Venus
Red globe Thompsom
seedeless
Itália Festival Perlette
Benitaka
DOENÇAS DA VIDEIRA
(Vitis spp.)Anotações de aula Profa. Marli F.S. Papa
Estádios fenológicos e doenças
DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS
ANTRACNOSE
- outras denominações:
-“olho de passarinho” - varíola - varola
-
carvão- negrão
- importante em regiões úmidas
- severidade alta: compromete a safra do ano e as
futuras
ETIOLOGIA
. Elsinoe ampelina (Sphaceloma ampelinum)
. Sobrevivência: . lesões em sarmentos e
gavinhas restos de cultura no solo
CONTROLE
Uso de cv. Resistentes - Resistentes:
. Vitis riparia . Bacco 22A . Seibel 4986 . S. 5213.
. S. 5455 .S.5437 - Tolerantes:
. Seyval (SV 5276)
. Seibel 10146 . Seibel 2 . Seibel 1077 . Isabel
Período vegetativo:
- aplicações a partir do estádio fenológico 5
- produtos recomendados:
. calda bordalesa hidróxido de cobre . oxicloreto de cobre
. oxicloreto de cobre + mancozeb . Captan Chlorothalonil . Mancozeb Folpet . Ziram
. Tiofanato metílico
PROGRAMA DE CONTROLE DE ANTRACNOSE E MÍLDIO DA VIDEIRA COM APLICAÇÕES DE CALDA BORDALESA ( AMORIM &
KUNIYUKI, 1997)
Estádio 41 2:2:100
7
Estádio 35 2:2:100
6
14 dias após a 4a.
aplicação 2:2:100
5
Estádio fenológico 31 2:2:100
4
Estádio fenológico 17 1.5:1.5:100
ou 2:2:100 3
14 dias após a 1a.
aplicação 1.5:1.5:100
ou 2:2:100
2
Estádio fenológico 7
0.5:0.5:100 ou 1:1:100 1
Época de aplicação Dosagem
Recomendada Aplicação
(Número)
MÍLDIO
. importante - regiões onde o verão é úmido
. pode destruir 50 a 75 % da colheita
. importância histórica - descoberta da calda bordalesa
SINTOMAS
. ataca todas as partes verdes da planta - folhas: . início - encharcamento do mesófilo
- “mancha de óleo”
. sob U↑ - sup. inferior - eflorescência branca, densa, de aspecto cotonoso - “mancha branca”
ou “mancha mofo”
. depois - área infectada necrosa e torna-se avermelhada
. lesões necróticas são irregulares e podem coalescer
. severa infecção - queda da folha
míldio
ETIOLOGIA
Plasmopara viticola
. parasita obrigado
-Sobrevivência: . oósporos . micélio no interior de tecidos vivos
- Disseminação: . vento e respingos de chuva
- Cond. fav.: . inverno úmido seguido de primavera úmida e verão chuvoso
CONTROLE
. Programa de controle da antracnose é também eficiente para o míldio
. Se incidência do míldio é alta - produtos específicos para
o míldio: cymoxanil + mancozeb, fosetyl-Al, azoxystrobin,
metalaxylOÍDIO
. severos prejuízos - países europeus
. Brasil: quando utiliza-se uvas de origem
americana: + resist
ETIOLOGIA . Uncinula necator - fase sexuada . Oidium tuckeri - fase assexuada
. parasita obrigado . Disseminação: . vento
CONTROLE – OÍDIO . Aplicação de fungicidas a base de enxofre
. Outros fungicidas recomendados:
Folpet . Benomyl
. tiofanato metílico . fenarimol
. pyrozophos . triadimefon
- Altamente suscetíveis:
. V. vinifera . V. betulifolia . V. pubescens . V. davidii . V. pagnucci . V. piasezkii - Certa resistência:
. V. aestivalis . V. berlandieri
. V. cinerea . V. labrusca
. V. riparia .V. rupestris
MANCHA DA FOLHA . comum em videiras mal cuidadas
. mais freqüente no final do período vegetativo da planta
. dano:. queda prematura de folhas
ETIOLOGIA
. Mycosphaerella personata
(Pseudocercospora vitis)
CONTROLE
. Medidas utilizadas para o controle de antracnose e míldio são suficientes para o controle desta doença.
. Se sintomas são severos - pulverizar no final da maturação com:
. oxicloreto de cobre
. oxicloreto de cobre + mancozeb mancozeb . captan
. tiofanato metílico
. Var. européias (V. vinifera) - resistentes ao patógeno
FUSARIOSE . 1954 - RS
importante ainda hoje no RS e SC
ETIOLOGIA
Fusarium oxysporum f.sp. herbemontis - Sobrevivência: clamidósporos no solo
-Disseminação:
. ferramentas agrícolas
.
movimentação de solo contaminado . estacas doentes
CONTROLE
- Medidas preventivas:
. Uso de mat. vegetativo sadio . Uso de cv. resistentes: . Isabel . Porta-enxertos: . Paulsen 1103
. R99 . Rupestris duLot
- Quando constatar plantas doentes:
. erradicar as plantas doentes . queimar as raízes . controlar a erosão
. isolar a área contaminada . desinfetar as ferramentas
DECLÍNIO
. restrita ao município de Jundiaí, SP . outros hosp.:
. cerejeiras, damasqueiro e outras essências
SINTOMAS - declinio Raramente aparecem em plantas com menos de 5 anos:
.sintomas aparecem após 2 a 3 anos após a infecção . brotos enfezados, com internódios curtos
. folhas dos brotos ficam menores, retorcidas, bronzeadas, seca a partir dos bordos superbrotamento dos ramos, acompanhado de brotamento do porta-enxerto tronco principal
- podridão seca, a partir do ponto de infecção
. pequenas estruturas esféricas pretas - tecido seco do tronco - sob partes soltas da casca
declinio
ETIOLOGIA . Eutypa lata
. Infecção:
. ascósporos - superfícies recém podadas do tronco
. Colonização dos tecidos dos vasos e elementos
associados a eles na planta é vagarosa
CONTROLE
. Evitar a produção de estacas na região afetada
. Evitar trânsito de ferramentas e/ou material provenientes das áreas doentes
Onde a doença ocorre:
- antes da poda e do tratamento de inverno com calda sulfocálcica
- raspagem do tronco, retirando a casca seca - queima deste material
- queima dos materiais da poda
- ferimentos da poda - proteger com um “banho” de tiofanato metílico ou thiabendazol
- primavera:eliminar todos os esporões secos que não brotaram
BOTRIODIPLODIOSE . 1991 - Jales, SP
. sintomas semelhantes ao declínio
SINTOMAS
- definhamento progressivo de ramos - corte transversal
- áreas necrosadas em forma de “V”
- sintomas típicos:
. cancros no ramos e no engaço que avançam para qualquer região
.casca e esporões doentes . pequenas pontuações negras . picnídios
- bagas:. mancha de óleo que progride para rachaduras na casca e podridão
ETIOLOGIA Botryodiplodia theobromae
CONTROLE
. Mesmas medidas recomendadas para o
declínio
MOFO CINZENTO
- problemático em regiões de temperaturas amenas (15 a 20°°°°C) e U↑↑↑↑
-época de maturação das uvas
SINTOMAS
- podridão do cacho - produção de massa de
esporos cinza-esverdeado - aspecto de mofo às
bagas
ETIOLOGIA
- Botryotinia fuckeliana (Botrytis cinerea)
- Infecção:
. flor - permanece latente . bagas maduras
CONTROLE – mofo cinzento - Aplicações nos estádios 25, 33, 35 e três semanas antes da colheita -Produtos recomendados:
. captan .chlorothalonil . folpet . iprodione
. Vinclozolin . tiofanato metílico
Ferrugem
Brasil: Paraná, 2001
Phakopsora euvitis
Controle da ferrugem
. químico
DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS E VIRÓIDES
ENROLAMENTO DA FOLHA - vermelhão ou amarelo
- 1972 – Brasil - + importante virose
- var. suscetível - Cabernet Franc : . redução de 63% na prod. de uva
. redução de 2,7°°°° Brix no teor de açúcar dos frutos
Grapevine leafroll-associated virus
Grapevine leafroll-associated virus
ETIOLOGIA - partículas virais do gênero Closterovírus - 5 - “Grapevine leafroll-associated virus”- GLRaV - limitadas ao floema
- SP - identificado - GLRaV-3 - Plantas hospedeiras: Vitis - Transmissão: . união de tecidos
. Cochonilha - Planococcus ficus
- Pseudococcus longispinus - outros países
MOSAICO DAS NERVURAS - “grapevine fleck disease”ou
“marbrune”
- década de 70 - SP
- maioria das var. de copa e de porta-
grapevine fleck disease
ETIOLOGIA . vírus limitado ao floema . 4 isolados do vírus em SP . Transmissão: união de tecidos . Plantas hospedeiras: Vitis spp
COMPLEXO DO LENHO RUGOSO
-complexo de doenças - anomalias no lenho - 4 doenças aparentemente diferentes:
. fendilhamento cortical - “grapevine corky bark”
. cascudo ou lenho estriado - “Rupestris stem pitting”
. acanaladura do lenho de Kober 5BB - “Kober 5BB stem grooving”
. acanaladura do lenho de LN-33 - “LN-33 stem grooving”
fendilhamento cortical –
“grapevine corky bark”
acanaladura do lenho de Kober 5BB - “Kober 5BB stem grooving”
• acanaladura do lenho de LN-33
- “LN-33 stem grooving” cascudo ou lenho estriado -
“Rupestris stem pitting”
ETIOLOGIA
. agentes causais ainda não identificados . Transmissão:
. união de tecidos
. cochonilhas brancas
MOSAICO DA VIDEIRA TRAVIÚ
. 1970 - Jundiaí - SP
. porta-enxerto Traviú ou Riparia do Traviú . outros países - “grapevine fanleaf”ou “fanleaf degeneration”ou “court-
noué”
. Brasil - baixa incidência
Grapevine fanleaf virus
ETIOLOGIA – mosaico da videira Traviú
. vírus - complexo da folha em leque da videira -
“grapevine fanleaf virus”
. Transmissão: . enxertia
. nematóide - Xiphinema index - outros países
NECROSE DAS NERVURAS . “grapevine vein necrosis”
SP e RS
ETIOLOGIA . agente causal não identificado . Transmissão: .enxertia
OUTRAS VIROSES . outros países vitícolas:
. 45 vírus
. 18 doenças de provável etiologia viral
- doenças potencialmente importantes para o Brasil:
. doenças degenerativas - nepovírus - ocorre : América do Norte, Europa e região do Mediterrâneo
. “ajinashika”disease (“tasteless”) - provoca redução
no teor de açúcar dos frutos
- Introdução de material propagativo, sem as devidas precauções, pode promover a entrada desses patógenos
no Brasil .
INFECÇÕES POR VIRÓIDES 5 viróides - outros países:
. “grapevine yellow speckle viroid 1”
. “grapevine yellow speckele viroid 2”
. “citrus exocortis viroid”
. “hop stunt viroid”
. Australian grapevine viroid”
2 viróides - Brasil:
. “citrus exocortis viroid”
. “hop stunt viroid”
- Transmissão:
. propagação vegetativa de plantas infectadas . instrumentos de corte
CONTROLE GERAL DAS VIROSES
-
Videira:. Propagação vegetativa - Controle das viroses :
. medidas preventivas
. emprego de clones sadios
DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS
Cancro bacteriano da videira
. 1998 – 1
a. constatação no Brasil – Submédio do São Francisco
. Var. mais afetadas: var. sem sementes e Red Globe e outras
Sintomas
. Folhas: . manchas necróticas pequenas – 1 a 2 mm de diâmetro, com ou sem halo
. necrose setorial no limbo foliar
. Manchas escuras alongadas e irregulares no pecíolo,
engaço e ramos evoluindo para cancros
ETIOLOGIA
Xanthomonas campestris pv. viticola
Controle
. Medidas preventivas: mais eficiente . Controle químico: bactericidas e cúpricos - pouco eficientes
. Controle genético: pouco promissor
. Medidas de exclusão: regiões sudeste e sul do
Brasil
MAL DE PIERCE
. fator limitante da produção de V. vinifera e V. labrusca na California, EUA
. México e outros países da América Central
ETIOLOGIA
Xylella fastidiosa . habitante do xilema
. Disseminação: . insetos vetores
CONTROLE
. Regiões onde o patógeno ocorre:
.uso de cultivares resistentes
. Brasil: . medidas de exclusão: . quarentena