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Modificação da zeólita BEA com trióxido de tungstênio para produção de biodiesel

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I

Universidade de Brasília - UnB Faculdade UnB Gama - FGA Curso de Engenharia de Energia

MODIFICAÇÃO DA ZEÓLITA BEA COM TRIÓXIDO DE TUNGSTÊNIO PARA PRODUÇÃO DE BIODIESEL

Autora: Ana Rafaela Sobrinho de Miranda Orientadora: Drª. Andréia Alves Costa

Brasília, DF

2015

(2)

II

Ana Rafaela Sobrinho de Miranda

MODIFICAÇÃO DA ZEÓLITA BEA COM TRIÓXIDO DE TUNGSTÊNIO PARA PRODUÇÃO DE BIODIESEL

Monografia submetida ao curso de graduação em Engenharia de Energia da Universidade de Brasília como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Engenharia de Energia.

Orientadora: Profª. Drª. Andréia Alves Costa

Brasília, DF 2015

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III

Miranda, Ana Rafaela Sobrinho de.

Modificação da zeólita BEA com trióxido de tungstênio para produção de biodiesel / Ana Rafaela Sobrinho de Miranda. Brasília: UnB, 2015. 39 p. : il. ; 29,5 cm.

Monografia (Graduação) – Universidade de Brasília Faculdade do Gama, Brasília, 2015. Orientação: Andréia Alves

Costa.

1. Biodiesel. 2. Zeólita. 3. Trióxido de tungstênio I. Costa, Andréia Alves. II. Doutora.

CDU Classificação

(4)

IV

Ana Rafaela Sobrinho de Miranda

Monografia submetida como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Engenharia de Energia da Faculdade UnB Gama - FGA, da Universidade de Brasília, em 02/12/15, apresentada e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada:

Profª. Drª. Andréia Alves Costa, UnB/ FGA Orientadora

Profª. Drª. Patrícia Regina Sobral Braga, UnB/ FGA Membro Convidado

Prof. Dr. Julio Lemos de Macedo, IQ/ UnB Membro Convidado

Brasília, DF 2015

(5)

V

Dedico este trabalho aos meus pais.

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VI

AGRADECIMENTOS

À Deus, que com Sua presença me protegeu, com Suas mãos me segurou e com Seus braços me carregou. À Nossa Senhora, cujo coração de mãe me acalmou nas horas difíceis, cuja intercessão me fez mais confiante, cujo colo materno consolou minhas dificuldades e guardou minhas alegrias.

Aos meus pais, Lázaro e Necy, minha eterna gratidão. Obrigada por me mostrarem o caminho e me deixarem seguir, por serem minhas fontes de paz e acalanto. A vocês meu mais sincero amor!

À minha irmã, melhor amiga e companheira, Talita. Obrigada pela amizade sempre sincera, pelo companheirismo e amor.

À Rodrigo, que se fez presente em minha caminhada e, com seu companheirismo, me ajudou a seguir meu caminho.

Aos meus tios, José Emílio e Rita, que com muita hospitalidade me acolheram em sua casa, me ofereceram todo apoio que precisei e me ajudaram a iniciar esta jornada.

Aos meus professores, mestres que se dispuseram a me ensinar. De modo especial à minha orientadora Andréia, à professora Patrícia e ao professor Júlio, cujas dedicações e sabedorias foram essenciais para que eu elaborasse este trabalho.

(7)

VII

“Se tu choras por ter perdido o sol, as lágrimas te impedirão de ver as estrelas.”

Antoine de Saint-Exupéry.

(8)

VIII

RESUMO

A instabilidade no preço dos combustíveis fósseis e sua elevada emissão de gases poluentes são fatores que têm proporcionado um aumento da procura por fontes renováveis de energia. O biodiesel, biocombustível derivado de óleo vegetal e gordura animal, se mostra como uma opção muito vantajosa, visto que sua utilização em motores a diesel é totalmente viável, além de apresentar redução nos níveis de poluição. As principais reações químicas que promovem a obtenção do biodiesel são esterificação de ácidos graxos livres (AGL’s) e transesterificação de óleos vegetais, as quais necessitam da presença de catalisadores para alcançarem maiores rendimentos e melhores eficiências. Atualmente, os catalisadores homogêneos básicos têm sido os mais utilizados para esta aplicação, apesar de apresentarem uma série de limitações, principalmente quando são utilizados em reações que contêm óleos com altos índices de AGL’s. Sendo assim, a catálise heterogênea surge como uma das opções mais eficientes para a produção de biodiesel. O presente trabalho reportou o estudo da influência de trióxido de tungstênio (WO3) na estrutura da zeólita BEA para a produção de biodiesel. O catalisador modificado 14,5% WO3/BEA foi aplicado em reações de transesterificação com etanol, usando óleo de soja puro e óleo residual de fritura. Os resultados utilizando o catalisador 14,5% WO3/BEA mostraram que as reações foram favorecidas com o óleo de fritura, dados estes que não eram esperados, em virtude da baixa qualidade do óleo precursor. A conversão com óleo puro foi de 37,0% e com óleo residual de fritura foi de 56,1%. Esse dado é interessante, uma vez que a literatura reporta melhores resultados quando o óleo é puro. As condições reacionais relativamente brandas para esse tipo de reação podem explicar as baixas conversões em ambos os casos.

Palavras-chave: Biodiesel. Zeólita. Trióxido de tungstênio.

(9)

IX

ABSTRACT

The instability in the price of fossil fuels and their high greenhouse emissions are factors that have lead to increased demand for renewable energy sources. The biodiesel, biofuel derived from vegetable oil and animal fat, is shown as a very advantageous option since its use in diesel engines is entirely feasible, and present reduction in pollution levels. The major chemical reactions that promote the production of biodiesel are esterification of free fatty acids (FFA's) and transesterification of vegetable oils, which require the presence of catalysts to achieve higher yields and better efficiencies. Currently, basic homogeneous catalysts have been the most used for this application, although they present a number of limitations, especially when used in reactions containing oils with high FFA’s. Thus, heterogeneous catalysis appears as one of the most effective options for the production of biodiesel. The present work reported the study of the influence of the tungsten trioxide in the structure of zeolite BEA for the production of biodiesel. The modified 14,5% WO3/BEA catalyst was applied in transestherification reactions using ethanol, pure soy oil and waste cooking oil. The results using the modified 14,5%

WO3/BEA catalyst showed that the reactions were favored with waste cooking oil, not expected data, due to the low quality of the precursor oil. The conversion with pure oil was 37.0%, and with waste cooking oil was 56,1%. This data is interesting, once the literature reports better results with pure soy oil. The reactional conditions relatively mild conditions for this type of reaction can explain the lower conversions in both cases.

Keywords: Biodiesel. Zeolite. Tungsten trioxide.

(10)

X

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AGL’s – Ácidos Graxos Livres

ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis AOCS – American Oil Chemists’s Society

BEA – Zeólita Beta

B7 – Combustível composto por 7% de biodiesel

CEDN – Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional DRX – Difração de Raios X

EFAL – Extraframework aluminium ou alumínio fora da rede EtOH – Etanol

FTIR – Espectroscopia de Infravermelho com Transformação de Fourier KOH – Hidróxido de Potássio

PNPB – Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel RMN – Ressonância Magnética Nuclear

SOx – Óxidos de enxofre TAG - Triacilglicerídeos USY – Ultra Stable – Y Zeolite VOx – Vanadium Oxides ZSM – Zeolite Synthetic Mobil

(11)

XI

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Representação da reação química de transesterificação para a produção de

biodiesel...7

Figura 2. Representação da formação de tetraedros na estrutura da zeólita...8

Figura 3. Estrutura tridimensional da zeólita BEA...10

Figura 4. Representação da estrutura de sítios ácidos de Brønsted...11

Figura 5. Representação da estrutura de sítios ácidos de Lewis...12

Figura 6. Reator da Parr (Series 5000 Multi Reactor System)...15

Figura 7. Tela representativa do Software SpecView...16

(12)

XII

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Componentes das reações realizadas no Reator da Parr...15

Tabela 2. Dados do óleo de soja puro...18

Tabela 3. Dados do óleo de soja de fritura...18

Tabela 4. Índices de acidez em mg de KOH/g de óleo...18

Tabela 5. Índices de acidez em mg de KOH/g de óleo – método Cd 3d-63...19

Tabela 6. Propriedades texturais para amostras HBEA e 14,5% WO3/BEA...20

Tabela 7. Resultado da reação de esterificação do ácido oléico com etanol usando os catalisadores de WO3/BEA...20

Tabela 8. Conversões obtidas nas reações de transesterificação de óleo puro...21

Tabela 9. Conversões obtidas nas reações de transesterificação de óleo residual de fritura...21

(13)

XIII

SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS...VI RESUMO...VIII ABSTRACT...IX LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS...X LISTA DE FIGURAS...XI LISTA DE TABELAS...XII SUMÁRIO...XIII

1. INTRODUÇÃO...1

1.1 HISTÓRICO...2

1.2 JUSTIFICATIVA...3

2. OBJETIVOS...4

2.1 OBJETIVO GERAL...4

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...4

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...5

3.1 BIODIESEL...5

3.1.1 Fontes de produção...6

3.1.2 Métodos de produção...7

3.1.2.1 TRANSESTERIFICAÇÃO...7

3.2 CATÁLISE HETEROGÊNEA ÁCIDA...7

3.2.1 Zeólitas...8

3.2.1.1 Zeólita BEA...9

3.3 APLICAÇÃO DAS ZEÓLITAS NA PRODUÇÃO DE BIODIESEL...11

3.3.1 Modificação de zeólitas...11

4. PARTE EXPERIMENTAL...13

4.1 MATERIAIS...13

4.2 PREPARAÇÃO DOS MATERIAIS...13

4.2.1 Síntese do ácido tunguístico...13

4.2.2 Preparação da zeólita BEA modificada com WO3...14

4.3 TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO...14

4.4 REAÇÃO DE TRANSESTERIFICAÇÃO...14

4.5 DETERMINAÇÃO DOS ÍNDICES DE ACIDEZ DOS ÓLEOS DE SOJA PURO E DE FRITURA...15

4.6 DETERMINAÇÃO DA TAXA DE CONVERSÃO DE ÉSTERES ETÍLICOS...17

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO...18

5.1 ÍNDICES DE ACIDEZ DO ÓLEO DE SOJA PURO E DO ÓLEO RESIDUAL DE FRITURA...18

5.2 ANÁLISE DA ATIVIDADE CATALÍTICA E DOS RENDIMENTOS DOS ÉSTERES DE ETILA...19

6. CONCLUSÃO...23

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...24

(14)

1

1. INTRODUÇÃO

A busca por fontes renováveis de energia (como solar, eólica, geotérmica) tem ocupado, cada vez mais, espaços de grande importância em diversos países, visto que as fontes de origem fóssil (não renováveis) são finitas e geram elevados níveis de poluição ao meio ambiente. Diminuir os impactos ambientais e aumentar a sustentabilidade do meio, por razões tanto econômicas quanto sociais e/ou políticas, tem sido objetivo comum, principalmente da Comunidade Europeia, Argentina e Estados Unidos [1]. Esses e diversos outros países vêm estimulando a substituição dos combustíveis fósseis por biocombustíveis, que surgem como uma opção bastante vantajosa devido, principalmente, aos seus baixos níveis de emissão de gases poluentes.

Durante a queima de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão) são emitidas grandes quantidades de gases que contaminam o ar e que têm provocado uma das maiores formas de poluição ambiental dos últimos tempos.

Esses gases geralmente são monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), hidrocarbonetos (HC) e óxidos de enxofre (SOx). Fatores como efeito estufa, chuva ácida, derramamento de óleo e mudanças climáticas, as quais colaboram com o aquecimento global, são alguns exemplos de problemas ambientais causados pelo uso de tais combustíveis [2]. Dessa forma, os biocombustíveis têm sido cada vez mais aceitos na sociedade, além de serem objetos de estudo para muitos pesquisadores, pela possibilidade de serem usados em motores a diesel com redução nos níveis de poluição e, ainda, solucionarem problemas sociais como a falta de empregos e a desigualdade social [3].

O biodiesel é um combustível renovável, produzido a partir de óleos vegetais e gorduras animais, a partir de dois principais processos químicos: esterificação e transesterificação [2]. As reações de esterificação mais utilizadas são catalisadas por ácidos minerais (como ácido sulfúrico), que, apesar de apresentarem elevada atividade catalítica, causam problemas relacionados à sua natureza corrosiva e à grande dificuldade de separação após a reação química [3]. A transesterificação de óleos vegetais em meio básico homogêneo é largamente utilizada na produção de biodiesel [4], apesar de apresentar sérias desvantagens, principalmente quando os óleos possuem grandes porcentagens de ácidos graxos livres (AGL’s), os quais reagem com esses catalisadores básicos formando sabão, diminuindo o rendimento do processo [3,4]. Os catalisadores homogêneos básicos são os mais utilizados

(15)

2

principalmente por proporcionarem maior velocidade à reação quando comparados aos catalisadores ácidos [3]. Porém, vale ressaltar a grande vantagem que os catalisadores ácidos apresentam, uma vez que estes podem catalisar tanto reações de esterificação quanto de transesterificação simultaneamente [3].

A reação de transesterificação que utiliza material heterogêneo, na qual o catalisador se encontra em fase diferente da fase dos reagentes e produtos, minimiza grande parte dos problemas que o meio homogêneo gera na reação.

Principalmente no que diz respeito à separação do catalisador no final da reação que, neste caso, é facilmente executável pelo fato dos estados físicos das substâncias serem diferentes. Dessa forma, muitos catalisadores sólidos ácidos como, por exemplo, as zeólitas têm sido testadas nas reações, se apresentando com altos rendimentos e, portanto, como catalisadores potenciais para a produção de biodiesel [3,4].

Com o intuito de analisar tanto o comportamento da zeólita BEA pura quanto da modificada com 14,5% de WO3 em reações de transesterificação para a produção de biodiesel, será explicitado inicialmente um breve histórico sobre a situação inicial do biodiesel no mercado brasileiro e, em seguida, será exposta a justificativa deste estudo.

1.1 HISTÓRICO

Dentro do cenário brasileiro, foram criados programas relacionados à utilização de biomassa como fonte de energia, os quais regulamentaram o uso em larga escala dos biocombustíveis e de seus insumos.

O primeiro foi o Programa Nacional do Álcool - Pró-Álcool (1975), cujo objetivo foi incentivar a utilização de etanol a partir do aperfeiçoamento das técnicas de obtenção dos seus insumos, como cana-de-açúcar [5].

Outro foi o Plano de Produção de Óleos Vegetais para Fins Energéticos - Pró- Óleo (1980), que pretendia encontrar um adicional e/ou substituto para o óleo diesel que fosse oriundo de óleos vegetais, de forma a misturar esses óleos (até 30% em volume) no óleo diesel. O Pró-Óleo, apesar de ter sido abandonado em 1986 devido à queda no preço do petróleo [2], deixou uma significativa experiência ao país quanto ao uso de combustíveis derivados de óleos vegetais ou gorduras animais, ao mostrar que sua utilização em motores a diesel se torna totalmente viável e muito

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3

vantajosa. A partir desse momento, o uso do biodiesel passou a ser fonte de discussões e pesquisas no Brasil.

1.2 JUSTIFICATIVA

O biodiesel é um biocombustível que contém alto ponto de ebulição, baixa pressão de vapor e alto ponto de fulgor, quando comparado ao diesel de petróleo ou gasolina [6]. Por essa razão, dentre os combustíveis existentes, o biodiesel é um dos mais seguros de se utilizar, além de ser um combustível renovável e gerar baixos níveis de poluição. Durante a produção de biodiesel, algumas zeólitas se sobressaem como catalisadores, assim como a zeólita BEA que possui características bastante singulares [3], sendo um dos principais temas de estudos na área de produção de biodiesel. De modo geral, as condições de síntese sob as quais as zeólitas são inseridas definem a composição de cada uma delas [3]. Para aumentar a eficiência de catalisadores como as zeólitas são feitas modificações em suas estruturas, que permitem melhorar muitas de suas características, como a estabilidade térmica, o potencial de conversão e a capacidade de variações de força, quantidade e distribuição de sítios ácidos.

Dentre as modificações feitas atualmente e aquelas que constam na literatura, pode-se dizer que os trabalhos que visam alterar as características ácidas de materiais zeolíticos são os mais atraentes para pesquisadores e indústrias [7].

Segundo Gianetto et al. [7], isso acontece pois, através de métodos de preparação - como adsorção, impregnação e troca iônica – ocorre variação de quantidade, força e distribuição de sítios ácidos diferenciados das zeólitas. A utilização de tungstênio suportado para modificação de zeólitas é um tipo de trabalho bastante explorado, pois este composto apresenta sítios ácidos de Brønsted e de Lewis muito fortes, o que torna as zeólitas mais atrativas [3].

Dessa forma, a modificação da zeólita BEA com trióxido de tungstênio (WO3) em reações de transesterificação foi escolhida para a realização deste trabalho, já que este óxido apresenta grandes possibilidades de modificar as características ácidas das zeólitas, tornando-as vantajosas para diversas aplicações [3]. Estudos de Costa [3] mostraram que a aplicação do catalisador 14,5% WO3/BEA na esterificação do ácido oleico com etanol mostrou o melhor resultado em termos de conversão, justificando a utilização desse catalisador nas reações de transesterificação deste trabalho.

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4

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo deste trabalho foi analisar os resultados das aplicações das zeólitas HBEA pura e modificada com WO3 na transesterificação do óleo de soja puro e do óleo residual de fritura, para a produção de biodiesel. Dessa forma, este trabalho visou obter resultados que mostrassem a influência dos efeitos da impregnação do óxido na estrutura da zeólita HBEA, de modo a definir novas características físicas e químicas para este sólido.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Para se realizar a análise dos resultados da produção do biodiesel via transesterificação, usando como catalisador a zeólita HBEA pura e modificada com 14,5% de WO3, os seguintes métodos e estudos foram considerados indispensáveis:

 Realização das reações de transesterificação do óleo de soja puro, utilizando a zeólita HBEA pura e a modificada com 14,5% de WO3;

 Realização das reações de transesterificação do óleo residual de fritura, utilizando a zeólita HBEA pura e a modificada com 14,5% de WO3;

 Verificação da atividade e estabilidade dos catalisadores antes e após a impregnação do óxido;

 Análise dos resultados obtidos em todas as reações, avaliando as características e propriedades obtidas nos novos materiais.

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5

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 BIODIESEL

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), biodiesel é um combustível derivado de óleos vegetais ou gorduras animais, composto por alquilésteres de ácidos graxos de cadeia longa [8].

A LEI Nº 11.097 de 2005 versa sobre o mesmo da seguinte maneira:

“Biodiesel: biocombustível derivado de biomassa renovável para uso em motores a combustão interna com ignição por compressão ou, conforme regulamento, para geração de outro tipo de energia, que possa substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil.” [9].

A partir desta lei, foi imposta a introdução do biodiesel na matriz energética brasileira, por meio da regulação e autorização das atividades relacionadas, principalmente, à produção do biodiesel. Com isso, surgiu uma maior motivação quanto à redução do alto índice de geração de gases poluentes nas regiões metropolitanas brasileiras, gerado, principalmente, pelos veículos automotores que utilizam óleo diesel derivado do petróleo [1]. Como forma de impulso e incentivo para que sejam reduzidos e amenizados os efeitos nocivos ao meio ambiente, causados pela grande concentração de automóveis nos centros urbanos, têm sido criadas leis que impõem a quantidade obrigatória de adição de biodiesel ao óleo diesel comercializado.

A Lei 13.033/14 promulgada em 24 de setembro de 2014, a partir da conversão da Medida Provisória nº 647, tornou obrigatório o uso do B7, ou seja, 7%

(sete por cento) de biodiesel ao óleo diesel fóssil comercializado em todo o território nacional. Além disso, esse projeto criou um cronograma, que foi recentemente aprovado pela Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional (CEDN) do Senado Federal (em 11 de novembro de 2015), estabelecendo os percentuais de adição obrigatória de biodiesel ao óleo diesel, escalonados progressivamente em 8%, 9% e 10%, com prazos estabelecidos a partir da promulgação da lei [1].

Vale ressaltar que existe uma nomenclatura que expressa qual porcentagem em volume de biodiesel está presente no combustível em questão. O biodiesel B8, por exemplo, é um combustível composto por 8% em volume de biodiesel.

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6

3.1.1 Fontes de produção

Atualmente, as principais fontes de produção de biodiesel são óleos vegetais e gorduras animais [4]. De modo geral, o biodiesel pode ser produzido a partir de óleos vegetais, porém, alguns tipos de óleos são considerados não ideais para essa aplicação, pois possuem alto teor de ácidos graxos livres (AGL’s), o que possibilita aumento da viscosidade dos ésteres saturados, causando, por exemplo, entupimento dos filtros de óleo do motor [4].

Os óleos vegetais que apresentam de 3 a 40% de AGL’s em sua composição geralmente são considerados ácidos, característica que dificulta a separação do biodiesel e desativa os catalisadores. Isso acontece uma vez que, diante de grandes quantidades de AGL’s presentes no óleo vegetal da reação, os ácidos reagem com os catalisadores básicos formando sabão [3].

A quantidade de diferentes tipos de ácidos graxos presentes no óleo vegetal define sua composição. Estudos de Ghesti et al. [10] mostraram que o óleo de soja é composto pelos seguintes ácidos graxos: linoleico (53,7%), oleico (27,0%), palmítico (11,6%), linolênico (4,5%) e esteárico (3,2%).

Segundo uma análise do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) feita em 2011, a soja foi a principal matéria-prima utilizada em escala nacional, correspondendo a cerca de 77,9% da produção total de biodiesel, seguida do sebo bovino em 16,15%, do óleo de algodão em 3,50% e de outras matérias- primas, correspondentes a 2,45% do total [4].

Porém, o uso de óleos vegetais, como os de soja, para a produção de biodiesel apresenta sérios problemas, sendo o maior deles o fato do óleo vegetal ser um produto de suma importância na cadeia alimentar, o que pode gerar concorrência entre as indústrias química e alimentícia.

Sendo assim, além de apresentarem baixos custos de (re) utilização, os óleos residuais de frituras se mostram como fonte de produção muito vantajosa, ainda quando se analisa o alto índice de impacto ambiental que seu descarte causa ao meio ambiente. Porém, como todos os óleos de baixa qualidade, os quais geralmente apresentam grandes quantidades de AGL’s, o óleo proveniente de fritura, quando nessas condições, não obtém a eficiência mínima necessária para que haja a formação do biodiesel.

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7

3.1.2 Métodos de produção

O processo químico mais utilizado para produção de biodiesel é a transesterificação. A seguir serão mostradas as definições mais importantes envolvidas nessa reação.

3.1.2.1 TRANSESTERIFICAÇÃO

A transesterificação, também conhecida como alcoólise, é o processo (Figura 2) que envolve a reação de um éster carboxílico e um álcool que, na presença de um catalisador ácido ou básico, atinge seu equilíbrio mais rapidamente gerando biodiesel e glicerol [3,11].

Figura 1. Representação da reação química de transesterificação para a produção de biodiesel. Adaptada da referência [11].

Diante da alta viscosidade que os óleos vegetais in natura possuem, característica que gera sérios problemas operacionais durante seu uso direto em motores, comprometendo principalmente a durabilidade dos mesmos, a transesterificação surge como solução para estes problemas, permitindo a produção do biodiesel com viscosidades muito próximas às do diesel de petróleo [4,12].

3.2 CATÁLISE HETEROGÊNEA ÁCIDA

A catálise heterogênea tem sido muito estimulada por pesquisadores e indústrias, sendo que se trata de um processo onde o catalisador é estável termicamente, seletivo, de longa atividade e facilmente recuperável. Porém, duas de suas principais limitações em relação à catálise homogênea são o tempo de reação e a necessidade de ser realizada em condições experimentais mais severas.

O uso de catalisadores sólidos ácidos constitui grande área de atuação da catálise heterogênea, principalmente por apresentarem seletividade e atividade catalítica que são proporcionadas pela acidez do catalisador acoplada a um adequado tamanho de poro e uma adequada área superficial [3,13].

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8

Muitos estudos relatam a aplicação desse tipo de catalisador para a produção de biodiesel e mostram resultados, na maioria das vezes, satisfatórios e eficazes.

Jacobson et al. [14] utilizaram estereato de zinco imobilizado na sílica gel como catalisador ácido da reação de transesterificação para a produção de biodiesel.

Nesse estudo, foram utilizados metanol e óleo residual, numa razão molar de 18:1 (álcool:óleo), e 3% de catalisador. A reação foi conduzida a 200 ºC por 10 horas, promovendo o rendimento de 98% em biodiesel, com reutilização do catalisador em 4 ciclos.

Saboya [15] também estudou a aplicação da sílica mesoporosa SBA-15, modificada com lantânio, como catalisador heterogêneo na esterificação e na transesterificação, visando à produção de biodiesel. No caso da esterificação do ácido oléico com etanol, foi utilizada razão molar de 20:1 (álcool:ácido oleico), 3%

m/m de catalisador, a 200 ºC, por 2 h e obteve-se aproximadamente 91,14% de conversão. Já na transesterificação do óleo de soja com etanol a 70 ºC, a razão molar foi de 20:1 (álcool:óleo), 1% m/m de catalisador, durante 6 h, onde obteve-se conversão de 80%.

Assim, esses estudos comprovam que o uso de peneiras moleculares com características ácidas pode ser muito eficiente na produção de ésteres etílicos.

3.2.1 Zeólitas

Zeólitas são estruturas cristalinas tridimensionais [3] de tetraedros do tipo , em que “ ” representa predominantemente átomos de alumínio e silício [16]. As ligações existentes na estrutura de uma zeólita são compostas por átomos centrais interligados aos átomos de oxigênio de forma tridimensional, compondo os tetraedros [16], como mostra a Figura 1.

Figura 2. Representação da formação de tetraedros na estrutura da zeólita [16].

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9

As zeólitas, também conhecidas como peneiras moleculares, possuem canais e cavidades que produzem sólidos com grandes áreas superficiais e elevados volumes de poro [3,16], o que induz a uma das suas principais vantagens: a seletividade. Sendo assim, o formato de uma zeólita muitas vezes dificulta, por exemplo, a saída de certos produtos de seu interior (seletividade de forma dos produtos), uma vez que, após a reação, serão recuperadas (como produto) apenas as moléculas que se ajustaram ao tamanho dos poros da zeólita [3]. Dessa forma, pode-se dizer que, quanto maior o tempo de contato entre os reagentes e os canais da zeólita, maior a probabilidade de serem formados produtos com as características desejadas.

Estudos relacionados ao uso de catalisadores mostram que as principais características que melhoram a atividade catalítica e a seletividade nas reações são a acidez dos materiais, juntamente com uma adequada área superficial e tamanho do poro [3]. Sendo assim, as zeólitas se tornam compostos vantajosos pela capacidade de distribuição de diferentes sítios ácidos em sua superfície, além de apresentarem excelentes resultados catalíticos [3].

3.2.1.1 Zeólita BEA

A zeólita BEA (ou ) é um tipo de catalisador sintético, muito utilizado na indústria química e nas refinarias de petróleo, por apresentar alta estabilidade térmica e forte acidez [3].

As razões Si/Al que esse catalisador apresenta são consideravelmente altas [17], pois variam entre 10 e 100, sendo que as zeólitas mais comuns apresentam razões entre 25 e 30. Sabe-se que quanto maior a razão Si/Al, maior a estabilidade hidrotérmica da zeólita [3].

A estrutura da zeólita BEA (Figura 3) foi determinada em 1988, a partir de um intercrescimento defeituoso de duas estruturas (polimorfos A e B), que apresentam canais de anéis de 12 tetraedros que se cruzam em seções elípticas com aberturas 6,0 X 7,3 Å e 6,8 X 7,3 Å, além dos canais com 5,6 X 5,6 Å [3].

(23)

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Figura 3. Estrutura tridimensional da zeólita BEA [18].

Os poros presentes nesta zeólita permitem que ela seja considerada uma peneira molecular, que atua de forma seletiva, adsorvendo grandes quantidades de moléculas, como hidrocarbonetos, e moldando as propriedades dos produtos da reação, de acordo com o tempo [3,17]. Por essas e outras características, a zeólita BEA é bastante reportada na literatura, e muitas formas de modificações de sua estrutura vêm sendo estudadas.

Costa [3] analisou a influência do 3 nas propriedades dessa zeólita, sintetizando catalisadores que utilizaram a matriz HBEA com 2,2; 5,3; 10,1; 14,5 e 18,4% de óxido. Uma das observações feitas em seu estudo foi que a presença de espécies ácidas na superfície da zeólita HBEA, com a formação de espécies de alumínio octaédricas (EFAL – extra framework aluminium), promoveu uma nova distribuição de sítios ácidos no catalisador 3/HBEA. Sendo assim, pode-se observar o potencial da modificação de zeólitas para reações de caráter ácido, e a possível utilização desse catalisador em reações de transesterificação do óleo de soja.

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3.3 APLICAÇÃO DAS ZEÓLITAS NA PRODUÇÃO DE BIODIESEL

3.3.1 Modificação de zeólitas

As zeólitas se tornaram materiais de destaque na catálise ácida, principalmente por reunirem características que permitem a adaptação de suas propriedades para atenderem a diferentes necessidades. Com isso, a modificação das zeólitas tem sido forte tendência atual, chamando atenção de muitos pesquisadores.

Ao combinarem o fato de ser possível moldar suas propriedades (como a hidrofobicidade e a força dos sítios ativos) com o fato de adsorverem grandes quantidades de moléculas em suas superfícies, as zeólitas se mostram como excelentes catalisadores para a produção do biodiesel [3,16,17]. Um fator determinante para o uso desses materiais está ligado aos tipos de distribuição de sítios ácidos presentes em suas estruturas.

Segundo Scherer [19], os sítios ácidos das zeólitas podem ser de dois tipos:

Brønsted e Lewis. Na Figura 4 são apresentados os sítios de Brønsted, que são conhecidos como doadores de prótons (H+) e gerados nas zeólitas a partir de átomos de alumínio, os quais geram cargas negativas na estrutura.

Figura 4. Representação da estrutura de sítios ácidos de Brønsted. Adaptada da referência [20].

Os sítios de Lewis, apresentados na Figura 5, conhecidos como receptores de elétrons, geralmente são formados por defeitos na estrutura, mas também podem surgir a partir das espécies de alumínio que se encontram fora da rede cristalina.

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12

Figura 5. Representação da estrutura de sítios ácidos de Lewis. Adaptada da referência [20].

Estudos de Costa et al. [21] e Costa [3] comprovaram que a incorporação de 3 na HBEA promoveu uma nova distribuição de sítios ácidos de Brønsted à sua estrutura. Além disso, Shu et al. [22] mostraram os resultados da presença de lantânio na zeólita BEA, que, após a impregnação, se mostrou mais estável e com maior poder de conversão para a produção de biodiesel do que a zeólita BEA pura.

No experimento, foi realizada a reação de transesterificação, utilizando metanol e óleo de soja, com razão molar de 14:5 (metanol:óleo), a 60 ºC, durante 4 h, obtendo- se conversão de 48,9% (em peso) de triglicerídeos.

É possível observar que o tungstênio apresenta sítios ácidos de Brønsted e de Lewis muito fortes e que, consequentemente, a interação dessas características com as propriedades das zeólitas as torna catalisadores muito atrativos para testes em reações de transesterificação.

(26)

13

4. PARTE EXPERIMENTAL

Nesta seção serão apresentados os procedimentos aplicados para o estudo proposto. As descrições dos materiais utilizados, da metodologia de síntese e a caracterização dos materiais e dos produtos das reações serão mostradas a seguir.

4.1 MATERIAIS

 Ácido clorídrico concentrado (HCl), pureza 37%, Vetec;

 Água deionizada;

 Brometo de potássio (KBr), pureza  99,5%, Merck;

 Cloreto de sódio (NaCl), pureza  99,5%, Vetec;

 Etanol, pureza  99,8%, Vetec;

 Óleo de soja refinado comercial (SOYA);

 Óleo residual de fritura obtido do Programa BIOGAMA;

 Sulfato de Magnésio (MgSO4) anidro, pureza  99,5%, Vetec;

 Tungstato de sódio hidratado (Na2WO4nH2O), pureza 99%, Aldrich;

 Zeólita NH4BEA (CP814E), Zeolyst.

4.2 PREPARAÇÃO DOS MATERIAIS

Esta seção é composta pela descrição das metodologias experimentais utilizadas para a síntese da zeólita HBEA modificada com WO3.

4.2.1 Síntese do ácido tunguístico

O ácido tunguístico WO3nH2O, escolhido como precursor para a preparação da zeólita BEA pelo método de impregnação aquosa, foi sintetizado seguindo o procedimento de Freedman [23], recentemente revisado por Costa [3]. Tal procedimento envolveu o tratamento ácido do a 4 com HCl 6 mol L . Após 4 horas, o produto da reação foi filtrado e lavado com HCl 0,1 mol L e água destilada e, depois, seco à temperatura ambiente [3].

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14

4.2.2 Preparação da zeólita BEA modificada com WO3

A calcinação da forma amoniacal da zeólita BEA foi realizada a 550 ºC durante 8 h, para a remoção do NH3, obtendo-se a zeólita na sua forma protônica HBEA [3].

O método da impregnação consiste na adição de uma solução aquosa com quantidade pré-determinada do precursor WO32H2O ao suporte desejado, no caso, zeólita BEA. A mistura foi vigorosamente agitada a aproximadamente 80 ºC, para se obter uma evaporação completa da água e gerar o catalisador sólido desejado:

14,5% WO3/BEA. Por fim, foi realizada a calcinação a 550 ºC durante 8h dos materiais em um forno mufla [3]. Os catalisadores utilizados nesse estudo foram previamente sintetizados e caracterizados por Costa [3].

4.3 TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO

Os catalisadores preparados foram submetidos a estudos desenvolvidos pelas técnicas de difração de raios X (DRX), espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), Ressonância Magnética Nuclear (RMN) no estado sólido, Fluorescência de Raios X (FRX/EDX), experimentos de adsorção gasosa de piridina, isotermas de adsorção/dessorção de nitrogênio (ASAP). Esses estudos foram previamente reportados na literatura por Costa [3].

4.4 REAÇÃO DE TRANSESTERIFICAÇÃO

A fim de se avaliar a atividade dos catalisadores utilizados (zeólita HBEA e 14,5% WO3/BEA), foi realizado um teste catalítico baseado na transesterificação dos óleos de soja puro e de fritura. Inicialmente foi realizada a ativação dos catalisadores em forno mufla a 300 ºC, por 4 h. Em seguida, realizou-se a pesagem dos catalisadores para se ter conhecimento da quantidade de água dessorvida durante a ativação. Imediatamente após a pesagem, os catalisadores receberam a adição dos óleos e, após o resfriamento, a adição do etanol.

As reações foram realizadas em um reator de batelada da Parr (Series 5000 Multi Reactor System), mostrado na Figura 6, sob agitação constante de 1000 rpm a 200 ºC, por 4 h, razão óleo/álcool de 1:24.

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15

Figura 6. Reator da Parr (Series 5000 Multi Reactor System).

As reações foram realizadas de acordo com o esquema da Tabela 1 mostrada abaixo. Duas reações foram realizadas sem a presença de catalisador para se verificar as conversões relativas das reações de transesterificação sob as mesmas condições reacionais: 4h de reação, 200 ºC e razão óleo/álcool de 1:24.

Tabela 1. Componentes das reações realizadas no Reator da Parr.

Catalisador Óleo Álcool

- Óleo de soja puro Etanol

- Óleo de soja de fritura Etanol

HBEA Óleo de soja puro Etanol

HBEA Óleo de soja de fritura Etanol

14,5% WO3/BEA Óleo de soja puro Etanol

14,5% WO3/BEA Óleo de soja de fritura Etanol

Durante o funcionamento do reator, os parâmetros reacionais (temperatura, pressão e agitação) foram constantemente monitorados pelo software SpecView (Figura 7).

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16

Figura 7. Tela representativa do Software SpecView.

Depois de realizadas as reações, as amostras foram submetidas à centrifugação (com 1000 rpm) durante 15 minutos, a partir da qual foi possível a separação dos catalisadores. A parte líquida passou então por um processo de purificação, que consistiu em repetidas lavagens do produto com solução de NaCl 5%, e depois pela secagem da fase orgânica com MgSO4 anidro. Em seguida, as amostras foram analisadas por Ressonância Magnética Nuclear de 1H (RMN 1H).

4.5 DETERMINAÇÃO DOS ÍNDICES DE ACIDEZ DOS ÓLEOS DE SOJA PURO E DE FRITURA

O índice de acidez é a quantidade (em miligramas) de hidróxido de potássio (KOH) necessária para neutralizar os AGL’s em 1,0 g de amostra [24]. Cada amostra foi dissolvida em uma mistura de tolueno, isopropanol e algumas gotas de fenoftaleína e, posteriormente, titulada com solução de KOH [25]. O titulante foi preparado a partir da mistura da base com álcool isopropílico, a fim de se atingir a concentração de 0,1 mol/L, seguindo o método Cd 3d-63 da AOCS [26].

Para a determinação do índice de acidez do óleo, a equação usada foi [27]:

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Onde:

A: volume (mL) de titulante para a titulação da amostra;

B: volume (mL) da solução titulante para a titulação do branco;

C: concentração (mol/L) da solução titulante;

m: massa (g) da amostra.

A determinação desse parâmetro foi fundamental para os cálculos de conversão das reações de transesterificação, uma vez que o índice de acidez indica a quantidade de AGL’s presentes na amostra.

4.6 DETERMINAÇÃO DA TAXA DE CONVERSÃO DE ÉSTERES ETÍLICOS As amostras oriundas da síntese do biodiesel foram analisadas em espectrômetro de 300 MHz e 600 MHz, utilizando clorofórmio deuterado como solvente e referenciados ao TMS (δ = 0,0 ppm) pelo Instituto de Química da Universidade de Brasília.

Após a obtenção dos espectros, foram integrados os sinais referentes aos ésteres etílicos (EE) e aos triacilglicerídeos (TAG) através do software OPUS e, para o cálculo das taxas de conversão, foi utilizada a Equação 2, proposta por Ghesti et.

al. [28].

Onde:

ITAG+EE: Integração de hidrogênios metílicos do glicerol e do grupo CH2 de hidrogênios etóxi entre 4,10 - 4,20 ppm;

ITAG: Integração de hidrogênios metílicos do glicerol entre 4,25 - 4,35 ppm.

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18

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 ÍNDICES DE ACIDEZ DO ÓLEO DE SOJA PURO E DO ÓLEO RESIDUAL DE FRITURA

Para a produção de biodiesel, a determinação e o controle dos índices de acidez dos óleos vegetais são de grande importância, visto que, AGL’s presentes em grandes quantidades nas amostras provocam alterações no processo de produção [29]. Os dados para a determinação dos índices de acidez do óleo de soja puro e do óleo de soja residual de fritura seguem nas tabelas 2 e 3, respectivamente.

Tabela 2. Dados do óleo de soja puro.

A: volume de titulante para a titulação da amostra 0,6 mL B: volume da solução titulante para a titulação do branco 0,4 mL

C: Concentração da solução titulante 0,1 mol/L

m: massa da amostra 1,0635 g

Tabela 3. Dados do óleo de soja residual de fritura.

A: volume de titulante para a titulação da amostra 0,8 mL B: volume da solução titulante para a titulação do branco 0,2 mL

C: Concentração da solução titulante 0,1 mol/L

m: massa da amostra 1,0564 g

Aplicando-se a Equação 1, de acordo com os dados obtidos experimentalmente, os valores dos índices de acidez em mg de KOH por g de óleo obtidos estão mostrados na Tabela 4. Para fins comparativos, a Tabela 5 mostra os índices de acidez do óleo de soja obtidos pelo método Cd 3d-63 da AOCS [26].

Tabela 4. Índices de acidez em mg de KOH/g de óleo.

Tipo de óleo Índice de acidez (mg de KOH/g de óleo)

Óleo de soja puro 1,05501

Óleo residual de fritura 3,18629

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Tabela 5. Índices de acidez em mg de KOH/g de óleo – método Cd 3d-63.

Tipo de óleo Índice de acidez (mg de KOH/g de óleo) – método AOCS Cd 3d-63 a

Sojab 0,073±0,005

Sojac 0,083±0,005

aAdaptado da referência [30]. bDeterminação potenciométrica realizada manualmente. cDeterminação potenciométrica realizada automaticamente.

Segundo Bouaid et al. [31], o índice de acidez está quase que exclusivamente relacionado com a concentração de AGL’s. A presença desses ácidos indica um estágio de degradação de TAG em alimentos e de ésteres durante a produção de biodiesel, fatos que estão diretamente vinculados, principalmente, com a qualidade da matéria-prima e com as condições de armazenamento dos produtos [30].

Os índices de acidez obtidos experimentalmente, quando comparados com os índices obtidos pelo método Cd 3d-63 da AOCS [26], são considerados altos. Como já esperado, o óleo de fritura se mostrou com um índice de acidez maior do que o óleo de soja puro, o que é aceitável, visto que, a degradação de seus componentes é maior, motivada pelo tempo de armazenamento e baixa qualidade do óleo. Além disso, o fato do índice de acidez do óleo de soja puro também ter sido considerado alto, pode ser explicado por uma possível aceleração no processo de degradação, motivada pelo tempo e pelas condições de armazenamento desse óleo, visto que não há nenhum controle (de temperatura, por exemplo) que permita que as condições no local de armazenamento desse óleo sejam ideais.

Muitos trabalhos indicam que a matéria-prima utilizada na síntese de biodiesel deve ter índice de acidez igual ou inferior a 1 mg KOH/g de amostra, pois maiores valores podem levar a reações de saponificação, quando utilizada na transesterificação com catálise básica [30]. Esse fato, de certa forma, motivou a escolha da catálise ácida neste trabalho.

5.2 ANÁLISE DA ATIVIDADE CATALÍTICA E DOS RENDIMENTOS DOS ÉSTERES DE ETILA

A fim de se verificar a influência do óxido nas propriedades da zeólita BEA, foram realizadas reações de transesterificação com esta zeólita pura e sua forma modificada (14,5% WO3/BEA) nas mesmas condições. Estudos de Costa [3]

analisaram as propriedades texturais obtidas para as amostras sintetizadas com a

(33)

20

zeólita HBEA, os quais mostraram que a presença do WO3 causou um decréscimo regular em sua área superficial e um leve aumento nos volumes de microporo, indicando que as espécies de WO3 se alocaram preferencialmente na área externa dessa zeólita. A Tabela 6 mostra esses dados para a zeólita pura e a modificada com 14,5% de WO3.

Tabela 6. Propriedades texturais para amostras HBEA e 14,5% WO3/BEA.

Parâmetros Catalisadores (%) WO3/BEA

0 14,5

Área Superficial (m²g-1)a 589,22 401,46

Área de Microporo (m²g-1)b 159,28 258,54

Volume de Poro Total (cm3g-1)c 0,90 0,76

Volume de Microporo (cm3g-1)b 0,07 0,11

Área Superficial Externa (m²g-1)b 429,94 142,92

Adaptado da referência [3]. aCalculado por BET. bCalculado por t-plot. cCalculado a partir da isoterma de desorção a p/p0=0,973.

Além disso, Costa [3] constatou que a incorporação do WO3 promoveu uma nova distribuição de sítios ácidos de Brönsted, comprovada pelo aumento do rendimento na reação de esterificação do ácido oleico. A nova distribuição de sítios e a boa dispersão do óxido na zeólita HBEA favoreceram a conversão em éster de etila. A aplicação desses materiais em reações de esterificação do ácido oleico com etanol pode ser observada na Tabela 7.

Tabela 7. Resultado da reação de esterificação do ácido oleico com etanol usando os catalisadores de WO3/BEA [3].

Concentração de WO3/BEA (%) Rendimento do Éster de Etila (%)a TONc

0 67,11 38,95

2,2 64,93 42,57

5,3 71,94 48,05

10,1 82,64 57,37

14,5 81,97 60,42

18,4 78,74 56,89

Adaptado da referência [3].

aRendimento do éster de etila calculado por RMN de 1H. bCondições experimentais: temperatura da reação = 200 ºC; tempo = 2

c

(34)

21

Aplicando esses catalisadores modificados na esterificação do ácido oleico com etanol, os resultados mostraram um rendimento do éster de etila superior ao da zeólita na sua forma pura, sendo que o melhor resultado foi observado com o catalisador 14,5% WO3/BEA.

As conversões obtidas com a aplicação da transesterificação de óleo de soja puro e residual de fritura com etanol, catalisada tanto pela zeólita HBEA quanto pelo catalisador modificado com WO3, são mostrados nas Tabelas 8 e 9.

Tabela 8. Conversões obtidas nas reações de transesterificação de óleo de soja puro.

ÓLEO DE SOJA PURO

Catalisador Conversão (%)

- 0,4

HBEA 22,0

14,5% WO3/BEA 37,0

Tabela 9. Conversões obtidas nas reações de transesterificação com óleo de soja residual de fritura.

ÓLEO DE SOJA RESIDUAL DE FRITURA

Catalisador Conversão (%)

- 16,7

HBEA 31,6

14,5% WO3/BEA 56,1

Os testes reacionais sem a presença de catalisadores (branco) apresentaram menor atividade, mostrando que esses são essenciais para se obter boas conversões. A zeólita HBEA pura apresentou conversões menores do que a modificada, com valores de 22,0 e 31,6% para os óleos puro e residual de fritura, respectivamente. Esses dados comprovam que a presença do WO3 promoveu uma nova distribuição de sítios ácidos de Brönsted e Lewis, favorecendo as conversões em ésteres etílicos.

Os resultados utilizando o catalisador 14,5% WO3/BEA mostraram que as reações foram favorecidas com o óleo de fritura, dados estes que não eram

(35)

22

esperados, em virtude da baixa qualidade do óleo precursor. A conversão com óleo puro foi de 37,0%, enquanto que com óleo residual de fritura foi de 56,1%. Esse dado é interessante, uma vez que a literatura reporta melhores resultados quando o óleo é puro [32]. As condições reacionais relativamente brandas para esse tipo de reação podem explicar as baixas conversões em ambos os casos.

Chouhan et al. [32] reportaram, em um trabalho de revisão, o potencial das zeólitas como catalisadores heterogêneos para o processamento de ácidos graxos livres. Nesse estudo foi reportado o uso de catalisadores do tipo HUSY modificados com VOX (óxidos de vanádio), mostrando conversão de AGL’s em óleos com altos índices de acidez para o biodiesel, em 50 min, realizando a reação a 300 ºC por 3h.

O resultado indicou que a presença de água apresentou uma influência positiva no início da reação e uma influência negativa no final, à medida que a reação durava mais tempo, diminuindo assim a conversão final do processo. Esse dado reforça os resultados obtidos no presente trabalho, uma vez que o óleo usado apresentava um índice de acidez maior do que o óleo puro e, possivelmente, uma quantidade considerável de água.

O aumento na área e no volume do microporo promovido pela incorporação do WO3 na zeólita HBEA, também podem explicar os resultados observados.

Provavelmente esse incremento facilitou o acesso dos AGL’s presentes no óleo de fritura, favorecendo maiores conversões.

Atualmente, a literatura reporta que as pesquisas estão focadas em catalisadores sólidos ácidos que sejam sustentáveis e mais ativos na reação de transesterificação. Acredita-se que as zeólitas tenham um grande potencial para substituir os catalisadores homogêneos, que são utilizados nos presentes processos industriais [32]. Nesse sentido, o catalisador 14,5% WO3/BEA não obteve uma conversão de destaque que o diferenciasse dos demais. Sendo assim, outros parâmetros reacionais (como temperatura, razão óleo : álcool, tempo de reação) deveriam ser testados para afirmar que este material é promissor para produção de biodiesel via catálise heterogênea ácida.

(36)

23

6. CONCLUSÃO

Os resultados obtidos com aplicação da zeólita HBEA pura e modificada com 14,5% de WO3 apresentaram melhores atividades catalíticas com óleo de soja residual de fritura nas reações de transesterificação. A conversão com óleo de soja puro foi de 37,0%, enquanto que, com óleo de soja residual de fritura foi de 56,1%, fato interessante, uma vez que a literatura reporta melhores resultados quando o óleo é puro.

Embora a reação de esterificação usando a zeólita HBEA modificada (14,5%

WO3/BEA) tenha apresentado resultado relevante (cerca de 80%), os rendimentos dos ésteres na reação de transesterificação não apresentaram uma conversão significativa. As condições reacionais utilizadas neste trabalho podem explicar as baixas conversões: 4h de reação, 200 ºC e razão óleo/álcool de 1:24.

O óleo de soja residual de fritura, ao ser utilizado nas reações de transesterificação e apresentar melhores taxas de conversões em ésteres etílicos do que o óleo de soja puro, mostrou-se como uma alternativa sustentável de grande valia, principalmente, para as indústrias. A reutilização em grandes quantidades desse óleo contribuirá com a preservação do meio ambiente, diminuindo os impactos ambientais causados pelo seu descarte.

Para um maior entendimento do sistema e catalisadores utilizados, outros parâmetros reacionais ainda devem ser testados, verificando-se as eficiências da zeólita HBEA pura e modificada com WO3 na produção de biodiesel.

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24

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