeros de

Lee-Yang

William Remo Pedroso Conti

Orientador: Prof. Dr. Domingos Humberto Urbano Marchetti

Disserta¸c˜ao de Mestrado submetida ao Instituto de F´ısica

da Universidade de S˜ao Paulo para a obten¸c˜ao do t´ıtulo de

Mestre em Ciˆencias.

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Walter Felipe Wreszinski (IFUSP) Prof. Dr. Paulo Domingos Cordaro (IMEUSP) Prof. Dr. Domingos Humberto Urbano Marchetti (IFUSP)

(2)
(3)

`

A minha amada fam´ılia - Sra. Maria Cristina Pedroso Conti, Sr. Leonildo Remo Conti, Thiago Vin´ıcius Pedroso Conti e Mayara Cristina Pedroso Conti - pelo apoio e incentivo. Ao meu orientador, Prof. Dr. Domingos Humberto Urbano Marchetti, por ter-me aceito como seu aluno; pela confian¸ca em mim depositada; pelo modo como tem conduzido

meus passos; por toda sua aten¸c˜ao, em todos os momentos deste projeto.

Aos meus amigos de gradua¸c˜ao - Alex, Bruno, Eduardo, Elisa, F´abio, Felipe, Pedro, Silas, Sim˜ao Pedro, Thiago, Walter e Wilson - por todas as ajudas e incentivos.

Aos meus amigos do Grupo de Mecˆanica Estat´ıstica, meus atuais companheiros de

caminhada. `

As secret´arias e funcion´arios do Departamento de F´ısica Geral, pelo suporte e prestivi-dade.

`

A Funda¸c˜ao de Amparo `a Pesquisa do Estado de S˜ao Paulo (FAPESP), pelo apoio

(4)
(5)

Neste trabalho estabelecemos o Teorema Central do Limite para o modelo O(N) de Heisenberg hier´arquico na criticalidade (sistema `a temperatura inversa cr´ıtica βc) via equa¸c˜ao a derivadas parciais (obtida na aproxima¸c˜ao de potencial local (L 1) da transforma¸c˜ao de grupo de renormaliza¸c˜ao)

u(tN) = 2 Nxu

(N)

xx +u(xN)−2x u(xN)

2

−γxu(xN)+du(N)u(xN)(t,0)

com condi¸c˜ao inicial

u(N)(0, x) = 1

N ln

"

Γ(N/2)

i√βxN/2N/2−1JN/2−1

ipβxN

#

,

no limite N → ∞ (modelo esf´erico (N = ) hier´arquico cont´ınuo (L 1)). Por simplicidade consideramos apenas o caso d = 4, sendo o teorema tamb´em v´alido para d > 4. Pelo estudo de uma dada equa¸c˜ao a derivadas parciais (EDP) determinamos

a temperatura inversa cr´ıtica βc(d) do modelo esf´erico hier´arquico cont´ınuo para um d > 2 qualquer, havendo conex˜ao entre criticalidade e o ponto fixo da EDP. Por meio de uma an´alise geom´etrica da trajet´oria cr´ıtica {u(x∞)(t, x), β = βc, t ≥ 0} obtemos informa¸c˜oes sobre a dinˆamica e distribui¸c˜ao dos zeros de Lee-Yang. Mostramos que

u(x∞)(0, x) pertence `a classe Pick P de fun¸c˜oes; e verificamos indiretamente que o fluxo u(xt∞)(t, x) preserva essa classe, isto ´e,u

(∞)

(6)
(7)

In this work we establish the Central Limit Theorem for the hierarchical O(N) Heisen-berg model at criticality (system at inverse critical temperature βc) via partial differen-tial equation (obtained in the local potendifferen-tial approximation (L1) of renormalization group transformation)

u(tN) = 2 Nxu

(N)

xx +u(xN)−2x u(xN)

2

−γxu(xN)+du(N)u(xN)(t,0)

with initial condition

u(N)(0, x) = 1

N ln

"

Γ(N/2)

i√βxN/2N/2−1JN/2−1

ipβxN

#

,

in the limit N → ∞ (continuum (L 1) hierarchical spherical (N = ) model). For simplicity we only treat the d = 4 case but the theorem is still valid for d > 4. By studying a given partial differential equation (PDE) we determine for any d > 2 the

critical inverse temperature βc(d) of the continuum hierarchical spherical model, and we show a connection between criticality and the fixed point of PDE. By means of a geometric analysis of the critical trajectory {u(x∞)(t, x), β = βc, t ≥ 0} we obtain some informations about Lee-Yang zeros’s dynamics and distribution. Finally, we show

(8)
(9)

1 Introdu¸c˜ao: Motiva¸c˜oes e Resultados 11

2 Trajet´oria Discreta: Resumo 18

2.1 O Modelo O(N) de Heisenberg Hier´arquico . . . 18

2.2 Transforma¸c˜ao do Grupo de Renormaliza¸c˜ao . . . 26

2.3 A Aproxima¸c˜ao de Potencial Local (L1) . . . 40

3 Trajet´oria Cont´ınua: Caso N = 44 3.1 O Modelo Esf´erico Hier´arquico . . . 44

3.2 O Teorema Central do Limite . . . 54

3.3 A Criticalidade . . . 71

3.4 O Fluxo do Ponto de Vista Geom´etrico . . . 78

3.4.1 Demonstra¸c˜ao da Proposi¸c˜ao 3.2.1 . . . 78

3.4.2 A Condi¸c˜ao Inicial u′ 0(x) e a Classe Pick de Fun¸c˜oes . . . 83

3.4.3 A Fun¸c˜ao ux(t, x) para t >0 e a Classe Pick de Fun¸c˜oes . . . 90

3.5 Conclus˜oes e Problemas em Aberto . . . 99

A Apˆendices 105 A.1 Demonstra¸c˜ao do Teorema da Fun¸c˜ao Inversa . . . 105

A.2 Demonstra¸c˜ao do Teorema de Worpitzky . . . 108

A.3 A Classe Pick de Fun¸c˜oes . . . 116

(10)
(11)

Introdu¸c˜

ao: Motiva¸c˜

oes e

Resultados

Dados os inteiros L,K e d, com L, K >1 ed1, seja

ΛK ={0,1, . . . , LK1}dZd

uma rede finita hiperc´ubicad-dimensional de cardinalidade|ΛK|=LKd =n. Pormodelo

O(N) de Heisenberg hier´arquico entende-se o modelo que associa a cada v´ertice de ΛK uma vari´avel de spin cl´assica yque assume valores sobre a esfera unit´aria emRN; essas

vari´aveis s˜aodependentes segundo uma matriz de acoplamento ferromagn´etica chamada

matriz de intera¸c˜ao hier´arquica. Trata-se de uma matriz que n˜ao obedece invariˆancia por transla¸c˜ao nem alcance finito; as vari´aveis de spin interagem segundo uma estrutura de blocos - a cada hierarquia s˜ao formados blocos de Ld vari´aveis de spin da hierarquia anterior, de tal maneira que na hierarquiaktem-se a rede ΛK−kde cardinalidadeL(K−k)d.

Sejaσk(N)(y) a distribui¸c˜ao “a priori” da vari´avel soma

Xk,Nγ = 1 mγ/d

X

i∈Λk

yi, (1.0.1)

com m = Lkd, e γ um parˆametro que pode assumir o valor d ou d+ 2. Se M denota o espa¸co das distribui¸c˜oes “a priori” em RN invariantes por transforma¸c˜oes ortogonais

(12)

σk(N)(y) = Rσk(N)1(y). (1.0.2)

Sendo {σ(kN)(y;β), k 0} uma fam´ılia de trajet´orias parametrizada pelo inverso da temperaturaβ, eβc atemperatura inversa cr´ıtica, o prop´osito deste trabalho ´e investigar

a convergˆencia

lim k→∞σ

(N)

k (y;βc) =σgauss(y) (1.0.3)

da trajet´oria cr´ıtica {σ(kN)(y;βc), k ≥0}para a distribui¸c˜ao gaussianaσgauss(y) quando N ´e muito grande. Mais especificamente, pretendemos estabelecer o Teorema Central do Limite para o modelo O(N) de Heisenberg hier´arquico na criticalidade para N su-ficientemente grande. Para dar conta das flutua¸c˜oes anormais da criticalidade, γ neste caso tem de ser escolhido igual a d+ 2.

Teorema de Lee-Yang. Sejadνn(y) a medida de Gibbs (medida de equil´ıbrio) de um sistema ferromagn´etico cl´assico de nspins, comy= (y1, . . . , yn) um elemento do espa¸co

de configura¸c˜ao Ωn, e consideremos a fun¸c˜ao caracter´ıstica (transformada de Fourier) dessa medida

Φn(z) =

Z

Ωn

exp{i(z,y)Ωn}dνn(y), (1.0.4)

com (.,.)Ωn o produto interno sobre Ωnez = (z1, . . . , zn) a vari´avel conjugada. Segundo

Lee e Yang, as propriedades de equil´ıbrio termodinˆamico do sistema s˜ao regidas pela

distribui¸c˜ao dos zeros (zeros de Lee-Yang) de

ϕn(−|z|2) := Φn(z, . . . , z). (1.0.5)

(13)

c´alculo ilustra o adensamento dos zeros, pelo limite termodinˆamico n→ ∞, sobre uma curva no plano complexo e explicita a maneira como as propriedades macrosc´opicas de equil´ıbrio do modelo s˜ao determinadas a partir da densidade (distribui¸c˜ao emp´ırica) dos

zeros de (1.0.5).

Em 1974 Newman [24] formulou esse problema da determina¸c˜ao dos zeros de

Lee-Yang da seguinte maneira: se ϕ1(−|z|2) possui zeros sobre a reta real, ent˜ao ϕn(−|z|2)

mant´em os zeros sobre R para β > 0 e todon, e esses zeros possivelmente se adensam

no limite n → ∞(o adensamento somente foi levado em considera¸c˜ao por De Coninck [7]).

Teorema de Lee-Yang e o Modelo O(N) de Heisenberg Hier´arquico. As fun¸c˜oes termodinˆamicas do modelo O(N) de Heisenberg hier´arquico dependem das vari´aveis macrosc´opicas Xk,Nγ (1.0.1). Para esse modelo temos a seguinte rela¸c˜ao

Φ(mN)

z

mγ/d, . . . , z

mγ/d

=

Z

Ωm

exp{iz·Xk,Nγ }m(N)(y)

=

Z

RN

exp{iz·y}k(N)(y) =φ(kN)(z), (1.0.6)

comdνm(N)(y) a medida de Gibbs para um bloco dem=Lkdspins,σ(kN)(y) a distribui¸c˜ao “a priori” da vari´avel soma Xk,Nγ , e z ·y o produto interno em RN. Para um estudo

do modelo `a luz do Teorema de Lee-Yang ´e portanto suficiente que se conhe¸ca os zeros das fun¸c˜oes caracter´ısticas {φ(kN)(z)} como fun¸c˜oes de−|z|2. Define-se nesse contexto a

chamada propriedade de Lee-Yang (vide Defini¸c˜ao 2.2.7): diz-se que uma medida σ(y) em RN invariante por transforma¸c˜oes ortogonais O(N) possui a propriedade de

Lee-Yang se os zeros de sua fun¸c˜ao caracter´ıstica φ(z) = RRNexp{iz·y}dσ(y) := ϕ(−|z|2)

encontram-se na reta real e ϕ(−|z|2) pertence `a classe das fun¸c˜oes inteiras de Laguerre,

as quais possuem a representa¸c˜ao (2.2.27).

(14)

σk(N)(y;βc). As fun¸c˜oes φ(kN)(z) tamb´em satisfazem uma rela¸c˜ao de recorrˆencia (mapa discreto)

φ(kN)(z) =Fφ(kN)1(z) (1.0.7)

- vide Proposi¸c˜ao 2.2.4.

Em [15], Kozitsky estabelece o Teorema Central do Limite para o modelo O(N) de

Heisenberg hier´arquico para os casos β = βc e β < βc partindo de uma vizinhan¸ca do ponto fixo gaussiano, sendo que o tamanho de bloco ´e Ld 2 e d > 4. Nesse estudo Kozitsky mostra que se Ld ´e um inteiro, o mapa F preserva a propriedade de Lee-Yang. Assim, se φ(0N)(z) = ϕ0(N)(−|z|2) ´e uma fun¸c˜ao da classe de Laguerre, ent˜ao

{ϕ(kN)(−|z|2), k > 0}´e uma seq¨uˆencia de fun¸c˜oes da classe de Laguerre. Para essa classe

de fun¸c˜oes h´a dispon´ıvel [24] algumas desigualdades para os momentos da distribui¸c˜ao dos zeros, e ´e com o aux´ılio dessas que se mostra a convergˆencia para o ponto fixo gaussiano.

J´a em [27], Watanabe estabelece o Teorema Central do Limite para o modelo O(N) de Heisenberg hier´arquico para N suficientemente grande e β =βc, partindo da fun¸c˜ao

caracter´ıstica

φ(0N)(z) = Γ(N/2)

βN|z|/2N/2−1JN/2−1

p

βN|z| (1.0.8)

da distribui¸c˜ao “a priori” uniforme suportada sobre a esferaN-dimensional de raio√βN (por conveniˆencia, considera-se esse raio ao unit´ario), com Ld = 2 e d = 4. Para con-trolar a trajet´oria O(N), que parte de muito longe do ponto fixo gaussiano, Watanabe

utiliza a trajet´oria exatamente sol´uvel O() juntamente com dois ingredientes v´alidos para Ld inteiro: o fato de o mapa F preservar a propriedade de Lee-Yang, e

positivi-dade por reflex˜ao. A propriedade de Lee-Yang ´e utilizada da mesma maneira que por

Kozitsky (desigualdades para os momentos da distribui¸c˜ao dos zeros), e a propriedade de positividade por reflex˜ao garante a convergˆencia uniforme das trajet´orias O(N) para as trajet´orias O().

(15)

diferencia-se desdiferencia-ses dois pela utiliza¸c˜ao da chamada aproxima¸c˜ao de potencial local: definindo o potencial

U(t, z) =lnφ(kN)(z) (1.0.9)

com parˆametro de escala

t =klnL , (1.0.10)

toma-se conjuntamente os limites k → ∞ e L 1 de tal maneira que klnL per-mane¸ca fixo em um n´umero real positivo t. Com tal procedimento, a ´orbita discreta

{−lnφ(kN)(z;β), k 0}torna-se cont´ınua, e a dinˆamica completa se reduz a uma equa¸c˜ao a derivadas parciais. A nossa condi¸c˜ao inicial ´e dada por U(0, z) = lnφ(0N)(z), com φ(0N)(z) dada por (1.0.8) (a condi¸c˜ao inicial de Watanabe). Como veremos, a equa¸c˜ao diferencial satisfeita porU(t, z) preserva simetria esf´erica, de tal maneira que ´e suficiente

considerar apenas a vari´avel radial |z|. Com a finalidade de se poder tomar o limite de N para infinito, definimos o potencial adequadamente escalado em N

u(N)(t, x) = 1 NU(t,

N z), (1.0.11)

com x = −|z|2, e determinamos a equa¸c˜ao diferencial parcial correspondente, aqui

denominada EDPu(N) (vide problema de valor inicial (2.3.16)-(2.3.17)). Trata-se de

uma equa¸c˜ao n˜ao-linear que apresenta o termo 1/N na frente do termo de derivada segunda. A equa¸c˜ao com N finito ´e, por conseguinte, uma perturba¸c˜ao singular da equa¸c˜ao com N =: com o limite N → ∞a ordem da equa¸c˜ao ´e reduzida de segunda

para primeira (compare (2.3.16) com (3.2.1)). Devemos enfatizar que em decorrˆencia do fato que no limite L 1 os ingredientes positividade por reflex˜ao e propriedade de Lee-Yang deixam de valer, um m´etodo inteiramente novo foi desenvolvido em nossas an´alises.

Uma das motiva¸c˜oes do presente estudo ´e justamente o entendimento da EDPu(N)

como uma perturba¸c˜ao singular da EDPu(∞): conhecendo a trajet´oria exatamente sol´uvel

(16)

um espa¸co funcional adequado. Pretende-se, al´em disso, estender as solu¸c˜oes dos dois problemasn˜ao lineares ao plano complexo de maneira tal que seja poss´ıvel compreender o que ocorre com suas singularidades.

Isso nos leva a uma outra motiva¸c˜ao: descrever o problema da convergˆencia do

ponto de vista da dinˆamica doszeros de Lee-Yang. J´a dissemos que o mapa F preserva a propriedade de Lee-Yang. Partindo da fun¸c˜ao inteira (1.0.8) que possui zeros sobre o eixo real, a seq¨uˆencia de fun¸c˜oes caracter´ısticas {φ(kN)(z) = ϕk(N)(−|z|2), k 0} induz

uma dinˆamica sobre os zeros de Lee-Yang, cuja distribui¸c˜ao no limite termodinˆamico

´e determinada pelos zeros da fun¸c˜ao limite dessa seq¨uˆencia. No caso de se mostrar convergˆencia para uma fun¸c˜ao gaussiana (Teorema Central do Limite), fun¸c˜ao essa que

n˜ao possui zeros, deve-se mostrar que os zeros s˜ao expelidos para o infinito. Os m´etodos empregados por Kozitsky e por Watanabe n˜ao permitem o estudo da dinˆamica dos zeros

com o aumento da hierarquia k. Na aproxima¸c˜ao de potencial local por n´os adotada, a propriedade de Lee-Yang definida pelos autores [15] e [23] n˜ao ´e preservada; todavia, a citada dinˆamica pode ser estudada pela evolu¸c˜ao da fun¸c˜ao u(xN)(0, x), para a qual os zeros de φ(0N)(z) =ϕ0(N)(−|z|2) passam a ser p´olos -u(N)

x (0, x) ´e uma fun¸c˜ao meromorfa.

Deste ponto de vista, a quest˜ao passa a ser: aclasseP de Pick das fun¸c˜oes holomorfas no semi-plano superior, que inclui fun¸c˜oes meromorfas e fun¸c˜oes que possuem cortes no eixo real, ´e preservada pela dinˆamica de u(xN)(t, x)? Mostraremos que com o limite N → ∞ os p´olos deu(xN)(0, x) se adensam, dando origem a um corte; mas tantou(xN)(0, x) quanto a fun¸c˜ao limite u(x∞)(0, x) pertencem `a classe das fun¸c˜oes de Pick. Al´em disso, para o casoN =, vamos verificar que a classe de fun¸c˜oes de Pick ´e preservada (u(x∞)(t, x)∈P para todo t 0) pela EDPu(x∞), e uma descri¸c˜ao da dinˆamica dos zeros de Lee-Yang ser´a dada.

Esta disserta¸c˜ao est´a dividida em dois cap´ıtulos:

O primeiro cap´ıtulo ´e formado por trˆes se¸c˜oes. Na Se¸c˜ao 2.1 apresentamos o modelo

(17)

local derivamos uma equa¸c˜ao a derivadas parciais para o potencialU(t, z) =lnφ(kN)(z). O segundo cap´ıtulo trata do caso N =, e ´e formado por quatro se¸c˜oes. Na Se¸c˜ao

3.1 apresentamos o modelo esf´erico (N =) hier´arquico e sua vers˜ao cont´ınua (L1), mostrando alguns resultados a esses associados - quest˜ao de existˆencia de ordem de longo alcance, bem como a obten¸c˜ao da temperatura inversa cr´ıtica. Encontra-se na Se¸c˜ao 3.2 nosso principal resultado: o Teorema Central do Limite. Mostramos para

d = 4 que a trajet´oria cr´ıtica (β =βc(d= 4) = 4) {u(∞)(t, x), t 0} converge, quando

t → ∞, para a fun¸c˜ao u∗(x) = x. Um ponto importante de nosso estudo ´e que esse

teorema pode ser adaptado para d > 4, casos em que tamb´em se observa convergˆencia para o ponto fixo gaussiano; mas as t´ecnicas desenvolvidas tamb´em s˜ao aplic´aveis para

2< d < 4, casos em que o ponto fixo ´e n˜ao-gaussiano - a dimens˜aod= 4 ´e o valor cr´ıtico superior para modelos hier´arquicos, dimens˜ao a partir da qual os expoentes cr´ıticos s˜ao os mesmos da teoria de campo m´edio com flutua¸c˜oes gaussianas. Na Se¸c˜ao 3.3 a quest˜ao da criticalidade ´e retomada, mas agora do ponto de vista exclusivamente de uma dada

equa¸c˜ao a derivadas parciais. A Se¸c˜ao 3.4 ´e dividida em trˆes subse¸c˜oes, e tem por prop´osito fazer um estudo geom´etrico, no plano complexo, da trajet´oria cr´ıtica estudada na Se¸c˜ao 3.2. Mais especificamente, estendemos a fun¸c˜ao u(x∞)(t, x) para o semi-plano superior do plano complexo e utilizamos o Teorema do Mapeamento de Riemann para

prover informa¸c˜oes qualitativas sobre a trajet´oria cr´ıtica.

Ao final do trabalho est˜ao os Apˆendices. Degrandeimportˆancia s˜ao as trˆes primeiras se¸c˜oes, em especial a que expomos alguns fatos sobre a classe Pick de fun¸c˜oes. Quanto `a se¸c˜ao sobrereflex˜ao de Schwarz, esta foi colocada apenas por uma quest˜ao de completeza

- esse conceito aparece apenas na demonstra¸c˜ao de uma proposi¸c˜ao, e n˜ao ´e algo de

(18)

Trajet´

oria Discreta: Resumo

2.1

O Modelo

O

(

N

)

de Heisenberg Hier´

arquico

Por um postulado devido a Gibbs, a termodinˆamica de um sistema de spins ´e derivada de

uma distribui¸c˜ao de probabilidade definida sobre o espa¸co de configura¸c˜ao, denominada

medida de equil´ıbrio ou medida de Gibbs.

Para o modeloO(N) de Heisenbergferromagn´eticoconsiderado sobre uma rede finita ΛK ⊂Zd de cardinalidade|ΛK|=n essa medida ´e dada por

n(N)(y) = 1 Zn(N)

exp

−1

2 (y, Ay)Ωn

Y

i∈ΛK

0(N)(yi). (2.1.1)

Nesta express˜ao,

Zn(N) =

Z

Ωn

exp

−12 (y, Ay)Ωn

Y

i∈ΛK

0(N)(yi) (2.1.2)

´e a chamada fun¸c˜ao de parti¸c˜ao, uma normaliza¸c˜ao necess´aria para que dνn(N)(y) seja uma medida de probabilidade; y denota um elemento do espa¸co de configura¸c˜ao Ωn =

RN × · · · ×RN =RN.n; (x,y)

n ´e o produto interno sobre Ωn

(x,y)Ωn =

X

i∈ΛK

(19)

0(N)(y) = 1 SN βN

δ|y| −pβN dNy (2.1.4)

´e a medida “a priori” uniforme sobre a esfera N-dimensional

ΣNβN =

(

yRN : |y|2=

N

X

l=1

(yl)2 =βN

)

(2.1.5)

de raio √βN, com β o inverso da temperatura e

SN βN =

Z

RN

δ|y| −pβN dNy=

N/2 √βNN−1

Γ(N/2) (2.1.6)

a ´area da superf´ıcie da esfera ΣN

βN. No modelo O(N) de Heisenberg associamos a cada v´erticeiΛK umavari´avel de spin cl´assica yique assume valores sobre a esfera unit´aria

em RN. Entretanto, para os prop´ositos de nosso estudo, ´e conveniente que se tenha

yi ∈RN. Assim sendo introduzimos, na medida “a priori”, o v´ınculo (2.1.5). Tamb´em

por conveniˆencia escolhemos o raio √βN1 ao raio unit´ario. Quanto ao acoplamento

entre as vari´aveis de spin yi, este ´e expresso pela matriz A= [Aij] presente na energia

Un(y) = (y, Ay)Ωn (2.1.7)

associada `a configura¸c˜ao y, sendo A = JIN com IN a matriz identidade de ordem N e J = [Jij] uma matriz n×n de intera¸c˜ao ferromagn´etica:

Jij ≥0 ∀i, j . (2.1.8)

O nosso interesse est´a na chamada intera¸c˜ao hier´arquica, que ser´a definida a seguir. Por uma quest˜ao de completeza, fa¸camos:

1

Note que pela mudan¸ca de vari´avely′=βyo parˆametroβpassa a ser escrito no termo exponencial

(20)

C´alculo da ´Area da Superf´ıcie de uma Esfera N-dimensional

(a) de Raio Unit´ario: ´e conveniente que se passe para coordenadas esf´ericas

generali-zadas; o jacobiano ´e dado por

dNy =rN−1(sinθ1)N−2(sinθ2)N−3· · · sinθN−2dr dθ1dθ2· · ·dθN−1 , (2.1.9)

com 0r=|y|<,

0θ1, θ2, . . . , θN−2 ≤π

e

0θN−1≤2π .

Para se chegar `a igualdade

S1N =

Z π

0

(sinθ1)N−2dθ1

Z π

0

(sinθ2)N−3dθ2· · ·

Z π

0

sinθN−2 dθN−2

Z 2π

0

dθN−1

= 2π

N/2

Γ(N/2) , (2.1.10)

pode-se utilizar a integral gaussiana

Z

RN

e−|y|2 dNy=

Z

R

e−y2 dy

N

=πN/2 , (2.1.11)

pois essa tamb´em ´e igual a

Z

RN

e−|y|2 dNy = S1N

Z ∞

0

rN−1e−r2 dr

= S1N 1 2

Z ∞

0

tN/2−1e−tdt

= S1N Γ(N/2)

(21)

(b) de Raio R: de (2.1.9) temos que

SRN2 =RN−1S1N , (2.1.13)

de onde se conclui, juntamente com (2.1.10), a equa¸c˜ao (2.1.6).

A Matriz de Intera¸c˜ao Hier´arquica. Dados os inteirosL,K ed,L, K >1 ed 1, seja para cada m = 1,2, . . . , K

Λm ={0,1, . . . , Lm1}dZd (2.1.14)

a rede finita hiperc´ubica d-dimensional de cardinalidade |Λm| = Lmd. Seja u R|Λm|

um vetor que associa a cada v´ertice i = (i1, . . . , id) de Λm uma vari´avel real ui, e

v R|Λm−1| um vetor que associa a cada v´ertice r = (r

1, . . . , rd) de Λm−1 uma vari´avel

real vr. Definimos o operador de bloco B :R|Λm| →R|Λm−1| por

Bu=v (2.1.15)

tal que a componente r desse vetor ´e dada por

vr = (Bu)r =

1 Ld/2

X

j∈Λ1

uLr+j . (2.1.16)

Seu adjunto B∗ :R|Λm−1|R|Λm|

(w, Bu)R|Λm−1| = (B

w, u)

R|Λm| (2.1.17)

com respeito ao produto interno (w, u)R|Λm| =PiΛ

mwiui´e

B∗v =u (2.1.18)

(22)

uLr+j = (B∗v)Lr+j =

1

Ld/2 vr ∀j ∈Λ1 . (2.1.19)

Introduzimos assim as no¸c˜oes de bloco e hierarquia `a rede ΛK: a cada v´ertice r de ΛK−k−1 associamos um bloco deLd v´ertices de ΛK−k, a saber, todos os elementos de

{Lr1, . . . , Lr1+L−1} × · · · × {Lrd, . . . , Lrd+L−1}; (2.1.20)

os v´ertices iΛK−k s˜ao denominadosv´ertices da hierarquia k e os r ∈ΛK−k−1 v´ertices

da k+ 1-´esima hierarquia; iΛK s˜ao v´ertices da hierarquia zero, e na K-´esima hierar-quia h´a somente um ´unico v´ertice Λ0 ={0}. Se u e v denotam configura¸c˜oes de spins,

dado um v´ertice r dak+ 1-´esima hierarquia, a opera¸c˜ao realizada pelo operadorB ´e a

de somar todas as vari´aveis de spinui da hierarquia k associadas ar, e normalizar pela

raiz quadrada do tamanho do bloco (Ld). Quanto aB, transforma a vari´avel de spin de

bloco vr da k+ 1-´esima hierarquia em Ld vari´aveis de spin da hierarquia k, atribuindo

a cada uma delas o mesmo valor.

Utilizando os operadores B e B∗ definimos, sobre R|ΛK|, a matriz de intera¸c˜ao

hier´arquica JH:

JH = K

X

k=1

L−2k(B∗)kBk. (2.1.21)

Bk =B B· · ·B

| {z }

k−vezes

´e a aplica¸c˜ao sucessiva deB, e portantoBk:R|ΛK|R|ΛK−k|; o ´ındice

k indica a hierarquia. Assim, o n´umero m´aximo de hierarquias que se tem em ΛK ´eK.

Defini¸c˜ao 2.1.1 (Matriz Positiva e Positiva Definida) Uma matriz M = [Mij] n×n real ´e dita ser positiva se

Mij >0 i, j , (2.1.22)

(23)

(u, Mu)Rn >0 (2.1.23)

para todo vetor n˜ao nulo uRn.

Proposi¸c˜ao 2.1.2 JH ´e uma matrizLKd×LKd real sim´etrica positiva e positiva definida.

Para demonstrarmos esta proposi¸c˜ao ´e necess´aria a defini¸c˜ao de distˆancia hier´arquica:

consideremos uma seq¨uˆencia (θ1, . . . ,θK) de vetoresθk∈ {0,1, . . . , L1}dtal que, para cada v´ertice i= (i1, . . . , id)∈ΛK, temos uma ´unica expans˜ao na base Ld-n´aria

i = K

X

k=1

θkLk−1 . (2.1.24)

O vetor θk indica a posi¸c˜ao do v´ertice i dentro do bloco, ao qual pertence, da k-´esima hierarquia. A t´ıtulo de esclarecimento, consideremos o exemplo mostrado pela Figura

2.1, em que L= 2 e d= 1.

(24)

O v´ertice i= 3 possui a expans˜ao bin´aria (1,1,0,0, . . . ,0): dentro do bloco da primeira hierarquia ele ocupa a posi¸c˜ao θ1 = 1; dentro do bloco da segunda hierarquia, a posi¸c˜ao

θ2 = 1; dentro do bloco da terceira hierarquia, a posi¸c˜aoθ3 = 0; e assim sucessivamente.

Ao v´ertice i= 4 est´a associada a expans˜ao (0,0,1,0,0, . . . ,0).

Defini¸c˜ao 2.1.3 (Distˆancia Hier´arquica) Seja (θ1, . . . ,θK)a expans˜aoLd-n´aria do

v´ertice i ΛK, e (θ′1, . . . ,θ′K) a do v´ertice j ∈ΛK. A distˆancia hier´arquica entrei e j

´e definida por

distL(i,j) =

(

Lk(i,j) se i6=j

0 se i=j , (2.1.25)

sendo k(i,j) =m´ax{l ∈ {0,1, . . . , K}:θl6=θ′l} a menor hierarquia k que faz com que i e j sejam cobertos por um mesmo bloco de tamanho Lkd.

Peguemos como exemplo os s´ıtios 3 e 4 da Figura 2.1, cujas expans˜oes bin´arias j´a conhe-cemos: k(3,4) = 3; logo dist2(3,4) = 23 = 8, apesar de serem vizinhos pr´oximos.

Observa¸c˜ao 2.1.4 Note que a distˆancia hier´arquica n˜ao ´e estacion´aria com respeito a qualquer transla¸c˜ao a Zd, isto ´e, em geral distL(i+a,j +a)6=distL(i,j). Al´em

disso, a desigualdade distL(i,j)>|ij| ´e sempre satisfeita, com |ij| a distˆancia euclidiana entre os s´ıtios.

Estamos agora em posi¸c˜ao de demonstrar a Proposi¸c˜ao 2.1.2:

Demonstra¸c˜ao. Seja δi∈R|ΛK| um vetor cujas componentes ul s˜ao nulas exceto para

l =i, l,iΛK:

(δi)l=

(

0 se l6=i

1 se l=i . (2.1.26)

(25)

(JH)ij = (δi, JHδj)R|ΛK|

= K

X

k=1

L−2k(δi,(B∗)kBkδj)R|ΛK|

= K

X

k=1

L−2k(Bkδi, Bkδj)R|ΛK−k| . (2.1.27)

Para i6=j

(Bkδi, Bkδj)R|ΛK−k| =

(

0 se k < k(i,j)

L−dk se kk(i,j) , (2.1.28)

e para i =j temos que (Bkδ

i, Bkδj)R|ΛK−k| =L−dk para todo k. Desta maneira

(JH)ij =

(

L−(d+2)k(i,j)L−(d+2)(K+1) 1L−(d+2)−1 se i6=j

L−(d+2)L−(d+2)(K+1) 1L−(d+2)−1 se i=j . (2.1.29)

Uma vez que k(i,j) = k(j,i), e (JH)ij > 0 e real para quaisquer i e j da rede ΛK,

temos que JH ´e uma matriz real sim´etrica positiva.

Seja agora s R|ΛK| um vetor qualquer n˜ao nulo e que associa a cada v´ertice i de

ΛK uma vari´avel real si, e r = (r1, . . . , rd). Ent˜ao a forma quadr´atica associada a JH ´e

(s, JHs)R|ΛK| =

K

X

k=1

L−2k(s,(B∗)kBks)R|ΛK|

= K

X

k=1

L−2k(Bks, Bks)R|ΛK−k|

= K

X

k=1

L−2k X

r∈ΛK−k

(26)

(Bks)r =

1 Ldk/2

X

j∈Λk

sLkr+j . (2.1.31)

Assim, JH ´e uma matriz positiva definida.

Pela Proposi¸c˜ao 2.1.2 a matriz de intera¸c˜ao hier´arquica JH, definida por (2.1.21), ´e uma matriz de intera¸c˜ao ferromagn´etica (vide (2.1.8)). Em vista desse fato, temos:

Defini¸c˜ao 2.1.5 O modelo O(N) de Heisenberg hier´arquico ´e definido pela medida de Gibbs (2.1.1) com energia de intera¸c˜ao ferromagn´etica

Un(y) = (y, Ay)Ωn =−(L−1)(y, JH⊗INy), (2.1.32)

sendo n=|ΛK|=LKd. O fator (L−1)´e acrescentado para garantir, no limite em que

L1, a convergˆencia do laplaceano hier´arquico para o laplaceano hier´arquico cont´ınuo, como ser´a visto na Se¸c˜ao 3.1.

2.2

Transforma¸c˜

ao do Grupo de Renormaliza¸c˜

ao

Comecemos esta se¸c˜ao por notar a estrutura da energia hier´arquica ULKd(y):

ULKd(y) = −(L−1)

K

X

m=1

L−2m((BmIN)y,(Bm⊗IN)y)ΩL(K−m)d

= L−2UL(K−1)d(y(1))−(L−1)L−2

X

r∈ΛK−1

yr(1)

2 , (2.2.1)

que ´e a energia hier´arquica normalizada porL−2 de uma configura¸c˜ao de spins de bloco

y(1) = (BIN)y da primeira hierarquia sobre a rede ΛK

−1, somada `a energia de

in-tera¸c˜ao das L(K−1)d vari´aveis de spin de bloco y(1)

r = ((B⊗IN)y)r da primeira

(27)

ULKd(y) =L−2kUL(K−k)d(y(k))−(L−1)L−2k

X

r∈ΛK−k

y(rk)2 , (2.2.2) com y(k) = (BkIN)y a configura¸c˜ao de spins de bloco da k-´esima hierarquia. ´E justamente esta caracter´ıstica da energia hier´arquica que permite a implementa¸c˜ao do

grupo de renormaliza¸c˜ao mais facilmente.

Rela¸c˜ao de Recorrˆencia. O nosso interesse est´a na evolu¸c˜ao, com o aumento da hierarquia k, da distribui¸c˜ao da vari´avel soma

Xk,Nγ = 1 mγ/d

X

i∈Λk

yi, (2.2.3)

com m=|Λk|=Lkzd. Definimos com essa finalidade a medida “a priori”σ(kN) associada `a escala k pela seguinte equa¸c˜ao:

Z

LKd

δL−(γ−2d)k(Bk⊗IN)y′−y

L(NKd)(y′) =

= 1

ZL(N(K)−k)d

expncγ,k

2 UL(K−k)d(y)

o Y

i∈ΛK−k

k(N)(yi) ; (2.2.4)

integramos a medida (2.1.1) sobre o espa¸co de configura¸c˜ao mantendo a configura¸c˜ao de spins de bloco da k-´esima hierarquia fixa - (2.2.4) ´e uma medida marginal sobre ΩL(K−k)d. O fator γ pode assumir o valor d+ 2 ou d, introduzido a fim de se incluir ou

n˜ao a normaliza¸c˜ao L−k, presente em (2.2.2), `a vari´avel de bloco; assim,

cγ,k =

(

1 se γ =d+ 2

L−2k se γ =d . (2.2.5)

(28)

Estabeleceremos agora uma rela¸c˜ao recursiva para as medidas “a priori”:

Proposi¸c˜ao 2.2.1 As medidas “a priori” associadas a escalas consecutivas relacionam-se por

σ(kN)(y) = 1 Ck e

cγ,k(L−1)|y|2/2 σ(N)

k−1∗ · · · ∗σ (N)

k−1(Lγ/2y)

| {z }

Ldtermos

(2.2.6)

com condi¸c˜ao inicial

σ0(N)(y) =

(

0 se |y|<√βN

1 se |y| ≥√βN , (2.2.7)

sendo que denota o produto de convolu¸c˜ao

ρη(y) =

Z

RN

ρ(yy′)dη(y′), (2.2.8)

e Ck uma normaliza¸c˜ao que garante que σk(N) ´e uma medida de probabilidade.

Demonstra¸c˜ao. Sendo (2.2.4) uma medida marginal, podemos obtˆe-la pela integra¸c˜ao da medida de Gibbs

1 ZL(N(K)−(k−1))d

expncγ,k−1

2 UL(K−(k−1))d(y

)o Y

i∈ΛK−(k−1)

k(N)1(yi′) (2.2.9) sobre o espa¸co de configura¸c˜ao ΩL(K−(k−1))d mantendo-se fixa a configura¸c˜ao de spins de

bloco normalizada L−(γ−2d)(B⊗IN)y′ ∈Ω

L(K−k)d. Para isso precisamos de uma rela¸c˜ao

entre as energias UL(K−(k−1))d(y′) e UL(K−k)d((B⊗IN)y′) an´aloga `a (2.2.1); trocando K

por K(k1) em (2.2.1):

UL(K−(k−1))d(y′) = L−2UL(K−k)d((B⊗IN)y′)

−(L1)L−2 X

r∈ΛK−k

((BIN)y′)

r

(29)

Note que

L−(γ−2d)((B⊗IN)y′)

r =

1

L(γ−2d)

1 Ld/2

X

j∈Λ1

y′Lr+j

= 1

Lγ/2

X

j∈Λ1

yLr+j . (2.2.11)

Utilizando a seguinte decomposi¸c˜ao e nota¸c˜ao

δL−(γ−2d)(B⊗IN)y′−y

= Y

r∈ΛK−k

δL−(γ−2d)((B⊗IN)y′)

r−yr

= Y

r∈ΛK−k

δ(.r), (2.2.12)

temos ent˜ao

Z

L(K−(k−1))d

δL−(γ−2d)(B⊗IN)y′−y

(2.2.9) =

=

Z

L(K−k)d

Z

Ld

Y

r∈ΛK−k

(

ecγ,k−1(L−1)L−2|((B⊗IN)y′)r|2/2δ(.

r)

Y

j∈Λ1

k(N)1(y′

Lr+j)

)

×

× 1

ZL(N(K)−(k−1))d

exp

−cγ,k−1L

−2

2 UL(K−k)d((B⊗IN)y ′)

= 1

ZL(N(K)−k)d

expncγ,k

2 UL(K−k)d(y)

o Y

r∈ΛK−k

1 Ck e

cγ,k(L−1)|yr|2/2d(σ(N)

k−1∗ · · · ∗σ (N)

k−1

| {z }

Ldtermos

)(Lγ/2y

r) ;

(2.2.13)

Ld termos porque a cardinalidade de Λ

1 ´eLd. Para concluirmos (2.2.6) devemos

(30)

Quanto `a condi¸c˜ao inicial (2.2.7), essa ´e a fun¸c˜ao distribui¸c˜ao

Z y1

−∞· · · Z yN

−∞

0(N)(y′) yRN (2.2.14)

associada `a medida “a priori” inicial (2.1.4).

Observa¸c˜ao 2.2.2 Pela mudan¸ca de vari´avel y√βy, (2.2.6) passa a ser escrita

σ(kN)(y) = 1 Ck e

β cγ,k(L−1)|y|2/2 σ(N)

k−1∗ · · · ∗σ (N)

k−1(Lγ/2y)

| {z }

Ldtermos

com condi¸c˜ao inicial

σ0(N)(y) =

(

0 se |y|<√N 1 se |y| ≥√N .

No limite de altas temperaturas (β 0+) temos apenas a convolu¸c˜ao de Ld medidas

“a priori”. Isto est´a em pleno acordo com o fato que nesse limite as vari´aveis de spin comportam-se como vari´aveis aleat´orias independentes (n˜ao h´a acoplamento).

Observa¸c˜ao 2.2.3 SeMdenota o espa¸co das medidas “a priori” emRN,(2.2.6)define

um mapa R:M → M

σk(N) =Rσ(kN)1 , (2.2.15)

e a cole¸c˜ao nσ(kN)(y)oK

(31)

Rela¸c˜ao de Recorrˆencia Dual. Consideremos agora a fun¸c˜ao caracter´ıstica da me-dida “a priori” associada `a escala k

φ(kN)(z) =

Z

RN

exp{iz·y}k(N)(y). (2.2.16)

Proposi¸c˜ao 2.2.4 A medida “a priori” φ(kN)(z) obedece a rela¸c˜ao de recorrˆencia

φ(kN)(z) = 1 Nkexp

−cγ,k(L2−1)∆ φk(N)1(L−γ/2z)L

d

(2.2.17)

com

φ(0N)(z) = Γ(N/2)

βN|z|/2N/2−1JN/2−1

p

βN|z| , (2.2.18)

sendo ∆ = ∂2/∂z2

1+· · ·+∂2/∂zN2 o operador laplaceanoN-dimensional, Jν(ξ) a fun¸c˜ao

de Bessel de ordem ν, Γ(n) a fun¸c˜ao gama de Euler, e Nk uma normaliza¸c˜ao tal que

φ(kN)(0) = 1 para todo k = 1,2, . . . , K e todo L.

Demonstra¸c˜ao. Por (2.2.6), ignorando o fator Ck, temos que

φ(kN)(z) =

Z

RN

exp{iz·y}ecγ,k(L−1)|y|2/2 d(σ(N)

k−1∗ · · · ∗σ (N)

k−1

| {z }

Ldtermos

)(Lγ/2y). (2.2.19)

Uma vez que o laplaceano atua somente na vari´avel z

eiz·yecγ,k(L−1)|y|2/2 =

∞ X n=0 1 n!

cγ,k(L1) 2

n

(|y|)2neiz·y

= ∞ X n=0 1 n!

cγ,k(L1) 2

n (∆)n (i2)n e

iz·y

= exp

−cγ,k(L2−1)∆

(32)

e (2.2.19) fica

φ(kN)(z) = exp

−cγ,k(L2−1) ∆

Z

RN

exp{iz·y}d(σk(N)1∗ · · · ∗σk(N)1

| {z }

Ldtermos

)(Lγ/2y)

= exp

−cγ,k(L2−1) ∆

Z

RN

exp{iL−γ/2z·y}d(σk(N)1∗ · · · ∗σk(N)1

| {z }

Ldtermos

)(y).

(2.2.21)

Pelo Teorema da Convolu¸c˜ao e pela defini¸c˜ao (2.2.16), temos ent˜ao que

φ(kN)(z) = exp

−cγ,k(L−1)

2 ∆ φ

(N)

k−1(L

−γ/2z)L

d

. (2.2.22)

De (2.2.16) e do fato que σk(N)(y) ´e uma medida de probabilidade, vˆe-se a necessidade de que φ(kN)(0) = 1 para todok e todo L. Normalizamos assim (2.2.22) por

Nk= exp

−cγ,k(L2−1)∆ φk(N)1(L−γ/2 z)L

d

z=0

. (2.2.23)

Para finalizarmos esta demonstra¸c˜ao temos de fazer a transformada de Fourier da me-dida “a priori” inicial (2.2.7). Utilizando coordenadas esf´ericas generalizadas (lembrando que o jacobiano ´e dado por (2.1.9)), efetuando a mudan¸ca de vari´avel θ = θ1 −π/2, e

fazendo uso da igualdade (2.1.10) com N trocado por N 1, temos:

φ(0N)(z) = 1 SN βN

Z

RN

exp{iz·y}δ|y| −pβN dNy

= S

N−1 1

SN βN

Z ∞

0

rN−1δrpβN Z π/2

−π/2

ei|z|rsinθ(cosθ)N−2dθ dr

= (2π) N/2 SN βN Z ∞ 0

rN−1δrpβN JN/2−1(|z|r) (|z|r)N/2−1 dr

= Γ(N/2)

βN|z|/2N/2−1JN/2−1

p

(33)

sendo

Jν(ξ) = 1 πΓ(ν+12)

ξ 2

νZ π/2

−π/2

cos (ξsinθ)(cosθ)2ν dθ , (2.2.25)

com e(ν) > 1/2, a representa¸c˜ao integral da fun¸c˜ao de Bessel de ordem ν (vide equa¸c˜ao (20) do Cap´ıtulo V II de [2]). Note que

φ(0N)(0) = 1 SβN

Z

RN

δ|y| −pβN dNy= 1 , (2.2.26)

n˜ao havendo necessidade de uma normaliza¸c˜ao.

Coment´ario 2.2.5 As rela¸c˜oes recursivas (2.2.6)e (2.2.17) recebem o nome de

Trans-forma¸c˜ao de Grupo de Renormaliza¸c˜ao.

Observa¸c˜ao 2.2.6 Uma vez que φ(0N)(z) depende apenas do m´odulo |z| =

z·z da vari´avel e o operador laplaceano preserva simetria esf´erica, segue que φ(kN)(z) ´e uma fun¸c˜ao de |z| para todo k = 1,2, . . . , K.

Teorema de Lee-Yang. Devemos ressaltar que o fato de termos feito a transformada

de Fourier2 da medida “a priori” ´e de extrema importˆancia, pois ´e atrav´es dessa que se

estabelece a rela¸c˜ao com o teorema de Lee-Yang.

Defini¸c˜ao 2.2.7 (Propriedade de Lee-Yang) Uma medidaρde Borel emRN possui

a propriedade de Lee-Yang se sua fun¸c˜ao caracter´ıstica φ(z) = RRNexp{iz·y}dρ(y)

pertence `a classe das fun¸c˜oes inteiras L de Laguerre, as quais possuem a representa¸c˜ao

f(ζ) = exp (λζ)

∞ Y

n=1

1 + ζ α2

n

(2.2.27)

com ζ =−|z|2 C, λ0 e α

1, α2, . . . n´umeros reais satisfazendo P∞n=1α−n2 <∞. 2

(34)

Para a fun¸c˜ao caracter´ıstica φ(0N)(z) temos que

φ(0N)(z) = Γ(N/2)

βN|z|/2N/2−1JN/2−1

p

βN|z|

= Γ(N/2)

i√βNx/2N/2−1JN/2−1

ipβNx:=ϕ(0N)(x), (2.2.28)

x=−|z|2 R. Se {α

n,ν, n≥1} denotam os zeros de Jν(ξ),

(

−α

2

n,N/2−1

βN , n ≥1

)

(2.2.29)

s˜ao os zeros da medida “a priori” ϕ(0N)(x), chamados de zeros de Lee-Yang. Desta maneira,

ϕ(0N)(x) =

∞ Y k=1    1 +

x α2

n,N/2−1

βN

  

. (2.2.30)

Note que ϕ(0N)(0) = 1 e que JN/2−1 i√βNx

= IN/2−1 √βNx

´e uma fun¸c˜ao inteira

de x, e portanto a condi¸c˜ao P∞n=1αn,N/−2 21 < ´e satisfeita. Para n grande vale o comportamento assint´otico

αn,N/2−1 ∼(N −1)

π

4 + (2n−1) π

2 ; (2.2.31)

para N grande tem-se que

Γ(N/2)IN/2−1

p

βNx

βNx 2

N/2−1

. (2.2.32)

Espa¸co de Fun¸c˜oes Inteiras e a Trajet´orianφ(kN)(z)o∞

k=1. Finalizaremos esta se¸c˜ao

(35)

de valor inicial relacionado `a ´orbita discreta induzida pelo mapa (2.2.17). Tomaremos a liberdade de modificar algumas nota¸c˜oes utilizadas nos citados artigos.

SejaE o conjunto de todas as fun¸c˜oes inteiras de C em C, e

kfkb := sup k∈N

1 bk

dkf(0) dζk

. (2.2.33)

Para a0, seja

Aa ={f ∈ E : (∀b > a) kfkb <∞}. (2.2.34)

Por fim, denotando por L a classe das fun¸c˜oes inteiras de Laguerre, sejam

L+ ={f ∈ L:f(0)>0}, L(1) ={f ∈ L:f(0) = 1}, (2.2.35)

La=L ∩ Aa , L+a =L+∩ Aa , L(1)a =L(1)∩ Aa. (2.2.36)

Dado θ 0, o mapa ∆θ :E → E ´e definido por

(∆θf)(ζ) =θ df(ζ)

dζ +ζ

d2f(ζ)

dζ2 . (2.2.37)

Consideremos agora o seguinte problema de Cauchy

∂f(t, ζ)

∂t = (∆θf)(t, ζ), t∈R+, ζ ∈C, (2.2.38)

f(0, ζ) = g(ζ),

e que a condi¸c˜ao inicial tenha a forma

g(ζ) = exp (εζ)h(ζ), h∈ A0, ε≥0. (2.2.39)

(36)

Proposi¸c˜ao 2.2.8 (i) Para todo θ 0 e g ∈ E tendo a forma (2.2.39), o problema

(2.2.38) tem uma ´unica solu¸c˜ao em Aε, a qual possui a seguinte representa¸c˜ao

integral

f(t, ζ) = exp

−ζt

Z +∞

0

sθ−1wθ

ζs t

e−sg(ts)ds , (2.2.40)

sendo t >0 e

wθ =

∞ X

k=0

ζk

k! Γ(θ+k) . (2.2.41)

(ii) Se em (2.2.39)ε >0, a solu¸c˜ao (2.2.40)converge emAε para zero quandot → ∞.

(iii) Se em (2.2.39) h ∈ L0 e ε = 0, a solu¸c˜ao (2.2.40) tamb´em pertence a L0. Ela

diverge quando t→ ∞, o que significa que Mf(t, r)→ ∞ para todo r R+. Aqui

Mf(t, r) = sup

|ζ|≤r|

f(t, ζ)|. (2.2.42)

A evolu¸c˜ao descrita pela equa¸c˜ao (2.2.38) ´e modificada como segue. Dividamos o semi-eixo do tempo R+ em intervalos Ik = ((k1)β, kβ],k N, com β >0 e

R+= ∞ [

k=1

Ik. (2.2.43)

Em cada intervalo a evolu¸c˜ao ´e descrita por (2.2.38), mas nos tempos t =kβ, k 6= 0, a fun¸c˜ao do dado inicial do problema ´e modificada da seguinte maneira

f(kβ, ζ)[f(kβ, δ−1−νζ)]δ , (2.2.44)

(37)

variando sobre uma seq¨uˆencia de intervalos. No que segue, considera-se a seq¨uˆencia de fun¸c˜oes {fk(ζ)}

k=1, cada uma dessas sendo a solu¸c˜ao do seguinte problema de Cauchy

∂fk(t, ζ)

∂t =β(∆θfk)(t, ζ), β≥0, t∈(0,1], (2.2.45)

com condi¸c˜ao inicial

fk(0, ζ) = [fk−1(1, δ−1−νζ)]δ, k∈N

f0(1, ζ) = g(ζ), g∈ L+. (2.2.46)

Qualquer g ∈ L+ ´e descrita pelos parˆametros λ e {αn, n 1} - vide representa¸c˜ao

(2.2.27). Dados g ∈ L+ e j N, definimos os momentos da distribui¸c˜ao dos zeros

mj(g) =

∞ X

n=1

α−n2j . (2.2.47)

e

I(g) =

(

[0,(δν 1)/λ] se λ >0

[0,) se λ= 0 . (2.2.48)

A Proposi¸c˜ao (2.2.8) implica a existˆencia de solu¸c˜oes de (2.2.45)-(2.2.46) ao menos para g ∈ L0. O teorema a seguir estabelece a existˆencia de solu¸c˜oes desse problema em

uma situa¸c˜ao mais geral.

Teorema 2.2.9 Sejam g ∈ L+ e βI(g) dados. Ent˜ao para todo k N e θ 0, o

problema (2.2.45)-(2.2.46) tem uma ´unica solu¸c˜ao fk, a qual pertence a L+λ.

Para β = 0, a seq¨uˆencia{fk(ζ)}

k=1 pode ser encontrada explicitamente

(38)

Se g ∈ L(1), tal seq¨uˆencia converge em A

λ para a fun¸c˜ao f(t, ζ) ≡ 1. Podemos assim esperar que a mesma convergˆencia, ou similar, seja v´alida tamb´em para valores pe-quenos de β. Por outro lado, para valores grandes deβ, a afirma¸c˜ao (iii) da Proposi¸c˜ao

2.2.8 sugere que h´a divergˆencia. O objetivo dos autores nesse trabalho foi estudar as seguintes quest˜oes: (a) existe um valor intermedi´ario de β, digamos β∗, que separa

valores “grandes” e “pequenos” desse parˆametro?; (b) qual seria a convergˆencia da seq¨uˆencia {fk(ζ)}∞k=1 para β = β∗? A resposta foi encontrada para ν ∈ (0,1/2) e g

escolhida em um subconjunto de L+ definido por ν como segue. Seja

ϑ(ν) := 1−δ

−ǫ

δν δ−ǫ , ǫ=

1

4 . (2.2.49)

Defini¸c˜ao 2.2.10 A fam´ıliaL(ν) consiste das fun¸c˜oes g ∈ L(1) que n˜ao s˜ao constantes

e s˜ao tais que

m2(g)

(λ+m1(g))2 ≤

δ1/2

θ+ 1 ϑ(ν),

m2(g)

(m1(g))2 ≥

δ1/2

θ+ 1 . (2.2.50)

Denotando por N0 o conjunto dos n´umeros naturais com exclus˜ao do 0, os autores

enunciam seu principal teorema:

Teorema 2.2.11 Para todo θ 0 e g ∈ L(ν), existe β∗I(g) positivo e uma fun¸c˜ao

C : [0, β∗]R

+ tal que

(i) para β < β∗, a seq¨uˆencia de solu¸c˜oes de (2.2.45)-(2.2.46)

{fk(t, ζ) :k N0, f0(1, ζ) =C(β)g(ζ)}

converge em Aκ−1, com κ=β∗/(δν −1), para a fun¸c˜ao f(t, ζ)≡1;

(ii) para β =β∗, a seq¨uˆencia

{fk(t, ζ) : k N0, f0(1, ζ) =C(β)g)}

converge em Aκ−1 para

f∗(t, ζ) = δ

−θνδ/(δ−1)

(1t(1δ−ν))θ exp

1 β∗

1δ−ν 1t(1δ−ν) ζ

(39)

A conex˜ao entre as trajet´orias{fk(ζ)}

k=1 e φ (N)

k (z)

k=1´e feita pelas identifica¸c˜oes:

δ=Ld; (2.2.52)

θ =N/2 ; (2.2.53)

∆N/2 ´e o laplaceano N-dimensional

1

2(∆N/2f)(ζ) = N

2 f

) +xf′′(ζ) (2.2.54)

escrito em coordenadas esf´ericas atuando sobre fun¸c˜oes φ : RN R O(N) invariantes

(φ(Uz) =φ(z) U O(N)) definidas porf(ζ) =φ(z) com ζ =−|z|2;

ν = γ−d

d ; (2.2.55)

do fato que ζ =−|z|2, h´a uma mudan¸ca na escala do argumento feita em (2.2.46), que passa a ser

φ(kN)(0, z) = [φ(kN)1(1, δ−(1+ν)/2z)]δ. (2.2.56)

Al´em disso, o parˆametro β deve ganhar a interpreta¸c˜ao de inverso da temperatura, e deve ser efetuada uma mudan¸ca de vari´avel de modo que β seja escrito na condi¸c˜ao inicial e n˜ao mais na equa¸c˜ao de evolu¸c˜ao (2.2.45). O problema de valor inicial estudado por Kozitsky e Wo lowiski, reescrito dessa maneira, foi estudado por Watanabe no caso

(40)

2.3

A Aproxima¸c˜

ao de Potencial Local (L

1

)

Definindo o potencial

U(t, z) =lnφ(kN)(z) (2.3.1)

com parˆametro de escala

t=klnL , (2.3.2)

tomaremos conjuntamente os limitesk → ∞eL1 de tal maneira queklnLpermane¸ca fixo em um n´umero real positivo t. Com esse procedimento, como veremos na pr´oxima proposi¸c˜ao, a ´orbita discretanlnφ(kN)(z)o∞

k=0torna-se cont´ınua, e a dinˆamica completa

se reduz a uma equa¸c˜ao a derivadas parciais. O limite da dimens˜ao do bloco L para 1 ´e a chamada aproxima¸c˜ao de potencial local.

Proposi¸c˜ao 2.3.1 O potencialU(t, z) definido por (2.3.1) e (2.3.2) satisfaz, no limite conjunto k → ∞ e L1, a equa¸c˜ao diferencial parcial n˜ao-linear

Ut=cγ(t)

2 ∆U − |Uz|

2

−γ2 z·Uz+dU +cγ(t)

2 ∆U(t,0) (2.3.3)

com condi¸c˜ao inicial

U(0, z) =ln

"

Γ(N/2)

βN|z|/2N/2−1JN/2−1

p

βN|z|

#

. (2.3.4)

O termo ∆U(t,0) ´e um multiplicador de Lagrange necess´ario para garantir que U(t,0) = 0 para todot0, haja vista queφk(N)(0) = 1para todok = 0,1, . . .e todoLe a defini¸c˜ao

(2.3.1) do potencial U(t, z); Uz =∂U/∂z com ∂/∂z = (∂/∂z1, . . . , ∂/∂zN); e

cγ(t) =

(

1 se γ =d+ 2

(41)

´e cγ,k (2.2.5) escrito em termos de t, considerando-se (2.3.2).

Demonstra¸c˜ao. Da defini¸c˜ao de derivada, pela defini¸c˜ao (2.3.1) do potencial U(t, z), pela rela¸c˜ao (2.2.17), e da observa¸c˜ao que tlnL= (k1) lnL, temos

Ut = lim

L↓1

U(t, z)U(tlnL, z)

lnL (2.3.6)

= lim L↓1

1 lnL −ln 1 Nk exp

−cγ,k(L2−1) ∆ φ(kN)1(L−γ/2z)L

d

+ lnφ(kN)1(z)

= lim k→∞ k t −ln 1 Nk exp −cγ(t)(e

t/k 1)

2 ∆ φ

(N)

k−1(e

−γt/2kz)e

dt/k

+ lnφ(kN)1(z)

,

com Nk dado por (2.2.23).

Notemos agora que para k grande valem as seguintes expans˜oes:

exp

−cγ(t)(e

t/k 1)

2 ∆

= 1 k t

cγ(t)

2 ∆ +O (k/t)

2 (2.3.7)

e

φ(kN)1(e−γt/2kz)e

dt/k

=

=φ(kN)1(z) +φ(kN)1(z) γ 2 z·

∂lnφ(kN)1(z)

∂z +dlnφ

(N)

k−1(z)

!

k

t +O (k/t)

2 . (2.3.8)

Substituindo tais express˜oes na ´ultima igualdade de (2.3.6), e utilizando a expans˜ao

ln (a0+a1x+O(x2)) = lna0+

a1

a0

x+O(x2) (2.3.9)

para xpequeno e a0 >0, obtemos

Ut = lim k→∞

(

cγ(t) 2

∆φ(kN)1(z) φ(kN)1(z) +

γ 2 z·

∂lnφ(kN)1(z)

∂z −dlnφ

(N)

k−1(z)−

cγ(t)

2 ∆φ

(N)

k−1(0) +O((t/k))

)

.

(42)

Note que o ´ultimo termo ´e justamente

−cγ(t)2 ∆φ

(N)

k−1(z)

φ(kN)1(z) − γ 2 z·

∂lnφ(kN)1(z)

∂z +dlnφ

(N)

k−1(z)

z=0 , (2.3.11)

proveniente da expans˜ao de lnNk. Por fim, pelas igualdades

∆φ(kN)1(z)

φ(kN)1(z) = ∆ lnφ

(N)

k−1(z) +

∂lnφ(kN)1(z) ∂z 2 , (2.3.12)

∆φ(kN)1(0) = ∆ lnφ(kN)1(0) (2.3.13)

e lnφ(kN)1(z) =U(tt/k, z), obtemos (2.3.3).

Quanto `a condi¸c˜ao inicial (2.3.4), esta segue imediatamente do fato que

U(0, z) =lnφ(0N)(z) (2.3.14)

e de (2.2.18).

Como j´a observado na se¸c˜ao anterior, a condi¸c˜ao inicial para a fun¸c˜ao caracter´ıstica depende de r = |z| = √z·z, de modo que a condi¸c˜ao inicial (2.3.4) tamb´em. Uma vez

que a equa¸c˜ao de evolu¸c˜ao (2.3.3) preserva a simetria esf´erica, ´e conveniente e suficiente que trabalhemos com a parte radial da vari´avel z, do termo z ·Uz, e de ∆, dados respectivamente por r,r d/dr, e

1 rN−1

∂ ∂r

rN−1 ∂ ∂r

= ∂

2

∂r2 + (N −1)

1 r

∂ ∂r .

Definindo o potencial escalado

u(N)(t, x) = 1 NU(t,

(43)

com x=−|z|2 =r2, o problema de valor inicial (2.3.3)-(2.3.4) torna-se

u(tN) =cγ(t)

2 Nxu

(N)

xx +u(xN)−2x u(xN)

2

−γxu(xN)+du(N)cγ(t)u(xN)(t,0) (2.3.16)

com

u(N)(0, x) = 1 N ln

"

Γ(N/2)

i√βxN/2N/2−1JN/2−1

ipβxN

#

. (2.3.17)

O termo u(xN)(t,0) em (2.3.16) ´e um multiplicador de Lagrange necess´ario para garantir que u(N)(t,0) = 0 para todo t0. O problema de valor inicial (2.3.16)-(2.3.17) ser´a o

(44)

Trajet´

oria Cont´ınua: Caso

N

=

3.1

O Modelo Esf´

erico Hier´

arquico

Um resultado cl´assico devido a Kac e Thompson [18] diz que a energia livre do modelo de Heisenberg O(N) ´e igual `a correspondente energia livre do modelo esf´erico quando s˜ao tomados os limites termodinˆamico eN → ∞, independentemente da ordem em que

tais limites s˜ao tomados. Para estabelecer o resultado, a hip´otese de invariˆancia por transla¸c˜ao

Jxy =f(|xy|) (3.1.1)

da matriz de intera¸c˜ao J = [Jxy] foi assumida pelos autores. Anos mais tarde, Kunz e Zumbach [19] encontraram falhas s´erias na demonstra¸c˜ao envolvendo a troca do limite

N → ∞com o limite termodinˆamico, e foram capazes de confirmar o resultado de Kac-Thompson apenas para intera¸c˜ao entre vizinhos mais pr´oximos (Jxy = 0 se |xy|>1). A necessidade da invariˆancia por transla¸c˜ao foi tamb´em posta em quest˜ao por estes ´

ultimos visto que h´a exemplos cuja troca dos limites pode ser realizada mesmo quando

esta propriedade n˜ao ´e satisfeita.

Como parte de um estudo preliminar a este projeto foram estendidos e

(45)

modelo de Heisenberg O(N) hier´arquico para as do modelo esf´erico hier´arquico quando os limites n → ∞ (limite termodinˆamico K → ∞) e N → ∞ s˜ao tomados, indepen-dentemente da ordem de tais limites. Para tanto, utilizamos uma adapta¸c˜ao do m´etodo

empregado por Kac e Thompson [18], al´em do j´a citado artigo de Kunz e Zumbach [19], e uma generaliza¸c˜ao (L > 1 e d 1) da defini¸c˜ao de positividade por reflex˜ao para o laplaceano hier´arquico, encontrada em [27]. Um ponto importante a ser dito ´e que sendo L um inteiro estritamente maior que um na defini¸c˜ao do ´ultimo ingrediente, a

demonstra¸c˜ao da convergˆencia falha no limite L1.

Tamb´em em [4] mostramos que o modelo esf´erico hier´arquico exibe ordem de longo

alcance (vide Defini¸c˜ao 4.2.1 em [21]), desde que d 3 e β > βc. Pelo chamado

crit´erio de ordem de longo alcance (vide Defini¸c˜ao 4.2.2 em [21]) isso implica existˆencia de transi¸c˜ao de fase. Essa, como exporemos nas pr´oximas p´aginas deste trabalho, ´e do tipo condensa¸c˜ao de Bose-Einstein no modo de energia zero. A saber, para esta parte

de [4] tomamos por base o artigo [25] de Perez, que ´e iniciado com a seguinte afirma¸c˜ao:

“Uma classe ampla de sistemas cl´assicos e q¨uˆanticos exibe transi¸c˜ao de fase de mesma natureza daquela observada no g´as de Bose livre e no modelo esf´erico.”

No que se segue desta se¸c˜ao, definiremos o operador laplaceano hier´arquico (seguindo

o trabalho [27] de Watanabe, mas generalizando paraL >1 ed1 quaisquer), o modelo esf´erico hier´arquico, e mostraremos o resultado mencionado no ´ultimo par´agrafo.

Projetores. Seja ΛK a rede hiperc´ubica (2.1.14), |ΛK|=LKd =n sua cardinalidade, e JH a matriz de intera¸c˜ao hier´arquica (2.1.21). Denotamos por w ∈ R|ΛK| um vetor que associa a cada v´ertice i de ΛK uma componente wi∈R, e por

(w,u)R|ΛK| =

X

i∈ΛK

wiui (3.1.2)

o produto interno em R|ΛK|. Definimos o operador laplaceano hier´arquico por

−∆H =−JH +µ0In, (3.1.3)

(46)

hier´arquico, sendo um gerador estoc´astico de um semi-grupo, deve satisfazer

−∆H1= 0 . (3.1.4)

Deste fato, e de (2.1.21) e (2.1.16), temos

µ0 = (1, JH1)R|ΛK| =

1 LKd

K

X

k=1

L−2k(Bk1, Bk1)R|ΛK−k|

= K

X

k=1

L−2k . (3.1.5)

Assim,

−∆H = K

X

k=1

L−2k((B∗)kBk+In). (3.1.6)

Com o operador de blocoB e seu adjuntoB∗, definidos respectivamente por (2.1.16)

e (2.1.19), introduzimos uma matriz de proje¸c˜ao Pk =P2

k ortogonal, Pk =Pk∗, sobre o subespa¸co de vetores em R|ΛK| que assumem valor constante sobre blocos de tamanho

Ldk:

Pk= (B∗)kBk . (3.1.7)

Da observa¸c˜ao que Bk(B)k = BB= In para todo k = 1,2, . . . , K, mostra-se que de

fato

Pk2 = (B∗)kBk(B∗)kBk= (B∗)kInBk =Pk, (3.1.8)

e que para j > k qualquer

PjPk = (B∗)jBj(B∗)kBk= (B∗)jBj−kBk=Pj

(47)

Para essas matrizes de proje¸c˜ao a seguinte inclus˜ao ´e verificada

PK < PK−1 <· · ·< P1 < P0≡In, (3.1.10)

no sentido que M < N se, e somente se, (u, Mu)R|ΛK| < (u, Nu)R|ΛK| para todo u ∈

R|ΛK|.

Seja

Qk=PkPk+1 (3.1.11)

para k= 0,1, . . . , K 1 e

QK =PK (3.1.12)

o operador de flutua¸c˜ao de bloco.

Teorema Espectral. Enunciamos o seguinte teorema:

Teorema 3.1.1 (Teorema Espectral) A cole¸c˜ao {Qk}K

k=0 de matrizes n×n de

proje-¸c˜ao ortogonais

QjQk =δjkQk (3.1.13)

´e uma parti¸c˜ao espectral da unidade

In= K

X

k=0

Qk ,

e

f(∆H) = K

X

k=0

f(λk)Qk (3.1.14)

vale com

λk = L

−2kL−2K

(48)

para qualquer fun¸c˜ao cont´ınua f : [0,1/(L2 1)]R. Segue que ∆H ´e uma matriz

positiva comλk, para k= 0, . . . , K1, um auto-valor de multiplicidadeLd(K−k)(1L−d)

e λK = 0 um auto-valor simples.

Demonstra¸c˜ao. Por (3.1.11) e (3.1.9)

QjQk = (Pj Pj+1)(Pk−Pk+1)

= Pj(PkPk+1)−Pj+1(Pk−Pk+1)

= (Pj Pj)(Pj+1−Pj+1) = 0 (3.1.16)

para todo k < j < K, e o mesmo vale para j < k < K. Para j < k =K

QjQK = (Pj Pj+1)PK =PK−PK = 0, (3.1.17)

e para j =k

QkQk= (PkPk+1)(Pk−Pk+1) =Pk+Pk+1−2Pk+1 =Qk. (3.1.18)

Fica assim demonstrada (3.1.13). Por defini¸c˜ao,

K

X

k=0

Qk = KX−1

k=0

(PkPk+1) +PK =P0−PK+PK =In. (3.1.19)

De (3.1.6), (3.1.7) e (3.1.11), temos

−∆H =

K

X

j=1

L−2k(Pj +In)

= K

X

j=1

L−2j j−1

X

k=0

Qk

= KX−1

k=0

K

X

j=k+1

L−2j

!

(49)

o qual nos d´a (3.1.14) com f(x) = x. Segue por (3.1.13) que (3.1.14) vale para qual-quer polinˆomio e, pelo Teorema da Aproxima¸c˜ao de Weiertrass, para qualqual-quer fun¸c˜ao uniformemente cont´ınua.

Por fim, uma vez quePkprojeta qualquer vetor deR|ΛK|em um vetor que ´e constante sobre blocos disjuntos de tamanho Ldk, o posto (rank) de Pk ´e

posto Pk =Ld(K−k) ; (3.1.21)

esse ´e o n´umero de blocos existentes na k-´esima hierarquia. Pela defini¸c˜ao (3.1.11), juntamente com as inclus˜oes (3.1.10), o posto do operador de flutua¸c˜ao de bloco Qk ´e

posto Qk=Ld(K−k)Ld(K−k−1) , (3.1.22)

para k= 1,2, . . . , K 1 e

posto QK = 1, (3.1.23)

o que conclui a demonstra¸c˜ao do teorema.

Modelo Esf´erico Hier´arquico. Sendo β 0 o inverso da temperatura, o modelo esf´erico hier´arquico (ferromagn´etico) ´e definido pela medida de Gibbs

dν(n)(y) = 1 Qn exp

−β

2 (y,−∆Hy)Rn

dσ(n)(y). (3.1.24)

Nesta express˜ao,

Qn =

Z

Rn

exp

−β2 (y,∆Hy)Rn

Imagem

Figura 2.1: Esquema hier´arquico da rede Λ K no caso em que L = 2 e d = 1.
Figura 3.1: Fun¸c˜ao limite lim t→∞ p(t, x) gaussiana (linha pontilhada) e n˜ao-gaussiana ¯ (d = 3 - linha cheia).
Figura 3.2: Gr´afico da fun¸c˜ao g(t, p) para t = 1 2 ln 2 (linha cheia escura), e de Q(x, p) para x = 0 (linha com tra¸cos pequenos e pr´oximos), x = − 0, 12 (linha com tra¸cos pequenos e espar¸cos), x = − 0, 5 (linha com tra¸cos grandes) e x = 1 (linha ch
Figura 3.3: Gr´afico da fun¸c˜ao p 2 + 2 (linha cheia cinza), e de f (t, p) para t = 10 −1 (linha com tra¸cos pequenos e pr´oximos), t = 1 (linha com tra¸cos pequenos e espar¸cos), t = 5 (linha com tra¸cos grandes) e t = 10 3 (linha cheia escura).
+7

Referências

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