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Produção do Espaço e Capitalismo

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Academic year: 2021

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Produção do Espaço e

Capitalismo

1ºANO – Apostila 1 – Frente B

Cap. 01 – Geografia e Estudo da economia

Produção do Espaço e Capitalismo – pág 128

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Capitalismo – conceitos e aspectos gerais

Desde a queda do Muro de Berlin (fim da Guerra Fria) – dizemos que o mundo é constituído a partir de preceitos do capitalismo:

• Meios de produção e propriedade privada

Trabalhos assalariados (recebe salário)

Divisão entre Capitalistas (donos do meio de produção) e Proletários (quem vende a força de trabalho)

Regulação dos preços pelo mercado (concorrência) – lei da oferta e da procura

• Busca pelo Lucro

Importante! Pág 128 e 129

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Conceito de Mais valia de Marx

• O trabalho humano possui valor de acordo

com a ação de transformar matéria-prima em um produto para consumo, o que envolve a aplicação de tempo e experiência adquirida pelo trabalhador. Esse trabalho aplicado na produção de um produto, ou “valor de uso”, agrega o valor que o trabalho possui no

produto final.

Isso quer dizer que o valor de uso de

qualquer mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho utilizada em sua produção.

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A mais-valia relativa apresenta-se quando o desenvolvimento de maquinário mais avançado e de maior eficiência, o que, teoricamente, levaria à diminuição dos custos e do tempo de produção, não se traduz em melhorias para o trabalhador.

Em princípio, portanto, o desenvolvimento tecnológico resultaria na diminuição da jornada de trabalho do empregado, já que este produziria a mesma quantidade de riqueza necessária para pagar por seu trabalho em um menor espaço de tempo.

Todavia, a concretização da mais-valia relativa está na não diminuição da jornada de trabalho e na manutenção do valor do trabalho aplicado ao produto independentemente do aumento da produção. Sendo assim, quanto mais avançado o maquinário ou as ferramentas de produção, maior seria a produção em um mesmo espaço de tempo e, consequentemente, maior seria a mais-valia.

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Fases do

Capitalismo

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1ª Fase: Capitalismo Comercial ou Mercantilista

Séc. XV e XVI

Período das grandes Navegações

Expansão do comércio internacional

Grande presença do Estado

Formação de colônias europeias em várias partes do mundo, com destaque para as Américas e

também para o continente africano.

Mercantilismo - sistema econômico geralmente concebido como

“um conjunto de práticas” não planejadas. Baseava-se na busca e controle de matérias-primas e metais preciosos (metalismo), além da intensiva troca comercial internacional, em que cada Estado procurava manter uma balança comercial favorável.

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2ª Fase: Capitalismo Industrial

Séc. XVIII – Revoluções Industriais

1ª Rev. Ind. – 1760 – 1830 (Carvão, vapor, locomotiva)

2ª Rev. Ind. - 1850 – 1870 (petroquímica, energia elétrica, ferrovias, carros)

Transição do Meio Natural

para o Meio técnico Liberalismo – sistema econômico vigente, sem intervenção do Estado.

Os novos meios de produção desencadearam, nesse período, a introdução de modos de organização da produção industrial que se preocupavam com a produção a menor custo e menor tempo, ou seja, a racionalização do trabalho. Esses modos de organização ficaram conhecidos como taylorismo e fordismo

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3ª Fase: Capitalismo Financeiro

Séc. XX – pós 1945

Surgimento dos bancos (juros, empréstimos, taxas)

marcada pelo protagonismo exercido pela especulação financeira e pela

bolsa de valores, que passou a ser uma espécie de “termômetro” sobre a economia de um país.

O principal efeito dessa dinâmica sobre o espaço geográfico foi a industrialização dos países

emergentes, com uma consequente e acelerada urbanização ao longo do século XX, a exemplo do Brasil e dos chamados Tigres Asiáticos.

Capitalismo Financeiro houve uma espécie de fusão entre

capital bancário e capital industrial. Isso ocorreu porque

as empresas passaram a ser divididas em ações

negociadas com base em valores e calculadas a partir do potencial de lucratividade oferecido por tais empresas.

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4ª Fase: Capitalismo Informacional

Pós década de 1970

O capitalismo informacional corresponde ao período econômico e social em que estamos vivendo – a Era da Informação

• Terceira Revolução Industrial (Revolução Técnico-científica) • Especialização e qualificação da mão-de-obra

• Otimização dos processos produtivos • Tecnologias de informação

• Sociedade da informação

• Inovações e revolução tecnológica

• Desenvolvimento de softwares e aplicativos • Marcada pelo sistema neoliberal

• Avanço da globalização e do imperialismo

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Monopólio: quando apenas uma empresa controla a produção ou a venda de um tipo de mercadoria. Essa situação pode ocorrer no setor privado e no público.

Ex: Google ou Microsoft: dominam o sistema de busca e de sistema

operacionais do mundo

Ex. Petrobras: até o ano de 1997 tinha o monopólio de exploração de petróleo no Brasil

Monopólio e Oligopólio

Oligopólio: acontece quando um pequeno grupo de empresas compete ou domina a maior parte de um determinado mercado. No oligopólio a tendência é de uma concentração da propriedade em empresas de grande porte, que pode ocorrer pela fusão entre elas, que as torna mais fortes contra pequenas empresas.

Ex: Mercado de smartphones hoje é um oligopólio, pois é dominado por três empresas: Samsung, Hauwei e Apple

Numa situação de concorrência perfeita, o preço se estabelece de acordo com as condições do mercado e tende a permanecer em patamares próximos ao custo de produção das mercadorias. Um produtor monopolista, ao contrário, pode aumentar seu lucro total mediante a simples

elevação do preço, pois domina a oferta e não é

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Cartel, truste e holding

Cartel: quando a partir da existência de um oligopólio as empresas que produzem produtos

semelhantes, estabelecem acordos entre si para dominar o mercado. Em alguns países é considerado ilegal.

Ex: OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo)

Truste: quando a empresa controla várias etapas de um setor da economia.

Ex: Standard Oil Company, chegou a ser a maior empresa do mundo, controlando extração de petróleo, transporte, refino e distribuição

Holding: quando uma empresa se torna proprietária do capital de várias empresas de setores diferentes:

bebidas, alimentação, produtos de limpeza, etc. É considerado o estágio mais avançado de concentração capitalista. As transnacionais, em geral, controlam suas subsidiárias de diferentes países através de uma holding instalada no país de origem ou, muitas vezes, num paraíso fiscal.

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esumo:

Fases do

Capitalismo

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Doutrinas econômicas no Capitalismo

O Espaço geográfico é construído a partir da logica do capital, ou seja, do LUCRO.

O objetivo da construção do espaço geográfico é ser “desenhado” para facilitar os sistemas de transporte e de comunicação

Xangai- China

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Liberalismo Econômico

• Adam Smith – 1783-1790 – séc. XVIII – Inglaterra – 1ªRev. Industrial

• Em sua forma original, a filosofia do liberalismo econômico defende a mínima intervenção do Estado na economia e uma política laissez faire – ou seja, “deixar fazer” ou “deixar

acontecer”.

Em outras palavras, os liberais argumentam a favor de uma liberdade do mercado, livre de ações dos governos.

• Defesa da propriedade privada; liberdades individuais e lucro.

• Menos barreiras protecionistas, tarifas e impostos

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Crise de 1929

• Crise de superprodução – fábricas produzindo mais que os consumidores conseguem

comprar

• Forte valorização de ação de empresas na bolsa de valores, contudo o lucro que os investidores acreditam, não existia

• Quebra da bolsas de valores, queda de vendas, desemprego, fechamento de empresas

Isso mostrou que o Estado precisava ajudar na retomada da economia, ou seja, precisava

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Keynesianismo

John Maynard Keynes – Acreditava que o capitalismo apresentava contradições que só poderiam ser administradas, nunca resolvidas com a intervenção do Estado, principalmente em momentos de crise.

Para ele, o liberalismo geraria novas crises, assim como a de superprodução e era preciso ter a regulamentação do Estado, das seguintes formas:

O Estado deveria desestimular aos investimentos nos setor financeiro para evitar especulação

O Estado deveria fazer investimento na economia, visando geração de empregos e portanto aumento de consumo

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Nos EUA, essa intervenção ficou conhecida como New Deal

(1933-1937) – proposta por Roosevelt, com investimentos em

obras governamentais publicas, como rodovias e usinas

hidrelétricas, de modo a gerar empregos e aumentar o

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Capitalismo e o Espaço Geográfico

O Espaço geográfico evolui a medida que o ser humano aprimora técnicas e desenvolve tecnologias.

O saber técnico é resultado da experiência prática do ser humano com o meio, através da fabricação ou não de instrumentos

A tecnologia é a incorporação do pensamento cientifico na produção de novas técnicas – alterando a

relação da sociedade com o meio.

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Evolução Histórica do Espaço Geográfico

O espaço geográfico é construído de acordo com a necessidade do capitalismo, pois tende a crescer pela imposição de grupos

dominantes – ou seja, é uma decisão humana Por exemplo: Grupo de empresas com maior poder aquisitivo investem mais em países onde eles

acreditam que tendem a crescer.

Ou seja, fazem empréstimos para construção de rodovias, portos, desenvolvimento de geração de energia.... Para que o espaço geográfico cresça de acordo com interesses próprios

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A Evolução Histórica do Espaço Geográfico é divida em três períodos:

Meio Natural, Meio Técnico e Meio

Técnico-Científico- Informacional

Meio Natural Meio Técnico Científico- InformacionalMeio

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Espaço geográfico: o Meio Natural

Meio sem grandes transformações – até o séc. XVIII

O homem garantia sua existência com objetos e

técnicas simples – exemplos: pás, enxadas, arado com tração animal, barcos movidos À vento

Cada sociedade se desenvolvia de acordo com as condições ambientais de cada localidade

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Espaço geográfico: o Meio Técnico

O espaço deixa de ser “natural” e passa a ser

“artificial” – com o marco da Primeira Revolução

Industrial (séc. XVIII)

• Máquinas passam a funcionar ser ação humana

Uso de carvão, posteriormente combustíveis, energia elétrica, portos, ferrovias, linhas telefônicas

• Meio de vida passa a ser urbano

Trocas comerciais são intensificadas, apesar de ainda não serem globais

• A poluição e os impactos ambientais crescem vertiginosamente

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Espaço Geográfico: Meio

Técnico-Científico- Informacional

Pequim - China

Porto Príncipe - Haiti

• Inicia-se no pós 2ª Guerra Mundial – e consolida-se

principalmente pós 1970

• A ciência, a técnica e a informação domina o espaço

• Hoje não existem barreiras naturais que impeçam o avanço de

cidades (exemplo: desertos podem ser irrigados)

• As áreas rurais também são modificadas ( fertilizantes,

maquinas, irrigação)

• Avanço nos celulares, computadores, inteligência artificial,

Big Data

• Ritmo de produção acelerado

• A escala de comercio é global - o que cria áreas de

desenvolvimentos desiguais – áreas extremante desenvolvidas, áreas pouco desenvolvidas

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Neoliberalismo

Doutrina econômica diretamente relacionada à globalização, pois crítica os gastos do Estado. Após déc. de 1970 o pensamento neoliberal começa a ganhar espaço. Trata-se de uma crítica ao keynesianismo – no neoliberalismo novamente é necessário o Estado intervier na

economia, com propostas como:

Privatização;

• Cortes de gastos públicos com o Estado de bem-estar social;

• Abertura de mercado

Desregulamentação dos mercados financeiros e de trabalho (menos impostos)

Séc. XVIII – Liberalismo (sem intervenção do Estado) Séc. XX - Keynesianismo (com intervenção do Estado)

Países que implantaram o Neoliberalismo: Chile (1973) – Ditadura de Pinochet

Reino Unido (1980) - Margareth Thatcher EUA (1981) - Ronald Reagan

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Blocos econômicos

No contexto neoliberal, surgem

os blocos econômico para

auxiliar essa abertura dos países ao mercado estrangeiro.

Trata-se de um grupo de países que promove acordos para

integra sua economia, em diferentes níveis.

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Importantes O bloco econômico mais integrado atualmente é a União Europeia, que integra 28 países; tem uma moeda única, o Euro; e tem um Parlamento Europeu, que representa a união politica.

Em termos de número de pessoa e somatória das economias a APEC ( Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) é o maior bloco, porém o nível de integração é frágil.

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Consequências da globalização

Atualmente, na globalização a grande consequência é o aumento dos fluxos mundiais de informação, de capitais, de mercadorias e de pessoas – mas isso impacta diretamente na vida cotidiana da pessoas.

O consumo e o crescente avanço da tecnologia levam à praticas de obsolescência programa ( que consiste em produtos poucos duráveis, feitos para serem substituídos), gerando consequência ambientais terríveis.

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Terceirização

Outra consequência da globalização é a terceirização, que é a contratação de empresas menores para realizar parte de um processo de produção, o problema está nas condições em que esse trabalho é contratado,

normalmente em condições desfavoráveis.

Isto está relacionado à liberdade das empresas em escolher os melhores lugares e os melhores custos para que haja um lucro maior, vinculado à exploração de mão-de-obra e do espaço.

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Outro fator da globalização é a

desigualdade social.

Esse aumento está ligado à

liberdade de movimento do capital e a financeirização da economia; de um lado os grande investidores

aumentam seus lucros buscando

melhores oportunidades em países

de mão-de-obra barata ou

emprestando dinheiro a governo, empresas e família endividadas, e, de outro ocorrem problemas a

desindustrialização e aumento do desemprego

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