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SATÉLITES BRASILEIROS

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Academic year: 2022

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SATÉLITES BRASILEIROS

O espaço exterior é o único local de onde se pode observar a Terra como um todo. Desde 1957, quando o primeiro satélite artificial, Sputinik I, foi colocado em órbita pela extinta União Soviética, quase 4,5 mil outros engenhos foram lançados até hoje. Os satélites exercem as mais variadas funções, entre elas: permitem as telecomunicações e estudos meteorológicos, são usados para fins científicos e militares, realizam o imageamento (fotografia) da Terra, coletam dados importantes de regiões remotas e permitem precisão no posicionamento global.

Dadas as dimensões territoriais do Brasil, algumas atividades não podem ser realizadas com eficiência sem o uso de satélites, tais como:

Monitoramento de grandes áreas, como aquelas destinadas • à produção agrícola

• Coleta de dados em locais de difícil acesso, como o interior da Amazônia

• Detecção de eventos imprevisíveis, como ciclones e terremotos

• Comunicações de longa distância

• Controle de tráfego aéreo e de fronteira

A Agência Espacial Brasileira é responsável pela implementação, coordenação e supervisão de projetos e atividades relativas aos satélites e suas aplicações. Com isso, contribui para as políticas públicas, para a capacitação da indústria brasileira e para promover autonomia do setor espacial.

NANOSSATÉLITE BRASILEIRO

O primeiro nanossatélite brasileiro NanosatC-Br1, lançado em 19 Jun 2014 às 16h11, já mantém contato com as bases de monitoramento. Desenvolvido com recursos da Agência Espacial Brasileira (AEB) e lançado na base de Yasny – Rússia, o cubesat está operando em modo de segurança e envia a sua localização por código Morse.

As informações enviadas são recebidas pelas Estações Terrenas de Rastreio e Controle de Nanossatélite do Programa NanosatC-BR da Universidade Federal de Santa Maria e a do Ita/Inpe. O objetivo do cubesat é monitorar a intensidade e mapear o campo magnético sobre a América do Sul,

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explica Jean Batana, coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Diretoria de Satélites e Aplicação da AEB.

“Os nanossatélites são importantes para o desenvolvimento da tecnologia espacial brasileira, além de motivar estudantes. É uma forma de congregar entre eles o trabalho na área espacial” fomenta José Raimundo Coelho, presidente da AEB.

O NanosatC-Br1 foi desenvolvido pelo Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais (CRS/INPE), é também o primeiro cubesat universitário brasileiro a ser lançado. “Estamos felizes com o sucesso do projeto e que a AEB pode apoiar este marco na história” comemora o diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da AEB, Carlos Gurgel.

Juntamente com o NanosatC-Br-1, foram lançados a órbita terrestre outros 36 nanossatélites, todos são liberados parcialmente, o cubesat brasileiro mandou seu primeiro contato ás 21h23 desta quinta. O lançamento foi acompanhado presencialmente pelos coordenadores do projeto, Otávio Durão e Nelson Jorge Schuch.

SATÉLITES DE COLETAS DE DADOS (SCD)

Para conhecer a diversidade ambiental do nosso território, o Brasil projetou e construiu dois Satélites de Coleta de Dados (SCDs). Lançados em 1993 (SCD-1) e em 1998 (SCD-2), eles permitem, juntamente com as plataformas terrestres de

coletas de dados, conhecer o nível e a qualidade da água nos rios e represas, a quantidade de chuva, a pressão atmosférica, a intensidade da radiação solar, a temperatura do ar e outros parâmetros.

Os SCDs captam os sinais das plataformas e os retransmitem para uma estação de recepção e processamento de dados localizada em Cuiabá (MT). De lá, os dados coletados são enviados para a cidade de Cachoeira Paulista (SP) e ficam à disposição, via Internet, de mais de 80 empresas e instituições usuárias do sistema.

SATÉLITES SINO-BRASILEIRO DE RECURSOS TERRESTRES (CBERS) Antecedentes da Cooperação

A busca por meios mais eficazes e econômicos de observar a Terra motivou o homem a desenvolver os satélites de sensoriamento remoto. Mas os altos custos dessa tecnologia tornam os países em desenvolvimento dependentes das imagens fornecidas por equipamentos de

outras nações. Na tentativa de reverter esse contexto, os governos do Brasil e da China assinaram em 06 de Julho de 1988 um acordo de parceria envolvendo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e a CAST (Academia Chinesa de Tecnologia Espacial) para o desenvolvimento de um programa de construção de dois satélites avançados de sensoriamento remoto, denominado Programa CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite, Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres). Com a união de recursos financeiros e tecnológicos entre o Brasil e a China, num investimento superior a US$ 300 milhões, foi criado um sistema de responsabilidades divididas (30%

brasileiro e 70% chinês), tendo como intuito a implantação de um sistema completo de sensoriamento remoto de nível internacional. A união entre os dois países é um esforço bilateral para derrubar as barreiras que impedem o desenvolvimento e a transferência de tecnologias sensíveis impostas pelos países desenvolvidos. A parceria conjunta rompeu os padrões que restringiam os

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acordos internacionais à transferência de tecnologia e o intercâmbio entre pesquisadores de nacionalidades diferentes.

Motivações para a Aliança

No final da década de 1980, o governo chinês traçava diretrizes de desenvolvimento intensivo de vários setores, entre eles a indústria e a área espacial. Com o emprego de novas tecnologias, os chineses emergiram de duas décadas de isolamento para elevar o nível de suas competências científicas e tecnológicas. No Brasil, o avanço nos diversos programas de satélites da Missão Espacial Completa Brasileira (MECB) incentivava as pesquisas na área. O interesse em convergir os avanços espaciais em aplicações industriais visava fortalecer a economia interna e facilitar a busca por novos parceiros internacionais que colaborassem neste processo. A experiência chinesa na construção de satélites e foguetes lançadores tornou-se o grande aliado estratégico para o governo brasileiro. Em contrapartida, o Brasil trazia em sua bagagem a familiaridade com a alta tecnologia e um parque industrial mais moderno que o existente no parceiro. Por outro lado, as grandes áreas despovoadas e com vastos recursos naturais no território de ambos os países se somaram a esses interesses. Além dos grandes potenciais agrícolas e ambientais, tanto o Brasil como a China tinham necessidade de monitorar constantemente essas áreas. A ferramenta para isto era Programa CBERS, que trazia em seu projeto sensores específicos para essas atividades científicas.

Dois Satélites Semelhantes

O Programa CBERS contemplava o desenvolvimento e construção de dois satélites de sensoriamento remoto que também levassem a bordo, além de câmeras imageadoras, um repetidor para o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais. Os CBERS-1 e 2 são idênticos em sua constituição técnica, missão no espaço e em suas cargas úteis (equipamentos que vão a bordo, como câmeras, sensores, computadores entre outros equipamentos voltados para experimentos científicos). Os equipamentos foram dimensionados para atender às necessidades dos dois Países e também para permitir o ingresso no emergente mercado de imagens de satélites até então dominado pelos que integram o bloco das nações desenvolvidas.

Continuidade do programa

Em 2002, foi assinado um acordo para a continuação do programa CBERS, com a construção de dois novos satélites - os CBERS-3 e 4, com novas cargas úteis e uma nova divisão de investimentos de recursos entre o Brasil e a China - 50% para cada país. Porém, em função de o lançamento do CBERS-3 ser viável apenas para um horizonte em que o CBERS-2 já tivesse deixado de funcionar, com prejuízo para ambos os países e para os inúmeros usuários do CBERS, o Brasil e a China, em 2004, decidiram construir o CBERS-2B e lançá-lo em 2007. O CBERS-2B operou até o começo de 2010. Os satélites CBERS-3 e 4 representam uma evolução em relação aos satélites CBERS-1, 2 e 2B. Para os CBERS-3 e 4, serão utilizadas no módulo carga útil quatro câmeras (Câmera Pancromática e Multiespectral - PAN, Câmera Multiespectral Regular - MUX, Imageador Multiespectral e Termal - IRS, e Câmera de Campo Largo - WFI) com desempenhos geométricos e radiométricos melhorados. A órbita dos dois satélites será a mesma que a dos CBERS-1, 2 e 2B.

O CBERS 3 foi lançado em 9 de dezembro de 2013, mas devido a uma falha ocorrida com o veículo lançador Longa Marcha 4B, o satélite não foi colocado na órbita prevista, resultando em sua reentrada na atmosfera da Terra.

PLATAFORMA MULTIMISSÃO (PMM)

A Plataforma Multimissão (PMM) que está sendo desenvolvida pela indústria nacional e tem

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o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) como interveniente técnico é um conceito moderno em relação à arquitetura de satélites. O propósito é reunir em uma plataforma todos os equipamentos que desempenham funções necessárias à sobrevivência de um satélite, independentemente do tipo de órbita e objetivo da missão.

A ideia de separar os componentes dos satélites em uma plataforma que provê serviços básicos e atende a vários tipos de missões ? sendo adaptável a diversas aplicações ? é encontrada nos casos da PMM nacional e no projeto francês Proteus criado pela Comissão Nacional de Estudos Espaciais (CNES).

Os principais subsistemas da PMM são:

Estrutura Mecânica

Suprimento de Energia

Controle de Atitude e Tratamento de Dados

Gestão de Bordo

Controle Térmico

Telemetria, Telecomando e Rastreio

Propulsão SATÉLITE AMAZÔNIA- 1

O Amazônia-1 tem como missão prover dados para o monitoramento ambiental, principalmente dar continuidade e aperfeiçoar o sistema de detecção em tempo real (DETER) do desflorestamento no Brasil. Será o primeiro satélite a utilizar a plataforma multimissão (PMM). O Amazônia-1 consolidará no País a capacidade

própria para projetar, desenvolver e fabricar satélites artificiais de observação da Terra, voltados às aplicações de interesse nacional em áreas como recursos minerais, florestais e hídricos, agricultura, meio ambiente, vigilância territorial e monitoramento de desastres ambientais.

O satélite será composto por um módulo de carga útil com imageador AWFI (Advanced Wide Field Imager), com resolução de 40 m e por um módulo de serviço utilizando a PMM, de desenvolvimento quase que totalmente nacional e com forte participação da indústria.

A missão objetiva em termos tecnológicos capacitar e tornar o país independente, no futuro, em todo o ciclo de desenvolvimento de satélites desta classe e seus subsistemas. Contratos com indústrias nacionais para o desenvolvimento de subsistemas e equipamentos do satélite estão atualmente em andamento para este propósito.

SATÉLITE CIENTIFÍCO LATTES

O satélite científico Lattes transportará três missões distintas. A missão Equars consistirá em estudar fenômenos da atmosfera. A missão Mirax tem como objetivos a observação e o monitoramento de uma região central no núcleo da nossa galáxia, na faixa de raios X. A terceira missão é uma missão secundária de coleta de dados para o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados.

A missão como um todo objetiva capacitar a indústria nacional em termos tecnológicos para o desenvolvimento de satélites desta classe e seus subsistemas.

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SATÉLITE GPM – BRASIL

A missão do GPM-Br foi concebida para prover informações e produtos para os estudos definidos pelo PNAE, fornecendo a partir do espaço informações cíclicas, com relação a dados para a agricultura, energia elétrica, defesa civil, pesca e florestas (fornecer dados para o monitoramento das chuvas).

Este satélite é a contribuição brasileira para a constelação de satélites que objetiva ampliar os conhecimentos acerca das precipitações no Planeta, melhorando a qualidade dos produtos desenvolvidos pelas equipes de aplicações.

SATÉLITE SARA

O projeto tem por objetivo o desenvolvimento de uma plataforma espacial para experimentos em ambiente de microgravidade, denominada Satélite de Reentrada Atmosférica (SARA), destinada a operar em órbita baixa, circular, a 300 km de altitude, por um período máximo de

10 dias. O projeto SARA se encontra em uma fase em que os seus subsistemas serão verificados em um vôo suborbital. Esta fase de desenvolvimento de subsistemas, denominada Sara Suborbital, deverá testar em voo o subsistema de recuperação, o subsistema de redes elétricas e o módulo de experimentação. O Sara Suborbital consiste em um veículo de 350 kg, a ser lançado através de um veículo de sondagem VS-40 modificado, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (MA), com a finalidade de realizar experimentos de microgravidade de curta duração (cerca de 8 min).

FONTE: AGENCIA ESPACIAL BRASILEIRA

Disponível em http://www.aeb.gov.br/programa-espacial/satelites/

Referências

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