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Uma ferramenta de suporte ao diagnóstico evolutivo do aluno

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Academic year: 2021

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(1)i. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO. Everton Coimbra de Araújo. Uma ferramenta de suporte ao diagnóstico evolutivo do aluno. Dissertação submetida à Universidade Federal de Santa Catarina como parte dos requisitos para a obtenção do grau de Mestre em Ciência da Computação. Prof. Vitório Bruno Mazzola, Dr. Orientador. Florianópolis, Novembro-2002.

(2) ii. Uma ferramenta de suporte ao diagnóstico evolutivo do aluno. Everton Coimbra de Araújo. Esta Dissertação foi julgada adequada para a obtenção do título de Mestre em Ciência da Computação Área de Concentração Sistemas de Computação e aprovada em sua forma final pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação.. ________________________________ Prof. Fernando Álvaro Ostuni Gauthier, Dr. Coordenador do Curso. Banca Examinadora. ________________________________ Prof. Vitório Bruno Mazzola, Dr. Presidente da Banca. ________________________________ Prof. Roberto Willrich, Dr.. ________________________________ Prof. Rosvelter João Coelho da Costa, Dr..

(3) iii. É justamente a possibilidade de realizar um sonho que torna a vida interessante..

(4) iv. Agradecimentos. Gostaria de fazer aqui um agradecimento a todos aqueles que de certa forma tiveram uma participação nesta dissertação. Ao professor Vitório Bruno Mazzola que me orientou neste trabalho, com toda dedicação, imensurável paciência e compreensão às ansiedades de incontáveis e-mails e telefonemas. A Alessandra Garbellotti Bortoletto Hoffmann, que sem sua amizade, motivação e confiança incondicional não teria tido motivação para ingresso a docência. Aos professores Fernando Prugner, Mário Leite e Levi Lopes que estiveram sempre me auxiliando. A dedicada amiga Luciane Kusbick que esteve sempre me auxiliando na elaboração da dissertação. Ao dedicado aluno Rodrigo Cesário, pelo esforço em desenvolver os protótipos de telas modelados nesta dissertação. Ao eterno amigo, no sentido da palavra, Antônio Sertich, pela fidelidade no significado da palavra amizade. A minha querida esposa Ana Lúcia e principalmente meu filho Gabriel, pela compreensão e aceitação de minha ausência neste período tão conturbado, mas gratificante. A meus filhos Yuri e Yara, que mesmo distantes estavam próximos. A minha mãe que sempre sonhou em ter um filho formado. E obrigado a todos que não mencionei, mas que com certeza fizeram parte deste sonho..

(5) v. Sumário. Lista de Figuras. viii. Lista de Tabelas. x. Resumo. xi. Abstract. xii. 1. Introdução. 1. 1.1 Motivação.............................................................................................................. 4 1.2 Objetivos ............................................................................................................... 6 1.2.1 Objetivo Principal........................................................................................ 6 1.2.2. Objetivos Específicos...................................................................................6. 1.3 Organização do Trabalho ...................................................................................... 7. 2. Avaliação como Teste de Competência. 8. 2.1 Conceitos e Definição de Avaliação ..................................................................... 8 2.2 Avaliação versus Nota .......................................................................................... 9 2.3 Resultados Esperados pela Avaliação................................................................. 12. 3. A Situação da Avaliação Eletrônica. 15. 3.1 Sobre a Avaliação Eletrônica .............................................................................. 16 3.2 Diferentes Áreas que fazem uso da Avaliação Eletrônica .................................. 17 3.3 Legalidade ........................................................................................................... 18 3.4 Problemas Conhecidos ........................................................................................ 19. 4. World Wide Web – Um Possível Ambiente de Implantação da Avaliação. 21.

(6) vi. 4.1 A História da Internet.......................................................................................... 21 4.2 Ferramentas da Internet e suas Aplicações Pedagógicas .................................... 24 4.3 A Internet na Educação ....................................................................................... 27 4.4 Tecnologia e Arquitetura utilizadas na World Wide Web – WWW................... 28 4.4.1. Visão Superficial da World Wide Web ..................................................... 31 4.4.2. Servidores e Clientes WWW ..................................................................... 32 4.4.2.1 Clientes WWW ................................................................................ 33 4.4.2.2 Servidor WWW ............................................................................... 35 4.4.3. Os Endereços no Ambiente WWW (URL) ............................................... 35 4.4.4. HTML........................................................................................................ 36 4.4.5. HTTP..........................................................................................................36 4.4.5.1 HTTP : O Protocolo de Transferência na WEB ............................. 37 4.4.5.2. Recursos HTTP ............................................................................... 37 4.4.5.3. Mensagens HTTP ........................................................................... 37 4.4.5.4. Métodos HTTP ............................................................................... 41. 5. Análise de Sistemas Existentes no Mercado. 44. 5.1 Sistemas para uso na Internet.............................................................................. 44 5.1.1. Universidade Estadual Paulista - U.N.E.S.P ............................................. 44 5.1.2. Cultura Inglesa........................................................................................... 45 5.1.3. Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG....................................... 47 5.1.4. Instituto EduMed para Educação em Medicina e Saúde – UNICAMP..... 48 5.1.5. AulaNet – Videira-SC ............................................................................... 49 5.1.6. Grupo Zargon – WebAula ......................................................................... 51 5.1.7. Avaliação dos sistemas encontrados na Internet......................................52 5.2 Sistemas com o uso não voltado para a Internet ................................................. 54 5.2.1. Europa Multimídia ..................................................................................... 54 5.2.2. Gordon Production .................................................................................... 56 5.2.3. Atrixware ................................................................................................... 60 5.2.4. Avaliação de sistemas desktop .................................................................. 65 5.3 Conclusão............................................................................................................ 66 6. Definição de Requisitos/Declaração de Necessidades. 67. 6.1 Objetivos Gerais.................................................................................................. 67.

(7) vii. 6.2 Objetivos Específicos.......................................................................................... 68 6.3 Especificação de Requisitos Funcionais ............................................................. 69 6.4 Detalhame nto do Modelo.................................................................................... 72 6.4.1. Área de Coordenação ................................................................................ 73 6.4.2. Área da Secretaria ...................................................................................... 77 6.4.3. Área do Corpo Docente ............................................................................. 81 6.4.4. Área do Aluno ........................................................................................... 86 6.5 Conclusão............................................................................................................ 91. Referências Bibliográficas. 95.

(8) viii. Lista de Figuras. 4.1. Usuário enviando mensagem para o administrador da lista .................. 25. 4.2. Administrador transmite mensagem para todos os usuários da lista..... 26. 4.3. Esquema de funcionamento do sistema de acesso via hipermídia...... 30. 4.4. Trecho da janela do NCSA Mosaic....................................................... 34. 4.5. Trecho da janela do Navigator da Netscape.......................................... 34. 4.6. Trecho da janela do Internet Explorer da Microsoft.............................. 35. 5.1. Página da Avaliação On-Line de Geoprocessamento............................ 45. 5.2. Avaliação On-line da Cultura Inglesa de Porto Alegre......................... 46. 5.3. Avaliação On-Line do Curso de Linguagem C do Departamento de Ensino a Distância da UFMG................................................................ 47. 5.4. Questionário de uma Avaliação On-Line do EduMed........................... 48. 5.5. Resultado Final de uma avaliação do curso de Windows 98 da empresa AulaNet................................................................................... 49. 5.6. Avaliação Eletrônica do Curso de Windows 98 da empresa AulaNet... 50. 5.7. Avaliação do Curso de Lógica de Programação da Zargon................... 51. 5.8. Resultado da Prova de Lógica de Programação da Zargon................... 52. 5.9. Tela Básica do Programa Prova Eletrônica, após abrir um arquivo de perguntas existente................................................................................. 55. 5.10. Execução da Prova Eletrônica............................................................... 55. 5.11. Criação de Questionário através de seções............................................ 57. 5.12. Jogos e Desafios oferecidos pelo software ........................................... 58. 5.13. Variações de Estilo de perguntas/respostas........................................... 58. 5.14. Variações de Estilo de perguntas/respostas........................................... 59. 5.15. Estilo de pergunta onde a(s) opção(ões) é(são) objetivas/marcação...... 61.

(9) ix. 5.16. Estilo de pergunta onde a resposta deve ser digitada ............................ 61. 5.17. Exibição do Profile do aluno, com desempenho em avaliações............ 62. 5.18. Detalhamento da freqüência de respostas erradas às perguntas de um teste....................................................................................................... 63. 5.19. Monitoramento de uma prova sendo executada em um ambiente de rede de computadores............................................................................ 64. 6.1. Diagrama de Use Case da Área de Coordenação................................... 73. 6.2. O Pacote da Área de Coordenação........................................................ 75. 6.3. O Diagrama de Classe da Área de Coordenação................................... 75. 6.4. O Diagrama de Atividade da Área de Coordenação ............................. 76. 6.5. O Diagrama de Seqüência da Área de Coordenação ............................ 76. 6.6. Tela de configuração do Mentor pela Área de Coordenação................. 77. 6.7. Diagrama de Use Case da Área da Secretaria........................................ 78. 6.8. O Pacote Case da Área da Secretaria.................................................... 79. 6.9. O Diagrama de Classes da Área da Secretaria ...................................... 79. 6.10. O Diagrama de Atividades da Área da Secretaria................................. 80. 6.11. O Diagrama de Seqüência da Área da Secretaria.................................. 80. 6.12. Tela de configuração do Mentor pela Área da Secretaria...................... 81. 6.13. O Diagrama de Use Case da Área do Corpo Docente .......................... 82. 6.14. O Pacote da Área do Corpo Docente.................................................... 83. 6.15. O Diagrama de Classes da Área do Corpo Docente.............................. 83. 6.16. O Diagrama de Atividade da Área do Corpo Docente ......................... 84. 6.17. O Diagrama de Sequencia da Área do Corpo Docente.......................... 85. 6.18. Tela de Configuração do Mentor pela Área do Corpo Docente............ 85. 6.19. Tela de Configuração do Mentor pela Área do Corpo Docente............ 86. 6.20. O Diagrama de Use Case da Área do Aluno.......................................... 87. 6.21. O Pacote da Área do Aluno.................................................................. 88. 6.22. O Diagrama de Classe da Área do Aluno ............................................. 88. 6.23. O Diagrama de Atividade da Área do Aluno......................................... 89. 6.24. O Diagrama de Seqüência da Área do Aluno........................................ 90. 6.25. Tela de Avaliação da Área do Aluno..................................................... 90. 6.26. Continuação da Tela de Avaliação da Área do Aluno........................... 91.

(10) x. Lista de Tabelas. 4.1. Categorias existentes no HTTP................................................................ 39. 4.2. Tipos de cabeçalho do protocolo HTTP................................................... 40. 4.3. Cabeçalhos específicos do método GET.................................................. 42. 5.1. Comparação entre os sistemas encontrados na Internet........................... 54. 5.2. Comparação entre os sistemas com o uso não voltado para a Internet.... 52. 6.1. Especificação dos Requisitos Funcionais................................................. 70.

(11) xi. Resumo. A principal proposta deste trabalho será a utilização de programas computacionais para a implementação do processo de avaliação. A motivação para isto é o fato de que o uso de software educacional está se tornando uma estratégia adotada em praticamente todos os estágios do ensino, do nível fundamental ao nível superior. O que se observa, porém, é que, apesar de se encontrar uma quantidade muito grande de programas orientados ao aprendizado, o mesmo não pode ser dito em relação aos processos de avaliação. Num primeiro estágio deste trabalho, foram estudados os principais conceitos relacionados à avaliação, de um ponto de vista dos autores da área pedagógica. Em seguida, já orientado o trabalho para o seu principal objetivo, foram estudados os problemas e suas possíveis soluções no que tange a implementação de um processo de avaliação pela via eletrônica ou computacional. Na continuação deste trabalho, é apresentada a participação do ambiente World Wide Web (ou WWW) da Internet, na área de educação. Finalmente, é proposto um modelo de implementação do processo de avaliação educacional, tendo como plataforma um ambiente distribuído suportado pelos protocolos e aplicativos da Internet.. Palavras-chaves: ensino, avaliação eletrônica, prova, teste, Internet, UML..

(12) xii. Abstract. The. main. computational. proposal. programs. of. in. this. order. work. to. is. to. implement. present. the. the. evaluation. utilization process.. of The. reason of this, is the fact that the use of educational software is turning out to be a strategy levels,. in from. the. primary. all school. until. the. educational college.. However,. what. is. observed, is that, although a lot of educational programs are being used, no first. corresponding part. of. this. evaluation work,. process the. is. main. associated. concepts. to. their. associated. to. use. the. In. the. evaluation. have been studied, from the pedagogic experts point of view. Then, with the work. oriented. to. its. main. goal,. all. the. problems. and. possible. solutions. have been analysed, aiming at implementing an evaluation process by means of. computational. programs.. At. a. further. stage. of. this. work,. the. participation of World Wide Web in the educational process is presented. Finally,. an. implemented. model. of. the. evaluation. processs. is. proposed, running on a distributed environment supported by the protocols and Internet Applications.. Keywords: teaching, eletronic evaluation, proof, Internet, UML.

(13) 1. Capítulo 1. Introdução 2.1 INTRODUÇÃO. Atualmente existe uma grande discussão sobre o papel de uma avaliação, que exige do aluno um conhecimento sobre temas eleitos pelo professor de determinada disciplina. Neste contexto, a grande polêmica está na objetividade e no cumprimento desse objetivo e na detecção das falhas em processos que antecedem a uma avaliação.. “Avaliação é um processo abrangente da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar obstáculos.” VASCONCELLOS (1992). Mesmo a despeito de tantos debates sobre este tema, é notório que em qualquer matéria, disciplina ou curso, existem conhecimentos básicos que devem ser a premissa para que um aluno possa sustentar um avanço em sua trilha de aprendizado. Isso é um fato que não pode ser ignorado; e essa avaliação se faz necessária para que, além de tudo, possa servir como feedback (retroalimentação) para a própria instituição como divulgadora de idéias.. “UMA FÁBULA: Certa vez, um mestre enviou um aluno à cidade canadense de Montreal para dar um recado num determinado endereço. O aluno deixou a cidade.

(14) 2. brasileira de origem e seguiu em direção a Nova Iorque. De lá seguiu noutro vôo para Montreal, tramitou pela alfândega com suas bagagens e documentos, tomou um táxi e chegou à rua desejada. O edifício já estava sendo visto. Felizmente, no local certo, chegou ao lugar do endereço. Na hora de bater a porta do apartamento confundiu-se e tocou a campainha do apartamento daquele que procurava. O proprietário, ao atender, explicou-lhe que estava errado e a viagem foi considerada perdida; a passagem, agora, precisaria ser reembolsada, além da grande “bronca” a receber do mestre.. Um erro imperdoável, sobretudo depois de tanto esforço. Chegou pertinho e errou no final. Tudo perdido. Nota zero. Outro aluno, deste mesmo mestre, recebeu a mesma incumbência, só que, tendo chegado ao Rio de Janeiro, dirigiu-se a Santiago do Chile e de lá tomou um avião para as Filipinas. Errou tudo, não tinha sequer noção de direção. Viagem errada, reembolso das despesas ‘bronca do mestre’. Tudo perdido. Nota zero.” WERNECK (2000). A questão do “erro” na área da educação tem conforme PIAGET. importância. funcional onde ele diz:. “Um erro corrigido pode ser mais fecundo que um êxito imediato, porque a comparação da hipótese falsa e suas consequências proporciona novos conhecimentos e a comparação entre erros dá lugar a novas idéias...” PIAGET (1986). O termo “avaliação“ por si só, desperta um certo temor nos indivíduos de uma forma geral. Tem-se que a avaliação irá aprovar ou reprovar e o feedback será sucesso ou insucesso.. Ainda conforme PIAGET (1976), os feedbacks podem ser positivos ou negativos. Os feedbacks negativos têm um papel de instrumento de correção própria, sempre conduzem a compensações e são distintas em duas classes: as por inversão, que é a anulação da perturbação e implicam em negações inteiras e as por reciprocidade, que diferenciam o esquema (forma com que o indivíduo organiza e assimila aos conhecimentos) para acomodá-lo ao elemento perturbador (dúvida) e implicam em.

(15) 3. negociações parciais. Já os feedbacks positivos podem não excluir a compensação, mas são mais complexos. PIAGET (1976) demonstra, os reforços estão de certa forma ligados à correção, estando, portanto, os feedbacks positivos ligados de algum modo aos negativos:. “Lembremos primeiro o fato essencial de que a aquisição de toda a conduta intervêm reforços supõe correções, por esta mesma razão: de fato, nos casos de reforços inúteis, há sucesso ou compreensão imediata, enquanto que o recurso a reforços implica na presença de dificuldades, logo de correções...” PIAGET (1976). Utilizando-se da implementação de um modelo para avaliação do processo educacional, todas as possibilidades e tentativas de respostas do aluno devem ser avaliadas. Na intenção de perceber a forma de condução de pensamento do aluno na realização de atividades e escolha de suas respostas.. PIAGET (1978) comprova através de suas pesquisas, que a tomada de consciência é um processo gradual, pois o sujeito pode muitas vezes conseguir realizar determinadas tarefas sem no, entanto, ter consciência do que está por detrás de sua ação.. “...existem ações complexas, embora de êxito precoce, que apresentam todas as características de um saber, mas apenas de um “savoir faire” (saber fazer); e que a passagem dessa prática de conhecimento para o pensamento se efetua através de tomadas de consciência (...), isto é, numa transformação dos esquemas de ação em noções e em operações.” PIAGET (1978). O citado anteriormente na FÁBULA, trata a avaliação como uma ferramenta julgadora, aprovar ou reprovar, e não como uma ferramenta de apoio qualitativo. O ideal neste caso seria um acompanhamento etapa-a-etapa e um apoio aos alunos para chegarem ao final. É certo que o primeiro foi praticamente até o fim, mas se o segundo tivesse recebido uma orientação, talvez tivesse ido até mais longe que o primeiro..

(16) 4. Com o aumento da velocidade da informação a cada dia – e não superior ao seu volume -, o que inibe o conhecimento profundo em vários temas, pode-se tratar uma situação de avaliação inteligente, onde cada etapa teria um peso e caminho, diferenciados pela evolução individual de cada um. Desta forma cada aluno, durante o processo de avaliação, teria seu comportamento, acertos e erros analisados ao mesmo tempo. Isto permitiria que a mesma tivesse uma seqüência de questões que não fugissem do mínimo exigido, mas que não causasse equiparação de resultados como no texto UMA FÁBULA. Com as informações obtidas em cada avaliação, o perfil do aluno poderá ser acompanhado, no sentido de buscar melhorias e promover um ajuste mais apurado em determinadas disciplinas.. Para. obter. e. oferecer. este. recurso. de. acompanhamento. apurado. do. desenvolvimento individual de alunos, se faz necessário também um registro da evolução do aluno no ambiente de aula. Estes registros seriam cruzados com os resultados obtidos nas avaliações.. 1.1 Motivação. Segundo. BERCH. (1997), a avaliação pedagógica tem uma importância. fundamental, pois pode ser vista como a base para a tomada de decisões para que um professor adote atividades de reforço, modifique suas posturas com o aluno, forneça ajudas simples, melhores explicações, exemplos e situações, aprofunde questões, proporcione desafios, desenvolva episódios para a aprendizagem e inclusive considere o aluno apto em relação ao conteúdo ou à habilidade trabalhados.. A maioria das pessoas não imagina a dificuldade que existe por trás de uma elaboração, aplicação e correção de avaliações. Deve-se procurar sempre por um equilíbrio entre o mínimo a ser cobrado e o desejável para medir a taxa de aprendizado dos alunos e fazer uso do pós-avaliação dito por BERCH (1997)..

(17) 5. Para uma instituição de ensino, saber se o conteúdo programado está sendo devidamente ministrado em sala pelos professores é uma tarefa difícil; e o acompanhamento da produtividade de um professor está ligado diretamente ao nível de aprovação e reprovação, que por sua vez, está também ligado às notas das avaliações aplicadas por ele. O processo de avaliar o aprendizado do estudante e o trabalho de um professor é um dos principais aliados no processo de ensino-aprendizagem, pois é através dele que se consegue identificar os principais problemas com. estratégias de. ensino diferenciadas para cada perfil de estudante e atitudes a serem tomadas por seu professor. Em GARDNER (1995) tem-se que:. “Na maioria das áreas do currículo, os materiais podem ser apresentados de inúmeras maneiras – por professores ou através de livros, softwares, hardwares ou outros meios. A escolha do modo de apresentação pode significar, em muitos casos, a diferença entre uma experiência educacional bem-sucedida e uma mal-sucedida. Uma aula de história pode ser apresentada através de modos de conhecimento lingüístico, lógico, espacial e/ou pessoal, assim como uma aula de geometria pode valer-se de competências espaciais, lógicas, lingüísticas ou numéricas. Muitas vezes, algum tipo de aparelho cognitivo (por exemplo, um programa de computador que permite à pessoa criar uma variedade de configurações espaciais) pode ajudar o aluno a dominar um material que tem dificuldades em visualizar em sua própria cabeça. Agora que nós sabemos alguma coisa sobre estilos de ensino, estilos de aprendizagem e inteligências individuais, é simplesmente indesculpável insistir em que todos os alunos aprendem a mesma coisa da mesma maneira.”. O desgaste de um professor em corrigir avaliações que realmente poderiam medir o conhecimento mínimo necessário de um aluno, leva, em muitas situações, ao desenvolvimento de uma avaliação ruim, muito simples ou profunda demais; sem considerar que o histórico da evolução dos alunos a que o professor tem acesso é o boletim de notas. Não há como analisar o comportamento e raciocínio do aluno, no momento em que ele fez tais avaliações. O papel do professor fica limitado a aplicar determinado conteúdo e a dos alunos, o de devolver através da avaliação o que.

(18) 6. conseguiram reter. DELORS (1999) faz algumas considerações sobre o papel do professor onde:. “O professor deve... organizar e gerir o saber, guiando, mas não modelando os espíritos, e demonstrando grande firmeza quanto aos valores fundamentais que devem orientar a vida”. “Para que a avaliação sirva, é necessário modificar a sua utilização de classificatória para diagnóstica, ou seja, a avaliação deverá ser assumida como instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que ele possa avançar seu processo de aprendizagem.” LIMA (1999). 1.2 Objetivos 1.2.1 Objetivo Principal Apresentar os principais conceitos relacionados aos processos de avaliação educacional, juntamente com as tecnologias disponíveis para implementação de um processo de avaliação com base num ambiente computacional.. 1.2.2 Objetivos Específicos Para que o objetivo principal fosse alcançado, tornaram-se necessários os seguintes objetivos específicos: ?? Entendimento dos princípios e conceitos relacionados aos processos de avaliação educacional ?? Estudo da tecnologia disponível para aplicação de processos de avaliação educacional;.

(19) 7. ?? Estudo de trabalhos relacionados à implantação de modelos de avaliação educacional; ?? Projeto e modelo do sistema de avaliação eletrônica, com base nos conceitos estudados e tecnologias disponíveis para o ambiente WWW.. 1.3 Organização do Trabalho O desenvolvimento deste trabalho está apoiado na seguinte seqüência de capítulos.. O primeiro capítulo é composto pela motivação do estudo, os objetivos, organização do trabalho e a metodologia usada para o desenvolvimento do mesmo.. O segundo capítulo apresenta um estudo bibliográfico, sobre conceitos, artigos, críticas e opiniões sobre o uso de avaliações no sistema de ensino.. O terceiro capítulo trata da situação atual do meio eletrônico como ferramenta de apoio na aplicação de avaliações.. No quarto capítulo, são apresentados os principais aspectos relacionados à plataforma World Wide Web, que servirá de ambiente à implementação de um modelo de avaliação educacional pela via eletrônica.. O quinto capítulo traz uma pesquisa e análise sobre produtos existentes e disponíveis para geração e aplicação de avaliação eletrônica. Enfim, o sexto capítulo traz a definição do modelo para o desenvolvimento e aplicação de uma avaliação eletrônica, que possa auxiliar do diagnóstico evolutivo do aluno..

(20) 8. Capítulo 2. Avaliação como Teste de Competência 2.1 AVALIAÇÃO COMO TESTE DE COMPETÊNCIA. A avaliação de conhecimento é, sem dúvida, um aspecto fundamental no que tange a educação em qualquer nível. A procura de um método “infalível” de avaliação é alvo de pesquisas diversas na área da Educação. As críticas aos métodos tradicionalmente utilizados são em grande quantidade e a constatação de que, embora muito se tenha evoluído nos métodos pedagógicos e pouco se fez nos métodos de avaliação é flagrante.. O objetivo deste capítulo é discutir os principais conceitos relacionados à avaliação de conteúdo e apresentar os métodos e os problemas relacionados.. 2.1 Conceitos e Definição de Avaliação O ensino, de uma forma geral, constitui-se num processo de transformação e a avaliação do aprendizado permite determinar o êxito ou o fracasso do aluno neste processo de transformação, ROMPELMAN (2001).. O aspecto fundamental de todo processo de avaliação é a definição explícita do que se poderia estabelecer como sendo os objetivos educacionais, que permitem.

(21) 9. especificar os critérios sob os quais serão realizadas a avaliação. Desta forma, a avaliação deverá ser implementada através de um método de comparação entre os resultados obtidos e os objetivos educacionais estabelecidos.. ROMPELMAN (2001) ressalta ainda que a avaliação, no ensino tradicional, consiste basicamente em verificar se as metas educacionais são atingidas. Isso significa testar se os alunos adquirem o acervo pretendido de conhecimento, habilidades e compreensão.. 2.2 Avaliação versus Nota Na confrontação Avaliação x Nota, VASCONCELLOS (1992) reforça que inicialmente, deve-se distinguir “Avaliação” e “Nota”. E as define como: ?? Avaliação é um processo abrangente da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos. ?? A nota, seja na forma número, conceito ou menção, é uma exigência formal do sistema educacional.. BARRETO (2001) salienta que quando os sistemas de avaliação incorporam elementos importantes da cultura escolar e os professores sentem que esta é feita a seu favor e não contra eles, como na Suécia, os procedimentos utilizados terminam sendo assimilados pelos docentes como um indicador importante para a melhoria do seu trabalho. O mesmo autor lembra em seu artigo, que Pedro Demo, caracteriza o compromisso educativo da avaliação escolar e a define como um processo permanente de acompanhamento do aluno. Tendo como referência o paradigma da comunicação, coloca a “discutibilidade” como critério essencial da cientificidade, que tem a ver com a avaliação, tanto no que diz respeito aos procedimentos que fazem parte da sua lógica intrínseca, quanto no que se refere à apreciação da qualidade..

(22) 10. BARRETO (2001) lembra que Luckesi (autor muito citado entre os educadores a propósito do tema), procura contribuir para a elucidação dos pressupostos filosóficos e educacionais das práticas avaliativas no ensino básico, insistindo na necessidade de qualificar a avaliação não em função dela mesma, mas do fim a que se destina, e mostrando que esta, ao conquistar ao longo dos tempos espaço tão amplo nos processos de ensino, condicionou a prática pedagógica ao que ele chama pedagogia do exame.. Segundo MARTINS (1998), a verificação faz parte do processo de aprendizagem e, portanto, não deve ser confundida com o julgamento do ensino. Seguindo ainda sua opinião, o ser humano aprende para ter novas atitudes e valores na vida e a avaliação deve ser vista como meio e nunca o fim de um processo de ensino. Devendo se comprometer em reconhecer a formação de atitudes e valores no processo de ensino e não ajuizar.. VASCONCELLOS (1992) ressalta que, no que diz respeito à avaliação, há uma particular dificuldade na captação da essência do problema, pois é muito comum aqui se confundir conseqüência com causa.. A seguir, são apresentados alguns parâmetros fundamentais no que diz respeito ao desenvolvimento de um método de avaliação.. Precisão Lógica. A precisão lógica diz respeito à consistência do método do ponto de vista dos objetivos educacionais. Quanto melhor forem definidos estes objetivos, maiores serão as chances do processo de avaliação corresponder a eles.. Abrangência. A abrangência corresponde ao grau de cobertura do processo de avaliação em relação aos componentes curriculares..

(23) 11. Precisão Temporal. Este parâmetro diz respeito à correta definição do tempo necessário para a realização das diversas tarefas a serem realizadas no contexto de um processo de avaliação.. Ponderação. A ponderação consiste na correta distribuição dos valores das diferentes tarefas no contexto do processo de avaliação. Usualmente, os maiores pesos são atribuídos levando-se em conta o grau de complexidade de uma tarefa e/ou a importância do assunto tratado, à luz dos objetivos educacionais.. Mensuração. A mensuração envolve aspectos bastante variados, que vão desde a definição do que possa ser a média de aprovação, passando pela forma de apresentação dos resultados e os eventuais arredondamentos de notas. No que diz respeito à forma de apresentação de resultados existem basicamente duas alternativas largamente utilizadas: o uso de notas e o uso do conceito. No que diz respeito a este segundo critério, embora ele seja utilizado em muitas situações, existe o problema da imprecisão no que diz respeito ao desempenho individualizado, uma vez que alguns conceitos abrangem faixas de valores relativamente largas.. Clareza. A clareza de um processo de avaliação está relacionada ao modo como as tarefas são formuladas, onde a preocupação maior deve ser a total ausência de ambigüidade.. MORETTO (2001) lembra que como sendo comum entre os educadores, a competência está associada a um conjunto de elementos que permitem a um sujeito abordar uma situação complexa e resolvê-la a contento. Philippe Perrenout propõe (em.

(24) 12. Construir as competências desde a escola, Edit. ArtMed, 1999) que Competência é a capacidade do sujeito mobilizar recursos (cognitivos) visando abordar uma situação complexa.. 2.3 Resultados Esperados pela Avaliação Em resposta a pergunta sobre ser possível a transformação da avaliação escolar, VASCONCELLOS (1992). em sua concepção dialética diz que há necessidade de. análise para saber as reais possibilidades de mudança, levando em conta tanto as determinações da realidade, quanto a força da ação consciente e voluntária da coletividade organizada. Diz ainda que um dos problemas que se observa na formação dos professores é que na graduação até que se tem dado uma concepção teórica adequada do que se deve ser a avaliação: contínua, diagnóstica, abrangente e relacionada aos objetivos, mas ressalta que falta a crítica à realidade atual, faltam indicações de mediações, de formas de concretizar uma nova prática de avaliação, falta clareza do que fazer no lugar da antiga forma de avaliar.. A avaliação tem de adequar-se à natureza da aprendizagem, levando em conta não só os resultados das tarefas realizadas, o produto, mas também o que ocorreu no caminho do processo. Ela é orientadora do processo de compreensão por parte do professor em relação aos processos que os alunos usam para aprender a reter o que ele lhes ensina. O Professor que não estiver só preocupado em “detectar” os resultados insuficientes e classifica-los poderá investigar o estágio de desenvolvimento do aluno.. VIERA (2000) diz que as contribuições da teoria construtivista de Piaget, sobre a construção do conhecimento e os mecanismos de influência educativa têm chamado a atenção para os processos individuais, que têm lugar em um contexto interpessoal e que procuram analisar como os alunos aprendem, estabelecendo uma estreita relação com os processos de ensino em que estão conectados..

(25) 13. Quando o sentido da avaliação deixa de ser a busca da resposta certa, cria-se o espaço para que as diversas respostas possíveis sejam confrontadas, gerando novos olhares, percepções e conhecimento.. A concepção defendida por VIERA (2000) é que o processo de ensinoaprendizagem é uma integração dialética entre o instrutivo e o educativo que tem como propósito essencial contribuir para a formação integral da personalidade do aluno. O instrutivo é um processo de formar homens capazes e inteligentes. Entendendo por homem inteligente aquele que, diante de uma situação problema, seja capaz de enfrentar e resolver os problemas, de buscar soluções para resolver as situações. Ele tem que desenvolver sua inteligência e isso só será possível se ele for formado mediante a utilização de atividades lógicas. O educativo se logra com a formação de valores, sentimentos. que. identificam. o. homem. como. ser. social,. compreendendo. o. desenvolvimento de convicções, vontade e outros elementos da esfera volitiva e afetiva que junto com a cognitiva permitem falar de um processo de ensino-aprendizagem que tem por fim a formação multilateral da personalidade do homem.. BAZZO (2001) ressalta em seu artigo que uma nova postura nos sistemas de avaliação não implica o relaxamento de níveis de exigência no aprendizado, nem uma redução de carga de trabalho para a construção de conhecimentos.. Em resposta a pergunta sobre ser possível a transformação da avaliação escolar, VASCONCELLOS (1992) diz que: ?? É só querer, perante a visão voluntarista; ?? Só será possível quando mudar a estrutura, perante a visão determinista; ?? E na visão dialética, há necessidade de análise, para se saber as reais possibilidades de mudança, levando em conta tanto as determinações da realidade, quanto a força da ação consciente e voluntária da coletividade organizada..

(26) 14. Segundo VASCONCELLOS (1992) podemos imaginar um dia em que não haja mais nota na escola – ou qualquer tipo de reprovação -, mas certamente haverá necessidade. de. continuar. existindo. avaliação,. para. se. poder. acompanhar. o. desenvolvimento dos educandos e ajudá-los em suas eventuais dificuldades. Este mesmo autor ainda coloca como exigência básica à avaliação que não tenha cunho decorativo, mas sim reflexivo, relacional e compreensivo. Salienta que o professor deveria ver ali o que é essencial para sua área de conhecimento, aquilo que realmente é significativo.. MORETTO (2001) ressalta que o professor competente no avaliar a aprendizagem precisa ter o conhecimento dos diferentes instrumentos para avaliação e da melhor forma de utilizá-los..

(27) 15. Capítulo 3. A Situação da Avaliação Eletrônica 2.1 A SITUAÇÃO DA AVALIAÇÃO ELETRÔNICA. O objetivo deste capítulo é expor a realidade da Avaliação Eletrônica, buscando conceituar, enumerar os diferentes tipos de avaliação em forma eletrônica existentes (não apenas no ensino), comentar sobre a legalidade de uma avaliação eletrônica no ensino e relatar problemas encontrados no que diz respeito ao seu uso acadêmico.. TRENTIN, ZEVE, MÜLLER e TELECKEN (1998) afirmam em seu artigo que a informática e seus recursos representam um novo paradigma para a educação e que a sua potencialidade tornou-se aparente. Ressaltam ainda que o uso do computador permite que os alunos deixem de simplesmente "decorar" conhecimentos que podem se tornar ultrapassados com facilidade, para aprenderem a fazer as perguntas certas, a tomar decisões corretas e a comunicar essas decisões a terceiros, enquanto o professor deixa de ser um repetidor de conceitos, um mero entregador de informações, para adquirir um papel mais nobre, o de facilitador, que elabora atividades para que o aluno aprenda..

(28) 16. 3.1. Sobre a Avaliação Eletrônica A partir dos livros que agora podem ser lidos em sua forma eletrônica, a. verificação das cotações na Bolsa de Valores ou o correio eletrônico disponibilizando mensagens para todo o mundo até o vasto conjunto de recursos, grupos de discussão e software disponível na World Wide Web, a tecnologia está claramente transformando o panorama da vida em todo o mundo mais rápido que nunca. As tecnologias também estão influenciando a vida dos estudantes e professores nas escolas de vários países em todo o mundo, inclusive no Brasil. Os computadores pessoais, a Web e as inovações digitais relacionadas estão ajudando a liberar a criatividade e ampliar os currículos em muitas salas de aula. Os computadores nas escolas de hoje são muito mais numerosos e potentes que menos de uma década atrás.. Uma vez definido que a avaliação tem o intuito de verificação da absorção de um conteúdo, sendo este previamente estabelecido pelo professor responsável pela disciplina e que o uso da tecnologia como ferramenta de suporte para se ministrar aula vem crescendo nos últimos anos, podemos complementar que uma avaliação eletrônica também se encaixa como uma ferramenta tecnológica na verificação mais rápida e precisa do aproveitamento de alunos em sala de aula.. Muitas são as instituições acadêmicas que hoje utilizam a tecnologia para criar avaliações, provas ou testes. Cada uma a sua maneira, dependendo de sua necessidade e seus recursos. Algumas apenas utilizam este artifício como seleção em vestibulares e outras apenas como teste de conhecimento de conteúdo, apenas no sentido de aprovar/reprovar.. CRISTÓVÃO. (1997). lembra. que. vários. softwares. educativos. têm. disponibilizado tarefas que já são normalmente realizadas numa sala de aula, mas usam, no máximo, recursos computacionais que aumentam a motivação do aprendizado. Afirma ainda que o uso do computador na educação, justifica-se quando se empregam softwares que permitem ao aprendiz realizar atividades difíceis de serem implementadas num ambiente sem sua presença. Salienta em seu texto que a importância de um.

(29) 17. levantamento dos estudos pedagógicos mais recentes sobre o assunto que será abordado pelo software é fundamental, pois as metodologias para se ensinar um conteúdo mudam com o tempo, e constantemente descobrem-se novas abordagens que facilitam o aprendizado.. 3.2 Diferentes Áreas que fazem uso da Avaliação Eletrônica Apesar de o objetivo deste trabalho ser tratar a avaliação eletrônica como ferramenta de apoio ao acompanhamento evolutivo de alunos (no sentido ensino), não é possível deixar de falar que existem inúmeras áreas que fazem uso de avaliação eletrônica como ferramenta para acompanhamento, diagnósticos e levantamento de necessidades, dentre outros.. A MICROSAU, empresa formada na incubadora da Universidade de Brasília, tem um sistema de avaliação eletrônica para prevenção na área de saúde, o SAES. Neste sistema, é preenchido um questionário confidencial e retiradas medidas de sinais vitais para processamento de dados e posterior emissão de relatório individual. O Teste está disponível através da internet em http://www.microsau.com.br/TesteSaes.htm (acessado em 11/03/2002). A MICROSAU também tem um sistema eletrônico de Avaliação Vocacional.. Em. relação. a. veículos. automotivos,. muitos. são. os. itens. avaliados. eletronicamente. Sempre com o objetivo de verificar um comportamento e fazer acompanhamento para possíveis tomadas de decisão. Um exemplo mundialmente conhecido é a telemetria utilizada em provas automobilísticas. Existem ainda os conhecidos “Testes Eletrônicos”, porém estes têm objetivos diferentes de uma avaliação. Estes testes passam por verificação da resistência de preservativos, verificação de qualidade de cartuchos de tintas para impressoras, autenticação de cabeamento de rede, potência de motores, suspensão e parte eletrônica de veículos automotivos. Já as provas eletrônicas, que também não têm o objetivo de avaliação, são utilizadas em diferentes áreas. O DETRAN/BA implantou um sistema de Prova.

(30) 18. Eletrônica para conhecimentos de legislação e obteve um ganho na agilidade, qualidade e quantidade de exames prestados diariamente. Ainda na Bahia, a Capitânia dos Portos também faz uso de Prova Eletrônica para habilitação de Arrais-Amador.. Algumas faculdades já utilizam o sistema de Prova Eletrônica como seleção de candidatos em Vestibular. Algumas delas são Faculdades Integradas Tibiriçá, Centro Universitário de Barra Mansa, Universidade Braz Cubas, Faculdade Editora Nacional e Universidade Anhembi Morumbi, dentre muitas outras que podem ser localizadas facilmente na internet.. O objetivo de ter relacionado os diferentes usos de ferramentas eletrônicas para se avaliar, testar e provar o conhecimento é de reforçar o benefício que um sistema de avaliação eletrônica, no meio acadêmico, pode trazer para um melhor acompanhamento da evolução dos estudantes.. 3.3 Legalidade No que diz respeito ao Ensino a Distância, a Lei de Diretrizes e Bases diz :. Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada.. § 1º. A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União.. § 2º. A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de diploma relativos a cursos de educação a distância.. § 3º. As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a distância e a autorização para sua implementação, caberão aos respectivos.

(31) 19. sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas.. § 4º. A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá: I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens; II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas; III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários de canais comerciais.. O Decreto Número 2.494, de 10 de Fevereiro de 1998 traz :. Art. 7º A avaliação do rendimento do aluno para fins de promoção, certificação ou diplomação, realizar-se-á no processo por meio de exames presenciais, de responsabilidade da Instituição credenciada para ministrar o curso, segundo procedimentos e critérios definidos no projeto autorizado.. Parágrafo Único: Os exames deverão avaliar competência descritas nas diretrizes curriculares nacionais, quando for o caso, bem como conteúdos e habilidades que cada curso se propõe a desenvolver.. Como pode ser verificado, a lei ampara e apóia o tema de Ensino a Distância, porém em relação a avaliação, ela exige que seja presencial. Isso não será visto como problema, uma vez que o proposto neste trabalho é a utilização da avaliação eletrônica como ferramenta de apoio a evolução do aluno e não somente como ferramenta probatória, com objetivo de aprovar ou reprovar. Isso não quer dizer que o modelo a ser implementado aqui não estará preparado para avaliações não presenciais.. 3.4 Problemas Conhecidos Os problemas encontrados em um sistema de avaliação eletrônica são mais presentes quando a mesma tem objetivo não presencial, o que não isenta a presencial de.

(32) 20. problemas. Uma avaliação eletrônica depende de uma definição de requisitos de segurança, os quais garantirão que a avaliação esteja sendo feita de uma maneira idônea. Seguem os requisitos:. ??. Autenticação Garantir que quem está aplicando a avaliação seja realmente a instituição responsável e, principalmente, que quem esteja fazendo a avaliação seja a pessoa esperada.. ??. Não repúdio Impedir que a pessoa que fez a avaliação negue tal atitude. Da mesma forma, a instituição não poderá negar ter disponibilizado a avaliação.. ??. Privacidade Garantir o sigilo do conteúdo da avaliação, podendo o mesmo vir a público apenas no momento adequado.. ??. Justiça Para o caso de uma avaliação no sentido competição (vestibular, concursos,..), o conteúdo seja o mesmo para todos os candidatos, porém, para o caso deste trabalho, haverá situações em que os candidatos terão conteúdos (na avaliação e não da avaliação) diferenciados.. ??. Integridade Evitar que a avaliação sofra alterações antes ou depois de ter sido aplicada..

(33) 21. Capítulo 4. World Wide Web – Um Possível Ambiente de Implantação da Avaliação 4.. World. Este capítulo tem como objetivo verificar na Internet a ferramenta possível para a implantação do modelo proposto por este trabalho e, para tanto, foi subdividido nos subtópicos abaixo : ?? A História da Internet ?? Ferramentas da Internet e suas aplicações pedagógicas ?? A Internet na Educação ?? Tecnologia e Arquitetura utilizadas na World Wide Web - WWW. 4.1 A História da Internet. A Internet (InterNetwork System – Sistema de Interconexão de Rede de Comunicação), considerada a rede das redes de comunicação, pode permitir a comunicação e compartilhamento de recursos e dados com pessoas em seu bairro ou ao redor do mundo..

(34) 22. FILIPPO e SZTAJNBERG (1996) definem a Internet de duas maneiras : ??Uma rede de redes que utiliza o protocolo TCP/IP. Ressaltam que esta definição é claramente técnica e que está ligada diretamente à história da própria Internet e sua forte relação com o desenvolvimento dos protocolos TCP/IP. ??Um conjunto de recursos aos quais se pode ter acesso através desta rede de redes. Eles afirmam que nesta definição não há restrição sobre o tipo de protocolo utilizado, permitindo que qualquer rede que esteja de alguma forma conectada à Internet também faça parte dela. E ressaltam ainda que a Internet neste caso, é abordada segundo o enfoque dos recursos disponíveis e não de um conjunto de computadores em rede.. A Internet surgiu na metade da década de 60, quando os pesquisadores dos Estados Unidos iniciaram experiências com a idéia de redes de comunicação de computadores. A partir destes testes, começou a nascer a idéia de redes de comunicação subdivididas em pacotes. A informação se desloca de um lugar para o outro, dividida em pacotes formados não somente pelo núcleo da informação, mas também, pelo endereçamento do destino e sua ordem pretendida. Quando a mensagem chega ao seu destino, os pacotes são convertidos novamente e a mensagem é recebida com sucesso.. Em 1969, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, através de sua Agência de Projetos de Pesquisa Avançada (ARPA), criou uma rede experimental de comunicação subdividida em pacotes, usando linhas de telefone. Destas redes de comunicação, nasceu a ARPANET, uma das primeiras precursoras da Internet. Ela permitiu aos cientistas, pesquisadores e militares, localizados em diferentes regiões, trocar dados através do correio eletrônico (e-mail).. O crescimento foi muito rápido e se estabeleceu em outros locais. O projeto foi colocado à disposição de cientistas que desenvolveram pesquisas na década de 70. Essa grande atividade de pesquisa culminou na formação de um conjunto de protocolos, que.

(35) 23. hoje é a base de sustentação da Internet, conhecido com TCP/IP (Transmission Control Protocol over Internet Protocol). Em 82, a ARPANET se juntou à MILNET (rede de comunicação militar dos Estados Unidos) e a diversas outras redes, surgindo ali a Internet.. COMER (1995) ressalta, apesar de para a maioria dos usuários, uma interligação TCP/IP aparenta ser um conjunto de programas aplicativos que utilizam a rede para desempenhar tarefas de comunicação consideradas necessárias, porém lembra que o TCP é um protocolo de comunicação, e não um software. 4.1.1 O surgimento da World Wide Web. A World Wide Web surgiu praticamente como resultado da iniciativa de um pesquisador inglês Tim Berners-Lee, do Centro Europeu de Pesquisa em Energia Nuclear (CERN, Suíça), que desenvolveu, em 1989, um trabalho de especificação de protocolos e programas que foram o embrião da Web.. A partir daí, as aplicações da Internet que eram praticamente baseadas em comandos de linha e alguns poucos clientes escritos utilizando interfaces gráficas ainda rudimentares tornaram-se, a maior parte delas, baseadas no uso de navegadores (browsers), capazes de exibir, não apenas informação em formato de texto, mas informação em formatos cada vez mais diversificados, como gráficos, vídeo, som e voz, dentre outros.. Com o surgimento de linguagens de programação orientadas à Internet, a interatividade das páginas Web com os usuários tornou-se um outro ponto de fundamental importância, no uso da Web como tecnologia para a implementação de sistemas de informações e outras aplicações.. Apesar da Internet ter nascido no início dos anos 70 e que os principais protocolos responsáveis por seu funcionamento ainda são os mesmos daquela década, a.

(36) 24. popularização da Internet ocorreu praticamente no início dos anos 90, com o aparecimento da tecnologia e das aplicações World Wide Web.. 4.2 Ferramentas da Internet e suas Aplicações Pedagógicas Apesar de a Internet oferecer ferramentas como Telnet, FTP, Gopher, Verônica e Whois, serão tratadas apenas ferramentas mais comuns e de fácil alcance para Instituições e pessoas ligadas a elas, como : e-Mail, Listas de Discussão, WWW e IRC.. Correio Eletrônico O e-Mail é um serviço de troca de mensagens entre usuários da Internet. É o serviço mais utilizado e de maior amplitude. O funcionamento do correio eletrônico é baseado na concepção store-and-forward, onde as pessoas ou grupos envolvidos nas transferências interagem uns com os outros.. Para a Internet, a mensagem de correio eletrônico é um fluxo de pacotes, cada um com o endereço do destinatário. O processo é conhecido como chaveamento de pacotes, a Internet envia os pacotes pelo melhor caminho entre o computador e o endereço de destino. Este caminho pode não ser o mais curto, pois levam em consideração fatores como o volume de correio eletrônico nos diferentes backbones ou linhas e a quantidade de transmissão.. Como ferramenta educacional, o correio eletrônico é utilizado para a troca de mensagens pessoais, entre alunos, entre professores e alunos, entre instituições.. Para FILIPPO e SZTAJNBERG (1996) o e-mail é um serviço amplamente utilizado em qualquer ambiente que possua uma rede de computadores e não só privativo à Internet..

(37) 25. Listas de Discussão É uma variação do correio eletrônico. É um banco de dados de pessoas (endereços na Internet), onde estas estão interessadas em discutir algum assunto em particular. Podem ser criadas por qualquer pessoa e sobre qualquer tópico. As listas são freqüentemente divididas em moderadas (controladas por um administrador) e não-moderadas (as mensagens são repassadas sem controle de conteúdo). Figura 4.1: Usuário Enviando Mensagem para o Administrador da Lista. participante da lista participante da lista. participante da lista MSG Administração da Lista. participante da lista. participante da lista. participante da lista participante da lista. O uso pedagógico das listas de discussão está atrelado ao fato de que todos os participantes recebem informações veiculadas na lista, podendo ser criadas diversas listas educacionais de diferentes assuntos e áreas de conhecimento.. Para FILIPPO e SZTAJNBERG (1996) uma lista de discussão pode ser vista como um serviço construído sobre outro serviço, pois seu funcionamento está todo baseado no envio e na recepção de mensagens do serviço de correio eletrônico..

(38) 26. Figura 4.2: Administrador transmite mensagem para todos os usuários da lista. participante da lista. participante da lista. participante da lista. participante da lista MS G. G MS. MSG. G MS. Administração da Lista. MSG. participante da lista. MS G. MSG. participante da lista. participante da lista. World Wide Web - WWW Conforme citado por MOURA (1998), diversos autores têm chamado a atenção para a importância da Internet na educação (Kerka; Ellsworth; Scarce; Rosen; Akers e Janssen). Ele salienta que a Internet, em especial a WWW, torna-se um recurso valioso que é necessário aproveitar, tendo especial importância nos projetos de aprendizagem.. O uso educacional da WWW tem sido maior por parte de alunos e professores. Cada vez mais as instituições estão ingressando neste mundo, possibilitando que alunos e professores, além de encontrar arquivos de textos sobre um tema desejado, possam ver imagens, vídeos e sons relacionados ao mesmo.. FILIPPO e SZTAJNBERG (1996) citam a WWW como uma das mais atrativas ferramentas da Internet, pois tem a capacidade de suportar vários serviços da Internet..

(39) 27. Bate-Papo É a parte da conversação na Internet, onde é possível partilhar informações e idéias com inúmeras pessoas, em tempo real, em qualquer lugar do mundo. Existem ferramentas que fornecem este recurso apenas com conversas via teclado, outras já permitem o uso de voz e imagem.. 4.3 A Internet na Educação A Internet na educação é, antes de tudo, uma ferramenta de comunicação ágil pela velocidade de transmissão de dados, acessível a todos usuários, independente de localidade física e também que não discrimina para quem essa informação está sendo transmitida. Com o acesso à Internet nas Instituições, o preparo do aluno para a utilização dessa ferramenta passa a ser fundamental no que se refere à otimização do tempo, recursos e também sobre questões de ética (a possibilidade de permanecer anônimo). Universidades e escolas correm para tornar-se visíveis, para não perderem terreno frente às suas concorrentes. Uns colocam páginas padronizadas, previsíveis, em que mostram sua filosofia, atividades administrativas e pedagógicas. Outros criam páginas atraentes, como projetos inovadores e múltiplas conexões. A educação presencial vem sendo modificada significativamente com as redes eletrônicas. As paredes das escolas e das universidades se abrem, as pessoas se intercomunicam, trocam informações, dados e pesquisas. A educação continuada é otimizada pela possibilidade de integração de várias mídias, acessando-as tanto em tempo real como assincronicamente, isto é, no horário favorável a cada indivíduo, e também pela facilidade de pôr em contato, educadores e educandos.. Na Internet, são encontrados vários tipos de aplicações educacionais: de divulgação, de pesquisa, de apoio ao ensino e de comunicação. A divulgação pode ser institucional – a escola mostra o que faz – ou particular – grupos, professores ou alunos criam suas home pages pessoais, como o que produzem de mais significativo. A.

(40) 28. pesquisa pode ser feita individualmente ou em grupo, ao vivo – durante a aula – ou fora da aula, pode ser uma atividade obrigatória ou livre. Nas atividades de apoio ao ensino, pode-se conseguir textos, imagens e sons específicos ao programa, utilizando-os como um elemento a mais, junto com os livros, revistas e vídeos. A comunicação ocorre entre professores e alunos e outros colegas da mesma ou de outra cidades e países. A comunicação se dá com pessoas conhecidas e desconhecidas, próximas e distantes, interagindo esporádica ou sistematicamente. As redes atraem os estudantes. Eles gostam de navegar, de descobrir endereços novos, de divulgar suas descobertas, de comunicar-se com outros colegas. Mas também podem perder-se entre tantas conexões possíveis, tendo dificuldade em escolher o que é significativo, em fazer relações, em questionar afirmações problemáticas. NOGUEIRA (2000), em seu artigo, aponta benefícios educacionais oriundos da Internet para os Estudantes, Professores e Universidades. Para os Estudantes ele ressalta que os recursos oferecidos pela Internet permitem que sejam produzidos projetos finais muito mais sofisticados. O aluno deixa de ser um mero receptor passivo de informações podendo passar a ter um papel extremamente ativo, o que traz motivação e auto-estima, indispensáveis para o processo de ensino-aprendizagem. Para os Professores, NOGUEIRA lembra que a Internet se mostra como uma das poucas soluções viáveis para atualização dos professores, é possível nela achar informações já sintetizadas que informar e ao mesmo tempo economizam tempo dos professores. Já para as Universidades a Internet traz contribuições valiosas e acessíveis, como experiências que estão funcionando e que não estão; sugestões para a elaboração de planejamento e possibilidades para obtenção de auxílio.. 4.4 Tecnologia e Arquitetura utilizadas na World Wide Web – WWW A popularização da Internet como meio de comunicação de massa tornou-se possível apenas com o surgimento do ambiente World Wide Web (ou WWW), uma vez que, até então, o uso das ferramentas Internet com base em interfaces de comandos de.

(41) 29. linha não era favorável a usuários que não tivessem habilidades avançadas no uso de um computador.. O passo inicial para o surgimento da então chamada “Internet Colorida” veio com o trabalho realizado por Tim Berners-Lee, que especificou um ambiente para localização de relatórios de pesquisa e demais documentos utilizando técnicas de hipertexto e hipermídia, sendo que o segundo termo foi introduzido também por Ted Nelson para definir um documento mais abrangente do que um documento de hipertexto, abrindo então a possibilidade de introdução de outros formatos de informação, como aqueles já mencionados na seção anterior.. SCRIMGER, LASALLE, PARIHAR, GUPTA e LEITZKE (2002) definem a WWW como um corpo de informações na Internet caracterizado por imagens gráficas coloridas e links de hipertexto e o navegador como sendo a ferramenta que permite visualizar as informações que contêm as imagens gráficas coloridas e links.. A Figura 4.3 apresenta o esquema original apresentado por Tim Berners-Lee, que utilizava o conceito de um servidor específico para o atendimento às solicitações de acesso aos documentos. Os principais elementos de tal ambiente foram, então: ?? máquinas clientes, caracterizadas por computadores dos usuários em busca de documentos; estes computadores poderiam ser de plataformas diversas (UNIX, DOS, Windows, Macintosh, etc.); ?? servidores hipermídia, caracterizados por máquinas de grande porte, contendo grandes capacidades de armazenamento e processamento, para atender de forma eficiente às solicitações das máquinas clientes; estes servidores poderiam manter referências a documentos residentes em outros servidores, para permitir uma melhor distribuição da informação e uma maior facilidade na localização dos documentos;.

(42) 30 Figura 4.3: Esquema de funcionamento do sistema de acesso via hipermídia Computadores (diversas plataformas) rodando "browsers". Servidores Hipermídia. ?? “browsers”, que seriam programas de aplicação específicos, com capacidade de comunicação com os servidores e capazes de enviar solicitações para busca de documentos.. Em seu projeto original, Berners-Lee já apresentava a preocupação de lidar não apenas com documentos que fossem gerados especificamente para o novo sistema, mas também com documentos e informações que já estivessem disponíveis nos diversos sistemas de informação pelo mundo.. Algumas bases de dados referenciadas por Berners-Lee foram grupos de discussão (newsgroups), manuais UNIX, Centro de Documentação do CERN, catálogos telefônicos, bases de dados em geral.. O termo World Wide Web surgiu pouco tempo após a publicação dos trabalhos de Tim Berners-Lee, onde o último W, de Web, fazia referência a uma “teia” de servidores e clientes que poderiam comunicar-se e tornar acessíveis as informações.

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