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O surgimento das vilas e cidades na américa portuguesa: as da criação das vilas na capitania mineira.

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Academic year: 2018

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(1)

o

dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

s u r g i m e n t o d a s v i f a s e c i d a d e s n a

A m é r i c a p o r t u g u e s a : a s p a r t i c u l a r i d a d e s

d a c r i a ç ã o d a s v i l a s n a c a p i t a n i a m i n e i r a

Marilda Santana da Silva Universidade Federal do Ceará

RESUMO

I~ste artigo pretende investigar o projeto de colonização portuguesa na América com a criação das vilas e cidades coloniais. Busca-se, mais especificamente, compreender o surgirncnro das vilas na Capitania das Minas Gerais, 'luc passou por um grande processo de urbanização no século XVlJI, devido àprodução aurífera.

PAL\. \'RAS-CHAVE

América Portuguesa, Cidades e Vilas Coloniais, Capitania Mineira

ABSTRACT

This paper investigare the project of colonization of thc Portugucsc America with the consrruction of coloniais villas and cities. Aims specifically, to undcrstand the origin of thc villas on Minas Gerais Captaincy, what underwcnt a great urbanization process into the 18th century, due on thc gold production.

KEYWORDS

Portuguese America, colonials villas and cities, Minas Gerais Captaincy,

DIVERGÊNCIAS CONCEITUAIS SOBRE ,\ CRIAÇÃO DAS VILAS E CIDADES NA AMÉRICA PORTUGUESA

A construção dos núcleos urbanos na América Portuguesa, embora não tenha sido a preocupação inicial, em função do caráter do projeto de

colonização portuguesa, que não previa o povoamento e sim a exploração

(2)

ur-banização que atendessem às exigências específicas de cada localidade

A

I .As

câmaras municipais passaram a ser instituições responsáveis pela efetivação

da colonização, não só na América portuguesa, mas do Império colonial

português, estabelecendo a ordem e o gerenciamento das vilas e cidades.

Na colonização do continente asiático, os portugueses

implementa-ram uma política de urbanismo agressiva, premida pela necessidade de criar

centros urbanos que viabilizassem o imediato domínio do território. Assim, urgia"

dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

c a m i n h a r m a is d e p r e s s a e d a r m o n u m e n t a l i d a d e a o s e d i f í c i o J p ú b l i c o s , á s i g r f l j a s e

a o s c o n v e n to s " , uma vez que a grandiosidade das construções e o esplendor das

cidades reais eram reflexo e símbolo da sabedoria e do poder do povo". Sérgio Buarque de Holanda considera que não era preciso ir tão longe na geografia para perceber que, em nosso próprio continente, a colonização

espanhola caracterizou-se pela aplicação insistente em assegurar o

predomí-nio militar, econômico e político da metrópole, sobre as terras conquistadas,

mediante a criação de núcleos de povoações estáveis e bem ordenados. Os

espanhóis erigiram as suas cidades, na América, com zelo minucioso: os

agru-pamentos eram ordenados em traços retilineos, sendo que as construções das

cidades começavam sempre pela praça maior. O historiador afirma, entretanto,

que a colonização portuguesa, na América, fora marca da pelo improviso e l o u

imediatismo. Para Sérgio Buarque, nas vilas e cidades da América portuguesa, não havia uma política urbanística muito bem definida, sendo marca da pelo caráter espontâneo, irregular e sem planejamento'.

Nestor Goulart Reis, por ora, contrariando o pressuposto

defen-dido de Sérgio Buarque de Holanda, diz que, na América portuguesa, a

política urbanística foi principiada com a fundação das cidades de Salvador,

em 1549, Olinda, Recife, Rio de Janeiro, São Luís e muitas outras vilas

e cidades do Brasil colonial. Há que se lembrar de que os planos e atos

normativos ins titucionalizadores das aglomerações urbanas, denominadas

cidades e vilas, eram os mesmos. O interesse central da Metrópole, ao se

tentar implementar uma política urbanizadora no Brasil, " c o n s is tia n a defesa

d e s e « s o b je tiu o s e n q u a n t o a g e n t e p r i n c i p a l d o p r o c e s s o d e m l o n i z a f i i o ~ "

No entanto, se o ritual de fundação das cidades e vilas seguiu

proje-tos pre-determinados pela Coroa portuguesa dependendo de ações oficiais,

estas não foram capazes de responder aos processos evolutivos posteriores

que, desconectados do plano inicial, construíram tortuosas trilhas até

me-ados do século XVII. Mas, na segunda metade do século, a necessidade de

, II11d i ,I(,ao ec nômica e política despertara, na Coroa portuguesa, o senso

,I" 'i r l / l t / 'f i / / ' d i r e t o d a v i d a c o l o n i a l e , c o m o c o n s e q ê ê n t i a , d o p r o c e s s o d e u r b a n i z a f i i o

I /'" I /r lr n lc ': até então levado com certo desprezo e descaso'.

Assim, ao longo do período colonial, foram desenvolvidos

proce-,11111111101 (' nicos e institucionais, com nível crescente de complexidade,

, 1111I1'11tal s ' efetuava o controle do processo de urbanização e dos padrões

111\1.\111II('OS, tendo em vista objetivos mais amplos, definidos na política

I, 11111)\11%:\ão",

1 .ssa forma, em meados do século XVII, em meio à preocupação

I Iti 11.1M .trópole, com o domínio do território da América, o poder régio

111111111111111:1nova política urbana cuja execução competiu, em grande parte,

\I, 111Hh-r 'S locais do império português 7.

I ), 1 \ \ I'Im SIN(;UI,AR DA CRIAÇÃO DAS VILAS NA CAP['J'ANli\ MINEIRA

No caso do projeto urbanizador para as Minas Gerais, muito

I.do\l sobre o caráter adverso da formação do espaço urbano dessa

I 11'11.11I1a.J\ugusto de Lima Júnior ensina que os bandeirantes, à medida

I'11 1'I'IIl'lravam o território, erigiam arraiais, fixando cruzes e altares. As

I) uulcrras .rarn recomendadas e aprovadas por El'Rei, havia sacerdotes

IItil I' os omponentes, apesar de as instituições representativas do Estado

1111IllIpolilano e da Igreja chegarem só mais tarde à região.H

Assim, em Minas, os aventureiros antecederam as instituições

1I11111111slrativase eclesiásticas, desbravando o território e construindo os

1111\I\I\('1110Sda vida social e urbana. As primeiras aglomerações foram

1III'\lIdo sspontaneamente à encosta dos terrenos, acompanhando os

IItll~tlh()~ da mineração, sem controle das autoridades. Construídas com

I1I 11'1o, junto aos cursos d'água e perto de locais da cata do ouro, as

po-",11,IIl'S ampliaram-se estabelecendo longos caminhos, e os cruzamentos

, I 1111f -it s nas paragens dos viajantes, no comércio dos víveres, havendo

I"I IIISti' cobrança de impostos. Os arraiais cresciam longitudinalmente,

,11 1111'111;\centrífuga e os caminhos transformaram-se em ruas, formando

, 1111I',Iom.rados maiores, base do surgimento das vilas."

l iogo de Vasconcelos diz que o português permitiu a muitos

tra-I, tlll,lIl'l11nas Minas e morarem em suas terras. As primeiras concessões de

(3)

de sesmarias; estas vieram depois,

dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

" c o m o q u e a r e b o q u e d a .r d a ta .r d e m in e r a ç ã o e

d o s p r im e ir o s a c a m p a m e n t o s " . Esse fato contribuiu para o rápido processo de

povoamento e para a maior densidade populacional, verificados em Minas

Gerais. E, como em outras partes do reino português, a Igreja desempenhou

papel fundamental na organização Eundiária e espacial dos arraiais

A

lU

O poder religioso desenvolvia-se mediante construções de capelas

e patrimônios, a partir de doação de porção de terra, por um ou mais

deten-tores de datas vizinhas destinadas a gerar rendas para a capela. Os doadores

das datas tornavam-se protetores dos templos. O donativo abrangia nào

somente o terreno necessário à construção do edifício propriamente dito,

mas também faixas de espaços livres em frente, para construir os adros

das mesmas e, ao redor, para passagens de procissões nas proximidades.

De acordo com estudo de Murilo Marx, as Constituições Primeiras do

Ar-cebispado da Bahia recomendavam que as igrejas se localizassem em " s itio

a lto , e e m lu g a r e .r d e c e n te s , liv r e s , d e u m id a d e e , d e s v ia d o s , q u a n d o p O H ív e l, d e lu g a r e J

i m u n d o s e s ô r d i d o s " ':

Quando alguns arraiais da capitania mineira transformavam-se em

vilas, o primeiro procedimento era tentar ordenar a vida urbana. Dadas as

condições topográficas e econômicas específicas das Minas, as

interven-ções regularizadoras quase sempre começavam pela escolha do sítio que

fosse mais propício às implantações urbanas, nas encostas íngremes dos

morros, ou às margens inundáveis dos cursos de água, onde os mineiros

erguiam ranchos e capelas. Procurava-se um lugar adequado à construção

da casa da câmara, cadeia e do pelourinho, este último, símbolo da justiça

e da autonomia do município. 12

Elevado o arraial a vila, aconteciam mudanças físicas, mas não

imediatamente. Apenas o espaço urbano da Vila de Nossa Senhora do

Carmo passou por importante transformação, na primeira metade do século

XVIII. A grande intervenção no desenvolvimento físico imprimiu, na Vila,

uma fisionomia diferente da dos outros centros mineradores. Inicialmente,

apesar do caráter espontâneo e irregular do traçado urbano, após a década

de 40 dos Setecentos, ao ser escolhida para sede do bispado da Capitania,

elevando-se à categoria de cidade em 1745, à Vila a mando do rei D. João

V, passou por uma reestruturação. Ao tornar-se centro religioso das Minas,

a cidade devia ostentar uma imagem que refletisse a nova ordem social

que desejava impor digna do nome da Rainha. Havia assim que se tornar

ti II 111d('fI:lda, diferente da insalubre Vila de Nossa Senhora do Carmo,

1I II11111'1.1inundações do Ribeirão do Carrno".

I, 1II Vtia Rica e outras vilas da Capitania mineira, entretanto, na

I 11 I I IllI't.ldt' do século XVIII, predominou a disposição irregular das

, II1111Iru ii das ruas nos morros e encostas, devido às

caracteris-1II 1Ili' 'I ) 10 al. Eram, assim, mal delineadas, com ladeiras tortuosas

1II 111111111(' em largura, com predominância de pequenas travessias, e

I1111'I' ti11lI'lIIl" de becos.

\ IlI'fI:lS na segunda metade do século XVIII, que ocorreram

II11111I I,.!t-vanles no cenário urbano de Vila Rica. Cláudia Damasceno

I' 'I I I1 IfI:Ila que, apesar do caráter acidentado do relevo, sem mais

tI,tlllllIl('N de mudanças, houve, no final do século XVIII, intervenções

'1111111,11('11\por isso, menos marcantes. Cita como exemplo a construção

I 1111111'.11 símbolos do poder local, isto é, da residência dos

gover-II1 1.1 ( .Isa da Câmara e Cadeia, edifícios construídos um defronte

1111111I1IIIl' cl s, a praça principal da vila, acabada em 1797. Assim, os

li' '"1.1111es da oroa na região, ou seja, os poderes local, civil e

eclesi-d '114

I1 " ell' 1IIljl -nharam papel importante para o ordenamento aVi a .

\ mudanças urbanas ocorridas em Vila Rica foram

acompa-I, I 11 111111aumento substancial da população. Apesar de os dados

I 111111111LIIS de Vila Rica, no século XVIII, não serem seguros, com

I I 1111.1 ('spar. as ao total de seus habitantes, estudiosos constataram

111111 I111\('lIlo vertiginoso da vila, na segunda metade do século. De

I 1,1" I'li\I Sylvio de Vasconcelos, no tombamento realizado em 1734,

,III!,I" 11 escravos, foram anotadas, entre a população livre da freguesia

III' I I I 'Z' do Padre Faria, 538 casas, com 4.304 habitantes, à razão

I '111111111moradia.".

1,'11lIH01, na virada do século, João Vieira Couto atribuiu, a Vila I I 'I) ()()() p " oas, constatando substancial crescimento da população,

11II111Ir-r da segunda metade do século XVII 11(,. O censo de 1804, na

I 111111.\mineira, por sua vez, contabilizou 8.867 habitantes, no perímetro

" 11111d(' Vila Rica (Antônio Dias, Ouro Preto, Alto da Cruz, Padre Faria,

I"I 1 I ' Morros), mas não contabilizou a população do seu terrno'". O

1'111111',11111IIilare avaliou os habitantes de Vila Rica, em 1816, em apenas

111111

I"

1I11uídos em 2.000 casas, o que indica que o declínio populacional

I til 111111'ç u, de fato, no século XIX1 B

(4)

Com relação ao desenvolvimento urbano e o estabelecimento do poder, em Minas Gerais, na primeira metade do século XVIII, há consenso

na historiografia especializada, ao afirmar que o estabelecimento do

gover-no local, na região das Minas Gerais, deveu-se a circunstâncias históricas complexas, tendo de um lado, a realidade inexorável da corrida do ouro e, de outro, ambições e temores da Coroa portuguesa. A. política de elevação

dos primitivos arraiais àcondição de vilas, empreendida pela Coroa

portu-guesa, pelo governo de Antônio de Albuquerque, foi em função de vários fatores: intenção de encorajar novas descobertas de ouro, consolidação e proteção dos existentes e assegurar o recebimento dos quintos; necessidade de imposição da lei e a ordem; de apaziguar as rivalidades entre paulistas e

emboabas, e incentivo à fixação de novos colonos 19.

Contudo, justamente na segunda metade do século ÀrvIII, a Coroa portuguesa acirrou a fiscalização sobre a região das minas, devido à queda

da produção aurífera eàredução de recolhimento do quinto. Nesse período,

as câmaras municipais, sendo o órgão local da administração geral da Capi-tania, tiveram papel de grande amplitude, já que mantinham contato direto com a população, o que permitia, às autoridades superiores, localizadas a grandes distâncias e sem outros órgãos apropriados, executarem, através delas suas decisões, especialmente, em relação às novas taxações em que a população passara a estar submetida.

As câmaras municipais responsáveis pela politica urbana da Capita-nia mineira fiscalizavam o trabalho, no meio urbano, como, por exemplo, dos oficiais mecânicos, do "comércio ambulante", dos pequenos comerciantes

de "loja aberta", dos vendeiros e taberneiros Além disso, controlavam o

abastecimento das vilas, vistoriando o comércio de alimentos. Era também de sua alçada cuidar da higiene e saúde públicas, responsáveis pela inspeção da limpeza das vilas e termos.

O Senado da Câmara de Vila Rica, sede da Capitania mineira, já no

início do século XVIII, mais especificamente, em 1720,com a promulgação

do Cúdigo de Leis das Posturas Municipais, tentou elaborar minucioso plano

de orientação no disciplinamento da vida urbana. O Código das Posturas

abrnng' o p ríodo de 1720a 1826.Era um corpo de lei único, com

pe-'jl1enas alrcraçõe e acréscimos de aditivos, nos anos de 1738, 1745e1763.

No

A

ú lu rn o ano, p r exemplo, estipulou-se que os moradores de Vila Rica passariam a ser inspecionados pela Câmara, duas vezes ao mês, e seu termo,

uma vez ao mês. Entretanto, as leis e resoluções mantiveram-se, no todo,

pouco modificadas. Novo código de Posturas para Vila Rica e seu termo só

foi confeccionado no período imperial, mais especificamente em 1826.

A regulamentação das atividades produtivas da população de Vila

Rica e a utilização de vias públicas estavam estabelecidas no código das Posturas da Câmara. As leis não só regulamentavam os direitos e deveres das

pessoas que praticavam serviços urbanos, como normatizavam as

constru-ções das casas, ruas e caminhos públicos. As Posturas determinavam preços

de produtos alimentícios e manufaturados, estabeleciam pesos e medidas

para comerciantes, e estipulavam condenações e multas aos transgressores da legislação?'

Os almotacés eram funcionários responsáveis pela execução e

fiscalização do código de Posturas. Saíam em correições pelas ruas da Vila e tinham que lançar, em livro específico escrito pelo escrivão, as multas e condenações dos transgressores. O almotacé também tinha um livro próprio para cada renda do Conselho, numerado e rubricado pelo ouvidor geral da Comarca de Vila Rica.

Os oficiais mecânicos eram forçados a requerer licença ao Senado da Câmara de Vila Rica para exercerem os ofícios. De seis em seis meses, os almotacés fiscalizavam as licenças desses profissionais e, caso encontrassem algum oficial mecânico sem licença, este pagaria a multa de oito oitavas de ouro para o Senado.

É certo que, nos primeiros tempos, na aplicação do Código de

Posturas, as multas eram estipuladas em oitavas de ouro, antiga unidade

de medida de peso, referente a uma oitava (1/8) de onça, ou seja, 3,586

gramas de ouro. Com o passar dos anos, pela falta de técnica adequada à extração do ouro, o metal foi se tornando cada vez mais escasso. Dessa forma, os camaristas tinham de se adaptar à nova realidade, em relação às

multas a que a população estava sujeita, caso transgredissem os termos do

ódigo das Posturas. Nesse contexto, começou uma ligeira diminuição do valor das multas, em caso de infração às Posturas. A Câmara via-se diante le duas alternativas: diminuía, um pouco, os valores das multas e, com isso,

ontinuava arrecadando rendas para o Conselho, ou corria o risco de nada receber, uma vez que o ouro começava a escassear no mercado, e moradores

d Vila Rica e seu termo passavam a sonegar multas, restando-lhes como

(5)

As posturas mostram que os comerciantes ambulantes de rua

constituíram o primeiro grupo sobre o qual incidiram as determinações e

o controle da Câmara, talvez por estarem ligados diretamente ao

abasteci-mento eàoferta de serviços àpopulação. O comércio ambulante era, em

grande parte, exercido por mulheres negras escravas ou libertas (mulheres de tabuleiro e quitandeiras) e, em menor proporção, por pardas e brancas pobres, com a licença anual da Câmara para comercializar os produtos. Para os escravos, a autorização era adquirida pelos seus donos, que

tam-bém se responsabilizavam pelo pagamento das penas, caso a escrava ou

escravo cometessem infração no comércio. Andavam pelas ruas e portas

vendendo mantimentos e produtos diversos como farinha feijão frutas, '"

A

pão e outros. Por ser mais numeroso entre os que tinham atividades no meio "social urbano", era o grupo que mais sofria o controle e punições da Câmara.

Quem vendesse gêneros comestíveis como: castanhas, amêndoas, amendoim, peixes secos (bacalhau), sardinhas, alhos da terra ou de fora, aguardente do Reino ou da terra, melado, ovos do Reino ou dos currais,

feijão, farinha de milho ou mandioca ,sal aos pratos lingüicas bananas,~ ) ,e

fumo, havia que pedir licença da Câmara. Havia de possuir balanças e me-didas aferidas conforme os gêneros para venda. Sem a licença da Câmara, pagava duas oitavas de ouro como condenação por não ter os instrumentos de peso e medição".

Em 1745, o Senado da Câmara de Vila Rica, buscando inspecionar mais rigorosamente os trabalhadores ambulantes e os comerciantes de lojas abertas, estipulou que os almotacés sairiam duas vezes ao mês para fazer as correições na vila. No seu termo, a fiscalização passaria a ser mensal. Os almotacés foram obrigados a fazer audiências duas vezes ao mês no Paço do Conselho da vila para lançarem as penas e multas dos habitantes tran gressores das Posturas da Câmara.

Se, no período colonial, a Câmara de Vila Rica estabeleceu regras e n rmas para o exercício do comércio, a partir da década de 60 do século VIII, [oram cada vez maiores as tentativas dessa instituição em destinar ai público específico, nos quais os vendedores pudessem comercializar os pr dut s. Em 20 de outubro de 1761, a Câmara estipulou que os vendeiros p diam comercializar desde o Córrego do Caquende até a rua Padre Faria

e bairro do órrego da Barra.

Assim, a Câmara visava não apenas deixar as ruas livres, mas

também possibilitar maior controle sobre esse segmento social no que

hz respeito ao cumprimento das leis e posturas. Não ob tante as vá.rias

tentativas dos vereadores em determinar pontos fixos de vendagem, ISSO

nunca deu certo, pois os lugares não satisfaziam nem o fornecedore, que

ficavam privados da liberdade de ir e vir, de circular mais e vender mais

e melhor os produtos, nem os compradores, que tinham que v ncer as

dificuldades de distância e tempo para adquirir o que, antes, Ihes vinha,

comodamente, à porta.

Não era fácil impedir a instalaçào de vendas e lojas por toda a vila, e vigiar as atividades do numeroso grupo de comerciantes ambulantes, mas o poder local esforçava-se em manter, na medida do possível, essas atividades sob controle. As acões da Câmara no cotidiano do trabalho, em Vila Rica, não se davam alea~oriamente. De maneira geral, as imposições do Senado tinham o objetivo de coordenar e gerir o abastecimento da vila, de maneira a suprir as necessidades da população e manter a ordem vigente.

Apesar de as correições, devassas e condenações pelos camaristas e auxiliares serem realizadas com certa regularidade pelas ruas de Vila Rica, para identificar e punir os que, no exercício das atividades, não cumpriam as Posturas,

àpopulação não hesitava em negligenciar a legislação camarária e o Código das

Posturas Municipais, não atuando passivamente frente ao poder local. Todavia as relações entre os camaristas e os pequenos comerciantes

não se pautavam apenas pelos binômios imposição-subordinação,

norma-transgressão. O conflito, inerente a todo e qualquer regime calcado na

existência de interesses distintos e as contradições entre os diversos corpos sociais que o compõem, podia se traduzir, em alguns momentos, em atitudes

que revelavam a harmonização entre interesses de uns e outros. .

Em certas ocasiões, os vereadores não relutavam em adequar leis

de outrora e costumeiramente instituídas ànova realidade emergente, como

em 1758, quando moradores solicitavam à Câmara, pelo procurador, que

permitisse

dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

" a O J v e n d e i r o s e m a i s p e s J o a J q u e c o s t u m a v a m v e n d e r f a r i n h a , m i l h o ,

a r r o z e f e i j ã o , q u e o s f i z e s s e m p o r m e d i d a s d e q u a r t a e d e m e i o a l q u e i r e , a o v e n d e r e s s e s p r o d u t o s a O J 'p o b r e s , u m a v e z q u e e l e s n ã o t i n h a m d i n h e i r o p a r a c o m p r a r p e l a s m e d i d a .r d a C â m a r a " . .A Câmara cedeu, estabelecendo medidas de meia quarta e

que as submetessem à afiação, permitindo, assim, formas alternativas de

aquisição de alimentos.

(6)

A população, em algumas situações, participava do cotidiano ad-ministrativo da Vila, ainda que de forma indireta. Mediante reclamações,

petições e requerimentos dirigidos ao Senado da Câmara, os moradores de

Vila Rica e do seu termo pediam, entre outras coisas, terrenos, consertos de caminhos, pontes e estradas e licenças para aberturas de lojas e vendas.

Enviavam correspondências ao ouvidor, governador, ou mesmo, à Coroa.

Vários são os documentos que tratam de requerimentos ou reclamações

enviados pela população da Vila às autoridades."

Nesse aspecto, os moradores de Vila Rica e seu termo

asseme-lhavam-se, de um modo geral, a outros habitantes das vilas mineiras, que também recorriam às Câmaras, com reclamações por causa dos exorbitantes impostos a que estavam submetidos (o quinto, a capitação, a derrama, os subsídios voluntários etc.) e solicitavam melhorias das vias urbanas, das

condições de higiene e saúde pública e melhor gerenciamento do cotidiano

no mundo do trabalho".

Todavia, mediante a leitura dos códices de solicitações e queixas dos moradores de Vila Rica, pode-se apreender que a interferência da po-pulação tinha devidas proporções, uma vez que uma grande parte dela era analfabeta ou escrava, sem direito a qualquer atuação na sociedade.

Caio Prado Júnior declarou, há muito tempo, que as câmaras do Império colonial português consideravam-se "cabeça do povo", transitando por elas a maior parte das queixas e solicitações populares", Parece-nos

que, de fato, essa instituição, representante do poder local, tinha um canal

de comunicação aberto com os moradores, não significando que atendia a todos os apelos e reivindicações.

Fica, assim, evidenciada a amplitude de atuação do Senado da Câ-mara de Vila Rica, no processo de urbanização pelo qual passou a Capitania mineira, no decorrer do século XVIII. Essa instituição simbolizou a eficácia da administração do próprio Império português. Seguindo essa premissa, as que. tões relativas à urbanização da vila, ao trabalho livre no meio urbano, ao aba te cimento da população, à higiene e saúde pública, que a Câmara de Vila Rica melhor exerceu seu papel, efetivando a colonização portuguesa no interior da Capitania mineira.

NO'l"r\S

Ver Nestoi: Goulart Reis Filho.

dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

E v o l l l ç ã o U r b a n a n o B r a s i l(1500-1720).São Paulo: EDUSP, 1969. p. 72.

2 Idem. ,

3 Sérgio Buarque de Holanda. "O Semeador e o Ladrilhado~". In: R o r z e s d o B r a

-s il; São Paulo: Companhia das Letras, 26 ed., 7' reimpressao, 1995, pp. 95-98.

Essa visão tradicional sobre as cidades da América portuguesa comparando-as sempre aos núcleos urbanos coloniais castelhanos e ressaltando a falta de

pla-nejamento das cidades portuguesas surgiu, sob:etudo, a parta desse ensaio de

Sérgio Buarque de Holanda, cuja pnmelra ediçao da~a de 1936. Essa pre~ssa

foi seguida por vários outros estudiosos no Brasil ate os anos 50-60 do ~eculo

A

x x ,

sendo contestada nas últimas décadas do século XX por um grande numero

de historiadores, geógrafos e arquitetos. .'

4 Segundo Nestor Goulart Reis Filho, E v o l u ç ã o U r b a n a n o B r a s i l , o p .a t . , p. 6. .

5 Idem pp. 7-9. Ver também o trabalho organizado por Nestor Goulart Reis,

publicado em 2000, pela EDUSP e pela Imprensa Oficial do Estado de São

Paulo em alusão às comemorações dos 500 anos do Brasil, intitulado I m a g e n s

d e V i l a s e C i d a d e s d o B r a s i l C o l o n i a l .Essa obra reúne mais de mil documentos

sobre cartas cartográficas, desenhos e gravuras, das vilas e cidades brasileiras do período colonial, sendo fruto de longos anos de trabalh~ em arquivos do, Brasil

d Europa. Esse estudo está contnbulIldo para revisoes sobre a história da

e a . _

urbanização e do urbanismo no Brasil, especialmente, no tocante a percepçao

da existência de uma atividade planejadora regular do mundo luso-bra~tlelIo.

6 VerI estor Goulart Reis. "As principais cidades e vilas do Brasil: Importancla da

vida urbana colonial". In: R e v i s t a O c e a n o s :A C o n s t r u ç ã o d o B r a s i l U r b a n o .Lisboa:

Comissão Nacional dos Descobrimentos Portugueses, no 41, Jan./Mar. 2000,

pp.61-67.

7 Idem. G . B I

11 De acordo com Augusto de Lima Júnior. A C a p i t a n i a d a s M i n a s e r a ts . e o

Horizonte/São Paulo: Ed, Itatiaia/Edusp, 1978, p. 38. _

9 Ver Lívia Romanelli D' Assumpção. "Considerações sobre a Formaçao do

Espaço Setecentista nas Minas". R e v ú t a d o D e p a r t a m e n t o d e l - ! i s t ó r i a . Belo

H',OIlzon e, n.,t 9 1989 pp. 131-132. Luiz Carlos Villalta tambem, .' destaca o. .

caráter espontâneo, irregular e provisório da formação dos arraiais mineiros.

Ver: "O Cenário Urbano em Minas Gerais Setecenusta: Outeiros do Sagrado

do Profano" in: T e r m o d e M a r i a n a . H i s t ó r i a e D O C 1 l m e n t a ç ã o .Ouro Preto:

EediHora d UFO' P 1998 pp. 67-85. Ver também Emanuela , , Araújo. O t e a t r o.

d o s V í c i o s : t r a n s g r e i J ã o e t r a n s i g ê n c i a n a s o c i e d a d e u r b a n a c o l o n i a l .Rio de JanelIo:

Ed.José Olympio, 1993. pp. 31-32.

(7)

10 Diogo de Vasconcelos.

dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

H i s t á r i a M é d i a d e M i n a s G e r a i s . Belo Horizonte 4' ed.

1974. V.2. ' ,

11 Murilo Marx. "Arraiais Mineiros - Relendo Sylvio de Vasconcelos". R e v i s t a

B a r r o c o .Belo Horizonte, n.

15, 1992,pp. 22,41,389-393.

12No caso específico de Vila Rica, que se tornou sede da Capitania das Minas

Gerais, o pelourinho da vila e os marcos de sua sesmaria eram, a princípio,

simples, feitos de esreios de madeira. Só em 1747, foram substituídos pela pedra

de Itacolorru. Inicialmente, os oficiais da Câmara reuniam-se em casas cedidas

por particulares. Cedo, porém, providenciaram edifício próprio, resolvendo, em

1712, arrematar a Casa da Câmara " q u e a n d a v a e m p r a ç d '. Após dois anos, já estava

em parte consrruída na Praça principal, no morro de Santa Quitéria, hoje praça

Tuadentes: Essa praça, onde se localizava a sede do governo municipal, ligava as

duas pnnclpais freguesias de Vila Rica: as do Antônio Dias e de ossa Senhora

do Pilar de Ouro Preto. As outras freguesias da Vila são as seguintes: Padre Faria, Bom Sucesso, São João, Paulistas, Santana, Piedade, Alto da Cruz, Taquaral, Ouro

Podre, Ouro FUlO e Caquende. Ver os estudos de Sylvio de Vasconcellos. V i l a

R i c a . São Paulo: Ed. Perspectiva, 1977, pp. 16-31 e Frirz Teixeira de Sales. V i / a

R i c a d o P i l a r . Belo Horizonte/São Paulo: Ed. I rariaia, 1982, pp. 15-26.

13 Ver a respeito o estudo de Cláudia Damasceno Fonseca. "O Espaço Urbano de

Mariana: Sua Formação e suas Representações". In: T e r m o d e M a n a n a . H i s t ó r i a e

D o c u m e n t a ç ã o . Ouro Preto: Editora da UFOP, 1998, pp. 27-66. Para uma leitura

mais circunstanciada do tema ver a dissertação de mestrado de Cláudia

Damas-ceno Fonseca. M a n a n a : g e " n e s ee t r a f J J j o r m a ç ã o d e u m a p a i s a g e m c n l t u r a l .Instituto de

Geociências/Departamento de Geografia Urbana, UFMG, 1995.

14 Cláudia Damasceno Fonseca. "Agentes e contextos das intervenções urbanísticas

nas Minas Gerais do século XVIII". In: R e v i s t a O c e a n o s : A C o n s t r u c ã o d o B r a s i l

U r b a n o . Lisboa: Comissão Nacional dos descobrimentos Portugu~ses no 41

Jan./Mar. 2000, pp. 84-102. ' ,

15 Sylvio de Vasconcelos, V i l a R i c a .São Paulo: Ed. Perspectiva, 1977.

16João Vieira Couto." lemórias sobre as Minas da Capitania das Minas Gerais".

R e v i s t a d o .A r q u i o o P ú b l i c o M i n e i r o . Ano X.

A

p .71.

17 ( caráter urbano e o rápido aumento populacional de Vila Rica

proporciona-ral~l uma diversificação de atividades. Existia um ponderável número de grupos

m dios, constituídos de funcionários da máquina administrativa e eclesiástica

comerciantes e oficiais mecânicos. O setor primário (roceiros, lavradores e

hortelàos), segundo Iraci Dei Nero da Costa. absorvia, apenas, 7,04 % dos

mdividuos. ,\ população livre compunha a maioria dos lavradores, roceiros e

hortclãos. Com relação ao setor secundário (mineradores, faiscadores e

ativi-dades arrcsanai ). as mulheres ocupavam um reduzido número de atividades,

mas ao mesmo tempo, algt1mas atribuições cabiam exclusivamente às pessoas

do sexo feminino, como: costureiras, lavadeiras, fiandeiras, doceiras e rendeiras.

Já com relação aos homens, predominavam as atividades no setor sec1mdário:

os tintureiros, mineiros e faiscadores. Havia, ainda, os alfaiates, sapateiros,

car-pinteiros, pedreiros, relojoeiros carpinteiros etc. Os escravos apareciam entre

as quitandeiras, barbeiros, cozinheiros, lavadeiras e jornaleiros (ocupação que

exerciam com exclusividade). Conforme o estudo de Iraci Dei ero da Costa.

V i l a R i i ·a : P o p u l a ç ã o (1719-1826), São Paulo, 1PE/USP, 1979, pp. 166-180.

18 Saint-Hilare, V i a g e m p e l a s P r o o i n a a s d o R i o d e J a n e i r o e M i n a s G e r a i s .São Paulo: E d .

acional, 1938. V 1. p. 130.

19 Ver os estudos de Caio Prado Júnior. F o r m a ç ã o d o B r a s i l C O l l t e m p o r â n e o .23. ed.

São Paulo: Brasiliense, 1999, pp. 55 - 297; Russel-Wood. "O Governo Local

na América Portuguesa". R e v i s t a B r a s i l e i r a d e H i s t ó r i a . São Paulo, v. 50, n.l 09, pp.

25 _ 79; Sérgio Buarque de Holanda, "Metais e pedras Preciosas". In: H i s t á r i a

G e r a l d a C i v i l i z a ç ã o B r a s i l e i r a .• \ Época Colonial ("\dministração, Economia e

Sociedade). Rio de Janeiro/ São Paulo: Difel, 1977, pp. 259- 310.

20 As coimas eram as multas municipais cobradas em razão da contravenção das

suas posturas, eram processadas civilmente perante os almotacés.

21 De acordo as posturas Municipais, Vila Rica 15 de janeiro de 1727. Fundo:

C110P, APM _ Arquivo Público Mineiro, p 725 e 731. " E s t e L i v r o t e m s e r v i d o

p a r a n e l e s e l a n ç a r e m a s P o s t l l r a s d a C â m a r a , n o b r e ~ . e m a i s p e s s o a s d a v e r e a n ç a , q l l e

j i " e r a m e d e t e r m i n a r a m e m V i l a R i c a e s e u t e r m o , v a i n l l m e r a d o e m b n c a d o p o r m i m o n u i d o r

d ~ C o m a r c a , c o m a m i n h a r u b r i c a . V i l a R i c a , 2 3 d e m a r ç o d e 1 7 2 0 " .A postura que

regtuamentava as atividades dos oficiais mecânicos dos vendeJros e as vistorias

para as construções de casas era denominada postura da Renda d Ver. Em

situações bastante específicas, poderia haver apelação ao Senado, como no caso

de alguém ter provas suficientes de que foi injustamente multado pelo

almo-tacé. esse caso, era o almotacé que seria penalizado pela Câmara, podendo

ser condenado. E isto, de fato, ocorreu em Vila Rica, pois a docmnentação nos

mostra 11m número expressivo de condenações de almotacés.

22 Os códices dos Registros de Cartas e Editais e as Petições e Informações da

Câmara Municipal de Ouro Preto, relativos ao período colonial, que. estão

sob a guarda do Arquivo Público Minero, possuem um número expressivo de

docmnentos que tratam de solicitações, requerimentos e quen::as endereçados

pelos moradores de Vila Rica ao Senado da Câmara. A documentação avulsa

da Capitania de i\1inas Gerais, pertencente ao Conselho Ultramaril10 de ~sboa,

que atualmente pode ser consultada em vários arquivos e bibliotecas publi~as

no Brasil, também possui um grande número de Cartas de Representaçoes

dos moradores de Vila Rica endereçadas diretamente à Coroa portuguesa, que

retratam suas solicitações e queixas sobre os mais variados assuntos.

(8)

23 Constatamos esse fato na leitura de várias Representações de moradores das

outras localidades da capitania mineira como, por exemplo, da cidade de

Ma-riana e das Vilas de Sabará, São João Del Rey, Pitangui, que compartilhavam de

queixas em comum. Ver o

dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

I n v e n t á r i o d o s M a n u s c r i t o s .A o u l s o s R e l a t i v o s a M i n a s G e r a i s

E x i s t e n t e s n o A r q u i v o H i s t é r i c o U l t r a m a r i n o d e L i s b o a . Caio César Boschi (Coord.).

Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1998.

24 Caio Prado Júnior. F o r m a ç ã o d o B r a s i l C o n t e m p o r â n e o .São Paulo:Brasiliense, 1991, p.317.

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