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Academic year: 2021

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Grupo de Apoio Interdisciplinar

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Rua Boa Vista, 200, 6º andar, São Paulo/SP, CEP: 01014-000, Tel: (11) 3105-9040 R. 600, 601 e 605 POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO DOS CAMS DA DPESP NOS CASOS DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE RUA E/OU QUE FAZEM USO PROBLEMÁTICO DE DROGAS, GESTANTES,

PUÉRPERAS E/OU LACTANTES, EM QUE SE CONSTATE RISCO DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL/RETIRADA DA(O) FILHA(O) OU FILHAS(OS), SOBRETUDO AQUELES

ENCAMINHADOS PELA REDE DE SERVIÇOS OU IDENTIFICADOS PELA EQUIPE CAM

BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO

O presente documento, intitulado “Possibilidades de Atuação dos Centros de Atendimento Multidisciplinares (CAMs) da Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DPESP) nos casos de mulheres em situação de rua e/ou que fazem uso problemático de drogas, gestantes, puérperas e/ou lactantes, em que se constate risco de acolhimento institucional/retirada da(o) filha(o) ou filhas(os), sobretudo aqueles encaminhados pela rede de serviços ou identificados pela equipe CAM”, foi elaborado pelo Grupo de Apoio Interdisciplinar (GAI)1, no âmbito da Comissão de Estudos Interdisciplinares (CEI), e busca contribuir com o Procedimento Administrativo2 instaurado na referida comissão para a discussão da questão em tela, bem como para a construção de fluxo institucional, parâmetros de atuação e orientação a todas(os) profissionais da Instituição.

As possibilidades de atuação abaixo apresentadas terão como disparadoras as situações já elencadas pelas(os) integrantes da CEI, as quais serão utilizadas no Comunicado a ser amplamente divulgado na DPESP.

1 O GAI é um órgão das Assessorias Cível e Criminal da Defensoria Pública-Geral do Estado de São Paulo e é composto, atualmente,

pela Assistente Social Melina Machado Miranda (Mestra em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP e Especialista em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo - FSP-USP) e pela Psicóloga Paula Rosana Cavalcante (Mestra e Doutoranda em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo - USP e Especialista em Psicologia Jurídica pelo Conselho Federal de Psicologia – CFP).

2 O PA nº 3/2017 da Comissão de Estudos Interdisciplinares tem como proponente o Psicólogo do CAM da Unidade Campinas e

integrante da CEI, Marcos Antonio Barbieri Gonçalves, e como relatora a Defensora Pública da Unidade Santana, Coordenadora CAM da Regional Norte-Oeste da Capital e integrante da CEI, Renata Oliva Monteiro Matos. “O presente procedimento administrativo tem como assunto um ‘projeto para potencialização do atendimento aos casos de infância cível junto às maternidades’. Em suma, foram narrados pelo proponente dois casos concretos que chegaram ao Centro de Atendimento Multidisciplinar de Campinas acerca de crianças que estavam para ser acolhidas institucionalmente e que, com o trabalho interdisciplinar, através do contato com a rede de serviços, foram solucionados antes de início de processo judicial” (extrato do início do voto da relatora).

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Rua Boa Vista, 200, 6º andar, São Paulo/SP, CEP: 01014-000, Tel: (11) 3105-9040 R. 600, 601 e 605 IMPORTANTE

 Manutenção de espaço de diálogo entre a equipe da Defensoria - Em todas as situações, é sempre muito importante manter o diálogo sobre o caso, tanto entre a equipe do CAM, quanto entre a equipe do CAM e a(o) Defensora(r), visando: (i) compartilhar especificidades da situação; (ii) realizar intercâmbio sobre as dinâmicas, informações/atualizações, propostas e resultados de articulações com os serviços da rede, estratégias jurídicas/judiciais e sobre as possibilidades de intervenção de cada profissional, dentro da sua área do conhecimento;

 Articulação de Rede - Realização de contatos, reuniões e visitas institucionais para discussão de casos e desenvolvimento de projetos locais, de modo permanente, com os serviços do território, visando: (i) prevenção de situações que coloquem as usuárias e suas(seus) filhas(os) em risco de interrupção da convivência familiar; (ii) acesso às políticas públicas; (iii) suporte sócio familiar e (iv) acompanhamento dos casos atendidos. Várias dessas ações já são realizadas na rotina do trabalho CAM, como ficou demonstrado na pesquisa sobre o tema, respondida pelas Coordenações dos Centros de Atendimento Multidisciplinar3;

 Educação em Direitos e Formação - Realização de cursos, palestras, oficinas etc., tanto internos, quanto externos - com a rede de serviços e/ou população, de modo permanente, visando: (i) prevenção de situações de risco e (ii) orientação acerca dos direitos, da atuação da Defensoria e dos fluxos interinstitucionais. Cabe destacar que várias dessas ações já são fomentadas e realizadas pelos CAMs, em todo o estado, o que ficou evidenciado na pesquisa sobre o tema, respondida pelas Coordenações dos Centros de Atendimento Multidisciplinar4.

3 Como exemplo, temos: 1) “Foi realizada no dia 07/06/2017 uma primeira reunião entre Defensoria/Cam desta Unidade e ETJ da

VIJ do Fórum de Itaquera. Foram discutidas as dificuldades encontradas nos encaminhamentos feitos pelas maternidades de RNs cujas mães se encontram nas situações acima descritas. Foram tirados os seguintes encaminhamentos: reunião com a presença das maternidades e elaboração de formulário com orientações da DPE para esses casos”; 2) “As reuniões e contato com a rede de acolhimento são frequentes, inclusive a Defensoria de Presidente Prudente tem Convenio com o CREAS mulher, o que acaba por facilitar os esclarecimentos e elaboração de planos de atendimento em cada caso concreto”.

4 Apenas para citar três exemplos que ilustraram a referida pesquisa: 1) “O CAM, em conjunto com a Defensora da Infância,

realizou capacitação de novos conselheiros tutelares, em 2016, nessa perspectiva, com vistas à diminuição dos acolhimentos de crianças no município”; 2) “Será realizada em junho/2017 uma palestra, a pedido do Hospital Municipal e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, sobre o tema adoção e acolhimento institucional. É um evento voltado aos assistentes sociais da rede de serviços locais, cujo objetivo é abordar as dificuldades dos profissionais de olharem para a família em situações que envolvem recém nascidos, problematizar os encaminhamentos de bebês para serviços de acolhimento ao invés de investir no cuidado destes familiares para garantir a convivência familiar da crianças.... Necessita-se apresentar outros pontos de vista a esses profissionais e, por isso, eles convidaram o CAM da Lapa para este evento”; 3) “Sim! Foi o evento Dialogando sobre o direito de ter/ser mãe, organizado pelo CAM da Regional em conjunto com o GT Maternidades da Defensoria. Além disto, há um GT Maternidades na própria cidade, gerenciado pela Secretaria de Assistência, do qual o CAM participa”.

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Rua Boa Vista, 200, 6º andar, São Paulo/SP, CEP: 01014-000, Tel: (11) 3105-9040 R. 600, 601 e 605 POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO CAM

SITUAÇÃO 1:

Notícia de mulher, em situação de rua e/ou fazendo uso

problemático de drogas, que esteja

grávida, em situação de vulnerabilidade social e sem acesso a serviço público de pré-natal ou outros serviços de saúde e assistência social, por exemplo. ARTICULAÇÃO COM A REDE DE SERVIÇOS

(De qualquer política pública considerada pertinente e necessária ao atendimento qualificado da

mulher e sua família)

ATENDIMENTO (Incluindo o trabalho na perspectiva da Composição Extrajudicial de Conflitos, se necessário) PRODUÇÃO TÉCNICA

Contato (pode ser

telefônico, por meio de encaminhamento e/ou ofício, de reunião e/ou visita institucional, a depender da necessidade e urgência de cada caso) com

serviço(s) de Saúde (UBS, CAPS,

Consultório na Rua, Maternidade etc.) e de

Assistência Social (CRAS,

CREAS, Centro de Acolhida etc.) ou outra política, se for o caso, para

solicitar visita ou busca ativa e o início ou retomada do cuidado em

saúde (procedimentos

preventivos/pré-natal e outros – mental e/ou clínicos, por ex.) e social

Com a mulher (pode ocorrer em acolhimento compartilhado com os serviços da rede, inclusive no momento da busca ativa pelo serviço, e com a(o) Defensora

(r)) e/ou com familiares e/ou amigas(os) da mulher, para a realização de escuta, esclarecimento acerca de seus direitos, dos riscos

da situação e do objetivo do atendimento prestado pela

Elaboração de documentos técnicos das áreas do Serviço Social e da Psicologia (ex.: laudos,

relatórios, estudos, quesitos, pareceres etc.), para juntada em

processo judicial, subsídio de defesa e/ou encaminhamento para

a rede de serviços.

A partir de outras ferramentas (atendimento e articulação com a rede de serviços), a(o) profissional

do CAM poderá expor em documento técnico as particularidades daquele caso, o

desejo da mulher, as diversas negligências e ausências do Estado

– falta de políticas públicas adequadas, acessíveis etc. – às vezes

vivenciadas intergeracionalmente pela família da usuária, entre outros

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(verificar se existem outros direitos violados e/ou benefício a ser ofertado –

eventuais e/ou BPC, por ex.), respeitando a

vontade da mulher e buscando estratégias de

aproximação e sensibilização, dentre outras providências que

forem avaliadas como pertinentes pela(o) profissional do CAM.

Orientar as equipes sobre

a existência, a necessidade e a importância de se construir um Plano de

Parto que busque

identificar os serviços que já acompanham a mulher, o

contato de pessoas de referência para a usuária (familiares ou não), além

de outras informações que subsidiem o cuidado e

a não violência obstétrica5. Defensoria Pública, objetivando conhecer a vontade da mulher/família e auxiliar na construção de um plano que respeite

esses desejos.

direito a convivência familiar,

contra a criminalização e estigmatização da pobreza.

Possibilidades de uso dos documentos produzidos pelo

Serviço Social e pela Psicologia do CAM: (i) podem ser usados na

íntegra – apensados ao processo; (ii) a atuação pode se dar com a

nomeação da(o) profissional do CAM como assistente técnico –

após discussão de estratégia com a(o) Defensora(r) Pública(o); (iii)

podem ser usados antes da ação judicial, como subsídio para a inicial e (iii) alguns trechos dos

relatórios, estudos, laudos e pareceres, podem integrar as peças processuais, auxiliando a

subsidiar os pedidos –

possibilidade apontada pelo Núcleo Especializado da Infância e Juventude da DPESP, quando discorre sobre o tema e seus fluxos

institucionais.

5 Consultar o CAM do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher - NUDEM para obter outras

informações e também o modelo de um Plano de Parto Social. Saiba mais sobre Violência Obstétrica, acessando a cartilha do NUDEM sobre o tema, no link: https://www.defensoria.sp.def.br/dpesp/repositorio/34/documentos/cartilhas/Cartilha_VO.pdf

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Notícia de mulher, em situação de rua e/ou fazendo uso

problemático de drogas, que esteja

grávida, em situação de vulnerabilidade social, e já inserida em serviço público de pré-natal, necessitando de atuação da Defensoria Pública para garantir a permanência do bebê em sua companhia ou, temporariamente, em família extensa. ARTICULAÇÃO COM A REDE DE SERVIÇOS

(De qualquer política pública considerada pertinente e necessária ao atendimento qualificado da

mulher e sua família)

ATENDIMENTO (Incluindo o trabalho na perspectiva da Composição Extrajudicial de Conflitos, se necessário) PRODUÇÃO TÉCNICA

Contato e reuniões com a equipe que realiza o

pré-natal e com a maternidade que

possivelmente receberá a mulher para o parto, visando sensibilização com

relação ao tema e ao direito à convivência

familiar.

É possível buscar o apoio

de políticas públicas para que seja oferecido suporte

à mãe e inserção em programas, visando excluir a situação que possivelmente será vista

como problemática e disparadora de acolhimento institucional

da criança, como por

exemplo “não aderência ao tratamento em saúde

Com a mulher e/ou familiares e/ou

amigas(os),

buscando

alternativas para proteção de mãe e filha(o), caso algum

risco esteja evidenciado, além da possibilidade de

trabalho para o

cuidado da criança, após seu

nascimento, pela família natural ou

extensa.

Elaboração de documentos técnicos das áreas do Serviço Social e da Psicologia (ex.: laudos,

relatórios, estudos, quesitos, pareceres etc.), para juntada em

processo judicial, subsídio de defesa e/ou encaminhamento para

a rede de serviços.

A partir de outras ferramentas (atendimento e articulação com a rede de serviços), a(o) profissional

do CAM poderá expor em documento técnico as particularidades daquele caso, o

desejo da mulher, as diversas negligências e ausências do Estado

– falta de políticas públicas adequadas, acessíveis etc. – às vezes

vivenciadas intergeracionalmente pela família da usuária, entre outros

aspectos, visando a defesa do

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mental” (aqui é possível já articular o cuidado com CAPS ou Consultório na Rua) ou “situação de rua” (aqui é possível, caso seja do desejo da mulher, buscar

vaga em Centro de Acolhida ou na casa de

algum familiar ou amiga(o)).

Orientar as equipes sobre

a existência, a necessidade e a importância de se construir um Plano de

Parto que busque

identificar os serviços que já acompanham a mulher, o

contato de pessoas de referência para a usuária (familiares ou não), além

de outras informações que subsidiem o cuidado e

a não violência obstétrica6.

contra a criminalização e estigmatização da pobreza.

Possibilidades de uso dos documentos produzidos pelo

Serviço Social e pela Psicologia do CAM: (i) podem ser usados na

íntegra – apensados ao processo; (ii) a atuação pode se dar com a

nomeação da(o) profissional do CAM como assistente técnico –

após discussão de estratégia com a(o) Defensora(r) Pública(o); (iii)

podem ser usados antes da ação judicial, como subsídio para a inicial e (iii) alguns trechos dos

relatórios, estudos, laudos e pareceres, podem integrar as peças processuais, auxiliando a

subsidiar os pedidos –

possibilidade apontada pelo Núcleo Especializado da Infância e Juventude da DPESP, quando discorre sobre o tema e seus fluxos

institucionais.

6 Consultar o CAM do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher - NUDEM para obter outras

informações e também o modelo de um Plano de Parto Social. Saiba mais sobre Violência Obstétrica, acessando a cartilha do NUDEM sobre o tema, no link: https://www.defensoria.sp.def.br/dpesp/repositorio/34/documentos/cartilhas/Cartilha_VO.pdf

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4 do Comunicado):

Notícia de mulher, em situação de rua e/ou fazendo uso

problemático de drogas, grávida e na maternidade, com nascimento próximo da criança. ARTICULAÇÃO COM A REDE DE SERVIÇOS

(De qualquer política pública considerada pertinente e necessária ao atendimento qualificado da

mulher e sua família)

ATENDIMENTO (Incluindo o trabalho na perspectiva da Composição Extrajudicial de Conflitos, se necessário) PRODUÇÃO TÉCNICA

Contatos e reuniões com os serviços que realizaram o pré-natal

e/ou que conheciam a mulher e com a equipe da

maternidade, visando sensibilização com relação

ao tema e ao direito à convivência familiar.

É possível buscar o apoio

de políticas públicas para que seja oferecido suporte

à mãe e inserção em programas, visando excluir a situação que possivelmente será vista

como problemática e disparadora acolhimento

institucional da criança,

como por exemplo “não aderência ao tratamento em

saúde mental” (aqui é possível já articular o

Com a mulher e/ou familiares e/ou

amigas(os),

buscando

alternativas para proteção de mãe e filha(o), caso algum

risco esteja evidenciado, além da possibilidade de

trabalho para o

cuidado da criança, após seu

nascimento, pela família natural ou

extensa.

Elaboração de documentos técnicos das áreas do Serviço Social e da Psicologia (ex.: laudos,

relatórios, estudos, quesitos, pareceres etc.), para juntada em

processo judicial, subsídio de defesa e/ou encaminhamento para

a rede de serviços.

A partir de outras ferramentas (atendimento e articulação com a rede de serviços), a(o) profissional

do CAM poderá expor em documento técnico as particularidades daquele caso, o

desejo da mulher, as diversas negligências e ausências do Estado

– falta de políticas públicas adequadas, acessíveis etc. – às vezes

vivenciadas intergeracionalmente pela família da usuária, entre outros

aspectos, visando a defesa do

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cuidado com CAPS ou Consultório na Rua) ou “situação de rua” (aqui é

possível, caso seja do desejo da mulher, buscar

vaga em Centro de Acolhida ou na casa de

algum familiar ou amiga(o)).

Acionar a rede e grupos de trabalho, como por

exemplo o GT Maternidades da DPESP7,

que atuam de forma crítica com a temática

(técnicas(os) de consultório na rua, por exemplo), para

que sejam produzidos relatórios e outros

documentos que fortaleçam a defesa e sustentem uma rede de cuidado para a mulher e a

criança.

Orientar as equipes sobre

a existência, a necessidade e a importância de se construir um Plano de

contra a criminalização e estigmatização da pobreza.

Possibilidades de uso dos documentos produzidos pelo

Serviço Social e pela Psicologia do CAM: (i) podem ser usados na

íntegra – apensados ao processo; (ii) a atuação pode se dar com a

nomeação da(o) profissional do CAM como assistente técnico –

após discussão de estratégia com a(o) Defensora(r) Pública(o); (iii)

podem ser usados antes da ação judicial, como subsídio para a inicial e (iii) alguns trechos dos

relatórios, estudos, laudos e pareceres, podem integrar as peças processuais, auxiliando a

subsidiar os pedidos –

possibilidade apontada pelo Núcleo Especializado da Infância e Juventude da DPESP, quando discorre sobre o tema e seus fluxos

institucionais.

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Rua Boa Vista, 200, 6º andar, São Paulo/SP, CEP: 01014-000, Tel: (11) 3105-9040 R. 600, 601 e 605 Parto que busque

identificar os serviços que já acompanham a mulher, o

contato de pessoas de referência para a usuária (familiares ou não), além

de outras informações que subsidiem o cuidado e

a não violência obstétrica8.

8 Consultar o CAM do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher - NUDEM para obter outras

informações e também o modelo de um Plano de Parto Social. Saiba mais sobre Violência Obstétrica, acessando a cartilha do NUDEM sobre o tema, no link: https://www.defensoria.sp.def.br/dpesp/repositorio/34/documentos/cartilhas/Cartilha_VO.pdf

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Rua Boa Vista, 200, 6º andar, São Paulo/SP, CEP: 01014-000, Tel: (11) 3105-9040 R. 600, 601 e 605 SITUAÇÃO 5:

Notícia de mulher, em situação de rua e/ou fazendo uso

problemático de drogas, que tenha tido parto recente

e que não consegue comparecer ao atendimento da Defensoria. ARTICULAÇÃO COM A REDE DE SERVIÇOS

(De qualquer política pública considerada pertinente e necessária ao atendimento qualificado da

mulher e sua família)

ATENDIMENTO (Incluindo o trabalho na perspectiva da Composição Extrajudicial de Conflitos, se necessário) PRODUÇÃO TÉCNICA

Contato com o serviço para que seja providenciada a colheita de declaração da mulher com relação à vontade e

concordância de defesa pela Defensoria para manter consigo a(o) bebê

ou colocação em família extensa ou ainda, se for do desejo da mulher, possibilitar a entrega

protegida da criança9.

Sugestão: articulação com a equipe do Serviço Social

e da Psicologia da maternidade.

Sensibilização e orientação à equipe da maternidade com relação

É possível realizar atendimento in loco (CAM e Defensora(r)) para escuta da mulher e início de defesa judicial, se necessário. Com familiares e/ou amigas(os), buscando alternativas para proteção de mãe e filha(o), caso algum

risco esteja evidenciado, além da possibilidade de

trabalho para o

cuidado da criança, após seu

Elaboração de documentos técnicos das áreas do Serviço Social e da Psicologia (ex.: laudos,

relatórios, estudos, quesitos, pareceres etc.), para juntada em

processo judicial, subsídio de defesa e/ou encaminhamento para

a rede de serviços.

A partir de outras ferramentas (atendimento e articulação com a rede de serviços), a(o) profissional

do CAM poderá expor em documento técnico as particularidades daquele caso, o

desejo da mulher, as diversas negligências e ausências do Estado

– falta de políticas públicas adequadas, acessíveis etc. – às vezes

vivenciadas intergeracionalmente pela família da usuária, entre outros

9 Para saber mais sobre entrega protegida, acesse o folder desenvolvido pelo Centro de Atendimento Multidisciplinar da

Regional Grande ABCD em parceria com o NUDEM e a EDEPE:

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convivência familiar.

É possível buscar o apoio

de políticas públicas para que seja oferecido suporte

à mãe e inserção em programas, visando excluir a situação que possivelmente será vista

como problemática e disparadora de acolhimento institucional

da criança, como por

exemplo “não aderência ao tratamento em saúde mental” (aqui é possível já

articular o cuidado com CAPS ou Consultório na Rua) ou “situação de rua” (aqui é possível, caso seja do desejo da mulher, buscar

vaga em Centro de Acolhida ou na casa de algum familiar ou amiga(o)). nascimento, pela família natural ou extensa.

aspectos, visando a defesa do

direito a convivência familiar,

contra a criminalização e estigmatização da pobreza.

Possibilidades de uso dos documentos produzidos pelo

Serviço Social e pela Psicologia do CAM: (i) podem ser usados na

íntegra – apensados ao processo; (ii) a atuação pode se dar com a

nomeação da(o) profissional do CAM como assistente técnico –

após discussão de estratégia com a(o) Defensora(r) Pública(o); (iii)

podem ser usados antes da ação judicial, como subsídio para a inicial e (iii) alguns trechos dos

relatórios, estudos, laudos e pareceres, podem integrar as peças processuais, auxiliando a

subsidiar os pedidos –

possibilidade apontada pelo Núcleo Especializado da Infância e Juventude da DPESP, quando discorre sobre o tema e seus fluxos

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