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DOI: / CONTECSI/PS-659 PARADOXES THE USE OF MOBILE TECHNOLOGY: A STUDY WITH PROFESSIONAL USERS OF SMARTPHONE

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DOI: 10.5748/9788599693100-11CONTECSI/PS-659

PARADOXES THE USE OF MOBILE TECHNOLOGY: A STUDY WITH PROFESSIONAL USERS OF SMARTPHONE

Aline Carrion Mendieta (Universidade Nove de Julho, São Paulo, Brasil) -

alinecarrion24@gmail.com

Cristina Dai Prá Martens (Universidade Nove de Julho, São Paulo, Brasil) -

cristinadm@uninove.br

Ana Claudia Belfort (Universidade Nove de Julho, São Paulo, Brasil) -

belfortanaclaudia@gmail.com

This article aims to identify the paradoxes of using mobile technologies as manifested by professional smartphone users. Paradoxes of studies Jarvenpaa and Lang (2005) and Mazmanian, Orlikowski and Yates (2006) were used as basis. For this purpose, developed a survey with 92 professionals, combined with interviews with six respondents. The results indicated the manifestation of the 10 paradoxes, especially in cases where smartphones are provided by the companies as well as the advantages and disadvantages of using the mobile device. Noteworthy are the paradoxos Continuity x Asynchronicity, Empowerment / Freedom x Slavery, Autonomy x Vice and Planning x Improvisation.

Keywords: Technologies of mobile and wireless Information; Paradoxes of using mobile

Technologies; Smartphone; Ideas; Impact of the use of information technologies.

PARADOXOS DO USO DE TECNOLOGIAS MÓVEIS: UM ESTUDO COM PROFISSIONAIS USUÁRIOS DE SMARTPHONE

O presente artigo objetiva identificar os paradoxos do uso de tecnologias móveis manifestados por profissionais usuários do smartphone. Foram adotados como base os paradoxos dos estudos de Jarvenpaa e Lang (2005) e Mazmanian, Orlikowski e Yates (2006). Para tanto, desenvolveu-se um levantamento do tipo survey junto a 92 profissionais, combinado com entrevistas realizadas com seis respondentes. Os resultados obtidos indicaram a manifestação dos 10 paradoxos, principalmente nos casos em que os smartphones são fornecidos pelas empresas, bem como as vantagens e desvantagens de utilização do dispositivo móvel. Destacam-se os paradoxos Continuidade x Assincronicidade, Empoderamento/Liberdade x Escravidão, Autonomia x Vício e Planejamento x Improvisação.

Palavras-chave: Tecnologias de informação móveis e sem fio; Paradoxos do uso de

tecnologias móveis; Smartphone; Dispositivos móveis; Impacto do uso de tecnologias de informação.

O presente trabalho foi realizado com o apoio do CNPq, da FAPESP e do Fundo de Apoio à Pesquisa – FAP/UNINOVE.

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1. Introdução

As Tecnologias de Informação Móveis e Sem Fio (TIMS) são definidas como dispositivos móveis conectados a uma rede wireless, cujo uso pode ocorrer em qualquer lugar e tempo (Saccol & Reinhard, 2007). Elas têm evoluído de tal maneira que todos os indivíduos sentem a necessidade de estarem conectados ininterruptamente a e-mails pessoais e corporativos, redes sociais, jornais online, dentre outros, assim provocando mudanças de comportamento. Nesse sentido, verifica-se que a utilização das tecnologias móveis pela sociedade tem influenciado a adoção das TIMS pelas organizações, de sorte que seus colaboradores melhorem a eficiência, a eficácia e o controle de suas tarefas. Adicionalmente, esse crescente uso de dispositivos móveis tem propiciado a muitos profissionais a possibilidade de não trabalharem em um local fixo e sim em field office (Brans & Basole, 2008). Um dos dispositivos móveis mais utilizados por profissionais dos diversos segmentos, em razão do benefício que proporcionam no desenvolvimento de suas atividades, é o smartphone.

O uso de dispositivos móveis por colaboradores repercute tanto na sua vida pessoal como na sua vida profissional, alterando o trabalho e o relacionamento interpessoal, podendo provocar paradoxos em decorrência do uso de TIMS (Gonçalves & Joia, 2011). Para Jarvenpaa e Lang (2005), paradoxo pode ser definido como um ato, comportamento ou característica contraditória e inconsistente. Segundo Handy (1994, como citado em Jarvenpaa & Lang, 2005), a capacidade de poder gerenciar esses paradoxos é uma das chaves para ter êxito empresarial.

Nesse contexto, o presente estudo propõe como objetivo identificar quais paradoxos do uso de tecnologias móveis são manifestados por profissionais usuários do smartphone. Emerge a seguinte questão de pesquisa norteadora deste artigo: “Quais paradoxos do uso de Tecnologias de Informação Móveis e Sem Fio (TIMS) são manifestados por profissionais de logística, de tecnologia de informação (TI) e outros, usuários de smartphone?

Para fins de responder à mencionada questão de pesquisa, utilizou-se a pesquisa descritiva. O levantamento do tipo survey foi a estratégia de pesquisa adotada e, como técnicas de coleta de dados optou-se pelo uso de um instrumento (questionário) aplicado junto a profissionais de logística e de TI, bem como a outros profissionais, que participaram de uma Feira Internacional de Logística realizada em São Paulo, no ano de 2013, obtendo-se 92 respostas. Na sequencia, foram entrevistados seis respondentes, três de cada área, para fins de validação dos dados. Por fim, a tabulação e a análise dos dados foram realizadas mediante o uso de um software que permitiu analisar o conteúdo das entrevistas e realizar a análise estatística dos dados.

O presente artigo está estruturado em cinco seções, a começar pela introdução. Na segunda seção, são explanados os eixos que contemplam o referencial teórico: Tecnologias de Informação Móveis Sem Fio (TIMS), adoção e o uso de TIMS pelas organizações e paradoxos decorrentes do uso de tecnológicos móveis. Na terceira seção, é apresentado o método de pesquisa utilizado no presente estudo. A análise dos resultados é apresentada na quarta seção. Por fim, a quinta seção é dedicada à apresentação das considerações finais e limitações do estudo, além de contemplar propostas para novos estudos.

2. Referencial Teórico

Na presente seção são apresentados os principais conceitos e características acerca dos eixos teóricos que compõem este estudo.

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2.1. Tecnologias de Informação Móveis e Sem Fio (TIMS)

As TIMS podem ser definidas como dispositivos móveis conectados a uma rede sem fio (wireless, redes de telefonias ou bluetooth), que podem ser utilizados em movimento (Saccol & Reinhard, 2007). Kalakota e Robinson (2002), afirmam que existem dispositivos móveis online ou off-line. O primeiro, online, ocorre quando se utiliza a conexão de uma rede sem fio, o que permite que se esteja conectado em tempo real à internet, e-mail, mensagens instantâneas, entre outros; o off-line, por sua vez, considerado quando utilizam-se apenas os programas do dispositivo.

Ainda segundo Kalakota e Robinson (2002), mobilidade está relacionada com portabilidade, ou seja, com a capacidade de se levar para qualquer lugar um dispositivo móvel. Vartianinen (2006), corrobora com tal afirmação, ao citar que mobilidade é a viabilidade de um indivíduo executar suas tarefas em movimento, sempre e quando utilizar TIMS. São considerados dispositivos móveis os laptops, tablets, smartphones, telefones celulares, PDA (Personal Digital Assistant), dentre outros.

Em um de seus estudos, Brans e Basole (2008) discorrem a respeito de aplicativos para escritório de campo, ou seja, aplicativos destinados aos profissionais móveis. Segundo os autores, os profissionais estão deixando de trabalhar na modalidade home office, para trabalhar field office, ou seja, hoje diversos profissionais trabalham em qualquer espaço.

Considerando que, dependendo da atividade exercida, os profissionais de hoje estão muitas vezes fora do seu escritório, um dos dispositivos que auxilia nessa rotina é o smartphone. Via de regra, esses dispositivos possibilitam a troca instantânea de mensagens, o acesso ao e-mail em tempo integral, o acesso a bases de dados da organização, dentre outras funcionalidades. Os dispositivos também oferecem ferramentas como agendas, contatos, listas de compromissos, calendário e outros (Kalakota & Robinson, 2002).

2.2. Organizações e as Tecnologias de Informação Móveis

O avanço das TIMS e o uso excessivo de dispositivos móveis pelos indivíduos despertou a necessidade de sua adoção no contexto organizacional, visando facilitar e agilizar a interação com colaboradores, clientes, fornecedores e acionistas, além de proporcionar maior agilidade em determinadas atividades, aumento de produtividade, eficiência, eficácia, controle de tarefas e vantagens financeiras (Machado & Freitas, 2009).

De acordo com Brans e Basole (2008), profissionais móveis ou usuários de TIMS são diversos, a exemplo de consultores, executivos, motoristas, engenheiros. Conforme os mesmos autores, a necessidade de vários trabalhadores usarem a tecnologia móvel é decorrente da atividade exercida. Profissionais de vendas, por exemplo, precisam ter acesso a dados como preço, estoque, contato e perfil do cliente; consultores precisam de informações de clientes e relatórios, dentre outros; já os profissionais de transporte precisam comunicar-se com a empresa sobre roteamento, inventário do transporte, e para obter e transmitir informações.

Marques e João (2003), em sua pesquisa sobre mobilidade e executivos, chegaram à conclusão de que quanto mais tempo os gestores passam fora da empresa, maior é a sua necessidade de informação por meio de dispositivos móveis. Brans e Basole (2008), por sua vez, reforçam que a informação é essencial para as tarefas. No caso de profissionais móveis, que precisam de informações imediatas a qualquer tempo e independente do lugar em que estejam, o uso de dispositivos móveis pode ser de grande utilidade.

Sorensen (2011) afirma que o uso de TIMS ajuda o usuário na criatividade em gerenciar os conflitos e interesses, porém essa criatividade pode ser limitada pela conexão

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à rede; ainda, assim como o uso de dispositivos móveis facilita a integração entre as pessoas, também pode limitá-la pelas normas da organização de tal maneira que ajuda no controle das tarefas do trabalho, mas provoca limitações em outros aspectos.

Nesse sentido, a adoção das TIMS pelas organizações e seu uso constante pelos profissionais pode trazer decorrências positivas e negativas (Quadro 1), tanto para a organização como para o colaborador (Manica & Saccol, 2009; Marques & João, 2003; Saccol & Reinhard, 2005; Sandi & Saccol, 2010; Tavares & Ferreira, 2008).

Quadro 1.

Efeitos positivos e negativos em relação ao uso da TIMS nas organizações

EFEITOS POSITIVOS EFEITOS NEGATIVOS

Flexibilidae em relaçao a tempo e espaço; Facilidade em se relacionar com clientes;

Melhoria na integração com unidades distantes geograficamente.

Melhoria na gestão de negócios com acesso ao Sistema de Informação móvel.

Aumento na produtividade com eficiência e eficácia.

Facilidade no acompanhamento das tarefas da organização em diferentes locais.

Acesso fácil a documentos, dados e atualizações. Maior aproveitamento do intervalos “tempos mortos”. Facilidade na atualização da agenda em tempo real.

Facilidade em encontratar pessoas a qualquer lugar e horário. Possibilidade de se trabalhar enquanto se está em movimento. Traz a liberdade aos seus usuários em relação ao trabalho. Traz benefícios ao usuário decorrente do avanço de

conhecimentos.

Ajuda na interação com as pessoas da própria organização. Melhor controle de recursos.

Acesso direto a decisores e stakeholders que são fundamentais para a tomada de decisão.

Custos baixos para a comunicação.

Menor utilização de papéis, porque os usuários não precisam entregar relatórios em papéis.

Satisfação dos usuários e da organização.

O uso pode causar desordem. Traz a dependência, vez que alguns

usuários, por exemplo, tem a necessidade de ver toda hora o e-mail.

Traz interrupções desnecessárias como, por exemplo, em reuniões. Aumento na demanda de respostas

rápidas.

Perda de privacidade. Isolamento, individualismo. Sobrecarga de dados.

Ineficiência de alguns usuários. Má qualidade na conexão.

Falta de segurança no próprio dispositivo.

Capacidade de armazenamento ruim. As utilidades de sistemas são

limitadas.

Aumento de controle das organizações sobre as pessoas.

Fonte: Elaborado com base em Manica e Saccol (2009), Saccol e Reinhard (2005), Gonçalves e Joia (2011), Tavares e Ferreira (2009), Marques e João (2003) e Sandi e Saccol (2010).

Para Kakihara e Sorensen (2001), as tecnologias de informação e comunicação alteraram a forma de se viver socialmente. De acordo com Cavazotte, Brollo e Moreno Junior (2009), o uso das tecnologias pode mudar o comportamento do indivíduo em relação à organização em sua atividade profissional, e também no que se refere ao relacionamento interpessoal. Tal afirmação é corroborada por Gonçalves e Joia (2011), ao apontarem a geração de paradoxos decorrentes do uso da tecnologia de informação móvel.

2.3. Paradoxos do uso de Tecnologias Móveis

Saccol e Reinhard (2005) afirmam que o uso de TIMS pode ocasionar diversas mudanças positivas e negativas, principalmente no trabalho, tais como na comunicação, controle, processo de decisão e podem provocar mudanças na interação social. Para Gonçalves e Joia (2011), no decorrer dos anos os indivíduos usufruíram das qualidades de onisciência, onipresença e onipotência por usarem a tecnologia móvel.

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Winner (1994, como citado em Mick & Fournier, 1998) afirma que a tecnologia cria a perspectiva de inteligência e eficácia, como também sensação de estupidez e incompetência. Mick e Fournier (1998) acrescentam que a tecnologia degrada o meio ambiente, burla a competência humana, considerando-se como uma tecnologia paradoxal. Jarvenpaa e Lang (2005), por sua vez, afirmam que as experiências dos usuários de tecnologia são ambíguas.

Para Orlikowski (2007), o ser humano e a tecnologia têm uma relação paradoxal, conflitante, assim sendo difícil a existência de um acordo entre os dois. Segundo Mick e Fournier (1998), a literatura sobre paradoxos é muito vasta, o seu termo já foi discutido há muito tempo, por filósofos como Zeno e Platão. Os mesmos autores, ao citarem Quine (1996), complementam que, de uma maneira lógica, o paradoxo é uma afirmação contraditória, embora bem fundamentada e válida.

Jarvenpaa e Lang (2005) referem-se a paradoxo como sendo um ato, comportamento ou característica contraditória e inconsistente. Autores como Gonçalves e Joia (2011) e Corso, Freitas e Behr (2012) definem paradoxo como a contradição que remete à oposição de duas ideias, na qual uma ideia é ao mesmo tempo falsa e verdadeira, dando a entender que o uso de um aparelho móvel é bom, mas também ruim. Portanto, segundo os autores citados, paradoxos estão associados a contradições.

Nas duas próximas seções aborda-se sobre os paradoxos propostos do uso de TIMS.

2.3.1. Paradoxos Tecnológicos Móveis de Jarvenpaa e Lang (2005)

Jarvenpaa e Lang (2005) realizaram uma pesquisa com 222 usuários de tecnologia móvel visando entender melhor sobre a ambiguidade desse tema, em função das diversas opiniões de autores que discutiam os paradoxos das tecnologias de informação. A partir das opiniões e experiências de usuários de TIMS foram identificados 23 paradoxos, porém com base em uma ampla revisão de literatura, esse número foi reduzido a oito paradoxos tecnológicos (Quadro 2), decorrentes das experiências do usuário e seu comportamento em relação ao uso de TIMS como telefones celulares, smartphones e PDA.

Quadro 2.

Paradoxos Tecnológicos Móveis sob a ótica de Jarvenpaa e Lang (2005)

Paradoxo Descrição

Empoderamento/ Liberdade X Escravidão

A tecnologia móvel facilita a autonomia na tomada de decisões, como também na realização de tarefas, negócios e outros; no entanto, pode provocar a falta de privacidade, por estar conectado o tempo todo.

Independência X Dependência

A tecnologia móvel concede a independência porque o usuário pode usar seu dispositivo em qualquer lugar e tempo; no entanto, pode provocar a dependência em razão de estar conectado a todo o momento com a organização ou com a família.

Satisfação X Criação de necessidades

A tecnologia móvel, quando adquirida, satisfaz a necessidade de estar com algo novo que ajude na realização de tarefas ou na interação com as pessoas, porém provoca o desejo de suprir novas necessidades como softwares mais avançados e novos aplicativos, dentre outros.

Competência X Incompetência

A tecnologia móvel traz o sentido de eficiência, inteligência e novas competências; no entanto, também pode provocar a sensação de ineficiência/ incompetência de não poder usar corretamente alguns aplicativos do próprio dispositivo.

Planejamento X Improvisação

A tecnologia móvel pode ser utilizada como uma ferramenta de planejamento de reuniões, tarefas, viagens, dentre outros; no entanto, pode provocar a improvisação, visto que as pessoas tendem a gastar menos tempo e esforço organizando suas tarefas por meio da agenda eletrônica.

Engajamento X

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Público X Privado As tecnologias móveis são consideradas como ferramentas pessoais para uma comunicação privada; no entanto, a sua utilização pode provocar a invasão do espaço das outras pessoas.

Ilusão X Desilusão A tecnologia móvel faz com que as pessoas criem expectitavas na hora da sua compra; no entanto, no decorrer da utilização percebem que o dispositivo não oferece os benefícios desejados.

Fonte: Elaborado com base em Jarvenpaa e Lang (2005)

2.3.2. Dualidades do uso do smartphone de Mazmanian, Orlikowski e Yates (2006)

Mazmanian, Orlikowski e Yates (2006) estudaram as implicações sociais do uso das TIMS, especificamente do smartphone, identificando três tipos de dualidades advindas do uso dessa tecnologia, conforme apresentado no Quadro 3.

Quadro 3.

Dualidades do smartphone, sob a ótica de Mazmanian, Orlikowski e Yates (2006)

Dualidade Descrição

Continuidade X Assincronicidade

O smartphone faz com se esteja continuamente conectado às informações, mas também o usuário pode simplesmente controlar sua disponibilidade, à medida que decide a quem irá responder a mensagem.

Autonomia X Vício

O smartphone faz com que seu uso traga autonomia e flexibilidade ao usuário, no entanto também pode viciá-lo à medida que o mantem ligado e constantemente atualizado.

* Engajamento X

Desengajamento O smartphone ajuda da interação com o mundo virtual, no entanto faz com que se afaste das pessoas que estão mais próximas. Fonte: Elaborado com base em Mazmanian, Orlikowski e Yates (2006).

* Paradoxo identificado também por Jarvenpaa e Lang (2006)

A pesquisa que embasou o estudo dos mencionados autores foi realizada em uma empresa de investimentos, por meio de entrevistas com 22 funcionários e seus cônjuges. Posteriormente, foi realizada uma segunda entrevista com 16 funcionários, de forma a complementar, para entender o comportamento dos mesmos funcionários em relação ao atendimento aos clientes por meio do smartphone, quando fora de seu local de trabalho.

Tanto os paradoxos tecnológicos de Jarvenpaa e Lang (2005) como os de Mazmanian, Orlikowski e Yates (2006), totalizando 10, foram usados como base para esta pesquisa. Na seção seguinte são abordados os aspectos metodológicos do deste trabalho.

3. Metodologia de Pesquisa

O presente estudo tem caráter descritivo, vez que busca identificar opiniões ou manifestações de certa amostra (Freitas, Oliveira, Saccol, & Moscorola, 2000), além de observar os fatos, registrá-los, analisá-los e classificá-los (Andrade, 2002, como citado em Beuren, 2003). Com vistas a responder à questão de pesquisa norteadora desse estudo, de sorte a identificar quais paradoxos do uso de tecnologias móveis são manifestados por profissionais usuários do smartphone, atendeu-se a sequência delineada na Figura 1.

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Fonte: Elaborado pelos autores.

Conforme Figura 1, inicialmente realizou-se uma vasta pesquisa bibliográfica de sorte a consolidar achados a respeito dos constructos que compõem essa pesquisa. Dos estudos realizados por Jarvenpaa e Lang (2005) e Mazmanian, Orlikowski e Yates (2006), resultaram os dez paradoxos do uso de TIMS, ou mais precisamente dos smartphones, dos quais 7 foram propostos por Jarvenpaa e Lang (2005), 2 propostos por Mazmanian et al. (2006), e 1 proposto por ambos.

Uma vez de posse dos dez paradoxos, procedeu-se à elaboração do instrumento de pesquisa, no caso um questionário composto por 20 questões fechadas, todas referentes aos dez paradoxos do uso de tecnologias móveis, e 2 questões abertas, pertinentes às vantagens e desvantagens da utilização de smartphones. A caracterização do respondente (nome, cargo e idade), bem como alguns dados a respeito da empresa (setor de atuação) e do smartphone (tempo de uso do aparelho, quem o forneceu e qual o seu modelo) também foram contempladas no mencionado instrumento de pesquisa, vez que cada respondente poderia ser considerado como uma unidade de análise. Conforme Pinsonneault e Kraemer (1993, como citado em Freitas et al., 2002:4), “a unidade de análise pode ser um indivíduo, nesse caso coincidindo com o respondente, mas também um grupo, um setor da organização ou a própria organização, entre outras”. O instrumento de pesquisa em questão foi elaborado com uso do software Sphinx Léxica.

Na sequência, realizou-se a pesquisa de campo em dois momentos: (i) aplicação do questionário, mediante um levantamento do tipo survey, vez que o interesse deste estudo envolveu a obtenção de descrições quantitativas da população analisada, por meio de um instrumento pré-definido (Freitas et al., 2000); e (ii) realização de entrevista com alguns respondentes.

A aplicação do questionário, primeiro momento da etapa denominada realização da pesquisa, se deu em uma Feira Internacional destinada ao setor logístico, de forma impressa, obtendo-se 40 questionários preenchidos. Os profissionais respondentes eram em sua maioria das áreas de Logística e de Tecnologia da Informação (TI), bem como deveriam utilizar smartphone tanto para a vida profissional como pessoal. Na busca por um maior número de respondentes, o questionário foi repassado a outros profissionais por meio de um link na internet, com auxílio do software Sphinx para coleta e análise de dados.

Nesse sentido, em relação à escolha e ao tamanho da amostra, Hair et al. (2009) afirmam que não há critério único para ditar o tamanho da amostra, devendo-se utilizar quatro a cinco respondentes por questão, excetuando-se as demográficas. Tal relação se fez presente na amostra da presente pesquisa, onde 22 questões, excluindo-se a identificação dos respondentes (nome, cargo e idade), bem como alguns dados a respeito da atuação profissional (setor de atuação) e outros. Portanto, o tamanho da amostra, segundo Hair et al. (2009), deveria variar entre 88 e 110 respondentes; na presente pesquisa tal quesito foi preenchido, pois o questionário contou com 92 respondentes.

Na sequência, procedeu-se ao segundo momento da coleta de dados, na qual foram entrevistados seis profissionais, sendo três de Logística e três de TI, os quais responderam o questionário aplicado no evento. As entrevistas basearam-se nas mesmas perguntas constantes do questionário, porém agora de forma aberta, ou seja, os entrevistados respondiam às questões sem qualquer limitação, podendo explanar com maior clareza suas opiniões. Segundo Marconi e Lakatos (2010), a entrevista semiestruturada permite ao entrevistador seguir um roteiro previamente estabelecido, tendo, porém, o entrevistador a liberdade de desenvolver cada situação em qualquer direção, essa flexibilidade permite ao entrevistado esclarecer perguntas de forma a garantir a sua compreensão. Cinco entrevistas

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foram realizadas a distância, com a utilização de Skype, e apenas uma entrevista ocorreu de forma presencial. Todas as entrevistas foram gravadas, transcritas e finalmente analisadas para identificar os paradoxos.

Uma vez de posse de todos os questionários respondidos e de todas as entrevistas realizadas, procedeu-se à tabulação e análise dos dados por meio do módulo estatístico do software Sphinx Léxica. Os dados coletados por meio dos questionários foram analisados utilizando-se de estatística descritiva, com cálculos de frequência, média e desvio-padrão, para identificação dos paradoxos manifestados pelos respondentes. Foram identificados 92 questionários válidos, ou seja, que foram respondidos em sua totalidade; os respondentes eram em sua maioria do sexo masculino (64), empresários e executivos (gerente, coordenador, diretor). Da amostra total, 40 eram profissionais de Logística e 33 de TI, além de 19 respondentes de outras áreas (profissionais da área financeira, assistentes, etc).

Os dados obtidos por meio das entrevistas foram objeto de análise de conteúdo que, segundo Martins e Theóphilo (2009: 99), “busca a essência de um texto nos detalhes das informações, dados e evidências disponíveis. Não trabalha somente com o texto per se, mas também com detalhes do contexto”. Esta foi realizada atendendo a três etapas: (i) pré-análise; (ii) descrição analítica; e (iii) interpretação inferencial.

Por fim, procedeu-se à análise dos resultados e, na sequência, à apresentação das conclusões e das considerações finais do estudo, inclusive enumerando suas contribuições para a academia e para a prática, bem como as limitações desse trabalho.

Na próxima seção são apresentados os resultados obtidos com o presente estudo.

4. Análise dos Resultados

A presente seção busca apresentar os resultados com maior profundidade de análise, de sorte a identificar quais paradoxos do uso de TIMS são manifestados por profissionais usuários de smartphone.

4.1. Paradoxos Identificados nos Profissionais de Logística, TI e Outros

A análise dos dados permitiu verificar a manifestação dos 10 paradoxos do estudo, evidenciando-se que na área de Logística a totalidade dos paradoxos estava presente, ao passo que na área de TI apenas 9 foram encontrados; nas demais áreas foram também manifestadas as 10 dualidades. Esse resultado implica em considerar que existem os paradoxos, porém em proporções distintas.

O setor de Logística contou com 40 respondentes, os quais apresentam os paradoxos identificados na Tabela 1. Os paradoxos apresentados em negrito foram manifestados por mais da metade dos respondentes.

Tabela 1: Paradoxos encontrados entre os 40 profissionais de logística

Paradoxos Frequência Percentual Continuidade x Assincronicidade 29 72,5% Empoderamento/Liberdade x Escravidão 28 70%

Planejamento x Improvisação 26 65%

Autonomia x Vício 25 62,5%

Satisfação x Criação de Necessidade 18 45%

Dependência x Independência 16 40%

Engajamento x Desengajamento 15 37,5%

Público x Privado 13 32,5%

Ilusão x Desilusão 11 27,5%

Competência x Incompetência 8 20%

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Por meio da análise da Tabela 1 é possível verificar a manifestação dos 10 paradoxos. O paradoxo com maior frequência de manifestações, em 29 profissionais, é o de continuidade x assincronicidade. Algumas possíveis explicações para a existência desse paradoxo é o fato de se tratarem de profissionais que estão conectados 24 horas, em razão da responsabilidade de ver o pedido chegar ao seu destino, o rastreando, ou até mesmo por causa do fuso horário, ou porque algumas pessoas trabalham em multinacionais. O mesmo pode-se encontrar na literatura, que afirma que profissionais da área de logística têm uma responsabilidade muito grande em relação à entrega de produtos, verificação da mercadoria, rastreamento e outros, o seu gerenciamento vai até a entrega ao cliente (Kalakota & Robinson, 2002). Pode-se considerar também que os mesmos usuários podem assincronizar sua conectividade, impedindo o fluxo de informações, como os oriundos de e-mails.

Em relação à dualidade empoderamento/liberdade x escravidão, apresentada por

28 profissionais, nota-se que o uso do smartphone possibilita que os mesmos profissionais sintam-se livres, por realizarem suas tarefas de maneira independente; porém, por vezes também acabam se sentindo escravos dessa tecnologia, por terem necessidade ou obrigação de estarem conectados o tempo inteiro. Quanto aos demais paradoxos, apenas o

planejamento x improvisação e a autonomia x vício, manifestaram-se em mais de 20

profissionais.

No que pertine aos 33 profissionais de TI, a análise dos resultados permitiu verificar a manifestação de nove paradoxos, conforme apresentado na Tabela 2.

Tabela 2: Paradoxos encontrados entre os 33 profissionais de Tecnologia da Informação

Paradoxos Frequência Percentual Continuidade x Assincronicidade 22 66,7% Autonomia x Vício 14 42,4% Empoderamento/Liberdade x Escravidão 13 39,4% Planejamento x Improvisação 12 36,7% Ilusão x Desilusão 11 33,3% Engajamento x Desengajamento 10 30,3% Público x Privado 9 27,3%

Satisfação x Criação de Necessidade 7 21,2%

Dependência x Independência 7 21,2%

Competência x Incompetência 0 0%

Fonte: Elaborado pelos autores.

Assim como para os profissionais de logística, o paradoxo manifestado com maior intensidade foi o de continuidade x assincronicidade. Uma possível explicação é o fato de serem profissionais que já trabalham com tecnologia e via de regra, permanecem conectados o tempo todo. No entanto, é importante salientar que os mesmos podem decidir o fluxo de informação a que desejam ter acesso e a quem desejam estar disponíveis, assim caracterizando a assincronicidade. A Tabela 2 também mostra que o paradoxo

competência x incompetência não foi manifestado, dando a entender que esses

profissionais não vêm o smartphone como um dispositivo que lhe proporcione competência, nem incompetência.

A Tabela 3, por sua vez, apresenta os paradoxos dos profissionais de outras áreas, que totalizaram 19 respondentes. Mediante a análise da tabela, verifica-se que o paradoxo

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profissionais de TI e de logística onde aparecia em primeiro. Tal resultado pode ser decorrente do fato de que a maioria desses profissionais pertence a áreas que não atuam diretamente com logística ou com TI, as quais são áreas que necessitam de constante acesso às informações e às pessoas em razão de sua própria atividade. Em primeiro e segundo lugar, esses profissionais apresentam duas outras dualidades manifestadas com igual frequência: empoderamento/liberdade x escravidão e planejamento x

improvisação. Dos 19 respondentes, 13 manifestaram tais paradoxos. Tabela 3: Paradoxos encontrados nos profissionais de outras áreas

Paradoxos Frequência Percentual

Empoderamento/Liberdade x Escravidão 13 68,4%

Planejamento x Improvisação 13 68,4%

Autonomia x Vício 12 63,7%

Continuidade x Assincronicidade 11 57,7%

Engajamento x Desengajamento 9 47,4%

Satisfação x Criação de Necessidade 8 42,1%

Público x Privado 8 42,1%

Dependência x Independência 7 36,9%

Ilusão x Desilusão 5 26,3%

Competência x Incompetência 2 10,5%

Fonte: Elaborado pelos autores.

Consolidando os resultados obtidos em relação à identificação dos paradoxos nos profissionais de logística, TI e outros, a Tabela 4 apresenta o total dos paradoxos encontrados e sua frequência entre tais dualidades, com base na amostra de 92 respondentes.

Tabela 4: Total de Paradoxos encontrados nos profissionais de várias áreas

Paradoxos Total Frequência Logística Fr TI Fr Outros Fr Continuidade x Assincronicidade 67,4% 62 72,5% 29 66,7% 22 57,9% 11 Empoderamento/Liberdade x Escravidão 58,7% 54 70% 28 39,4% 13 68,5% 13 Autonomia x Vício 55,4% 51 62,5% 25 42,4% 14 63,7% 12 Planejamento x Improvisação 55,4% 51 65% 26 36,4% 12 68,4% 13 Engajamento x Desengajamento 37% 34 37,5% 15 30,3% 10 47,6% 9 Satisfação x Criação de Necessidade 35,9% 33 45% 18 21,2% 7 42,1% 8 Público x Privado 32,6% 30 32,5% 13 27,3% 9 42,1% 8 Dependência x Independência 32,6% 30 40% 16 21,2% 7 36,8% 7 Ilusão x Desilusão 29,4% 27 27,5% 11 33,3% 11 26,3% 5 Competência x Incompetência 10,9% 10 20% 8 0% 0 10,5% 2 Fonte: Elaborado pelos autores.

O paradoxo que apresenta maior relevância nesse estudo é o de continuidade x

assincronicidade, haja vista a frequência de 62 respondentes, o que demonstra que as

pessoas estão continuamente conectadas às informações. O segundo paradoxo identificado,

empoderamento/liberdade x escravidão, demonstra que as pessoas estão muito ligadas

ao smartphone tanto para sua vida profissional como pessoal; o aparelho permite a esses profissionais estarem em qualquer lugar e realizem suas tarefas em qualquer ambiente, podendo sempre ser encontrados, o que não os impedem de sentirem-se escravos dessa

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tecnologia. Na sequência, em terceiro e quarto lugar, aparecem os paradoxos autonomia x

vício e planejamento x improvisação, com uma frequência de 51 respondentes. Em

contrapartida, chama atenção a baixa frequência do paradoxo competência x

incompetência, com 10 respondentes, dando a entender que o smartphone não traz a

sensação de competência e nem de incompetência.

Tal resultado configura que, independente do grupo ao qual pertença o profissional, essas dualidades são manifestadas com maior frequência. Portanto, quatro ambiguidades são mais frequentes no comportamento de mais da metade dos profissionais que constituíram a amostra deste estudo.

Considerando-se a faixa etária dos respondentes, verifica-se que 78,26% deles possuíam entre 18 e 42 anos, 15,22% mais de 43 anos e 6,52% não informaram sua idade. A Tabela 5 apresenta a manifestação dos paradoxos de acordo com a idade dos respondentes.

Tabela 5: Manifestação dos paradoxos por faixa etária dos respondentes

Idade Emp odera me nto / Liberda de X Es cr av idã o Aut ono mia X Vício Eng aj amento X Deseng aj amento Co mp et ência X Inco mp et ência Púb lico X Priv ado Co ntinuid ade X Ass incro nicid ade Dependê ncia X Ind epe nd ência Ilus ão X Desil us ão Pla nej amento X Imp ro vis açã o Sa tis fa çã o X Cria çã o de Nec ess ida de 18 a 22 anos 73,3% 66,7% 40% 6,7% 46,7% 80% 40% 26,7% 66,7% 40% 23 a 27 anos 80% 80% 46,7% 0% 26,7% 93,3% 40% 40% 86,7% 60% 28 a 32 anos 33,3% 40% 33,3% 6,7% 26,7% 40% 13,3% 20% 20% 13,3% 33 a 37 anos 46,7% 66,7% 46,7% 13,3% 33,3% 46,7% 40% 40% 73,3% 26,7% 38 a 42 anos 46,7% 20% 20% 6,7% 20% 66,7% 13,3% 20% 26,7% 20% 43 a 47 anos 33,3% 26,7% 6,7% 13,3% 20% 40% 13,3% 6,7% 33,3% 6,7% 48 a 52 anos 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 0% 13,3% 6,7% 6,7% 0% 13,3% 53 anos ou mais 0% 6,7% 13,3% 6,7% 6,7% 0% 13,3% 0% 6,7% 6,7% Não informada 40% 26,7% 13,3% 6,7% 20% 33,3% 20% 20% 26,7% 33,3%

Fonte: Elaborado pelos autores.

Nota: assinaladas na cor azul estão os paradoxos de maior representatividade; na cor verde os segundos paradoxos mais eminentes e na cor vermelha os paradoxos que não se manifestaram naquela faixa etária.

Ao analisar a manifestação dos paradoxos segundo a faixa etária dos respondentes, verifica-se que os 15 respondentes com faixa etária entre 18 e 22 anos apresentaram com maior frequência os paradoxos continuidade x assincronicidade (80%) e

empoderamento/liberdade x escravidão (73,3%). Por sua vez, os 19 profissionais com

idade entre 23 e 27 anos, apresentaram os paradoxos continuidade x assincronicidade (93,3%) e planejamento x improvisação (86,7%) como os de maior intensidade. No que pertine aos 11 respondentes com faixa etária entre 28 e 32 anos, os paradoxos de maior intensidade são: autonomia x vício e continuidade x assincronicidade, ambos com 40% cada, e empoderamento/liberdade x escravidão e engajamento x desengajamento, com

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33,3% cada. Entre os respondentes de 33 a 37 anos (14), o paradoxo de maior representatividade foi o de planejamento x improvisação (73,3%), seguido da dualidade

autonomia x vício (66,7%). Entre 38 e 42 anos (13), a continuidade x assincronicidade,

com 66,7%, e o empoderamento/liberdade x escravidão, com 46,7%, foram os mais representativos. Os 8 respondentes de 43 a 47 anos, por sua vez, manifestaram o paradoxo

continuidade x assincronicidade (40%), seguido do empoderamento/liberdade x escravidão e do planejamento x improvisação, ambos com 33,3% cada. Na faixa etária

de 48 a 52 anos (4), a continuidade x assincronicidade e a satisfação x criação de

necessidade foram os paradoxos mais representativos, com 13,3% cada, diferentemente

dos 2 profissionais com idade igual ou superior a 53 anos, para os quais os paradoxos

engajamento x desengajamento e dependência x independência apresentam 13,3%

cada. Dos 6 respondentes que não identificaram sua idade, destacam-se os paradoxos

empoderamento/liberdade x escravidão (40%) e continuidade x assincronicidade e satisfação x criação de necessidade, com 33,3% cada. Por fim, verificou-se que a

dualidade competência x incompetência não se manifestou na faixa etária de 23 a 27 anos, ao passo que em respondentes de 53 anos ou mais, inexiste manifestação dos paradoxos empoderamento/liberdade x escravidão, continuidade x assincronicidade e

ilusão x desilusão.

A princípio, os resultados obtidos levam a um entendimento de que os paradoxos tendem a apresentar-se em diferentes proporções a depender da faixa etária a que pertença cada indivíduo; quanto menor a faixa etária do profissional maior a manifestação dos paradoxos do uso de smartphones. Uma possível explicação para tal fato, diz respeito à geração a que pertencem tais profissionais, vez que estes, desde a tenra idade, possuem acesso a novas tecnologias, inclusive aos dispositivos móveis.

Os paradoxos manifestados por meio da análise do questionário são corroborados pelas seis entrevistas. O Quadro 4 apresenta afirmativas expressas pelos entrevistados que remetem aos paradoxos estudados na presente pesquisa e permite identificar a existência de oito paradoxos em relação aos profissionais da área de TI e Logística que foram entrevistados.

Quadro 4.

Trechos de entrevistas que corroboram os paradoxos

Paradoxo

identificado Entrevistado Frase que confirma a dualidade

Continuidade E5 “É uma rede privada virtual (VPN)... eu venho aqui neste aplicativo, digito o meu e-mail da empresa, meu login e senha, e com isso eu consigo acessar uma VPN lá na empresa...”

Assincronicidade E5 “Eu decido, por exemplo, pro meu dia a dia... consigo selecionar a quem eu quero atender.”

Empoderamento / Liberdade

E1 “Eu me comunico sem restrição... Então eu posso usar o smartphone pra me comunicar do jeito que eu quiser.”

E5 “...hoje tive que ir a um compromisso particular, mas como a empresa me deu esse celular, eu consegui responder ao e-mail da empresa, vi o facebook... e outras coisas.”

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E5

“... é bom poder acessar o www do mundo inteiro, na sua mão é maravilhoso, então eu acho que por criar essas necessidades desnecessárias... eu acho que a gente virou escravo sim, então eu me sinto escravo, eu confesso que sou escravo da tecnologia.”

Autonomia E2 “No meu caso isso é flexibilidade, o cara da transportadora pode me enviar um e-mail, posso responder na hora... Então isso é muito legal... podemos tratar como autonomia.”

Vício E2 “... toda hora que dou uma pausa eu dou uma checagem.”

Planejamento E3 “Eu tenho minha agenda da empresa, por exemplo, eu posso, eu consigo sincronizar com a agenda do meu celular.” Improvisação E3

“Quando você ganha uma facilidade para cuidar do seu dia a dia, para organizar as suas tarefas, às vezes a gente percebe que se consegue ganhar tempo... aí você fala assim, estou ocupado (...) e aí você olha e tem tempo sobrando.”

Engajamento E3 “... realmente ele facilita muito, no sentido que eu consigo me contatar com pessoas que eu não conseguiria antes,... pessoas que estão mais distantes... um contato mais próximo ...”

Desengajamento E3 “percebo que o smartphone traz um afastamento das pessoas, um afastamento mesmo... você se afasta das pessoas que estão próximas.”

Satisfação E3 “No quesito profissional, eu consigo o tempo de resposta muito reduzido, dependendo do tipo de problema que eu tenho que resolver... isso acaba satisfazendo muito a minha necessidade.”

Criação de

Necessidade E3 “Então, às vezes você vê uma coisa no mercado, se ela for compatível com uma necessidade que eu tenho, eu posso ir atrás.”

Independência E6 “... mesmo ao lazer ou ao trabalho, você tem a ferramenta mais poderosa que existe hoje que é a internet, então isso te dá uma independência muito grande.”

Dependência E6 “Mas quando você lida com áreas internacionais, você continua conectado,... existe outra característica no internacional quanto aos fusos horários, então essa dependência eu já senti.”

Ilusão E5

“...quer ver um exemplo: o whatsapp... a gente tinha o telefone de um milhão de pessoas lá da empresa... eu peguei exportei a lista do pessoal para o whatsapp, agora eu consigo falar com o pessoal da empresa...”

Desilusão

E5

“Eu já tive 2 Iphones, os dois eram iguais, decidi comprar um diferente para experimentar, eu fiz as pesquisas e vi que o Samsung era melhor... comprei o Samsung S3 detestei... não gostei do Android, ruim, não atendia as minhas necessidades, o que eu queria.”

E5

“Para o uso corporativo... o BlackBerry eu achava até melhor, por causa do seguinte: algumas deficiências que o Iphone tem... por exemplo, no BlackBerry, várias vezes eu remarcava um reunião de forma rápida, no Iphone eu não descobri ainda...”

Fonte: Elaborado pelos autores.

Ao analisar os resultados demonstrados por meio do Quadro 4, é possível afirmar que quando o usuário compra um smartphone ou quando a organização o fornece, o indivíduo tem ilusões acerca dos possíveis benefícios que o smartphone pode proporcionar, tal como maior acesso às informações. Nesse sentido, verifica-se que o dispositivo móvel

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acaba satisfazendo a necessidade de interação com o mundo, além de propiciar a sensação de independência, liberdade e autonomia quando está fora da empresa.

No entanto, é necessário salientar que fatores negativos também surgem, pois quando o indivíduo começa a utilizar o smartphone acaba percebendo que existem características que não lhe agradam, lhe trazendo a sensação de desilusão, conforme apontado por Jarvenpaa e Lang (2005). Da mesma forma, pode-se inferir que o uso excessivo do smartphone gera dependência e desatenção. Esses aspectos evidenciam que o uso do smartphone proporciona mudanças para o comportamento tanto na vida profissional como pessoal, o que vai de encontro ao afirmado por Saccol e Reinhard (2005) em relação às mudanças propiciadas pelo uso de tecnologias móveis.

4.2. Fornecimento do Smartphone pela Organização ou sua Compra pelos Usuários

Na Tabela 6 é possível analisar quais as sensações percebidas pelos usuários do aparelho, quando foram comprados pelos próprios respondentes e quando as organizações lhes concederam os dispositivos móveis.

Tabela 6: Paradoxos segundo fornecimento do smartphone pela organização ou sua compra pelos usuários

Fonte: Elaborado pelos autores.

Com base nas informações constantes na Tabela 6, verifica-se que os profissionais que receberam o smartphone da organização, apresentam alguns paradoxos com média um pouco mais elevada, células em amarelo, do que aqueles que não receberam o dispositivo da organização. Um deles é o paradoxo empoderamento/liberdade x escravidão, vez que tais profissionais estão sempre com o aparelho, principalmente quando a organização os fornece. Da mesma forma, tais profissionais sentem-se competentes e incompetentes em razão do dispositivo móvel lhes ajudar a realizar suas tarefas trazendo-lhes eficiência, ao mesmo tempo em que não lhes possibilita a utilização de alguns aplicativos que podem ajudar na realização de suas atividades. Outro paradoxo identificado é o de planejamento

x improvisação, vez que tendem a planejar suas tarefas; porém, em algumas ocasiões

improvisam tais tarefas. Em relação ao paradoxo ilusão x desilusão, os respondentes alegaram sentir-se iludidos em relação ao que o smartphone pode proporcionar e

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desiludidos quando percebem o que de fato tal dispositivo móvel proporciona. A

autonomia e o vício também são percebidos: podem tomar decisões quando fora da

empresa, devido ao acesso às informações organizacionais por meio dos dispositivos móveis, ao mesmo tempo em que estão continuamente atualizando informações mesmo fora do expediente. Também é possível inferir que esses profissionais, mesmo sentindo-se

independentes em razão do uso de smartphone, se tornam dependentes do dispositivo

móvel em razão dessa própria independência, vez que o acesso às informações é realizado por meio do mesmo dispositivo.

Em contrapartida, no caso de profissionais que adquiriram seu smartphone, é possível inferir que apresentam uma tendência maior à criação de necessidades em relação ao aparelho, vez que procuram smartphones mais sofisticados e apresentam maior interação com as pessoas. Tal atitude permite entender que o smartphone lhes ajuda na comunicação com família, colegas e outros, proporcionando checar os e-mails ou ligações com maior frequência, lhes gerando satisfação quanto ao uso. No mais, geralmente são profissionais que conversam muito em lugares públicos, invadindo a privacidade dos demais.

4.3. Vantagens e Desvantagens do Smartphone segundo os usuários

Com base nas respostas às questões abertas constantes do questionário aplicado, elaborou-se o Quadro 5, que mostra que, segundo os profissionais que utilizam o smartphone tanto na sua vida pessoal como profissional, o dispositivo móvel apresenta vantagens e desvantagens.

Quadro 5.

Vantagens e Desvantagens do smartphone.

Vantagens Desvantagens

Conectividade, informação, tempo, lugar,

gerenciar as atividades, interação, aplicativos, agilidade, comunicação, tecnologia, mobilidade, acesso aos e-mails, comodidade, apoio na hora de tomar decisões, independência, confiança, disponibilidade e praticidade.

Conectividade, banda larga, desatenção, invasão de

privacidade, preço, relacionamento interpessoal,

aplicativos, entrada de dados lento, escravidão, teclado,

ruim para telefonar, bateria, vício, desconforto e dependência.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Pode-se observar que duas palavras apresentam-se tanto na coluna de vantagens como na coluna de desvantagens: (i) conectividade – vantajosa para a interação e informação, mas ao mesmo tempo pode atrapalhar em motivo da desatenção; e (ii) aplicativos – podem auxiliar na obtenção ou manuseio das informações, ao mesmo tempo em que podem limitar tais ações. Algumas evidências extraídas das entrevistas e que corroboram com tais resultados, são apresentadas no Quadro 6.

Quadro 6.

Vantagens e Desvantagens do smartphone segundo os próprios entrevistados

Entrevistad

o Afirmações

Vantagens E2 “Acesso às informações, acesso às pessoas que não estão ao alcance da

gente, que estão em localidades distantes, viabilizado por esses aplicativos que te falei... como mapa.”

E5 “... mobilidade, praticidade, qualidade, integração.”

E3 “Mobilidade, estar conectado em rede, você ter acesso a qualquer tipo de

informação, acho que o principal é possibilitar que você esteja conectado ao mundo, onde quer que você esteja.”

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E4 “Acesso à informação, informação da empresa ou pessoal; eu uso muito

para e-mail, agenda e localizador.”

Desvantagens E4 “Preço, muito caro; só vejo o preço mesmo.”

E5 “Escravidão, você fica preso a ele... você acorda, olha o celular... ele é uma

ferramenta que pode... te atrapalhar. Te tira um pouco à liberdade.”

E3 “... alguns modelos não têm capacidade de bateria.” Fonte: Elaborado pelos autores.

Portanto, por meio da análise do Quadro 6, nota-se que alguns profissionais sabem das implicações que o uso da tecnologia gera e também quais são as suas vantagens como aparelho. Quando foram coletadas as informações no questionário, a maioria dos profissionais não encontravam desvantagens do smartphone.

5. Considerações Finais

O presente artigo objetivou identificar quais paradoxos do uso de tecnologias móveis são manifestados por profissionais usuários de smartphone. Para tanto, por meio da revisão de literatura chegou-se a 10 paradoxos, dos quais 7 foram propostos por Jarvenpaa e Lang (2005), 2 por Mazmanian et al. (2006) e 1 por ambos. Mediante questionário aplicado a 92 profissionais, constatou-se a manifestação dos dez paradoxos, sendo que a

continuidade x assincronicidade, empoderamento/liberdade x escravidão, autonomia x vício e planejamento x improvisação, foram os mais representativos, vez que se

manifestaram em mais de 50% dos respondentes com, respectivamente, 62, 54, 51 e 51 respostas.

Analisando os resultados pertinentes a esses quatro paradoxos, depreende-se que existem características positivas e negativas no uso do smartphone. As positivas se referem ao fato que a utilização do smartphone faz com que os profissionais estejam continuamente conectados, permitido um fluxo grande das informações, a qualquer tempo e espaço, e condições que permitam tomar decisões estando fora no local de trabalho; os seus aplicativos como agendas, calendário, também colaboram bastante na organização das tarefas, compromissos sociais e outros.

Em 6 dos 92 respondentes da pesquisa, os quais foram também entrevistados, apenas 8 dos 10 paradoxos foram identificados, corroborando os resultados encontrados na análise dos questionários: continuidade x assincronicidade, empoderamento/liberdade

x escravidão, autonomia x vício, planejamento x improvisação, engajamento x desengajamento, ilusão x desilusão, dependência x independência e satisfação x criação de necessidade.

A análise dos resultados permitiu verificar que os aspectos negativos associados ao uso de smartphones são identificados considerando fatos como: o usuário tem o poder de decidir a sua disponibilidade, respondendo ou não um e-mail de imediato, o que muitas vezes atrapalha o fluxo de informação da empresa ou até mesmo da vida pessoal. Estar sempre conectado faz com que o indivíduo se comporte como escravo, pois não pode se desprender da tecnologia, se tornando viciado em razão da necessidade de estar sempre verificando seus e-mails e atualizando suas redes sociais, ocasionando, inclusive, distração na realização de suas tarefas. Da mesma forma, o usuário do smartphone organiza e planeja suas tarefas, porém tal dispositivo móvel também permite a improvisação quando há algum fato que o leve a esse tipo de ação.

Analisando sob a ótica das funcionalidades proporcionadas pelo uso do smartphone pode-se concluir que o fato de possuir um aparelho com vários aplicativos e funcionalidades, possibilita maior interação com as pessoas, tanto do trabalho como da vida pessoal, aproximando aqueles que estão distantes. O aparelho gera satisfação e

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atendimento aos desejos dos indivíduos sob esse ponto de vista, ajudando em sua independência. Concomitante, o smartphone proporciona um maior isolamento às pessoas, ou seja, elas acabam não mantendo contato físico com outas pessoas, interagindo por meio de aplicativos como os de mensagem instantânea, ao invés de face to face.

Considerando o setor de atuação dos respondentes da pesquisa, verifica-se que o paradoxo continuidade x assincronicidade é o mais frequente entre os profissionais de logística e de TI, ao passo que nos demais as dualidades empoderamento/liberdade x

escravidão e planejamento x improvisação possuem maior frequência. No que pertine à

faixa etária dos respondentes, o paradoxo continuidade x assincronicidade possui presença garantida entre os profissionais de 18 a 32 anos e de 38 a 52 anos, ao passo que nos profissionais de 33 a 37 anos a dualidade planejamento x improvisação é representativa. Em profissionais com 53 anos ou mais, há uma maior manifestação dos paradoxos engajamento x desengajamento e dependência x independência.

Empoderamento/liberdade x escravidão está presente em 40% dos respondentes que não

identificaram sua faixa de idade.

No que tange aos profissionais cujo dispositivo móvel foi adquirido com recursos próprios, os paradoxos satisfação x criação de necessidade, engajamento x

desengajamento, público x privado e continuidade x assincronicidade apresentaram-se

com frequência, diferentemente do que ocorrem com os profissionais que receberam seu aparelho da organização para a qual trabalham.

Por fim, a conectividade e aos aplicativos oferecidos constituem tanto vantagens como desvantagens do uso de dispositivos móveis na opinião dos respondentes e entrevistados, o que contribui para a existência de paradoxos associados ao uso destes aparelhos.

A presente pesquisa contribui, em termos teóricos, para a formação de conhecimento sobre o tema dos paradoxos no uso de tecnologias móveis e a sua influência no comportamento pessoal e profissional do usuário. Em termos de prática organizacional, fornece informações para dar subsídios às organizações que querem adotar a tecnologia móvel, tendo aqui uma noção das decorrências que essas tecnologias podem causar no ambiente profissional.

Constituem limitações desse estudo: não é possível generalizar os resultados, no sentido de que os paradoxos existem em todos os profissionais da área de Logística e de TI, tampouco de outras áreas, em razão de ser uma amostra pequena, de apenas 92 respondentes. Como sugestão para pesquisas futuras, pode-se aumentar o universo da amostra, procurar pesquisar outros profissionais e investigar melhor o paradoxo de

competência x incompetência, por apresentar menor resultado neste estudo. Referências Bibliográficas

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