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12ª sequência didática

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Academic year: 2022

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12ª sequência didática

Componente Curricular: História Ano: 8º

Bimestre: 4º

Imperialismo na África e na Ásia

Objetivos Entender os conceitos de imperialismo e neocolonialismo.

 Compreender as teorias raciais europeias do século XIX.

 Conhecer os processos de dominação da África e da Ásia no século XIX e a inserção dessas regiões na economia mundial.

Objetos de conhecimento

 Nacionalismo, revoluções e as novas nações europeias.

 Uma nova ordem econômica: as demandas do capitalismo industrial e o lugar das economias africanas e asiáticas nas dinâmicas globais.

 O imperialismo europeu e a partilha da África e da Ásia.

 Pensamento e cultura no século XIX: darwinismo e racismo.

Habilidades trabalhadas

 EF08HI23: Estabelecer relações causais entre as ideologias raciais e o

determinismo no contexto do imperialismo europeu e seus impactos na África e na Ásia.

 EF08HI24: Reconhecer os principais produtos, utilizados pelos europeus, procedentes do continente africano durante o imperialismo e analisar os impactos sobre as comunidades locais na forma de organização e exploração econômica.

 EF08HI26: Identificar e contextualizar o protagonismo das populações locais na resistência ao imperialismo na África e Ásia.

 EF08HI27: Identificar as tensões e os significados dos discursos civilizatórios, avaliando seus impactos negativos para os povos indígenas originários e as populações negras nas Américas.

Materiais e recursos

 Caderno.

 Lápis grafite ou caneta esferográfica.

 Papel sulfite.

 Canetas hidrocor.

 Lápis de cor.

Quantidade de aulas

 6 aulas de aproximadamente 50 minutos cada.

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Desenvolvimento da sequência

Etapa 1 (aproximadamente 100 minutos / 2 aulas)

Preparação

Nesta etapa, promova uma aula expositiva e dialogue com os alunos sobre o conceito de imperialismo, bem como sua relação com as teorias raciais do século XIX.

Encaminhamento

Inicialmente, retome com os alunos acontecimentos importantes ocorridos na Europa no século XIX, como a unificação alemã e italiana, a Guerra Franco-Prussiana, a Primavera dos Povos e a Segunda Revolução Industrial. Ressalte a ascensão burguesa e o aumento da competição entre as nações.

É importante identificar as inovações trazidas pela Segunda Revolução Industrial (aço, telégrafo, motor a combustão, corantes sintéticos, entre outras), que não apenas abriram as portas para novos mercados, como também aceleraram o ritmo de produção industrial, aumentando o lucro de seus empreendedores.

Explique-lhes que com o ritmo acelerado do crescimento industrial foi necessário às potências europeias buscarem matérias-primas em outros continentes. Com base nessa reflexão, explique aos alunos que o conceito de imperialismo do século XIX é diferente do conceito de colonialismo dos séculos XV e XVI.

O colonialismo praticado na época das Grandes Navegações (século XV) tinha como objetivo formar colônias para a exploração mercantilista; em contrapartida, o imperialismo do século XIX procurou abrir novos mercados consumidores e garantir o acesso às matérias-primas necessárias para a indústria europeia e, posteriormente, a estadunidense e a japonesa. O colonialismo dos séculos XV e XVI surgiu em um

contexto do capitalismo comercial e mercantil, sendo estruturado e apoiado pelos Estados absolutistas europeus da Idade Moderna. Já o imperialismo do século XIX relaciona-se à Segunda Revolução Industrial e ao capitalismo, com o apoio dos Estados burgueses e liberais da Europa contemporânea, dos Estados Unidos e do Japão.

Em seguida, estabeleça com a turma uma relação entre o imperialismo e as teorias raciais desenvolvidas na Europa, como o darwinismo social. Esse conceito pode ser definido como uma apropriação feita das ideias de Darwin, aplicada ao desenvolvimento das populações humanas. Buscava-se, assim, justificar a noção de dominação de uma civilização em relação à outra, visto que algumas seriam consideradas biologicamente mais superiores do que as outras.

Após a explicação, organize um debate com os alunos sobre a relação entre as teorias raciais do século XIX e o estabelecimento do imperialismo na África e na Ásia. Peça aos alunos que discutam sobre como o darwinismo social e o racismo foram utilizados como argumentos para determinar a ação de dominação dos territórios africanos e asiáticos no período.

Finalize acrescentando algumas informações importantes ao debate: as teorias raciais legitimaram o processo de domínio e exploração dos europeus sobre os asiáticos e africanos, uma vez que o discurso era de que os europeus brancos eram superiores e suas sociedades civilizadas estariam acima de todas as outras.

Etapa 2 (aproximadamente 100 minutos / 2 aulas)

Preparação

Nessa etapa, o objetivo é analisar o processo de partilha da África e da Ásia. Para isso, os alunos produzirão charges sobre as políticas imperialistas estudadas na primeira etapa.

Solicite aos alunos que tragam lápis de cor, canetas hidrocor, lápis grafite e borracha para elaboração de uma charge. Providencie papel sulfite.

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Encaminhamento

Retome a discussão iniciada na etapa anterior. Em seguida, apresente os objetivos comerciais das nações europeias na África e na Ásia. Enfatize que o projeto imperialista era estabelecer postos de exploração que pudessem fornecer matérias-primas para a indústria europeia e ainda mercados consumidores para os produtos industrializados.

Posteriormente, explique como se deu o processo de partilha da África e da Ásia. Para isso, distribua aos alunos cópias do mapa a seguir (em preto e branco) e peça que pintem a legenda e os países de acordo com as possessões de cada país imperialista.

A África (1880-1913)

E. Cavalcante

Fonte: SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2006. p. 158.

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Resposta:

A África (1880-1913)

E. Cavalcante

Fonte: SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2006. p. 158.

Explique sobre a Conferência de Berlim (1884-1885), que oficializou as políticas imperialistas de ocupação e exploração no continente africano.

Após a atividade com o mapa, peça aos alunos que se organizem em duplas e proponha uma atividade de produção de uma charge criticando as atuações imperialistas na África e na Ásia. Primeiramente, explique aos alunos o que é uma charge, esclarecendo a eles esse conceito. Comente que são recursos imagéticos que têm como objetivo propor uma crítica por meio do humor e de elementos irônicos.

As charges destacam-se pela criatividade e os personagens, geralmente, são desenhados seguindo o estilo de caricaturas. Esses recursos estão presentes em diferentes meios de comunicação da atualidade, como jornais, revistas e redes sociais. As charges também fazem referência a fatos ocorridos em uma época definida, em determinado contexto cultural, econômico e social; portanto, ela depende do conhecimento desses fatores para ser entendida. Por causa dessa característica, a charge tem um papel importante como registro histórico. Em seguida, oriente os alunos na produção de sua própria charge. Para isso, siga o roteiro a seguir.

 Os alunos deverão definir o tema específico de sua charge.

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 Depois de definido o tema, eles deverão refletir sobre um aspecto crítico em relação ao assunto.

Oriente-os a pensar sobre as consequências negativas do imperialismo para as populações locais, como a imposição cultural e os trabalhos forçados.

 Em seguida, eles deverão produzir um rascunho da charge e mostrá-lo ao professor. Aproveite este momento para comentar sobre o trabalho dos alunos, orientando-os na atividade.

 Por fim, eles deverão passar a charge a limpo em papel sulfite.

Após a conclusão da produção da charge, peça aos alunos que se organizem em uma roda e que apresentem as charges aos colegas, explicando-as e comentando sobre elas.

Etapa 3 (aproximadamente 100 minutos / 2 aulas)

Preparação

Nesta última etapa, aborde as formas de resistência ao imperialismo na África e na Ásia. Construa com os alunos um quadro com as informações relativas à reação ocorrida em cada região.

Encaminhamento

Informe aos alunos que as políticas imperialistas tiveram um enorme impacto dos continentes africano e asiático. Nesse contexto, surgiram muitos movimentos de resistência que buscaram combater a exploração empreendida na região.

Na África, houve tentativas de resistência organizada por diferentes povos e em todas as partes do continente. A resistência buscava expulsar os invasores europeus ou, ao menos, tentar diminuir a influência dos europeus quando não fosse possível expulsá-los. No entanto, na maioria dos casos, a vitória dos europeus ocorreu, principalmente, por causa da superioridade dos seus armamentos em relação aos dos africanos.

Na Ásia, os chineses e indianos também resistiram. Grupos lutaram pela expulsão dos europeus e pelo respeito à cultura nativa, bem como pela retomada do poder pelos antigos chefes. Essa resistência não se deu somente por meio da luta armada. Outras formas de resistência também aconteceram, como

sabotagens de equipamentos introduzidos pelos europeus e destruição de meios de transporte, de plantações e de armazéns.

Após essa explicação, solicite uma pesquisa em grupo. O objetivo dessa pesquisa é elaborar um quadro conjunto, na lousa, com as principais formas de reação na Índia, na China, na sociedade nandi, na sociedade zulu e na sociedade etíope, conforme modelo a seguir:

Contra quem lutava Tipo de reação Período Índia

China Sociedade nandi

Sociedade zulu Sociedade etíope Resposta:

Contra quem lutava Tipo de reação Período

Índia Britânicos Revolta dos Cipaios. 1857

China Britânicos Guerras do Ópio. Século XIX

Sociedade nandi Britânicos Oposição à construção de

uma ferrovia. Primeiros anos do século XX.

Sociedade zulu Britânicos Batalha de Isandlwana e

batalha de Ulundi. 1878-1879 Sociedade etíope Britânicos, franceses e

italianos Ampliação de territórios. 1886

A elaboração do quadro deve vir acompanhada de um debate apontando a posição ativa dos grupos africanos e asiáticos durante as ações imperialistas. Os alunos devem anotar o quadro no caderno.

Avaliação de aprendizagem

O processo de avaliação é contínuo e deve ocorrer durante a realização de todas as atividades propostas.

As perguntas a seguir apresentam alguns aspectos importantes de serem avaliados nesta sequência didática.

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.

 Os alunos compreenderam os conceitos de imperialismo e neocolonialismo?

 Os alunos analisaram a relação entre teorias racistas e do imperialismo e do neocolonialismo?

 Os alunos refletiram sobre as formas de resistência dos nativos africanos e asiáticos ao imperialismo e neocolonialismo?

Atividades

As atividades abaixo irão auxiliá-lo no processo de verificação de aprendizagem. Reproduza-as na lousa e peça aos alunos que respondam da maneira que você julgar conveniente. Eles podem responder às questões oralmente, no caderno ou em uma folha separada.

1. Qual a relação entre as teorias raciais e o imperialismo e neocolonialismo do século XIX?

Os europeus utilizaram as teorias raciais, de modo a pregar a superioridade dos europeus brancos e de suas sociedades sobre os asiáticos africanos, como discurso legitimador das ações imperialistas.

2. Como se deu a resistência das populações locais ao imperialismo na África e Ásia?

Cada região teve sua própria forma de reação. Na África, houve tentativas de resistência organizada por diferentes povos e em todas as partes do continente, que buscavam expulsar os invasores europeus ou, ao menos, tentar diminuir a influência dos europeus quando não fosse possível expulsá-los. Na Ásia, os chineses e indianos lutaram pela expulsão dos europeus e pelo respeito à cultura nativa, bem como pela retomada do poder pelos antigos chefes.

Autoavaliação

Reproduza na lousa ou providencie cópias do quadro a seguir para os alunos.

Marque um X na alternativa que melhor representa como você se sente em relação

às atividades desta sequência. Sim Não Mais

menoou s

 Compreendi o que é imperialismo e neocolonialismo e sua relação com as teorias raciais do século XIX?

 Refleti sobre os processos de partilha da África e da Ásia e produzi adequadamente uma charge sobre o tema?

 Entendi que o imperialismo na África e na Ásia enfrentou forte oposição dos povos nativos?

Referências

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