0.325.530-8
UFSC
BU
MÉTODO
DE
DESENVOLVIMENTO
DE
ADMINISTRAÇAO ESTRATEGICA
PARA PEQUENAS EMPRESAS
CONSULTA LOCAL
MARISA
IGNEZ
DOS SANTOS
RHODEN
Tese apresentada
como
requisito parcial à obtençãodo
título de Doutorem
Engenharia de Produção.Orientador: Prof. Francisco José Kliemann Neto, Dr.
Trabalho aprovado
como
requisito parcial para obtenção .do.graude
Doutor no cursode Pós-Graduação
em
Engenharia de Produção, da Universidade Federalde
SantaCatarina, por comissão formada pelos professores:
,¡ '
.¬
' ,
.L
Í . ¬ .Prof. A ancisco ' iemann
Neto, Dr. dor
Prof. Cristiano José Castro de Almeida Cunha, Dr. rer. pol.
Prof. Fernando Bins Luce,
PHD
¿2'z¿e,¿__ ¿/
p
P~
Fernando PintofBarceI|os,`PhD I 1 / I w Prof. arossarrgfg.
oderador Florianópolis, agosto de2000
Aos meus
pais,Antômo
Corrêa dos Santos
áh memozzzm)Ignez
Fernandes dos Santos
pelo
exemplo
de
dedicaçãoque sempre
foram, pelasangústias
que
passarampor
minlza causa,por
teremdedicado suas Vidas
a
mim,
pelo amor, e estlmuloque
sempre
me
ofereceram, dedico-lbes essa conquistacomo
Agradeço a compreensão e o amor de
meu
esposo, Sebastian, e de meus flhos, Cristiano eMariana, enquanto estava envolvida neste trabalho.
Agradeço ao
meu
irmão, Antônio Carlos, e minhas amigas, Celiana, Ilse e Liana, pelo apoio e carinho pessoal, no transcorrer do curso de doutorado.Agradeço a ajuda de
meu
orientador, Klie mann, que, através do seu conhecimento, experiência e empenho pessoal possibilitou o térrnino deste trabalho.Agradeço ao professor Cristiano Cunha, exemplo profissional e acadêmico, que muito
contribuiu, através de conteúdo didático, apoio e sugestões.
de Ç o ao rofessor Fernando Bins Luce, outro exem lo rofissional e acadêmico, ue
sempre se mostrou receptivo, apoiando e dando sugestões aos meus estudos.
Agradeço ao professor Paulo Maurício Se llig que muito
me
apoiou durante a realizaçãodas disciplinas no Programa de Pós-Graduação
em
Engenharia da Produção daUniversidade de Santa Catarina.
Agradeço ao professor Clóvis Graeff (in memonan) pelo incentivo ao ingresso no curso de
doutorado.
Agradeço ao Programa Institucional de Capacitação a Docentes e Técnico
-CAPES
pelo apoio financeiro queme
foi concedido.Agradeço a Escola de Administração daUniversidade Federal do Rio Grande do Sul que apoiou a realização do curso de Doutorado, liberando-me de minhas atribuições no
período de licença.
Agradeço ao Programa de Pós-Graduação
em
Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina pela oportunidade de ter realizado o curso de Doutorado;Agradeço ao Sebrae-RS - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, que apoiou esta pesquisa, devido ao interesse no desenvolvimento de empresas de pequeno porte.
Agradeço às auxiliares de pesquisa e revisão Mirna
Wid
holzer, Dione Femandes e PedroO
trabalho apresentaum
método de Administração Estratégica dirigido agrupos
de
pequenas empresas.O
método foi testado, através deum
trabalhode
pesquisa aplicada, utilizando-se de
um
grupo piloto de pequenas empresas, porum
período de vinte eum
meses. Durante sua implantação, pôde-se revisá-Io,corrigindo suas deficiências.
O
programa auxiliou a identificar problemas, estimulando os empresários a proporem projetos de modernização, vinculados aum
Planejamento Estratégico, proporcionando condições para aumentar odesempenho
de todo o grupo de empresas.A
existência deum
modelo deAdministração Estratégica para
Pequenas
Empresas, testadoem
um
grupo pilotode desenvolvimento empresarial, constitui
um
instrumento pronto a ser reaplicadoem
diferentes grupos empresariais, a custos relativamente baixos, secomparados
aos atendimentos individualizados e à dispersão de recursos investidos,
This thesis presents a method of Strategic Administration aimed at groups of small-sized enterprises. This method has been tested through applied research
work, making use of a pilot group
composed
of small-sized enterprises, for a period of twenty-one months. Throughout the establishment period, revision has beenmade, making it possible to correct its deficiencies.
The
program has helped toidentify problems, encouraging entrepreneurs to propose updated projects, linked
to a Strategic Planning, providing conditions to increase the performance of the
whole group of enterprises.
The
fact of having a model of Strategic Administration for small-sized enterprises tested on a pilot group of enterprise developmentestablishes a ready-to-use instrument to be reapplied in various groups of enterprises, at fairly low prices, if compared to individualized assistance and to the
PARTE
I -INTRoDUÇÃo
... .. 1PROBLEMA
DA
PESQUISA
... ~ __ 2 2JUSTIFICATIVA
... ._ 3METODOLOGIA
... __4
OBJETIVOS
... ._ 4.1 4.2 5ESTRUTURA
DA TESE
... ..PARTE
II -REvISÃo
DE
LITERATURA
... ._j<›¬zo¬`<J1Ç4>._4>_4>4>.‹.o‹:zo‹.o‹,o‹››I\›-›-\-\-›-\'n
Objetivo Geral ... ._
Objetivos Específicos ... ._
ORMAÇÃO
E
IMPLEMENTAÇÃO DE
ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS
A
Adaptação Estratégica ... __Do
Planejamento Estratégico à Administraçao Estratégica ... ._.1 Administração Estratégica ... _.
.2
Pensamento
Estratégico ... ._.3 Intenção Estratégica ... ._
.4 Competência Central ... _.
Estratégias Competitivas Básicas ... ._
1 Diferenciação ... __
2 Liderança no Custo Total ... _. 3 Enfoque ... .; ... ._
Estratégias
Complementares
... ... ._1 Penetração (Crescimento
em
Produtos eMercados
Existentes) ... _. 2 Desenvolvimentode
Produto (Para oMercado
Existente) ... _..1 Tipos
de
Problemas Apresentados ... ._.2
Comportamentos
Adaptativos ... _..3
A
Cultura no Processo Adaptativo ... .__4
A
Educação
no Processo Adaptativo .... ..'_ ... ._Aquisições
1.6 Diferentes Enfoques para o Desenvolvimento
de
Estratégias ... ._1.6.1
Quanto
à Orientação nos Processos ou nos Objetivos ... _.1.6.2
Quanto
ã Centralizaçãodo
Poder ... ._1.6.3
Quanto
àOrdenação
das Etapas para Desenvolver Estratégias ... ._1.6.4
Quanto
ao Relacionamento entre Matriz e Unidadesde
Negócios ... _.1.7
Mudança
e Implantação Estratégica ... _.1.7.1 Relação entre Estrutura e
Desempenho
... ... _.1.7.2 Processos
e
Sistemasem
Relaçãoao
Desempenho
... ._1.7.3 Integração das
Dimensões
para Implantação Estratégica ... ._1.7.4
O
Papelda
Gerência naMudança
... ._1.7.5
O
Processo deMudança
... ._1.7.6
Os
Modelos de
Mudança
... ._2
AVALIADORES DE
DESEMPENHO
... _.85
2.1 Aspectos Essenciais para a Implantação ... ._
2.2 Importância dos Sistemas
de
Avaliação deDesempenho
... ._2.3 Indices Financeiros ... _.
2.4 Avaliadores
de
Desempenho
de
Clientes e Processos ... _.2.4.1
Abordagem
de
Falconi ... ._2.4.2
Abordagem
de
Moreira ... _.2.4.3
Abordagem
da
FamilyNevada
QualityForum
... _.2.4.4
A
abordagem de
Harrington ... _.2.5 Sistemas abrangentes de Avaliação
de
Desempenho
... ._2.5.1.
A
abordagem de
Hronec ... ... __2.5.2
A
abordagem de
Kaplane
Norton ... ._2.5.3
A
abordagem de
Sveiby ... ._3
A
TEORIA APLICADA
AO
MÉTODO
DE ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
PARA
PEQUENAS EMPRESAS
... ._3.1 Teoria Utilizada para
Formação
e Implementaçãode
Estratégias ... _.3.2 Teoria Utilizada para a
Geração de
um
Sistemade
Avaliação
de
Desempenho
... _.3.3
O
Método de
Administração Estratégica para asPequenas Empresas
_______ ._3.3.1 Conscientização para
Mudança
e Apresentaçãodo
Programa ... ._3.3.2
O
Processode
Desenvolvimentodo
Planejamento Estratégico ____________ ._3.3.3 Plano de
Ação
... _.3.3.4
Acompanhamento
para Implantação dos Planos ... _.3.3.5 Aplicação dos Avaliadores
de
Desempenho
... ._PARTE
Ill -O
DESENVOLVIMENTO
DA
PESQUISA
... _.1
FORMAÇÃO DO GRUPO
DE
PESQUISA
... ._~
2.2 Planejamento Estratégico ... ._
2.3 Plano
de
Ação
... _.2.4
Acompanhamento
para Implantação dos Planos ... ._2.5 implantação
de
um
Sistemade
Avaliação deDesempenho
... ._2.5.1 Indicadores Financeiros
de
Desempenho
... _.2.5.2 indicadores de
Desempenho
da
Estrutura Externa-Satisfação2.5.3 Indicadores
de
Desempenho
da
Estrutura Interna ... _.2.5.4 Outros indicadores de
Desempenho
...2.6 Revisões Periódicas e Encontros dos
Grupos
... _. 3RESULTADOS
OBTIDOS PELAS
EMPRESAS
... ._3.1 Empresa: Transportadora
de
Cargas ... ._3.1.1 Planos de
Ação
implantados ... _.3.1.2 Avaliadores Financeiros ... ._ ... _. 171 ... ._ 175 ... _. 176 ... ._ 178 ... ._
178
de
Clientes179
... _. 180 ... _.180
... ._180
... _. 182 ... ._ 183 ... ._ 183 ... _. 1883.1.3 Avaliadores de Satisfação de Clientes ... _. 190
3.1.4 Outros Indicadores Quantitativos ... __ 191
3.1.5
Comportamento
no Processode Formação
e Implementaçãode
Estratégias Empresariais ... ._3.2 Empresa: Tecnologia Ambiental ... ._
3.2.1 Planos
de Ação
implantados ... ._3.2.2 Avaliadores Financeiros ... ._
3.2.3 Indicadores de SatisfaÇä0
de
Clientes ... _.__________________ _. 193
... __ 196
... _. 196
200
202
3.2.4 Outros Avaliadores Quantitativos ... _.
203
3.2.5
Comportamento
no Processode Formação
e Implementaçãode
Estratégias Empresariais ... ._204
3.3 Empresa: Comércio e Prestação de Sen/iços
em
Autopeças ... _.207
3.3.1 Planos de
Ação
implantados ... __207
3.3.2 Avaliadores Financeiros ... _. 211
3.3.3 Indicadores
de
Satisfação de Clientes ... ._212
3.3.4 Outros Indicadores Quantitativos ... _.
213
3.3.5
Comportamento
no Processode Formação
e implementaçãode
Estratégias Empresariais ... ._214
3.4 Empresa: Consultoria e Sistemas ... ._
217
3.4.1 Planos de
Ação
implantados ... ._217
3.4.2 Avaliadores Financeiros ... _.
219
3.4.3 Indicadores de Satisfação de Clientes ... ._ 221
3.4.4 Outros Avaliadores Quantitativos ... ._
3.4.5
Comportamento
no Processode Formação
e Implementação222
de
Estratégias Empresariais ... _.222
3.5 Empresa: Assistência Odontológica ... _.
225
3.5.1 Planos
de Ação
implantados ... ._225
3.5.2 Avaliadorfes Financeiros ... __
3.5.3 Indicadores
de
Satisfação de Clientes ... ._3.5.4 Outros Avaliadores Quantitativos ... _.
3.5.5
Comportamento
no Processode Formação
e Implementaçãode
Estratégias Empresariais ... _.3.6 Empresa: Refrigeração Empresarial ... ._
... _.
229
... _. 231
... _. 231
... _.
232
3.6.2 Avaliadores Financeiros ... _.
238
3.6.3 Indicadores de Satisfação
de
Clientes ... ._240
3.6.4 Outros Indicadores Quantitativos ... __ 241
3.6.5
Comportamento
no Processode Formação
e Implementaçãode Estratégias Empresariais ... ._
242
PARTE
IV -REVISÃO
DO
MÉTODO
... ._246
¿¿_-)¿_-\¿_\¿
FORMAÇÃO
E
IMPLEMENTAÇÃO
E
ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS
.... _.248
1 Adaptação Estratégica ... ._
248
2 Conceito
de
Estratégia Empresarial ... _.249
3
Do
Planejamento Estratégico à Administração Estratégica ... ._250
4 Estratégias Competitivas Básicas ... ._ 2515 Estratégias
Complementares
... ._ 251.6 Diferentes Enfoques para o Desenvolvimento Estratégico ... _.
252
7
Mudança
e Implantação Estratégica ... ._253
2
SISTEMA
DE AVALIAÇÃO
DE
DESEMPENHO
... ._256
2.1 Avaliadores Financeiros ... ._
258
2.2 Avaliadores
de
Estrutura Externa ... ._260
2.3 Avaliadores
de
Estrutura Interna ... ._ 2612.4 Avaliadores de Competência Pessoal ... _. 261 3
O
MÉTODO
REVISADO DE
ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
PARA AS
PEQUENAS EMPRESAS
... ._262
3.1 Seminário
de
Conscientização paraMudança
e Apresentaçãodo
Programa
... ... _.266
3.2 Desenvolvimento
do
Planejamento Estratégico ... ._266
3.3 Desenvolvimento do Plano de
Ação
... __267
3.4
Acompanhamento
para Implantação dos Planosde
Ação
... ._268
3:5 Avaliação dos Indicadores
de
Desempenho
... ._268
PARTEV
-CONSIDERAÇÕES
FINAIS ... _. 2711
CONCLUSÕES
... ... ._272
2LIMITAÇÕES
DO
PRESENTE
TRABALHO
... __275
3
RECOMENDAÇÕES
PARA
TRABALHOS
FUTUROS
... ._277
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... ._ 281OBRAS CONSULTADAS
... __288
LISTA
DE
ANEXOS
... __289
Tabela 1
Cronograma
Previsto ... ._ Tabela 2 Características dos Estágiosde
Desenvolvimento dasEmpresas
Tabela 3
Grupo
Piloto ... .. Tabela4
Cronograma
Realizado ... ._ Tabela 5Cronograma
Revisado ... ..O
atual ambiente competitivo, mutante ede
alto grau de volatilidade, amplia aimportância de desenvolver estratégias planejadas
que
acompanhem
a evoluçãode
seus ambientes competitivos externos.
As
dificuldadesem
desenvolvê-lastêm
várias origens, dentre as quais a falta de recursoshumanos
adequados, a faltade
métodos
estruturados e a complexidade das relações
da
empresa
com
o meioonde
ela seinsere. A
Muitas das técnicas de Planejamento empregadas, ainda
que
por grandes empresas, mostram-se ineficazes.Como
formade
administrar esse problema, muitasempresas
pioneiras eempresas de
consultorias convergiram para a elaboraçãode
um
método, nos anos cinqüentas,que
se tornou conhecidocomo
Administração Estratégica. Esse
método
planeja a transformaçãode
capacidadeda
empresa
em
uma
nova culturacapaz de
adaptar-se ao ambiente (Ansoff, Declerk eHayes, 1981, cap. 2). _
empresas,
em
relação ao ambiente,como
defensoras1, prospectorasz, analistas3 oureativas4, conforme suas reações às
mudanças do
desse ambiente.A
relação entreuma
empresa
e as variáveisde
seusegmento
industrial édescrita por Porter (1991) (apud
Montgomery
e Porter, 1998) através de cinco forças competitivas: a concorrência (quanto mais acirrada, mais difícil); osnovos
entrantes(quanto maior a quantidade, pior); os produtos substitutos (quanto maior a chance, mais dificil para o
mercado
como
um
todo); fornecedores e clientes (quanto maisconcentrados, mais risco existe para a empresa).
Além
dessas forças competitivas, existem outras variáveis externas aserem
consideradas: as tecnológicas, as legais, as políticas, as sociais (culturais), as
econômicas, as demográficas e as geográficas.
Independentemente do Posicionamento Estratégico adotado
em
relação àsvariáveis
de
seusegmento
industrial, é necessário apoiar amudança
organizacionalem
algum
processo estruturado.Faz
parte deste processo analisar, estudar aempresa
internamente, reconhecer suas potencialidades, e analisar o ambienteno
qual ela se insere, o
que
vem
a constituirum
roteirode
Planejamento Estratégico1
São organizações com domínio de produto/mercado restrito. Seus altos executivos caracterizam-se por serem especialistas na sua limitada área operacional, mas não tendem a procurar novas
oportunidades fora de seu domínio. .
2 São
organizações que buscam continuamente oportunidades de mercado, e, regularmente,
experimentam potenciais respostas para tendências que emergem do ambiente. São geralmente
criadoras de mudanças
3 São
organizações que operam
em
dois tipos de domínio/produto:um
relativamente estável, e outro,em
mudança. Nas áreas estáveis, elas operam rotineira e eficientemente; nas instáveis, os gerentes observam as idéias dos competidores e adotam aquelas que lhes pareçam ser as mais promissoras.4 São
organizações nas quais os altos executivos percebem mudanças e incertezas
em
seu ambiente(Gai, 1990).
O
desenvolvimento empresarial ocorrede
maneiras diferenciadas.Algumas
formas são mais intuitivas
que
outras.As
estratégias emergentes, aquelasque
“surgem” no processo empresarial,
sem
haver deliberação ou formalizaçãonão
sãopiores ou melhores
que
as formaise
deliberadas (Mintzberg, 1994).Não
há
necessidade de haver
um
processo sistemáticode
formulação estratégica, ouuma
separação entre o ato
de
planejar e a ação para o sucesso empresarial (Mintzberg, 1987).As Pequenas Empresas
(PEs) enfrentam dificuldades adicionais parasobreviverem no mercado, por
serem
mais diretamente atingidas pelas forças competitivas, detendomenor
poderde
barganha.A
cada dez empresas, oitonão
ultrapassam cinco anos
de
existência (Degen,1989).Acredita-se, entretanto, ser possível tornar a realidade das
PEs
maisfavorável, através
da
aplicação deum
modelo de
administração estratégicaque
possibilite estabelecer
um
posicionamento estratégico e implantarmudanças
planejadas (Ronstadt
apud
Bygrave, 1994). Esta é a hipótese básica deste trabalho.Em
relação àsempresas
maiores, asPEs
têmmenos
condiçõesde
explicitar estratégias, planejar e avaliar suas ações. Vários autores já descreveram estasituação. Através
de
pesquisas realizadas nas indústrias têxteis, de confecções ede
1995) constatou-se
que
a maioria dos empresários:a)
não
costuma elaborarum
planejamento quantitativo formalde
suas empresas;b)
não
desenvolveum
planejamentode
caixa, anterior à implementaçãodo
negócio, impossibilitando, conseqüentemente, prever as necessidadesde
captação, os investimentos
de
recursos e as possibilidadesde
rentabilidade da empresa;
c) possui expectativas
de vendas
ede
rentabilidadesem
fundamentação;d)
conhece
mais o produtodo
que
o mercado;e) planeja e controla
números
gerais (quantidades vendidas e produzidas, faturamento);f) não possui previsões
de
saldo de caixa para os próximos períodos;g)
não
possui previsões sobre o nívelde
desempenho
e estrutura patrimonial;h)
não
possui conhecimento para análise financeira operacional,bem como
A
concretização deuma
idéiaempreendedora
em
uma
empresa
rentáveltem
maiores chances, através
de
um
processode
planejamento prévio.Degen
(1989)descreve este processo através
do que
eledenomina de
“curto-circuito criativo”.Em
linhas gerais, o “curto-circuito criativo" consiste
em
identificar oportunidadesde
investimento, coletar informações a respeito
da
oportunidade, desenvolverum
conceito para o empreendimento, detectar e controlar riscos, utilizando o conhecimento de experiências similares, avaliar o potencial de lucro e
de
crescimento do empreendimento pretendido e estabelecer
uma
“estratégia competitiva” (Porter, 1991) a ser seguida.Elaborado
o
planejamentode
negócios, o planejamento financeirodeve
ser desenvolvido, contribuindo para determinar a viabilidade do empreendimento.Os
planos
de
lucros, a análisedo
equilíbrio e da alavancagem, o orçamentode
caixa e a eficiente administração do capitalde
giro contribuem significativamente para a gestão daspequenas empresas
(Walker e Petty ll, 1978).A
maioria dasempresas não
planeja seu ingresso nomercado
e, tampouco,sua continuidade. Se, por
um
lado, háum
reconhecimentodo
valor do planejamentoe análise para viabilizar
uma
empresa, por outro, aspequenas empresas
geralmentenão possuem
recursos disponíveis para investimento ouuma
cultura voltadaao
planejamento.
São
necessárias metodologiasde
baixo investimento, tantode
tempo, quantode
recursos financeiros, para envolver os empresários no processo.de
falta de recursoshumanos
adequados
com
as quais asPEs
convivem, épreocupação deste trabalho sistematizar procedimentos ágeis e fáceis
de serem
implementados
em
ambientecom
escassez de recursos.O
interesse desta pesquisa concentra-seem
desenvolverum
modelo de
Administração Estratégica para
PEs
que
contemple o Planejamento Estratégico, seuprocesso de implantação e o
acompanhamento
de
medidoresde desempenho.
Dentro desse modelo, o planejamento e os avaliadores
de
desempenho
são ferramentas para obtençãoda
Administração Estratégica.A
mudança
almejada é comportamental-
a produçãode
uma
estratégia ou de.um
planode ação
sãoÉ
incontestável a relevânciaque
as Micro ePequenas Empresas têm na
economia
brasileira.Segundo
a Coletânea Estatística da Micro ePequena
Empresa, editada peloSebrae,
em
1998, elas perfazem98%
do total de estabelecimentos (comerciais, industriais e de prestação de serviços) e são responsáveis por47,41%
dosempregos no
âmbito nacional.1
Poucos
são os estudos sobre Planejamento, Implantação e ControleEstratégico
em
PEs, seja pela escassez de recursoscom
que
elas deparam, seja pela falta de cultura para o seu desenvolvimento.A
maior contribuição da tese é gerarum
método
de Administração Estratégica viável para asPequenas
Empresas, tantoem
relação à forma de implantação, quantoao
conteúdo.Estratégico
em
PEs. Alguns deles têmcomo
objetivo testar a correlação entre a implantaçãode
um
processo estruturado de Planejamento Estratégico e os “ganhos” para as PEs. Robinson e Pearce (1984) reportam-se a maisde
cinqüenta estudos relacionados a planejamentoem
PEs,doze
dos quais foram desenvolvidos' visandoa testar essa correlação. Em. onze deles, os autores verificaram significativa correlação, através de variáveis quantitativas
como
faturamento e rentabilidadeou
outros fatores qualitativos.
Em
apenas
um
dos estudos,não
ficoucomprovada
acorrelação.
No
levantamento feito pelo Departamentode
Assistência àsPequenas
e MédiasEmpresas da
Confederação Nacionalda
Indústria, apresentado por Brasil,Fleuriet (1980), dentre os principais problemas
de
origem externae
internaobservados nas
empresas
encontra-se a faltade
planejamento e controle financeiro.O
planejamento e controle financeirosomente fazem
sentidoquando
integrados aum
processo de planejamento maisamplo
com
o envolvimentode
toda aempresa
rumo
a estratégiasde
ação pré-definidas.Em
contraposição ao exposto, sabe-seque
muitos outros fatoresque
extrapolam o Planejamento Estratégico são determinantes
do
sucesso empresarial.Há
eventos precipitantes (Quinn, 1978)que
podem
mudar
o cursoda ação de
empresas
e setores.As
contingências externas são fatores muitas vezesdeterminantes
do
sucessode
determinado setor.decisivos no
desempenho
empresarial.A
pesquisa sobre fatores condicionantes etaxa de Mortalidade
de
Empresas, realizada pelo Sebraeem
outubrode
1999, mostrouque
a “experiência anterior e conhecimentodo
ramo de
negócio” éum
fator relevante para o sucesso da empresas.Existe a necessidade
de
desenvolvimento deum
Modelo de
AdministraçãoEstratégica
adequado
asPEs
(apoiada por diversos autores, tais como: Degen,1989; Rice,1990; Ronstadt (apud Bygrave),1994;
Gumpert
(apud Bygrave),1994;Walker
e Petty Il,1978),que
contemple as exigências externas e o desenvolvimentode
suasempresas
e equipes.A
partir da experiênciada
autora,desde
1990 trabalhandocom
Pequenas
Empresas, ficou constatado
que
a maioria dos empresários não tem conhecimentosuficiente para desenvolver seus próprios planos,
nem
recursos financeiros parainvestir
em
consultoria especializada, desenvolvendo estratégiasbaseadas
em
análises muito restritas sobre o ambiente
em
que
se encontram.5 Pesquisa: “Fatores Condicionais e Taxa de Morta/idade
O
trabalho propõe-se atender as necessidadesde
planejamento, desenvolvimento e avaliação de estratégias das PEs, contemplando a restrição existente quanto aos recursos para investimento. Para tornar-se viável, adotou-seum
método
simplificado,mas
abrangente, aplicávelem
diferentes empresas.Trabalhou-se inicialmente (durante seis meses)
com
gruposde
empresários,objetivando além
da
reduçãode
custosde
repassedo
método,um
ganho
coletivocom
a trocade
experiências entre as empresas.Com
o objetivo de classificar o presente trabalho, foram utilizados os estudosde
Roesch
(1994) e Thiollent (1997).O
primeiro retrata a análise dos tiposde
pesquisas existentes e seus propósitos.
O
segundo
descreve o processode
pesquisa-ação nas organizações
Considerando as tipologias existentes, pode-se classificar o presente trabalho
como
uma
pesquisa aplicada.A
pesquisa aplicada abrange projetosque
busquem
gerar soluções potenciais para problemas' organizacionais
em um
nívelde
específicos
de
uma
ou
mais organizações,mas
incluiuma
preocupação teórica,como
por exemplo, teste de modelos, oumesmo
a criação de novas metodologias(Roesch,1994).
A
pesquisa aplicada exige recursos intelectuais diferentes dos exigidos pela pesquisa básica,em
especial são exigidas maiores habilidades decomunicação
etrato
com
as pessoas e grupos (Thiollent, 1997).Como
postura metodológica, pode-setambém
enquadrar o presente trabalhocomo
uma
pesquisa-ação.De
forma ampla, a pretensão foi de generalizarum
método, entretanto, a atuação sob a óticado
grupo.-piloto utilizado, foi para resoluçãode
problemas específicos, dentrodo
grupo.A
pesquisa tornou-se partedo
processo de mudança, ao encorajar as pessoas envolvidas
com
oprograma
a estudar seus próprios problemas para resolvê-los.Segundo
Thiollent:`
“A pesquisa-ação consiste
em
acoplar pesquisae ação
em
um
processono
qual os atores implicados participam, juntocom
os pesquisadores parachegarem
interativamente aelucidar a rea/idade
em
que
estäo inseridos, identificando problemas coletivos,buscando e
experimentando soluçõesem
situação real. Simultaneamente, há produção
e uso do
conhecimento (...) adimensão
ativado método
manifesta-seno
planejamentode ações e na
avaliaçãode
seus resultados” (1997).social aplicada.
As
empresas
incluídas na pesquisa-ação sãode
pequeno
porte (entre 10 e100 funcionários) possuidoras
de
controles básicos nas áreas fiscais, contábeis ede
produção e pertencentes a diferentes
segmentos de
mercado.A
diferenciaçãode
segmentos
foi intencional:não houve
necessidadede
administrar questões sobrecompetição dentro
do
grupo, alémde
possibilitar a validaçãoda
metodologia para usoem
diferentes setores.Um
programade
Administração Estratégica para PEs, validadaem um
grupoempresarial, e revisada após sua aplicação, constituirá
um
instrumento inovador,pronto a ser reaplicado (através
de
instrutores qualificados)em
diferentes gruposempresariais,
com
custos relativamente menores, secomparados
aos atendimentosindlvidualizados e à dispersão
de
recursos investidos, provocada pela ausênciade
4.1
OBJETIVO
GERAL
Desenvolver
um
método de
Administração Estratégica voltado àmudança
organizacional apoiado no planejamento e na avaliação estratégica global, adaptado
e testado no ambiente específico de
empresas de pequeno
porte.4.2
oBJET|vos
EsPEcí|=|cos
a) gerar, a partir da literatura revisada,
um
método
estruturadode
administração estratégica aplicável às PEs;
b) gerar
como
ferramentas de apoio à mudança:-
um
método
para a elaboraçãodo
planejamento estratégico;-
uma
estruturade
avaliação dedesempenho;
-
um
método
para a implantação dos planos;c) revisar o método, propondo as alterações consideradas necessárias
após
O
trabalho está organizadoem
cinco partes.Na
primeira, foram feitas asconsiderações introdutórias, as quais envolveram a definição do problema
de
pesquisa, a justificativa, a metodologia
empregada
e os objetivos da pesquisa.A
segunda
tratada
revisão da literatura sobre o Processo deFormação
eImplementação de Estratégias Empresariais, e sobre os Sistemas de Avaliação
de
Desempenho,
além da seleçãode
parte dessa teoria para a geraçãode
um
Método
de
Administração Estratégica para asPequenas
Empresas.Na
terceira parte, relata-se o trabalhode
pesquisa-ação realizado,desde
oprocesso de formação do grupo piloto,
passando
da conscientização e motivaçãopara a
mudança
organizacional, o desenvolvimento do planejamento, a implantação dos Planos deAção
e a Avaliação dos Resultados dométodo
aplicado nasempresas
pesquisadas. -Na
quarta parte, revisa-se ométodo
empregado,em
sua
forma e conteúdo, ade melhoria.
Na
quinta e última parte, desenvolvem-se as conclusões, descrevem-se aslimitações
da
tese e fazem-serecomendações
para futuras pesquisasque
poderão complementar elou ampliar o escopo deste trabalho.O
ritmo cada vez mais acelerado das inovações tecnológicas, principalmente nocampo
da informática e telecomunicações, permite oaumento da
velocidadeda
troca
de
informações, favorecendo aseconomias
a operaremde
forma globalizada.Este
fenômeno
sugereum
climade
instabilidade e rápidas mudanças, constituindo-se no principal desafio para as organizações modernas.
As empresas
necessitam usar a capacidade produtiva e gerencialde
forma a guiar suas estratégiasem
direção
ao
aumento de
sua competitividade,em um
ambientepermeado de
incertezas.
Desde
os anos sessentas, alguns autores têm-se dedicado ao estudo dasestratégias empresariais
como
formade
dotar as organizações deum
instrumentalcapaz de aprimorar o desenvolvimento e a implementação
de
medidasque
visemao
aumento
dersua competitividade.O
primeiro capitulo desta parte,Formação
e Implementação de Estratégias Empresariais, apresenta a revisão de literatura, relacionando os principais autoresque
se dedicaramao
estudode
estratégias organizacionais.Os
autoresseguem
linhas
de pensamentos
diversas. Procura-se analisar a evolução dessas teorias, atravésdo
estudo dos fatoresque
induzem a modificações nasempresas
e as formasde
reação das empresas, para posteriormente tratar do conceitode
estratégia, as estratégias básicas e complementares existentes, os processos e planos exigidos para sua implementação.
necessidades
da
empresa, suas fragilidades, e na melhor forma de adaptar-seao
mercado, considerando suas potencialidades, definindo os limites
de
sua atuaçãoou
modificando-os.
O
segundo
capítulo, Avaliadores deDesempenho,
apresenta a questão dosindicadores,
com
o objetivode
chegar aum
quadrode
referência a ser utilizadoem
conjuntocom
o Planejamento Estratégico para auxiliar seu próprio desenvolvimento e avaliar sua eficácia.Os
estudos abordados nos capítulosum
e dois analisam grandes empresas.Não
é possível prescindir destas teorias, elas são a base para acompreensão do
desenvolvimento de estratégias e suas implantações, tanto
em
grandes, quantoem
pequenas
empresas. Entretanto, faz-se necessário extrair dessa teoriaum
programaestruturado,
um
método de
Administração Estratégica aplicável à realidadedas
pequenas
empresas.Neste sentido, of terceiro capítulo, trata
de
discutir as revisões dos capítulosanteriores à luz das facilidades e dificuldades específicas das PEs, objetivando
1.1
ADAPTAÇAO
ESTRATÉGICA
Um
importante estudo sobre o processo de adaptação estratégica foi elaborado por Miles eSnow
(1978). Ele apresentauma
estrutura teórica para descrever o processode
ajustamento dasempresas
ao ambiente, atravésda busca
de
padrões comportamentais.O
estudo baseia-seem
três idéias básicastambém
desenvolvidas por outros autores:A
a) as organizações
agem
para criar o seu ambiente;b) as escolhas estratégicas
da
administração formatam a estrutura e os processosda
organização;c) a estrutura e os processos cerceiam as estratégias.
Os
autores, atravésdo
estudo de quatro indústrias, classificam as organizaçõesde
acordocom
suas orientações estratégicas. Eles concluíramque
alguns tipos
de
organizações requerem estilos específicosde
administração,enquanto outras permitem
um
elenco maisamplo de
filosofias e práticas gerenciais.Através do estudo
de
uma
mudança
estratégica, ocorridaem
uma
dasempresas do
grupode
pesquisa, os autorespuderam
analisar diferentesabordagens
do
processo adaptativo empresarial.nf
Os
executivos sao encarregadosde
alinhar a organizaçãocom
seu ambiente e gerenciar as interdependências internas conseqüentemente criadas.A
sobrevivência
da
organizaçãodepende do
ajuste obtido pelos gerentes entre asvariáveis,
como
o domíniode
produto-mercado, a tecnologia disponível para serviresse domínio, as estruturas e processos desenvolvidos para coordenar e controlar a
tecnologia.
Miles e
Snow
(1978) analisaram a adaptaçao organizacionalem
três perspectivas gerais, através do questionamento decomo
este alinhamento érealizado, conforme resumido a seguir:
a) Seleção natural: nessa visão as organizações
bem
sucedidassão
aquelasque, por acaso, desenvolveram características mais compativeis
com
as condiçõesdo
ambiente.O
papel do gerente é minimizado nesse enfoque;b) Seleção racional: essa
abordagem
considera que, enquanto as condições do ambiente determinam a eficácia das diferentes estruturas e processos,os gerentes das organizações
de
sucesso selecionam,adotam
e desoartamcomponentes
estruturais e processuaisde
modo
a manter a organização equilibradacom
seu ambiente;c) Escolha estratégica: os autores consideram essa visão a mais apropriada para a questão. Essa
abordagem
consideraque
a estrutura da organizaçãoé
somente
parciale
pré-ordenada pelas condiçõesdo
ambiente, e enfatizao papel dos executivos
que
tomam
a decisão na empresa, poissão
eleso
elo primário entre a organização e o ambiente. Esses executivos são vistos
como
manipuladoresdo
ambienteno
intuitode
criá-lo conforme o “caráter”da organização.
A
abordagem de
escolha estratégica tem as seguintes características:a) Coalízão dominante: toda organização
tem
um
grupo de tomadoresde
decisão cuja influência no sistema é grande;
b) Percepções: a organização responde ao ambiente percebido pela coalizão
dominante;
c) Segmentação: a coalizão dominante é responsável por “repartir” o
ambiente e designar seus
componentes
para as subunidadesda
d)
Exame
criteriosodas
atividades: a coalizão dominanteé
responsável pormonitorar aqueles elementos do ambiente considerados mais críticos para
a organização.
Tem
a escolha deserem
reativos ou proativosem
relação a determinadas circunstâncias.e) Restrições dinâmicas: as decisões adaptativas
da
coalizão dominante são restringidas pelas estratégias passadas, estrutura e atuaçãoda
organização.
1.1.1
Tipos
de problemas apresentados
A
abordagem
da escolha estratégica consideraque
a efetividadeda
adaptação organizacional
depende da
percepçãode
coalizão dominante, das condiçõesdo
ambiente e das decisõesque
elastomam
a respeitode
como
a organização enfrenta essas condições.As
decisões adaptativastomadas
hojetendem
a se fortificarem e se transformarem nas estruturasde amanhã. Esse
processo
de
adaptação complexo e dinâmico é particionadoem
três gruposde
problemas
que
as organizaçõesdevem
solucionar no seu decorrer.a) Problema
de
empreendimento: diz respeito aos problemas de definiçãodo
domínio das organizações: a relação entre
um
produto específicoou
serviço e
um
alvo demercado
ou segmento;produção e distribuição dos novos produtos e serviços, e a criação
de
elosde comunicação, informação e controle para assegurar a própria operação da tecnologia;
c) Problema
de
administração: envolve a reduçãode
incertezas eequacionamento dos problemas administrativos surgidos dentro
do
sistemaorganizacional, durante a fase
empreendedora
ede
engenharia.Na
organização ideal, os gerentesdevem
administrar duas funçõesconflitantes:
devem
ser capazes de criarum
sistema administrativo (estrutura e processo)que
possibilite direcionar e monitorar discretamente as atividades correntes da organizaçãosem
permitirque
o sistema fiquetão “bitolado”,
comprometendo
as atividades inovadoras futuras.É
necessário selecionar as áreas para inovações futuras tanto quanto
racionalizar a estrutura e os processos.
1 .1 .2
Comportamentos
adaptativosNa
maioria das organizaçõesde
sucesso, os gerentes conscientemente desenvolvem e articulamuma
imagem
internada
organização tantocomo
uma
imagem
do produto-mercado. Essacombinação da
imagem
interna e externaque
constitui a relação estratégia-estrutura.
Os
autores identificaram quatro arquétiposde
comportamentos adaptativos nas indústrias estudadas; conforme apresentado nas notasde
rodapéda
página 3.1.1.3
A
culturano
processo
adaptativoUm
outro aspecto consideradono
processode Adaptação
Organizacional é a questão cultural.Segundo
Schein, cultura é“o conjunto
de
pressupostos básicosque
um
grupo inventou,descobriu
ou
desenvolveuao
aprendercomo
lidarcom
osproblemas
de
adaptação externa e integração internae que
funcionam
bem
o
suficiente paraserem
considerados vá/idose
ensinados a
novos
membros
como
forma corretade
perceber, pensar e sentirem
re/ação a esses problemas” (1980).Os
estudos referentes àsempresas
japonesas no pós-guerracontemplam
esta questão cultural de forma elucidativa.
Em
especial a obrade
Kotler et al. (1986).Segundo
os resultados das análises realizadas, o sucesso dos japoneses deve-seprincipalmente aos seus traços culturais
e
seu sistema educacional.As
características culturaisdo Japão
são fortementemarcadas
pelas condições naturaisde
seu meio físico: escassos recursos naturais, clima incerto,calamidades naturais.
Tudo
isso criou entre os japonesesuma
“psicologiade
sobrevivência”,
que
permeia as atividades empresariais.A
seguir são descritas ascaracterísticas culturais consideradas responsáveis pelo sucesso japonês:
a)
Um
forte sensode
fazer partede
um
grupoe de
uma
comunidade: osàs famílias e
ao
trabalho, contrastandocom
os ocidentais,que
se desassociam dos grupos aos quais pertencem;b)
Uma
tendência à “autonegação”e
à responsabilidadedo
grupo: os administradores japonesesnão
disputam papéisde
liderançanem
esnobam
suas realizações pessoais.É
atribuída grande importânciaao
grupo e
não ao
indivíduo.O
grupo éque toma
as decisões, oque
leva aum
sistema administrativo consensual;c)
Um
fortesenso do
“nós” versus ”e/es”: os japoneses são inteiramentededicados e
cooperam
unscom
os outros para atingirum
objetivo.Há
um
grande senso
de
lealdade entre eles.Os
de
forado
grupo são estranhos;d)
Uma
disposição para trabalhar duroe
perseverarrumo
a objetivosde
longoprazo: por trás disso está
um
enorme
sensode
obrigação e gratidão por terem sido aceitoscomo membro
do grupo.Os
japonesestêm
um
fortesenso de dever e
de
pagar favores e sepreocupam
com
a sobrevivência a longo prazo.e)
Uma
forte crençade que
a competênciaaumenta
com
a antigüidade: osjaponeses partem do pressuposto
que
os mais antigostêm
maior sabedoriabaseada
na sua maior experiência.1.1.4
A
educação no
processo
adaptativoOs
líderes japoneses há muito consideram aeducação
um
dos
maiores instrumentos de construção da riquezada
nação.A
educação
não ésomente
valorizada
como também
altamente competitiva.Os
maisfamosos empregadores
japoneses recrutam geralmente os melhores estudantes egressos das melhores
universidades.
As
maioresempresas
japonesasmantêm
um
processo altamente padronizado para pessoal universitário-
“cotagari” (colheita enquanto oscampos
de
arroz estão verdes).
O
forte sistema educacional ajudou a criar a mais alfabetizadae mais
educada
populaçãodo
mundo.A
óticado
presente trabalhocoaduna
com
a idéiade que
a questãoda
adaptação,
da
formaçãode
uma
estratégia, transcende às reaçõesem
relaçãoao
ambiente. Considera-se
que
o processo demudança
organizacional sejagovernado
através
de
escolhas estratégicas dos gerentesdo
topoda
organização,que
as decisõespossam
ser classificadasem
empreendedoras,de
engenharia eadministrativa e
que
as empresas, demodo
geral,possam
ser classificadasem
quatro tipos
de
organizações, cada qualcom
sua própria estratégia adaptativa: defensoras, prospectoras, analistas e reativas. Entretanto, paraque
a estratégia sejaeficaz, e as decisões empreendedoras,
de
engenharia e administrativa serelacionem, faz~se necessário desenvolver
um
processo internode
crenças,uma
1.2
CONCEITO DE ESTRATÉGIA EMPRESARIAL
A
palavra estratégiasempre
foiempregada
referindo-se a diferentesenfoques. Mintzberg (apud Mintzberg e Quinn, 1992) definiu cinco desses enfoques
que
caracterizam diferentemente o termo estratégia. Elescompetem
entre si,'damesma
formaque
secomplementam.
São
eles:a) Estratégia
como
Plano: diretriz para lidarcom
determinada situação. Muito_
utilizada
na
área militar, na teoriade
jogos,na
administração,no
dicionário(pode
ou
não, ser formalizado; geral ou específico). Representacomo
os líderes tentam estabelecer a direção para as organizações, para colocá-lasem
cursos pré-determinados.A
estratégiacomo
planotambém
édenominada de
Estratégia lntencionada;b) Estratégia
como
Padrão de Comportamento: definiçãoque
engloba o comportamento resultantedo
plano. Neste caso, a estratégia estáfocalizada na ação.
Também
denominada
de estratégia realizada;'
c) Estratégia
como
Manobra: a verdadeira estratégiapode
serapenas
uma
ameaça, e
não
a atividade a ser desenvolvida. Ela induz à competiçãodireta;
'
d) Estratégia
como
Posição:como
força mediadora entre a organização e o meio ambiente, entre o contexto interno e o externo. Esta definição écompatível
com
as precedentes:uma
posiçãopode
ser previamente selecionada e aspirada atravésde
um
plano (ou manobra) elou
pode
ser alcançada, atravésde
um
padrãode
comportamento.O
conceitode
estratégia
não
precisa estar atrelado aum
planejamento racional ou consciente.É
essencialmenteuma
estratégia descritivaque
inclui aescolha
do
nichode
uma
organização e suas regrasde
decisão para lidarcom
aquele nicho. Encoraja a olhar as organizaçõesno
seu contexto,especificamente nos seus ambientes competitivos,
coaduna
com
a visão de Porter (1991);Estratégia
como
Perspectiva:O
conteúdo consistenão apenas de
uma
posição escolhida,
mas
de
uma
maneira enraizada de perceber omundo.
Neste caso, a estratégia está para a organização, assim
como
a personalidade para o indivíduo. Ela figuracomo
um
conceito,uma
concepção: todas as estratégias são abstrações e existem
somente
nasmentes
dos interessados (Drucker, 1994).É
uma
perspectivacompartilhada pelos
membros
da
organização, através de suas intenções ou de suas ações-
os indivíduos unidos pelomodo
de pensar, pelo comportamentoem
comum.
Sob
esta nuança, a estratégia levantaquestões intrigantes sobre intenção e comportamento dentro
de
um
contexto coletivo.Mintzberg (apud Mintzberg e Quinn, 1992)
também
classifica as estratégiasa) lntencionadas (plano);
b) Realizadas (padrão).
c)
Não
realizadas (embora intencionadas);d) Emergentes (realizadas
sem
terem sido planejadas);e) Deliberadas -intenções
que
são completamente realizadas.i
Praticamente,
nenhuma
estratégiapode
ser plenamente deliberada epoucas
podem
ser plenamente emergentes.A
primeira sugerenenhum
aprendizado, aoutra,
que não houve
controle (Mintzberg, Ahlstrand, Lampel, 2000)No
mundo
real, há necessidadede
misturar os estilos, para ter controlesem
interromper o processode
aprendizado.É
a visãode
estratégiacomo
perspectivaque
permite lidarcom
amente
empresarial.
As
organizações aparentemente desenvolvem seu caráterde
formasimilar à maneira
que
as pessoas desenvolvem a personalidade, ou seja, pelainteração
com
o mundo, atravésde
suas habilidades inatas e propensões naturais. Se, porum
lado, os planos e posiçõespodem
parecer dispensáveis, as perspectivasexistente.
Para
Andrews
(apud Mintzberg e Quinn, 1992) a estratégia consisteem
uma
forma de decisão
que
determina e mostra seus objetivos, políticas principais e planos para alcançar metas, o tipode
organizaçãoeconômica
ehumana,
assimcomo
a naturezada
contribuiçãoeconômica
enão econômica
que ela pretende promover para seus acionistas, funcionários, clientes e sociedade.A
sua essência é o padrão, aconsistência internaque
posiciona aempresa
em
seu ambiente e fornece sua identidade, seu poder para mobilizar forças.H
Dentro deste enfoque, a estratégia caracterizará a linha de produtos e
serviços,
os
mercados ou segmentos de
mercado
e os canais (produtos e serviços oferecidos ou planejados).Sua
formulação constitui-seem um
processoorganizacional, inseparável
da
estrutura, comportamento e culturada
empresa.Para fins
de
análise, pode-se observar separadamente os processosde
formulação e implementação.
A
formulação inclui identificar oportunidades eameaças
no ambienteda
empresa
e considerar os riscos das alternativas visíveis.A
alternativa estratégica
que
resulta das oportunidadescombinadas
com
as capacidades corporativas, paraum
aceitável nível de risco, é oque
sechama
de
estratégia econômica.
A
implementação da estratégiaé
compreendida poruma
sériede
atividadesque
são principalmente administrativas.que
tange a questões tecnológicas, econômicas, fisicas, sociais e políticas.A
mudança
no ambiente gera a necessidadede
contínuo monitoramentode
definiçõesda
empresa, do seu negócio, a fimde não
haver vacilação, distorçãode
visão ou obsolescência.As mudanças
de
valores guiarão para perspectivas diferentesdo
papel
que
o negócio deve desempenhar.O
primeiro passo para validaruma
tentativade
escolha entre diferentesoportunidades é determinar se a
empresa
tem capacidade para prosseguircom
êxito.
Toda
organização tem forças e fraquezas reais e potenciaisque
determinam oque
elas são e as distinguemumas
das outras.A
combinação de
oportunidades e competências estabelece a missãoeconômica da companhia
e sua posiçãoem
seu ambiente.A
forma na qual a competênciaque
distingueuma
empresa, os recursos organizacionais e os valores organizacionais sãocombinados
éou
deve ser singular.Diferenças entre
empresas
são tãonumerosas
quanto as diferenças entre osindivíduos.
Para Porter (1996) a estratégia é a criação
de
uma
única e valiosa posição,envolvendo
um
grupo diferenciadode
atividades.Se
houvessesomente
um
posicionamento ideal, não haveria necessidade para a estratégia.
O
autor ressalta alguns aspectos importantes sobre a definição de estratégia:1
-
Eficiência operacionalnão
é estratégiaeficiência operacional é necessária,
mas
não
suficiente.Há
uma
tendênciade
confundir as melhores práticas
com
a estratégia.A
preocupação exclusivacom
as melhores práticasnão
é suficiente.2
-
Estratégia éembasada
em
atividades diferenciadasA
essênciado
posicionamento estratégico é escolher atividadesque
sejamdiferentes dos concorrentes.
Se
omesmo
grupode
atividades fosse melhor paraproduzir todas as variedades de serviços ou produtos, cobrir todas as necessidades e acessar todos os clientes, as
empresas
poderiam facilmente trocar de posição e aefetividade operacional determinaria o
desempenho.
3
-
Uma
posição estratégica sustentável requer exclusões. VA
essênciada
estratégia é escolher oque não
fazer.Se
nãohouvesse
restrições,não
haveria necessidade de escolher e definir estratégia. Qualquerboa
idéia poderia e seria rapidamente imitada. Novamente, odesempenho
poderia depender inteiramenteda
efetividade operacional. ez4
-
O
ajusteencaminha
avantagem
competitiva e a sustentabilidadeA
estratégia envolveum
completo sistema de atividades.Sua vantagem
competitivaadvém
da formaque
as atividades se ajustam e reforçamumas
àsoutras.
5
-
Redescobrindo estratégiaa
não
perder orumo
nas difíceis escolhas e negociaçõesde
troca nas organizações.1.3
Do
PLANEJAMENTQ
EsTRATÉG|c0
À
ADM|N|sTRAçÃo
EsTRA'rEG|cA
As
primeiras idéias sobre Planejamento Estratégico foram elaboradas e desenvolvidasnum
ambientede
negócios expansionista,quando a economia
apresentava elevadas taxas
de
crescimento.As
estratégias se orientavam para a adaptaçãodo
mix produto/mercado às condiçõesdo
ambiente externo.O
Planejamento Estratégico era voltado para o meio externo e a área
de
marketingfirmou-se
como
a mais importanteda
empresa
(Contadon, 1995; Contadorz, 1995).A
Óticade mercado
estava implícitana
elaboração das estratégias.As empresas que
se utilizam desse enfoque de planejamento
encaram
seumercado
como
o princípioe o fim de todas as suas ações (Gracioso, 1987).
Segundo
essa concepção, a definiçãoda
missãoe de
objetivos básicosdeve
ser determinada pela empresa. Esses objetivos, quantificados, constituem-se nas metas da
empresa
edevem
ser fixados pelos altos executivosda
organização.Os
planosdeimplementação
são feitosbaseados
na análisedo
ambiente externo,ameaças
e oportunidades para o negócio e na análisedo
ambiente interno,levantando os pontos fortes e fracos da companhia.
Nos
anos 70,segundo
Gracioso (1987), popularizaram-se váriosmétodos de
avaliação estratégica, sugeridos pelo “Boston Consulting Group”, dentre eles a
experiência”.
Na
década de
80, os livros "Estratégia Competitiva”e “Vantagem
Competitiva” (Porter,1991 e Porter, 1992) contribuíram
com
acurada metodologiade
análise do ambiente externo, das características estruturais das indústrias, e técnicas para a avaliação interna
da
empresa, atravésda
análiseda
cadeiade
valor.Porém, os
choques
do petróleo ocorridosem
73
e 79, fizeramcom
que
omundo
acordasse e percebesseque
os parâmetrosde
funcionamento daseconomias
haviammudado.
A
vida econômica, até então, movida pelasbenesses
do
paradigmade
mercado, reconhecia suas limitações e vivenciava os problemasda
escassez.
O
dinheiro baratocedeu
lugar às altas taxas de jurosacompanhadas
de
crescentes índices inflacionários. Mergulhadas na recessão, as
empresas
se recolheram, deixando elevadassomas
de
desempregados.A
orientação ditada atéentão pelas práticas
de
mercado
mostrava sinais clarosde
ineficiência,com
aindicação
de
elevados custos sociais.Diante disso, as estratégias originalmente vinculadas
ao
crescimento,não
mais se
adequavam
a tal conjuntura.A
ênfase passavaa
ser a sobrevivência e já sesentia a necessidade
de mudanças
estruturaisna
empresa.Um
novo enfoque sefazia necessário.
Segundo
James
(1984), vários conceitos de estratégia focalizamsomente
um
aspecto, a exemploda
posiçãode
mercado ou
custos,desconsiderando a totalidade dos problemas enfrentados nos negócios. Fazia-se necessária
uma
novaconcepção
do Planejamento Estratégicoque
incluísse asvariáveis ecológicas, sociais e políticas
na
sua formulação.A
introduçãode
uma
planejamento racional.
A
integração das decisõesem um
único planotambém
seconstituía
em um
dos objetivos a ser perseguido pelas novas idéiasde
planejamento.
A
preocupação exclusivaem
desenvolvermétodos
para a análiseda
indústria e análise interna das empresas, a fim
de
disporde
um
plano racionalcapaz
de
gerarvantagem
competitiva mostrava-se ultrapassada.Alguns autores
passaram
a analisar as vantagens competitivas criadas porempresas que
permanecem
no “ranking” das cidades mundiaiscom
o objetivode
encontrar a chave
do
sucesso. Eles concluíramque
a chavedo
sucesso está vinculada a caracteristicas e motivações internas às organizações conforme detalhado a seguir.Chakravarthy (1997) estudou o setor
de
informação ecomunicação
paratestar os modelos existentes
de
estratégia competitiva-
queria testá-losem
ambientes turbulentos.
Sua
conclusão foique
a habilidade gerencial de ser flexível éa real origem
da vantagem
competitiva. Mais importanteque
uma
arquiteturaestratégica correta é
uma
estrutura organizacional apropriada.Para isso, é necessário mudar-se o enfoque
dado
à estratégia, ampliando-seo
escopo
e utilizando-se o conceito mais abrangentede
Administração Estratégica.Esse
conceito incorpora as lógicasde pensamento
ede
intenção estratégica, epermite trabalhar-se melhor a competência central (Core
Competence) de
uma
1.3.1
Administração
EstratégicaAnsoff, Declerk e
Hayes
(1981)reconhecem
a necessidade damudança
de
enfoque, e
passam
a considerar fatores políticos e comportamentais,que
deveriam ser. levadosem
conta no processode
formulaçãode
estratégias. Tornou-se necessária a ampliaçãodo
conceito para administração estratégica,que
envolve a capacitação estratégica, ou seja, o desenvolvimentode
um
novocomportamento na
organização, capaz de responder prontamente às variações contínuas
do
ambiente.Todos
osmembros
da
organizaçãopassaram
adesempenhar
importantes papéis,como
colaboradores, participantes e facilitadoresdo
processode
mudança
organizacional.Segundo
Gaj (1990), a relação entre sistema administrativo,organização e ambiente
acaba
se transformandoem um
processo contínuo,não
tendo
um
início definido.1.3.2
Pensamento
EstratégicoMintzberg muito tem contribuído para o desenvolvimento de novos conceitos
a
serem
incorporadosna
formulação estratégica. Porém,como
sugere ldenburg(1993),
ao
invésde
se preocuparem
prescrever linhas mestras e formalizar o processo de gerenciamento das atividades, Mintzberg desenvolveuuma
visãodescritiva, através das lições aprendidas e das habilidades adquiridas no