Zonação do domínio Pelágico temperatura, luz e pressão
0 – 50m (20-120m), limitada pela zona de compensação
50m (20-120m) – 200 (100-300m) Até 500-600m. 10°C a escuro. Zona de refúgio. Até 3000m, 4°C.
Copépodos
Até 6000-7000m. 4°C até leito.
Fossas. Pelágico pobre. Alta pressão
Província nerítica Província oceânica
Pouco transparentes Transparentes (azuis) Pouca penetração de luz Alta penetração de luz Rica em nutrientes Pobre em nutrientes
Variável físico-quimicamente Constante físico-quimicamente Facilidade de renovação e circulação
de nutrientes
Dificuldade de renovação de nutrientes na camada superficial Muitas formas larvais Menor formas lasvais
CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS PELÁGICOS
1 – INTRODUÇÃO:
Espécie pelágica Vive em plena água, livre de todo o contato com o fundo, e não depende
dele para alimentação. A) Pleuston vento
B) Neuston Camada superficial C) Plâncton Natação passiva D) Nécton Natação ativa
Physalia
1778 - Martinus Slabber Desenhou vários animais planctônicos.
1828 e 1835 - John V. Thompson Primeiras observações sobre a
metamorfose de caranguejos e cracas. Larvas eram fases do ciclo de vida.
1833 - Charles Darwin Quetognatos. “...Eu arrastei, muitas vezes, uma
1845 – Johannes Müeller, expedição oceanográfica realizada em
Helgoland, na Alemanha rede fina de seda, formas animais e
vegetais desconhecidas.
1873-1876 – Challenger, Ernst Haeckel
Pranchas com a rica
biodiversidade do plâncton marinho
Ernst Haeckel
O plâncton é constituído pelos animais e vegetais que não possuem movimentos
próprios suficientemente fortes para vencer as correntes que, porventura, se façam
sentir na massa de água onde vivem
1886 - Naturalista alemão Viktor Hensen
Planktos (“errante”) , “algo que é impulsionado ou
que flutua”
1890 - Haeckel redefinição do termo = “algo que vive
ao sabor das águas”
2 - DIVISÕES DO PLÂNCTON - Dimensões:
Duração da Vida Planctônica:
A) Holoplâncton (plâncton permanente) - Todo o seu ciclo vital.
B) Meroplâncton (plâncton temporário) - Parte do seu ciclo vital (ovos e/ou larvas)
As esponjas possuem várias formas larvais e elas se caracterizam por apresentar vários cílios envolvendo todo o corpo
Éfira são formas jovens dos cnidários cifozoários, reproduzidas assexuadamente pelo cifístoma
A primeira forma larval dos poliquetos é conhecida como trocófora (A). Após um período que pode ser de horas a alguns dias, surge um segundo tipo de larva, o metatrocófofa (B).
(A) (B)
Os gastrópodes (A) e bivalves (B) também possuem uma larva trocófora (bem parecida com a dos poliquetos), porém esta sofre metamorfose muito rapidamente para outra fase, conhecida como véliger.
(A) (B)
Véu ciliado Valva
Os cefalópodes não possuem larvas, já que o desenvolvimento deste grupo é direto. Entretanto, são observadas no plâncton o que chamamos de para-larvas (ou falsas larvas).
Antizoea
zoea
Os cirripédios, conhecidos como cracas, possuem duas formas larvais planctônicas (A, náuplios e B, cípris), bastante abundantes no plâncton costeiro e estuarino
Náuplios
Cípris CRUSTACEA - CIRRIPEDIA
Pé para auxiliar na fixação
Os decápodes apresentam uma grande diversidade de larvas. Além dos conhecidos náuplios (presentes em todos os crustáceos), as duas formas larvais planctônicas típicas são zoea e megalopa. Cada grupo apresenta fases equivalentes e com nomes específicos para cada um. Por exemplo, a megalopa dos caranguejos-ermitão é conhecida como glaucothoe
Megalopa (glaucothoe) de paguros
Zoea de caranguejos-ermitão CRUSTACEA – DECAPODA - ANOMURA
Zoea de braquiúros Megalopa de braquiúros CRUSTACEA – DECAPODA - BRACHYURA
Zoea
O corpo é achatado e em forma de folha, auxiliando em grandes deslocamentos através das correntes marinhas
Phylossoma
Doliolaria de Holothuroidea
(Pepino-do-mar) Bipinnaria de Asteroidea (Estrela-do-mar)
Echinopluteus de Echinoidea (Ouriço-do-mar)
Os equinodermos apresentam muitas formas larvais e, desta forma, também possuem nomes diferenciados para cada uma delas. A mais comum é a larva Pluteus. Vale ressaltar que estas larvas, diferentemente dos adultos, possuem simetria bilateral.
As ascídia possuem uma larva que se Assemelha a um girino. Elas possuem notocorda, apesar de perderem durante as metamorfoses subseqüentes
Únicas representantes dos vertebrados no plâncton, as larvas de peixes apresentam morfologia bem próxima à dos adultos. Recebem uma denominação específica: ictioplâncton (incluindo os ovos).
Critério Ambiental:
A) Plâncton marinho (Haloplâncton)
Plâncton oceânico
Plâncton nerítico
Plâncton estuarino
B) Plâncton de águas doces (Limnoplâncton)
Critério taxonômico/nutrição:
A) Fitoplâncton (autotrófico) Cianofíceas, dinoflagelados, diatomáceas,
crisofíceas
B) Zooplâncton (heterotrófico)
Distribuição vertical :
A) Pleuston vento
B) Neuston Animais e vegetais que vivem na camada superficial (primeiros centímetros) das massas de água.
Epineuston - interface ar/água
Hiponeuston- sob a interface ar/água
C) Plâncton epipelágico – 0-300 m da coluna de água durante o período diurno. D) Plâncton mesopelágico - Entre 1000 e 300 m, durante o período diurno.
E) Plâncton batipelágico - Entre 3000/4000 m e 1000 m durante o período diurno. F) Plâncton abissopelágico - Entre 3000/4000 m e 6000 m.
G) Plâncton hadopelágico - Profundidades superiores a 6000 m.
3 - ADAPTAÇÃO À VIDA PLANCTÔNICA:
Flutuabilidade
Proteção contra inimigos
ADAPTAÇÕES
Densidade de 1,02 a 1,06
Esqueleto interno
ou externo Tendência ao afundamento
Aumento da superfície Diminuição da densidade
Movimentos natatórios FLUTUABILIDADE
- Aumento da superfície de sustentação:
a) Redução das dimensões superfície/volume:
Comprimento médio (mm) Duração média de afundamento (segundos) 2,1 181,3 3 74,3 4 31
b) Forma Agulha, discóides, pára-quedas, medusas, ovais alongadas
c) Formação de colônias: diatomáceas, salpas, cianofícias
A manutenção dos planctontes no seio da coluna de água pode ser associada a um
equação simples que relaciona a velocidade de afundamento dos organismos
planctônicos na coluna de água com alguns parâmetros físicos:
em que:
VA = Velocidade de afundamento (sinking rate)
W1 = Densidade do organismo
W2 = Densidade da água
R = Superfície de resistência
Vw = Viscosidade da água
-
Diminuição da densidade e do peso:
- Elementos esqueléticos menos densos e resistentes
- Fluido corporal menos denso que a água: Cephalopoda Cranchiidae
cloreto de amônio
- Gás: Caravela, foraminífero Tretomphalus
- Gotas de óleo em Copepoda
PROTEÇÃO
- Corpo transparente