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Efeito no treinamento de força da periodização não linear diária e a periodização não linear flexível, nas manifestações de força, impulsão vertical e velocidade

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FABIEN PEREIRA DA SILVA

EFEITO NO TREINAMENTO DE FORÇA DA PERIODIZAÇÃO NÃO LINEAR DIÁRIA E A PERIODIZAÇÃO NÃO LINEAR FLEXÍVEL, NAS MANIFESTAÇÕES DE FORÇA,

IMPULSÃO VERTICAL E VELOCIDADE.

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM CIÊNCIAS DO DESPORTO

ESPECIALIZAÇÃO EM AVALIAÇÃO E PRESCRIÇÃO NA ATIVIDADE FÍSICA

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Vila Real, Portugal, 2015

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FABIEN PEREIRA DA SILVA

EFEITO NO TREINAMENTO DE FORÇA DA PERIODIZAÇÃO NÃO LINEAR DIÁRIA E A PERIODIZAÇÃO NÃO LINEAR FLEXÍVEL, NAS MANIFESTAÇÕES DE FORÇA,

IMPULSÃO VERTICAL E VELOCIDADE.

Orientadores: Professores: Dr. Humberto Lameira Miranda Dr. José Manuel Maio Vilaça Alves

UTAD Vila Real

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Fabien Pereira da Silva Página ii FICHA CATALOGRÁFICA

SILVA, FABIEN PEREIRA DA

EFEITO DA PERIODIZAÇÃO NÃO LINEAR DIARIA E A PERIODIZAÇÃO NÃO LINEAR FLEXÍVEL NO TREINAMENTO DE FORÇA NAS MANIFESTAÇÕES DE FORÇA, IMPULSÃO VERTICAL

E NA VELOCIDADE .

Fabien Pereira da Silva, Vila real. [s.n], 2015 Orientador: Doutor Humberto Lameira Miranda Orientador: Doutor José Manuel Maio Vilaça Alves

Dissertação (Mestrado) Universidade De Trás-Os-Montes e Alto D’Ouro.

Palavras-chave: Treinamento de Força, Periodização, não linear diaria e não linear flexível, desempenho motor.

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Fabien Pereira da Silva Página iii Dissertação apresentada com vista à obtenção do grau de mestre em Ciência do Desporto: Especialização em Avaliação e Prescrição na Atividade Física sob a orientação da Professor Doutor Humberto Lameira Miranda e orientação do Professor Doutor José Manuel Maio Vilaça Alves.

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Fabien Pereira da Silva Página iv AGRADECIMENTOS

A Deus, por ter me iluminado e porque em todos os momentos que eu esmorecia Ele me dava forças para continuar esta caminhada.

A minha esposa Caroline Mellinger Silva, que em todos os momentos me apoiou, me aconselhou e me ajudou nesta caminhada. Te amo.

Aos meus filhos Thyago, Giavanna e Felipe, que por muitas vezes abriram mão do meu carinho para que eu conseguisse terminar esta caminhada.

Aos meus pais Odacir e Neuza, que me incentivaram e me aconselharam em todos os momentos.

Aos meus irmãos Chris e Junior, pela amizade, pela cumplicidade que temos.

Aos meus orientadores Professores Doutores Humberto Lameira Miranda e José Manuel Maio Vilaça Alves, pela orientação, pelos conhecimentos, paciência, oportunidade e principalmente a realização desta pesquisa. Sou muito grato a vocês meus orientadores.

Ao meu amigo Juliano Spinetti, que me ensinou, me orientou e me emprestou seu equipamento para que este estudo fosse realidade. Não tenho como agradecer esta pessoa fantástica que muito me ajudou.

Ao Professor Doutor Roberto Simão, que acreditou em mim e me encaminhou dentro do grupo de pesquisa.

A minha amada Vó Leony, que não esta mais entre nós, mas me proporcionou muitos exemplos de determinação, garra e principalmente de fé. E que nunca deixou de acreditar em um só minuto nas conquistas de seus netos.

Ao meu grande amigo e Sensei Fabio Luiz de Medeiros, pelos ensinamentos, pela sua amizade e porque nunca me deixou parar.

Ao meu amigo e irmão Marcello Luiz Brandalise, que está comigo sempre em todos os momentos me dando força, aquela palavra amiga e aguentando por muitas vezes as minhas lágrimas.

Ao meu Sensei, Ney de Lucca Mecking que me tornou um guerreiro dentro e fora dos tatames.

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Fabien Pereira da Silva Página v Aos meus amigos Leonardo Lopes e Hely Loque, que foram tão importantes nesta caminhada; não tenho como lhes agradecer as noites em claro fazendo os trabalhos, as discussões em grande nível e me proporcionando sempre um conhecimento maior.

Aos meus tios e tias, que sonharam junto comigo esta caminhada.

Aos meus amigos Clovis e Anita Kuno, agradeço a amizade e o companheirismo. Ao meu Professor Luiz Fernando Pereira, que me ensinou o prazer de ser um pesquisador e que todo o pesquisador tem dificuldades mas toda pesquisa vale.

Aos membros da Confraria Rhodes, Nilo, Ricardo Pombo, Marcelo, Daniel, Nataniel (Dexter), Leonardo e Hely; agradeço a vocês a amizade e o companheirismo nesta etapa.

Aos meus primos Tell, Aithon (in memoriam), Jeffer, Will, Duh, Giulli, Nick, Hudson, Luiz Fernando e Rosana, agradeço a amizade, e mesmo longe estamos pertos.

Aos meus sogros Diclei e Sheila (in memoriam), que me incentivaram e oportunizaram este momento na minha vida.

Aos meus cunhados e cunhadas, pelo incentivo desde o começo.

Aos meus amigos da minha turma de mestrado, obrigado por tudo que fizemos juntos, pelos artigos compartilhados, pelos conhecimentos compartilhados e pela amizade.

A minha empregada Leda, por ter cuidado com carinho dos meus filhos em todos os momentos que tive de me ausentar para realizar esta pesquisa.

Ao Exercito Brasileiro, em nome do Coronel Héraclis Zillo (Comandante do Centro de Instrução Paraquedista General Penha Brasil), por ter liberado a excussão da pesquisa e seus militares.

Ao Major Álvaro e ao Sargento Gustavo do Centro de Instrução de Paraquedista General Penha Brasil, por terem acreditado no meu trabalho e cedido as instalações para a realização da pesquisa.

Aos amigos Subtente Flavio, Sargento Cardoso, Subtente Afranio, Subtenente Elias, Sargento Queiroz e ao Sargento Souza, que nunca deixaram de acreditar no meu trabalho e na nossa amizade.

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Fabien Pereira da Silva Página vi Aos sujeitos que colaboraram na pesquisa, que realmente suaram junto comigo para que esta dissertação fosse realizada.

Aos meus companheiros de treino de judô, pela amizade. Aos meus alunos, que sempre acreditaram em mim

E a todos que de alguma forma me ajudaram a tornar este sonho uma grande realidade. Agradeço a cada um de vocês de coração por terem feito parte desta minha história.

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Fabien Pereira da Silva Página vii SUMÁRIO Índice de Tabelas ... ix Lista de Abreviaturas ... x Resumo ... xi Abstract ... xii 1 INTRODUÇÃO ... 1 1.1 Apresentação do problema ... 4 1.2 Objetivos ... 4 1.2.1 Objetivo geral ... 4 1.2.2 Objetivos específicos ... 5 2. REVISÃO DA LITERATURA ... 6 2.1 Treinamento de força ... 6 2.2 Manifestações de Força ... 6

2.3 Variáveis metodológicas do treinamento de força ... 7

2.4 Periodização no treinamento de força ... 7

2.4.1. Periodização linear ou tradicional ... 8

2.4.2 Periodização não linear ... 8

2.4.3 Periodização não linear flexível ... 9

2.4.4 Periodização linear versus periodização não linear ... 9

3 METODOLOGIA ... 11 3.1 Caracterização da amostra ... 11 3.1.1 Critério de inclusão ... 12 3.1.2 Critério de exclusão ... 12 3.1.3 Períodos de familiarização ... 12 3.2 Materiais utilizados ... 13

3.3 Tarefas, procedimentos e protocolos ... 13

3.3.1 Avaliações ... 13

3.3.1.1 Medidas antropométricas ... 13

3.3.1.2 Teste e reteste de carga ... 14

3.3.1.3 Testes de Repetição Máxima (RM) ... 14

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Fabien Pereira da Silva Página viii

3.3.1.4.1 supino reto ... 15

3.3.1.4.2 Leg Press 45° ... 15

3.3.1.5 Teste de Impulsão Vertical (IV) ... 15

3.3.1.6 Testes de velocidade ... 16

3.3.2 Protocolos do treinamento ... 16

3.3.2.1 Treinamento ... 16

3.3.3 Comitê de ética em pesquisa ... 19

3.3.4 Procedimentos Estatísticos ... 19

4 RESULTADOS ... 21

4.1 Resultados do teste de força ... 21

4.1.2 Teste de 8 RM ... 22

4.2 Impulsão Vertical ... 22

4.3 Velocidade ... 22

5 DISCUSSÃO ... 24

6 CONCLUSÃO ... 28

7 LIMITAÇÕES E INVESTIGAÇÕES FUTURAS ... 29

8 REFERÊNCIAS ... 30

Anexo A – Termo Livre Esclarecido ... 34

Anexo B – Questionario de PARQ ... 35

Anexo C – Planilhas de Treinamento ... 37

Anexo D - Anamnese ... 41

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Fabien Pereira da Silva Página ix Índice de Tabelas

Tabela 1 - Caracterização da Amostra (dados antropométricos) ... 11

Tabela 2 - Divisão dos Grupos de Treinamento ... 12

Tabela 3 - Divisão das Sessões de Avaliação ... 13

Tabela 4 - Detalhes do Treinamento ... 17

Tabela 5 - Divisão de Exercício por Manifestação de Força...18

Tabela 6 – Resultado Testes de Força para 1 RM ... 21

Tabela 7 - Resultado do Teste de Força para 8RM ... 22

Tabela 8 – Resultado Teste de Impulsão Vertical ... 22

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Fabien Pereira da Silva Página x Lista de Abreviaturas

1 RM Uma Repetição Máxima 8 RM Oito Repetições Máximas

ACSM American College Sports and Medicine

CO Grupo Controle

DF Distrito Federal

FMAX Treinamento de Força Máxima

GPNLD Grupo Periodização Não Linear Diária GPNLF Grupo Periodização Não Linear Flexível HIP Treinamento de Hipertrofia Muscular

LP Leg Press 45º

M Metros

PL Periodização Linear PNL Periodização Não Linear PNLD Periodização Não Linear Diária PNLF Periodização Não Linear Flexível PNLS Periodização Não Linear Semanal POT Treinamento de Potência Muscular RES Treinamento de Resistência Muscular

RM Repetição Máxima

SD Sessão de treinamento Diário

SU Supino Reto

TF Treinamento de Força

V100M Teste de Velocidade em 100 metros V5M Teste de Velocidade em 5 metros V60M Teste de Velocidade em 60 metros

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Fabien Pereira da Silva Página xi Resumo

A comparação dos diferentes métodos de periodização do Treinamento de Força (TF) em relação às alterações na capacidade física força muscular e no desempenho motor é importante para a compreensão de qual deles é o mais eficaz, sendo escassa a literatura científica sobre este tema. Diante disso, o objetivo geral deste estudo foi analisar o efeito da periodização não linear diária (PNLD) e não linear flexível (PNLF) do TF na força muscular e desenvolvimento motor em sujeitos reacreacionalmente ativos. Este estudo foi realizado mediante um delineamento longitudinal randomizado e conduzido durante um período de 12 semanas, com 21 indivíduos recreacionalmente ativos, com idade entre 18 anos a 50 anos, todos do sexo masculino de um batalhão de elite do Exército brasileiro, da cidade do Rio de Janeiro. Os voluntários foram divididos em três grupos, de forma aleatória conforme a Periodização pre-determinada. Um grupo executou a PNLD, (n=7) e outro, a PNLF, (n=6), e um grupo controle (CO, n=8). Os resultados foram avaliados a partir dos testes de 1 e 8 repetições máximas (RM) supino reto (SU), leg press 45º (LP), desempenho da impulsão vertical, testes de velocidade aos 5, 60 e 100 metros. Para a análise inferencial foi usado uma ANOVA fatorial, com o modelo 2 momentos e 3 grupos, com post-hoc de Bonferroni. Todos os pressupostos para a utilização desta análise inferencial foram assegurados. O nível de significância foi mantido em 5%. Foi observado uma melhoria, significativa (p<0.05), entre os momentos pré e pós nos testes de 1RM e 8RM em todos os grupos nos exercícios SU e LP, contudo com incrementos superiores nos PNLD e PNLF em relação ao CO. Foi, igualmente, observada uma diminuição, significativa (p<0,05), no CO nos testes de impulsão Squat Jump e Countermovement Jump e uma manutenção nos no PNLD e PNLF. Já nos testes de velocidade foi observada uma melhora, significativa, (p<0,05), entre os momentos pré e pós teste, o grupo PNLF em todas as distâncias e no PNLD aos 5 metros (V5M). O CO no teste de velocidade decrescimo significativamente (p<0,05), em todas as distâncias. Em relação à distância de 100 metros (V100), somente o PNLF apresentou diferenças, significativas (p<0,05), em relação ao CO. Tendo como base os resultados obtidos, podemos afirmar que os valores que a força máxima e submáxima dinâmica e velocidade aos 5 e 100 metros, melhoram significativamente com a utilização da Periodização não linear, seja ela flexível ou não. A impulsão vertical parece não sofrer alterações independentemente dos dois tipos de periodização analisada.

Palavras-chave: Treinamento de Força, Periodização Não Linear Diária, Periodização Não Linear Flexível, Força Muscular, Impulsão Vertical e Velocidade.

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Fabien Pereira da Silva Página xii

Abstract

Comparison of different methods periodization strength training (ST) in relation to changes in muscle strength physical ability and motor performance is important to understand which one is more effective, scarce scientific literature on this topic. Thus, the aim of this study was to analyze the effect of nonlinear periodization daily (PNLD) and nonlinear flexible (PNLF) TF in muscle strength and motor development in assets reacreacionalmente subject. This study was conducted by a randomized longitudinal design and conducted over a 12 week period with 21 recreationally active individuals, aged 18 years to 50 years, all male of an elite battalion of the Brazilian Army, in Rio from January. The volunteers were divided into three groups randomly according to the periodization pre-determined. A group performed the PNLD (n = 7) and the other, PNLF (n = 6), and a control group (CO, n = 8). The results were evaluated from the tests 1 and 8 repetition maximum (RM) bench press (SU), leg press 45 (LP), the vertical jump performance, speed tests at 5, 60 and 100 meters. For the inferential analysis was used a factor ANOVA with the model groups 2 and 3 times, with post hoc Bonferroni test. All the conditions for using this inferential analysis were assured. The significance level was kept at 5%. An improvement, significant (p <0.05) was observed between the pre- and post in 1RM and 8RM tests in all groups in the US and LP exercises, however incrementally higher in PNLD and PNLF relative to CO. It was also observed a decrease significantly (p <0.05) in the CO impulse tests Squat jump and countermovement jump and in the maintenance and PNLD PNLF. Already in the speed tests we observed improvement, significant (p <0.05) between pre and post-test moments, the PNLF group at all distances and PNLD to 5 meters (V5M). The decrease in CO speed test significantly (p <0.05) at all distances. Regarding the distance of 100 meters (V100) only PNLF showed differences significant (p <0.05) compared to the CO. Based on the results, we can say that the values that maximum strength and submaximal dynamic and speed to 5 to 100 meters, significantly improve with the use of nonlinear periodization, whether flexible or not. The vertical jump seems unlikely to change regardless of the two types of periodization analyzed.

Keywords: Strength Training, periodization Nonlinear Daily, periodization Nonlinear Flexible, Muscular Strength, Vertical Thrust and speed.

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Fabien Pereira da Silva Página 1 1 INTRODUÇÃO

O Treinamento de Força (TF) vem sendo utilizado por diversos públicos e de diferentes formas e tem como premissa básica aumentar a massa muscular por meio de exercícios com pesos. Isso se deve aos treinadores que a partir da década de 1950 começaram a intensificar a utilização da periodização no treinamento desportivo. Essa periodização consiste em organizar o treinamento do atleta em ciclos, anual (macrociclo), mensal (mesociclo) e semanal (microciclo) (Issurin, 2010). A periodização do treinamento é desenvolvida mediante a divisão do calendário desportivo do atleta ou do tempo definido para se atingir o objetivo proposto por parte dos praticantes de exercício fisico. Essa divisão poderá ser em fases sazonais ou ciclos de treinamento (Fleck, 1999; Monteiro et al., 2009; Prestes et al, 2009; Issurin, 2010)

Contudo, apenas décadas após o uso da periodização é que os estudiosos começam a verificar a eficácia da periodização no treinamento (Issurin, 2010). Os primeiros relatos científicos do uso específico da Periodização não Linear (PNL) no TF surgiram na década de 1980, com os trabalhos de Stone et al. (1981), Strowers et al. (1983), O’Bryant et al. (1988) e Poliquin (1988). Porém, pouco se sabia ainda sobre a eficácia do TF, assim como acerca dos aspectos ligados a sua utilização. Diante disso, pesquisas começaram a comparar programas de TF periodizado com programas de TF não periodizado, mediante as quais se observou que sujeitos que realizavam programas de TF periodizados obtinham resultados superiores a sujeitos que realizavam os mesmos exercícios de forma não periodizada (Rhea & Alderman, 2004).

Tendo em vista que os programas de TF periodizados se apresentaram superiores no ganho de força quando comparados aos programas não periodizados, os pesquisadores propuseram comparar os diferentes modelos de periodização, passando a investigar as possíveis melhorias nos níveis de força dos indivíduos que utilizavam a periodização no treinamento. Essa comparação foi efetuada entre os modelos de Periodização Linear (PL) e o modelo de PNL (Stone et al., 2000; Rhea et al., 2003; Hoffman et al., 2003; Kok et al., 2009; Moraes et al., 2013; Haries et al., 2014).

Segundo Hartmann et al.(2009), a PL baseia-se na variação, em fases seguidas (Mesociclos), dentro do período de preparação e competição. Essa dinâmica de carga segue o padrão soviético: na fase de resistência – 12 a 15 repetições com uma carga de 50 a 60% de

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Fabien Pereira da Silva Página 2 1RM, já na fase de hipertrofia – 8 a 10 repetições com uma carga de 75 a 80% de 1RM e na fase de força máxima – 3 a 5 repetições com uma carga de 90 a 95% de 1RM.

Já a PNL tem com forma de execução a variação de intensidade e do volume de treinamento diário e(ou) semanal (Prestes et al, 2009). Pode-se observar em alguns estudos que a PNL apresentou um ganho nos níveis de força, nos testes executados, superiores quando comparado à PL, hipoteticamente deduzindo-se que esse aumento ocorre devido à mudança frequente do estímulo imposto ao indivíduo (Hoffman, 2002; Monteiro et al, 2009; Mann et al, 2010; Simão et al, 2012).

Outro formato de periodização no TF é a periodização não linear flexível (PNLF) que se traduz pela variação da manifestação da força dependendo do estado físico e psicológico do atleta/aluno. Estudos que comparam a PNL e PNLF são escassos, existindo apenas dois, que seja do nosso conhecimento, na literatura (McNamara & Stearne, 2010, 2013). No estudo de McNamara & Stearne (2010), foram avaliados 16 indivíduos (12 homens e quatro mulheres), no teste 1RM, nos exercícios de leg press e supino reto e no salto horizontal. O protocolo de treinamento proposto aos sujeitos foi a PNLF, na qual cada sujeito efetua a escolha de qual a forma de manifestação de força a realizar na sessão. Os autores desse estudo concluíram que os sujeitos que efetuaram uma PNLF apresentaram uma melhoria superior nos níveis de força em relação aos que usaram uma PNL. Para os autores, o fato de ter ocorrido esses resultados pode estar ligado a fatores psicológicos dos sujeitos. Assim, os sujeitos que efetuaram uma periodização PNLF estariam mais motivados para a realização da sessão de treinamento de acordo com sua escolha, e o aparecimento da fadiga muscular seria retardado, consequentemente seria imposta maior intensidade de treino.

Poucos estudos comparam diferentes modelos de Periodização no TF sobre as modificações no desempenho da velocidade de deslocamento e impulsão vertical. Este ponto é importante pois a peridiozação do treinamento pode influênciar essas variáveis, e determinar o desempenho esportivo. Apesar disso, nenhum estudo prévio comparou a influência dos modelos PNLF e PNL sobre a melhora da velocidade de deslocamento. Para conhecimento dos autores apenas dois estudos buscaram comparar o efeito desses dois modelos de periodização (McNamara & Stearne, 2010, 2013). Adicionalmente, ambos estudos não utilizaram as recomendações sobre adequação do exercício a forma da manifestação de força priorizada na sessão de treinamento, ignorando a variável “seleção de exercícios” abordada pelo posicionamento, American College of Sports and Medicine (2009) acerca da prescrição de exercícios resistidos para adultos saudáveis.

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Fabien Pereira da Silva Página 3 Segundo as recomendações da posicionamento, American College of Sports and Medicine (2011), existem exercícios mais adequados para a cada forma de manifestação da capacidade motora força, por exemplo: em sessões de potência é recomendada a execução de exercícios multiarticulares e balísticos, a fim de evitar os encaixes articulares que reduzem a velocidade de execução. Em sessões de força máxima são recomendados exercícios multiarticulares, pois apresentam maior padrão de recrutamento de unidades motoras. Consequentemente, a seleção de exercício e sua adequação ao tipo de força empregado na sessão são importantes para aperfeiçoar as adaptações de força, potência e hipertrofia muscular e reduzir a incidência de lesões (Cormie et al., 2010).

Contudo, estudos que buscaram comparar diferentes modelos de Periodização e sua influência sobre parâmetros do desempenho humano se limitaram a manipular as variáveis pertinentes à intensidade e ao volume (séries, repetições, intensidade da carga, velocidade de execução). Todavia, não modificaram o exercício de acordo com a intensidade da sessão, como no estudo de Kok et al. (2009), que avaliaram mulheres realizando exercício de força, hipertrofia e potência em dois tipos de periodização (PL versus PNL). Os autores não observaram resultados significativos entre os grupos pesquisados, só obtiveram uma diferença significativa quando compararam os grupos entre si, nas medidas pré-teste e após o período de treinamento da pesquisa, tanto nas avaliações sobre os exercícios do supino quanto do agachamento.

Por sua vez, Hartamann et al. (2009) pesquisaram cerca de 40 homens distribuídos em três grupos: PNLD, PL e o CO, os sujeitos desta pesquisa foram testados através de 1RM no exercício do SU, assim como no salto vertical e na velocidade do movimento. Eles observaram que houve um ganho significativo entre os dois modelos de Periodização estudados, em todos os testes realizados, quando comparados ao controle. Não foram observadas, porém, diferenças significativas entre os dois modelos periodização. Existem, ainda, muitas lacunas a serem preenchidas no que diz respeito à Periodização do TF, uma vez que os estudos existentes são pontuais e conflitantes quanto aos resultados observados, principalmente no que diz respeito à PNL e PNLF.

Na literatura, que seja do nosso conhecimento, só existem dois estudos sobre PNLFem que é avaliada a eficácia no ganho de força, porém sem o desempenho motor. No estudo de (McNamara & Stearne, 2010), somente foram comparados os modelos de Periodização e verificado se houve, ou não, melhoria nos índices de força. Já em outro estudo de (McNamara & Stearne, 2013), foi apresentada no modelo de periodização a comparação entre a PNLF e o

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Fabien Pereira da Silva Página 4 exercício aeróbio em aspectos ligados à realização do treinamento, sem a utilização de exercícios específicos para um melhor desempenho motor em relação ao tipo de força empregada, conforme recomenda pelo posicionamento, American College of Sports and Medicine (2009), bem como exercícios educativos de Levantamento Olímpico (Stone & Herrick, 1996; Rhea et al., 2002; Rhea & Alderman, 2004; Stein &Umpierre, 2007; Buford et al., 2007; Prestes et al., 2009; Mann et al., 2010, McNamara &Stearne, 2010, Miranda et al., 2011; Simão et al.,2012; McNamara &Stearne, 2013).

Dessa forma, torna-se pertinente o objetivo do presente estudo: analisar dois modelos de periodização do TF (PNL e PNLF), seguindo as recomendações da American College of Sports Medicine (2009), para verificar se haverá melhora na capacidade de exercer força máxima e submáxima dinâmica, na impulsão vertical e na velocidade.

1.1 Apresentação do problema

O problema do presente estudo consiste em identificar qual o método de periodização mais eficiente, para aumentar a capacidade de exercer força máxima e submáxima dinâmica, na impulsão vertical e na velocidade.

1.2 Objetivos 1.2.1 Objetivo geral

Analisar e comparar o efeito da PNLD e da PNLF na da força máxima e submáxima dinâmica, impulsão vertical e na velocidade em sujeitos recreacionalmente ativos.

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Fabien Pereira da Silva Página 5 1.2.2 Objetivos específicos

Verificar os efeitos e a influência da PNLD e da PNLF sobre a força máxima, impulsão vertical e na velocidade;

Comparar os efeitos do treinamento de PNLD e da PNLF com uma situação CO; Comparar os efeitos do treinamento de PNLD com a PNLF.

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Fabien Pereira da Silva Página 6 2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Treinamento de força

O TF vem sendo utilizado por diversas modalidades desportivas para conseguirem um melhor desempenho. Segundo Prestes et al. (2009) o TF não deve ser realizado somente por atletas. Nos indivíduos não atletas e(ou) não treinados, a melhoria da força muscular ocasiona vários benefícios, dentro dos quais a melhoria: na contração muscular; na resistência aeróbia e anaeróbia; da potência muscular; na diminuição da pressão arterial; da velocidade; no aumento da massa magra; na postura; e da capacidade cardiorrespiratória (American College of Sports and Medicine, 2009; 2011) .

Já em indivíduos treinados, vem-se tentando descobrir há décadas a melhoria desta capacidade motora; daí porque este tema tem sido objeto de estudo para vários pesquisadores. Segundo Mann et al, 2010 um dos objetivos de qualquer programa de TF deve ser a obtenção de ganhos de força muscular de forma a garantir um melhor desempenho desportivo.

Com já descrito na literatura, que o TF auxilia em diversos benefícios a seus praticantes, dentro os quais a melhoria da força muscular por meio das adaptações neurais, hipertróficas, aumento da contração muscular, redução da densidade mitocondrial e da atividade enzimática (Chtara et al., 2005; American College of Sports and Medicine, 2009). Isto se deve ao programa de treinamento nos quais existem algumas variáveis já previstas, tais como: o número de repetições; número de séries; ordem dos exercícios; carga, tempo de intervalo; repouso; e a Periodização do treinamento.

2.2 Manifestações de Força

A força muscular pode se manifestar em algumas formas tais como: a) força máxima; b) força explosiva ou potência muscular; c) força de resistência ou resistência muscular.

A força máxima esta ligada diretamente ao máximo que o individuo consegue executar ou desenvolver (Hartmann et al., 2015). Estudos mostram que o TF melhora a força máxima dos indivíduos testados (Fleck, 1999; Rhea & Alderman, 2004 Haries et al., 2014). Já a força explosiva ou potência muscular é conceituada como como a forma que o sujeito executa o máximo da sua energia com a maior velocidade possível (Ramos et al., 2005). A força de resistência também é a forma que o individuo pode exercer um esforço submáximo

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Fabien Pereira da Silva Página 7 por um período extenso, isto pode atingir em ambas as contrações tanto na dinâmica como na estática (Ramos et al., 2005).

2.3 Variáveis metodológicas do treinamento de força

De acordo com o American College Sports and Medicine (2009), as variáveis que influenciam diretamente o TF são: seleção dos exercícios; ordem dos exercícios; intervalo de treinamento; frequência de treinamento; carga e volume de treinamento; velocidade de repetição; e periodização. A variação dessas variáveis interfere no planejamento do TF, e a sua correta manipulação proporciona um aumento da eficácia do programa de treinamento (Fleck, 1999; Baechle et al., 2000; Hoffman, 2002; Kraemer & Fleck, 2007).

Tendo em vista que várias pesquisas procuram investigar as variáveis do TF, pode-se notar que alguns pesquisadores procuram focar seus esforços somente em pesquisas em que a principal variável a ser estudada são a periodização e suas vertentes (Fleck, 1999; Baechle et al., 2000; Stone et al., 2000; Hoffman, 2002; Rhea & Alderman, 2004; Kraemer, 2007; Hoffman et al., 2009; Miranda et al., 2011; Prestes et al., 2009; Simão et al.,2012).

2.4 Periodização no treinamento de força

A Periodização do TF consiste na manipulação das variáveis deste treinamento (Fleck, 1999) e pode ser efetuada por períodos de curta duração (por exemplo, semanas, meses), e (ou) longos períodos de tempo (por exemplo, anos, uma vida, ou a carreira de uma atleta). Segundo Issurin (2010), a Periodização é a divisão de todo o programa sazonal, em períodos menores e em unidades de treino.

Diversos autores afirmam que a Periodização no TF está sendo aplicada com sucesso em diferentes populações, com diferentes níveis de aptidão física, e também na formação de atletas e para a reabilitação (Prestes et al., 2009; Mann et al., 2010; Simão et al., 2012). Em contrapartida, outros autores afirmam que a Periodização no TF é usada, especificamente, para atletas (Mann et al., 2010).

Nos últimos anos diversos pesquisadores começaram a estudar diferentes formatos de periodização e a estrutura de cada uma delas (Stone et al., 1996; Rhea et al., 2002; Rhea & Alderman, 2004; Buford et al., 2007; Monteiro et al., 2009; Apel et al., 2011; Miranda et al.,

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Fabien Pereira da Silva Página 8 2011; Simão et al., 2012). Os primeiros estudos que comparam o treinamento periodizado e o não periodizado apresentam resultados que parecem suportar que o treino periodizado permite ganhos de força muscular superiores (Prestes et al., 2009, Simão et al., 2012). Após esses achados, outros autores despertaram o seu interesse em explorar outras formas de Periodização no TF.

2.4.1. Periodização linear ou tradicional

A PL é projetada para um desempenho máximo em um período pré-teste-determinado (Miranda et al., 2011). Comumente o treinamento Linear está dividido em três formatos: microciclo de 1 a 4 semanas, mesociclo de 3 a 4 semanas e o macraciclo de 9 a 12 semanas. Essas fases do treinamento poderão variar de acordo com a intensidade e o volume do treinamento (Baechle et al., 2000; Issurin, 2010; Prestes et al., 2009). A PL tradicional aumenta o volume do exercício semana a semana, assim com o aumento do volume no treinamento ocorrerá uma diminuição da sua intensidade (Stone & Herrick, 1996; Rhea et al., 2003; Rhea & Alderman, 2004).

Na PL as variações tanto do volume quanto da intensidade acontecem no microciclo; essas variações no microciclo parecem ser exponenciais para aumentar o ganho de força e diminuir a possibilidade de overtraining (Brown, 2001). Ao diminuir a frequência da série, pode ocasionar a diminuição dos ganhos de força. A esse respeito Brown (2001) observa que quando se aumentou a frequência de treinamento de 1 ou 2 dias por semana para 4 ou 5 dias por semana obteve-se um ganho superior de força.

2.4.2 Periodização não linear

Na década de 1980 Poliquin recomendava uma nova dinâmica de carga, com cargas mais variáveis intercalando os estímulos de força a cada duas semanas de duração. Esse modelo foi denominado Periodização Ondulatória ou PNL. A PNL tem como forma de execução a variação de intensidade e o volume de treinamento diário e(ou) Semanal ( Prestes et al., 2009).

(22)

Fabien Pereira da Silva Página 9 Essa variação ocorre dentro do volume e da intensidade em curto período de tempo, podendo ser em uma ou duas sessões de treinamento. Esse modelo foi adaptado por Rhea et al. (2002). Demonstrado diariamente, a Periodização Ondulatória ou PNL representa grandes mudanças no volume e na intensidade em cada treino (Rhea et al., 2002).

Com os programas de treinamento ondulatórios ou PNL, tem-se percebido um maior aumento da força máxima, e isso tem sido atribuído à frequente troca de volume e de intensidade no treinamento. Tal procedimento permite a adaptação ao estresse corporal, uma recuperação fisiológica mais adequada e a prevenção de um possível overtraining, que poderia ser causado pelo aumento Linear da intensidade proposto pelo modelo clássico de treinamento (Miranda et al., 2011).

2.4.3 Periodização não linear flexível

A PNLF ou também conhecida como de autorregulação é definida como um ajuste diário ou Semanal do estímulo. Esta periodização possibilita que o atleta faça o controle da intensidade e do volume da sessão de treinamento consoante a sua percepção do esforço e da percepção da sua capacidade para efetuar a sessão de treinamento a maior ou menor intensidade e(ou) volume. Isso acontecerá de acordo com a sua resposta individual ao treinamento. Entende-se que a PNLF poderá maximizar a quantidade de força executada ao longo do período de treinamento (Mann et al., 2010). Portanto, uma PNLF tem como um de seus objetivos a prontidão fisiológica e(ou) mental do atleta para a execução do exercício imediatamente antes do treinamento (McNamara & Stearne, 2010)

2.4.4 Periodização linear versus periodização não linear

Para verificar os efeitos desses conceitos supracitados, observamos diversas pesquisas que estudam a PL e a PNL. Tendo em conta essas pesquisas, em relação à força máxima dinâmica, observamos dados controversos na literatura. Com efeito, alguns autores não observam diferenças significativas entre tipos a PL e a PNL (Baker, 1994; Rhea et al., 2002; Hoffman et al., 2003; Buford et al., 2007), para outros, a PL foi mais efetiva do que a PNL (Hoffman et al. 2002; Hoffman et al., 2003) e para outros, ainda, a PNL apresenta resultados superiores aos da PL (Stone et al., 2000; Hoffman et al., 2003). Essa divergência poderá ser devida a diversos fatores que são diferentes entre os estudos, tais como: sexo do indivíduo;

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Fabien Pereira da Silva Página 10 nível de treino; duração do programa de intervenção; exercícios utilizados no programa de treinamento; duração do treinamento; e o volume e a intensidade utilizados.

(24)

Fabien Pereira da Silva Página 11 3 METODOLOGIA

Esta pesquisa enquadra-se no tema da avaliação e prescrição na atividade física e tem como objetivo mais amplo o TF auxiliando no desempenho motor e a força muscular em atletas. A pesquisa apresenta o delineamento longitudinal entre grupos randomizados com testes pré-teste- e pós-treinamento (Thomas et al, 2007).

Para esta pesquisa utilizaram-se como variáveis independentes PNLD e a PNLF; já como variáveis dependentes, a força muscular, impulsão vertical e velocidade de deslocamento. Para determinarmos essas variáveis foi necessário avaliar os seguintes testes: força muscular no teste de 1RM e 8RM; para desempenho motor empregaram-se os seguintes testes: impulsão vertical (IV) e testes de velocidade para as distâncias de 5, 60 e 100 metros. A análise foi realizada por meio do maior índice na IV e no menor tempo obtido nos testes de velocidade .

3.1 Caracterização da amostra

Foram avaliados 21 indivíduos recreacionalmente ativos, sujeitos que realizavam algum tipo de exercício físico, no mínimo de 2 a 3 sessões semanais à pelo menos seis meses, com idade entre 18 anos a 50 anos, do sexo masculino, de um batalhão de Elite do Exército brasileiro, da cidade do Rio de Janeiro.

Tabela 1 - Caracterização da Amostra (dados antropométricos)

Idade Estatura MC

CO (n=8) 18,87 ± 0,59 1.73 ± 0,046 71,67 ± 5,34

GPNLD (n=7) 32,71 ± 8,53 1.74 ± 0,067 81,57 ± 11,97

GPNLF (n=6) 26,50 ± 7,18 1.71 ± 0,053 75,50 ± 12,73

MC – Massa Corporal; CO – Grupo de Controle; NLD – Grupo de Periodização Não Linear Diária; PNLF – Grupo de Periodização Não Linear Flexível

Os participantes foram divididos em 3 (três) grupos da seguinte forma: Grupo Periodizado Não Linear Diário (GPNLD, n=7); Grupo Periodizado Não Linear Flexível (GPNLF, n=6); e Grupo Controle (CO, n=8). Os participantes foram colocados nos grupos e foram divididos de forma aleatória, conforme a tabela 2.

(25)

Fabien Pereira da Silva Página 12 3.1.1 Critério de inclusão

Neste estudo foram selecionados indivíduos aparentemente saudáveis, de acordo com o protocolo de recrutamento do Exército Brasileiro, do sexo masculino com idade entre 18 a 50 anos, que obtiveram a disponibilidade de treinar todos os dias da semana, ao longo de 12 semanas.

Tabela 2 - Divisão dos Grupos de Treinamento

GRUPOS DE TREINAMENTO FORMAS DE PERIODIZAÇÃO

GPNLD Não-Linear Diária

GPNLF Não-Linear Flexível

CO Controle

3.1.2 Critério de exclusão

Não participaram do estudo indivíduos que não concordaram com o protocolo de treinamento (anexo C), ou que conforme questionário de PARQ e anamnese (anexo B e D, respectivamente) que tenham sofrido algum tipo de lesão nos últimos três meses ou sofrido alguma lesão durante o estudo. Também não participaram indivíduos que sofriam de algum tipo de doença crônica ou tenham alguma limitação muscular e(ou) articular para realizar os testes e o treinamento, assim como os que utilizam medicamento de uso contínuo ou que utilizavam algum tipo de suplemento alimentar, drogas e esteroides.

3.1.3 Períodos de familiarização

Todos os participantes do estudo passaram por três sessões de treinamento em duas semanas de experiência, para familiarização com os exercícios preestabelecidos no programa de treinamento, de acordo com o protocolo proposto por Simão et al. (2012) e por Miranda et al. (2011).

(26)

Fabien Pereira da Silva Página 13 3.2 Materiais utilizados

Foram utilizados os seguintes materiais para o desenvolvimento da pesquisa: balança digital (Fiziola, Beyond tecnology, Brasil), estadiômetro (Fiziola, Beyond tecnology, Brasil), câmera filmadora (webcam, Optojump, Microgate, Itália), sistema de células fotoeletricas para avaliação da velocidade (Racetime2, Microgate, Italia), sistema de células fotoelétricas (Optojump, Microgate, Itália) para avaliação da impulsão vertical. Para avaliação de força máxima (1RM e 8RM) e implementação dos protocolos de TF utilizamos máquinas de treinamento resistido como: extensora de joelho, flexora de joelho, adutora de quadril, abdutora de quadril, puxador, voador, pesos livres, barra; além disso, discos Olímpicos, metrômero e plicômetro.

3.3 Tarefas, procedimentos e protocolos 3.3.1 Avaliações

As avaliações foram realizadas no decorrer do estudo; elas aconteceram pré-teste-treino, e após 48 sessões de treinamento. Os testes que foram utilizados são: medidas antropométricas, testes de repetição máxima e de 8 repetições máximas (8RM) , impulsão vertical por meio do teste de contra movimento (CMJ) e SQUAT JUMP (SJ) (avaliando a força elástica e a força estática) e testes de velocidade de 5, 60 e 100 metros. As avaliações aconteceram de acordo com a tabela 3.

Tabela 3 - Divisão das Sessões de Avaliação

1º Sessão de avaliação 2º Sessão de avaliação 3º Sessão de avaliação

Testes antropométricos, Testes de 1RM

Teste de impulsão vertical Testes de 8RM

Teste de velocidade (V5, V60 e V100)

3.3.1.1 Medidas antropométricas

Procedeu-se à avaliação antropométrica para determinação de massa corporal, estatura, percentual de gordura estimada, dobras cutâneas e a circunferência de membros superiores e inferiores (Jackson & Pollock, 1978), para caracterização dos grupos.

(27)

Fabien Pereira da Silva Página 14 3.3.1.2 Teste e reteste de carga

Nesta pesquisa foram realizados os testes de Supino no banco reto (SU) para membros superiores e o teste de Leg Press com inclinação de 45º (LP) para membros inferiores. Estes testes vêm sendo utilizados por vários autores, conforme descrito na literatura (Hakkinen et al. 1990; Paulus, et al., 2004; Prestes et al., 2009; Mann et al., 2010; Kell et al., 2011; McNamara & Stearne, 2010; Simão et al., 2012).

3.3.1.3 Testes de Repetição Máxima (RM)

Foram utilizados para este protocolo de treinamento os seguintes testes para verificar a força de cada indivíduo: 1RM e 8RM. Os indivíduos realizaram três tentativas para determinar a carga máxima. A maior carga alcançada durante o teste foi registrada

Os indivíduos realizaram o teste em dois dias alternados, com um descanso de 48 horas entre os momentos de avaliação. Esses testes foram realizados em dois momentos do treinamento: no início (sessão 0) e no fim (48 sessões). Para a padronização dos procedimentos e testes de avaliação utilizaram-se as seguintes instruções:

 Informação igualitárias para todos os indivíduos;

 Informação sobre a técnica;

 Estimo verbal durante os testes,

 Aferição dos pesos de todas as barras, pesos, anilhas e placas por meio de uma balança de precisão.

Durante a realização dos testes de avaliação das cargas máxima e submáxima, teve-se em comsideração os seguinte procedimento:

 Três tentativas para aferir a carga máxima;

(28)

Fabien Pereira da Silva Página 15

 Intervalo entre os testes de diferentes exercícios de 10 minutos.

3.3.1.4 Execução do teste 1 e 8 RM 3.3.1.4.1 supino reto

O teste foi realizado na mesa de supino com barra livre para o SU. A execução do exercício no teste realizado consistiu em descer a barra com peso em direção ao peitoral, na linha mamilar do sujeito testado. A posição inicial do sujeito testado foi em decúbito dorsal na mesa de supino, joelhos flexionados e os pés apoiados na mesa, de forma que a coluna vertebral do sujeito mantenha a sua curvatura fisiológica, ombros flexionados, e pegada aberta, de maneira que durante a fase excêntrica o cotovelo faça uma flexão de 90°. Na fase excêntrica o sujeito fez abdução horizontal de ombro e flexão de cotovelo e na fase concêntrica fez a adução horizontal de ombro e extensão de cotovelo (Prestes et al., 2009; Mann et al., 2010; McNamara & Stearne, 2010; Kell et al., 2011; Simão et al., 2012).

3.3.1.4.2 Leg Press 45°

O teste foi realizado no aparelho de LP (marca Physical linha optimus fabricado na cidade de Brasilia – DF Brasil) com anilhas livres. O sujeito fez o teste sentado no banco do equipamento, com coluna vertebral encostada ao banco, mantendo a curvatura fisiológica, efetuando a flexão e a extensão das pernas.

Na fase excêntrica o sujeito flexionou as pernas em direção ao peito, e na fase concêntrica o sujeito estendeu completamente as pernas (McNamara & Stearne, 2012).

3.3.1.5 Teste de Impulsão Vertical (IV)

Para determinar a impulsão vertical, foram utilizados os testes de salto vertical com contramovimento (CMJ) e sem contramovimento (SJ). O tempo de voo foi medido através de um par de sensores opticos (Optojump, Microgate, Bozano, Italia), que foi previamente avaliado quanto a sua reprodutibilidade (coeficiente de correlação intra-classe (CCI) = 0,92 –

(29)

Fabien Pereira da Silva Página 16 0,99 e coeficiente de variação (CV) = 0,32 – 11.3%) e validade (CCI = 0,78 – 0,95 e CV = 1,6 – 4,0%) (Glatthorn et al., 2011). O teste foi descrito por Bosco et al., (1983), e adaptado por Cormie et al., (2010). Cada indivíduo executou duas tentativas de um salto máximo, no qual os participantes foram instruídos a saltar o mais alto e veloz possível. Foi adotado um intervalo de três minutos entre cada tentativa para os testes CMJ e SJ, e foi utilizada para análise de dados a estimativa da maior altura atingida.

3.3.1.6 Testes de velocidade

Os tempos foram gravados por um sistema de células (SC) (Racetime2, Microgate, Itália) colocadas no local de partida e ao final da distância percorrida, sendo os tempos mensurados com precisão de milésimos de segundo. Cada participante realizou três tentativas da distância de 5m (V5), com um intervalo de três a cinco minutos entre cada tentativa, duas tentativas para a distância de 60m (V60) e uma tentativa da distância de 100m (V100), e um intervalo de 10 minutos foi adotado antes do teste para a próxima distância. O melhor teste de cada sujeito foi utilizado para análise (Kistler et al., 2010).

Antes dos testes V5, V60 e V100, os sujeitos do estudo realizaram um aquecimento com exercícios de educativos de corrida (acelerações, mudanças de direção, elevações de joelho) de baixa e moderada intensidade.

3.3.2 Protocolos do treinamento 3.3.2.1 Treinamento

Todo o treinamento foi acompanhado por um profissional de Educação Física que monitorou o treinamento, bem como anotou todos os dados da pesquisa, tais como: horário de início e termino do treinamento, monitoramento da carga de cada indivíduo, tempo de intervalo e número de séries e execuções de cada indivíduo pesquisado.

Os grupos PNLD e PNLF executaram um total de sessões do treinamento realizado pelos grupos foi de 48 sessões, distribuídas em 5 (cinco) sessões por semana de segunda a sexta-feira (Stone & Herrick, 1996), de diferentes intensidades, determinada por meio da Periodização prevista. Os indivíduos pesquisados realizaram exercícios multiarticulares e uniarticulares, assim como exercícios para desempenho motor, divididos conforme tabela 3. A

(30)

Fabien Pereira da Silva Página 17 intensidade da carga realizada nas sessões de treinamento foi determinada por meio do percentual de 1RM. O ajuste da carga ocorreu a cada quatro semanas ou quando o indivíduo excedia o número de repetições predeterminadas por zona de repetição no estudo. Sempre que o fato anteriormente referido ocorria, foi adicionada 10% da carga executada ou pela escala de OMNI. Nesta escala foi utilizado da seguinte forma; a PSE era escalonada de 0 a 10 (onde 0 era nenhum esforço e 10, muito esforço), quando os sujeitos faziam as séries e respondiam um valor abaixo de 4 também era um fator de ajuste de carga, e quando os sujeitos respondiam acima de 9, era um fator pra haver uma redução da carga.

Antes de cada sessão de treinamento cada indivíduo recebeu o treinamento a ser realizado conforme tabela 4 e 5.

Tabela 4 - Detalhes do Treinamento Grupos de

Treinamento Semanas Período

Forma de Manifestação de Força Dinâmica da Carga (RM) Tempo de Intervalo Recuperação GPNLD 1 a 12 1º ST. RES 2 X 12 – 15 (60% 1RM) 1 minuto 2º ST HIP 3 X 8 - 10 (80% 1RM) 2 minutos 3º ST FMAX 4 X 3 – 5 (90% 1RM) 3 minutos 4º ST POT 6 X 5 (30 a 40% 1RM) 3 minutos GPNLF 1 a 12 * A escolha do sujeito do treinamento RES 2 X 12 – 15 (60% 1RM) 1 minuto HIP 3 X 8 - 10 (80% 1RM) 2 minutos FMAX 4 X 3 – 5 (90% 1RM) 3 minutos POT 6 X 5 (30 a 40% 1RM) 3 minutos

GPNLD=Grupo Periodização Não Linear Diária, GPNLF=GrupoPeriodização Não Linear Flexível, RES=Treinamento de Resistência Muscular, HIP=Treinamento de Hipertrofia Muscular, FMAX=Treinamento de Força Máxima, POT=Treinamento de Potência Muscular, RM=Repetição Máxima e ST=Sessão de Treinamento.

As sessões de treinamento tiveram uma duração de entre 45 e 90 minutos O tempo de recuperação entre as séries e entre os exercícios foi de um a três minutos, respectivamente (American College of Sport & Medicine, 2009).

(31)

Fabien Pereira da Silva Página 18

Tabela 5 - Divisão de Exercícios por Manifestação de Força

Resistência muscular Hipertrofia Força máxima Potência muscular

A B A B A B A B

Supino

Reto Puxada alta pulley Supino reto Puxada alta Supino reto Puxada alta

2º fase do arranque Salto Alternado Vertical no Plinto Supino Declinado Graviton Supino inclinado Graviton/

Barra Supino declinado

Graviton/

Barra Puxada arranque

Salto vertical Com carga Supino

Inclinado Puxada fechada

Adução de

ombro Puxada fechada Supino inclinado Puxada fechada

Puxada arranque veloz

Drop jump Plinto ~50cm

Voador Remada aberta Triceps testa Rosca direta barra reta Adução de quadril Agachamento smith Arranque em pé Deph jump

Plinto ~50cm Flexão de

Ombro com halter

Rosca direta Triceps barra w Agachamento smith Abdução de

quadril Levantamento terra Adução

De ombro Rosca alternada

Adução de

quadril Levantamento terra

Flexão plantar

sentado Leg press 45º

Triceps Testa

Agachamento no smith

Abdução de

quadril Leg press 45º

Triceps

Francesa Levantamento terra Flexão plantar Stiff

Adução

De quadril Leg press 45º

Abdução De quadril Stiff Flexão Plantar Mesa Flexora Flexão

Plantar em pé Cadeira extensora

Divisão de exercícios por sessão de treinamento e por valência da força – Equipamentos utilizados foram marca Physical, linha optimus fabricado na cidade de Brasília – DF, Brasil.

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Fabien Pereira da Silva Página 19 3.3.3 Comitê de ética em pesquisa

O estudo utilizado neste protocolo experimental foi encaminhado e aprovado no comitê de ética nacional (anexo E), inscrito pela Plataforma Brasil do Ministério da Saúde do Governo Brasileiro sob o nº 40803314.1.0000.5259, para aprovação da Comissão de Ética em Experimentação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Todos os indivíduos deste estudo foram informados dos procedimentos que seriam realizados, e só após assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido começaram a fazer parte deste estudo (anexo A).

3.3.4 Procedimentos Estatísticos

A análise de todos os dados foi efetuada por meio do Software de tratamento e de análise estatística SPSS (Statistical Package for the Social Sciences, SPSS Science, Chicago, USA), versão 21. Foi efetuada uma análise exploratória de todos os dados para caracterizar os valores das diferentes variáveis em termos de tendência central e dispersão. Realizou-se uma observação gráfica com o objetivo de detectar possíveis outliers e introduções incorretas de dados de todas as variáveis utilizadas. Com o objetivo de realizar a análise estatística inferencial, foi necessário avaliar a normalidade da distribuição dos dados recolhidos. Dessa forma, e tendo em conta a natureza biológica das medidas que foram efetuadas, foi efetuada uma análise do tipo de distribuição por meio do teste de Shapiro-Wilk, a homogeneidade por meio do teste de Levene e assegurada e testada a esfericidade por meio do teste de Mauchly.

Posteriormente e assegurados os pressupostos do uso da estatística paramétrica, foi testada a existência de diferenças significativa entre grupos no momento pré usando uma ANOVA fatorial. Isso, para assegurar que todos os sujeitos partissem com valores de base idênticos; nas variáveis em que o pressuposto anterior não existia, os valores de base foram usados como covariável nos procedimentos de análise inferencial. Igualmente, e tendo se observado uma diferença significativa entre grupos na idade, esta variável foi usada como covariável. Feitos os procedimentos referidos, verificados os pressupostos da utilização de testes paramétricos, foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas com o modelo (2 momentos X 3 grupos), para todas as variáveis, com um post-hoc de Bonferroni. Foi efetuada a estimativa do tamanho do efeito por meio do valor do eta parcial quadrado (ηp²), segundo

(33)
(34)

Fabien Pereira da Silva Página 21 4 RESULTADOS

4.1 Resultados do teste de força

De acordo com a tabela 1, podemos observar que os resultados das diferenças de idades foram significativos, e utilizamos estes valores com uma covariável em nossos resultados.

Dessa forma, foi observada no teste de 1RM, que foi realizado pré e após as 12 semanas de treinamento, somando um total de 48 sessões de treinamento, uma melhoria significativa nos grupos em que foi efetuada uma periodização em relação ao grupo de controle. Foi, igualmente, observada uma melhoria significativa entre o momento pré e pós, nos testes de 1RM de SU e LP, no GPNLD e GPNLF. Por sua vez, foi registrada no CO uma diminuição significativa no teste de 1RM no SU e um aumento significativo no LP. No teste de 1RM no LP em ambos os grupos em que foi efetuada uma periodização foram constatadas diferenças significativas em relação ao grupo de controle, apresentando GPNLF e GPNLD valores superiores em relação ao controle neste teste. Quando comparados os dois métodos de treino, verifica-se que não houve diferença significativa entre os valores, mas ao comparar pré-teste e pós-teste observa-se um aumento significativo nos dois grupos treinandos.

Observa-se um efeito momento significativo entre no pré-teste e o pós-teste de 1RM no SU (F=6,900; p=0,018; ηp2=0,301) e também entre grupos (F=6,620; p=0,001; ηp2=0,597).

Em relação ao pré-teste e o pós-teste LP45 1RM, observa-se, igualmente, um efeito significativo entre os momentos (F=6,620; p=0,020; ηp2=0,293) e também entre grupos

(F=7,660; p=0,005; ηp2=0,489), isso pode ser constatado com mais detalhes na tabela 6.

Tabela 4 – Testes 1 RM de Supino Reto e Leg Press 45º

SU LP

Pré Pós Pré Pós

CO 78,5 ± 13,21 77,5 ±15,15Ŧ 183,75 ± 9,16 189,5 ± 26,44Ŧ

GPNLD 95,14 ± 21,48 122,86 ± 19,59*Ŧ 244,0 ± 62,92 318,57 ± 45,25*Ŧ

GPNLF 113,33 ± 16,03 129,0 ± 8,17*Ŧ 256,67 ± 32,99 318,33 ± 43,09*Ŧ

* p<0.05 em relação ao grupo Controle; Ŧ=p<0,05 entre o momento pré e pós; CO – Grupo de Controle; PNLD – Grupo de Periodização Não Linear Diária; PNLF – Grupo de Periodização Não Linear Flexível

(35)

Fabien Pereira da Silva Página 22 4.1.2 Teste de 8 RM

As avaliações de força também foram realizadas por meio do teste de 8RM. Estes testes foram muito importantes para quantificar a força dos sujeitos pesquisados. Observa-se no pré-teste e no pós-teste de 8 RM de membros superiores um aumento significativo na força de ambos os grupos comparados ao controle.

Tabela 5 - Valores do teste de Força para 8RM

SU LP

Pré Pós Pré Pós

CO 64,75 ± 10,69 69,25 ±13,60Ŧ 132,50 ± 11,65 151,50 ± 14,21Ŧ

GPNLD 82,86 ± 28,49* 106,00 ± 24,06*Ŧ 203,57 ± 47,67 268,57 ± 46,43*Ŧ

GPNLF 95,67 ± 10,07* 116,67 ± 5,16*Ŧ 211,66 ± 14,72* 265,00 ± 12,65*Ŧ

*p<0.05 em relação ao grupo Controle; Ŧ=p<0,05 entre o momento pré e pós; CO – Grupo de Controle; GPNLD – Grupo de Periodização Não Linear Diária;G PNLF – Grupo de Periodização Não Linear Flexível

4.2 Impulsão Vertical

Observa-se em relação à variável CMJ um efeito significativo entre os grupos (F=4,899; p=0,021; ηp2=0,366). Observa-se igualmente no grupo controle uma diminuição

significativa entre o momento pré e pós. O mesmo ocorre na variável SJ, com um efeito grupo (F=3,930; p=0,40; ηp2=0,316) e com uma diminuição significativa entre o momento pré e pós

no grupo controle.

Tabela 6 - Teste de Impulsão Vertical

CMJ SJ

Pré Pós Pré Pós

CO 32,16± 5,09 23,81±5,79 Ŧ 31,15±4,99 24,2±5,42Ŧ

GPNLD 31,47±4,68 31,19±3,30* 29,11±4,21 29,15±5,15*

GPNLF 36,57±6,25 35,22±5,71* 36,06±8,63 35,18±6,87*

*p<0.05 em relação ao grupo Controle; Ŧ=p<0,05 entre o momento pré e pós; CO – Grupo de Controle; GPNLD – Grupo de Periodização Não Linear Diária; GPNLF – Grupo de Periodização Não Linear Flexível

4.3 Velocidade

Observa-se na variável V5m somente um efeito momento significativo (F=18,086; p=0,001; ηp2=0,531). Verifica-se uma melhoria, significativa (p<0,05), na performance nesta

(36)

Fabien Pereira da Silva Página 23 variável, entre os momentos pré e pós no GPNLD e GPNLF e uma diminuição no grupo de Controle. Os grupo GPNLD e GPNLF nesta variável apresentam valores significativamente superiores (p<0,05), no momento pré em relação ao CO, assim os valores iniciais destas variáveis, dos 3 grupos, foram usados como covariável, na análise inferencial, de forma a assegurar que todos partissem da mesma base. Quanto à variável V60m não são observados efeitos momentos nem efeito interativo entre grupos. Contudo, quer o CO quer o GPNLF apresentam uma diminuição significativa (p<0,05) na performance entre o momento pré e pós.

Quanto à variável V100m, verifica-se um efeito momento significativo (F=7,118; p=0,016; ηp2=0,295). e efeito grupo, igualmente significativo (F=3,931; p=0,040; ηp2=0,316).

O CO e o GPNLF apresentam uma diminuição, significativa (p<0,05), na performance entre o momento pré e pós, e existe uma diferença significativa (p<0,05) entre os GPNLF e o CO no momento pós.

Tabela 7 – Testes de Velocidade Velocidade 5M Velocidade 60M Velocidade 100M Pré- Pós Pré Pós Pré Pós CO 0,99±0,03 1,09±0,04 Ŧ 7,69±0,09 8,04±0,12 Ŧ 12,68±0,31 13,13±0,19 Ŧ GPNLD 1,10±0,05* 1,04±0.89 Ŧ 8,15±0,89 8,42±0,91 13,25±1,29 13,91±1,92 GPNLF 1,15±0,13* 1,04±0,11 Ŧ 7,56±0,35 8,08±0,49 Ŧ 12,21±0,48 12,94±0,85*Ŧ

*p<0.05 em relação ao grupo Controle; Ŧ=p<0,05 entre o momento pré e pós; CO – Grupo de Controle; GPNLD – Grupo de Periodização Não Linear Diária; GPNLF – Grupo de Periodização Não Linear Flexível

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Fabien Pereira da Silva Página 24 5 DISCUSSÃO

O presente estudo teve como objetivo principal observar o efeito da PNLD e PNLF na melhoria da força máxima e desenvolvimento motor. Para analisar estes efeitos, foram utilizados os testes de 1RM e 8RM nos exercícios do SU e do LP, assim como o teste de impulsão vertical e testes de velocidade. Como principal achado do presente estudo, é que os sujeitos submetidos à PNLD e à PNLF apresentaram ganhos, significativos, na capacidade de exercer força dinâmica. Tais resultados corroboram com os resultados apresentados na literatura científica (Hartmann et al., 2009; Hoffman et al., 2003; Kok et al., 2009; McNamara & Stearne 2010, 2013; Prestes et al., 2009; Rhea, 2004; Rhea et al., 2003; Simão et al., 2012, Harries, et al., 2014). Desta forma, parece que em relação à força dinâmica, expressada através dos testes de 1RM e 8RM, as periodizações não lineares são eficazes. Contudo, nos estudos anteriormente referidos a amostra era constituída por indivíduos recreacionalmente ativos ou ativos. Portanto, falta verificar se o mesmo acontece em sujeitos sedentários.

Igualmente, parece não existir diferenças significativas entre a utilização da PNLD e a PNLF nos ganhos de força dinâmica máxima e submáxima. Em relação este último aspecto somente McNamara & Stearne, (2010) que comparam o efeito da PNLD e PNLF na capacidade de exercer força máxima dinâmica. Estes autores observaram uma vantagem, no teste em que foram usados os membros inferiores, com o uso de uma PNLD em relação ao uso da PNLF. Já no teste dos membros superiores (SU), no estudo de McNamara & Stearne (2010), não se observaram diferenças signicativas, entre os tipos de periodização utilizada, indo assim de encontro aos resultados do presente estudo. Em relação às diferenças entre os tipos de periodização (PNLD e PNLF) nos exercício que utilizava os membros inferiores (Leg Press) houve uma diferença significativa entre os dois grupos testados quando comparados ao CO, assim como nos membros superiores, quando comparados ao CO.

Em relação à capacidade de impulsão vertical, avaliado através do SJ e CMJ, as periodização não lineares (PNLD e PNLF) apresentaram melhores resultados, e significativos, em relação ao grupo CO, adicionalmente, foram observadas reduções significativas nos participantes alocados no grupo CO para o SJ e CMJ. Contudo, não existe uma alteração significativa entre o momento pré e o momento pós intervenção nesta capacidade quando usando as PNLD e PNLF. Estes resultados vão de encontro ao resultados apresentados por McNamara and Steame (2013). Os artigos apresentados na literatura que apresentam

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Fabien Pereira da Silva Página 25 melhorias nesta capacidade são aqueles que dentro da sua estrutura de planeamento utilizam o movimento de acordo com o gesto motor a ser desenvolvido como exercício (Lombardi et al., 2011; Tønnessen et al., 2011; Smith et al. 2014), neste caso o salto vertical, ou baseado em um programa composto por exercícios com características de grande produção de potência, como os exercícios derivados do levantamento de peso olímpico, utilizados no estudo de (Tricoli et al., 2005). No presente estudo foi somente utilizado o treino de força, embora em certos momentos com as características do treino de potencia. McNamara and Steame, (2010), também não utilizaram qualquer tipo de salto vertical como exercício no seu planeamento de treino e a sua amostra, tal como no presente estudo, era constituída por sujeitos treinados no treino de força. Desta forma, parece que para haver uma melhoria na capacidade de impulsão vertical, principalmente em sujeitos habituados ao treino de força, têm-se que incluir no planeamento exercícios de impulsão vertical independentemente da periodização seja PNLD ou PNLF.

Um outro ponto que pode estar associado a baixa eficiência dos grupos PNLD e PNLF no incremento da impulsão vertical, pode estar relacionada a dinâmica da carga programada para as sessões de RES e HIP, com altos volume de repetições, baixa intensidade da carga e curtos intervalos de recuperação. Nesse contexto, as sessões RES e HIP podem ter influenciado de forma negativa nos resultados dos testes CMJ e SJ, devido a alta solicitação metabólica quando se executa alto volume de repetições com pequenos intervalos de recuperação, Zaras et al. (2013) observaram que as unidades motoras sofrem alterações específicas em suas características de acordo com o tipo de treinamento adotado. Foram observados pelos autores que o treino com ênfase em potência muscular promove aumentos significativas na proporção das fibras IIx em relação as fibras IIa, equanto o treino com ênfase em força muscular promove aumentos nas fibras tipo I, IIa e IIx. Não obstante, é possível que as sessões RES e HIP possam ter contribuído para aumentar a proporção das fibras tipo I e IIa em relação as fibras do tipo IIx.

Estudos apresentados que observam um aumento significativo da força dinâmica e não observaram melhoria na impulsão vertical (Lombardi et al., 2011; Smith et al. 2014). Desta forma, parece que a capacidade de executar com melhor performance os saltos verticais é independente da força máxima dinâmica, podendo esta capacidade estar mais relacionada com exercícios de potência máxima e técnica de salto (Tricoli et al., 2005).

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Fabien Pereira da Silva Página 26 Em relação à corrida de velocidade de 100 metros, verificou-se no presente estudo a inexistência de alterações, significativas, entre o pré-teste e o pós-teste, nas distâncias de 60 e 100 metros. Na distância de 5 metros os grupos PNLD e PNLF obtiveram melhorias significativas entre o pré e o pós teste e em relação ao grupo de controle. Contudo, sem diferenças entre os PNLD e PNLF.

A melhoria da performance na distância de 5 metros, observada no presente estudo, pode estar relacionada com a sua estrutura do treinamento de força que foi direcionado para a potência, força máxima e submáxima. Este tipo de treinamento provoca um aumento da capacidade do sistema neuromuscular gerar tensão de forma rápida (Alves et al., 2010; Cormie et al., 2010). Esta capacidade é predominante nas distâncias curtas de uma corrida de velocidade. Contudo, em distâncias mais longas, como os 60 e 100 metros, a capacidade é de aceleração e de resistência de velocidade. Características estas que não são desenvolvidas através do treinamento de força com as características do utilizado no presente estudo. Desta forma para existir uma melhoria na velocidade de aceleração e de resistência parece tal como no salto vertical a necessidade de incorporar na estrutura de treinamento exercícios específicos com as características idênticas à da capacidade a desenvolver, neste caso corridas de 60 e 100 metros.

Os resultados do presente estudo revelam que não parece existir diferenças com o tipo de periodização não linear utilizada (PNLD e PNLF), ao passo que, também foi observado que o protocolo de treinamento adotado foi eficiente para promover melhoras significativas sobre a força máxima e submáxima, haja vista, que ambos os grupos de treinamento apresentaram melhoras significativas em relação aos indivíduos do grupo CO. Analisando os resultados de impulsão vertical e velocidade do grupo CO, podemos supor que a rotina física militar da amostra em questão, promoveu um efeito concorrente e negativo, sobre o desenvolvimento da força, potência e velocidade. haja vista, que foram observadas reduções significativas para todos as variáveis de velocidade e impulsão vertical anailisadas. Também é possível supor que o protocolo da PNLD promoveu um efeito de manutenção do desempenho da velocidade, pois foi o único grupo que não sofreu reduções significativas nos resultados dos testes V60 e V100. É muito difícil para nós comparar os nossos resultados com outros estudos porque, que seja do nosso conhecimento, não existe na literatura estudos que comparem o efeito desses dois tipos de periodização na capacidade motora velocidade.

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Fabien Pereira da Silva Página 27 Apesar dos achados descritos acima, é importante considerar algumas limitações: o número de participantes em cada grupo foi pequeno. O treinamento foi conduzido ao longo de 12 semanas, é possível que, períodos mais longos de intervenção, promovessem maior impacto na variáveis dependentes analisadas. No presente experimento não foram utilizadas variáveis relacionadas as alterações da hipertrofia muscular (aumento do tamanho e volume da estrutura muscular e tipos de fibras), as quais, se analisadas proporcionariam informações importantes sobre a influência dos modelos de treinamento sobre as alterações morfológicas.

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Fabien Pereira da Silva Página 28 6 CONCLUSÃO

Com base nos resultados do presente estudo podemos concluir que PNLF e a PNLD são eficientes para promover alterações significavas sobre a força máxima e submáxima dinâmica, nos exercícios analisados, todavia, não foi observado superioridade de um modelo sobre o outro. Consequentemente, a estratégia metológica de possibilitar ao indivíduo a escolha do tipo de sessão de treinamento, adotada na PNLF, não influencia diretamente nas alterações crônica da força muscular.

Também foi concluído que o TF realizado nessas condições e através desses modelos de periodização, pode ser usado para aprimorar a fase inicial da corrida, até cinco metros. Contudo, o mesmo não ocorre para o desenvolvimento da velocidade em maiores distâncias (60 e 100 metros), ao passo que, para a melhora dessas variáveis, não é recomendado a utilização apenas do TF nas condições adotadas para PNLF e PNLD.

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Tabela 1 - Caracterização da Amostra (dados antropométricos)
Tabela 2 - Divisão dos Grupos de Treinamento
Tabela 3 - Divisão das Sessões de Avaliação
Tabela 4 - Detalhes do Treinamento  Grupos de
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Referências

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