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Sumário. Texto Integral. Tribunal da Relação de Évora Processo nº 533/18.2T8BJA.E1

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Tribunal da Relação de Évora Processo nº 533/18.2T8BJA.E1 Relator: MÁRIO BRANCO COELHO Sessão: 11 Abril 2019

Votação: UNANIMIDADE

FÉRIAS INTERRUPÇÃO COMUNICAÇÃO

FALTAS INJUSTIFICADAS PROVA

Sumário

1. Iniciando o trabalhador o gozo de férias quando já faltam no ano civil menos dias úteis que os dias de férias que tem para gozar nesse ano, o empregador não pode exigir, sem o acordo do trabalhador, a interrupção desse período de férias e o gozo dos dias restantes até 30 de Abril do ano civil seguinte.

2. O incumprimento do dever de comunicação apenas origina a injustificação das faltas por doença compreendidas entre o dia em que essa comunicação deveria e poderia ser feita e aquele em que a comunicação foi recepcionada pelo empregador, sendo justificadas as correspondentes ao dia da

comunicação e as subsequentes.

3. Compete ao empregador provar a ocorrência das faltas, e ao trabalhador, como facto impeditivo do direito contra ele invocado – art. 342.º n.º 2 do

Código Civil – provar a comunicação atempada das faltas ao empregador, ou o motivo porque não lhe foi possível comunicá-las atempadamente.

4. A não comunicação de falta justificável constitui infracção menos grave que a pura falta injustificada.

5. Sempre que o número de faltas interpoladas ou consecutivas não atinja, respectivamente, 10 ou 5 dias, compete à entidade empregadora provar que o incumprimento do dever de assiduidade por parte do trabalhador determinou directamente prejuízos ou riscos graves para a empresa.

Texto Integral

Acordam os Juízes da Secção Social do Tribunal da Relação de Évora:

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No Juízo do Trabalho de Beja, M… impugnou o despedimento na sequência de procedimento disciplinar movido pela empregadora L....

Realizada a audiência prévia, sem conciliação das partes, a empregadora apresentou articulado motivador do despedimento, o qual mereceu a contestação da trabalhadora, concluindo pela ilicitude daquela decisão e, reconvindo, pedindo a reintegração ou pagamento de indemnização de

antiguidade se vier a optar por ela até ao final do julgamento em 1.ª instância (não consta dos autos o exercício desta opção), e o pagamento das

retribuições devidas desde o despedimento, com as legais deduções.

Realizado o julgamento, a sentença decidiu não declarar a ilicitude do despedimento.

Daí que a trabalhadora introduza a presente instância recursiva, formulando as seguintes conclusões:

a) A Apelante tinha direito a 21 de férias vencidas em 1 de Janeiro de 2017.

b) Dos mapas juntos pela Apelada apenas gozou 19 dias úteis.

c) A Apelada sabia que a Apelante pretendia todas férias a que tinha direito por ir a Cabo Verde.

d) As faltas dadas pela Apelante no período de 9 a 15 de Janeiro de 2018 são faltas justificadas e são atestadas pelo certificado de incapacidade temporária junta.

e) Existindo duas faltas injustificadas não poderia dar origem a despedimento.

f) Assim deve a acção ser julgada procedente e por consequência o despedimento ser declarado ilícito com todas as legais consequências.

g) Nestes termos e requer a V. Exa a reapreciação da prova gravada e neste particular a reapreciação da prova gravada no que concerne aos depoimentos prestados por e com particular incidência no registo abaixo indicado: (Registo Digital Nº 20181010114662_1000075_2870364.wma C…).

A resposta sustenta a manutenção do decidido.

Já nesta Relação, o Digno Magistrado do Ministério Público emitiu o seu parecer.

Dispensados os vistos, cumpre-nos decidir.

Da impugnação da matéria de facto:

Garantindo o sistema processual civil um duplo grau de jurisdição na apreciação da matéria de facto, como previsto no art. 640.º do Código de Processo Civil, continua a vigorar o princípio da livre apreciação da prova por parte do juiz – art. 607.º n.º 5 do mesmo diploma, ao dispor que “o juiz aprecia

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livremente as provas segundo a sua prudente convicção acerca de cada facto.”

Deste modo, a reapreciação da prova passa pela averiguação do modo de formação dessa “prudente convicção”, devendo aferir-se da razoabilidade da convicção formulada pelo juiz da 1.ª instância, face às regras da experiência, da ciência e da lógica, da sua conformidade com os meios probatórios

produzidos, sem prejuízo do poder conferido à Relação de formular uma nova convicção, com renovação do princípio da livre apreciação da prova[1].

Por outro lado, o art. 662.º do Código de Processo Civil permite à Relação alterar a decisão proferida sobre a matéria de facto, se os factos tidos como assentes, a prova produzida ou um documento superveniente impuserem decisão diversa.

Trata-se de uma evolução em relação ao art. 712.º da anterior lei processual civil, consagrando uma efectiva autonomia decisória dos Tribunais da Relação na reapreciação da matéria de facto, competindo-lhes formar a sua própria convicção, podendo, ainda, renovar os meios de prova e mesmo produzir novos meios de prova, em caso de dúvida fundada sobre a prova realizada em

primeira instância.

Deste modo, na reapreciação da matéria de facto o Tribunal da Relação deve lançar mão de todos os meios probatórios à sua disposição e usar de

presunções judiciais para obter congruência entre a verdade judicial e a verdade histórica, não incorrendo em excesso de pronúncia se, ao alterar a decisão da matéria de facto relativamente a alguns pontos, retirar dessa modificação as consequências devidas que se repercutem noutra matéria de facto, sendo irrelevante ter sido esta ou não objecto de impugnação nas alegações de recurso[2].

Ponderando, ainda, que o ónus a cargo do recorrente consagrado no art. 640.º do Código de Processo Civil, “não pode ser exponenciado a um nível tal que praticamente determine a reprodução, ainda que sintética, nas conclusões do recurso, de tudo quanto a esse respeito já tenha sido alegado; nem o

cumprimento desse ónus pode redundar na adopção de entendimentos formais do processo por parte dos Tribunais da Relação e, que, na prática, se

traduzem na recusa de reapreciação da matéria de facto, maxime da audição dos depoimentos prestados em audiência, coarctando à parte recorrente o direito de ver apreciada e, quiçá, modificada a decisão da matéria de facto, com a eventual alteração da subsunção jurídica”[3], e ainda que cumpre esse ónus a parte que no corpo das alegações procede à transcrição dos excertos dos depoimentos que pretende ver reapreciados[4], proceder-se-á à análise desta parte do recurso, no uso da referida autonomia decisória dos Tribunais

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da Relação na reapreciação da matéria de facto.

Entrando, então, na análise da impugnação da matéria de facto, vejamos cada um dos pontos impugnados, e ainda aqueles que, por necessidade de

congruência entre a verdade judicial e a verdade histórica, carecem de reapreciação.

- Ponto n.º 3:

Considerou a decisão recorrida provado o seguinte: «A pedido da

trabalhadora, aceite pela entidade empregadora, foi marcado o seu período de férias entre o dia 5 de Dezembro de 2017 e o dia 2 de Janeiro de 2018, tendo a trabalhadora que regressar ao trabalho no dia 3 de Janeiro de 2018.»

No entanto, esta formulação ignora que a A. já havia gozado um dia de férias a 21.04.2017, sobrando-lhe assim 21 dias úteis de férias para gozar, dos 22 a que tinha direito, nos termos do art. 238.º n.º 1 do Código do Trabalho.

Ponderando que nos autos não está documentada qualquer sanção disciplinar anterior que tenha importado em perda de dias de férias – questão nem

sequer aflorada na nota de culpa, sendo que na decisão final refere-se (mas não se documenta) a aplicação de uma sanção disciplinar de perda de 25 dias de retribuição e de antiguidade – e ainda que a trabalhadora solicitou o gozo dos restantes dias de férias a que tinha direito no final do ano de 2017, para poder visitar a família em Cabo Verde, sendo que a empregadora aceitou que as mesmas tivessem o seu início a 05.12.2017, deverá o mencionado ponto fáctico ser alterado nos seguintes termos: «A pedido da trabalhadora, aceite pela empregadora, aquela gozou um dia de férias em 21.04.2017, gozando os restantes 21 dias úteis a partir de 05.12.2017.»

- Ponto n.º 4:

Considerou a decisão recorrida provado o seguinte: «A referida marcação constava do mapa de férias que se encontrava afixado no corredor do piso 0 da fábrica, na área dos balneários e do refeitório, o qual constitui o ponto de acesso à fábrica de todos os trabalhadores e demais colaboradores da ré, e pelo qual os trabalhadores passam obrigatoriamente todos os dias, várias vezes por dia.»

Importa esclarecer que o mapa mencionava o termo do período de férias da trabalhadora a 02.01.2018, embora notando que esse mapa foi lavrado pela empregadora sem o acordo daquela, tanto mais que esta se dirigiu ao

sindicato para esclarecer quantos dias de férias lhe sobravam, não estando disposta a prescindir dos restantes dias que lhe assistiam por lei, posição que, de resto, sempre manifestou de forma coerente, logo no telefonema de

12.01.2018 e depois na defesa assumida no procedimento disciplinar.

Será este ponto alterado nos seguintes termos: «A empregadora elaborou um mapa de férias, sem o acordo da trabalhadora, referindo o termo do seu

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período de férias a 02.01.2018, e afixando-o no corredor do piso 0 da fábrica, na área dos balneários e do refeitório, o qual constitui o ponto de acesso à fábrica de todos os trabalhadores e demais colaboradores da Ré, e pelo qual os trabalhadores passam obrigatoriamente todos os dias, várias vezes por dia.»

- Pontos n.ºs 8 a 14 (reapreciados para congruência fáctica e eliminação de afirmações conclusivas):

Nestes pontos, a decisão recorrida considerou provado que:

«8. A autora deveria regressar ao trabalho, após o seu período de férias, no dia 3 de Janeiro de 2018.

9. Todavia, no dia 3 de Janeiro de 2018, a autora não compareceu ao trabalho, nem comunicou previamente ou justificou posteriormente, perante a ré, a sua falta.

10. Nesse mesmo dia, a ré tentou contactar telefonicamente a autora para o seu telefone mas o telefone estava desligado.

11. No dia 4 de Janeiro de 2018, a autora voltou a não comparecer ao

trabalho, não tendo comunicado previamente ou justificado posteriormente a sua falta perante a ré.

12. Nesse mesmo dia, a ré tentou contactar telefonicamente a autora para o seu telefone mas o telefone continuava desligado.

13. No dia 5 de Janeiro de 2018, a autora voltou a não comparecer ao trabalho e mais uma vez não comunicou previamente ou justificou posteriormente a sua falta perante a ré.

14. Também nos dias 8, 9, 10 e 11 de Janeiro de 2018, a autora não

compareceu ao trabalho, não tendo comunicado ou justificado previamente as suas faltas, perante a ré.»

O ponto 8 é conclusivo – a data de regresso de férias depende do número de dias a gozar, da aplicação de critérios legais e do eventual acordo das partes (sendo que a A. nunca renunciou aos dias de férias a que tinha direito), pelo que será eliminado.

Nos pontos 9, 11, 13 e 14, é conclusiva a formulação que qualifica as ausências nesses dias como faltas e formula um juízo acerca do dever de comunicação prévia e de justificação, sendo certo, de todo o modo, que se sabe que a primeira comunicação efectuada pela trabalhadora foi a

12.01.2018 e que o atestado médico apresentado se referia ao período de 09.01.2018 a 15.01.2018.

Assim, estes pontos do elenco fáctico são alterados nos seguintes termos:

«8. (eliminado).

9. No dia 3 de Janeiro de 2018 a A. não compareceu ao trabalho.

10. Nesse mesmo dia, a Ré tentou contactar telefonicamente a A. para o seu

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telefone mas o telefone estava desligado.

11. No dia 4 de Janeiro de 2018 a A. voltou a não comparecer ao trabalho.

12. Nesse mesmo dia, a Ré tentou contactar telefonicamente a A. para o seu telefone mas o telefone continuava desligado.

13. No dia 5 de Janeiro de 2018 a A. voltou a não comparecer ao trabalho.

14. Também nos dias 8, 9, 10 e 11 de Janeiro de 2018 a A. não compareceu ao trabalho.»

- Pontos n.ºs 16 e 17 (reapreciados para congruência fáctica):

A decisão recorrida considerou aqui provado que:

«16. Neste telefonema, a autora afirmou que não tinha regressado ao trabalho no dia 3 de Janeiro de 2018 porque havia ficado doente.

17. Contudo, quando questionada sobre o porquê de não ter contactado a ré durante esse período, disse que tinha tido um problema com o telemóvel e que não tinha regressado ao trabalho no dia 3 de Janeiro porque não concordava com o seu período de férias e entendia que tinha direito a gozar mais dias de férias.»

No entanto, o que resulta do depoimento da testemunha D..., conjugado com as declarações de parte da trabalhadora, não é que esta tenha afirmado no referido telefonema que não regressara no dia 03.01.2018 por estar doente, mas antes por entender que as suas férias não haviam terminado nessa data. A doença – dores menstruais – refere-se já à data do telefonema a 12.01.2018, pelo que importa alterar esta matéria nos seguintes termos:

«16. Neste telefonema, a A. afirmou que se encontrava doente.

17. Questionada sobre o porquê de não ter contactado a Ré anteriormente, respondeu que teve um problema com o telemóvel e que não tinha regressado ao trabalho no dia 3 de Janeiro porque não concordava com o termo do seu período de férias naquela data e entendia que tinha direito a gozar mais dias de férias.»

- Ponto n.º 21 (reapreciado para congruência fáctica):

A decisão recorrida considerou aqui provado que: «A autora não apresentou justificação, nem nesta ocasião nem em nenhuma outra, quer previamente à sua ocorrência, quer antes do dia 12 de Janeiro de 2018, para a

impossibilidade de contactar, por qualquer meio que fosse, à ré as suas faltas.»

Porém, uma coisa é a justificação das faltas, outra é a comunicação da ausência, “logo que possível”, para os fins do art. 253.º n.º 2 do Código do Trabalho. A trabalhadora comunicou a ausência no dia 12.01.2018, e informou que teve um problema com o telemóvel e que entendia que a sua data de

regresso ao trabalho não era a 03.01.2018, pelo que a justificação da falta de comunicação está dada. Se é bastante, trata-se de questão jurídica, a analisar

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no local adequado.

Será, pois, este ponto eliminado.

Ponto n.º 22:

A decisão recorrida considerou aqui provado o seguinte: «A falta de

comunicação das ausências pela autora comprometeu o normal funcionamento da empresa, que, de forma inesperada e durante vários dias, se viu obrigada a reajustar o quadro de pessoal existente às necessidades diárias, criando a necessidade de solicitar a prestação de trabalho suplementar a outros trabalhadores e proceder a reajustes na escala de trabalho.»

No entanto, como referiu a legal representante da empregadora, a época de Inverno é aquela em que existe menor actividade da empresa, o que não é estranho, face à circunstância de se dedicar à transformação de pescado e ser notório que a actividade pesqueira sofre naquela altura uma acentuada

redução face às condições climatéricas adversas.

Ponderando que a nota de culpa e a decisão de despedimento não identificam qualquer trabalhador que tenha prescindido das suas férias por causa das ausências da trabalhadora, e que nenhuma das testemunhas identifica, de modo concreto e seguro, quais os trabalhadores que tiveram de realizar horas suplementares por causa de tais ausências, será este ponto eliminado.

- Pontos n.ºs 23 e 24 (reapreciados para congruência fáctica):

Considerou-se aqui provado o seguinte:

«23. O que implicou uma quebra de confiança na relação entre a sua

supervisora e entidade empregadora e a trabalhadora e estas não confiam no bom exercício pela trabalhadora autora das funções que lhe estão confiadas.

24. O comportamento da autora causou mal-estar entre os colegas de trabalho que tiveram de efectuar o trabalho daquela.»

A decisão quanto ao ponto 22 implica a eliminação destes factos, tanto mais que o que está em causa nos autos não é o “bom exercício” das funções

profissionais da trabalhadora, mas sim as ausências verificadas e a legalidade da justificação apresentada. E quanto ao ponto 24, nenhuma testemunha

concretizou o aludido “mal-estar”, apontando-se que a trabalhador foi mantida no seu posto de trabalho, juntamente com os demais trabalhadores, até

02.01.2018, o que não é, de todo, coerente com o alegado estado.

Eliminam-se, pois, estes pontos do elenco fáctico.

- Ponto n.º 37:

Foi aqui declarado provado o seguinte: «A autora foi alvo de um processo disciplinar anterior no âmbito do qual lhe foi aplicada uma sanção disciplinar de perda de dois dias de férias.»

Trata-se, porém, de matéria não incluída na nota de culpa ou na resposta

oferecida pela trabalhadora em sede de procedimento disciplinar, pelo que não

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podia ser ponderado na decisão de despedimento – art. 357.º n.º 4 do Código do Trabalho.

E de facto, essa matéria nem sequer está incluída na decisão de despedimento. O que ali se insere de original acerca de antecedentes disciplinares é o seguinte: «20. A arguida tem antecedentes disciplinares, tendo sido alvo de um processo disciplinar, no qual a Litoralfish decidiu, em 21 de Julho de 2017, aplicar-lhe a sanção disciplinar de suspensão com perda de retribuição e antiguidade pelo período de 25 (vinte e cinco) dias (úteis de trabalho).»

Também se menciona nessa decisão a junção aos autos de “cópia da decisão disciplinar aplicada à arguida em 21 de Julho de 2017”, mas no exemplar do procedimento disciplinar com intenção de despedimento, junto a estes autos com o articulado motivador da empregadora, tal documento não consta sequer.

No articulado motivador da empregadora, no art. 38.º – parcialmente repetido no art. 66.º – repete-se aquele ponto 20 da decisão de despedimento, pelo que a matéria alegada nos autos – de resto em violação ao disposto nos arts. 357.º n.º 4 e 387.º n.º 3 do Código do Trabalho – é a aplicação de uma sanção

disciplinar com perda de 25 dias úteis de retribuição e de trabalho.

Observando que das actas de julgamento não resulta que o tribunal recorrido tenha observado as regras de contraditório quanto a esta matéria, como

imposto pelo art. 72.º n.ºs 1 e 2 do Código de Processo do Trabalho, e que não existe qualquer prova documental da aplicação de tal sanção disciplinar – e não deixando de realçar a evidente divergência entre a sanção disciplinar invocada pela parte e a declarada como provada pelo tribunal recorrido – entende-se eliminar, também, este ponto do elenco fáctico.

Uma palavra ainda.

A alteração do elenco fáctico justifica-se, igualmente, com base no art. 662.º n.º 1 do Código de Processo Civil, porquanto a decisão da matéria de facto constante da decisão recorrida, para além de incluir os elementos conclusivos supra identificados e outros que não podia tomar em consideração, também se apresenta deficiente e contraditória, apenas não se determinando a anulação da decisão recorrida, nos termos do art. 662.º n.º 2 al. c), porquanto se

considera que do processo constam os elementos que permitem o exercício do poder de alteração da decisão proferida sobre a matéria de facto.

Realça-se o ponto 3, no qual a primeira instância considerou provado que, “a pedido da trabalhadora, aceite pela entidade empregadora, foi marcado o seu período de férias entre o dia 5 de Dezembro de 2017 e o dia 2 de Janeiro de 2018”, o qual se apresenta contraditório quer com o ponto 17 – não

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concordava com o termo do seu período de férias e entendia ter direito a gozar mais dias de férias – quer com a própria motivação da decisão fáctica – pág. 10 da sentença – quando se reconhece que a trabalhadora apenas

discutiu o assunto com a patroa, que apenas lhe deu 18 dias de férias, mas que a trabalhadora entendia ter direito a 21 dias.

Ou seja, o suposto acordo entre as partes, de gozo de férias apenas entre as referidas datas, não ocorreu, e a própria sentença reflecte esse desacordo, quer nos passos identificados, quer quando refere que a própria trabalhadora foi ao sindicato confirmar o seu direito a 21 dias de férias, não aceitando a marcação constante do mapa de férias, que a obrigava a interromper antes do seu termo o gozo dos dias de férias a que tinha direito no ano civil de 2017.

Esta incongruência impunha a alteração do aludido ponto 3 e foi igualmente determinante, juntamente com a necessidade de expurgar o elenco fáctico de juízos conclusivos e de factos que a primeira instância não podia tomar em consideração – maxime, no ponto 37 – na alteração dos restantes pontos da matéria de facto.

Em resumo, no provimento da impugnação da matéria de facto, altera-se o elenco fáctico nos termos supra expostos.

Fica assim estabelecida a matéria de facto:

1 - A Ré tem por objecto social a preparação e congelação de produtos da pesca e da aquicultura; o comércio por grosso de peixe, crustáceos e

moluscos, frescos e congelados; o comércio a retalho de peixe, crustáceos e moluscos, frescos e congelados, em estabelecimentos especializados; a conservação de produtos da pesca e da aquicultura em azeite e outros óleos vegetais e molhos; o comércio por grosso de conservas.

2 - A A. foi admitida pela Ré em 2 de Novembro de 2015 para, sob as suas ordens, direcção e fiscalização, exercer funções inerentes à categoria

profissional de “Trabalhador de Fabrico de Produtos Congelados”, mediante um horário de trabalho, a fixar livremente pela entidade empregadora, entre as 7:00h e as 21:00h, sendo o dia de descanso semanal o Domingo e o dia de descanso complementar o Sábado.

3 - A pedido da trabalhadora, aceite pela empregadora, aquela gozou um dia de férias em 21.04.2017, gozando os restantes 21 dias úteis a partir de

05.12.2017.

4 - A empregadora elaborou um mapa de férias, sem o acordo da trabalhadora, referindo o termo do seu período de férias a 02.01.2018, e afixando-o no

corredor do piso 0 da fábrica, na área dos balneários e do refeitório, o qual constitui o ponto de acesso à fábrica de todos os trabalhadores e demais colaboradores da Ré, e pelo qual os trabalhadores passam obrigatoriamente

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todos os dias, várias vezes por dia.

5 - Local onde são afixadas todas as informações relevantes para o normal funcionamento da fábrica.

6 - A trabalhadora tinha conhecimento do aludido mapa de férias.

7 - A A. iniciou o seu período de férias na data acordada.

8 - (eliminado).

9 - No dia 3 de Janeiro de 2018 a A. não compareceu ao trabalho.

10 - Nesse mesmo dia, a Ré tentou contactar telefonicamente a A. para o seu telefone mas o telefone estava desligado.

11 - No dia 4 de Janeiro de 2018 a A. voltou a não comparecer ao trabalho.

12 - Nesse mesmo dia, a Ré tentou contactar telefonicamente a A. para o seu telefone mas o telefone continuava desligado.

13 - No dia 5 de Janeiro de 2018 a A. voltou a não comparecer ao trabalho.

14 - Também nos dias 8, 9, 10 e 11 de Janeiro de 2018 a A. não compareceu ao trabalho.

15 - No dia 12 de Janeiro de 2018, a A. voltou a não comparecer ao trabalho, tendo contactado telefonicamente a Ré.

16 - Neste telefonema, a A. afirmou que se encontrava doente.

17 - Questionada sobre o porquê de não ter contactado a Ré anteriormente, respondeu que teve um problema com o telemóvel e que não tinha regressado ao trabalho no dia 3 de Janeiro porque não concordava com o termo do seu período de férias naquela data e entendia que tinha direito a gozar mais dias de férias.

18 - Disse ainda que regressaria ao trabalho na Segunda-feira seguinte, dia 15 de Janeiro de 2018.

19 - Todavia, no dia 15 de Janeiro de 2018, a A. não compareceu ao trabalho, nem comunicou previamente a sua falta, perante a Ré.

20 - A A. regressou ao trabalho no dia 16 de Janeiro de 2018, tendo apresentado à Ré um Certificado de Incapacidade Temporária para o Trabalho, datado de 15 de Janeiro de 2018 e que previa um período de incapacidade por doença de 7 (sete) dias, com início em 09.01.2018 e termo em 15.01.2018.

21 - (eliminado).

22 - (eliminado).

23 - (eliminado).

24 - (eliminado).

25 - Na Ré não há comissão de trabalhadores.

26 - A A. não é delegada sindical, nem elemento de corpo directivo de qualquer associação sindical.

27 - Por decisão da Ré, formada em 2 de Fevereiro de 2018, foi decidido

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instaurar procedimento disciplinar à A., com vista ao seu despedimento, na sequência da prática, por esta, dos factos descritos.

28 - No mesmo dia, foi comunicada à A. a sua suspensão preventiva, sem perda de retribuição e de antiguidade, com os fundamentos expostos na respectiva comunicação escrita que recebeu em mão.

29 - No dia 8 de Fevereiro de 2018, foi enviada à A. a competente nota de culpa.

30 - Na carta que capeou a nota de culpa, a Ré informou a A. que era sua intenção proceder ao seu despedimento e que esta dispunha de um prazo de 10 (dez) dias úteis para, querendo, deduzir por escrito a sua defesa e requerer quaisquer diligências de prova.

31 - A A. respondeu à nota de culpa por carta expedida em 16 de Fevereiro de 2018 e recebida pela Ré no dia 19 de Fevereiro de 2018.

32 - Na resposta à nota de culpa, a A. requereu a inquirição de três testemunhas, as quais foram inquiridas.

33 - Além dessas três testemunhas, foram também inquiridas mais duas testemunhas por tal ter sido requerido pela Ré.

34 - A Ré decidiu, em 9 de Março de 2018, aplicar a sanção disciplinar de despedimento, sem indemnização ou compensação, comunicando, tal facto, à A., por carta com a mesma data.

35 - A Ré é uma empresa actualmente com 31 funcionários.

36 - A A. auferia, à data do despedimento, a remuneração mensal ilíquida de 580,00 euros.

37 - (eliminado).

APLICANDO O DIREITO

Das faltas e da justa causa de despedimento

Um dos elementos essenciais do contrato de trabalho é a prestação da actividade laboral, por parte do trabalhador, sendo o seu dever principal. O conceito de actividade laboral pode ser delimitado a três critérios: «i) Do

ponto de vista da qualificação jurídica, a actividade laboral é uma prestação de facto positiva, uma vez que se analisa numa conduta humana activa para

satisfazer as necessidades de outra pessoa. Esta qualificação jurídica é,

naturalmente, compatível com actividades materiais de simples presença e até com actividades materialmente negativas. ii) Do ponto de vista do

cumprimento, a actividade laboral exige uma actuação positiva do trabalhador, mas também se considera cumprida em situações pontuais de inactividade, desde que o trabalhador se mantenha na disponibilidade do empregador e que essa disponibilidade seja real e não meramente aparente. iii) Do ponto de vista do conteúdo, a actividade laboral caracteriza-se pela heterodeterminação, no

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sentido de que as tarefas concretas em que se traduz carecem de ser definidas ao longo da execução do contrato, pelo empregador-credor.»[5]

Sendo assim, o trabalhador para prestar o seu dever principal – a actividade laboral – deve comparecer ao serviço com assiduidade e pontualidade – art.

128.º n.º 1 al. b) do Código do Trabalho. Não comparecendo ou ausentando-se do local em que devia desempenhar a sua actividade durante o período normal de trabalho diário, incorre o trabalhador em falta – art. 248.º n.º 1 do mesmo diploma. Tal falta pode ser justificada ou injustificada, sendo consideradas justificadas as dadas por motivo de doença – art. 249.º n.º 2 al. d) do Código do Trabalho. No entanto, ao trabalhador cabe o dever de comunicar a falta ao empregador, com a antecedência de cinco dias no caso de ausências

previsíveis, ou logo que possível no caso de ausências imprevisíveis, sob a cominação da falta ser considerada injustificada – art. 253.º n.ºs 1, 2 e 5 do Código do Trabalho.

No entanto, mesmo comunicada atempadamente a ausência, o trabalhador pode ter, caso o empregador o exija nos 15 dias seguintes, que fazer prova do facto invocado para a justificação, a prestar em prazo razoável, sob pena da ausência ser considerada injustificada – art. 254 n.ºs 1 e 5 do Código do Trabalho. Ou seja, o trabalhador apenas tem o dever de apresentar prova do facto invocado como justificação da ausência, caso o empregador o exija nos 15 dias seguintes à comunicação da ausência – pois se tal prova não for exigida pelo empregador no referido prazo, significa que este aceitou

pacificamente a existência do motivo invocado pelo trabalhador, sendo assim a sua ausência considerada justificada.

A primeira questão que se coloca será a de saber qual a data em que a

trabalhadora deveria terminar as suas férias – se em 02.01.2018, como afirma a empregadora, se em 05.01.2018 como contrapõe a trabalhadora.

De acordo com o art. 238.º n.º 1 do Código do Trabalho, o período anual de férias tem a duração mínima de 22 dias úteis. Acrescenta a lei que o direito a férias não está condicionado à assiduidade ou efectividade de serviço, sendo irrenunciável e não podendo o seu gozo ser substituído, ainda que com o acordo do trabalhador, por qualquer compensação, económica ou outra – art.

237.º n.ºs 2 e 3. Finalmente, com relevo para a decisão da causa, as férias são gozadas no ano civil em que se vencem, podendo ser gozadas até 30 de Abril do ano civil seguinte, em cumulação ou não com férias vencidas no início deste, por acordo entre empregador e trabalhador ou sempre que este as pretenda gozar com familiar residente no estrangeiro – art. 240.º n.ºs 1 e 2.

Não existindo qualquer prova nos autos que a trabalhadora tenha renunciado a qualquer parte das suas férias – nos termos limitados permitidos pelo art.

238.º n.º 5 – ou sequer que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar de perda

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de dias de férias, deveremos concluir que, no ano de 2017, tinha direito a gozar 22 dias de férias nesse ano civil, sendo o gozo até 30 de Abril de 2018 possível apenas com o seu acordo.

Ou seja, a empregadora não podia, licitamente, impor à trabalhadora, contra a sua vontade, o gozo em 2018 de parte dos dias de férias vencidas em

01.01.2017. Tendo sido acordado que os dias de férias em falta seriam gozados a partir de 05.12.2017, e não aceitando a trabalhadora regressar antes de terminar o gozo de todos os dias de férias que ainda tinha para gozar em 2017 – 21 dias de férias, pois já tinha gozado um dia em 21.04.2017 – e ponderando que na data em que se iniciou esse período de férias já faltavam menos de 21 dias úteis para o termo do ano civil de 2017, deveremos concluir que o período de férias iniciado em 05.12.1017 teve o seu último dia a

05.01.2018 (21.º dia útil), pelo que a data de regresso deveria ter ocorrido a 08.01.2018 (uma segunda-feira).

A ausência ao serviço no dia 08.01.2018 não está justificada por algum modo, pelo que é injustificada – art. 249.º n.º 3 do Código do Trabalho.

Quanto ao período de 9 a 15.01.2018, está incluído no certificado de incapacidade temporária para o trabalho, por doença, apresentado pela trabalhadora. Mas argumenta a empregadora, esse período também é de faltas injustificadas por a trabalhadora não as ter comunicado

atempadamente.

O art. 253.º n.º 2 do Código do Trabalho prescreve que, caso a ausência seja imprevisível, a comunicação ao empregador é feita “logo que possível.” No telefonema de 12.01.2018, a trabalhadora justificou-se com um problema no seu telemóvel e informou que estava doente e que regressaria ao serviço no dia 15 – regressou a 16.

Notando que o incumprimento do dever de comunicação apenas origina a injustificação das faltas por doença compreendidas entre o dia em que essa comunicação deveria e poderia ser feita e aquele em que a comunicação foi recepcionada pelo empregador, sendo justificadas as correspondentes ao dia da comunicação e as subsequentes[6], deveremos concluir que estão, pelo menos, justificadas as faltas dos dias 12 e 15.01.2018, por incluídas no período do atestado médico apresentado.

E quanto aos dias 9 a 11.01.2018, sabe-se que a trabalhadora se justificou com um problema do seu telemóvel. De acordo com as regras de distribuição do ónus da prova, se à empregadora competia provar a ocorrência das faltas, ao trabalhador competia, como facto impeditivo do direito contra ele invocado – art. 342.º n.º 2 do Código Civil – provar a comunicação atempada das faltas ao empregador, ou o motivo porque não lhe foi possível comunicá-las

atempadamente.

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Assim, não demonstrando a trabalhadora a realidade do facto por si alegado que a teria impossibilitado de comunicar a falta atempadamente, consideram- se injustificadas as faltas dos dias 9 a 11.01.2018, nos termos do art. 253.º n.º 3 do Código do Trabalho.

No entanto, representando a não comunicação de falta justificável o incumprimento de um dever do trabalhador de colaborar no processo de controlo do dever de assiduidade pela entidade patronal, constitui, de todo o modo, uma infracção menos grave que a pura falta injustificada.[7]

De acordo com o art. 351.º n.º 2 al. g) do Código do Trabalho, constituem justa causa de despedimento as faltas não justificadas ao trabalho que determinem directamente prejuízos ou riscos graves para a empresa ou

independentemente de qualquer prejuízo ou risco, quando o número de faltas injustificadas atingir, em cada ano civil, 5 seguidas ou 10 interpoladas. Sempre que o número de faltas interpoladas ou consecutivas não atinja,

respectivamente, 10 ou 5 dias, reportadas ao período normal de trabalho, compete à entidade empregadora provar que o incumprimento do dever de assiduidade por parte do trabalhador determinou directamente prejuízos ou riscos graves para a empresa.

No caso, verifica-se uma falta totalmente injustificada no dia 08.01.2018 e três faltas não comunicadas nos dias 9 a 11.01.2018, de menor gravidade. Não se tendo demonstrado a ocorrência de prejuízos ou riscos graves para a empresa, não ocorre justa causa de despedimento, para efeitos do art. 351.º n.º 1 do Código do Trabalho.

De resto, já se considerou que, «resultando provado, apenas, que as ausências do Autor afectaram o normal desenvolvimento da actividade do trabalho (…), obrigando à reorganização e à distribuição pelos demais funcionários das tarefas atribuídas ao Autor, mas sem que se apure que tais perturbações, ou prejuízos, são de imputar, directamente, ao período de faltas injustificadas do trabalhador – que não atingiram 5 seguidas ou 10 interpoladas – é de

considerar não estar preenchida a previsão da 1.ª parte da alínea g), do n.º 3, do artigo 396.º, do Código do Trabalho (de 2003), por forma a poder

sustentar-se que as faltas em causa constituem justa causa de despedimento».

[8]

Procede, pois, o recurso, com declaração de ilicitude do despedimento e reintegração da trabalhadora, nos termos previstos nos arts. 389.º n.º 1 al. b) e 390.º n.ºs 1 e 2 do Código do Trabalho, tal como peticionado.

Termina-se anotando que a empregadora não poderia opor-se à reintegração da trabalhadora, nos termos do art. 392.º n.º 1 do Código do Trabalho: não é uma microempresa nem a trabalhadora ocupa cargo de administração ou de

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direcção.

DECISÃO

Destarte, concede-se provimento ao recurso interposto, declara-se a ilicitude do despedimento e condena-se a empregadora a reintegrar a trabalhadora no mesmo estabelecimento, sem prejuízo da sua categoria e antiguidade, e a pagar-lhe a retribuição base e diuturnidades devidas desde o despedimento e até ao trânsito em julgado da decisão final, incluindo subsídios de férias e de Natal, mas com dedução das importâncias referidas no n.º 2 do art. 390.º do Código do Trabalho, o que será liquidado no respectivo incidente.

Custas pela empregadora.

Évora, 11 de Abril de 2019

Mário Branco Coelho (relator) Paula do Paço

Emília Ramos Costa

__________________________________________________

[1] Neste sentido, vide os Acórdãos da Relação de Guimarães de 04.02.2016 (Proc. 283/08.8TBCHV-A.G1) e do Supremo Tribunal de Justiça de 31.05.2016 (Proc. 1572/12.2TBABT.E1.S1), ambos disponíveis em www.dgsi.pt.

[2] Cfr. o Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça de 13.01.2015 (Proc.

219/11.9TVLSB.L1.S1), na mesma base de dados.

[3] Citação do Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça de 31.05.2016 (Proc.

1184/10.5TTMTS.P1.S1), também publicado na dita base de dados.

[4] Neste sentido, vide os Acórdãos do Supremo Tribunal de Justiça de 29.10.2015 e de 22.02.2017 (Procs. 233/09.4TBVNG.G1.S1 e

988/08.3TTVNG.P4.S1, respectivamente), sempre na mesma base de dados.

[5] Maria do Rosário Palma Ramalho, in Direito do Trabalho – Parte II – Situações Laborais Individuais, 3.ª edição.

[6] Neste sentido, cfr. o Acórdão da Relação do Porto de 23.03.2015 (Proc.

645/11.3TTBCL.P1), em www.dgsi.pt.

[7] Acórdão da Relação de Lisboa de 10.09.2014 (Proc. 5222/12.9TTLSB.L1-4), na mesma base de dados.

[8] Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça de 27.10.2010 (Proc.

3034/07.0TTLSB.L1.S1), sempre na mesma base de dados.

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