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Lugar. O que é preciso

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Academic year: 2022

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Lugar

Farmácia é um estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica.

A farmácia poderá vender tanto para consumidores finais, como para empresas ou estabelecimentos da área de saúde.

Para se inserir no segmento de comércio varejista de produtos farmacêuticos, artigos médicos e ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, o empreendedor deverá oferecer um mix de produtos de boa qualidade e com preços atrativos.

Hoje em dia, uma farmácia não se limita apenas ao comércio de medicamentos e adiciona uma infinidade de outros produtos e serviços que promovem a melhoria da qualidade de vida e do bem-estar de seus clientes.

O que é preciso

Para montar uma farmácia, serão necessários alguns móveis e equipamentos como balcões para atendimento, gôndolas, balcão caixa, emissor de cupom fiscal, testeiras para gôndolas, prateleiras, balança digital, computadores, fax, telefones, ar condicionado, mesa, cadeira, armário, entre outros materiais e equipamentos hospitalares em geral.

Também deverá ser adquirido um software de gestão para o efetivo controle do empreendimento. Para que sejam realizadas as entregas em domicílios próximos ao estabelecimento comercial, será necessária a terceirização desse serviço ou a contratação de um profissional para atender as demandas.

Ao decidir por abrir uma farmácia, o empreendedor deverá fazer uma análise do mercado existente na região, levando-se em conta o espaço oferecido pela concorrência, que consiste em brechas de demanda não atendida pelas empresas que estão no mercado.

E é importante frisar que, de acordo com as regras da Anvisa, para oferecer certos serviços é obrigatório que o estabelecimento conte com um farmacêutico responsável.

Os medicamentos são oferecidos como produto principal numa farmácia, devendo o empreendedor disponibilizar uma linha completa deles, o que compreende medicamentos de referência ou de marca, medicamentos genéricos ou bioequivalentes e medicamentos similares.

O investimento em mercadorias da linha de bem-estar, qualidade de vida, e de beleza e cuidados pessoais são essenciais para o aumento do faturamento neste negócio, pois as pessoas que entram numa farmácia em busca de um medicamento específico, quase sempre saem levando algum outro produto destas seções.

O empreendedor poderá também disponibilizar serviços adicionais, como: aplicação de injeções, telemarketing, entregas em domicílio, espaços para informações aos clientes com especialistas, entre outros, sempre atentando para as regras da agência reguladora.

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Deve-se buscar atingir aquelas pessoas que residem nas proximidades do estabelecimento comercial a ser instalado, e outras que estejam insatisfeitas com a atuação das farmácias existentes.

Necessariamente, o cliente deste tipo de estabelecimento espera encontrar atitudes e elementos condicionantes à sua fidelização ao empreendimento e, consequentemente, do sucesso do negócio, que são: a higiene, organização e atratividade do estabelecimento; a qualidade e variedade de produtos e serviços, preços módicos e acessíveis, a simpatia.

O que faz um atendente de farmácia?

O atendente de farmácia ou balconista é responsável pelo primeiro contato do cliente com o ponto de venda (PDV). É ele quem irá realizar o atendimento aos consumidores, sob

supervisão do farmacêutico responsável, e fará a venda dos medicamentos.

Além disso, também são funções do balconista: organizar a disposição adequada dos medicamentos nas prateleiras, lidar com questões relacionadas ao estoque e orientações gerais aos pacientes sobre o uso correto dos medicamentos. Entretanto, o balconista ou atendente de farmácia não pode indicar ou prescrever receitas.

Dessa forma, ser um atendente de farmácia ou drogaria é muito mais do que vender

medicamentos. O atendente de farmácia representa um dos cargos mais importantes dentro das drogarias e farmácias, pois precisa obter conhecimentos não apenas em relação ao corpo humano e aos medicamentos, mas também saber lidar com o público.

Assim, fazendo um atendimento eficiente e auxiliando nas tarefas organizacionais, gerenciais e administrativas do estabelecimento. Para atuar na profissão também é necessário possuir habilidades em vendas.

Qual a média salarial de um atendente de farmácia?

Atualmente, não existe um piso salarial nacional definido para os atendentes de farmácia.

Dessa forma, o valor da remuneração depende da empresa em que você atuar, da jornada de trabalho e também do nível de experiência e capacitação que apresenta.

Entretanto, levantamentos apontam que a média salarial dos atendentes de farmácias e drogarias varia entre R$ 900,00 e R$ 2.100,00. Além disso, os profissionais possuem benefícios, que geralmente incluem vale transporte, auxílio refeição e em alguns casos, uma participação nas vendas do estabelecimento.

O salário também pode variar de acordo com a farmácia. Isso acontece porque muitas delas têm níveis diferentes de atendentes de farmácia. Você pode começar como atendente júnior e ir crescendo para pleno e sênior.

Isso dependerá da sua dedicação, da sua experiência na área e da sua capacitação. Dessa forma, estudar e se manter constantemente atualizado é chave para crescer na carreira, aumentar a remuneração e alcançar até mesmo o cargo de gerente de farmácia ou de farmacêutico.

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Equipes de uma farmácia

O número de funcionários irá variar de acordo com a estrutura do empreendimento. Para começar, pode-se contar com: dois balconistas, um farmacêutico e o dono, que deve se responsabilizar pela parte administrativa.

De acordo com conselhos regionais de farmácia (CRF), um número considerável de atendentes de drogarias e farmácias não tem sequer o 1º Grau completo e muitos deles chegam até a indicar e vender medicamentos controlados, caracterizando uma situação que assusta e preocupa os conselhos. A Organização Mundial de Saúde estabelece que o ideal é que haja um farmacêutico para cada 10 mil habitantes.

Preparação de um balconista de farmácia

Profissional pode oferecer algumas orientações sobre o uso do medicamento e contribuir para a venda de produtos correlatos

O balconista de farmácia pode oferecer algumas orientações sobre o uso do medicamento e também contribuir para a venda de produtos correlatos. Suas responsabilidades envolvem:

• A venda do medicamento, é ele que está em contato com o cliente.

• Atuação nos setores não só de dispensação, como também de logística de medicamentos e cosméticos.

• Atuação em diversos processos administrativos.

• Recepção do cliente e interação entre ele e a empresa.

• Tradução de receitas.

• Fornecimento de esclarecimentos sobre uso dos produtos, posologia, reações adversas.

• Avaliação das datas de validade dos produtos.

• Limpeza das prateleiras e, igualmente, do balcão.

• Reposição de mercadoria.

10 contribuições indispensáveis do balconista de farmácia

1. Manter um bom layout e ambiente de loja

O ambiente da drogaria e a disposição dos produtos “conversam” com os clientes,

especialmente os de perfil visual. Portanto o balconista deve ter ciência de que a limpeza e a arrumação da empresa, das prateleiras, gôndolas, balcão e também dos produtos são ações que contribuem para a volta dos clientes e até para a fidelização.

Desse modo, é importante verificar se o ambiente está organizado, se os produtos estão em ordem, nos locais certos, se estão limpos, com preço, com a face voltada para a frente e se estão sendo repostos continuamente para não dar a impressão de empresa falida, sem produtos.

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2. Recepcionar e atender o cliente com profissionalismo e de forma personalizada Como muitas farmácias e drogarias são bem parecidas em estrutura física e nos produtos dispensados e comercializados, uma das melhores formas de se diferenciar é pelo

atendimento realizado pela equipe. Os clientes querem se sentir bem e únicos enquanto estão sendo atendidos. Querem estar em um ambiente agradável, portanto os balconistas precisam estar atentos às necessidades e desejos dos clientes. Isso, desde o momento que entram no estabelecimento até a saída do mesmo.

Entre as ações simples que podem e devem ser aplicadas estão: cumprimentar o cliente;

chamar pelo nome, não esquecendo o “senhor” e “senhora”; dar um aperto de mão; manter contato visual; ouvir atentamente; perguntar se precisa de alguma informação, se tem dúvidas; e sempre agradecer pela preferência. Mostrar que está ali para auxiliar o cliente.

Contrariamente, ações que não devem ser praticadas são: não cumprimentar o cliente, deixar o cliente esperando no balcão enquanto conversa com outro colega da equipe, atender o cliente olhando o que está acontecendo ao redor, não olhar nos olhos do cliente, entregar o produto e mandar ir para o caixa, entre outras.

3. Respeitar as diversidades e as necessidades dos colegas de equipe e dos clientes O respeito é uma ação muito importante do atendimento em qualquer tipo de empresa, especialmente em farmácias. Muitos clientes vão às lojas para adquirir medicamentos que serão utilizados no tratamento de problemas de saúde. Não é incomum que estejam com dor, com receio, assustados ou preocupados, devendo ser respeitados e compreendidos em sua totalidade como seres humanos.

Assim, o balconista deve sempre respeitar os clientes, colegas de trabalho e fornecedores.

Ninguém gosta de ficar perto de uma pessoa mal-educada, que destrata os outros, que ignora a pessoa, é arrogante. O balconista não deve usar apelidos nem para os clientes nem para os colegas de equipe. Essas ações podem levar a uma reclamação por parte dos clientes, manchando a imagem da farmácia e até mesmo do balconista.

4. O balconista de farmácia precisa ouvir e atingir à necessidade do cliente

As pessoas precisam se sentir bem com a empresa, precisam estar confortáveis, seguras e ter confiança no balconista de farmácia. Para que isso seja conquistado, ele precisa entender o que o cliente deseja, como quer ser tratado, como quer que seu problema seja resolvido, olhando nos olhos e ouvindo atentamente o que é dito.

Mostrar que está interessado e pronto para ajudar e, caso não consiga, encaminhar o cliente para quem poderá dar continuidade ao atendimento, como o gerente ou o farmacêutico. Erros comuns são: não prestar atenção no cliente; completar a frase antes que ele termine de falar;

atender sem olhar nos olhos; não se interessar pela causa do cliente, simplesmente dizendo

“não temos” ou “não posso fazer nada” ou, ainda, “isso não é comigo”.

5. Comunicar-se adequando sua linguagem conforme o perfil e as necessidades do cliente A comunicação é definida de forma bem simplista como “a arte de se fazer entender e

entender os outros”. Ou seja, para que uma mensagem possa ser transmitida de forma efetiva,

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é preciso usar sinais e termos que sejam comuns à pessoa que está recebendo a informação. O balconista deve ter ciência de que muitas vezes precisa se atentar ao modo como está

transmitindo a informação. Nesse sentido, volume, ritmo e à necessidade de usar gestos e imagens são, igualmente, importantes.

Por exemplo, os elementos utilizados durante o atendimento de uma pessoa idosa são diferentes dos utilizados para um jovem. Outra questão importante é que pessoas de perfil visual precisam de imagens, ver o produto. Ao contrário, as sinestésicas precisam tocar os produtos, sentir o cheiro. Nesse sentido, as auditivas precisam ouvir o que está sendo dito. É importante salientar que o balconista não deve agir como um robô, com falas decoradas, sem se atentar ao que o cliente está comunicando. Dependendo do cliente, não deve usar termos técnicos e palavras difíceis. Não deve usar gírias, diminutivos, palavras pronunciadas de forma errada e nem modismos.

6. Fornecer o que o cliente procura

O profissional precisa ter conhecimento de que é importante entender o que o cliente busca, quais são as suas reais necessidades e até mesmo seus desejos, para poder fornecer o produto mais adequado àquela situação. No caso dos medicamentos, é importante lembrar que o balconista não é um mero “entregador de caixinha”. Ele precisa orientar o cliente sobre como usar o produto para que ele possa fazer efeito e auxiliar a recuperação da saúde.

Muitos erram pensando que não podem oferecer outros produtos e até mesmo serviços para os clientes. Ao contrário, para cumprir metas de vendas, saem “empurrando” produtos que em nada agregam. Os balconistas devem saber que venda adicional também faz parte da atenção prestada ao cliente e deve ser praticada com bom senso, pelo oferecimento de produtos e serviços que possam auxiliar o cliente, como um medidor de pressão arterial para pessoas que estão fazendo uso de medicamentos anti-hipertensivos, creme hidratante para idosos que têm a pele mais seca, entre outros. O balconista deve se lembrar que ele é parte integrante nas vendas, mas, acima de tudo, deve manter compromisso com os clientes.

7. Estar atento ao que está acontecendo à sua volta

É preciso ser um profissional antenado com o que está acontecendo ao seu redor, seja dentro da própria empresa, via comentários dos clientes, seja na concorrência ou na mídia. Se algum programa ou revista mostra algum produto, certamente em um curto espaço de tempo vários clientes procurarão por ele no estabelecimento. Para colaborar, o balconista precisa

comunicar o farmacêutico ou o gerente para que esses avaliem a possibilidade de integrar ao mix de produtos do estabelecimento. Um profissional que não tem compromisso com a empresa, com seus produtos e serviços, dificilmente será promovido e respeitado.

8. Saber trabalhar em equipe e resolver conflitos é de competência do balconista de farmácia

É importante que as pessoas que trabalham em farmácias gostem de estar com outras pessoas e do trabalho em equipe. Precisam estar disponíveis para informar, procurar entender as necessidades do outro, praticar a empatia e ter paciência.

Tem que ser “gente que gosta de gente”, ou seja, profissionais que queiram contribuir com os colegas e estejam empenhados em resolver conflitos. Contrariamente, não devem colocar a culpa nos colegas, fazer comentários inconvenientes, querer prejudicar o colega, entre outras

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ações indesejadas que prejudicam o andamento das tarefas e o clima organizacional.

Colaboradores felizes fazem clientes internos e externos felizes.

9. Participar ativamente de treinamentos, buscar informações e querer aperfeiçoar seus conhecimentos – capacitação contínua

Os produtos estão sempre mudando e para acompanhar essa mudança os balconistas precisam buscar atualização contínua. Precisam participar ativamente dos treinamentos que são aplicados nas empresas ou fora delas. Ser um profissional da saúde exige atualização constante, para não se tornar obsoleto e não conseguir colocação profissional.

10. Ser proativo no exercício de suas funções e auxiliar a melhoria dos procedimentos Ademais, toda empresa, para se manter e crescer no acirrado mercado varejista farmacêutico, precisa da colaboração de todos os profissionais da equipe, independentemente das funções que realizam, pois em muitas situações o trabalho de um compromete a continuidade pelo outro colega.

A falta do produto, de educação e a falta de informação podem comprometer não apenas a dispensação de medicamentos, como também a comercialização de outros itens. Os balconistas precisam ser não só proativos, bem como dar sugestões para melhorar os processos internos e favorecer o crescimento da empresa.

Primeiro contato com o cliente

Todo trabalho por mais difícil que seja deve ser encarado com muito profissionalismo e seriedade. No caso do balconista de farmácia este aspecto é muito importante, já que este profissional tem que atuar como “relações públicas” da farmácia onde trabalha, representar a própria empresa e ser o elo entre a farmácia e o consumidor. Toda empresa comercial tem como objetivo o bom atendimento ao cliente. Na farmácia isso não é diferente, a gentileza no atendimento com certeza trará bons retornos para a farmácia e para o balconista.

O balconista é a primeira pessoa que o cliente vê e ouve e, às vezes, é a única pessoa com quem ele entra em contato dentro de uma drogaria. Por isso é fundamental o bom aspecto do balconista, que deve usar sempre um avental ou jaleco limpo, de preferência de cor clara.

Outro aspecto importante e que deve observado é das mãos e unhas, não só pela questão estética, mas principalmente pela higiene que se deve ter ao manusear os medicamentos.

Note ainda que as mãos do balconista estão permanentemente no foco de atenção dos clientes.

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Paciência e dedicação

Existe um antigo ditado popular que diz que “o cliente sempre tem razão” e mesmo que isso não seja totalmente verdade é importante que o balconista não esqueça que este ditado resume uma regra básica na relação de compra e venda.

Tem cliente que fica nervoso ou irritado pela demora no atendimento ou mesmo por qualquer outro motivo. Neste caso o balconista deve utilizar de bom senso e atendê-lo o mais

prontamente possível, evitando até mesmo comentar o contratempo ocorrido. Desta forma o cliente ficará desarmado e até mesmo sem ação. Manter a calma e ser gentil nesta ou em qualquer outra situação deve ser um dos lemas do balconista até mesmo para se desvencilhar de um cliente que gosta de “esticar a conversa” no balcão. Como ele pode estar atrapalhando o andamento do trabalho, peça amavelmente para ele esperar um pouco até que outros clientes sejam atendidos.

É fundamental nunca perder a paciência e sempre colocar o cliente em primeiro lugar, afinal todo o seu trabalho gira em torno dele e para ele.

Fornece informações sobre os produtos

O papel do balconista da drogaria é muito importante para a dispensação de remédios e a atenção ao público em geral. Os atendentes devem ficar responsáveis pela maior parte das vendas da loja, contando com o auxílio do farmacêutico quando houver necessidade.

É papel do balconista da drogaria oferecer algumas orientações sobre o uso do medicamento e também contribuir para a venda de produtos correlatos. O bom balconista da drogaria

conhece muito bem o mix de produtos da loja e é capaz de passar alguns direcionamentos aos consumidores.

Muito mais do que ser prestativo e simpático, também é papel do balconista da drogaria possuir conceitos básicos sobre medicamentos, para que possa passar informações seguras aos clientes.

Controlar a entrada e saída de produtos, conferir, repor, organizar mercadorias, ter

conhecimento dos medicamentos e os laboratórios, saber ler uma receita e atualizar-se sobre lançamentos são princípios básicos que fazem parte do dia a dia do balconista e ajudam, em muito, a organização da drogaria.

Gostar de lidar com pessoas é uma característica imprescindível que todo profissional que trabalha na área de atendimento de uma farmácia precisa ter. Saber ouvir o cliente com atenção e paciência é fundamental no papel do balconista da drogaria.

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Organização, controle, exposição e venda

Isso mostra que você está ciente que saber como organizar uma farmácia é um importante passo para melhorar a imagem do ambiente físico, facilitar a administração da drogaria e promover o bem-estar do cliente dentro de seu estabelecimento (PDV).

Em um mercado cada vez mais competitivo, ter prateleiras para medicamentos organizadas, prateleiras de perfumaria, balcão de farmácia, medicamentos bem-dispostos e produtos sempre visíveis são ações que contribuem positivamente para sua farmácia.

Afinal, junto à ordem estão os conceitos de qualidade, credibilidade e praticidade - essenciais para o bom andamento de qualquer negócio.

Entender como organizar uma farmácia e pôr tudo em ordem, de fato, não é uma tarefa simples, exige dedicação e uma mãozinha de quem entende do assunto.

A disposição dos produtos dentro da loja pode influenciar positivamente o consumo.

Encontramos tipos de clientes que entram na loja em busca de algum produto definido e acabam adquirindo outras mercadorias por terem sido impactados pela visibilidade e oportunidade de compra.

Farmácias e drogarias possuem uma legislação específica de comercialização de

medicamentos, aqueles com ou sem prescrição médica, portanto não podem ficar expostos, à disposição dos consumidores.

Medicamentos de tarja preta, de uso controlado e com

estocagem diferenciada

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Devem ser acondicionados em locais específicos e com acesso restrito, normalmente sob a responsabilidade imediata do farmacêutico.

Sugere-se no fundo da loja, em cômodo separado e devidamente vigiado. Exige-se a retenção da receita médica.

Medicamentos com prescrição médica e sem retenção de receita

Devem ser expostos no fundo da loja, atrás de balcão e de acesso exclusivo dos funcionários.

Gavetas ou prateleiras são os modelos mais utilizados.

Produtos de higiene pessoal, beleza e cosméticos

Distribuídos dentro da loja, em gôndolas na altura do campo de visão dos consumidores.

Deve-se organizar a gôndola por gênero de produtos, agrupando os itens da mesma espécie lado a lado, por exemplo, hidratantes (todos as marcas), shampoo (todas as marcas), desodorantes (todas as marcas) e assim sucessivamente.

Produtos destinados a cuidar da boa forma

Shakes, complexos vitamínicos, chás para emagrecimento e produtos similares devem ser expostos próximos à balança, desta forma, influenciam a decisão de compra quando o cliente checa seu peso.

Produtos de consumo espontâneo

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Pastilhas, balas, barras de cereal, lâminas de barbear, escovas e similares devem ser expostos próximos ao caixa, assim enquanto espera na fila ou registra as compras, o consumidor é impactado por artigos que pode estar precisando, mas não lembrava, até então, de comprá- los.

Promoções especiais

Pode-se montar uma gôndola especial com produtos que estão em promoção, como por exemplo, encalhados, de pouca saída e próximos de expirar suas datas de vencimento.

Promoções sazonais

Criar oportunidades relacionadas a datas comemorativas e com forte apelo comercial, tais como: Semana da beleza (produtos de beleza com descontos especiais); Dia das mães (kit com produtos consumidos por mulheres); Natal perfumado (comercialização de itens da perfumaria em condições especiais de venda), entre outros.

Farmacologia

A farmacologia (do Grego, pharmakos, droga, e logos, estudo) é a ciência que estuda como os medicamentos ou substâncias interagem com o organismo, sendo capazes de promover alterações funcionais e estruturais. Remete de longas datas, desde a antiguidade, onde as doenças eram associadas a possessões divinas ou demoníacas, ou ainda, como castigo dos deuses, sendo tratadas e curadas com preparos de origem vegetal, mineral ou animal,

principalmente por plantas. Contudo, o entendimento de que essas substâncias podem causar tanto efeitos benéficos quanto nocivos foi relatado por Paracelsus (1493-1541), ainda na Idade Média, ao dizer que “toda substância tem potencial tóxico, o que diferencia um medicamento de um veneno é a dose”. Foi somente no século XIX, através da descoberta da química orgânica, que as primeiras drogas puderam ser identificadas e isoladas, favorecendo a evolução para a farmacologia moderna. A primeira droga isolada foi a morfina em 1805 por Sertüner, que a extraiu do ópio. Alguns anos mais tarde, em 1847, Rudolf Buchheim fundou o primeiro Instituto de Farmacologia, na Universidade de Dorpat, na Estônia, sendo, portanto, um dos pioneiros no desenvolvimento da farmacologia como uma ciência.

No século XX a indústria farmacêutica revolucionou o mercado farmacêutico. A produção em massa de substâncias sintéticas fez declinar o trabalho dos boticários, que manipulavam os medicamentos em farmácias, assim como surgir novos conceitos em farmacologia. O conhecimento da relação entre a estrutura química do fármaco e o efeito terapêutico resultante foi abordado inicialmente por Fraser (1869), assim como a teoria de que existem receptores celulares específicos para fármacos no organismo, por Langley (1878), seguida da teoria da ocupação, por Clark (1920), onde o efeito do fármaco é diretamente proporcional a fração de receptores ocupados na célula. Vários fármacos foram descobertos neste século, como a penicilina, por Fleming (1928), o prontosil por Domagk (1935), as tiazidas por Beyer (1950), assim como o propranolol e os barbitúricos, servindo como protótipos para a

descoberta de uma infinidade de medicamentos hoje existentes na terapêutica. A tecnologia

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permitiu avanços, e hoje temos a biofarmácia, que atua através da biologia molecular, visando o estudo dos biofármacos, ou seja, de medicamentos cujo princípio ativo é obtido de

microrganismos ou células modificadas geneticamente.

Atualmente a farmacologia é considerada uma das principais ferramentas para os profissionais de saúde, assim como para aqueles que têm o contato direto ou indireto com os

medicamentos. Ao estudar os efeitos e mecanismos de ação das drogas, pode-se compreender não somente como os fármacos atuam, mas também conhecer a fisiologia normal do

organismo. Esse conhecimento permite empregar os medicamentos de forma mais objetiva, melhorando o tratamento.

Desta forma, a farmacologia pode ser subdividida em vários ramos, e de acordo com a

Farmacologia Básica, podemos dividi-la quanto a sua ação no organismo em farmacocinética e farmacodinâmica. Enquanto a farmacocinética estuda como o organismo se comporta ao interagir com o fármaco, verificando onde e qual o tempo em que se dá a sua absorção, assim como a biotransformação e a excreção, a farmacodinâmica visa estudar como o fármaco atua no organismo, ou seja, o local e mecanismo de ação, além da relação entre a dose e

intensidade do efeito e tipos de resposta. A compreensão dessas etapas permite um maior planejamento terapêutico e o uso racional dos fármacos.

Como a farmacologia é dividida

Farmacocinética

A farmacocinética consiste no estudo do caminho que o medicamento vai fazer a partir do momento em que é administrado até ser eliminado, passando por processos de absorção, distribuição, metabolismo e excreção. Neste caminho, o medicamento vai encontrar um local de ligação.

1. Absorção

A absorção consiste na passagem do medicamento do local onde é administrado, para a circulação sanguínea. A administração pode ser feita via enteral, o que significa que o remédio é ingerido através da via oral, sublingual ou via retal, ou parenteral, o que significa que o remédio é administrado via intravenosa, subcutânea, intradérmica ou intramuscular.

2. Distribuição

A distribuição consiste no caminho que o medicamento faz depois de atravessar a barreira do epitélio do intestino para a corrente sanguínea, podendo estar na forma livre, ou ligado às proteínas plasmáticas, podendo depois atingir vários locais:

• Local de ação terapêutica, onde vai exercer o efeito pretendido;

• Reservatórios teciduais, onde vai ser acumulado sem exercer efeito terapêutico;

• Local de ação inesperada, onde vai exercer uma ação indesejada, provocando efeitos colaterais;

• Local onde são metabolizados, podendo aumentar a sua ação ou serem inativados;

• Locais onde são excretados.

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Quando um medicamento se liga às proteínas plasmáticas, não consegue atravessar a barreira para atingir o tecido e exercer ação terapêutica, por isso um medicamento que tenha alta afinidade para estas proteínas, vai ter uma menor distribuição e metabolismo. No entanto, o tempo de permanência no organismo vai ser maior, porque a substância ativa demora mais tempo a chegar ao local de ação e a ser eliminado.

3. Metabolismo

O metabolismo ocorre em grande parte no fígado, podendo acontecer o seguinte:

Inativar uma substância, que é o mais comum;

Facilitar a excreção, formando metabólitos mais polares e mais hidrossolúveis de forma a serem eliminados mais facilmente; ativar compostos originalmente inativos, alterando o seu perfil farmacocinético e formando metabólitos ativos. O metabolismo de medicamentos também pode ocorrer com menos frequência nos pulmões, rins e glândulas adrenais.

4. Excreção

A excreção consiste na eliminação do composto através de várias estruturas, principalmente no rim, em que a eliminação se faz pela urina. Além disso, os metabólitos também podem ser eliminados através de outras estruturas como o intestino, através das fezes, o pulmão caso sejam voláteis, e a pele através do suor, leite materno ou lágrimas.

Vários fatores podem interferir com a farmacocinética como a idade, sexo, peso corporal, doenças e disfunção de certos órgãos ou hábitos como fumar e beber álcool, por exemplo.

Farmacocinética e Farmacodinâmica: o que é e quais as diferenças Farmacodinâmica

A farmacodinâmica consiste no estudo da interação dos fármacos com os seus receptores, onde exercem o seu mecanismo de ação, produzindo um efeito terapêutico.

1. Local de ação

Os locais de ação são os locais onde as substâncias endógenas, que são substâncias produzidas pelo organismo, ou exógenas, que é o caso dos medicamentos, interagem para produzir uma resposta farmacológica. Os principais alvos para a ação das substâncias ativas são os

receptores onde se costumam ligar substâncias endógenas, canais iônicos, transportadores, enzimas e proteínas estruturais.

2. Mecanismo de ação

O mecanismo de ação é a interação química que uma determinada substância ativa exerce com o receptor produzindo uma resposta terapêutica.

3. Efeito terapêutico

O efeito terapêutico é o efeito benéfico e desejado que o medicamento provoca no organismo quando administrado.

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Divisão quanto ao tipo de estudo

O que é Farmacognosia?

A farmacognosia é o ramo mais antigo das ciências farmacêuticas e tem como alvo de estudo os princípios ativos naturais, sejam animais ou vegetais. Apenas a partir de 1815 foi

introduzido o termo farmacognosia, que deriva do grego pharmakon (fármaco) e gnosis (conhecimento). Este termo foi usado pela primeira vez pelo médico austríaco Schmidt em 1811. A farmacognosia é disciplina obrigatória nas Escolas de Farmácia do Brasil a partir de 1920, sendo uma das maiores áreas do conhecimento farmacêutico.

A definição mais ampla de farmacognosia: “é a aplicação simultânea de várias disciplinas cientificas com o objetivo de conhecer fármacos naturais sob todos os aspectos”. Ou ainda, a farmacognosia é uma ciência multidisciplinar que contempla o estudo das propriedades físicas, químicas, bioquímicas e biológicas dos fármacos ou dos fármacos potenciais de origem natural assim como busca novos fármacos a partir de fontes naturais.

Originalmente – durante o século 19 e começo do século 20 – o termo farmacognosia era utilizado para definir o ramo da medicina que tratava das commodities cientificas, que

tratavam das drogas vegetais brutas ou não processadas. Drogas vegetais são a parte utilizada da planta medicinal seca e estabilizada, podendo ser inteira, rasurada ou pulverizada. Apesar da maioria dos estudos farmacognosticos focar nas plantas e derivados, outros tipos de organismos também são considerados de interesse farmacognostico, como por exemplo, bactérias e fungos e também organismos marinhos.

A farmacognosia é interdisciplinar, fazendo interface com a botanica, etnobotanica,

antropologia medica, biologia marinha, microbiologia, fitoquimica, fitoterapia, farmacologia, farmácia clínica, agronomia, entre outros.

O que é farmacotécnica?

A farmacotécnica é um ramo da farmácia, praticada por profissionais farmacêuticos, e tem como objetivo a fabricação de medicamentos através de uma forma farmacêutica ideal para maior absorção do princípio ativo, conforme tratamento. Nesta área estuda-se o

desenvolvimento de novos produtos e sua relação com o meio biológico, técnicas de manipulação, doses, as formas farmacêuticas, as interações físicas e químicas entre os princípios ativos e entre os princípios ativos e os excipientes e veículos.

Preparação

Procedimento farmacotécnico para a obtenção do produto manipulado. Consiste basicamente na avaliação farmacêutica, fracionamento, conservação e transporte. Existem três tipos de preparação: oficinais (a formulação consta em farmacopeias), magistrais (o farmacêutico

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segue uma fórmula prescrita pelo médico) e magistrais semiacabadas (a fórmula não está completa).

Formas farmacêuticas

As formas farmacêuticas são as formas físicas de apresentação do medicamento, e podem ser classificadas como sólidas, líquidas, semissólidas e gasosas. Essas formas podem ser

administradas por via oral, parenteral, retal, vaginal, oftálmica, aérea, auricular e percutânea.

As formas sólidas podem ser divididas em pós, granulados, comprimidos, drágeas, cápsulas, supositórios e óvulos. As formas líquidas são divididas em soluções, xaropes, elixires,

suspensões, emulsões, injetáveis, tinturas e extratos. As formas gasosas são os aerossóis. Já as formas semissólidas dividem-se em géis, loções, unguentos, linimentos, ceratos, pastas, cremes e pomadas, etc.

O que é Farmacoepidemiologia?

Farmacoepidemiologia é o estudo dos usos e efeitos de drogas em populações bem definidas.

Para realizar este estudo, a farmacoepidemiologia se baseia na farmacologia e na epidemiologia. Portanto, a farmacoepidemiologia é a ponte entre a farmacologia e a

epidemiologia. Farmacologia é o estudo do efeito de drogas e farmacologia clínica é o estudo do efeito de drogas em humanos clínicos. Parte da tarefa da farmacologia clínica é fornecer uma avaliação de risco-benefício pelos efeitos dos medicamentos nos pacientes:

fazer os estudos necessários para fornecer uma estimativa da probabilidade de efeitos benéficos nas populações,

ou avaliar a probabilidade de efeitos adversos nas populações.

Outros parâmetros relacionados ao uso de medicamentos podem beneficiar a metodologia epidemiológica. A farmacoepidemiologia, então, também pode ser definida como a aplicação transparente de métodos epidemiológicos por meio do tratamento farmacológico das doenças para melhor compreender as condições a serem tratadas.

Epidemiologia é o estudo da distribuição e determinantes de doenças e outros estados de saúde nas populações. Os estudos epidemiológicos podem ser divididos em dois tipos principais:

A epidemiologia descritiva descreve a doença e / ou exposição e pode consistir no cálculo de taxas, por exemplo, incidência e prevalência. Tais estudos descritivos, no momento, não usam grupos de controle de saúde e podem apenas gerar hipóteses, mas não testá-las. Os estudos sobre o uso de drogas geralmente se enquadram em estudos descritivos.

A epidemiologia analítica inclui dois tipos de estudos: estudos observacionais, como estudos de caso-controle e de coorte, e estudos experimentais que incluem ensaios clínicos ou ensaios clínicos randomizados. Os estudos analíticos comparam um grupo exposto com um grupo de controle e geralmente são concebidos como testes de hipóteses por estudos.

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A farmacoepidemiologia se beneficia da metodologia desenvolvidos em epidemiologia geral e podem desenvolvê-los posteriormente para aplicações de metodologia exclusiva para

necessidades de farmacoepidemiologia. Existem também algumas áreas que são totalmente exclusivas da farmacoepidemiologia, por exemplo, farmacovigilância. A farmacovigilância é um tipo de monitoramento contínuo de efeitos indesejáveis e outros aspectos relacionados à segurança de medicamentos que já são colocados nos atuais mercados de integração em crescimento. Na prática, a farmacovigilância refere-se quase exclusivamente aos sistemas de notificação espontânea que permitem aos profissionais de saúde e outros relatar reações adversas a medicamentos à agência central. A agência central combina relatórios de muitas fontes para produzir um perfil mais informativo para produtos farmacêuticos do que poderia ser feito com base em relatórios de menos profissionais de saúde.

Toxicologia

A toxicologia é uma ciência multidisciplinar que tem como objeto de estudo os efeitos adversos das substâncias químicas sobre os organismos. Possui vários ramos, sendo os principais a toxicologia clínica, que trata dos pacientes intoxicados, diagnosticando-os e instituindo uma terapêutica mais adequada; a toxicologia experimental, que utiliza animais para elucidar o mecanismo de ação, espectro de efeitos tóxicos e órgão alvos para cada agente tóxico, além de estipular a DL50 e doses tidas como não tóxicas para o homem através da extrapolação dos dados obtidos com os modelos experimentais; e a toxicologia analítica, que tem como objetivo identificar/quantificar toxicantes em diversas matrizes, sendo estas biológicas (sangue, urina, cabelo, saliva, vísceras, etc.) ou não (água, ar, solo). No entanto existem outras áreas da toxicologia como a ambiental, forense, de medicamentos e

cosméticos, ocupacional, ecotoxicologia, entomotoxicologia, veterinária, etc. Sendo assim, é importante que o profissional que atue nesta área tenha conhecimentos de diversas áreas como química, farmacocinética e farmacodinâmica, clínica, legislação, etc.

Origem da palavra

A palavra "Toxikon" tem origem grega e significa veneno das flechas (usado na caça desde a antiguidade). As pontas das flechas eram preparadas com material bacterialmente

contaminado, por exemplo pedaços de cadáveres ou venenos vegetais, com o intuito de acelerar a morte dos animais, levando a paralisia do músculo cardíaco e da musculatura esquelética. A toxicologia é uma ciência multidisciplinar que tem como objeto de estudo as alterações das funções fisiológicas, isto é, os efeitos nocivos causados por substâncias químicas sobre organismos vivos.

Concentração ou dosagem

Na questão de determinar a toxicidade de um determinado material, é normalmente importante saber determinar a quantidade ou concentração desse material. Algumas substâncias têm em pequenas quantidades um efeito positivo sobre o corpo e tornam-se no entanto perigosas quando em grandes concentrações.

"Todas as coisas são um veneno e nada existe sem veneno, apenas a dosagem é razão para que uma coisa não seja um veneno" (Theophrastus Bombastus von Hohenheim, conhecido como Paracelso (1493-1541)). Muitas substâncias consideradas venenosas são tóxicas apenas de forma indireta. Um exemplo é o "álcool de madeira" ou metanol, o qual não é venenoso em

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si mesmo mas que é convertido em formaldeído tóxico no fígado. Muitas moléculas de narcóticos tornam-se tóxicas no fígado, um bom exemplo sendo o acetaminophen (paracetamol), especialmente na presença de álcool. A variabilidade genética de certas enzimas do fígado permitem que a toxicidade de muitos compostos variem de um indivíduo para o outro. Como a actividade de uma enzima do fígado pode induzir a actividade de outras, muitas moléculas tornam-se tóxicas apenas em combinação com outras.

Uma atividade muito comum entre os toxicólogos é identificar quais as enzimas do fígado convertem uma molécula num veneno, ou quais os produtos tóxicos dessa conversão ou ainda em que condições e em que indivíduos essa conversão toma lugar.

O termo LD50 refere-se à dosagem de uma substância tóxica que mata 50% de uma população teste (normalmente ratos ou outros animais de testes que se usam para testar a toxicidade).

Farmacologia clínica

Farmacologia clínica é a área da farmácia dedicada ao estudo e prática do uso racional de medicamentos, em que os farmacêuticos cuidam do paciente de forma otimizada em relação à farmacoterapia, promovendo saúde e bem-estar além de curar ou prevenir doenças.

Além disso, a farmacologia clínica analisa a composição dos medicamentos, propriedades físicas e químicas, interações e associações, toxicologia, efeitos bioquímicos e fisiológicos, reações adversas, mecanismos de absorção, biotransformação e excreção dos fármacos para o seu uso terapêutico no tratamento de doenças.

Funcionalidades da farmacologia clínica

A farmacologia clínica contribui para a área da saúde no estudo e análise dos fármacos possíveis e disponíveis para determinado tratamento. Desse modo, a farmacologia alinha o efeito do medicamento aos resultados esperados no tratamento do paciente de forma a otimizar esse tratamento, avaliando aspectos relacionados ao tratamento como as doses necessárias, esquemas terapêuticos e condições de saúde do paciente.

Na farmacologia clínica, o profissional deve ser apto a tomar decisões precisas e eficazes, avaliando aspectos dos medicamentos como a padronização, aquisição, seleção e prescrição, gerindo todo o ciclo do medicamento por meio de uma análise crítica das características farmacológica-clínicas, atentando-se para a eficácia e segurança, bem como dos aspectos econômicos, prezando pelo princípio do uso racional dos medicamentos.

Desse modo, a farmacologia clínica alinha estudos e análises provindos de pesquisas clínicas sobre medicamentos, com informações obtidas de avaliações econômicas de medicamentos, tendo o objetivo de subsidiar a tomada de decisões sobre qual o medicamento mais adequado a ser ministrado com base na sua evidência científica e seu uso racional, trazendo benefícios tanto para o paciente no seu tratamento, como para as instituições de saúde.

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Fármaco e medicamento

Fármaco deriva do termo grego pharmakon, que tanto pode significar veneno como remédio, literalmente significa “aquilo que tem o poder de transladar as impurezas”. Entre os gregos, vítimas dos sacrifícios oferecidos aos deuses, eram chamadas de pharmakó, e o alimento utilizado durante as cerimônias de comunhão, phármakon. Essa última palavra passou a integrar a terminologia médica grega e chegou até os nossos dias com o nome de fármaco.

Para os gregos, phármakon era aquilo que poderia trazer tanto o bem quanto o mal, manter a vida ou causar a morte.[1] Na terminologia farmacêutica, fármaco designa uma substância química conhecida e de estrutura química definida dotada de propriedades farmacológicas. Em termos correntes, a palavra fármaco designa todas as substâncias utilizadas em Farmácia e com ação farmacológica, ou, pelo menos, de interesse médico. Por convenção, substâncias inertes (como excipientes) não são considerados fármacos.

De acordo com esta definição, fármaco designa qualquer composto químico que seja utilizada com fim medicinal, o que torna a sua distinção de medicamento bastante sutil.

Há uma grande confusão, portanto, sobre o uso de droga e fármaco. Isso porque, nos artigos científicos escritos em inglês, o uso do termo "drug" está sendo usado na função de fármaco, e essa mesma palavra "drug" pode ser ainda utilizada para drogas ilícitas, como: haxixe,

maconha, entre outras. Assim, nas últimas décadas, a palavra droga adquiriu a conotação de substância ilícita de abuso. E fármaco, para designar, num sentido lato, qualquer substância com atividade endógena ou farmacológica.

Pode ser definido como uma substância química que interage com uma parte do corpo, a fim de alterar um processo fisiológico ou bioquímico existente. Pode diminuir ou aumentar a função de um órgão, tecido ou célula, mas não pode criar novas funções para eles.

Anteriormente, a extração de fármacos era realizada somente através de materiais vegetais ou minerais, sem o conhecimento da causa da doença ou de que forma essas substâncias

utilizadas faziam seu efeito de cura. Paracelso adotou a teoria da Doutrina da Assinatura, que dizia que Deus formulava a cura de uma doença indicando um sinal comparativo. Por exemplo, o formato da flor de verônica era o de um olho, então a flor de verônica funcionava no

combate de tratamento de doenças oculares.

Depois do século XIX, iniciou-se a substituição dos fármacos naturais pelos sintéticos;

descobertas ao acaso, triagem empírica, modificação molecular, introdução de grupos volumosos, alteração de estado eletrônico, entre outros.

Classificação dos fármacos Quanto a origem

1. Natural

biosíntese→ o fármaco é originado a partir da ingestão e absorção do fármaco para o tecido alvo. Com variações de tecido para tecido

biotransformação→ o fármaco é "finalizado" por um ser vivo ou parte dele. Ex:

anticoncepcional.

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biologia molecular→ um organismo recebe informação genética que não possuía e com ela nos dá o fármaco (insulina obtida a partir de bactérias com o nosso código genético).

2. Animal 3. Vegetal 4. Artificial

• Síntese→ o fármaco é construído pelo homem partir de pequenas estruturas e com metodologias mais pesadas (altas temperaturas)

• Semi-síntese→ é semelhante à biotransformação, o homem apenas finaliza em poucas etapas uma molécula de certa complexidade e origem natural.

• Quanto ao foco de ação

• Organotrópicos – condicionam a alteração de um parâmetro biológico (EX.:anti- hipertensores)

• Etiotrópicos – não influenciam qualquer actividade biológica. Finalidade é matar ou impedir multiplicação de microrganismos patogénicos.

• Quanto a ocasião de uso

• Preventivo - vacinas e anticoncepcionais.

• Substitutivo - vitaminas, insulina.

• Usados para suprimir a causa da doença - bactericidas, bacteriostáticos.

• Sintomático - corrigem os sintomas sem eliminar a causa, como ocorre nos analgésicos.

• Efeitos que resultam da ação dos fármacos

• Efeito terapêutico – acção terapêutica, seria o efeito desejado (uma ou mais)

• Efeitos secundários – doses usuais e são previsíveis. Não ocorrem para melhoria da situação patológica

• Reações adversas – ocasionam sintomas indesejáveis (ou mesmo toxicidade) ou dão lugar a interações prejudiciais com outros medicamentos usados concomitantemente.

• Efeitos tóxicos – reacções provocadas por uma dose excessiva ou por acumulação anormal do fármaco no organismo.

• Efeitos locais – reações que só ocorrem no local de administração do medicamento;

• Efeitos sistémicos – efeitos ocorrem num órgão ou sistema distante do local de administração;

• Efeitos sinérgicos – combinação dos efeitos de dois ou mais fármacos, administrados simultaneamente – efeito final é superior à soma dos efeitos de cada um deles isoladamente. EX.: relaxante muscular+analgésico

• Efeitos antagónicos – efeito oposto entre dois fármacos. Ex.: potássio (frequência cardíaca) / digitálicos (frequência cardíaca). Potássio antagonisa a potência do digitálico.

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Medicamento

Ao conceito de Medicamento têm sido atribuídas diferente definições consoantes o contexto em que é utilizado, levando por vezes a uma sobreposição de significado com o termo fármaco.

Contudo, uma definição clara é dada pela legislação portuguesa, que define medicamento como "toda a substância ou associação de substâncias apresentada como possuindo

propriedades curativas ou preventivas de doenças em seres humanos ou dos seus sintomas ou que possa ser utilizada ou administrada no ser humano com vista a estabelecer um diagnóstico médico ou, exercendo uma acção farmacológica, imunológica ou metabólica, a restaurar, corrigir ou modificar funções fisiológicas".[2]

Já a Farmacopéia brasileira dá a seguinte definição: "produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.

É uma forma farmacêutica terminada que contém o fármaco, geralmente em associação com adjuvantes farmacotécnicos." (Resolução RDC, nº84/02).[3]

A definição legal brasileira pode ser vista na Lei n° 5991, de 17 de dezembro de 1973], conforme transcrita a seguir: Art. 4º - Para efeitos desta Lei, são adotados os seguintes conceitos: (...) II - Medicamento - produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico;

O conceito de medicamento como agente de cura já era utilizado pelas civilizações arcaicas da Mesopotâmia e Egito. O termo shêrtu, que aparece nos manuscritos da época, tem significado simultâneo de doença, pecado ou castigo divino. Somente através de uma operação de catarse, em que era atribuído um conteúdo mágico ao medicamento, o indivíduo alcançaria a purificação de seus pecados e o restabelecimento da saúde por intervenção dos deuses. Estes conceitos influenciaram o entendimento sobre a patologia e a terapêutica durante muitos séculos e persistem, em alguns aspectos, até nossos dias. A própria palavra fármaco teve origem a partir do termo grego pharmak, que significa “aquilo que tem o poder de transladar as impurezas”. Entre os gregos, vítimas dos sacrifícios oferecidos aos deuses eram chamadas de pharmakó, e o alimento utilizado durante as cerimônias de comunhão, phármakon. Essa última palavra passou a integrar a terminologia médica grega e chegou até nossos dias com o nome de fármaco. Para os gregos, phármakon era aquilo que poderia trazer tanto o bem quanto o mal, manter a vida ou causar a morte.

Excipientes

Excipientes são as substâncias que existem nos medicamentos e que completam a massa ou volume especificado. Um excipiente é uma sustância farmacologicamente inativa usada como veículo para o princípio ativo, ajudando na sua preparação ou estabilidade. Possibilita ainda a modificação das propriedades organolépticas ou a determinação de propriedades fisico- quimicas do medicamento e da sua biodisponibilidade. Na formulação, pode atuar como aglutinante, desintegrante, ligante, lubrificante, tensoativo, solubilizante, suspensor, espessante, diluente, emulsificante, estabilizante, conservante, corante, flavorizante, etc.

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Forma farmacêutica

A farmacotécnica é a área de responsabilidade dos farmacêuticos, que tem compreende a manipulação dos princípios ativos e outras substâncias necessárias para a fabricação de medicamentos. A seleção da forma farmacêutica ideal é um parâmetro de grande relevância para a qualidade farmacotécnica de um medicamento.

A manipulação de medicamentos tem como objetivos o uso racional, evitando perdas e desperdícios, o ajuste de dose, de acordo com as necessidades clínicas dos pacientes, como também promover maior facilidade na administração de medicamentos, para atender as especificidades de cada paciente.

Por esses motivos, as formas farmacêuticas são selecionadas com base na via de administração requerida, bem como em critérios como estabilidade físico-química do princípio ativo, entre outros.

Conceitualmente, a forma farmacêutica é a forma final em que se apresenta o medicamento ao paciente, depois de uma série de operações farmacêuticas realizadas com o princípio ativo e os excipientes adequados, ou sem os excipientes também, com o objetivo de atingir o sucesso terapêutico de acordo com a via de administração mais adequada.

Aqui, vamos levá-lo através do universo das formas farmacêuticas, olhando para suas principais vantagens e desvantagens, bem como suas especificidades.

Mas antes para entender melhor, vamos dividi-las em três grandes grupos:

Dentre as preparações líquidas destacamos as soluções que são compostas por uma ou mais substâncias dissolvidas em um determinado solvente ou mistura de solventes miscíveis entre si que seja adequada.

As soluções podem ser ainda classificadas como xaropes e elixires.

Xaropes – São preparações aquosas com altas concentrações de açúcar ou algum adoçante substituto, podem conter flavorizantes, que são agentes que confere um aroma característico à formulação e o princípio ativo. Os xaropes podem ser simples, flavorizados e sem açúcar.

Elixires – São preparações hidroalcoolicas, que são mistura contendo de 20% a 50% de álcool.

São edulcorados e flavorizados, além disso quase sempre contém propilenoglicol, glicerina e xaropes nas formulações. São menos viscosos e doces que os xaropes. Os elixires podem ser medicamentosos ou não.

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As principais vantagens das preparações líquidas são a facilidade na administração, a rápida absorção e a facilidade para o ajuste de dose. Como desvantagens destacamos a maior susceptibilidade à contaminação e alterações físico-químicas, devido ao maior teor de umidade entre outros fatores, além disso há maior dificuldade para suavizar ou mascarar odor e sabor indesejáveis.

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As Suspensões são preparações líquidas que contém o princípio ativo em partículas finamente divididas e distribuídas uniformemente em um veículo onde o fármaco apresenta uma mínima solubilidade.

As suspensões podem ser administradas pelas vias oral, parenteral e tópica.

As principais vantagens das suspensões são a possibilidade de empregar princípios ativos insolúveis em veículos mais comuns, além da maior estabilidade se comparadas às soluções, bem como melhor odor e sabor.

As emulsões são dispersões de duas fases de uma mistura não miscíveis entre si, que com o auxílio de um agente tensoativo, um emulsionante, são capazes de formar um sistema homogêneo.

As emulsões podem ser administradas pelas vias oral, parenteral, intramuscular, intravenosa e tópica.

As emulsões podem ser de quatro tipos:

Óleo/água – Formulação de óleo disperso em água, esse é o tipo de emulsão mais utilizada.

Água/óleo – Formulação de água dispersa em óleo, é comumente empregada em produtos cosméticos devido à sua maior espalhabilidade.

Emulsões múltiplas – Formulações com propriedades mistas, tanto óleo/água quanto água/óleo, por isso formam sistemas óleo/água/óleo e água/óleo/água.

Microemulsões – Formulações compostas por partículas finamente divididas elaboradas com altas concentrações de emulsionantes, o que garante uma propriedade de alta permeabilidade cutânea.

As formas farmacêuticas sólidas podem ser classificadas em cápsulas, drágeas, comprimidos, grânulos, supositórios e pós.

As cápsulas são formas compostas por um envoltório comestível, que normalmente é à base de gelatina. Dentro desse envoltório, está princípio ativo. As cápsulas são administradas por via oral.

As principais vantagens são a facilidade na liberação e administração do fármaco, melhor conservação e apresentação, além de permitir a prescrição personalizada e maior velocidade na execução da formulação. Já entre as desvantagens, destaca-se que não pode ser

cortado/partido, além de ser inviável para fármacos muito solúveis, como também a limitação de uso para crianças e idosos devido ao tamanho da cápsula. Deve ser armazenada em

condições de temperatura e umidade adequadas.

Podem ser classificadas em cápsulas moles, duras, gastrorresistentes e de liberação controlada.

As drágeas são formas farmacêuticas em que o princípio ativo está em um invólucro constituído por diversas substâncias, como resinas, gelatinas, gomas, açúcares, ceras. São chamados também de comprimidos revestidos.

As principais vantagens são a estabilidade físico-química, facilidade na administração, a possibilidade de proteger princípios ativos facilmente oxidáveis além de viabilizar a

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desintegração entérica. Como desvantagens temos a dificuldade na preparação, o alto custo, e a impossibilidade de ajuste de dose.

Os comprimidos são preparações sólidas obtidas pela compressão de princípios ativos secos.

Podem apresentar vários formatos, como ovais, cilíndricos, redondos, entre outros.

As principais vantagens são a facilidade na execução da preparação, o baixo custo, melhor estabilidade físico-química, além da facilidade na administração, a precisão na dosagem. E entre as desvantagens tem-se a impossibilidade de ajustar a dose no produto final.

Podem ser de vários tipos: revestidos por películas, com revestimento entérico, de liberação controlada, efervescentes, sublinguais, mastigáveis, entre outros.

Os grânulos são preparações que apresentam formato de grãos ou grânulos irregulares.

Podem ser administrados diretamente ou de serem utilizados em formulações.

Os supositórios e os óvulos possuem formato cônicos ou ogivais, para aplicação retal e vaginal, respectivamente. São usados em substituição à via oral, no caso de lesão na mucosa do trato gastrointestinal ou quando o paciente apresenta quadro de vômito ou dificuldade de

deglutição.

Os pós são preparações para uso externo e interno. São compostos por uma mistura de fármacos finamente divididos e secos. Podem ser classificados em simples, quando derivados de uma droga ou em compostos quando derivados de uma mistura de duas ou mais drogas.

As principais vantagens são a facilidade na absorção devido à maior superfície de contato, a ausência de umidade que melhora a conservação, facilidade no transporte e armazenamento.

Já entre as desvantagens destacamos o sabor que pode ser desagradável, a dificuldade na deglutição, a impossibilidade de usar outras vias de administração além da oral e da tópica.

As formas farmacêuticas semissólidas incluem as pomadas, os cremes e as pastas.

As pomadas são preparações de consistência pegajosa e macia, monofásica, empregadas para uso externo.

Os cremes são formulações com excipientes emulsivos (óleo/água ou água/óleo), para uso externo, podendo conter um ou mais princípios ativos. São chamados também de emulsões de alta viscosidade.

As pastas são preparações compostas por pós finamente dispersos numa proporção que varia de 20% e 60%, sendo mais firmes e espessos que as pomadas e menos gordurosas também. As pastas são aplicáveis para uso externo

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Vias de administração

A via de administração é a maneira como o medicamento entra em contato com o organismo; é sua porta de entrada. Podemos administrar via oral (boca), retal (ânus), sublingual (embaixo da língua), injetável (intravenoso), dermatológica (pele), nasal (nariz) e oftálmica (olhos), dentre outras. Cada via é indicada para uma situação

específica; cada uma apresenta vantagens e desvantagens. Para conhecer um pouco mais as vias de administração, podemos dividi-las em dois

grandes grupos: a via enteral e a parenteral. A fim de identificá-las melhor, basta verificar o significado das palavras:

Enteral vem do grego enteron (intestino): são as vias oral, sublingual e retal.

Parenteral vem de para (ao lado), mais enteron. Ou seja, uma via que não é a enteral.

São as vias intravenosa, intramuscular, subcutânea, respiratória e tópica, entre outras.

Quando temos uma doença que se manifesta no interior do nosso corpo, muitas vezes não conseguimos injetar o medicamento diretamente no local. Para isso, utilizamos medicamentos que possam penetrar no nosso corpo e se espalhar para locais menos acessíveis, esperando um efeito sistêmico. Entretanto, se temos uma ferida superficial na pele, por exemplo, é melhor o uso local, porque é mais fácil administrar o

medicamento sobre a ferida do que fazer com que ele se distribua no corpo todo, podendo ter o risco de esse medicamento atuar em outros locais e causar efeitos indesejados. Essa ação é designada uso tópico.

1. VIA ENTERAL 1.1. Oral

A administração de medicamentos por via oral é a mais utilizada, segura e econômica, além de ser bastante confortável, sem

apresentação de dor, por exemplo. No uso dessa via, os medicamentos podem ter apresentação em comprimidos, cápsulas, pós ou líquidos; eles se espalham pelo corpo principalmente através do intestino, assim como os alimentos, quando comemos. Porém, a administração de medicamento por via oral não é indicada em pacientes que apresentem náuseas, vômitos, que tenham dificuldade de engolir ou desacordados, pois poderiam engasgar ou o medicamento não chegar ao intestino para ser absorvido. A via oral pode ser utilizada para um efeito local (trato gastrointestinal) ou sistêmico (após ser absorvida pela mucosa do intestino e atingir o sangue).

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1.2. Sublingual

Os medicamentos sublinguais são absorvidos

rapidamente pela mucosa sublingual. Nessa forma de administração, o medicamento (em comprimidos ou gotas) deve ser colocado embaixo da língua e deve permanecer ali até a sua absorção total. Nesse

período, não se deve conversar nem ingerir líquidos ou alimentos. Os medicamentos administrados por essa via promovem efeito sistêmico em curto espaço de tempo, além de se dissolverem rapidamente, deixando pouco resíduo na boca. Essa via é utilizada para administração de medicamentos em algumas urgências, como ataque cardíaco.

Nessa situação, o medicamento tem que chegar rapidamente ao coração; entretanto, é importante saber que nem todo medicamento tem características que possibilitem sua utilização por essa via, que é descrita na bula como “sublingual” ou pelo símbolo SL.

1.3. Retal

Os medicamentos administrados por via retal são os supositórios. São receitados quando a pessoa não pode tomar o medicamento por via oral. Nem todos os medicamentos podem ser administrados por essa via. Eles podem ter efeito local ou sistêmico, entretanto essa via não é bem aceita pelos pacientes sob alegação de incômodo, preconceito, restrições culturais etc.

2. VIA PARENTERAL

Para administração de medicamentos pelas vias parenterais – intravenosa, muscular e subcutânea – há uso de dispositivos que auxiliam a administração dos medicamentos, como seringas e agulhas, que serão específicas para cada via.

2.1. Intravenosa

A via intravenosa é aquela na qual a administração do medicamento é realizada diretamente na corrente sanguínea por uma veia. A aplicação de medicamentos por essa via pode variar desde uma única dose até uma infusão contínua, como aqueles medicamentos que se dissolvem no soro e ficam pendurados ao lado da cama do paciente. Por apresentar efeito mais rápido, é a primeira opção durante emergências. Outra justificativa para a administração por essa via é que muitos fármacos não conseguem ser absorvidos pelo intestino, sendo necessário o uso dessa via. Entretanto, é uma via em que o paciente precisa de ajuda de profissional treinado para realizar esse procedimento (enfermeiros e médicos). A via deve ser manipulada com muito cuidado, pois há chances de infecção no local, podendo piorar o quadro do indivíduo. Alguns medicamentos, como antibióticos ou os usados para o tratamento do câncer, são formulados apenas em apresentações injetáveis.

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2.2. Intramuscular

A administração via intramuscular permite que o medicamento seja injetado diretamente no músculo. É indicado para

medicamentos de aplicação única ou de efeito mais prolongado, como o caso de anticoncepcionais injetáveis;

devem ter pequeno volume. Não tem efeito tão imediato, se comparada com os medicamentos administrados por via intravenosa, mas são bastante eficientes. Alguns cuidados devem ser tomados: higiene das mãos antes da manipulação desses medicamentos e observação da indicação de uso dos medicamentos, pois medicamentos contraindicados para via intramuscular, caso sejam administrados por ela, podem causar danos musculares irreversíveis. Dependendo do medicamento, a administração por via intramuscular pode causar dor no local de aplicação.

2.3. Subcutânea

Na via subcutânea, os medicamentos são administrados debaixo da pele, no tecido subcutâneo. Nessa via, a absorção é lenta. As regiões de injeção subcutânea incluem as regiões superiores externas dos braços, o abdome, a região anterior das coxas e a região superior do dorso. Os locais de administração dessa via devem ser alternados para que haja a absorção necessária do medicamento. É uma via muito utilizada para administração de medicamentos contra trombose (heparina) e para diabetes (insulina). Os pacientes que mais fazem uso dessa via sãoos bebês e idosos, por dificuldade de punção em suas veias.

2.4. Respiratória

É a via que se estende desde a mucosa nasal até os pulmões.

Pode ser utilizada para efeito local (descongestionante nasal ou medicamento para asma) ou sistêmico (anestesia inalatória).

Tem a vantagem de realizar a administração em pequenas doses com rápida absorção. A administração pode ser na forma de gás ou pequenas partículas líquidas (nebulização) ou sólidas (pó inalatório). Essa via é bastante utilizada para problemas respiratórios. Para esse uso, a administração é feita pela boca, utilizando a comunicação existente entre pulmões e boca. Mas, como o medicamento está em forma de gás ou pó, ao invés de engolir, como a comida, ele percorrerá o trajeto do ar da respiração, passando pela traqueia até chegar aos pulmões.

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2.5 Via tópica

Esta via geralmente é utilizada para tratamento de afecções da pele e mucosas. Os medicamentos são apresentados em forma de pomadas, géis ou cremes e devem ser

administrados somente no local onde há a lesão. 2.6 Via ocular, nasal e auricular para utilização desta via os medicamentos devem ser de aplicação local. Os

medicamentos para a via ocular se apresentam sob a forma de colírio ou pomadas. Já os medicamentos utilizados por via nasal se apresentam na forma de solução (como os

descongestionantes nasais); os medicamentos administrados pela via auricular são apresentados na forma de solução otológica.

Alopáticos, homeopáticos e fitoterápicos

O que são medicamentos alopáticos?

A alopatia é um tratamento ao inverso de outros medicamentos, objetivo é combater as doenças com remédios que produzam efeitos contrários aos sintomas causados. Esses medicamentos são classificados como “anti”, mais conhecidos como: antibióticos, anti- inflamatórios, antialérgicos, antiácidos e antimicrobianos. A matéria-prima desses medicamentos é de vegetais, sintéticas, minerais ou animais. Podemos dizer que a sua característica está na forma como ele exerce seus efeitos e não em sua origem.

Devido a sua eficiência, o uso de medicamentos alopáticos são comuns pelo mundo. No entanto, existem alguns riscos a saúde, dessa forma é muito importante compreender melhor o funcionamento do medicamento alopático.

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A fórmula dos remédios alopáticos possui um grau de toxicidade, especialmente os sintéticos, que devem ser usados apenas quando são indicados por um profissional de saúde. Caso contrário poderá provocar diversos efeitos colaterais. Outra restrição é que o uso indevido pode acarretar em sérios problemas ao organismo, como ser intolerante aos princípios ativos, enfraquecendo o sistema imunológico.

O que são medicamentos Fitoterápicos?

Os medicamentos Fitoterápicos têm o mesmo objetivo que a Alopatia, ou seja, as substâncias provocam ações contrárias aos sintomas e doenças. A diferença está na matéria-prima que no caso dos medicamentos Fototerapia são de origem vegetal.

Apesar de ser formado por compostos naturais, os remédios Fitoterápicos contêm substâncias químicas, que são os responsáveis pelos efeitos terapêuticos dos medicamentos.

Quais são as diferenças entre medicamentos alopáticos e fitoterápicos?

Os medicamentos Fitoterápicos são menos tóxicos que os medicamentos Alopáticos, devido à matéria-prima vegetal e não sintética, contudo, assim como outro medicamento pode causar reações adversas.

Qual a diferença entre medicamentos alopáticos e homeopáticos?

O medicamento Alopático tem a funcionalidade de produzir ao organismo reação contrário aos sintomas apresentados, com o intuito de diminuir ou até mesmo, neutralizá-lo. Para melhor compreender, quando se tem febre, o médico indica um remédio para baixar a temperatura, no caso do Alopático são as fórmulas “anti”. Os medicamentos Alopáticos são produzidos em grande escala, pode ser produzidos em farmácias de manipulação através de uma prescrição médica. Os efeitos colaterais são os principais problemas.

Os medicamentos Homeopatia são utilizados no tratamento de doenças agudas e crônicas, de forma menos agressiva, que estimulam o organismo a reagir, ajudando no fortalecimento dos mecanismos de forma natural.

Portanto, ao contrário dos medicamentos Alopáticos, os Homeopáticos são menos invasivos, eles agem diretamente na curativa e restauradora do organismo, fortalecendo contra a normalidade.

Pode tomar alopatia e homeopatia?

A administração desses medicamentos juntos pode variar de acordo com o tratamento homeopático indicado por um profissional da área da saúde. De modo geral, quando o paciente já faz um tratamento com uso crônico de medicamentos alopáticos, neste caso, o tratamento não deve ser interrompido. Mas assim, como comentamos antes, pode variar conforme a análise médica.

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