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A emergência de seguradoras no Porto de oitocentos

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Academic year: 2021

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S R I I O S SILVO a n t o s - 0 I R I P f l R n . QJO tinn 1 l i t - t C i k 1,. i. OImellB tende lsl,trl~,l #I. 1. C 1 L d D l B l l 1 ~ 1 0 l IdlYPIOl tUOO1íBiCiU 61001: 811. Illlll ll lllll 6 l l t l l 3111 L I 6 0 I ~ ~ 6 1 1 1 1 11111 i. l l 4 S 7 l i 6

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-

SIP IIIII

-

r @ n c i s l i

-

o i r u s i o 131%

(2)

R

EMERIÊICIR

3.1

-

N a cobertura

de

riscos

EjAMOS sucin.

D E Ç E I U R R D O R R Ç

% O

P O R T O

,,,,,.

A

SE,u,

A,cA

lamente alguns

percursos em-

D E O I T O C E N T O S

-

II

Foi o sociedade ononima que

presariais iipicos emergiu logo na primeira as-

das segurado- (Continuação d o número anterior] sembleia geral

11

4.1.1835)

ras, utilizando da Associação Comercial do

aqui o dicotomia inerente a o Código Comercial de 1888 Porto, a partir de três propostas de ossofiados. depois bn- pora quem havia essenciolmenie dois tipos de seguros: didas numa só. Orgonizada ropidomenie. foi aprovoda por os de cobertura de riscos e os de vida. Para a coberiu- portario do ministério do Reino de

2

de Maio de 1835, ra de riscos. os dois casos de maior sucesso do Porto pora seguros marítimos. de fogo e de vidas.

para o século são claramen~e o Segurança e Neste contexto, não odmira que a lista dos primeiros o Goroniiol". Poro o caso dos seguros de vida. os so- accionislos se possa quase justapor ã lista correspon. luções de origem poriuense e poriuguesos são escassos, dente do Bonco Comercial do Porto. criodo na mesma como ia vimos. mos vole o peno lozer uma referência

ã

olturo de eulorio comerciol Uma lista onde o capital sociedade A Previdente, odminisiroda pelo Banco Aliança. está muito disperso. quase todo nos mãos de accionis-

NUURO 7. PORTO, 30 .DE ABML DE 1865. i.' ANNO.

FOLFIA 0FFICI.iL DA SOCIEDADE ASSIAI D E Y O ~ ~ . ~ D A

D E S E G U R O S h 4 U T U O S S O B R E

A

VIDA

BANCO

ALLIANÇA.

. . .

I

Por um anno ou 12 numeros no Porlo 600 Annuncios por liilha 40

preço da assignstun ;ira as Prorincias

. . .

660 Repeliç"~.

.

. . .

20

hn o Br-azil lpelon paquetes)

.

900

A<sicna-re iqa rua da Fabrica doTabara n.. 19. 0s SDS. assipantes tem 25 p a i cento de benellcio.

- - ~

rua1ienci;o mennni.

-

.

.

ESTADO DA SOCIEDADE NO DIA DE HOJE.

Numem de subscripyões a l e 3 1 de Xarço

. . .

!:481 Câpiíal subâcriplo a* 31 de &lar@

. . .

552:601#500

.

,

r em 30 de.aril

. . .

í:G01 B em 30 de .Abril.

. . .

640:OYG$5M)

-

(3)

ias do Porto, embora se listem alguns accionisios de ler- ras do Norte [Guimarães, Lixa, Fofe, Ponte de Limol. ol- g i i n de Coimbra, um de Vila Real de Sonio Aniónio, e cerco de duas dezerios de Lisboa. Era vulgar a prática de oquisição de acções e de outros iiiulos em nome de ouirem entre os negociantes correspondentes poro mo- bilizoção do dinheiro que tinham por conto, ossim se explicando a participação de accionistas de longe em negócios do Porto,

td

como surgem occionisios do Por- to em empresos do

Sol.

Curiosamente. o maior accionislo era mesmo de Lisboa, o conhecido Cristiono Lindenberg com

30

acções [iambém no Banco Comercio1 do Porto o maior occionisio é Lindenberg

&

C". Trinta acções era o número máximo permitido o codo accionista, nos ler- mos estatutórios. face oo toiol de

1000

ocçòes que com- punham o capiiol nominal de

1000

contos de réis.

O

capiiol a realizar inicialmenie foi apenas de

5%.

o que reduz o copiiol em coixo o 5 0 conios. devendo o os- sembleia geral soliciiar nova entrado proporciono1 a cado occionisia quando o fundo em caixa baixasse mais de

1 %

do toiol. Embora os esiotuios solvaguardassem os seguros de vida paro quando o ossembleia geral o de- cidisse. tal facto nunca veio a oconiecer, pois o companhia dedicou-se exclusivamenie. no século possodo. o segu- ros mariiimos e de fogo. Nos contraios o electuor não podia, em cada um. ultrapassar o iisco de 5% do fun- do [copiiol previsto], ò excepção dos seguros de fogo de vinhos onde se podia tomar um risco oté

10%.

Apreseniou sucessivas reformas de esiotuios, aprovodos por alvarás d e 1 6 . 5 . 1 8 5 5 , 2 8 . 1 0 . 1 8 6 4 e d e

i

5.5.1867, que aponiaram

essencialmente

poro o crio- ção graduo1 de um pequeno fundo de reserva a retirar dos lucros e suas formos de

aplicação

lolém do fundo permanente de 5%. hoverio um fundo de reserva na im- portãncio de

100

contos, aplicado em iitulos). Outro os- pecio na reformo de 1867 foi o de esiobelecer novo ma- ximo para os seguros moritimos. que boixaram de 5 para 3%. facto que se deve

relacionar

com a falto de quolidade de embarcoçòes que segurava [quose tudo v e leiros), em rápido declinio e por isso originondo grondes prejuizos. Também o limite máximo de acções desce po- ro 20; nenhum novo accionisio por oquisição de ocçòes pode assumir esse estatuto sem ser aprovado por uma comissão de nove membros composto por elementos do assembleia geral, do direcção e accionistas eleitos. pre

cisando o novo occionisto de seis votos favoráveis. e em caso de reieição nõo pode ser de novo proposto an-

tes de seis meses [esta siiuoção oplicavo-se iombém 00s accionisios que adquiriam novos bcçòes]. Deixou ainda de se poder votar por procuração. Um bloqueomento cloro ò mobilidade das acções. procurando evitar in- terferências por parte de segurodores concorrentes.

Os

prémios de seguro de fogo sobre prédios erom de

1 /b%

anuais. podendo subir a 1 /4% se contivessem géneros inflomáveis; os géneros, móveis e [óios pago- vom

1

/5%,

o aguardente

1

/4%

e os géneros ou ta- zendas inflamáveis

3/8%.

O

gráfico seguinte procura moslror o que foi o evolução da Companhio no que se refere oo produto negociado: o receito dos seguros maritimos foi a grande alovanco da componhio aié aos anos 70, embora entrecortada por prejuizos elevodos; o partir desso dato a compa- nhia possa a viver quose só do seguro de fogo, com o ramo moritimo o dar cada vez mais soldos negativos (não esqueçomos o reformo esioiuiário ocima referida. que baixo de 5% para

3%

o iecio paro este tipo de coberturas: a decodência do frota veleiro portuguesa é

aqui o gronde explicaçãol.

A clossificoção dos operaçòes contabilisticas opresenia- do é fornecido pelo própria companhia. que nisto seguia os monuois de então. Um deles dizia iextualmente: .;No romo de comércio dos seguros. os valores moieriois exis- iem em numerário. Os lucros destas componhios são os prémios de seguro recebidos.

Os

preiuizos são os sinis- tros pagos."'. Esta concepção linear, muito difundido, re

percuiese direciomenie sobre o formo de gerir o c o m p - nhio: se o soldo entre receitas e os preiuizos ocosionodos pelos sinistros é o lucro. então este deve ser reporiido onualmenie pelos accionistas. como retribuição do capir iol. Dividendos elevodos é o que doqui resulto, sem gran- des preocupoçòes em constituir fundos de reservo que v e nham fozer face a situações criticas. pois segundo o lei basiario opelor à realização do copitol pelos occionis-

Y n n * o - ~ ^ $ ~ $ g E E ~ z ã - ~ ~

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- q - ~ $ ~ z $ z z z z z z z z z z z e z z ;

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- L i r a . F o s - R i m 1w-1.61. M - O R t p l o h"-

(4)

tos. N ã o admiro assim, que o Segurança distribuo avul- iodos dividendos: poro um desembolso global de

50

con. ios de réis, os accionistas receberom logo em

1836

uma verbo de 4 0 contos de réis; em 1840, receberom mes- mo 5 0 contos. um dividendo de

1009ó.

As verbos levo. dos o reservo sõo sempre insignificontes até que o lei im- ponho exigêncios de outro tipo. processo generolizodo o outros componhias. bostondo que olgumos derivossem pequenos verbos pora reserva pora desde logo orronca- rem em potência financeiro face as suo8 congéneres [coso do Fidelidade. companhia de Lisboa, que

normalmente

podronizava o principio de altos dividendos). Mos neste domínio tal só ocorrerá de formo eficoz com Solazar, em 1929. Poro isso, foi também preciso olteror as ossem- bieios gerois, eliminondo no prático os pequenos occio- .nistos isolodos, e retirar da discussõo os exigêncios ton- tos vezes inflamadas de elevodas reiribuições do copital. A crescenie frogilidode destas e de outras componhios [Novo Douro, Confiança. Indemnizodorol explico o pro- cesso de fusão que ocorreu em 1925, num esforço paro ultropossor rivalidades e

fortalecer

o suo acção, rumo a

sobrevivêncio.

3.1.2. A GARANTIA

A Goroniio é uma componhio que nasce de uma cisõo com o Seguronço. Segurodos e olguns funcionários

di-

zem-se descontentes com o situação de 'quose monopó- I i o ~ . ochom que o mercodo comporta outro componhio e propõem.se organizar umo. como formo de comboier o situoçõo de *monopólio. que denunciavom Neste gru- po secessionisio haverá por suo vez novo cisõo. doi resultando o Garantia e o Equidade, sendo que esta não veio o ter o projecçõo do primeiro e pelos anos

70

.

.

10 estovo em liquidaçõo.

Pode-se dizer que o Goraniio ero quose uma copio do Seguronço. pois os estatutos e as condições controtuois erom quose todos os mesmas, com documentos cloro- mente copiados. incluindo os prémios. As diferenços erom minimos. o que nõo se estranha pelo focto de o seu or- gonizodor ter sido um olto quadro da Seguronço -

Joaquim de Oliveira e Costro.

E

mesmo o prático de dis- iribuiçõo elevodo de dividendos será semelhante. oqui com mois algumas cautelas, pois reiirovo-se desde o inicio uma pequena percentagem dos lucros pora reservas. A 2 0 de Maio de 1853, os respectivos occionistos opro

grupo promotor ero constituido por Francisco de Olivei- ra Chamiço. Monuel de Clomouse Brown, Aniónio Ven- ceslou da Cosio Dourado. Francisco de Poulo Silvo Pe- reira.

E

o lista de occionistas era oindo mois disperso d o que o do Seguranço: à pariida o máximo de ocções foi de dez, estando presentes muitos *brosileiros~, olguns de- les o residirem oindo no Boio, com umo pequeno distri- buição a subscritores de Lisboa. Caminho, Alvoiázere, Oli. veira de Azeméis, Viano, Régua. Guimorões. Brogo, Penofiel e oindo Monchester (os Pinto leite).

O

máximo de acções por accionista previsto nos estoiutos era de vin- ie. Capital reolizado 6% do volor, em caixa

60

contos. Todos os anos se Ocrescenbvo O esse fundo

10%

dos lu.

cros o distribuir, poro reolizor o seu oumento e evitar que os occionistos ficossem suieiios o inesperodos e novos eniro- das de copitol. Este talvez o segredo paro o suo oiirmaçõo, pois, opesor de pequenos. os verbos ocumulodos vierom permitir no longo prazo reservas comporotivamente mois volumosos.

O

accionista podio-se fazer representar por procuroçõo. Foi uma preocupoçõo inicial estabelecer ogêncios onde fosse

aconselhável

e procuror correspon- dentes: logo no primeiro ano de vido. opresentovo ogên- cios ou correspondentes nos principois locolidodes do Pois, e ainda em Ingloierio (londres, Liverpool e Monchcr ter] e em Espanho.

E

já referenciomos oirás o importõn- cio do ogêncio do 8oio que tinha seguros oté Monaus, logo seguido de outros no Porá e Moronhõo, lendo ai uma importonte carteiro ionto no ramo moritirno como no fogo. Já no século XX oprofundorá esta suo ligoçõo oo estron-

geiro (Modrid. Poris]. com ligoções especiais ò Com- pognie Suisse de Reossurances, de Zurique, poro além dos contratos de resseguros, o que lhe voleu. por oliuro das nocionolizoções. ser desonexodo do lote das em. presas nocionolizodos, dodo o forte participoçõo es- trongeiro no seu copitol. Também foi uma dos primeiros

(5)
(6)

Terá sido mesmo a inglesa Norwich Union o primeira a proticar seguros de vido em Portugol sob a forma de mú- tuo, quando cá se instalou em 1824"'.

Depois, nos anos 5 0 / 6 0 deu-se como

vimos uma verdadeiro invasóo espanhola neste dominio. o que se- guradoras de outras nocionolidodes se seguiram. As companhias espanholos produziam uma imporionte pu- blicidode nos periódicos que nos mostra a diversidade das suas ofertas. A modrilena União. que fazia tombem seguros moritimos e fluviais, fogo e de explosão de gás [novidode!), oferecia seguros sobre o vido em coso de morte, sobre a vida por anuidades ou pensões vitalicios. e apresentava uma longo lisia de correspondentes espa- lhados pelos cidades e vilas de provincia.

O

Monfepio Universol. também de Madrid. era mois prolixo. e depois .de sublinhor o idoneidode da organização, apresenta- va-se com o obiectivo de .assegurar oos sócios um capi- tal ou rendo em prozo fixodo, podendo receber o capi- to1 com o ocumuloçóo de todos os interesses em sua vida ou deixa-lo o seus herdeiros>. oferecendo diferen- tes soluções - formação de copital de sobrevivêncio; formoção de copital paro coso de morie; rendo de so- brevivencio; renda orbitrária; renda. heronço; renda de contodo -, podendo o sócio liquidar o subscrição oo fim do primeiro quinquénio. A Tufelorapresentavo soluçòes idênticos, com o rentobilizoção dos capitais em titulos da divida público esponholo de

3%

inolienáveis até ao termo do contrato, embora, perante a baixa desses titulos. optasse, por comprar ocçòes comerciois. facto que. con- iugodo com os problemos de cómbio, oiudou oo seu descrédito. Estas companhias espanholas tinham conse. guido copiar numerosos subscritores em Portugol. reve. londo os potencialidades deste tipo de mercodo entre nós. Neste contexto, nóo admira que. perante o inoperãncia dos seguradoras nocionois. tenham sido olguns bancos do Porto a implementor esta prática dos seguros de vido. otroves do processo dos anuidodes. prático que, de res- io. ero proticoda em pequena escola por olgumos osso- ciações de socorros. Trato-se de boncos recentes, criodos quose ao mesmo tempo que os suas caixas económi- cos. previstas desde logo na versão inicial dos estatutos e logo depois irnplementadas. Assim. o Banco Unióo

11 8 6 1) criou uma secção de seguros mútuos de vida. des- de 1863.

E

o Banco Aliança 11 863) criou tombem uma sociedade autónomo poro esse fim

-

A Previdente, oprovoda em 2 7 , 7 1 8 6 4 e começando o funcionar logo o 4 de Agosto. mos que girava na órbita do Bonco. sen-

do

oficialmente

administrada sob a suo tutela. Pelo mes- mo olturo, o Montepio Gerol de Lisboa implementava a sua Caixa Portuguesa de Seguros Mútuos sobre o Vida. Em 1865. e o próprio Bonco de Portugal que organizo um sistema de seguros de vida, dotações e anuidades por mutuolidode.

A sociedade do Banco Aliança teve o porticuloridode de editar umo revista com o mesmo nome - A Previdente

-

d..

ir~gida

.

por José Ferreiro Moutinho. o responsável pela sociedade e antigo colaborador da Tutelar , e ten- do como redoctor principal Rodrigues de Freitos, o conhe- cido economisto e [ornalista do Porto. mois tarde o pri- meiro deputado republicano eleito. Trota-se de uma publicação mista de informoção e opologia dos segu- ros. editoda entre 1864-1 870, que condensa, para lá do noticiário segurador e bancário, alguns textos

bá-

sicos paro percepcionormos os representações sobre o seguro nessa époco. predominondo um discurso natu- rolmente extroido da economio politico. Ai se publicam também os elementos fundamentais do sociedode, des- de os estatutos a relatórios e contas trimestrais, mostran- do. por exemplo. que ao fim de seis onos teria efectua. do qualquer coisa como 5 0 0 0 controtos.

Assim. estotutoriomente. o obiectivo ero 4ociiitar a todas os closses da sociedode meios de poderem criar co- pitois, dotes. pensóes, rendas, etc., por meio de subs- crições únicas ou onuois. os quois serão convertidas em inscrições de 3% da divido público nocionol, ou em

quaisquer outros

titulas*.

Além da capitolizoçõo do iuro, ocresciom os rendimentos proporcionais relativos oos subscritores que esqueciam ou se atrasovom no pagamento das suas subscrições bem como aos dos segurados que morriam antes do prozo. num processo claramente ins- pirado pelos ~tontinas~.

O

risco de morte do segurodo era graduado pela tradicional tóbuo de mortalidode de

(7)

Déparcieux. Adopiavo-se o sisiemo.de quinquénio pora efeitos de subscrição e reiirado de capitais, embora iom- bém pudessem ser aceites seguros mistos [parie em quin- quénios, parie anuais).

O

elogio do seguro múiuo de vida. nas suas varianies. esiruiurwse aqui sobre o papel morolizodor que ele pode desempenhor sobre o sociedade, habiiuondo o indivi- duo a poupança e à ordem. pois com pequenas quan- iios onuois pode ma!s iorde assegurar a sua indepen- dência.

E

exemplifkwse: qual o poi previdente que podendo dispensor 50$000 réis onuois ao noscei-lhe o filho, não lhe asseguroró um dote de 23500$000 oo fim de 25 onos? Ou o pai que tendo uma filho de 4 anos. não subscreverá um plono de 100$000 anuais paro ao fim de 15 onos lhe propiciar um doie de

7

conios? Ou o que nõo podei0 dispensor 4$000 réis onuois o poriir

do bopiismo de um filho para que ao fim de 15 anos pos- sa receber 360$000, sagoro que a isençõo do serviço de ormas, por meio de subsiiiuiçõo por ouirem. e mui di- ficil e dispendiosa=? Mas o revisto evolui ropidamenie pora artigos mais ieóricos e históricos. ocupando lugar de relevo lemas como o liberdade económica. as crises. o pouperismo, o cooperaçõo operaria. o educoçõo e os seguros, o histório. a filosofia e a operacionolidade dos seguros de vido. normolmente da auioria de Rodrigues de Freiios. Pelo seu popel divulgador como elemento da pu- blicidade e pelo que revelo da evoluçõo dos seguros de vido, o revisia A Previdenfe consiiiui um elemenio o não esquecer no hisiório dos seguros em Pori~gol'~'.

Os seguros mútuos foram ate

1907

considerados à par- ie no legisloçõo geral. como não comerciais e por isso tratodos ao de leve. Só eniõo se determinou o esiruturo jurídica dos muiuolidodes. a que não foi esiranha, nos palavras do próprio reloiorio da lei. o resiriçõo do aemi- qroçõo do ouro. represenioda pelos prémios pagos as

-

sociedades esirongeiras de seguros,. bem como o de- sejo de ocobor com o siiuoção privilegiado que euos cornpanhios iinhom em moierio fisco1 reloiivamenie os poriuguesos. N õ o odmira por isso que só duas seguro- doras estrangeiros sobrevivessem ò rozio provocoda por esia lei - SUrboine e a Union y Fenix Espaiiol, ficando eniõo o campo aberto as seguiodoros poriuguesos. A fron- ceso SUrbaine, em Poriugol desde 1883, tinha um gron- de presiigio enire os alios comados do sociedade, que ai se inscreviam maciçamenie: nem sequer foltou o Rei D. Carlos, seguro em 220 conios de reis. Embora olgumas segurodoros se constituissem de imediato poro este fim por altura da lei fronquisia r6'. O oporiunidode só fios

onos

20

começará o ser oproveiiodo plenamente [jo que duronte o Repiiblico muito se folou e discuiiu sobre o municipalizaçõo e nocionalizaçõo dos seguros em ge- ral. e em pariiculor dos seguros de vidal.

As cornpanhios seguradoros do Porio oiioceniisio reve- lom oinda o frogilidode da suo esiruturaçõo recente. bem como de operarem num compo de forie concor- rênc~o, onde o reguloçõo ero minimo e se limitava o ocouielor os aspecioi juridicos do formoçõo dos socie- dades anónimos e seu funcionamenio. Direccionoram os seus esforços poro os romos irodicionois - moriiimo e fogo - e. por isso, sofreram com o declinio da nosso

(8)

marinho mercante, de noturezo veleira, face à emergèn. cio dos vapores dos grandes companhias tronsatlãnti- c o s

Os

finais do século são. assim. marcados por for- tes preiuizos no romo maritimo. com os coniratos de fogo o solvarem o situação: não conseguindo operar com os seguros de vida, na viragem do século, os companhias ansiavam por novos produtos e novos enquadromentos

- os seguros sobre acidenies de trobolho. os seguros de vida. os seguros sobre automóveis propogar-seão só pela segunda década do século XX.

N o lado perverso do romo dos seguros esieve, de facto, a'mó propogondo dos dividendos elevados que as com- panhias proticovam. criando desconfionço no grande público. por os verem descapitalizados. com um copitol social virtual. não realizado, e que só o seria se a os. fembleio geral o permitisse.Tentativos para

realização

de capital por porte de algumas direcções mais afoitas folhovam quase sempre nos ossembleias. onde a Unico solução face às exigências de capital se paulovo pela não distribuição pontual de dividendos, logo compensada na primeira oportunidade. N a longa polémico que entào se estobeleceu, e que acusava os negócios financeiros [ban- co e seguros) de absorverem iodo a liquidez do merco- do e desviarem do actividade produtiva o investimento, a própria Revisio de Seguros, a propósito do dividendo de 45% dislribuido pela Fidelidade, não se eximia a cri- licor o .dividendo formidável, dispensando-se de au- mentar os seus fundos de reserva., bem como .a incon- veniência dos grandes dividendos. que tem ate agoro impedido que possuamos nós a simile dos grandes em- presos seguradoras da América do Norie, França, Inglo- terra e Alemanha; e que ainda fazem com que o fixo tenho lido veleidades de apropriar-se deste romo de octivida- de comerciol. que só pode produzir e prosperar entregue

à iniciativa porticular~"'. Claro que acçóes emitidas hà muito tempo. por exemplo em 1835. tinham eniretanto otingido um subido valor no mercado, sendo algumas delas cotadas a

10

ou 15 vezes mais do seu valor inicial: por isso. alguns argumentavam que a retribuição não s e ria assim tão alta, representando um dividendo de

60%

em relação ao valor inicial agoro uns 6% do valor cota- do, tornandm mais legitimo. Um circulo vicioso, já que os acções subiam à medida que subia o dividendo!

E.

no entonto. o seguro não era. não devia ser, só um negócio. Os economistas do liberalismo optimista não se consovam de lhe elogiar os virtudes mutuolistos e de ordenamenio social. Nesse sentido. ~olvez valha o peno

transcrever um pequeno texto publicado pel'A Previden- te, do autoria de Emile Agnel:

Os seguros são, inconiesiovelmenie, dos insiiiuiçães de previdencio que presiorn mais enérgico concurso à pro- priedode, oo comércio e à indúsirio.

Aplicando-se, como urno reporoçòo, o iodos as probo- bilidodes de sinisiros possíveis e destinados o dor gorontia conira iodos os perigos a que o homem esió exposio na suo ioriuno, no seu irobolho, no seu iuiuro e do sua ia- milio, os esiobelecimenios de seguros, com engenhosos combinoçòes e com leve socrilício pecuniório, oferecem o meio de liberior dos moiores inquieioçòes, e de po. rolisor os eleiios de oconiecimenios, cujo resultodo pode mudor subiiomenie umo posição próspero em compleio ruino. Considerodos sob esie ponio de visio, os seguros têm nóo só um fim úiil, mos também morol.

Os

seguros sobre o vido. do mesmo modo que as coi- xos económicas e os

sociedades

de socorros múiuos, tendem o morolizor os mossos, inspirondo-lhes ideios de previdèncio e de economio. Mos elos são o compie- menlo e o operfeiçoomento desios ins!iiuiçòes; com eiei-

10. o emprego de copiiois enconiro oco-

16 os mesmas seguronços, e, por meio de JORGE engenhosos cornbinoçòes, um juro muito FERNANDES

mais e1evodo"l. ALVES

(1) Poro uma abordagem mois completo destos e de oui<os s e

gurodoros do Poito. cf. Fernondo de Souso eJorge Fernondes Al- ves. Alionço UAP

-

Uma Histório de Seguros. Porlo, Aliança UAP,

1995.

(2) *Componhios de Seguros

-

Dividendos.. Seguros. Com- mércio e Esioi;stico, 19 1 1 , p. 22 1

(3) .Golerio dos Componhios Portuguesas de Seguros - III Fi- delidade.. Seguros e Finonços. 1 . 1 1.1926.

(4) ~Brevissimo História do Seguro de Vido em Portugal.. Revis-

10 Podugueso de Seguros. 19 10. p.6.

(5) Cf. Helena Limo -A coloboroção de Rodrigues de Freiios no r e

visto da compnhia de seguros A Previd.ente~, in Rodrigves de Frei-

10s - A obro e os conlexios, Ac1os.d~ Colóquio. Porlo. CLC- -FLUP, 1997 (org. de António Almodovo<, Jorge Fernondes Alves e b r i o do Pilar Garcio]. Da mesmo outoro. A Previdente, Umo Revis- ta de Seguros 11 864-1 8701 -Poro o histório do imprenso es@~- lizodo, Podo. Faculdade de Leiros. disseriaçãode mesirodo. 1998.

( 6 ) Cosos de A Nacionol. 1906. anterior portanto à lei; Porlu- gal Previdente. 1907; Lusitana, 1907; Equitativo de Poriugol e Ultromor. 1910.

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Referências

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