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AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL

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Academic year: 2021

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AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL

Aquisição da propriedade móvel

(2)

Ocupação

• É o assenhoramento de coisa móvel (inclui semoventes) sem dono, por não ter sido ainda apropriada (res nullius) ou por ter sido abandonada (res derelictae), desde que essa apropriação não seja proibida pela lei.

▫ Forma de aquisição da propriedade decorrente do ato de tomar para si coisa sem dono;

▫ Possibilidades de coisas sem dono:

 o “Res Nullius” (Coisa que nunca teve dono) – Ex. Cavalos Selvagens; Peixes do Mar.

 o “Res Derelictae” (Coisa abandonada) – Coisa cujo titular demonstrou de forma clara que não quer mais ser titular desse direito.

▫ Não confundir coisa abandonada e coisa perdida (caso de descoberta)

Achado do tesouro

• Ocorre quando é encontrada coisa valiosa e oculta de cujo dono não se tenha notícia.

São quatro os requisitos do tesouro:

 Ser antigo

 Estar escondido (oculto, enterrado)  O dono ser desconhecido

 O descobridor ter encontrado casualmente (sem querer).

• Naufrágio - Lei 7542/86:

▫ Em caso de naufrágio o dono do navio tem 5 anos para retirar as suas coisas do mar.

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Achado do tesouro

Consequências

:

▫ Terreno Próprio: Se achado em terreno próprio, tudo que foi encontrado pertence ao dono do terreno /descobridor.

▫ Terreno Alheio, por acaso: Se for achado, por acaso, em terreno alheio: 50% pertence ao dono do terreno, 50% pertence ao descobridor.

▫ Terreno alheio, por ordem ou sem autorização: Se achado em terreno alheio, quando procurado sem autorização ou sob ordem do proprietário: tudo pertence ao dono do terreno.

▫ Enfiteuse: No caso de enfiteuse, 50% vai para o descobridor e 50% para o enfiteuta.

Especificação

• Trata-se da aquisição de propriedade mediante a transformação de coisa móvel em espécie nova, em virtude do trabalho ou indústria do especificador, desde que não seja possível reduzi-la à condição anterior.

• Ex.: Pintar tela alheia; fazer escultura com “pedra-sabão” alheia.

▫ REGRA: prevalece a obra.

• A) Matéria prima parcialmente própria.

▫ O especificador vira dono da coisa.

▫ Indenização por perdas e danos ao dono da matéria prima.

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Especificação

B) Matéria prima alheia + especificador de boa-fé.

▫ O especificador vira dono da coisa.

▫ Indenização por perdas e danos ao dono da matéria prima.

C) Matéria prima alheia + especificador de má-fé.

▫ O dono da matéria prima vira dono.

▫ Especificador NÃO tem direito a indenização.

D) Obra com valor superior à matéria prima

▫ O especificador vira dono da coisa.

▫ Indenização por perdas e danos ao dono da matéria prima.

▫ Independe de boa-fé.

Da confusão, da comissão e da adjunção

Na confusão, comissão (ou comistão) e adjunção

ocorre a mistura de coisas pertencentes a pessoas

distintas.

▫ Se a união é voluntária e de comum acordo, os donos podem definir quem vai ficar com a propriedade da mistura.

▫ Se não for possível separar as coisas unidas involuntariamente ou feita por terceiro ambos serão proprietários em condomínio.

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Da confusão, da comistão e da adjunção

Se há má-fé, a outra parte pode escolher entre:

▫ Ficar com o bem (pagando o que não é seu)

▫ Abandonar o bem em favor do agente de má-fé e receber indenização.

Se da união de matérias de natureza diversa resultar

espécie nova, aplica-se as regras da especificação.

Da confusão, da comistão e da adjunção

Confusão:

Aquisição da propriedade decorre da mistura de

coisas liquidas ou liquefeitas pertencentes a

pessoas distintas.

Trata-se de coisas liquidas em que não haja perda

ou perecimento pela mistura, isso mesmo, mesmo

misturadas ainda tem algum valor (ex: não é

relevante se há mistura de leite com azeite).

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Da confusão, da comistão e da adjunção

Comistão:

Aquisição da propriedade decorre da mistura de

coisas sólidas pertencentes a pessoas distintas,

não podendo ser desfeita.

Não pode haver perda ou perecimento da coisa em

virtude da comistão.

Solução: A coisa continua pertencendo a ambos,

proporcionalmente ao valor da coisa que foi

misturada.

Da confusão, da comistão e da adjunção

Adjunção:

Aquisição da propriedade decorre da sobreposição

de peças pertencentes a pessoas distintas.

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Tradição

• Tradição é o ato de entrega do bem que tem por fundamento, no caso dos bens móveis, transferir a propriedade caso seja precedido por um negócio jurídico.

▫ Os atos que antecedem ou precedem a entrega não transferem a propriedade.

▫ É o ato de entrega da coisa ao adquirente com o intuito de transferir-lhe a propriedade

▫ Aquele que entregou o bem deve ser proprietário ou estar à sua ordem. Exceto:

 Se o sujeito vier a adquirir a propriedade da coisa depois da transferência;

 Aquisição de bem daquele que aparenta ser o dono em ato realizado em leilão ou estabelecimento comercial. (Visa enaltecer a boa-fé)

Tradição

Tradição real:

É aquela que se dá pela entrega efetiva ou material

da coisa;

Tradição simbólica:

Ocorre quando há um ato representativo da

transferência da coisa.

É o que ocorre na traditio longa manu, em que a

coisa a ser entregue é colocada à disposição da

outra parte

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Tradição

Tradição ficta:

É aquela que se dá por presunção, como ocorre na

traditio brevi manu, em que o possuidor possuía

em nome alheio e agora passa a constituir em

nome próprio

 ex: comprar o imóvel que você mora de aluguel

E no constituto possessório, em que o possuidor

possuía em nome próprio e passa a possuir em

nome alheio

 ex: vender o seu imóvel e continuar morando nele de aluguel

Tradição

Resumo:

traditio longa manu (tradição simbólica): entrega

das chaves de um apartamento;

traditio brevi manu (tradição ficta): comprar o

imóvel que você mora de aluguel;

Referências

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