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O transcendente e o imanente em A Ideia da Fenomenologia de Husserl

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Academic year: 2021

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The transcendent and the immanent in Husserl’s The Idea of Phenomenology

Bruno Alves Macedo1

Resumo: Trata-se de delimitar o desenvolvimento da epoché conforme a apresentação de Husserl em A Ideia da Fenomenologia e analisar, brevemente, de que forma as Investigações Lógicas são entendidas em relação ao refinamento da redução fenomenológica. Para que tal demarcação seja devidamente apresentada, trabalharemos levando em consideração os apontamentos de Carlos Alberto Ribeiro de Moura em sua obra A Crítica da Razão na Fenomenologia. Ao longo deste trabalho, os conceitos de transcendência e imanência, essências para a compreensão do método fenomenológico, serão devidamente esclarecidos em todos os seus aspectos, desde a atitude natural até a abordagem devidamente fenomenológica. Com esse desenvolvimento pretendemos apresentar um direcionamento para uma melhor compreensão de como Husserl supera uma circularidade que se apresenta no interior da redução.

Palavras-chave: Fenomenologia. Transcendental. Imanente.

Abstract: This work aims to delimit the development of Husserl’s epoché accordingly to his presentation in The Idea of Phenomenology and briefly analyze how the Logical Investigations are understood regarding the refinement of the phenomenological reduction. To achieve such delimitation and to properly present it, we shall work taking into account The Criticism of Reason in Phenomenology by Carlos Alberto Ribeiro de Moura. During our work, the concepts of transcendence and immanence, which are essential to comprehend the phenomenological method, will be properly elucidated in all of it’s aspects, from the nactural attitude to the rightly phenomenological approach. By the development of this work we intend to present the directions for a better comprehension of how Husserl overcomes a circularity inner to the reduction.

Keywords: Phenomenology. Transcendent. Immanent

* * * 1. Introdução

Pretendemos expor o movimento da redução fenomenológica em duas obras específicas de Husserl: A Ideia da Fenomenologia e as Investigações Lógicas. Serão delimitadas as definições de atitude natural e atitude filosófica para que se possa melhor compreender de que forma o pensamento de Husserl, nas Investigações, permanecia no solo do pensamento natural, mas sem deixar ser parte necessária para o refinamento da epoché.

1 Graduando em filosofia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Bolsista PIBID. E-mail:

bruno.alvm@gmail.com

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Husserl define a teoria do conhecimento como um esforço crítico que deve se debruçar sobre a relação entre o conhecimento mesmo, o sentido do conhecimento e seu objeto. Trata-se de um movimento crítico por conta sua atitude de eliminar qualquer posicionamento cético em relação à essência do conhecimento. Outro problema inicial que a crítica da razão enfrenta é a lida com interpretações errôneas que provém da atitude natural, principalmente em relação à essência da objectalidade.

2. A atitude natural

Apresentamos a seguinte questão: como surge e se desenvolve a crítica do conhecimento? A atitude natural, em seu primeiro momento, está direcionada às coisas numa relação intuitiva com o que está simplesmente dado no mundo e é deste modo que se produzem seus juízos. É nesse âmbito que surgem as lógicas científicas básicas, a partir de um expressar o que é apresentado pela experiência direta, ou seja, desenvolvem-se os métodos indutivo e dedutivo. Afinal, sempre estando numa relação básica com as coisas, a ciência natural funciona num modo lógico de acordo com elas.

Na atitude natural, as coisas são, por princípio, diferentes das manifestações pelas quais elas vêm a se tornar presentes. A consciência do mundo é sobre um mundo que está presente sem necessariamente se localizar plenamente no campo de percepção, pois ele é independente dela. O eu é entendido como fazendo parte desse mundo.

Se apreendo a subjetividade como uma região, é inevitável que eu apreenda os outros conteúdos como pertencentes a outras regiões, como separados e exteriores a ela. Se decodifico o objeto como um em-si, é necessário que eu separe dele o domínio de sua manifestação, o domínio da subjetividade, como formando uma região exterior a ele.

(MOURA, 1989, p.165)

3. A atitude natural reflexiva

De acordo com essa primeira descrição, feita por Husserl, sobre a atitude natural, o conhecimento não é problema. Ele é inconcebível como problema, sua possibilidade é óbvia. Porém, é intrínseco à sua constituição natural que ele mesmo, o conhecimento, se torne seu objeto de investigação.

O conhecimento é um acto da natureza, é vivência de seres orgânicos que conhecem, é um factum psicológico. Pode como qualquer factum

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psicológico, descrever-se segundo as suas espécies e formas de conexão e investigar-se nas suas relações genéticas. (HUSSERL, 2015, p.39)

Surge, então, a expressão de uma reflexão dentro da atitude natural, que faz de objeto de investigação as conexões a priori do processo de significação. Há o desenvolvimento de uma lógica pura. Afinal, aquela consciência mundana da atitude natural apresenta uma duplicidade entre consciência do próprio homem natural e consciência do mundo em que se encontra, isso gera um estranhamento acerca da ligação entres essas duas consciências.

É também este o momento em que se desenvolveram as Investigações Lógicas, pois, enquanto ela avançava na crítica de uma tradição que negligenciava as diferenças entre percepção, consciência de imagem e consciência de signo; e enquanto combatia o ato de comparar a imagem com o objeto original, não deixava de levar em consideração o objeto como algo que está além das manifestações. Nesse caso, ainda se manifestam uma interioridade e uma exterioridade.

As Investigações criticavam a representação clássica por confundir modos de consciência descritivamente diversos e por enveredar em dificuldades lógicas. Agora, essa crítica permanecerá válida, mas Husserl insistirá mais sobre um ponto que em 1901 ele negligenciava:

supor que a representação se faz por imagem ou por signo é supor um objeto exterior ao qual a consciência efetivamente não tem acesso, é supor uma transcendência real do objeto frente à consciência, uma separação real entre objeto e suas manifestações. (MOURA, 1989, p.171)

Logo, é exatamente na análise da relação vivência cognitiva; significação;

objeto, que, de acordo com Husserl, surge o problema da possibilidade do conhecimento. Como pode o conhecimento estar certo sobre a sua apreensão dos objetos neste ato de ir além de si? Trata-se de questionar como pode-se dizer, levando em consideração que a percepção é uma vivência do sujeito, que não existem apenas os atos, mas também o que é conhecido por eles. Aqui abre-se espaço para o surgimento de um solipsismo ou de um ceticismo em geral.

Esse é o ponto de partida para Husserl apresentar a necessidade de uma devida ciência sobre o ente. A primeira referência que nos vêm à uma ciência dessa espécie é a metafisica, pois sua abordagem é compreender a essência do conhecimento, da objectalidade (levando em considerações suas diferentes configurações elementares) e

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os vários modos fundamentais em que conhecimento e objectaliade se relacionam.

Porém, Husserl afirma:

Se abstrairmos das metas metafísicas da crítica do conhecimento, atendo-nos à sua tarefa de elucidar a essência do conhecimento e da objectalidade cognitiva, ela é então fenomenologia do conhecimento e da objectalidade cognitiva e constitui o fragmento primeiro e básico da fenomenologia em geral. (HUSSERL, 2015, p.44)

4. A atitude filosófica

Fenomenologia é o momento da atitude intelectual filosófica. Em seu percurso inicial, a principal característica é a lida com pequenos detalhes nos modos de abordagem e compreensão prévias em relação ao conhecimento. É um esforço de atenção para que realmente haja um devido desligamento de qualquer abordagem ao modo da atitude natural, o que inclui o psicologismo. Na atitude filosófica, o mundo passa a ser um todo não formado por consciência e objeto e sim como uma parte de um todo que é formado pela consciência e objeto.

A psicologia pode ser capaz de exercer a redução até certa medida, porém, não é uma redução com um aspecto universal por ser incapaz de não apreender a subjetividade como uma região do mundo.

Se a existência do objeto não interessava em nada à análise do psicólogo, nem por isso ele deixava de apreender esse objeto como um em-si, como um conteúdo distinto de suas manifestações, situado no exterior da “região” consciência. (MOURA, 1989, p.166)

É crucial, ao devido exercício do método fenomenológico, que não se faça uso de nenhum modelo metódico de nenhuma ciência natural, nem mesmo a matemática, e que não haja equiparação entre o objeto da filosofia e o de qualquer outra ciência natural. A filosofia se estabelece em uma posição nova com pontos de partida totalmente novos em relação ao conhecimento natural. Ela deve abster-se de todo o trabalho intelectual produzido pelas ciências naturais.

Ao compreendermos o direcionamento que a crítica do conhecimento toma, é preciso, então, entender como ela deve ser estabelecida. A epoché, necessária para uma devida crítica do conhecimento, deve evitar qualquer conhecimento, principalmente qualquer tipo de conhecimento previamente dado. O movimento seguinte é o estabelecimento de um conhecimento que a epoché dê a si mesma e o tenha como

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primeiro. Ao redor desse primeiro conhecimento não pode haver nenhum enigma, deve ser absolutamente dado e indubitável.

É evidente que o método cartesiano deve, neste momento, ser retomado e trabalhado com a fenomenologia. Husserl reafirma, de acordo com o método, que, ao julgar tudo como duvidoso, o julgar é indubitável, assim como o ato de duvidar é indubitável. Somos, dessa forma, direcionados a entender que sobre o perceber, o representar, o julgar, o raciocinar, independentemente do modo do objeto desses atos, é certo que ao perceber, percepciono isto; ao julgar, julgo isto, etc.

Vejamos o uso que Husserl faz da meditação cartesiana com as devidas modificações para o direcionamento da fenomenologia: Uma percepção pode ser concretamente efetuada ao modo de que se pode ver o que é percepcionado, o mesmo é válido para uma recordação, por exemplo, ou até mesmo uma fantasia. Podemos direcionar o “ver” para o que é dado em qualquer um desses modos. A conclusão de Husserl é que em toda vivência há um objeto puro que pode ser visto e entendido como um dado puro, no modo do isto-aqui.

5. O transcendente e o imanente

Qual é a essência do problema sobre a possibilidade do conhecimento? Husserl responde essa pergunta apontando para o fato de que o conhecimento objetiva um transcendente. O transcendental é mostrado como o que é, de fato, enigmático para a análise da possibilidade do conhecimento, pois este pretende atingir coisas que não estão nele. Neste momento, nos aproximamos da definição de Husserl sobre os dois sentidos de transcendência. “Pode, por um lado, querer dizer que o objeto de conhecimento não está como ingrediente contido no acto cognitivo, de modo que por

“dado no verdadeiro sentido” ou “dado imanentemente” se entende o estar inclusamente contido” (HUSSERL, 2015, p.58).

Ingrediente da cogitatio é definido por Husserl como um componente, ou seja, o que é percebido está presente na cogitatio, mas não é realmente nela existente, não é ingrediente. Nessa compreensão, a imanência significa aquilo que está incluso no interior do ato cognitivo. Eis a questão, como a vivência é capaz de ir além de si mesma?

O outro sentido de transcendência refere-se a algo que, em absoluto, não é intuído, sua posição está além do que é dado. Nessa compreensão, a imanência possui o

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significado de aquilo que é evidente, ou seja, está absolutamente dado, a objectalidade intentada está imediata. Eis uma outra questão, como algo pode ser estabelecido pelo conhecimento como existente se não está diretamente dado, se não está dado em absoluto?

Está claro que, para a fenomenologia, a questão é a possibilidade da transcendência e não sua realidade. O fenômeno da cogitatio não se mistura com o enigma da transcendência, pois o objeto do fenômeno puro está dado e puramente intuído. Para que isso seja melhor compreendido, é preciso ter com clareza a forma como o que é desenvolvido por Husserl na Ideia da Fenomenologia não se confunde com a psicologia.

Se eu, como homem que pensa na atitude natural, dirijo o olhar para a percepção, que justamente estou a viver, percebo-a logo e quase inevitavelmente ao meu eu; ela está aí como vivência desta pessoa vivente, como estado seu, como acto seu; o conteúdo sensitivo está aí como o que conteudalmente se dá a essa pessoa, como o sentido e sabido por ela; e a vivência insere-se, juntamente com a pessoa, no tempo objectivo. (HUSSERL, 2015, p.68)

Essa interpretação é ao modo da psicologia, por causa do seu comportamento em tratar a vivencia como algo que se insere num tempo e pertence a um eu que está inserido no mundo. Desse modo, ao suspendermos esses conceitos, que são transcendências, podemos nos direcionar intuitivamente ao fenômeno puro da apercepção, isto é, a cogitatio. Por isso Husserl afirma que ao aplicarmos a redução fenomenológica numa vivência psíquica o resultado é um fenômeno puro.

Para que possamos entender melhor, é importante frisar que a questão sobre a possibilidade de um conhecimento transcendente não pode ser posta a partir de um eu que pertence ao mundo, pois isso seria já ter um conhecimento transcendente como pressuposto.

A fenomenologia do conhecimento é então definida por Husserl como um estudo da essência dos fenômenos cognitivos puros. O fenômeno deve ser cientificamente conhecido. No campo da fenomenologia, esse conhecer cientificamente implica que não há algum tipo de validade objetiva nem sentido objetivo, apenas verdade subjetiva. A questão que agora se apresenta é: como obter juízos cientificamente válidos na esfera da fenomenologia? Afinal, ciência implica em objetividade e transcendência.

A epoché exige que não haja transcendência antes de estabelecer como se dá a possibilidade do transcendente, mas, se para entender essa possibilidade é preciso fazer

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uso de certas posições transcendentes, então a fenomenologia estaria em uma circularidade.

Carlos Alberto Ribeiro de Moura analisa a redução fenomenológica por dois aspectos: o negativo, que serve apenas para contornar essa circularidade; e o positivo, que, ao devidamente desenvolver uma crítica dos prejuízos da atitude natural, abre caminho para uma subjetividade que nada tem a ver com a interioridade do homem natural, mas que é totalmente cogitatio. Busca-se não um eu mundano e sim um eu transcendental que pode pôr questões transcendentais e que, como afirma Husserl, é denominado eu apenas por equívoco. Moura sintetiza a redução do seguinte modo:

[...] 1º) que a coisa não está além de sua manifestação e que portanto ela é relativa à percepção e dependente da consciência; 2.°) que a consciência não é uma parte ou região de um todo mais amplo, mas é ela mesma um todo que é absoluto, não-dependente, e que não tem nada fora de si. (MOURA, 1989, p.170)

Husserl desenvolve uma solução: a percepção do imanente se dá ao modo da redução, na percepção reflexa, em que o que é intuitivamente intentado é imediatamente apreendido. Trata-se de apreender o que é dado por si mesmo sem que se vise algo que não é dado. Em relação ao intentar transcendente, o que é intentado não está dado e não pode ser por si mesmo ser compreendido. Dessa forma, nos movemos à próxima questão dentro desse âmbito: Se o que é diretamente apreendido pela intenção intuitiva, se o que se dá em si mesmo, for apenas a vivencia singular do isto-aqui, como obter intuitivamente universalidades que são evidentes por si mesmas?

Husserl demonstra a essência da percepção como uma percepção que se dá nesses modos singulares do isto, sendo assim, o objeto intencionado é essencialmente perceptível apenas nestes modos singulares. Isso implica em que não há sentido num objeto distinto desses múltiplos singulares. Aqui aparece a devida abordagem fenomenológica daquela tradição que as Investigações ainda não concretizavam, não há transcendente frente à coisa sensível e a coisa sensível, como explica Moura, não transcende a consciência, finalmente se elimina a mediação das manifestações.

6. Considerações finais

Não há mais espaço para o eu cartesiano se essa subjetividade que Husserl desenvolve não possui uma exterioridade. Essa interioridade possui nela mesma um

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imanente e um transcendente de forma que esses dois conceitos assumam, neste momento, uma forma que não é a da atitude natural.

Esses conceitos, Husserl começa a elaborá-los já em A Idéia da Fenomenologia, onde ele distinguia: 1) o conceito autêntico de imanência, determinado pela doação em pessoa (Selbstgegebenheif) e 2) o conceito autêntico de transcendência, determinado pela identidade (e não mais pela exterioridade à consciência como na transcendência real). (MOURA, 1989, p.184)

A crítica do conhecimento, de acordo com Husserl, necessita de dados absolutos.

A resposta está nos juízos sobre as cogitationes enquanto adequados à cogitatio. “E ainda que às cogitationes, sobre as quais fazemos enunciados, se acrescentem pelo pensar predicativo novas cogitationes, não são estas, no entanto, as que constituem o estado de coisas predicativo, a objectalidade do enunciado”. (HUSSERL, 2015, p.76) Husserl está se referindo ao enunciado que aponta para a constituição de um “evento”

da cogitatio, por exemplo, ao apontarmos que na base de um certo fenômeno judicativo existem tais fenômenos de representação.

Se a fenomenologia faz análise de essências sob as condições do intuir aquilo que se apresenta absolutamente, ela é ciência e método para a elucidação de possibilidades do conhecimento a partir de sua essência fundamental, e analisar essências é conhecer objectalidades universais.

Referências

MOURA, C. A. R. Crítica da razão na fenomenologia. São Paulo: Nova Stella; Editora da Universidade de São Paulo, 1989.

HUSSERL, E. A Ideia da Fenomenologia. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 2015.

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