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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA KARISY VIEIRA BATISTA RENATA TOMAZ DOS SANTOS EFEITO DA CORRENTE RUSSA NA FLEXIBILIDADE DE QUADRIL

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA KARISY VIEIRA BATISTA

RENATA TOMAZ DOS SANTOS

EFEITO DA CORRENTE RUSSA NA FLEXIBILIDADE DE QUADRIL

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KARISY VIEIRA BATISTA RENATA TOMAZ DOS SANTOS

EFEITO DA CORRENTE RUSSA NA FLEXIBILIDADE DE QUADRIL

Trabalho de conclusão de curso apresentado no Curso de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito à obtenção de grau de bacharel em Fisioterapia.

Orientador Prof Msc. Ralph Fernando Rosas

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KARISY VIEIRA BATISTA RENATA TOMAZ DOS SANTOS

EFEITO DA CORRENTE RUSSA NA FLEXIBILIDADE DE QUADRIL

Este trabalho de conclusão de curso foi julgado à obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia e aprovado em sua forma final pelo Curso de Graduação em Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL

Tubarão, 18 de Novembro de 2010.

______________________________________ Prof. Orientador Msc. Ralph Fernando Rosas

Universidade do Sul de Santa Catarina

__________________________________ Prof. Msc. Rodrigo da Rosa Iop Universidade do Sul de Santa Catarina

__________________________________ Prof. Msc. Fabiana Durante de Medeiros

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DEDICATÓRIA

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AGRADECIMENTOS

À Deus, através da minha fé a plena certeza de que me acompanhaste em todos os momentos sendo minha fonte de força para enfrentar as dificuldades encontradas!

Aos meus pais Vilmo e Katia, por todo o esforço e sacrifício desses quatro anos para permitir que eu completasse essa etapa da minha vida. Agradeço a confiança depositada em mim, o apoio incansável, o incentivo diário, o carinho, a compreensão, o amor incondicional e a dedicação! A vocês o meu imenso amor, admiração e gratidão. Espero um dia retribuir tudo o que fizeram por mim! Vocês são tudo em minha vida!

Aos meus familiares, por terem participado e lutado ao meu lado para vencer os obstáculos que a vida me impôs, vocês me deram segurança e apoio nos momentos em que mais precisei!

A minha grande amiga Rê, pela parceria neste trabalho, na faculdade e na vida! A você tenho muito que agradecer, afinal me agüentou durante todo este tempo. Agradeço sua amizade leal, o apoio oferecido em todos os momentos que precisei, a sua compreensão, a sua paciência, o seu carinho, as gargalha em nossos vários momentos de felicidade, e os vários momentos de felicidade que você me proporcionou com esse teu jeito moleca e divertida, sempre achando uma forma de fazer com que qualquer coisa se tornasse engraçada e os meus momentos de dificuldade fossem superados com alegria pois você estava ao meu lado! Por você tenho imenso carinho, ao seu lado pude compreender o que é ter uma irmã! Vou sentir falta dessa nossa dupla!

Ao meu namorado Everton, pelo seu carinho, companheirismo, sua compreensão e paciência agüentando todos os meus momentos de dificuldade. Por ter sido um namorado maravilhoso, um amigo fiel e um anjo em minha vida nesse tempo que esteve ao meu lado sempre cuidando de mim com muita dedicação e carinho. Obrigado pelo seu apoio permitindo que eu me sentisse segura e tranqüila para seguir em frente!

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brincadeiras, as varias gargalhadas e as broncas também! Você foi um grande parceiro nesses quatro anos um excelente professor e com certeza serás um eterno amigo e uma ótima lembrança!

A todos os meus professores pela dedicação e por todos os ensinamentos preciosos para a minha formação, de cada um levarei uma lembrança especial e serão sempre exemplos para a minha vida profissional. E em especial a Profa Fabi por seu carinho comigo e ao Prof° Iop pelas orientações sempre que solicitado auxiliando na produção deste trabalho.

Aos meus colegas de classe e aos funcionários da clínica escola por terem feito parte dessa história.

Aos pacientes pela aceitação e colaboração em participar deste estudo, sem eles não poderíamos concluir o nosso trabalho.

Enfim a todos aqueles que não foram citados mais que participaram direta ou indiretamente dessa minha caminhada! Muito obrigada!

Karisy Vieira Batista

A Deus, pela confiança e fé, nos momentos difíceis.

A minha avó Francisca que faz parte dessa conquista, pois lutou junto comigo, sempre me incentivou a prosseguir na jornada, sem medir esforços me ajudando em tudo que foi necessário não deixando faltar nada que fosse indispensável, principalmente a vencer os obstáculos. A você meu carinho, respeito, admiração e principalmente GRATIDÃO.

Aos meus pais, José Nasareno e Rejane, que mesmo longe, sempre estiveram muito perto. Pela confiança, apoio, carinho, dedicação, compreensão, amizade, educação e incentivo para poder superar mais essa etapa da minha vida e por acreditarem nos meus objetivos.

Aos meus irmãos Rafael e Rodrigo que sempre me compreenderam e me ajudaram de forma indireta nesta caminhada.

A Karisy que além de companheira de apartamento, parceira de estágios e dupla de TCC, pela amizade por estar sempre presente, não só nos momentos de alegria, compartilhando prazeres, mas principalmente nos momentos mais difíceis valeu pelo sorriso e pela palavra amiga que me confortava, e principalmente pela sua companhia, que me alegrava todos os dias. Obrigada por tudo AMIGA!

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que este trabalho se tornasse realidade, agradeço também por todo aprendizado oferecido a mim ao longo dessa trajetória a você minha especial admiração e gratidão.

A todos os pacientes que se disponibilizaram para a realização desse trabalho deixo meu muito obrigado.

Aos colegas de classe, pela troca de conhecimentos e amizades conquistadas, e a todos os meus amigos particulares, pelo apoio e incentivo durante todo o curso e ao longo de minha vida.

Para os membros da banca Professora Fabiana e Professor Rodrigo, agradeço por disponibilizar seu tempo para que esse trabalho se concretize.

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Sem sonhos as perdas se tornam insuportáveis, as pedras no caminho se

tornam montanhas, os fracassos se

transformam em golpes fatais.

Mas, se você tiver grandes sonhos, seus erros

produzirão crescimento, seus desafios

produzirão oportunidades, seus medos

produzirão coragem. E o sucesso será alcançado no passo seguinte!

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RESUMO

Esta pesquisa tem por objetivo analisar os efeitos da utilização da corrente russa na flexibilidade de quadril. O estudo utilizou uma amostra composta por 19 indivíduos. Foram realizados cinco atendimentos na Clínica Escola de Fisioterapia - UNISUL, onde inicialmente foi verificado o grau de flexibilidade de cada indivíduo através do teste

finger-floor e após foi realizado a aplicação da corrente russa no quadríceps dos indivíduos por 5

minutos com freqüência portadora de 2.500 hz e freqüência modulada de 40 hz para fibras tônicas e mais 5 minutos a 60hz para fibras fásicas. Após a aplicação da corrente foi novamente realizado o teste finger-floor. Foram realizados 3 procedimentos do mesmo sendo que foi utilizado a melhor das medidas obtidas pelos indivíduos. Para análise dos dados utilizou-se o teste de Wilcoxon para amostras independentes, com significância igual a 5% (p=0,05). Na análise das medidas pré e pós procedimento observou-se diferença estatisticamente significativa em 13 dos 19 indivíduos participantes demonstrando a efetividade na utilização da corrente russa no ganho de flexibilidade de quadril. Concluiu-se que a eletroestimulação neuromuscular no músculo agonista da flexão de quadril é efetiva para o alongamento do músculo antagonista da mesma, podendo ser incluída também nos protocolos de ganho de amplitude de movimento articular.

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ABSTRACT

This research aims to examine the effects of using the Russian chain flexibility of the hip. The study used a sample of 19 individuals. Made five appointments in Physical Therapy Clinic - UNISUL, which was initially verified the flexibility of each individual through the finger-floor test was conducted and after the application of Russian power in the quadriceps of individuals for 5 minutes with carrier frequency of 2500 hz and 40 hz frequency modulated and tonic fibers for another 5 minutes to 60hz phasic fibers. After applying the current test was carried out again, finger-floor. Were performed three procedures are the same that was used the best measures taken by individuals. For data analysis we used the Wilcoxon test for independent samples with significance equal to 5% (p = 0.05). In the analysis of pre and post procedure there was a statistically significant difference in 13 of 19 individuals participating in demonstrating the effectiveness of Russia's use of the current gain of hip flexibility. It was concluded that neuromuscular electrical stimulation on muscle agonist hip flexion is effective for stretching the antagonist muscle of the same, may also be included in protocols to gain range of motion.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Teste finger-floor em cm do indivíduo 1 ... 31

Quadro 2- Teste finger-floor em cm do indivíduo 2 ... 32

Quadro 3- Teste finger-floor em cm do indivíduo 3 ... 32

Quadro 4- Teste finger-floor em cm do indivíduo 4 ... 33

Quadro 5- Teste finger-floor em cm do indivíduo 5 ... 33

Quadro 6- Teste finger-floor em cm do indivíduo 6 ... 34

Quadro 7- Teste finger-floor em cm do indivíduo 7 ... 34

Quadro 8- Teste finger-floor em cm do indivíduo 8 ... 35

Quadro 9- Teste finger-floor em cm do indivíduo 9 ... 35

Quadro 10- Teste finger-floor em cm do indivíduo 10 ... 36

Quadro 11- Teste finger-floor em cm do indivíduo 11 ... 36

Quadro 12- Teste finger-floor em cm do indivíduo 12 ... 37

Quadro 13- Teste finger-floor em cm do indivíduo 13 ... 37

Quadro 14- Teste finger-floor em cm do indivíduo 14 ... 38

Quadro 15- Teste finger-floor em cm do indivíduo 15 ... 38

Quadro 16- Teste finger-floor em cm do indivíduo 16 ... 39

Quadro 17- Teste finger-floor em cm do indivíduo 17 ... 39

Quadro 18- Teste finger-floor em cm do indivíduo 18 ... 40

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 13

2 MUSCULO ESQUELÉTICO ... 15

2.1 ESTRUTURA E FUNÇÃO ... 15

2.1.1 Tipos de fibras musculares ... 16

2.1.2 Contração Muscular ... 17

2.1.3 Receptores sensoriais ... 18

2.1.4 Inibição recíproca ... 19

2.2 FLEXIBILIDADE ... 19

2.2.1 Componentes da flexibilidade ... 21

2.2.2 Fatores endógenos e exógenos influenciadores da flexibilidade ... 21

2.3 ALONGAMENTO ... 21

2.3.1 Tipos de alongamento ... 22

2.4 ELETROESTIMULAÇÃO NEUROMUSCULAR ... 23

2.4.1 Corrente russa ... 25

2.4.2 Indicações e contra indicações ... 25

2.4.3 Parâmetros da corrente russa ... 26

2.4.4 Métodos de aplicação da corrente ... 26

3 DELINEAMENTO DA PESQUISA ... 28

3.1 TIPO DE PESQUISA ... 28

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA ... 28

3.3 MATERIAL ... 29

3.4 PROCEDIMENTO PARA COLETA DE DADOS ... 29

3.5 PROCEDIMENTO PARA ANÁLISE DE DADOS ... 30

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 45

REFERÊNCIAS ... 46

APÊNDICES ... 49

APÊNDICE A- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ... ... 50

APENDICE B- Instrumento para seleção da amostra ... 52

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1 INTRODUÇÃO

A inatividade física é uma das causas da redução da flexibilidade muscular podendo levar a alterações como o encurtamento muscular. A população hoje em dia está acomodada, devido às facilidades tecnológicas e a própria correria do dia a dia. É possível encontrar muitos indivíduos que não praticam nenhum tipo de atividade física regular além de não ter uma alimentação saudável.

A flexibilidade é importante para a realização das atividades de vida diária, pois permite mover a articulação através de uma amplitude de movimento normal sem estresse excessivo para a unidade músculo tendínea.

Interferindo diretamente no desempenho de cada indivíduo, a flexibilidade pode ser melhorada gradativamente por meio de treinamento. Na fisioterapia umas das técnicas mais utilizadas para ganho de flexibilidade é o alongamento muscular, porém outros meios para estimular os mesmos ganhos podem ser utilizados.

A inibição recíproca é um desses meios, teoricamente quando o grupo muscular agonista para determinado movimento é ativado, o grupo antagonista correspondente sofre um relaxamento.

Entende-se por músculo ou grupo muscular agonista, o músculo que esta se contraindo para produzir o movimento articular ou manter uma postura. O agonista sempre se contrai ativamente para produzir uma contração concêntrica, isométrica ou excêntrica1.

O músculo ou grupo muscular antagonista é o músculo que possui a ação anatômica oposta a do agonista. Usualmente o músculo antagonista é um músculo que não auxilia, nem resiste ao movimento, mas que passivamente se alonga para permitir que o movimento ocorra1.

Compreendendo o mecanismo de inibição recíproca onde o trabalho de contração do agonista, neste caso seu fortalecimento, gera como resposta em seu antagonista um relaxamento, desperta o interesse em saber, se o alongamento pode ser potencializado se esse mecanismo for desencadeado não só pelo fortalecimento com contração voluntária, mas também com contração através de estimulação elétrica. Desse modo esta pesquisa tomou como problema o questionamento: Qual o efeito do fortalecimento de quadríceps com corrente russa no alongamento de isquiotibiais?

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capaz de produzir resultados mais eficazes de contração muscular do que os resultados alcançados com exercícios isolados.

Essa pesquisa justifica-se por vir eliminar a dúvida se a corrente russa pode ser utilizada visando não só o fortalecimento, mas também o ganho de flexibilidade. Sendo que são poucos os estudos sobre a utilização da corrente com esse objetivo.

O presente estudo teve como objetivo geral analisar os efeitos da utilização da corrente russa no alongamento dos músculos isquiotibiais, sendo que os objetivos específicos foram verificar o grau de flexibilidade através da aplicação do teste finger-floor e reavaliar o grau de flexibilidade após cada procedimento.

Esta pesquisa servirá como importante ferramenta para desencadear pesquisas ainda mais aprofundadas sobre o tema. E, permitirá ampliar a utilização da corrente russa, colaborando para novas formas de tratamento.

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2 MÚSCULO ESQUELÉTICO

O corpo humano é composto por três tipos de tecido muscular sendo eles: músculo liso, cardíaco e esquelético. O músculo liso é o principal músculo dos órgãos internos e vasos sanguíneos, o músculo cardíaco encontrado somente no coração responsável pelo bombeamento do sangue através do sistema circulatório, e o músculo esquelético que unido aos ossos através dos tendões formados de colágeno, capacitam o controle do movimento corporal2. Sendo este o mote dessa revisão.

2.1 ESTRUTURA E FUNÇÃO

Os músculos esqueléticos representam cerca de 40% do peso total do corpo, descritos como músculos voluntários são responsáveis pelo posicionamento do esqueleto, geração de força para a locomoção e respiração e produção de calor durante a exposição ao frio2,3.

O músculo esquelético é composto por vários tipos de tecido, entre eles estão células musculares também denominadas de fibras musculares, tecido nervoso, sangue e os diferentes tipos de tecido conjuntivo que atuam como membranas de revestimento do músculo e suas estruturas componentes. A membrana mais externa de tecido conjuntivo envolve todo o músculo e é denominada de epimísio, uma segunda membrana denominada de perimísio é encontrada mais internamente e é responsável por envolver feixes individuais de fibras musculares denominados de fascículos. E por fim, cada fibra muscular de um fascículo é revestida pelo endomísio, sendo então a camada de tecido conjuntivo mais interno do músculo3.

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muscular, esses túbulos são interconectados quando passam entre as miofibrilas, permitindo que os impulsos nervosos recebidos pelo sarcolema sejam rapidamente transmitidos as miofibrilas, além de permitirem o transporte de substâncias como, a glicose, o oxigênio e os íons através da fibra muscular3,4.

Abaixo do sarcolema encontra-se o sarcoplasma também denominado de citoplasma o qual contem proteínas celulares, organelas e miofibrilas. As miofibrilas são numerosos filamentos fusiformes que contém as proteínas contráteis miosina e actina. Localizadas na própria molécula de actina existe duas outras proteínas, a troponina e tropomiosina que representam uma pequena parte do músculo, porém possuem importante papel na regulação do processo contrátil. Os pontos médios dos filamentos de actina estão fixados a uma membrana intracelular, a zona Z que por sua vez esta fixada à membrana celular da fibra muscular. A parte da fibra muscular situada entre as duas zonas Z sucessivas é o sarcômero. Quando os filamentos de actina e miosina deslizam entre si, o comprimento do sarcômero encurta. Por isso, o sarcômero é a unidade contrátil do músculo esquelético. O retículo sarcoplasmático também é encontrado no sarcoplasma e serve como local de armazenamento de cálcio, o qual é essencial para a contração muscular3,5.

2.1.1 Tipos de fibras musculares

Embora a estrutura e a função básica de todas as fibras musculares sejam as mesmas, existem dois tipos primários de fibras nos músculos esqueléticos, comumente conhecidas como fibras de contração lenta, também referidas tipo I ou vermelhas e as fibras de contração rápida, referidas fibras tipo II ou brancas6.

A maioria dos músculos contém os dois tipos de fibras, mas dependendo da hereditariedade, da função e, em grau menor, do treinamento, alguns músculos contêm mais de um tipo de fibra do que outros6.

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As fibras tipo II ou de contração rápida, são fibras maiores e brancas, com menor resistência à fadiga. Prevalecem em músculos solicitados durante a realização de atividades que exijam força, ou durante um esforço explosivo que requeira movimentos rápidos e vigorosos, que dependem quase exclusivamente da energia proveniente do metabolismo anaeróbico6.

As diferenciações da coloração dos respectivos tipos de fibras musculares podem ser explicadas pela diferença em seus metabolismos. A fibra de contração lenta possui alta capacidade oxidativa, em outras palavras ela contém uma concentração relativamente alta de mioglobina e alta densidade de membrana mitocondrial quando comparado as fibras de contração rápida e, portanto essa diferenciação seria a razão do aspecto vermelho e branco dos respectivos tipos de vibras musculares5,.

A densidade mitocondrial baixa das fibras músculo esquelética de contração rápida faz com que essas sejam dependentes do catabolismo glicolítico e, portanto, a produção de lactato e desenvolvimento de acidose, tornando-as suscetíveis à fadiga5.

Ocorre diferenciação também na força contrátil que aumenta progressivamente a partir das fibras de contração lenta para as de contração rápidas, enquanto a duração de contração diminui progressivamente a partir das fibras de contração lenta para as de contração rápida5.

2.1.2 Contração muscular

A contração é geralmente iniciada por um impulso nervoso. Um potencial de ação trafega ao longo de um nervo motor até suas terminações nas fibras musculares, essas terminações são também denominadas de junção neuromuscular, ou seja, o local onde o neurônio motor e a célula muscular se encontram. Em cada terminação nervosa, o nervo secreta uma pequena quantidade de substância neurotransmissora a acetilcolina, essa substância atua na membrana da fibra muscular, abrindo numerosos canais acetilcolina dependentes2, 3, 4, 5, 7.

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filamentos de actina, eliminando a inibição que impedia a combinação da actina com miosina2, 3, 4, 5, 7.

Com a queima de adenosina trifosfato ocorre então a ligação da actina e miosina ocasionando o deslizamento de seus filamentos uns sobre os outros ocorrendo então aproximação das zonas-Z e, por conseguinte, encurtamento dos sarcômeros ou contração muscular propriamente dita2, 3, 4, 5,7.

2.1.3 Receptores sensoriais

A quantidade de força gerada durante a contração muscular depende dos tipos e a quantidade de unidades motoras recrutadas, o comprimento inicial do músculo e a natureza da estimulação nervosa das unidades motoras. A força máxima gerada pelo músculo diminui à medida que a velocidade do movimento aumenta. No entanto, geralmente, a quantidade de potência gerada por um grupo muscular aumenta em função da velocidade do movimento2, 3.

O sistema músculo esquelético contem receptores sensoriais que enviam informações ao sistema nervoso central permitindo que este controle adequadamente o movimento muscular. Esses receptores captam mudanças na tensão e comprimento muscular, geram a informação ao sistema nervoso central (SNC) que quando integrada gera uma informação de resposta para o músculo através de dois tipos diferentes de neurônios motores. Os neurônios motores alfa, neurônios eferentes que inervam as fibras musculares contráteis normais, também chamadas de fibras extrafusais. E os neurônios motores gama, neurônios menores associados às fibras musculares especializadas nos receptores sensoriais8, 9.

Os tipos de receptores sensoriais são denominados de fuso muscular e órgão tendinoso de Golgi. O fuso muscular atua como receptor de estiramento, enviando ao SNC informação sobre o comprimento do músculo. É composto por várias células musculares finas denominadas de fibras intrafusais, dispersas e arranjadas paralelamente às fibras normais contráteis do músculo, as extrafusais8, 9, 10.

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gama, mesmo essa contração não afetando toda a tensão muscular, ela alonga a porção central da fibra intrafusal. Com o alongamento da fibra intrafusal ocorre a estimulação dos neurônios sensitivos do fuso, como resposta rápida do neurônio ocorre uma contração reflexa do músculo, aliviando a extensão do músculo e prevenindo uma hiperextensão. Essa resposta rápida de contração também é conhecida como reflexo de estiramento8, 9, 10.

O segundo tipo de receptor é o órgão tendinoso de Golgi, encontrado na junção entre as fibras musculares e o tendão. Localizando-se em série com as fibras extrafusais, esse órgão atua como dispositivo de segurança evitando a contração excessiva do músculo, respondendo com um relaxamento reflexo do mesmo. O órgão tendinoso de Golgi quando ativado envia informação à medula espinhal através dos neurônios sensoriais, os quais, por sua vez, excitam os neurônios inibitórios dos neurônios motores alfa, diminuindo assim a contração muscular8, 9.

2.1.4 Inibição recíproca

Muitas articulações do corpo possuem tanto músculos flexores quanto extensores, esses músculos são denominados de grupos de músculos antagonistas porque exercem efeitos opostos. Quando o músculo agonista do movimento contrai e encurta o músculo antagonista deve relaxar e alongar, esse modo coordenado de atuação dos músculos é denominado e inibição recíproca. Uma sinapse ativa o neurônio motor que inerva o músculo que está como agonista enquanto que outra sinapse ocorre para ativar o interneurônio inibitório que atuara inibindo a ação do neurônio motor do músculo nesse caso antagonista. O resultado é o relaxamento do músculo antagonista e contração do agonista8.

2.2 FLEXIBILIDADE

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A magnitude de flexibilidade pode ser proporcional à idade de um indivíduo. Assim, quando ha uma redução da flexibilidade durante o processo envelhecimento, pode ocorrer uma perda parcial da independência dos movimentos, evoluindo para uma perda total dessa independência com o aumento da idade11.

Em um indivíduo sadio a amplitude articular é influenciada pelos ligamentos, comprimento dos músculos, tendões, e tecidos moles. Já em pessoas com problemas patológicos, as limitações podem ser agravadas por processos inflamatórios, redução da quantidade de líquido sinovial, presença de corpos estranhos na articulação e lesões cartilaginosas11.

O bom nível de flexibilidade varia de acordo com a necessidade de cada um, logo, a boa flexibilidade é aquela que permite ao indivíduo realizar os movimentos articulares, dentro da amplitude necessária durante a execução de suas atividades diárias, sem grandes dificuldades e lesões11.

O sedentário tende a ter menor grau de flexibilidade que o indivíduo ativo e este fato é agravado com o passar dos anos, pois, o nível de flexibilidade tende a diminuir e com isso aumentam os riscos de: lesões, dores, problemas posturais, e dificuldade na realização de atividades diárias11.

Pelo fato da perda de flexibilidade estar relacionada com a diminuição das atividades físicas, ou seja, a inatividade, o retorno desse indivíduo a prática de exercício físico regular assim como exercícios resistidos para fortalecimento muscular podem recuperar a perda de flexibilidade ocorrida11.

A flexibilidade tende aumentar com a prática de exercicios resistidos, pois muitas articulações do corpo possuem tanto músculos flexores, quanto extensores, esses músculos são denominados de grupos musculares antagonistas porque exercem efeitos opostos. A ação desses músculos é classificada como inibição recíproca, ou seja, quando um músculo contrai e encurta o seu músculo antagonista deve relaxar e alongar8. Dessa forma a realização isolada de exercícios de resistência muscular também pode melhorar a flexibilidade.

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2.2.1 Componentes da flexibilidade

Existem dois componentes básicos de flexibilidade que são: flexibilidade estática que consiste na amplitude máxima do movimento; e flexibilidade dinâmica que pode ser definida como resistência ou rigidez oferecida ao movimento dentro de uma determinada amplitude11.

Para que exista um grau de flexibilidade articular observamos alguns fatores: mobilidade (grau de movimento da articulação), elasticidade (estiramento drástico dos componentes musculares), plasticidade (deformidades que sofrem as articulações e a musculatura durante o movimento) e maleabilidade (modificações das tensões parciais da pele)11.

2.2.2 Fatores endógenos e exógenos influenciadores da flexibilidade

Os fatores endógenos influenciadores nos graus de flexibilidade são: idade, sexo, somatótipo, individualidade biológica, concisão física, respiração e concentração. E os exógenos são: temperatura ambiente e hora do dia12.

Dentre os fatores que mais favorecem a redução dos níveis de amplitude articular destacam-se: atrofia devido ao pouco uso articular, aumento da idade e hereditariedade12.

Existem também fatores limitantes, de natureza mecânica, que são divididos em: influenciáveis, que é a capacidade de distensão da pele, ligamentos, tendões e cápsula articular, e não influenciáveis que são a estrutura articular e a massa muscular existente12.

2.3 ALONGAMENTO

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alongamentos é o aumento da flexibilidade, que é a maior amplitude de movimento possível de uma determinada articulação. Quanto mais alongado um músculo, maior será a movimentação da articulação comandada por aquele músculo e, portanto, maior sua flexibilidade12, 13.

Também pode ser conceituado como uma prática fundamental para o bom funcionamento do corpo, proporcionando maior agilidade e elasticidade, além de prevenir lesões14.

Essencial para o aquecimento e relaxamento dos músculos, deve ser uma atividade incorporada ao exercício físico, mas também pode ser praticado sozinho. O alongamento é o exercício que utilizamos para fazer a manutenção da flexibilidade das articulações, músculos e tendões. Pessoas que fazem exercícios de alongamentos, geralmente estão melhores condicionadas. O objetivo dos exercícios de alongamento é reduzir a tensão muscular tornando os movimentos mais livres11, 14.

A prática de exercícios de alongamento faz com que: reduzam as tensões musculares trazendo a sensação de um corpo mais relaxado; haja melhora da coordenação; haja aumento do âmbito de movimentação; previne lesões; ajuda em modalidades esportivas tais como: corrida, natação, tênis, entre outras modalidades de grande desgaste, desenvolve a consciência corporal, e ativa a circulação14.

2.3.1 Tipos de alongamento

Dentre as técnicas que se emprega para aumentar a mobilidade destacam-se: →Alongamento estático ou passivo: técnica mais utilizada clinicamente, sendo considerada também a mais segura. Nesse tipo de alongamento, uma força relativamente constante é aplicada, vagarosa e gradualmente, até um ponto tolerado pelo paciente (que representa o ponto de maior comprimento muscular possível), de forma a evitar o reflexo de estiramento, emantida por um curto período de tempo. Pode ser realizado por uma força passiva, por exemplo, um fisioterapeuta, ou ativa pelo próprio indivíduo, desde que haja um ralaxamento muscular na posição alongada14, 15.

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controverso, já que a produçaõ de tensão rápida e intensa pode desencadear o reflexo miotático, havendo risco de ruptura tecidual.

→Alongamento pelas técnicas de facilitação neuromuscular proprioceptiva: leva a uma estimulação dos proprioceptores musculares, usando o princípio da inibição recíproca e causando uma resposta neuro muscular. Normalmente, envolve contrações isométricas do músculo a ser alongado seguido por um alongamento estático passivo ou ativo14, 15.

→Alongamento pela contração muscular excêntrica: o paciente mantém uma contração isométrica do músculo a ser alongado, que é superada por uma força externa, por exemplo, o fisioterapeuta e convertida em uma contração excêntrica na amplitude total do músculo alongado. Essa técnica pode causar desconforto ao paciente, já que a contração excêntrica normalmente causa a sensação de dor muscular tardia. Porém, quando realizada de forma cautelosa, pode aumentar a flexibilidade e concomitantemente, levar à hipertrofia muscular14, 15.

→Alongamento global: alonga vários músculos simultaneamente, é organizado em cadeias e parte do pressuposto que um músculo encurtado cria compesações em músculos proximos ou distantes. Essa técnica de alongamento conhecido como reeducação postural global, preconiza a utilização de posturas específicas para o alongamento de músculo organizado em cadeias musculares, sendo considerados de longa duração, com manutenção de aproximadamente 15 a 20 minutos em cada postura14, 15.

2.4 ELETROESTIMULAÇÃO NEUROMUSCULAR (EENM)

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De um modo geral os efeitos fisiológicos da eletricidade ocorrem sobre o nervo e o tecido muscular. Isto se sucede pela capacidade de músculos e nervos serem tecidos excitáveis, logo capazes de produzir uma resposta muscular e nervosa frente à corrente elétrica. Para que ocorra essa excitabilidade muscular e nervosa, é necessária a presença de um estímulo, que irá promover um processo de despolarização na membrana muscular e nervosa, resultando em um potencial de ação. Esse por sua vez, se propagará ao longo do nervo em ambas as direções da localização do estímulo16, 17, 18,19.

A estimulação elétrica aplicada através da superfície da pele sobre uma parte do sistema neuromuscular intacto pode evocar um potencial de ação no músculo ou fibra nervosa que é idêntico àqueles potenciais de ação gerados fisiologicamente. No entanto, a ordem de recrutamento voluntário das unidades motoras é diferente daquele eliciada eletricamente, desse modo, o tipo e o número de unidades motoras ativas e a fatigabilidade da contração muscular evocada eletricamente serão diferentes das contrações musculares voluntárias16, 17, 18, 19

.

A aplicação desses estímulos produzirá uma resposta elétrica, exibindo características de acordo com o tipo de corrente (intensidade, duração e forma de onda), e sobre o tipo de tecido aplicado (constituição e da maneira fisiológica que este funciona). O tecido durante a eletroestimulação deverá responder de maneira semelhante a qual funciona normalmente, sendo percebida como uma sensação elétrica, contração muscular ou até mesmo dor. Porém, nem todos os estímulos são eficientes para desencadear um potencial de ação 16, 17, 18, 19

.

Para ser um agente eficiente, o estímulo tem que ter uma intensidade adequada e durar tempo suficiente para igualar ou exceder o limiar básico de excitação da membrana. O potencial de ação é interrompido, quando ocasionalmente, este alcança um ponto da membrana, que não gera uma voltagem suficiente para estimular a área adjacente da membrana16, 17, 18, 19.

A estimulação elétrica máxima no fortalecimento muscular pode fazer com que quase todas as unidades motoras (constituídas por um neurônio motor simples e a fibra muscular que este inerva) em um músculo, se contraiam de forma sincronizada, algo que não pode ser conseguido na contração voluntária. Isso permitiria o desenvolvimento de contrações musculares mais fortes, acompanhada de uma maior hipertrofia muscular, com o uso da estimulação16, 17, 18, 19.

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2.4.1 Corrente russa

Corrente russa são correntes elétricas de média freqüência que ocupam medidas entre 1000 hz e 10.000 hz, sendo múltiplas as vantagens da utilização destas, o mecanismo de ação trabalha as fibras vermelhas, responsáveis pela sustentação do corpo, chamadas anti-gravitárias. São fibras resistentes, oxidativas, usadas em movimentos lentos e duradouros19.

O ganho de força produzida por estimulação elétrica de breve duração é similar ao obtido no treinamento voluntário (recrutamento inicial das fibras musculares tônicas). As primeiras mudanças nas propriedades contráteis estão relacionadas às alterações metabólicas, circulatórias, estruturais, entre outras. A dosagem da freqüência de tratamento é determinada de acordo com o tipo de fibra muscular a ser eletroestimulada – fibras tônicas: 20 a 40 hz, fibras fásicas: 50 a 120 hz. As fórmulas de estimulação são sincrônica, contínua, recíproca, e sequêncial, a técnica de aplicação é no ventre muscular ou ponto motor19.

O número de fibras musculares supridas varia desde poucas, quando é necessário um controle de movimento preciso, até mil ou dois mil para os grandes músculos posturais. Todas as fibras musculares de uma unidade motora em particular são do mesmo tipo18, 19.

Embora tanto o músculo inervado quanto o músculo denervado possam ser levados a contraírem-se através do uso de uma corrente aplicada à pele, quase todos os estudos atualmente centram-se no uso de correntes elétricas para a estimulação do músculo inervado16.

O principal efeito fisiológico direto da corrente russa ocorre em nível celular, mais também ocorre (indiretamente) em níveis teciduais, segmentares e sistêmicos18.

2.4.2 Indicações e contra indicações

É indicado o uso nas seguintes situações: hipotonia, fortalecimento e aumento do tônus muscular, melhora do desempenho de atletas e reeducação postural.

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26

2.4.3 Parâmetros da corrente russa

Os parâmetros são:

a) Tipo de fibra a ser estimulada e modulação da corrente: fibras tônicas: 20 a 40 hz, fibras fásicas: 50 a 120 hz.

b) Ciclo útil da corrente: 20% atrofia ou flacidez severa, 35% atrofia ou flacidez moderada e 50% no final da recuperação de atrofia e para recuperação de tônus muscular.

c) Tempo de contração e repouso: quanto maior o tempo, maior a resposta com relação ao volume e tônus. O tempo de contração deve ser aplicado de forma crescente, respeitando a condição metabólica do músculo, evitando um gasto energético excessivo (acidose tecidual).

d) Tempo total de estímulo: o tempo total do estímulo depende diretamente do número de contrações por minutos, pois se multiplicamos este número de contração por minutos pelo tempo total de estímulo, terá o número total de contrações; este número deve ser avaliado de acordo com as condições físicas do paciente, para que não se ultrapasse sua condição metabólica, não entrando em fase anaeróbica. Quando o músculo apresentar fibras tônicas e fásicas, ou seja, misto, coloca-se 5 minutos para cada fibra.

e) Controle de intensidade: a intensidade de corrente está, diretamente, relacionada a maior ou menor contração muscular. Sendo um dado variável, que depende da sensibilidade cutânea do paciente e da sensação da contração muscular17.

2.4.4 Métodos de aplicação da corrente

(28)
(29)

28

3 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo pode ser analisado sobre vários aspectos dentro da metodologia da pesquisa21. Nesse capítulo apresentaremos como foi desenvolvida esta pesquisa, fundamentando seu planejamento e organização.

3.1 TIPO DE PESQUISA

A pesquisa realizada classificasse como quantitativa na abordagem, pois, no que se refere à mesma trata-se da mensuração de certos dados obtidos durante o experimento21.

Explicativa, por ter como preocupação central identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. E quanto ao nível, quase- experimental devido o procedimento na coleta de dados que consiste em determinar um objetivo de estudo21.

.

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A população do estudo foi composta por indivíduos saudáveis do sexo masculino. Para a composição da amostra seguiu os seguintes critérios:

→ Critérios de inclusão: idade entre 18 e 30 anos, ser sedentário, e não possuir contra-indicação para utilização de correntes elétricas.

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Conforme os critérios acima descritos iniciou-se a coleta com 23 integrantes, sendo que 4 deles foram excluídos pois não compareceram a uma das consultas. A amostra do estudo foi composta então por 19 indivíduos.

3.3 MATERIAL

Foram utilizados os seguintes materiais nesta pesquisa: a) Corrente Russa aparelho de EENM,

b) Eletrodos auto-adesivos 4x4 cm², conectados ao aparelho de corrente russa fazendo o contato com a pele,

c) Fita métrica,

d) Banco de madeira na altura de 15 cm, e) Material de assepsia (álcool e algodão),

f) Ficha de avaliação para seleção da amostra (APÊNDICE B) elaborado pelos autores,

h) Instrumento para coleta de dados (APÊNDICE C), elaborado pelos autores.

3.4 PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS

Após a aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL com protocolo número 10.011.4.08.III foram iniciados os procedimentos.

Foi realizado inicialmente um primeiro contato com os indivíduos para o esclarecimento sobre os procedimentos da pesquisa e aplicado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE A). Após foi então realizada uma avaliação inicial para identificar se o indivíduo possuía os critérios de inclusão para compor a amostra do estudo (APÊNDICE B).

(31)

30

horário a partir das 18:00hs. Foi aplicado inicialmente o teste finger-floor, realizado da seguinte forma: O paciente fica em pé com os joelhos estendidos e leva os braços e as mãos estendidos em direção ao chão, paralelamente. Mede-se então, a distância entre a ponta do 3° dedo ao chão com uma fita métrica, o teste foi repetido três vezes antes de receber o procedimeto e três vezes após. Sendo utilizada como referência a melhor da verificação do pré-teste e pós-teste. Porém todos os indivíduos realizarão o teste sobre um banco de madeira com 15 cm de altura.

Os participantes foram submetidos a aplicação da corrente russa durante 10 minutos, utilizando os seguintes parâmetros: freqüência portadora de 2500 hz, freqüência modulada de 40 hz nos primeiros 5 minutos para fibras tônicas e 60 hz nos 5 minutos restantes para fibras fásicas. Onda senoidal com estimulação sincronizada, tempo de subida e descida igual a 6 segundos, tempo de contração (On) será de 6 segundos com tempo de repouso (Off) de 12 segundos. A intensidade do estímulo foi ajustada conforme nível máximo tolerável pelo paciente, aumentando a cada sessão. A corrente foi aplicada bilateralmente sendo posicionados dois eletrodos no ventre muscular do reto femoral de cada membro inferior, com o paciente deitado em decúbito dorsal (DD), com extensão de joelhos e sem a contração do paciente associada.

3.5 PROCEDIMENTOS PARA ANÁLISE DE DADOS

(32)

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO

Neste capítulo serão apresentados os resultados obtidos na pesquisa, através de quadros serão demonstrados os dados referentes a cada indivíduo. Após a apresentação dos resultados segue abaixo a discussão dos mesmos.

Para análise descrita neste capítulo, foi utilizado o teste de Wilcoxon para amostras independentes, sendo analisado com significância de 5% (α=0,05) e nível de confiança de 95%, utilizando o software Statdisk®, para comparar as medidas do finger-floor referentes ao pré e pós-teste.

A pesquisa foi realizada com uma amostra totalizando 19 indivíduos, sendo que todos receberam a aplicação da EENM, e o grau de flexibilidade foi quantificado em centímetros com a utilização de uma fita métrica, através do teste finger-floor antes e após a aplicação da corrente russa.

Abaixo serão descritos os dados obtidos em relação ao teste finger-floor no indivíduo 1 no pré e pós intervenção.

Quadro 1- Teste de finger-floor em cm do indivíduo 1.

Indivíduo 1 Pré 1 Pré 2 Pré 3 Melhor pré Pós 1 Pós 2 Pós 3 Melhor pós

Dia 1 7,5 8 9 7,5 5 4 2 2

Dia 2 14 11 7 7 9 6 5 5

Dia 3 12 9 7 7 7 6 5 5

Dia 4 9 9 9 9 7 6 5 5

Dia 5 9 9 9 9 7 6 5 5

Fonte: Pesquisa realizada pelas autoras, 2010.

Ao analisar os dados obtidos através do finger-floor do indivíduo 1, pode-se observar melhora nas medidas antes e após a aplicação da corrente russa, sendo que houve diferença estatística significativa entre as mesmas pelo teste de Wilcoxon (p=0,04)

Abaixo serão descritos os dados obtidos em relação ao teste finger-floor no indivíduo 2 no pré e pós intervenção.

(33)

32

Quadro 2- Teste de finger-floor em cm do indivíduo 2.

Indivíduo 2 Pré 1 Pré 2 Pré 3 Melhor pré Pós 1 Pós 2 Pós 3 Melhor pós

Dia 1 15 15 14 14 13 10 9 9

Dia 2 12 11 11 11 9 10 10 9

Dia 3 12 11 9 9 10 9,5 8 8

Dia 4 16 15 15 15 10 10 11 10

Dia 5 14 13 13 13 12,5 12 11 11

Fonte: Pesquisa realizada pelas autoras, 2010.

Ao analisar os dados obtidos através do finger-floor do indivíduo 2, pode-se observar melhora nas medidas antes e após a aplicação da corrente russa, sendo que houve diferença estatística significativa entre as mesmas pelo teste de Wilcoxon (p=0,04).

Abaixo serão descritos os dados obtidos em relação ao teste finger-floor no indivíduo 3 no pré e pós intervenção.

Quadro 3- Teste de finger-floor em cm do indivíduo 3.

Indivíduo 3 Pré 1 Pré 2 Pré 3 Melhor pré Pós 1 Pós 2 Pós 3 Melhor pós

Dia 1 11 10 9 9 9 8 8,5 8

Dia 2 11 10 10 10 11 9 9 9

Dia 3 13 12 13 12 13 11 10 10

Dia 4 13 11 11 11 11 9 8 8

Dia 5 12 10 10 10 9 8 8,5 8

Fonte: Pesquisa realizada pelas autoras, 2010.

Ao analisar os dados obtidos através do finger-floor do indivíduo 3, pode-se observar melhora nas medidas antes e após a aplicação da corrente russa, sendo que houve diferença estatística significativa entre as mesmas pelo teste de Wilcoxon (p=0,04).

(34)

Quadro 4- Teste de finger-floor em cm do indivíduo 4.

Indivíduo 4 Pré 1 Pré 2 Pré 3 Melhor pré Pós 1 Pós 2 Pós 3 Melhor pós

Dia 1 24 24 24 24 25 24 25 24

Dia 2 21 23 22 21 22 21 22 21

Dia 3 22 21 21 21 19 19,5 20 19

Dia 4 21 22 22 21 18 20 19 18

Dia 5 21 22 22 21 18 20 17 17

Fonte: Pesquisa realizada pelas autoras, 2010.

Ao analisar os dados obtidos através do finger-floor do indivíduo 4, pode-se observar que não apresentou melhora nas medidas antes e após a aplicação da corrente russa, sendo que não houve diferença estatística significativa entre as mesmas pelo teste de

Wilcoxon (p=0,10).

Abaixo serão descritos os dados obtidos em relação ao teste finger-floor no indivíduo 5 no pré e pós intervenção.

Quadro 5- Teste de finger-floor em cm do indivíduo 5.

Indivíduo 5 Pré 1 Pré 2 Pré 3 Melhor pré Pós 1 Pós 2 Pós 3 Melhor pós

Dia 1 29 31 28 28 25,5 26 25,5 25,5

Dia 2 28 29 28,5 28 27 26 25 25

Dia 3 27,5 29 28 27,5 27 24,5 25 24,5

Dia 4 30 27 27,5 27 24 24 22,5 22,5

Dia 5 25 26 25 25 22 22,5 23 22

Fonte: Pesquisa realizada pelas autoras, 2010.

Ao analisar os dados obtidos através do finger-floor do indivíduo 5, pode-se observar melhora nas medidas antes e após a aplicação da corrente russa, sendo que houve diferença estatística significativa entre as mesmas pelo teste de Wilcoxon (p=0,03).

(35)

34

Quadro 6- Teste de finger-floor em cm do indivíduo 6.

Indivíduo 6 Pré 1 Pré 2 Pré 3 Melhor pré Pós 1 Pós 2 Pós 3 Melhor pós

Dia 1 38 35 36 35 34,5 35 33,5 33,5

Dia 2 37 35 35,5 35 33,5 33 33,5 33

Dia 3 35 35 35,5 35 34,5 34 32,5 32,5

Dia 4 34 33,5 36 33,5 34,5 35 32 32

Dia 5 33 32 32 32 32 32,5 31,5 31,5

Fonte: Pesquisa realizada pelas autoras, 2010.

Ao analisar os dados obtidos através do finger-floor do indivíduo 6, pode-se observar melhora nas medidas antes e após a aplicação da corrente russa, sendo que houve diferença estatística significativa entre as mesmas pelo teste de Wilcoxon (p=0,04).

Abaixo serão descritos os dados obtidos em relação ao teste finger-floor no indivíduo 7 no pré e pós intervenção.

Quadro 7- Teste de finger-floor em cm do indivíduo 7.

Indivíduo 7 Pré 1 Pré 2 Pré 3 Melhor pré Pós 1 Pós 2 Pós 3 Melhor pós

Dia 1 29 26 24 24 21 22 22 21

Dia 2 29 24 25,5 24 25 24 21 21

Dia 3 29 26 25,5 25,5 24 23,5 23,5 23,5

Dia 4 28 26 27 26 27 25 24 24

Dia 5 28 28 28 28 23,5 23 24 23

Fonte: Pesquisa realizada pelas autoras, 2010.

Ao analisar os dados obtidos através do finger-floor do indivíduo 7, pode-se observar melhora nas medidas antes e após a aplicação da corrente russa, sendo que houve diferença estatística significativa entre as mesmas pelo teste de Wilcoxon (p=0,04).

(36)

Quadro 8- Teste de finger-floor em cm do indivíduo 8.

Indivíduo 8 Pré 1 Pré 2 Pré 3 Melhor pré Pós 1 Pós 2 Pós 3 Melhor pós

Dia 1 35 31,5 30 30 26,5 26,5 27 26,5

Dia 2 28 29 27,5 27,5 27 29 26 26

Dia 3 34 34 31 31 31 31 30 30

Dia 4 35 34 33 33 33 33 31 31

Dia 5 28 29 27,5 27,5 27 29 26 26

Fonte: Pesquisa realizada pelas autoras, 2010.

Ao analisar os dados obtidos através do finger-floor do indivíduo 8, pode-se observar melhora nas medidas antes e após a aplicação da corrente russa, sendo que houve diferença estatística significativa entre as mesmas pelo teste de Wilcoxon (p=0,04).

Abaixo serão descritos os dados obtidos em relação ao teste finger-floor no indivíduo 9 no pré e pós intervenção.

Quadro 9- Teste de finger-floor em cm do indivíduo 9.

Indivíduo 9 Pré 1 Pré 2 Pré 3 Melhor pré Pós 1 Pós 2 Pós 3 Melhor pós

Dia 1 32 31 30 30 29,5 27 26,5 26,5

Dia 2 30 32 28 28 27,5 27,5 26,5 26,5

Dia 3 30 28 28,5 29 25 23,5 22,5 22

Dia 4 30 29 27 27 24 24,5 24 24

Dia 5 25 25 25,5 25 21 21 20,5 20,5

Fonte: Pesquisa realizada pelas autoras, 2010.

Ao analisar os dados obtidos através do finger-floor do indivíduo 9, pode-se observar melhora nas medidas antes e após a aplicação da corrente russa, sendo que houve diferença estatística significativa entre as mesmas pelo teste de Wilcoxon (p=0,04).

(37)

36

Quadro 10- Teste de finger-floor em cm do indivíduo 10.

Indivíduo 10 Pré 1 Pré 2 Pré 3 Melhor pré Pós 1 Pós 2 Pós 3 Melhor pós

Dia 1 24 28 28 24 24 25,5 25 24

Dia 2 28 25 26 25 23,5 23,5 22,5 22,5

Dia 3 26 26 25 25 21 19 20 19

Dia 4 25 25,5 24,5 24,5 23 21 22 21

Dia 5 26 25,5 25 25 21 20 18 18

Fonte: Pesquisa realizada pelas autoras, 2010.

Ao analisar os dados obtidos através do finger-floor do indivíduo 10, pode-se observar que não apresentou melhora nas medidas antes e após a aplicação da corrente russa, sendo que não houve diferença estatística significativa entre as mesmas pelo teste de

Wilcoxon (p=0,06).

Abaixo serão descritos os dados obtidos em relação ao teste finger-floor no indivíduo 11 no pré e pós intervenção.

Quadro 11- Teste de finger-floor em cm do indivíduo 11.

Indivíduo 11 Pré 1 Pré 2 Pré 3 Melhor pré Pós 1 Pós 2 Pós 3 Melhor pós

Dia 1 32 29 28 28 32 30 28 28

Dia 2 32 33 33 32 29 28 27 27

Dia 3 25 25 24,5 24,5 24 22 23 22

Dia 4 30 24,5 24 24 23 19,5 20 19,5

Dia 5 22 22 22 22 22 20 20 20

Fonte: Pesquisa realizada pelas autoras, 2010.

Ao analisar os dados obtidos através do finger-floor do indivíduo 11, pode-se observar que não apresentou melhora nas medidas antes e após a aplicação da corrente russa, sendo que não houve diferença estatística significativa entre as mesmas pelo teste de

Wilcoxon (p=0,06).

(38)

Quadro 12- Teste de finger-floor em cm do indivíduo 12.

Indivíduo 12 Pré 1 Pré 2 Pré 3 Melhor pré Pós 1 Pós 2 Pós 3 Melhor pós

Dia 1 14 11 12 11 15 7 9 7

Dia 2 11 13 13 11 11 11 8 8

Dia 3 16 14,5 14,5 14,5 9 7 6,5 6,5

Dia 4 18 16 15 15 13 10 10 10

Dia 5 18 16,5 14 14 9 8 6,5 6,5

Fonte: Pesquisa realizada pelas autoras, 2010.

Ao analisar os dados obtidos através do finger-floor do indivíduo 12, pode-se observar melhora nas medidas antes e após a aplicação da corrente russa, sendo que houve diferença estatística significativa entre as mesmas pelo teste de Wilcoxon (p=0,04).

Abaixo serão descritos os dados obtidos em relação ao teste finger-floor no indivíduo 13 no pré e pós intervenção.

Quadro 13- Teste de finger-floor em cm do indivíduo 13.

Indivíduo 13 Pré 1 Pré 2 Pré 3 Melhor pré Pós 1 Pós 2 Pós 3 Melhor pós

Dia 1 23 23 22 22 20 19 18 18

Dia 2 20 21 19 19 18.5 19 16 16

Dia 3 18 19 19 18 19 17 15 15

Dia 4 19 19 19 19 18,5 15,5 18,5 16,5

Dia 5 22 19 17,5 17,5 21 16,5 16,5 16,5

Fonte: Pesquisa realizada pelas autoras, 2010.

Ao analisar os dados obtidos através do finger-floor do indivíduo 13, pode-se observar melhora nas medidas antes e após a aplicação da corrente russa, sendo que houve diferença estatística significativa entre as mesmas pelo teste de Wilcoxon (p=0,04).

(39)

38

Quadro 14- Teste de finger-floor em cm do indivíduo 14.

Indivíduo 14 Pré 1 Pré 2 Pré 3 Melhor pré Pós 1 Pós 2 Pós 3 Melhor pós

Dia 1 40 37,5 37 37 34,5 37 33 33

Dia 2 37 39 37 37 34,5 37 33 33

Dia 3 31 34 33 31 31,5 29,5 30 29,5

Dia 4 37 34 35 34 33 34,5 33 33

Dia 5 34 34 33 33 28 29 28,5 28

Fonte: Pesquisa realizada pelas autoras, 2010.

Ao analisar os dados obtidos através do finger-floor do indivíduo 14, pode-se observar melhora nas medidas antes e após a aplicação da corrente russa, sendo que houve diferença estatística significativa entre as mesmas pelo teste de Wilcoxon (p=0,04).

Abaixo serão descritos os dados obtidos em relação ao teste finger-floor no indivíduo 15 no pré e pós intervenção.

Quadro 15: Teste de finger-floor em cm do indivíduo 15.

Indivíduo 15 Pré 1 Pré 2 Pré 3 Melhor pré Pós 1 Pós 2 Pós 3 Melhor pós

Dia 1 36 36,5 35 35 35,5 37 36 35,5

Dia 2 37 38,5 39 37 34 35,5 37 34

Dia 3 37 36 36 36 36 36 34,5 34,5

Dia 4 37 37 37 37 32,5 33,5 34 32,5

Dia 5 39,5 33,5 31,5 31,5 32 31 30,5 30,5

Fonte: Pesquisa realizada pelas autoras, 2010.

Ao analisar os dados obtidos através do finger-floor do indivíduo 15, pode-se observar que não apresentou melhora nas medidas antes e após a aplicação da corrente russa, sendo que não houve diferença estatística significativa entre as mesmas pelo teste de

Wilcoxon (p=0,07).

(40)

Quadro 16- Teste de finger-floor em cm do indivíduo 16.

Indivíduo 16 Pré 1 Pré 2 Pré 3 Melhor pré Pós 1 Pós 2 Pós 3 Melhor pós

Dia 1 31 31 30 30 31 30 28 28

Dia 2 29,5 33 28 28 30 29,5 29 29

Dia 3 30 28 29 28 26 26,5 26,5 26

Dia 4 30 29 28 28 26,5 24,5 27 24,5

Dia 5 33 31 31 31 31,5 29 29,5 29

Fonte: Pesquisa realizada pelas autoras, 2010.

Ao analisar os dados obtidos através do finger-floor do indivíduo 16, pode-se observar que não apresentou melhora nas medidas antes e após a aplicação da corrente russa, sendo que não houve diferença estatística significativa entre as mesmas pelo teste de

Wilcoxon (p=0,07).

Abaixo serão descritos os dados obtidos em relação ao teste finger-floor no indivíduo 17 no pré e pós intervenção.

Quadro 17- Teste de finger-floor em cm do indivíduo 17.

Indivíduo 17 Pré 1 Pré 2 Pré 3 Melhor pré Pós 1 Pós 2 Pós 3 Melhor pós

Dia 1 40 41 42 40 36 35,5 36 35,5

Dia 2 39,5 40 41 39,5 37,5 36,5 35 35

Dia 3 40 37,5 37 37 35,5 36 33 33

Dia 4 38,5 34 34 34 36,5 35,5 32 32

Dia 5 40,5 38,5 36 36 38,5 36 31 31

Fonte: Pesquisa realizada pelas autoras, 2010.

Ao analisar os dados obtidos através do finger-floor do indivíduo 17, pode-se observar melhora nas medidas antes e após a aplicação da corrente russa, sendo que houve diferença estatística significativa entre as mesmas pelo teste de Wilcoxon (p=0,04).

(41)

40

Quadro 18- Teste de finger-floor em cm do indivíduo 18.

Indivíduo 18 Pré 1 Pré 2 Pré 3 Melhor pré Pós 1 Pós 2 Pós 3 Melhor pós

Dia 1 20 20 21 20 21 19 18 18

Dia 2 23 19 19 19 14,5 15 14 14

Dia 3 21 21 20 20 17,5 17,5 16 16

Dia 4 18 15 14 14 12 14 12 12

Dia 5 18 16 13 13 13 11 12 11

Fonte: Pesquisa realizada pelas autoras, 2010.

Ao analisar os dados obtidos através do finger-floor do indivíduo 18, pode-se observar melhora nas medidas antes e após a aplicação da corrente russa, sendo que houve diferença estatística significativa entre as mesmas pelo teste de Wilcoxon (p=0,03).

Abaixo serão descritos os dados obtidos em relação ao teste finger-floor no indivíduo 19 no pré e pós intervenção.

Quadro 19- Teste de finger-floor em cm do indivíduo 19.

Indivíduo 19 Pré 1 Pré 2 Pré 3 Melhor pré Pós 1 Pós 2 Pós 3 Melhor pós

Dia 1 30 27 26 26 27 27 26 26

Dia 2 32 31 29 29 27 26 24,5 24,5

Dia 3 31 27 23 23 23,5 23,5 22 22

Dia 4 25 24 22 22 22,5 21 22 21

Dia 5 27 28 24 24 24 22 21 21

Fonte: Pesquisa realizada pelas autoras, 2010.

Ao analisar os dados obtidos através do finger-floor do indivíduo 19, pode-se observar que não apresentou melhora nas medidas antes e após a aplicação da corrente russa, sendo que não houve diferença estatística significativa entre as mesmas pelo teste de

Wilcoxon (p=0,06).

(42)

O teste de Wilcoxon demonstrou que não houve diferença estatística (p>0,05) no teste finger-floor após o uso da corrente russa evidenciando que a técnica não foi eficiente para o ganho de flexibilidade em 6 dos 19 indivíduos pertencentes a pesquisa, sendo estes os indivíduos n°4, 11, 12, 16,17 e 19.

Conforme a realização do teste estatístico verificou-se a efetividade da intervenção em 13 dos 19 indivíduos, sendo observado um aumento da flexibilidade de quadril após as intervenções, ratificando que a corrente russa promove ganho de flexibilidade de quadril ao eletroestimular-se o quadríceps, sendo este o objetivo inicial da pesquisa.

Outros autores obtiveram os mesmos achados positivos no ganho de flexibilidade utilizando a FNP. O estudo realizado por Zenewton22 procurou analisar a eficácia da utilização da FNP através de contração muscular voluntária para ganho de ADM dos músculos isquiotibiais, em um estudo realizado com 36 indivíduos do sexo feminino. Este estudo concluiu que manobras de alongamento com FNP são efetivas para aumentar a flexibilidade dos músculos isquiotibiais.

Neste caso a técnica de FNP caracterizou-se pelo uso de contração muscular ativa e/ou voluntária, com o objetivo de gerar inibição recíproca do músculo antagonista. Quando ocorre uma contração muscular ativa em um músculo, é desencadeado em seu antagonista um ato de relaxamento muscular reflexo que associado ao movimento passivo promove ganho de ADM.

O estudo acima corroborou com esta pesquisa que procurou utilizar a corrente russa para potencializar esse efeito de inibição reflexa do antagonista, já que a estimulação elétrica máxima pode fazer com que todas as unidades motoras em um músculo sejam recrutadas de forma sincronizada, permitindo a ocorrência de contração muscular mais efetiva do que a contração voluntária, e, portanto um mecanismo de FNP mais eficaz20.

A pesquisa realizada por Duarte e Silva23 propôs associar o alongamento passivo manual com uma técnica de inibição reflexa, neste caso, desenvolvida com o uso da eletroestimulação russa. Participaram da pesquisa 30 acadêmicas do sexo feminino, da Universidade Estadual de Goiás, com idade média de 22,21 anos, variando entre 20 e 30 anos. O estudo baseou-se em 3 grupos, sendo eles: grupo I (GI) foi considerado grupo controle não sendo submetido a nenhuma técnica de alongamento. O grupo II (GII) foi submetido ao alongamento estático e no grupo III (GIII) foi aplicado o alongamento estático associado à corrente russa (FNP).

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uma avaliação inicial e outra final por meio do teste de flexibilidade dos isquiotibiais com goniômetro.

Ao fim da pesquisa o teste estatístico (p<0,01) revelou que no GI não houve aumento significativo na amplitude de movimento de flexão de quadril, em ambos os membros. Já GII e GIII apresentaram ambos, um aumento estatisticamente significativo. Ao comparar o GII com o GIII, evidenciou-se que o GIII obteve um ganho relativo superior de 23,18% no MID e 29,04% no MIE.

Assim, os resultados do estudo sugerem que a associação do alongamento passivo manual com a corrente russa pode contribuir para um acréscimo significativamente maior na amplitude de movimento de flexão de quadril quando comparado ao alongamento passivo manual realizado isoladamente. Sendo assim, pode-se sugerir que a corrente russa favoravelmente aumenta a ADM de quadril pelos princípios da FNP já explanados, o que vem a calhar com os resultados obtidos por essa pesquisa.

O estudo realizado por Sossai24 objetivou verificar através da análise eletroneuromiógrafa se a atuação do exercício de flexibilidade muscular, Contração Isométrica Voluntária Máxima (CIVM), assim como „‟Electrostretching‟‟ (exercício de flexibilidade muscular associado à EENM promovem alterações neurofisiológicas na musculatura isquiotibial e na ADM.

O estudo utilizou uma amostra de 7 mulheres divididas aleatoriamente em três grupos sendo estes: grupo A= Alongamento, realizado somente alongamento passivo de isquiotibial em membro dominante, grupo A+R= Alongamento + Russa, realizado alongamento passivo de isquiotibiais associado a corrente russa em membro dominante e grupo C= controle, realizado CIVM de 1 min.

De acordo com os resultados obtidos e apresentados foi possível verificar que, no que se refere à análise da ADM, a amplitude de movimento da perna dominante (tratada) aumentou cerca de 10% nos grupos Alongamento e Alongamento + Russa. Os dados foram submetidos ao teste t de Student com nível de significância adotado de 5% (α = 0,05).

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Porém o estudo concluiu que a técnica de alongamento excêntrico obteve um discreto melhor desempenho ao comparar com a aplicação da eletroestimulação, pois a média obtida através da aplicação da corrente elétrica resultou em uma elevação da amplitude de movimento de aproximadamente 6,2 graus em cada membro, já a utilização da técnica excêntrica obteve uma média superior a eletroestimulação com 6,8 graus.

O resultado negativo encontrado por Onishi25 em seu estudo pode ser explicado pelo fato de que a EENM não ter sido utilizada dentro do princípio de FNP como nos estudos anteriores, não sendo dessa forma trabalhado o mecanismo de inibição recíproca proposto por esta pesquisa.

Diante do exposto é possível observar a eficácia da utilização da EENM não só para o fortalecimento muscular como já bem comprovada cientificamente por diversos estudos, como também para o alongamento muscular, ampliando assim seu leque de utilização.

No que se refere ao alongamento utilizando correntes elétricas, a literatura é escassa. De acordo com a literatura disponível, nenhuma indicação direta foi encontrada para o alongamento da musculatura com a utilização de correntes elétricas, mas a partir de estudos do tecido fibroso e da neurofisiologia pode-se concluir que é um método que oferece muitas vantagens em relação aos métodos utilizados até agora26.

Segundo Nelson18, o principal efeito direto da corrente ocorre em nível celular, mas também ocorre indiretamente em níveis teciduais, segmentares e sistêmicos; Pode ser usada efetivamente para ganho de força muscular, e também para o aumento de amplitude de movimento articular, contanto que a estimulação motora e a contração muscular resultantes sejam suficientemente fortes. Para usar efetivamente a EENM com o intuito de alongar ativamente os tecidos moles que limitam o movimento articular, são necessários longos períodos de estimulação todos os dias da semana.

O método de alongamento muscular associado à eletroestimulação oferece vantagens em relação aos demais métodos, pois enquanto o músculo é eletroestimulado há produção de calor pela contração muscular, fazendo com que o músculo aumente a temperatura durante o trabalho, produzindo um efeito positivo sobre a matriz de colágeno, tornando-o mais maleável26,27.

A corrente elétrica estimula o axônio enquanto a inibição ocorre no neurônio; a contração pode ser bem mais forte que a força produzida voluntariamente; a corrente elétrica tem efeito limitante direto na transmissão nociceptiva evitando que o paciente apresente aumento de tônus em reação à “dor” do alongamento26

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A EENM tem sido frequentemente utilizada, com intensidades suficientemente altas capazes de produzir contrações musculares que favoreçam o fortalecimento e hipertrofia muscular, podendo ser aplicada ao músculo durante o movimento funcional ou sem que este esteja ocorrendo.

A base teórica para a sua utilização refere-se ao fato de que a estimulação elétrica máxima pode fazer com que todas as unidades motoras em um músculo sejam recrutadas de forma sincronizada, permitindo a ocorrência de contrações musculares mais fortes e, portanto maior hipertrofia muscular.

A eletroestimulação constitui hoje um importante recurso terapêutico, particularmente quando é associado à cinesioterapia. No entanto, para tirar o máximo proveito na utilização destes equipamentos, o fisioterapeuta deverá ter conhecimento de parâmetros da corrente elétrica, já que, as respostas fisiológicas observadas nos pacientes dependerão destes conhecimentos.

A pesquisa ao encontrar resultados estatisticamente positivos nos mostra que alem de comprovada a eficácia da utilização da EENM nos protocolos de fortalecimento, esta pode ser incluída também nos protocolos de ganho de amplitude de movimento articular.

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REFERÊNCIAS

1Smith LK, Weiss EL, Lehmkuhi LD. Cinesiologia Clínica de Brunnstrom. 5aed. São Paulo: Manole; 1997.

2 Silversthorn DU. Fisiologia Humana: Uma abordagem integrada. 2aed. São Paulo: Manole; 2003.

3 Powers SK, Howley ET. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 5ªed. São Paulo: Manole; 2005.

4 Wilmore JH, Costill DL. Fisiologia do esporte e do exercício. 2ªed. São Paulo: Manole; 2001.

5 Guyton AC. Fisiologia básica. 2ªed. Rio de Janeiro: Interamericana; 1978.

6 Jacob, Stanley W, Francone, Clarice A, Lossow WJ. Anatomia e fisiologia humana. 4aed. Rio de Janeiro: Interamericana;1980

7 Behnke RS. Anatomia do movimento. Porto Alegre: Artmed; 2004.

8 Briel AF, Pinheiro MF, Lopes LG. Influência da corrente russa no ganho de força e

trofismo muscular dos flexores no antebraço não dominante. Arq. Ciênc. Saúde Unipar. 2003; 7(3): 205-10.

9 Paiva Neto A, Peres FP, Oliveira A. Comparação da flexibilidade intermovimentos entre homens e mulheres: um estudo a partir do flexiteste adaptado. Movimento e Percepção. 2006; 6(9): 124-33.

10 Hoppenfeld S. Propedêutica Ortopédica: Coluna e Extremidades. São Paulo: Atheneu; 1999.

Referências

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