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Língua Materna, Língua de Herança ou Língua Estrangeira? Um olhar sobre as representações da Língua Portuguesa em alunos lusodescendentes

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Academic year: 2021

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(1)Jornadas Pedagógicas de Português de Estocolmo 2012. Língua Materna, Língua de Herança ou Língua Estrangeira? Um olhar sobre as representações da Língua Portuguesa em alunos lusodescendentes na Alemanha.. Alexandra Schmidt1/2, Sílvia Melo Pfeifer1/2, Helena Araújo e Sá1, Ana Sofia Pinho1 1Universidade 2Coordenação. de Aveiro / CIDTFF de Ensino Português na Alemanha. [Instituto Camões / Embaixada de Portugal em Berlim]. As awareness of the unique abilities and needs of heritage learners has grown, so too has recent research deepened our understanding of the dynamic between language policy and heritage language education. (Bale 2010).. 1.

(2) Objetivos desta apresentação 1. Discutir o conceito de Língua de Herança; 2. Apresentar o projeto de investigação “Imagens do (Ensino) do Português no Estrangeiro”; 3. Analisar tendências de representações dos repertórios em PLH de alunos luso-descendentes na Alemanha: •. quando PLH é representado com traços de LM;. •. quando PLH é representado com traços de LE.. Introdução • conceito recente e de definição difícil devido à pluralidade das designações; • entendimento parece estar relacionado com os contextos das suas investigações (sociolinguísticos e políticos);. • concepções diferentes para designar relações dos sujeitos com uma língua que pode ter um estatuto volátil:. 2.

(3) Introdução (2) • “Heritage Language”: • tradição norte-americana, relacionado com línguas de minorias indígenas e de migração (Valdés 2005); • estatuto de minoria parece ser predominante; • conotação sócio-afetiva: LH pode representar herança (in)desejada; • “Langue d’Origine”: • escola francesa; • remete para integração escolar das crianças com background migratório (Moussori 2010); • relação social e afetiva com a língua e a comunidade; • atribuição de uma origem (nacional, religiosa ou linguística) a um sujeito pode ser enganador; • origem de sujeitos pode remeter para várias origens; • “Home Language”: • Conselho Europa; • “the languages spoken at home by children and adolescents from migrant backgrounds” (Little 2010: 11); • língua como “bound” familiar e comunitário; • perspetiva “engandora”: uso comunitário ou doméstico pode ignorar uma potencial diversidade de usos e de combinações;. Nossa abordagem plurilingue ao conceito LH • “Língua de Herança (LH)”: • estatuto “in-between” em termos de Língua Materna (LM) / Língua Estrangeira (LE) e contextos de aprendizagem (formal, informal) dependendo do papel que desempenha na vida do sujeito que a fala; • em termos de educação linguística, verifica-se caráter heterogéneo e assimétrico das competências e capacidades nos alunos (contínuo entre competências produtivas e receptivas); • valorização da integração dos repertórios de LH no repertório plural, heterogéneo e dinâmico dos sujeitos; • LH torna-se “mobile resources” (Blommaert 2010) entre muitos, que se desenvolvem, adaptam, revalorizam ou desvalorizam, de acordo com contextos sociais e situações de comunicação em que sujeitos transitam; • biografia (linguística) dos interlocutores de LH é um fator determinante para compreender o “puzzle” dos recursos linguísticos que possui, nomeadamente no que diz respeito à sua LH, à forma como a aprende, como a usa e a transmite.. 3.

(4) Nossa abordagem plurilingue ao conceito LH (2) • pontos de vista da nossa abordagem plurilingue ao conceito de LH (Melo Pfeifer & Schmidt, submetido): • sociolinguístico: • LH pode não estar relacionada com movimentos migratórios; poderá declinar-se no plural; poderá tornar-se noção sem referente real; • socioafetivo: • LH pode remeter para vontade de (não) contactar com herança linguística e culturais de gerações anteriores; realidade escondida pelos sujeitos; relação afetiva/identitária com língua de país diferente do de residência (“acolhimento”); • escolar: • LH pode ser 1 das línguas de escolarização e/ou objeto extra-escolar; pode estar integrado no currículo escolar; imagens sociais das línguas; • aquisição / utilização: • aprendida em casa, antes da escolarização (LH falada em casa) ou língua para ser aprendida na escola como LE (LH já não é língua de comunicação).. Nossa abordagem plurilingue ao conceito LH (3). Língua Materna (LM). Língua de Herança (LH). Língua Estrangeira (LE). 4.

(5) Língua de Herança (4) LM. LH. LE. Representações / Imagens sociais. Experiência de vida Processos de Aprendizagem. Motivações. LM. LH. LE. O projeto “Imagens do (Ensino) Português no Estrangeiro”. 5.

(6) Um projeto bifocalizado Projeto principal: “Imagens do (Ensino) Português no Estrangeiro”;. •. Sub-projeto: “O plurilinguismo das crianças luso(fono)descendentes na Alemanha”. Objetivos:. •. • Identificar as representações sociais acerca : - da língua portuguesa e das culturas lusófonas; - do ensino-aprendizagem do Português.. • Caracterizar os repertórios plurilingues: - das Comunidades Portuguesas na diáspora; - crianças luso(fono)descendentes (na Alemanha). - identificar o meio sociolinguístico daqueles públicos (adultos e crianças).. Metodologias - questionário on-line; - desenhos (crianças);. “O plurilinguismo das crianças luso(fono)descendentes na Alemanha” (1/3) •. Contexto : aulas de PLH na Alemanha (apenas organizadas pelo IC); • Espaço social de transição, de mediação e de coordenação de escola, família e sociedade (de socialização primária e secundária); • Espaço linguístico de interceção e de desenvolvimento de: - representações sociais acerca do Alemão e do PLH; social representations about PHL and German; - Práticas linguístico-comunicativas naquelas duas línguas;. •. Participantes: professores (34) & alunos (956).. 6.

(7) “O plurilinguismo das crianças luso(fono)descendentes na Alemanha” (2/3) •. Professores rede EPE do IC na Alemanha. •. Crianças luso(fono)descendentes de 7 Estados Federados: -. Baden-Wurtemberg (583 desenhos); Berlim (14 desenhos); Bremen (22 desenhos); Hamburgo (143 desenhos); Hessen (43 desenhos); Baixa Saxónia (54 desenhos); Renânia do Norte (97 desenhos);. “O plurilinguismo das crianças luso(fono)descendentes na Alemanha” (3/3) •. Metodologia: • Desenhos – metodologia para identificar as representações sociais acerca de línguas e de culturas e para compreender a estruturação dos repertórios das crianças que ainda estão a iniciar o seu percurso de escolarização (competências de literacia ainda pouco desenvolvidas) – Molinié, 2009; Moore & Castellotti, 2011; Perregoux, 2011. - atividade familiar para as crianças; • Instrução fornecida na sala de aula – “desenha-te a falar as línguas que conheces” - relação de proximidade e de confiança com o professor.. •. Corpora – um desenho por criança.. 7.

(8) Comunidades na Alemanha Principais comunidades na Alemanha. Número de habitantes. Turquia Itália Polónia Grécia Croácia Rússia Áustria Bosnia and Herzegovina Hollanda Ucránia Sérvia. 1.658.083,00 517.474,00 398.513,00 278.063,00 221.222,00 189.326,00 174.548,00 154.565,00 134.850,00 125.617,00 122.897,00. Portugal. 113.260,00. França Roménia Espanha. 107.257,00 104.980,00 104.002,00 Fonte: Statistisches Bundesamt, in http://de.statista.com. Os desenhos. 8.

(9) PLH representado com traços de LM. LM. LH. LE. P., 12 anos, Minden. 9.

(10) B.M., 10 anos, Blaubeuren. C.H., 10 anos Einbeck. 10.

(11) M., s/id., Renningen. P., 13 anos, Harburg. 11.

(12) PLH representado com traços de LE. LM. LH. LE. S., 11 anos, Titisee. 12.

(13) S., 10 anos, Stuttgart. P., 10 anos, Singen. 13.

(14) E ainda…?. LM. LH. LE. D., s/id., Baiersbronn. 14.

(15) C., 12 anos, Gross-Umstadt. Síntese • diversidade linguística e intercultural é uma referência constante, mesmo quando os alunos se representam em apenas uma língua; • referências constantes a outras línguas e culturas; • crianças representam-se, na maioria das vezes, como bi/plurilingues e à vontade no mundo das suas línguas; • evidenciam, na maioria dos casos, uma relação afetiva positiva com línguas e diversidade linguística; • desenhos = sinais de integração, fermento de cidadania plural, colorida e atenta à ecologia linguística.. 15.

(16) Perspetivas para o ensino/aprendizagem PLH • valorizar identidades compósitas e plurais dos alunos, reconhecendo a sua heterogeneidade e promovendo seu auto-conhecimento enquanto sujeitos que crescem e vivem em várias línguas; • valorizar capital linguístico e cultural com que estes aprendentes se relacionam diariamente, de forma a abrir a sala de aula à totalidade dos conhecimentos dos alunos (sem os estigmatizar); • colocar em evidência a relação entre os conhecimentos que os alunos possuem em diferentes línguas sem os compartimentar; • potenciar transferências entre diferentes saberes e competências, aumentando a autonomia dos alunos durante processo de ensino-aprendizagem; • ajudar a desconstruir imagens / estreótipos negativos; • importância de uma visão integrada e positiva das línguas e dos repertórios compósitos dos aprendentes.. Referências bibliográficas • • • • • • • • • • • •. ARAÚJO e SÁ, Mª. H. & PINTO, S. (2006). “Imagens dos outros e suas línguas em comunidades escolares: produtividade de uma temática de investigação em educação linguística”. In R. Bizarro (Org.), A escola e a diversidade cultural. Multiculturalismo, interculturalismo e educação. Porto: Areal Editores (pp. 227-240). ARAÚJO E SÁ, M. H. & SCHMIDT, A. (2008). “The awareness of language prestige: the representations of a portuguese school community on important languages”. In M. Candelier, G. Ioannitou, D. Omer & M.-T. Vasseur (Dirs.), Conscience du plurilinguisme: pratiques, représentations et interventions. Rennes, França: Presses Universitaires de Rennes (pp. 109-124). BALE, J. (2010), “International Comparative Perspectives on Heritage Language Education Policy Research”. In Annual Review of Applied Linguistics, 30, 42-65. BLOMMAERT, J. (2010), Sociolinguistics of Globalization. Cambridge: Cambridge University Press. CADET, L. & GOES, J. (dir., 2010), Langue et intégration. Dimensions institutionnelle, socio-professionelle et universitaire. Bruxelles: Peter Lang. CARREIRA, M. (2004). “Seeking Explanatory Adequacy: A Dual Approach to Understanding the Term "Heritage Language Learner””. In Heritage Language Journal, 2 (1). LITTLE, D. (2010). The linguistic and educational integration of children and adolescents from migrant backgrounds. Brussels: Council of Europe. http://www.coe.int/t/dg4/linguistic/Source/Source2010_ForumGeneva/MigrantChildrenConceptPaper_EN.pdf MELO-PFEIFER, S. & SCHMIDT, A. (no prelo, 2012). “Linking Heritage Language Education and Plurilingual Repertoires development: a case study with Portuguese pupils in Germany”. In Pieper, I.; Byram, M. & Fleming, M. (ed.), Educational Studies on Language and Literature, special isse: Plurilingual and Intercultural Education. MOLINIE, M. (ed.) (2009). Le dessin réflexif. Élément pour une herméneutique du sujet plurilingue. Cergy-Pontoise : Université de CergyPontoise. MOUSSOURI, E. (2010). « Pratiques didactiques et représentations : un outil pour la conception d'une formation destinée aux enseignants des langues secondes/d’origine ». In Les Cahiers de l’ACEDLE, 7/2 (139-168). URL http://acedle.org/IMG/pdf/Moussouri_Cahiers-Acedle_7-2.pdf. PERREGAUX, Ch. (2011). “Draw me a language! Understanding the Imaginary of Young Children”. In Child Health and Education, 3(1), 16-30. URL http://www.childhealthandeducation.com/articles/documents/PerregauxENGLISH31.pdf. VALDÉS, G. (2005), “Bilingualism, Heritage Language Learner and SLA Research: Opportunities Lost or Seized?, in The Modern Language Journal, 89/ii (410-426).. 16.

(17) Alexandra Schmidt aschmidt@ua.pt Sílvia Melo-Pfeifer smelo@ua.pt Helena Araújo e Sá helenasa@ua.pt Ana Sofia Pinho apinho@ua.pt (cepe.alemanha@instituto-camoes.pt) Instituto Camões / Embaixada de Portugal em Berlim. 17.

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Referências

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