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GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL 2ª INSTRUÇÃO DO 2º GRAU COMENTÁRIOS

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A∴ G∴ D∴ G∴ A∴ D∴ U∴

GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL

2ª INSTRUÇÃO DO 2º GRAU

COMENTÁRIOS

1.

A primeira instrução do 2º grau cuida de examinar com a necessária profundidade, a Loja do Companheiro Maçom, detendo-se, inicialmente, na obra da construção do templo de Salomão, justificando, simbolicamente, a existência das colunas B e J, junto as quais os Aprendizes e Companheiros recebiam os seus salários, estendendo-se ao estudo da palavra de passe e, por fim, detendo-se no significado da escada em caracol que adorna o painel do grau.

2.

A segunda instrução, por sua vez, detém-se mais demoradamente sobre o exame do próprio Companheiro Maçom, iniciando por justificar a ascensão ao grau. Temos, então, que o Companheiro Maçom, graças aos ensinamentos colhidos na sua marcha evolutiva, deixou de ser o simples executor dos trabalhos, atuando sob supervisão constante, passando a empregar sua arte e energia no trabalho consciente, cabendo-lhe materializar o plano teórico idealizado pelos Mestres.

3.

Segundo explicitado na instrução em tela, deve trazer consigo a curiosidade natural que marca os investigadores que buscam aprofundar-se no domínio dos conhecimentos, desvendando os mistérios da natureza e da ciência, assim como alcançando o necessário

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entendimento sobre o significado da letra IOD, correspondente no nosso alfabeto, a letra G.

4.

Ao debruçar-se sobre o significado desta letra, envereda a instrução por seus vários significados, abordando a Geometria, Geração, Gravidade, Gênio e Gnose. Como logo esclarecido, não se trata da abordagem usual destes elementos, mas sim, de uma abordagem simbólica que leva a entender a Geometria como a ciência aplicável à construção universal, ou seja, uma geometria destinada a polir o homem e prepará-lo para ocupar o seu lugar no edifício social, ao passo que a Geração, por sua vez, é tratada como a origem de todas as coisas, significando o impulso criador que se espera seja dado pelo Companheiro Maçom na consecução da grande obra proposta pela Arte Real.

5.

A Gravidade, por sua vez, encontra-se retratada como a atração universal que tende a aproximar todos os corpos na ordem física, correspondendo, na ordem social, a força que tende a aproximar os Maçons, levando-os a dedicarem-se a construção da grande obra social almejada pela Arte Real, através do polimento e esquadrejamento da pedra bruta, de forma que esta venha a ocupar, com a necessária justeza, o seu lugar no templo erguido à virtude.

6.

Quanto ao significado do Gênio e da Gnose, resulta esclarecido tratar-se, o primeiro, da exaltação das faculdades intelectuais enriquecidas pelo autoconhecimento, vez que, pautando-se por este, sempre teremos a exata dimensão das nossas possibilidades de forma que sejam balizadas as nossas ações pelos conhecimentos deveras apreendidos e dominados, sem deixar-se levar por impulsos emocionais ou ações precipitadas que, no mais das vezes, nos privam da razão e contribuem para que se alcance resultados indesejados; Gnose, por sua vez, é revelada pelo seu conceito comum, ou seja, significando o

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conhecimento, a capacidade de pesquisar, a persistência na busca do real significado de todas as coisas.

7.

Desta forma, os Companheiros Maçom são instados a aprofundarem-se nos estudos dos segredos ciosamente guardados pelos símbolos e alegorias, aperfeiçoando-se na construção do seu próprio templo interior, alcançando o conhecimento necessário à compreensão de todos os mistérios.

8.

No prosseguimento, temos a abordagem simbólica da elevação do grau de Aprendiz ao grau de Companheiro, detendo-se a instrução demoradamente no exame das viagens simbólicas e dos instrumentos nelas utilizados, enveredando, a seguir pelas formas usuais de reconhecimento, o que se dá, neste grau, através do Sinal, Toque e Palavras.

9.

As viagens simbólicas aqui rememoradas mostram, através seu rico simbolismo, a progressão lenta e segura que, via de regra, resulta da real aplicação ao estudo, levando a concluir que, através da substituição das ferramentas nelas conduzidas, o aprendizado deve ser preocupação sempre presente, culminando, mediante o domínio dos elementos estudados, com a progressão segura e livre de sobressaltos, de forma que ao final da jornada, se disponha de todas as ferramentas necessárias a realização dos objetivos colimados.

10.

Não é por outra razão que na elevação ao grau de Companheiro Maçom o Aprendiz realiza as cinco viagens simbólicas, portando em cada uma delas, os utensílios apropriados, numa demonstração eloqüente dessa progressão que deve, sempre, ser resultante dos estudos. Assim sendo, a cada viagem o Aprendiz recebe as

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ferramentas cujas formas de utilização já são por ele dominadas, as quais são sucessivamente substituídas, de forma que, ao término da jornada seja, simbolicamente, detentor de todos os conhecimentos necessários ao manejo e melhor aproveitamento de tudo quanto lhe foi disponibilizado, de sorte que o conhecimento anterior, após apreendido, sirva de seguro alicerce para o que virá. Não se há de atingir o topo da escala do conhecimento através dos tentadores arroubos de ousadia que levam ao desprezo da cautela, mas sim, mediante a escalada progressiva, segura e persistente.

11.

No que toca a relação existente entre as colunas situadas na entrada do templo e o salário percebido pelo Companheiro Maçom, explicitadas as suas medidas, formas e até mesmo os detalhes de serem ocas e terem se prestado, na antiguidade, a servir como esconderijos de documentos, utilidade essa há muito abandonada prestando-se, na atualidade, a guardar o tesouro representado pela doutrina iniciática; quanto a Palavra de Passe, revelou-se sua origem, nada mais avançando no que toca aos outros sinais distintivos, ou seja, a Palavra Sagrada e o Toque.

12.

De se notar que a instrução leva ao exame de elementos dotados de considerável relevância para o aprendizado, exponenciando, inicialmente, o grande tesouro representado pela doutrina iniciática.

Importa compreender que não se trata de tesouro que possa ser mensurado pelo seu valor material, vez que nesse aspecto, nada representa. Entretanto, se considerado sob a ótica preconizada pela Ordem Maçônica, constata-se que se trata do mais valioso bem passível de ser apreendido pelo homem e que pode ser traduzido, de forma simplificada, nos princípios éticos e morais a serem sempre cultivados, vez que o tesouro aqui referido é constituído por valores que, praticados, levam a derrota dos vícios e paixões, elevando o homem perante seus iguais, distinguindo-o pela luz que ostenta.

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13.

Além do simbolismo do seu conteúdo, guardando fidelidade aos milenares ensinamentos transmitidos gerações após gerações, permanecem as colunas nos templos modernos, dispostas tal qual estiveram nos seus primórdios, a nos lembrar sempre que a FORÇA deve ser conjugada com a BELEZA, de modo que ambas, impulsionadas pela RAZÃO, se prestem a ornar as ações pautadas nos valiosos ensinamentos maçônicos.

14.

A

pós breves considerações sobre os significados da palavra sagrada, da palavra de passe e da marcha, analisados os ornamentos da Loja do Companheiro Maçom, colocando em destaque o Pavimento Mosaico, a Estrela Flamejante e a Orla Dentada, após o que continua a instrução com a abordagem das jóias móveis – o Esquadro, o Nível e o Prumo –, discorrendo igualmente sobre as janelas simbólicas situadas no Oriente, Sul e Ocidente.

15.

Merecedoras de demorada abordagem, oportuno destacar a preciosidade dos ensinamentos contidos na palavra de passe e na marcha do Companheiro Maçom, uma vez que a análise superficial não se presta a fazê-los aflorar com o necessário vigor. A palavra de passe, num primeiro momento, se apresenta como um símbolo sombrio, recordando a violenta mortandade a que deu causa, entretanto, analisando-a com mais vagar, somos levados a entendê-la não como representativa de uma tragédia, mas sim, como verdadeiro escudo protetor, uma vez que, por seu uso tornou-se possível distinguir amigos e inimigos, donde há que afastar o seu significado sombrio, posto que se prestou, na verdade, a promover a segurança e garantir a vida.

16.

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Pela simples dualidade acima exposta, tal palavra já se faria merecedora de profunda análise, posto que se apresente, simultaneamente, como signo da morte e escudo protetor da vida;

entretanto, não se encerra o seu simbolismo apenas nesta curiosa dualidade, representando, também, o renascimento ao simbolizar o grão de trigo que seco e soterrado no inverno, dormita inerte aguardando o momento em que ressurgirá na forma de planta nova, repleta de vida, esplendor e abundância.

17.

A marcha, por sua vez, ao autorizar, nos seus passos finais, o afastamento do eixo, está a demonstrar que o Aprendiz Maçom, detentor da sólida formação haurida no grau de Aprendiz, dispõe do instrumental intelectual apto a lhe conferir irrestrita liberdade para investigar a verdade onde quer que esta se encontre, cuidando sempre de retornar ao seu eixo guia, não se deixando vencer pelos prazeres e tentações com que se defronte nas suas incursões exploratórias.

18.

Finalizando, após tratar da idade do Companheiro Maçom e seu significado, encerrada a instrução, concitando-os a buscarem o incessante aprimoramento resultante da judiciosa busca dos conhecimentos contidos nas instruções que lhes são ministradas, conhecimentos esses que lhes serão sempre servidos na forma de símbolos e alegorias, preparando-os para o derradeiro passo na escala do simbolismo, quando então ingressarão na Câmara do Meio e participarão dos relevantes trabalhos cometidos aos detentores da plenitude maçônica.

Campo Grande, MS, 22 de julho de 2010.

Gildo Sandoval Campos Mestre Maçom

Referências

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